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íimentos sui

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f PARTS
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l Os capítulos que constituem esta primeira parte do
"NAVEGAR É FÁCIL" cobrem os assuntos necessários
I a habilitação de ARRAIS AMADOR e VELEIRO.

l ARMAIS AMADOR - é a pessoa maior de 16 anos,


habilitada a conduzir embarcações a vela e a motor, de esporte
e recreio, dentro dos limites de determinada baía,

I enseada, porto, rio ou lagoa.

VELEIRO - é a pessoa menor de 16 anos,

I habilitada a conduzir embarcações de esporte e recreio,


exclusivamente a vela,
nos mesmos limites previstos para o ARRAIS-AMADOR.

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CONHECIMENTOS ELEMENTARES: EMBARCAÇÃO, DIREÇÕES RELATIVAS,


DIMENSÕES LINEARES, DADOS NÃO LINEARES.

EMBARCAÇÃO - é toda construção, feita de madeira, ferro, aço, tibra de vidro, ou da


combinação désseis e outros materiais, que flutua, sendo especificamente destinada a
transportar, peia água, pessoas ou coisas.

DIREÇÕES RELATIVAS
PROA - extremidade anterior do navio no sentido de sua, marcha normal. A proa é a
origem de contagem das marcações relativas. Corresponde aos (KM)0 relativos.

BORDOS - são as duas partes simétricas em que o casco (corpo principal da


embarcação) é dividido por um plano vertical que contém a linha proa-popa. Denominamos
de BORESTE (BE) a parte à direita de quem olha para a proa e de BOMBORDO (BB) a parte
à esquerda.
BOCHECHAS - partes curvas do costado de um e de outro bordo junto à proa. Para
efeitos de marcações relativas a bochecha de BE está aos 045° da proa e a de BB aos 315° dela.

TRAVES - não é uma parte da embarcação e sirn uma posição em relação a ela. Ta!
posição é a perpendicular a linha proa-popa, aproximadamente, a meio navio. Para efeito de
marcações relativas o través de BE está aos 090° graus da proa. e o de BB aos 270° deía.
ALHETAS - parte do costado de um e de outro bordo entre o través e a popa. Para
efeitos de marcações relativas a alheia de BE está aos 135° da proa e a. de BB aos 225° graus
dela.
. PROA

i
o GO"

BOCHECHA DE SB 3Í5 045° B O C H E C H A DE BE

l 090° T R A V E S DE BE

ALHETA DE BB 225° 135° ALHEIA DE BE

i 180"
POPA
DiREÇQfcS R E L A T I V A S

l Quando urn jjbjeío esta entre a proa e uma das bochechas, dix-se estar ele por
ANTE-A-VANTE da bochecha de BE ou de BB conforme esteja o objeto sa direita ou a

l
esquerda da proa. Semelhantemente, quando o objeto está entre urna das bochechas e o
través respectivo diz-se que o objeto está por ANTE-A-RÉ da bochecha respectiva (BE ou
~^> T> \3 Jb).

Quando temos um objeto entre o traves de um dos bordos e a alheta respectiva diz-se

l que o objeío esta por ANTE-A-VANTE da alheia (BE ou BB). Quando entre a alheta e a
popa o objeío estará por ANTE-A-RÉ da alheta (BE ou BB).

l
DIMENSÕES LINEARES - as principais dimensões lineares de urna embarcação são:
comprimento, boca, contorno, pontal e calados (máximo e mínimo).
COMPRIMENTO ••• existem várias maneiras de se medir o comprimento de uma
embarcação, cada uma delas destinada normalmente a um fim específico.

l É entendido que., quando nada mais seja especificado, o comprimento se refere ao


comprimento total, distância horizontal medida entre as perpendiculares a urn plano
horizontal que contém a linha proa-popa da embarcação, e que passam pelos pontos
extremos da embarcação na parte de vante e na parte de ré. O comprimento total é também.

l comumente, denominado de COMPRIMENTO RODA A RODA.

l
l
í
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l PROA

— CONVÉS P R I N C I P A L

LINHA o "AGUA

PLANO DA QUILHA
COMPRIMENTO DE ARQUEAÇÃO
COMPRIMENTO DE ARQUEAÇÃO - é, para fins amadores, o comprimento entre a face
interna da proa no encontro com o convés principal (ou seu prolongamento) e a face interna
cia popa no encontro com o convés principal (ou seu prolongamento),
BOCA • • é a maior largura de urna embarcação,
PONTAL - é a distância, vertical medida do convés até um plano horizontal que r>assa
pesa oiiilha da embarcação.
CAIADO - é a distância vertical entre a superfície da água (linha de água) e a parte rnais
baixa da embarcação no ponto considerado. Toda embarcação tem sempre dois calados: um,
o calado máximo, ou seja, a plena carga; o outro, o calado mínimo, ou seja, o calado leve ou
com a embarcação descarregada inteiramente. É importante que se conheça sempre os
calados da embarcação.
LIV^E - é a distância vertical medida entre o plano do convés e a superfície das
águas, normalmente, na parte de maior largura da. embarcação. Com o deslocamento máximo
a borda livre atinge seu limite mínimo.
CQNTOTiN'9 ~ é a medida tornada, normal mente na parte mais larga da embarcação, de
borda a borda, passando pela quilha. Quando houver bolina fixa devemos tomar essa
medida, como se não houvesse ta! dispositivo.

BOCA

B OCA

DESLOCAMENTO - ou seja, o que ela desloca em peso de água quando flutuando em


águas tranquilas. Toda. embarcação tern um deslocamento máximo quando com. óleo, água,
tripulantes, etc. a bordo; e um deslocamento mínimo, quando inteiramente descarregada, O
deslocamento é expresso normalmente em toneladas de JOOOKgs.
TONELAGEM DE PORTE BRUTO - nada mais é que, a diferença entre o deslocamento
máximo e o deslocamento mínimo, A tpb é também conhecida por tonelagem deadweighl
íídw),
PESO MÁXIMO DE CARGA ~ a tonelagem de porte bruto, (tpb}> diminuída do peso de
combustível, da água, géneros, etc., nos dará o PMC da. embarcação (em função do qual é
calculada a lotação máxima).
l TONELAGEM DE ARQUEAÇÃO - é o valor em toneladas de arqueação do interior da

f embarcação. É um dado de volume e não de peso, A tonelagem de arqueação equivale a 100


ft3 ou 2,83m3.
É importante ainda conhecermos tudo sobre a nossa embarcação: sua autonomia e raio
de ação que são funções do consumo e este por sua vez da velocidade desenvolvida; a

i capacidade dos tanques de combustível e de água; a capacidade das câmaras frigoríficas ou


geladeiras; a instalação elétrica, fuzíveis e seus valores; possibilidades de esgoto da
embarcação; meios de salvamento existentes e sua localização, enfim, SABERMOS TUDO
SOBRE A NOSSA EMBARCAÇÃO EM SEUS MÍNIMOS DETALHES,

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CAPÍTULO 2
MARÉS. TÁBUA DAS MAMES. PROCESSO PRÁTICO DE CÁLCULO DE ALTURA DA MARÉ
PRECAUÇÃO,

MARES
A MARÉ pode ser definida corno o movimento vertical das águas. As forças de aíracào
da LUA, e, secundariamente, do SOL, são as responsáveis pelo fenómeno das MARÉS,
O aumento e diminuição dos níveis das águas ocorrem duas vezes durante cada dia lunar
que, em média, tern 24 horas e 50 minutos, e podem ser facilmente observados ao longo de
qualquer litoral.
Denominamos de MARÉ DE ENCHENTE, o movimento ascendente das águas,
dizendo que foi atingida a PREAMAR, quando esse movimento ascendente alcança seu
nível mais alto. Quando as águas após atingirem a PREAMAR começam, a diminuir, temos o
movimento chamado de MARÉ de VAZANTE, e o seu mais baixo nível é a BAIXAM AR.
Aní.cs das águas inverterem seu movimento de ascendente para descendente ou vice-versa,
existe um breve período ern que nenhuma modificação nos seus níveis pode ser notada. A
esse período de tempo denominamos de ESTOFO DA MARÉ. A variação do nível das águas
entre a PREAMAR e a BAIXAMAR, denominamos de AMPLITUDE DA MARÉ.
Quando as forças de atração da LUA e*do SOL estão em linha, ou seja, a TERRA, a
LUA e o SOL estão em conjunção, o movimento das MARÉS atinge seus pontos extremos,
quer nas PREAMARES, quer nas BAIXAMARES. Tais MARÉS são chamadas de MARÉS
de "ÁGUAS VIVAS", ou "MARÉS DE SIZÍGIA". Quando a TERRA, a LUA e o SOL
estão em uma posição em que fazem um ângulo reto entre si, temos a força de atração
reduzida ao seu valor mínimo e as MARÉS nessas ocasiões têm AMPLITUDES mínimas.
Tais MARÉS são chamadas de MARÉS de "ÁGUAS MORTAS" ou "MARÉS DE
QUADRATURA".

O aumento e a diminuição das águas, ou seja, a ALTURA da MARÉ é medida a partir de


uru nível de referência arbitrado, que no caso do Brasil, é o NÍVEL MÉDIO DAS
BAIXAMARES de SIZÍGIA. Tal nível representa a pior condição existente em um
determinado lugar para o navegante, qual seja, a média das menores lâminas de água já
registradas naquele locai.
Não devemos confundir ALTURA DA MARÉ com PROFUNDIDADE DO LOCAL,
pois a primeira é a variação em relação ao NÍVEL MÉDIO DAS BAIXAMARES DE
SIZÍGIA, enquanto a segunda é a coluna de água existente desde o FUNDO até a
SUPERFÍCIE das águas em um determinado instante.

