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FLUTUABILIDADE DE NAVIOS
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Primeiro vamos relembrar o princípio de Arquimedes: “todo corpo mergulhado
parcialmente num líquido recebe um empuxo de baixo para cima igual ao peso do
líquido deslocado por ele”.
Portanto para que ocorra essa FLUTUABILIDADE é necessário que a força do peso do
navio seja igual ao empuxo, que nada mais é a força que o líquido exerce no sentido de
baixo para cima.
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Muitos podem ficar espantados, como um navio imenso não afunda na água. A resposta
está na densidade e no princípio de Arquimedes citado acima. Para o navio não afundar
será necessário que a sua densidade seja menor que a densidade da água onde flutua.
Vamos lembrar que os navios são construídos como uma estrutura em aço formando um
bloco metálico, que a princípio afundaria, mas ele é moldado de forma que um bom
espaço em seu interior contenha ar fazendo com que a densidade média do navio como
um todo seja menor que a da água.
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Claro que o navio ao ser colocado na água ficará com uma parte submersa, que
provocará um deslocamento de uma quantidade de água igual ao volume imerso dele,
para que haja o equilíbrio necessário.
Reparem na figura acima e podemos notar que o volume d’agua deslocado é igual ao
volume do navio imerso na água.
Para que isso aconteça o carregamento deve ser ordenado e na quantidade admissível
de peso para que ele não ultrapasse esta marca e venha afundar, mas no caso contrário,
ou seja, navio com pouca carga é necessário o bombeamento da água do mar para os
tanques de lastro até que ele equilibre o seu peso com o empuxo provocado pela água
devido a sua imersão e consiga flutuar.
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Imagine se um pedaço do casco do navio se rompe e comece adentrar água para dentro
do navio preenchendo o espaço interno do navio que antes era preenchido com ar passa
a ser preenchido com água fazendo com que a densidade do navio venha a aumentar e o
navio começa afundar, pois a sua densidade será maior que a da água e, portanto o seu
peso será maior que empuxo da água. O caso mais conhecido foi o do navio Titanic que
ao chocar-se com um Iciberg teve avarias no casco e a água começou a entrar nos
compartimentos e preencher os espaços vazios e ele acabou afundando.
Outras situações que podem levar um navio imergir por completo seria carregá-lo com
uma carga sólida a granel diretamente no porão e essa carga passar de um estado sólido
para um estado líquido (liquefação) levando a um desiquilíbrio do navio, ou quando é
carregado com um peso igual ao peso da água necessária para preencher o volume
definido como a reserva de flutuabilidade.
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Na figura abaixo podemos verificar a importância da reserva de flutuabilidade de um
navio, que nada mais é que o volume do navio acima da superfície da água e que pode se
tornar estanque.
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A flutuação que corresponde ao navio completamente vazio chama-se flutuação leve.
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É importante para os cálculos de flutuabilidade e de estabilidade, que se tenha o ponto do
centro de gravidade da embarcação (CG), porque o peso do navio pode ser considerado
como uma força nele concentrada.
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Por isso temos que saber onde localiza-se o Centro de carena (CC), que é o centro de
gravidade do volume da água deslocada, é o ponto de aplicação da força chamada
empuxo. É contido no plano diametral, se o navio estiver aprumado na direção
longitudinal, sua posição depende da forma da carena, não estando muito afastada da
seção a meia-nau nos navios de forma usual. Está sempre abaixo da linha-d’água.
Não menos importante é sabermos onde localiza-se o Metacentro, que é o ponto de
cruzamento entre uma linha imaginária traçada verticalmente, atravessando o centro de
flutuação de uma embarcação, quando esta está em meio líquido, e uma linha
correspondente ao novo centro de flutuação quando a embarcação estiver inclinada. Para
que a embarcação não aderne até afundar, o metacentro não pode se deslocar para baixo
do centro de gravidade.
Veja a figura abaixo demonstra exatamente isso ao navio adernar o Metacentro continua
acima do Centro de gravidade do navio e com isso o navio tende a voltar a posição
normal.
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Veja a figura abaixo o Metacentro e o Centro de gravidade do navio estão na mesma
posição e com isso o navio retorna para qualquer posição, ou seja, isso acontece porque
as forças se anulam..
A figura abaixo nota-se que o Metacentro está abaixo do centro de gravidade e quando inclinado, o
navio emborcará porque há uma força maior do que a força de empuxo.
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CONCLUSÃO:
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