E importante lembrar que o nível da água, eventualmente, pode estar abaixo do NÍVEL
de REFERÊNCIA. Isto significa dizer que a PROFUNDIDADE do LOCAL pode ser menor
do que a PROFUNDIDADE assinalada nas cartas náuticas. Tal fato é indicado pelo uso do
sinal (-) antecedendo a altura das marés mostradas nas TÁBUAS DAS MARÉS.

TÁBUA DÁS MARÉS


As TÁBUAS DAS MARÉS possibilitam ao navegante fazer a previsão das MARÉS com
horas e alturas das PREAMARES e BAIXAMARES dos principais portos e barras da nossa
costa, bem corno, para portos secundários, através de tabela de correções, tomando por base
um porto principal.
As TÁBUAS DAS MARÉS, contêm ainda as previsões das marés para alguns portos
estrangeiros e permitem através do uso de tabelas nelas existentes a determinação da altura
da maré ero um instante dado.

NÍVEL MÉDIO 1,1.4 M C í, R T A 9 C2

JULHO AGOSTO SETEMBRO


HORA A L. T HORA ALT HORA A LT HORA ALT HORA ALT HORA ALT
OÍA DIA D íA DIA DIA DIA
H M N H M M H H K H H H H M M H H M
l
01 033ó 0346 2,2 j Oí 045,1 2.4
2 . 5 1 fe 16 0432 2.3 01 0541 2,2 16 0527 2.3
0958 0,0 qT, 1003 0,2 1 1 10 0.0 1046 0.0 1152 0.3 1138, 0,0
tp 1610 2-4 W 1608 2.1 1 7 1 8 2,3 1652 2.3 1800 2.0 .1747 *• 2. 2
2215 Q,2 2209 0.3 2324 0,2 2255 0.2 2356 Q, l
02 0424 2.5 17 0420 2,2 02 0532 2.4 17 0507 2,3 02 0010 0.3 17 0612 2,2
1046 0,0 1037 0.2 1 1 5 i 0.2 1121 0,0 0616 2.0 1223 0, 2
1657 2.4 1643 2.2 1758 2.2 1729 2.2 1225 0, 4 1833 2« 1
2301 0,2 2243 0. 3 2332 0,2 1835 1.9
0510 2.5 18 0455 2.3 03 0006 0.3 18 0546 2,3 03 0049 0,4 18 004? 0.2
' 32 0,0 1111 •0.2 0012 2.2 1200 0.1 0654 1.8 0703 2. Q
?,3 1 7 1. 7 2,2 1230 0.3 1808 2.2 1301 0.5 1316 0.3
2317 0.3 1837 2,0 1914 . 1.7 1927 1.9
0530 2.2 04 0048 0.4 19 0013 0.2 04 0134 0.6 19 0148 0,4
" 46 0.2 0653 2.1 0629 2.2 0738 1.7 0803 1.8
•» 2.1 1310 0.4 1243 0.2 1346 0.7 1423 0.5
n 4 1853 2.1 2004 1.6 7A^,7 1.8
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0.5 20 0101 r «
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PROCESSO PRATICO DE CALCULO

t DE ALTURA DA MARÉ

Muitas vezes, necessitamos saber qual a altura da maré em um determinado instante.

i Uma simples interpolação de tempo entre a hora da PREAMAR e da B AI X AM AR


relacionada com a AMPLITUDE DA MARÉ é muito imprecisa, pois o mar não sobe ou
desce a uma velocidade uniforme.
Um processo pratico para o cálculo da altura da maré em um determinado instante e
apresentado através do uso da tabela abaixo:

TABELA PARA CALCULO DA ALTURA DA MARÉ ACIMA DA BAIXAMAR


A QUALQUER INSTANTE DE UMA VAZANTE OU DE UMA ENCHENTE.
MARÉ DE VAZANTE MARÉ DE ENCHENTE CONSTANTE

í Horas depois da preamar Horas depois da baixamar Enchente/Vazante

A - Caiculs a amplitude da maré par?, o dia dado, consultando a Tábua das'Marés.


B - Entre na coluna J ou na coluna 2 na linha correspondente a hora para a qual desejamos sabei' a altura da
maré.
C - Ern correspondência a hora, tire da coluna. 3 o valor da constante.
D - Multiplique a constante obtida na coluna 3 pela amplitude da maré.

Entrando-se na TÁBUA DAS MARÉS verifica-se que para o dia considerado a AMPLITU-
DE é de 5,3 metros.
As Í2:00 horas estaremos com 2 horas e 21 minutos de vazante.
A constante usada é 0.63,
A ai. í. u rã da maré será de 0,63 x 5,3 = 3, 3 m. em relação ao nível de referência.

PRECAUÇÃO
As alturas das marés podem ser aíetadas pelos fatores meteorológicos, e em especial o
vento "pode causar elevação ou abaixamento do nível do mar. Nestas condições as
PREAMARES ou BAÍXAMARES poderão ser mais altas ou mais baixas do que as alturas
previstas nas TÁBUAS.
Assim, é conveniente tomarmos a precaução de conservar uma margem de segurança
em relação ao mínimo de lâmina de água abaixo de nossa quilha, margem de segurança essa.
variável em função da embarcação e da natureza do fundo (ura encalhe em areia é menos
perigoso que um encalhe sobre pedras). Esta margem de segurança, conhecida na
terminologia naval corno "pé de piloto", varia normalmente de 30 a 50 centímetros.
17
I CAPITULO 3
ANCORAS. TIPOS DE ÂNCORAS. PESO DAS ÂNCORAS. AMARRAS. FUNDEAR E
SUSPENDER. FUNDEADOURO. ATRACAR E DESATRACAR. ESPIAS E SEU USO.

l LEME E SEUS EFEITOS. SITUAÇÕES DE MANOBRA DE EMBARCAÇÕES,

t ÂNCORAS - A âncora, denominada comumente de "ferro", é uma peca de aço de


forma especial e peso proporcional ao deslocamento da embarcação, que tem por finalidade
mante-la em urn fundeadouro. As principais parles de uma ANCORA são: a haste, os braços,

l
as paias, a cruz, o a-pó ( q u a n d o e x i s t e n t e ) e c anele.

l
I
 N C O R A "AL M l R A NT A D O

TIPOS DE ANCORAS - A âncora tradicional é a do tipo Almirantado sendo também a


mais segura urna vez que possui cepo. e este facilita o "unhar" da ANCORA, no fundo.
Entretanto, é este tipo que também tem a maior desvantagem, pois facilmente a amarra se
enrosca no cepo ou no braço que fica para cirna por ocasião de rabear da embarcação ern
íorno do "ferro" por efeito do vento ou da maré.
Atualmente usam-se "ferros" de vários tipos, tais corno o Ha!l, o arado, o cogumelo, o
Danforth, etc. O tipo mais encontrado, hoje ern d i a . em embarcações de recreio é o "ferro"
tipo Danforth que possui corno vantagens: facilidade e rapidez em "unhar" e não possui
cepo.

ANCORA DE MAR
OU DE MAU TEMPO
TIPO "ARADO'

TIPO "HALL 1
TIPO "DANFORTH'

TIPO "COGUMELO1
íR
PESO DAS ÂNCORAS - Os "ferros" devem ter um peso proporcional ao deslocamento

l
máximo da embarcação. Como regra gerai, para navios de grande porte, para cada tonelada
de deslocamento deve-se íer um quilo de peso para a ANCORA, Assim, um navio de 2.000
toneladas deverá ter um ferro de 2.000 quilos. Porém, para as embarcações,pequenas de
recreio ou pesca podemos adotar a seguinte tabela:

l
DESLOCAMENTO "FERRO"
MÁXIMO KGS

l 15
25

l
45
55
65
75

l 90

i
l AMA.KÍ3AS - A ligação da âncora corri a embarcação se faz pela AMARRA. Esta pode
ser uma corrente de elos de aço, ou um cabo de aço, fibra, nylon, etc., o que é mais comum em
embarcações pequenas de recreio ou pesca. A AMARRA é constituída de quartéis, sendo
um quartel o comprimento de cerca de 25 metros de amarra. Urna AMARRA possui
geralmente oito quartéis, ou seja, 200 metros, A cada 25 metros devemos marcar a amarra
com frisos de tinta branca,de maneira a facilitar o conhecimento da quantidade de amarra que
está fora da embarcação.

i aproximarmo-nos do íocal de fundeio em marcha reduzida e aproados ao vento, ou à-

l corrente se esta for mais forte.


chegarmos ao Íocal de fundeio com as "máquinas paradas" ou os "panos abafados"
e a embarcação com pouco seguimento ou quase parada.

l
largar o feiro, deixando-se correr uma quantidade de amarra de no mínimo, três vezes
a profundidade do local, ao mesmo tempo em que damos "máquinas atrás devagar" o
necessário para ajudarmos o ferro a unhar. Não devemos deixar a amarra correr
livre, com a embarcação parada, para evitar que ela embole sobre o ferro, perdendo

i assim o seu efeito. As embarcações exclusivamente a veia, devem largar o ferro


quando ainda com seguimento avante, para o mesmo fim.
para evitarmos perder o ferro devemos nos habituar a fixar a ele um cabo fino chama-
do arinque que é aguentado na superfície por um objeto flutuante denominado bóia de

i afinque.
logo que a embarcação se estabilizar no fundeado u ro, fazer marcações de pontos de
terra para determinarmos na carta, nossa posição. Escolher tanto quanto possível
pontos que possam ser vistos tanto de dia quanto de noite, possibilitando assim que

i a qualquer hora, possamos verificar se a embarcação está "garrando" no fundeadou-


ro ou não.
19
HABITUE-SE A USAR A BÓIA DE ARíNOU

l
I Quando vamos SUSPENDER, normalmente a embarcação estará sempre aproada à
direção em que se encontra o ferro. Procuramos manobrar com a embarcação de maneira a
colocarmos o "ferro a pique" (amarra ria vertical). Em seguida '''arrancamos' 1 o ferro do

l fundo e içamo-lo para bordo. Devemos ter cuidado ao manobrar a embarcação evitando que
a amarra passe a "dizer para ré" (fique não na vertical e sim enviezada na direção da popa.}.
E preciso também ter cuidado na ocasião em que o ferro "'arranca" do fundo, porque a
partir desse momento, se o motor estiver parado ou as velas estiverem "abafadas", a
embarcação fica à deriva, isto é, ao sabor do vento e da corrente existentes. Deve-se pois, a

I partir deste momento, "manobrar com o motor" ou "caçar os panos" corno conveniente
para iniciarmos o movimento desejado da embarcação. *

Í FUNDEADOURO - Ao escolhermos um local de fundeio, deveremos ter em mente oue


um bom FUNDEADOURO deve:

l ser abrigado cie ventos., correntes e ondas.


ter uma profundidade adequada a nossa embarcação,
ter um fundo sem grande decíívidade, pois ern caso contrário, facilmente a
embarcação ' "garrará''.
- ter uni fundo de boa " tença "(poder de prender o f erro). Os melhores fundos são os de
areia, lama. cascalho ou uma combinação deles.
ter esp>aço suficiente que permita a nossa embarcação girar sem perigo, em urn raio
*I que será função da quantidade de amarra largada e do comprimento da embarcação.

l FUNDEADOURO

i = quantidade de amarra largada.


c = cornprimsnio da embarcação,

l r = raio cie giro quando fundeada.

l
Ao escolhermos um local de fundeio devemos evitar o fundo de pedra, para evitarmos

l perder o ferro ou a própria amarra, devido ao um provável "ertíocamento" nas pedras.


Se a permanência no fundeadouro é pequena largamos, como já vimos, um comprimento
de amarra igual a três vezes a profundidade do local. Mas, se a demora é maior devemos
largar cinco vezes a profundidade. Se é previsto mau tempo, podemos ainda aumentar, por
l medida de segurança, a quantidade de amarra para sete vezes a profundidade do local.

i ATRACAR E DESATRACAR - As possibilidades de manobrar uma embarcação em uni


cais, quer para atracá-la quer para desatracá-la, ou simplesmente movimentá-la, são quase
infinitas em. número. As características da embarcação, o vento, a corrente, o tipo do leme, o
numero de propulsores e seu passo, são as considerações fundamentais. Você deverá pensai-
na manobra com antecedência e deíaihadarnenle mantendo durante todo o ternpo a
embarcação sob controle.

i De urna maneira gerai, para atracar, levamos a embarcação com pouco seguimento, e
fazendo um ângulo de cerca de 45°, em relação ao cais, de maneira a passar um cabo de proa,
logo que pudermos, carregando-se o leme para o bordo oposto ao cais para fazer a popa vir a

i
este. A embarcação deve ser mantida atracada ao cais, passando-se um cabo "dizendo" para
vante e outro "dizendo" para ré. Havendo corrente, facilmente verificada pela posição de
outras embarcações que filam a ela, deve-se aproveitá-la, isto é. atracar contra a corrente.
Isso traz vantagem, pois a corrente, agira sobre a popa, aproximando-a do cais e facilitando a
atracaçao.
Para provermos a defesa da embarcação contra choques no cais, devemos colocar
clefensas, presas ao costado ou ao cais.

l Para desatracarmos, devemos inicialmente largar os cabos a ré e manobrando com os


cabos avante procurar abrir .a popa. Se necessário, usaremos ainda o motor dando atrás e
manobraremos o leme como conveniente para obter tal efeito. Logo que a popa estiver safa

l do cais, largamos os cabos de vante e dando atrás afastamos a embarcação, dando adiante
logo que julgarmos conveniente, manobrando o leme de maneira a colocarmos nossa proa na
direcão desejada.

Para facilitar a desatracaçao podemos largar o ferro, antes de atracar, quando a


embarcação ainda está afastada do cais. Para desatracarmos, vamos folgando os cabos de
atracaçao e recolhendo a amarra, até que a embarcação fique safa do cais, quando então
largamos os cabos e após "arrancarmos" o ferro e colocá-lo a bordo manobramos como
necessário para movimentarmos a embarcação na direcão desejada.

l Podemos ainda dcsatracar usando urna corrente favorável. Se ela estiver pela. proa,
folgamos os cabos avante, mantendo os de ré apertados. A proa se afasta do cais e a popa
permanece junto a ele. Logo após folgamos os cabos a ré; a popa também se afastará,
permitindo urna desatracaçao sem maiores dificuldades.
Se a corrente estiver pela popa, adotamos o procedimento inverso, o que nos levará
também a urna fácil desatracaçao.

t ESPIAS E SEU USO » Os cabos que permitem a uma embarcação "amarrar" a um cais
são chamados de ESPIAS.
De acordo com seu posicionamento em relação a embarcação as ESPIAS são
denominadas de LANÇANTES, ESPRÍNGUES ou TRAVESES. Assim a ESPIA que "diz"
para vante ou para ré em relação ao seu posicionamento na embarcação é um LANÇANTE
de proa ou de popa conforme o caso. A ESPIA que "diz" para a direcão de meio navio, quer
Í a vante, quer a ré, é uni ESPRINGUE e aquelas que são perpendiculares ao cais constituem
os TRAVESES.
I Lançante de proa - Serve para evitar que a embarcação caia a ré ( 1 )

l Espringue de proa - Serve para evitar que a embarcação caia a vante. (2)
Través - Serve para impedir que a embarcação abra do cais (3).
Espringue de popa - Serve para impedir que a. embarcação caia a ré. (4).
Lançariíe de popa - Serve para impedir que a embarcação caia a vante. (5).

i Sempre durante as atracações, ou muitas vezes já atracadas necessitamos manobrar


nossas embarcações ao longo do cais. Para tanto, basta manobrarmos convenientemente

I
com as ESPIAS, fazendo com que a embarcação caia avante ou a ré.

Sempre que usarmos um TRAVÉS nas aíracações deveremos observá-lo com

l frequência pois, por ser ele a espia mais curta e perpendicular ao cais, é a que mais sofre com
a. variação das marés, podendo mesrno partir, quando demasiadamente tesado.

t LEME E SEUS EFEITOS - O leme tem por finalidade dar direção a uma embarcação e
mante-la a caminho, no rumo determinado. E por meio do ierne que se faz o navio guinar.

l Ele é disposto na popa e só tem ação quando a embarcação está em movimento {ressalvado
os casos de correnteza), urna vez que o seu efeito é resultante da força das águas, em
movimento, sobre sua porta.
CANA DO LEME
MADRE
LEME COMUM
PORTA -

Teoricamente, o efeito máximo do leme é obtido corn 45° de inclinação da porta em


relação à quilha da embarcação, porém, na prática, verificou-se que o seu efeito máximo não
vai alérn de 35°, para cada bordo. Na marcha atrás o efeito do ierne é contrário ao da marcha
adiante, porém muito menor.
' l Em urna embarcação de uni só hélice o efeito do ierne variara corri a sua posição em
relação a quilha e o sentido de rotação do hólice.
Considerando uma embarcação de uni só hélice, com rotação para a esquerda, e não
l levando em consideração, a forma do casco, nem o tipo de lerne e do hélice apresentamos o
seguinte quadro:

n
i
íi NAVIO: Atrás

HÉLICE :Atrás

i Assim, podemos concluir que em urna embarcação de um só hélice com rotação para a
esquerda, sua proa terá tendência, com leme a rneio, de ir para BE e portanto atracara
sempre com mais facilidade por Bombordo enquanto a embarcação com hélice com rotação à
d i r e i t a , tendo urna tendência inversa, atracara melhor por Borestc.
SITUAÇÕES DE MANOBRA DE EMBARCAÇÕES - Apresentamos aqui algumas
situações de manobra de embarcações, escolhidas entre aquelas que apresentam-se com

I m a i o r frequência. F oportuno lembrarmos que o tipo de casco, de leme. sentido de rotação e


n u m e r o de propulsores, podem alterar as manobras apresentadas, validas como regras
gerais.

l ATRACAÇÃO COM VENTO OU CORRENTE P E R P E N D I C U L A R AO C A Í S .


A P R O X I M A Ç Ã O POR B A R L A V E N T O .
Aproximar-se paralelo ao cais, quase parando. O vento ou corrente aproximará a embarcação
do cais. Passar logo que possível ESPIAS pela. proa e pela popa.

l
i
l ATRACAÇÃO COM VENTO OU CORRENTE PERPENDICULAR AO CAIS

l APROXIMAÇÃO POR SOTAVENTO.


Aproximar-se do cais com um-ângulo aproximado de 45°. Assim que a bochecha da
embarcação tocar o cais, passar um ESPRINGUE de PROA. Dar leme para o bordo
contrario ao cais. Máquina adiante devagar. A popa encostará.

l
1 VENTO OU
CORRENTE

i ATRACAÇÀO COM VENTO OU CORRENTE PARALELA AO CAIS.

y Procure atracar sempre contra a corrente ou vento. Aproxime-se do cais com um ângulo de
cerca de 30°, c orn a máquina adiante devagar. Assim, que possível passar um LANÇANTE
DE PROA Q parar a máquina, O vento ou a corrente ajudará a encostar a popa.

ri
l
l VENTO OU
CORRENTE

l o

I
i
INVERSÃO DE PROA NO CAIS.
Retiramos toda a amarração, exceto o LANÇANTE DE PROA. Leme 'na direção do cais,
damos máquina adiante devagar. A meio caminho, trocamos o Iançante de proa de cabeço,
invertemos a máquina, mantendo o leme durante todo o tempo carregado para o mesmo
bordo.

LARGAR DO CAIS SEM VENTO NEM CORRENTE.


Leme a meio, máquinas adiante devagar, defensas protegendo o costado. Ao i n i c i a r o
deslocamento vá dando leme no sentido contrário ao cais lentamente até ficar com a popa
safa. Podemos também largar todas as ESPIAS exceto o ESPR1NGUE DE POPA, ir
entrando com essa espia, leme contrário ao cais e máquinas adiante devagar,.

LARGAR DE UMA GAVETA.


Entrar com o ESPRINGUE DE PROA, máquinas adiante devagar, leme na direção do cais.
Tão logo a. popa fique safa. coloque o leme a rneio e inverta a máquina.

LARGAR DO CAÍS COM VENTO OU CORRENTE PELA PROA.


Largar todas as espias exceto o ESPRINGUE DE POPA, manter o ierne contrário ao cais.
Deppis que a proa abrir o suficiente, folgar o espringue. até que a popa se afaste do cais.
Largar o espringue de popa, dar máquinas adiante devagar.

-i j,' V E N T O OU
CORRENTE
l LARGAR DO CAIS COM VENTO OU CORRENTE DE POPA.
Largar todas as espias exceío o ESPRINGUE DE PROA. Leme na direção do cais. ir
entrando o espringue de proa. Quando a popa estiver safa, leme a meio e maquinas atrás
devagar.

l
l
I
l GIRAR EM UM CANAL
!r entrando lentamente com a amarra e manobrar com a maquina e com o leme como
adequado ao giro desejado.

l
l
l
a M U D A N Ç A DE POSIÇÃO NO CAIS.
Largar todas as ESPIAS, exceto urn L A N Ç A N T E DE PROA para a u x i l i a r a manobra.
M a q u i n a adiante devagar, leme na direção do cais, até atingir a nova direção. I n v e r t e r a
i maquina e o leme, mudar a espia de posição para que se m a n t e n h a como L A N Ç A N T E .

j

I M U D A N Ç A D E PO SIÇ Ã O N O C AIS.
Largar todas as ESPIAS, exceío um E S P R I N G U E DE PROA para auxiliar a manobra. Com

i o leme; na direção do cais dê máquina atrás. Após o ponto de giro inverter o leme. Mude a
espia de posição para que se mantenha como E S P R I N G U E .

l
l 25
H
l
I CAPITULO 4
BALIZAMENTO; OBSERVAÇÕES SOBRE BALIZAMENTO;

I
SISTEMA DE BALIZAMENTO'BRASILEIRO E SEU SIGNIFICADO.

I BALIZAMENTO ~ é o conjunto de sinais fixos ou flutuantes que indicam os canais e


demarcam os perigos rios portos, baías, rios, lagos e lagoas. Os sinais podem ser cegos,

l luminosos ou sonoros e são caracterizados:

© DURANTE O DIA (simultaneamente ou alternativamente).


- pela forma

I - pela cor
- peio som emitido.

l
I Os sinais segundo a forma que apresentam têm a denominação de faroletes, bóias ou
balizas.

l FAROLETE - é toda armação ou coluna exibindo I

BÓIA - é todo dispositivo flutuante e x i b i n d o luz ou não. (bóia luminosa ou cega). As


bóias luminosas e as cegas podem ser dotadas, ou não, de dispositivos para sinais de
cerração (apito, sinais, gongo, etc.).

l BALIZA - é uma haste de ferro, ou de cimento armado, desprovida de luz, encimada por
um tope que em função do significado da baliza terá uma determinada forma (disco,
triângulo, esfera, retângulo, etc.).

l OBSERVAÇÕES SOBRE BALIZAMENTO


í j Os faróis e faroletes que balizam portos e respectivos canais de acesso ou que
demarcam perigos isolados, obedecem a mesma convenção quanto à pintura e característica
l de luz.
2) As bóias cegas ou de luz podem se-r equipadas com refietor radar e sinais de cerração,
tais como apito, sino e gongo.

l 3) A numeração dos vários canais e alinhamentos é independente entre eles.


4) A numeração dos canais é uma só para todo o balizamento, quer se trate de bóias
cegas, bóias de luz ou faroletes. O balizamento encarnado recebe números ímpares e o preto
números pares.
5) A numeração será sucessiva e em ordem crescente: para os canais a partir da entrada
nos portos, e para os alinhamentos, a partir da bóia mais próxima à entrada.
6) Além das bóias, faroletes, eíc., de canais de acesso e de alinhamento de cabos
submarinos, só deverão ser numeradas as que de outro modo não possam ser facilmente

l identificadas pelo navegante, ou referidas nas cartas e publicações.


7) As bóias de balizamento, não podem ser usadas para nenhuma outra finalidade, sob
qualquer pretexto.
8) E expressamente proibido a colocação de bóias e balizas por qualquer pessoa ou

l associação sem o prévio consentimento da Diretoria de Hidrografia e Navegação cio


M i n i s t é ri o d a M a ri n h a.
26
SISTEMA DE BALIZAMENTO BRASILEIRO E SEU SIGNIFICADO

ara quem vem ao mar. A noite i lampejo

CASCO SOÇOBRADO - Mantenha-so suficiente-


mente afastado. A noite 1 lampejo verde.

TODA BRANCA

PRETA E PERIGO ISOLADO - Mantenh?.


ENCARNADA
FAIXAS
HORIZONTAIS
•##- noite 2 lampejos encarnados.

PRETA E
BRANCA
FAIXAS
VERTICAIS


PRETA E

A BRANCA
FAIXAS
HORIZONTAIS

A .L.
BRANCA. E
ENCARNADA JUNÇÃO DE CANAL - Pars quem
FAIXAS noite 3 lampejos encarnados.
HORIZONTAIS

CONHEÇA O BALIZAMENTO: AS CORES, AS FORMAS DOS TOPES DAS BALIZAS


E OS LAMPEJOS RESPECTIVOS.

27
l
l CAPITULO 5

l REGULAMENTO INTERNACIONAL PARA EVITAR ABALROAMENTO NO MAR.

l Quando dirigimos um automóvel em ruas de ama cidade ou em uma estrada, precisamos


saber e seguir uma serie de regras e sinalizações a fim de, evitarmos acidentes, que aiérn dos
possíveis danos materiais poderão nos custar a própria vida e a de outros entes queridos, ou
nos transformar em eventuais assassinos. Embora as embarcações sejam Jivres de se

I movimentar ern qualquer direção e não tenham as limitações de andar, como os automóveis,
em faixas específicas, existem algumas semelhanças que permitem, que estabeleçamos
analogias entre a estrada e o mar:

I - o Comandante de uma embarcação, semelhantemente ao .motorista, necessita esíar


alertado para a existência de determinados regras,
- o Comandante de uma embarcação, semelhantemente ao motorista, necessita ter um

l
quase que "intuitivo" conhecimento das regras básicas desde que: a. melhor hora para
sabê-las e a pior para estudá-las é quando estamos na eminência de uma colisão.
~ o Comandante de urna embarcação, semelhantemente ao motorista, necessita
compreender e se conscientizar que, o único propósito da existência das regras é evitar

l abalroamentos, a principal causa de acidentes no mar.


- o Comandante de urna embarcação, finalmente, e como o motorista, necessita reco-
nhecer que o "bom senso*' necessita sempre acompanhar a aplicação das regras.

l RI P E AM

O REGULAMENTO INTERNACIONAL PARA EVITAR ABALROAMENTO NO


MAR, também conhecido corno RIPEAM, é o conjunto de regras que, tendo a força de lei,

l prescreve como deveremos conduzir as embarcações na presença de outras, bem como,


informá-las de nossas intenções ou ações, por sinais de apito, por luzes ou por. -iurccs fU-u-nas,
de maneira que, possamos desenvolver manobras correias e seguras, afastando assim, o
perigo do ABALROAMENTO.

l GENERALIDADES

l APLICAÇÃO
O RIPE AM SE APLICA A TODAS AS EMBARCAÇÕES EM MAR ABERTO E EM
TODAS AS ÁGUAS A ESTE LIGADAS.

l RESPONSABILIDADE
NADA CONTIDO NO RIPEAM DISPENSARÁ QUALQUER EMBARCAÇÃO OU

l SEU PROPRIETÁRIO, SEU COMANDANTE OU SUA TRIPULAÇÃO DAS


CONSEQUÊNCIAS DE QUALQUER NEGLIGÊNCIA NO CUMPRIMENTO DESTAS
REGRAS OU NA NEGLIGÊNCIA DE QUALQUER PRECAUÇÃO RECLAMADA
ORDINARIAMENTE PELA PRÁTICA MARINHEIRA OU PELAS CIRCUNSTÂNCIAS

l ESPECIAIS DO CASO.

BOM SENSO

l AO INTERPRETAR E CUMPRIR AS REGRAS CONTIDAS NO RIPEAM,


DEVERÃO SER LEVADOS NA DEVIDA CONTA TODOS OS PERIGOS À NAVEGA-
ÇÃO E DE COLISÃO E TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS, INCLUSIVE AS

l LIMITAÇÕES DAS EMBARCAÇÕES ENVOLVIDAS, OS QUAIS PODERÃO TORNAR


UM AFASTAMENTO DESTAS REGRAS NECESSÁRIO PARA EVITAR PERIGO
IMEDIATO.
28'
ff!
l DEFINIÇÕES GERAIS

t EMBARCAÇÃO - a palavra, designa qualquer engenho ou aparelho, i n c l u s i v e veículos


tem calado (hoverrnarines, hovercrafts, hidrofólios, eíc.) e hidroaviões, usados ou capazes de
serem usados corno meio de transporte sobre a agua.

l EMBARCAÇÃO DE PROPULSÃO MECÂNICA - designa qualquer embarcação


movimentada por meio de máquinas ou motores.

t EMBARCAÇÃO ENGAJADA NA PESCA - designa qualquer embarcação pescando


com redes, linhas, redes de arrasto ou qualquer outro equipamento de pesca que restrinja sua
manobralnlidade.

l EMBARCAÇÃO SEM GOVERNO - designa urna embarcação que, per alguma


circunstância excepcional, se encontra incapaz de manobrar como determinado por estas
Regras e, portanto, está incapacitada de se manter fora da rota de outra embarcação,

l EMBARCAÇÃO COM CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA - designa uma


embarcação que, devido a natureza de seus serviços, se encontra restrita em sua capacidade de
manobrar como determinado por estas Regras e, portanto, está incapacitada de s-e manter
(ora da roía de outra embarcação,

EMBARCAÇÃO RESTRITA DEVIDA AO SEU CALADO - designa a embarcação de

l propulsão mecânica que, devido ao seu calado em relação a profundidade dispor : \ e l está
corn severas restrições quanto a sua capacidade de se desviar do rumo que esta seguinco.

EMBARCAÇÃO EM MOVIMENTO - se aplica a. todas as embarcações que não se

l encontram fundeadas, amarradas a terra ou encalhadas,

EMBARCAÇÕES NO V I S U A L - quando uma embarcação pode ser obser\a


outra visualmente.

l EMBARCAÇÕES COM CAPACIDADE DE MANOBRA

— E N G A J A D A S NA PESCA.
RESTRITA

l — ENGAJADAS EM SERVIÇO DE:

* Colocação, manutenção ou retiradas de sinais de navegação.


Cabos ou tubulações submarinas.

l Dragagem e trabalhos submarinos.


Levantamento hidrográfico ou oceanográfico.
Reabastecimento no mar.
Transferência no mar de pessoas, provisões ou carga.

l Lançamento ou recolhimento de aeronaves.


Operações de varredura de minas.
Reboque.

l VISIBILIDADE

l V I S I B I L I D A D E RESTRITA É A V I S I B I L I D A D E PREJUDICADA POR:

— NÉVOA — TEMPESTADE DE A R E I A
— NEVADA — CHUVAS PESADAS
I — NEVOEIRO — OUTRAS CAUSAS S E M E L H A N T E S
REGRAS DE GOVERNO E DE NAVEGAÇÃO
APLICAÇÃO

I AS "PRESENTES REGRAS SE APLICAM EM QUALQUER CONDIÇÃO DE


VISIBILIDADE
VIGILÂNCIA

l TODA EMBARCAÇÃO DEVERÁ MANTER PERMANENTE E APROPRIADA


VIGILÂNCIA VISUAL E AUDITIVA E USAR ADEQUADAMENTE ÀS CIRCUNS-
TÂNCIAS E CONDIÇÕES EXISTENTES, OS MEIOS DISPONÍVEIS A FIM DE OBTER
INTEIRA APRECIAÇÃO DA SITUAÇÃO E DE EVENTUAIS RISCOS DE COLISÕES,

i VELOCIDADE

l TODA EMBARCAÇÃO DEVERÁ NAVEGAR PERMANENTEMENTE A UMA


VELOCIDADE SEGURA, O QUE SIGNIFICA: TER A EMBARCAÇÃO A
POSSIBILIDADE DE ADOTAR UMA AÇÃO APROPRIADA E EFICAZ PARA EVITAR
UMA COLISÃO, INCLUSIVE PODER SER PARADA A UMA DISTÂNCIA SEGURA

i SE NECESSÁRIO FOR,

A VELOCIDADE DE SEGURANÇA É FUNÇÃO:

l <8>
€»
©
Do Grau de Visibilidade
Da Densidade do tráfego local
Da Capacidade de manobra e distância de parada da embarcação

i O
Cl
©
A noite, da presença de luzes
Do estado do mar, do vento e das correntes
Da proximidade de perigos a navegação '

ti
O Do calado da embarcação em relação à profundidade local
• Quando com radar, de suas possibilidades e limitações

II RISCO DE C O L I S Ã O

l M A R C A Ç Ã O CONSTANTE

DISTANCIA DIMINUINDO

l
II
y
u
t EM C A S O DE DUVIDA C O N S I D E R E HAVER RISCO DE C O L I S Ã O

30
l
MANOBRAS PARA EVITAR COLISÃO

l * Manobra franca e positiva, o que, normalmente, significa dizer; altere o rurno de maneira
ampla. Varie a velocidade para mais ou para menos de maneira sensível.

f * Manobre com bastante antecedência. Nunca espere o último momento.

* Se necessário, pare suas máquinas, ou mesmo, inverta-as para cortar seu seguimento.

i CANAIS ESTREITOS

l 3» Procure se manter tão próximo quanto possível e seguro da margem a seu boreste.

e> Embarcações de menos de 20 metros ou a vela, não deverão atrapalhar a passagem de outra
embarcação de maior porte e portanto com possíveis restrições ue manobra, em função do

i calado e da profundidade do local.

l
l * Quando for ultrapassar use o apito e espere a resposta da outra embarcação.

* Manobre cora cuidado e segurança.

l * Em curvas use o sina! apropriado de apito. Tenha atenção e cuidados redobrados.

° Só fundeie em canais estreitos se assim as circunstâncias exigirem.

i i

ESQUEMAS DE SEPARAÇÃO DE TRÁFEGO

l O Brasil até o momento não adota esquemas especiais de separação de tráfego.

CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÕES NO VISUAL UMA DA OUTRA

l As regras a seguir apresentadas se aplicam a embarcações no visual urna da outra, ou


seja, quando uma pode VER a outra.

EMBARCAÇÕES A VELA
Quando cada uma das embarcações tiver o vento soprando de bordo diferente, a embarcação
que recebe o vento por bombordo deverá se manter fora do caminho da outra.
I
I Quando ambas as embarcações tiverem o vento soprando do mesmo bordo, a embarcação
que estiver a barlavento deverá se manter fora do caminho da que estiver a sotavento.

I
l
l
l N TO

l --' BARLAVENTO

l SOTAVENTO
i
l Quando uma embarcação com o vento a bombordo avistar outra embarcação a barlavento e
não puder determinar com segurança se a outra embarcação recebe o vento por bombordo ou
por boreste ela deverá se manter fora do caminho dessa embarcação.

l
l
l BARLAVENTO
l VENTO

t
i SOTAVENTO

l
L
ULTRAPASSAGEM
l Toda embarcação que esteja ultrapassando outra deverá manter-se fora do caminho dessa
outra.
Considera-se como ultrapassagem toda embarcação que se aproximar de outra vinda de uma
I direção de mais de 22°.5 para ré do través dessa última,
4 embarcação P denomina-se alcançada e a embarcação M, aic:ançadora.

l
l A ALCANÇADORA M MANOBRA

l
RODA A RODA

Duas embarcações se aproximando em rumos diretamenle opostos ou quase diretamente


opostos em condições que envolvem risco de colisão cada uma deverá guinar para boreste,
de íofrna que a passagem se dê por bombordo uma da outra.
1 Sempre que houver dúvida sobre a existência de ta! situação a embarcação em devida deverá
considerá-la como existente.

l
1
l
l
i
AMBAS GUINAM PARA BORESTE

33
RUMOS CRUZADOS
Quando duas embarcações a propulsão mecânica navegam em rumos que se cruzam em
situação que envolve risco de colisão, a embarcação que avistar a outra por boresíe deverá se
manter fora do caminho dessa e tanto quanto possível, evitará cruzar sua proa.

A QUE AVISTA A OUTRA POR BE MANOBRA

Se couber a você manobrar faça-o de maneira ampla e o mais cedo possível, a fim de ficar bem
saf& tis 0utre eínbíírc&câo.

Em qualquer situação uma embarcação é MANOBRADORA e outra é


PRIVILEGIADA.
Mesmo que você seja a PRIVILEGIADA, se houver risco de colisão e lhe pareça que a
MANOBRADORA não manobrou apropriadamente., 'MANOBRE VOCÊ MESMO. ~
34
il
MANOBRADORA E PRIVILEGIADA

íi \i f Q<»rá -ernore uma embarcação PRIVILEGIADA, exceto, quando a outra embarcação


X^ver sendo avistada pelo SETOR DE PERIGO - da sua proa até 22°.5 além do través de
BORESTE.
í
i RODA A RODA

t
t
Í
Í
I
l
l
l

ESQUEMA GERAL DE PREFERÊNCIA E MANOBRA


35
RESPONSABILIDADE ENTRE EMBARCAÇÕES

EMBARCAÇÕES A PROPULSÃO MECÂNICA, MANTÉM-SE FORA DO CAMINHO DE EMBARCAÇÕES:

SEM GOVERNO
CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA
ENGAJADA NA PESCA
VELA

EMBARCAÇÕES A VELA, MANTÉM-SE FORA DO CAMINHO DE EMBARCAÇÕES:

SEM GOVERNO
CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA
ENGAJADA NA PESCA

SEM GOVERNO
CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA

SE VOCÊ NÃO É UMA EMBARCAÇÃO SEM GOVERNO, OU COM CAPACIDADE DE


MANOBRA RESTRITA DEVERÁ NÃO ATRAPALHAR A PASSAGEM SEGURA DE
UMA EMBARCAÇÃO RESTRITA DEVIDO AO SEU CALADO.
UMA EMBARCAÇÃO RESTRITA DEVIDO AO SEU CALADO DEVERÁ NAVEGAR
COM CUIDADO REDOBRADO, LEVANDO EM CONTA SUAS CONDIÇÕES
ESPECIAIS.
CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÕES EM VISIBILIDADE RESTRITA
u O NAVEGUE COM UMA VELOCIDADE PRUDENTE
• "V

• TENHA AS MÁQUINAS PRONTAS A MANOBRAR IMEDIATAMENTE

• REDOBRE A VIGILÂNCIA VISUAL/AUDITIVA

y • OPERANDO RADAR CALCULE SEMPRE QUE DETECTAR OUTRA


EMBARCAÇÃO SE Ã!Á, RISCO DE COLISÃO
Q EM CASO DE NECESSIDADE QUEBRE O SEGUIMENTO

. •
-ARANDO SUA EMBARCAÇÃO
NAVEGUE COM EXTREMA CAUTELA ATÉ QUE PASSE
O PERIGO DE COLISÃO

ANTE-AVANTE DO TRAVES, EXCETO SE ELA FOR A ALCANÇADA EM UMA


ULTRAPASSAGEM.
Í GUINAR EM DIREÇÃO A OUTRA EMBARCAÇÃO QUE SE ENCONTRA NO SETOR
DE TRAVES PARA RÉ.

Í LUZES E MARCAS

i As regras referentes as luzes devem ser observadas do por ao nascer do sol, não devendo ser.

y
exibidas outras que possam originar confusão.
Mesmo de dia, em caso de visibilidade restrita use as.luzes indicadas nestas regras,

y Durante o dia e corn visibilidade normal use as marcas adequadas à situação.

LUZ DE MASTRO LUZES DE BORDOS

y Luz branca contínua, sobre


a linha de meio navio visível
num setorde225°
Luz verde BE - Luz encar-
nada BB,contínua, visível
em setores de i 12°,5 de ca-
Luz branca, continuarão
próximo quanto possível da
popa. Visíve} num setor de

j da bordo.

ESTAS LUZES SÃO COMUMENTE CHAMADAS DE "FARÓIS DE NAVEGAÇÃO"


'l 35°
l
I LUZ DE REBOQUE - Luz ama-
rela com as mesmas caracterís-
íicas da luz de alcançado.
LUZ CIRCULAR - Luz.coniínua
visível num arco de horizonte
de 360°.
LUZ INTERMITENTE - Luz
com lampejos em intervalos
regulares com pelo menos 120
lampejos por minuto.

l
i EMBARCAÇÕES DE PROPULSÃO MECÂNICA EM MOVIMENTO.

i I - Luz de mastro avante


li - Luz de mastro a ré mais alta que a vante (com menos de 50 metros não é obrigada)

f IIí - Luzes de bordos


IV - Luz de alcançado

l OBS. I - quando operando sem calado (hovermarine, etc) exibe ainda luz circular intermiten-
te amarela,

i
l
l
l
l
I
l
l
A"

J?

i
l INFERIOR A 7 M COM VELOC M A X . 7 NOS

n -"
l
l REBOQUE E EMPURRA

Comprimento de reboque inferior a 206 m,

l l - 2 luzes verticais de mastro avante: II - Luz de mastro a ré; III - Luz. de aicançadt
] v - Luzes de bordos; V - Luz de reboque (amarela) acirna da de alcançado.

l
l
l
l Comprimento de reboque superior a 200 m,

l
l
l
K
l Embarcação empurrando ou rebocando a contrabon^o

I -• As mesmas luzes dos casos anteriores exceto a luz amarela de reboque; II - Se for
incapaz de se desviar do seu rumo deve também exibir as luzes de embarcação com capacidade
l df; nitmobfG resírííc.

i
i
U L» ,
Embarcação simultaneamente rebocando e empurrando ou
rebocando a contrabordo.

i í - As mesmas luzes dos casos anteriores como adequado; II - Se for incapaz de se desviar
do seu rumo deve também exibir as luzes de embarcação com capacidade de manobra restrita.

l
l
l
l
l Marca de Reboque

í -• Quando o comprimento de reboque for superior a 200 m, usar a marca onde melhor possa

l li - O REBOCADO durante o dia deve usar a marca com. qualquer comprimento de

l
i
l
l A marca de embarcação com capacidade de manobra restrita deve acompanhar a marca de
reboque se a. embarcação for incapaz de se desviar do seu rumo.

li
J
l Quando uma embarcação empurradora e uma empurrada estão rigidamente ligadas entre si,
formando uma unidade integrada, elas devem ser consideradas corno urna só embarcação de
propulsão mecânica.
I A embarcação ou objeto Rebocado deve exibir luzes à noite de bordos e de alcançado.
Quando urna embarcação ou objeto REBOCADO, não puder exibir as íuzes prescritas,.
u'e ve-se procurar iluminar a embarcação ou objeío rebocado.
Â
m E?*fBARCAÇÕES A VELA EM MOVIMENTO,

i '•f\
"deve exibir" 1
í - Luzes de bordo e.
11 - Luz de alcançado.

i / l \ \\,

i DEVE EXIBIR

I "Pc de" Exibir


Luzes de bordo e
!! - Luzes verticais encarnada e verde desmastro.
II - Luz de alcançado.
| | IV - Não usar a Lanterna combinada neste caso.

1 / !
I, \ \ í \_ 1
1 L
j —* i • «f >• *_\
^^™ -J
i

l PODE E X I B I R

Embarcação a vela com menos de 12 rn pode usar a lanterna cornbir ada instalada no tope do
mastro ou próximo dele,

l
l
ri
\ \L

V E L A MENOS DE I 2 N •
Embarcação a vela co m menos de 7 m deve, se possível, exifc ir luzes de bordo e de
1 alcançado,. Caso não pó ssa deve ter sempre pronta urna lanterna, e!éírica ou uma lanterna a
óleo acesa de luz branca , pronta a ser mostrada em tempo para evita - urna colisão.

l TN
i \
]

\ i
l ^S^JS^
v^s> í»í*\
: ——s=-7
. <7Ív>^jaL_JL
/'
^
l V E L A MENOS DE 7M
41
l
l Quando a vela e a propulsão mecânica simultaneamente deve exibir avante onde melhor poss;
ser vista, marca em forma de cone com o vértice ara baixo,

I
l
l VELA E MOTOR

l
l EMBARCAÇÃO A REMO EM MOVIMENTO
Pode exibir as luzes prescritas para embarcações a vela, porém, se não o fizer deve ter sempr
pronta lanterna ou lanterna a óleo acesa exibindo luz brarsca.

l
i
l EMBARCAÇÕES DE PESCA

Pesca de arrastão:
i - 2 luzes circulares dispostas em linha vertical sendo a superior verde e a inferior branca.

l
II - i luz branca circular por ante a ré e acima da Suz verde (maior de 50 m).
í I I - quando com seguimento usar luzes de bordo e de alcançado.

l
l
l
y 42
pesca NÃO de arrastão.
í - 2 luzes circulares dispostas em linha vertical sendo a superior encarnada e a inferior
branca.
Ií - Quando com seguimento usar luzes de bordo e de alcançado.

i
IÍÍ - Se o equipamento tiver mais de 150 m (horizontalmente) uma luz circular branca na
direção do equipamento.

Marcas:

I ç Se o comprimento do equipamento for menor de 150m:


.— 2 cones unidos peio vértice;
— barco menor de 20 m exibir um cesto.
9 Quando o comprimento for maior de 1.50 rn usar como marca adicionai um cone com o

l vértice para cima.

i
f
l
l
i OBS: Quando não engajada na pesca urna embarcação de pesca não deve exibir as luzes e
marcas previstas, porém, somente aquelas de uso das embarcações ern movimento e de
acordo com seu comprimento.

l
l EMBARCAÇÃO SEM GOVERNO OU COM CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA

l Sem Governo
I - Exibir 2 luzes circulares encarnadas dispostas ern linha vertical.

l II - Com. seguimento usar luzes de bordo e de alcançado.


Marca: 2 esferas (de dia)

l SEM GOVERNO'
f

l
y MARCA

43
Com Capacidade de Manobra Restrita
l - Exibir 3 luzes circulares verticalmente. A superior e a inferior encarnadas e P do
branca,
ÍI - Com seguimento usar luzes cie bordo e de alcançado.
Marca: 2 esferas separadas por 2 cones unidos peia base. (de dia)
OBS: Quando fundeada exibirá também as luzes ou marca de fundeio, (à noite ou d
respectivamente).

t
i
I
l
l CAPACIDADE DE MANOBRA RESTRITA

l
i
EMBARCAÇÃO ENGAJADA EM OPERAÇÃO SUBMARINA DE DRAGAGEM COM C
DADE DE MANOBRA RESTRITA E COM EXISTÊNCIA DE OBSTRUÇÃO.

l I - Luzes de embarcação com capacidade de manobra restrita.


li - 2 luzes circulares encarnadas ou 2 esferas no bordo onde se encontra a obstrução.
í!I- 2 luzes circulares verdes ou marcas compostas cada uma de 2 cones unidos pel;

l para indicar o bordo pelo qual outra embarcação poderá passar.


IV - Com seguimento usar luzes de bordo e luz de alcançado.
V - Quando fundeada não deve exibir as luzes de fundeio.
OBS: Embarcações corn menos de 7 m não são obrigadas a exibir tais luzes.

l
l
i
II
l 4-4
i Sempre que o porte de uma embarcação engajada em operações submarinas tornar
impraticável o uso das luzes e marcas, usar urna réplica rígida da bandeira "A" colocada a
altura mínima de l m e visível em todos os setores.

l BANDEIRA A

l
l
l EMBARCAÇÃO ENGAJADA EM OPERAÇÕES DE VARREDURA DE MINAS

l l - Usaras luzes previstas para embarcação de propulsão mecânica em movimento e mais;


!! - 3 luzes circulares verdes sendo uma no tope do mastro e as outras nos lais da verga do
mesmo mastro.
Marca: De cisa usar a marca de 3 esferas. Uma no tope e as outras nos lais da verga do mesmo

l mastro.
OBS: Nenhuma embarcação deve se aproximar a menos de 1000 m da popa ou de 500 rn dos

l
bordos de um varredor, exibindo luzes e/ou marcas.

l
l
l
l
l Não confundir os sinais de Embarcações sem Governo ou com Capacidade de Manobra Restrita

l com sinais de embarcações em perigo. As primeiras NÃO necessitam de auxilio.

l EMBARCAÇÃO RESTRITA DEVIDO Â SEU CALADO..

í - Deve usar as luzes de bordo, de mastro e de alcançado previstas para embarcações em


movimento,

l ^ - Pode exibir ires luzes circulares encarnadas onde melhor possam ser vistas
verticalmente,
Marca: um cilindro.

l 45
EMBARCAÇÕES DE PRATÍCAGEM
I - Duas luzes circulares dispostas verticalmente sendo a superior branca e a inferi
encarnada no tope ou próximo do tope do mastro,
II - Se em rnovirnento mais ainda as luzes de bordo e a luz de alcançado,
li! -- Quando fundeada além das luzes de mastro, as luzes de fundeio.

ORS: Quando não engajada em serviços de praticagem deve exibir apenas as luzes ou marc
prescritas para uma embarcação de seu comprimento.

ACAO FUNDEADA

I - na parte de vante, luz circular branca.


II - na parte de ré, luz. circular branca.
III - as embarcações menores de 50 metros podem
onde melhor possa ser vista.
Marca: uma esfera.

MàlOR DE 50 METROS
u EMBARCAÇÃO ENCALHADA
J í - Luzes de Fundeio adequadas ao seu comprimento.

ò
1 ' ^"mtSm
ir"'.^-«"*-2Í f f l t l
1 *^'ífeKí|u-4

l OBS: As embarcações fundeadas ou encalhadas menores de 7m estão desobrigadas de exibir


luzes ou marcas desde que fundeadas fora de canais, vias de acesso e fundeadouros ou
rotas normalmente utilizadas por outras embarcações.
l
SINAIS SONOROS E LUMINOSOS
l
li Qualquer embarcação pocie suplementar

l
l Equipamentos para Sinais Sonoros

i * Embarcações com mais de 12 m - apito e sino.


* Embarcação com mais de 50 m - apito, sino e gongo,
* Embarcação com menos de 12m -- dispositivo sonoro qualquer desde que eficaz.

l Sinais de Manobra e Sinais de Advertência

l
l I D II áàà
l SINAIS SONOROS EM VISIBILIDADE RESTRITA

l
l •igoi-, e l apito curto 2 apitos lonsros e 2 apito* curtos l apito long-o, l curto, l longo e l curto

l Tfp<"inno uim'.ps.ss;i-ia cor seu tor>íst«>. | Tenciono ultraps.ssi.-J» por seu bombordo.

UHrapassagçin 'ira um canal estr£<Ui ou via de acesso.


| Concordo com sua ul

l ààâàâ

l
l
I
l Embarcação de propulsão mecânica sob máquinas,
ma?i parada e sem seguimento.

l rr r1? n!
n li s si i i
•'-!!!' HÍ" "-;'J

;:-;:T'::;nrc:u;io s-MT. ;;.; •-• '.'•;' rio, •Vwt.rií.B devido


c, sei; odiado, a vela., engajada na pesca.,
com capacidade d r manobra restrita, rebo-

l
cando ou empurrando [Em lagar dos sinais
prescrito; na regra. 25 (a) ou 3S(b}].

l Toques rápidos tie sino durante


Toque de sino a vsntc.. seguido de
toque de gongo ;; ré (ambos du-

l cerca de 5 sefnmdos, en-, inter-


valos não superiores a l minuto.
rante cerca de 5 segwvJos}, a in-
tervalos não superiores a l minuto.

Embarcação de comprimento igual ou


superior a 100 metros, fundeada.
Embarcação fundeada, indicando sua
posição e advertindo urcs. embarcação
qxiê se aproxivuii qur.ivío à possibili-
dade do uras colisão, (além. do toque
de sino. ou toques de sino c gongo).

l
l Sinal de identificação de embarcação eriçai*.)

I
48
l
l
l
l
Uma embarcação de comprimento' inferior a 12m não é obrigada a emitir os sinais
supramencionados, mas se não o fizer deve emitir outros sinais sonoros eficazes, a. intervalos
não superiores a 2 minutos.

l SINAIS PARA CHAMAR A ATENÇÃO

I
Caso seja necessário atrair a atenção de outra embarcação, qualquer embarcação pode emitir
sinais sonoros ou luminosos que não possam ser confundidos com qualquer outro sinal
autorizado nestas Regras, ou pode dirigir o facho de seu holofote sobre a direção do perigo,
de tal maneira que não perturbe qualquer embarcação.

l
SINAIS DE PERIGO

l
Quando urna embarcação se encontra em perigo e necessita de auxílio,deverá usar ou exibir
os SINAIS DE PERIGO apresentados em anexo.

l
l
a
i
i
y
y
v
l
CAPITULO 6
i PRIMEIROS SOCORROS

l PROPÓSITO
O propósito dos PRIMEIROS SOCORROS é corno seu nome indica SOCORRER O
ACIDENTADO (ou DOENTE) de urna maneira adequada até que haja socorro médico

I disponível.

a:
Os PRIMEIROS SOCORROS devem ser de execução simples e ser orientados de modo

I — salvar a vida humana


— aliviar dores
— evitar complicações.

l Os PRIMEIROS SOCORROS só serão eficientes se a pessoa que os administrar tiver o


conhecimento e o adestramento necessário,

PRINCÍPIOS GERAIS DOS PRIMEIROS SOCORROS

l ~ Verifique através de exame rápido se o acidentado ou doente está respirando. Se não


estiver, inicie imediatamente a RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL. Cada. segundo que
passa põe a vida em perigo.

l - Se existe HEMORRAGIA, estanque-a o mais rápido possível. Uma grande perda de


sangue pode conduzir a morte.
- O acidentado ou doente deve ser mexido o menos possível e com a maior suavidade.
Se tiver que deslocá-lo faça-o cuidadosamente, pois qualquer solavanco repentino

l pode agravar seriamente o estado provocado por um traumatismo,


- A posição do acidentado ou doente deve ser cómoda e perrnitir-lhe respirar o melhor
possível. Alargue a roupa do acidentado ou doente em volta do pescoço, peito e

l
abdómen.
- Não tire ao acidentado ou doente mais roupa do que o necessário e quando o fizer
faça-o com cuidado.
- Ter sempre em mente que o ESTADO DE CHOQUE pode ser um enorme perigo para

i
a vida. Um dos propósitos dos PRIMEIROS SOCORROS em feridos graves c evitar o
seu aparecimento prematuro.
- Não dar a beber ao acidentado ou doente qualquer espécie de bebida alcoólica. Esta
pode ser necessária, mais tarde, durante o tratamento; porém, NUNCA na fase dos

l PRIMEIROS SOCORROS.
- Em caso de fraturas o acidentado só deve ser movimentado após a IMOBILIZAÇÃO
das fraíuras. O transporte deve ser suave e eficiente.
- JAMAIS presuma que um acidentado ou doente está morto até que tenha executado
certos testes.

CASOS MAIS COMUNS:


Em uma embarcação cie esporte e recreio os casos mais. comuns corn decorrente
necessidade de PRIMEIROS SOCORROS são:

I — ENJOO
— CHOQUES ELÉTRICOS
— AFOGAMENTOS
— FERIMENTOS GENERALIZADOS

l — HEMORRAGIAS
-- FRATURAS
_ QUEIMADURAS
— INSOLAÇÕES e INTERMAÇÕES
— DESMAIOS EM GERAL
— ESTADO DE CHOQUE
L
Sumariaremos aqui os conhecimentos fundamentais para a prestação dos PRIMEIROS
SOCORROS aos casos apontados.
l ENJOO - No mar, com grande frequência, necessitamos cuidar de uma pessoa
ENJOADA, ou como falamos na gíria naval ""MAREADA", O melhor tratamento para o
ENJOO é o preventivo. Antes de sair para. o mar, e depois de 6 em 6" horas, dar às pessoas
i que acreditam que irão enjoar., comprimidos ANTI-ENJÔO. Tais pessoas com predisposição
ao ENJOO devem se instalar em locais a bordo bem ventilados.
Se urna pessoa vomitar, baixe-lhe a cabeça e vire-a de lado, a fim de evitar que o vómito
vá para os pulmões. Se ela apresentar dificuldade em respirar., pode vir a ser necessário
retirar o vómito de sua boca com. urn pedaço de pano ou com os próprios dedos do socorrista.
Retire quaisquer objetos que não sejam fixos, tais como dentes postiços,

l CHOQUE ELÉTRICO - O choque elétrico por vezes não provoca mais do que um
incomodo passageiro, mas ern casos graves o acidentado, perde os sentidos, pode ter
convulsões, deixar de respirar e dar a impressão de ter morrido. Nestas circunstâncias, não
perca tempo, a vida do acidentado ainda poderá ser salva. Procure seguir a seguinte
I sequência:
- Corte o mais rapidamente possível o contalo do acidentado com. a. corrente.
- Se não for possível cortar a corrente torne precauções para se proteger a si próprio de
l qualquer choque quando tentar puxar o acidentado pela roupa. Use materiais secos e
isolantes.
- Tão logo a vítima esteja livre, não perca tempo ern removê-la, desaperte suas roupas e
se ela tiver deixado de respirar comece imediatamente a respiração artificial. Faça
l massagem cardíaca externa se o coração não bater.
- Mantenha a respiração artificial até que a vitima volte a respirar, ou até que chegue
socorro médico mais adequado.

Í Lembre-se que a PREVENÇÃO DO CHOQUE ELÉTRICO é o melhor tratamento.


Qualquer equipamento elétrico pode ser considerado perigoso.
Não dê qualquer bebida à vítima enquanto esta estiver inconsciente.
l AFOGAMENTOS - Em caso de afogamento afrouxe as roupas da vítima e deite-a de
bruços com a cabeça virada de lado e apoiada sobre os braços, para facilitar a saída de água
dos pulmões. Verifique se há obstruções das vias respiratórias, e tire de sua boca quaisquer
I objetos estranhos, corno por exemplo dentes postiços. APLIQUE Á RESPIRAÇÃO
ARTIFICIAL.
O corpo do paciente deve ficar ligeiramente inclinado (cabeça mais baixa que os pés)
para permitir a drenagem de líquidos das vias respiratórias.
Mantenha o paciente em repouso até que chegue socorro médico adequado ou até que
pareça assegurado o seu restabelecimento.

FERIMENTOS GENERALIZADOS - Em casos de fendas comuns o tratamento é


rotineiro: agua oxigenada, mercúrio-cromo ou mertiolato e compressas tipo "band-aid".
Ern caso de feridas graves, entretanto, precisamos saber:
- Se há hemorragia, estanque-a por meio de compressão manual ou por meio de um
penso rápido, suficientemente grande, para tapar convenientemente a ferida.
- Nunca lave a ferida, exceto no caso de se tratar de uma dentada de cão.
-• Nunca tente retirar fragmentos de metal ou pedaços de vidro, exceto se estiverem à
superfície e possam ser extraídos facilmente.
- Nunca lançar anti-septicos ern urna ferida grave.
- Nunca tocar na ferida com os dedos, use gaze esterilizada.
- Nunca, deixar a ferida exposta ao ar.
- Procure socorro médico adequado o rnais rápido possível.
HEMORRAGIAS - A hemorragia ocorre quando um vaso sanguíneo é lesado e deixa.
sair o sangue. Quando esta é visível à superfície do corpo trata-se de hemorragia externa.
51
l A hemorragia externa pode ser:
- ARTERIAL - sangue escarlate vivo, esguichando ern jatos rítmicos,
- VENOSA - sangue escuro e contínuo.
- CAPILAR - a hemorragia devida a feridas comuns.

l A HEMORRAGIA VENOSA não é geralmente perigosa, embora possa provocar


alarme. Ela é facilmente controlável por compressão,

I
A HEMORRAGIA ARTERIAL pode fazer com que o acidentado perca grande
quantidade de sangue ern poucos minutos. É este tipo de hemorragia que PÕE A VIDA EM
PERIGO. Na hemorragia arterial, a compressa ou o garrote deve ser feita entre a ferida e o

I HEMORRAGIA

l FORTES HEMORRAGIAS AR-


TERIAIS PODEM SER ESTAN-
CADAS PELA COMPRESSÃO
SE A HEMORRAGIA ARTERIAL
FOR EM UM BRAÇO OU PERNA,
UM GARROTE PODE SER USA-'
EXEMPLOS DE
GARROTE

I
DIGITAL DOS SEGUINTES DO NESTES MESMOS PONTOS
POMTOS:

l - Perda intermitente
Sangue vermelho vivo
- Extremamente perigosa

i TEMPORAL
Para ferimentos no
Quando em outros locais, a
compressão pode ser mantida
com a mão até que a hemorra-
gia pare ou chegue socorro me

l
couro cabeludo.
dico.

FACIAL

I
Para ferims-níos
na face.

CARÓTIDA

l
Para ferimento
no pescoço
ou cabeça.
/ '
SUBCLÁVIA /"'j
Para ferimentos 9
no ombro. i //
VENOSA
— Perda contínua BRAQUIAL ,'"/
Sangue escuro Para ferimentos
/t-, no braço e mão. /

*N

FEMURAL
Para ferimentos
na perna ou no pé O garrote pode ser improvisado
com um cinto, lenço, gravata,
As pequenas hemorragias po- pedaço de pano, etc
dem ser facilmente estancadas
pela aplicação de urna atadura
de pressão, no local do feri-
mento. LEMBRE-SE QUE UM GARROTE É PERIGOSO, POIS PO-
DE PROVOCAR UMA GANGRENA. FOLGUE-O A CADA
15 MINUTOS POR PELO MENOS 1 MINUTO.
l icar garrote lembre-se:

i - Alargue-o de 15 em 15 minutos, pois em caso contrário a parte do membro abaixo do


garrote pode gangrenar,
- Se ao alargá-lo a hemorragia recomeçar, volte a apertá-lo ao fim-de l (um) minuto e
deixe-o apertado outros 15 minutos,
I - Sc a hemorragia não recomeçar, mantenha o garrote largo, mas não o retire porque ele
ainda pode vir a ser necessário.
- Á aplicação de um garrote é raramente necessária e sempre muito perigosa.. Use-o

I somente em casos de hemorragia grave incontrolável ou ern casos de


amputações de braços ou pernas em que ocorram grandes sangramentcs.
Em casos de hemorragia, especialmente arterial, faça o tratamento preventivo contra o

l ESTADO DE CHOQUE. "

Í FRATURAS - é a quebra de um ou mais ossos. Sinteticamente podem ser:


- SIMPLES
- EXPOSTAS (há rompimento da pele)

Í
I FRATURA SIMPLES FRATURA EXPOSTA

Í Smt&mas Sintomas

i
estalo do osso os mesmos dafraíura simples
dor no ponto de fratura ferimento produzido pela ponta cio osso.
região ao redor dolorida. ponta do osso aparecendo,,
membro ern posição anormal. hemorragia

l impossibilidade de movimentar o mem- choque-agudo,

Tratamento Tratamento

— aplicar talas. tratar o ferimento,


— movimentar apenas o indispensável, tratar como fratura simples.
— se possível, manter o ferido deitado. providenciar socorro médico adequado o
— tratar como se fosse choque, mais rápido possível.
— providenciar socorro médico adequado.

Observação Observação
Em caso de dúvida tratar corno fratura. Não procurar fazer o osso voltar para
dentro da carne.
Não usar água para limpar o ferimento.
I
t FRATURAS

i
l
l
l
l
l QUEIMADURAS ~ são os ferimentos ou lesões produzidas pela açao cio fogo, coqtato
com corpo quente ou corrosivo, ou pela exposição aos raios solares.

i As queimaduras são classificadas em:

— PRIMEIRO GRAU - vermelhidão da pele.


— SEGUNDO GRAU- formação de bolhas na pele.

l — TERCEIRO GRAU - destruição dos tecidos por carbonização.


QUEIMADURAS

l DE PRIMEIRO GRAU DEIXXM O


CCAL VERMELHO E DOLORIDO
!
i
DE SEGUNDO GRAU DEIXAM O
l CCAL OUF-.if IADO vlit-.MEl.í-iO E
DOLOflIDO f: HÁ FORMAÇÃO DE
BOLHAS.

i
l
11
l 54
TRATAMENTO DAS QUEIMADURAS - Qualquer que seja a sua origem, as quei-

l maduras entram todas no mesmo quadro no tocante ao tratamento. Além. "dos evidentes
efeitos locais (vermelhidão, bolhas ou destruição da pele), as queimaduras podem provocar o
estado de choque, que será tanto mais intenso, quanto maior for a extensão da queimadura.
As queimaduras que atingem mais da metade da superfície cutânea do corpo são geralmente

l fatais devido a grande intensidade do estado de choque que provocam,


. O tratamento em geral deve seguir a seguinte rotina:
- Lavar as partes queimadas com água em abundância, sem esfregar.

l
- Cobrir a área queimada com gaze molhada, em solução forte cie ácido bórico ou bicar-
bonato de sódio. A vaselina boricada ou pura podem ser usadas na falta das soluções
acima.
- Não aplicar anti-septicos fortes (iodo), pós, óleos de máquina ou outras graxas.

l Ter os seguintes cuidados:


a) Não tentar arrancar qualquer roupa que tenha ficado colada. Usar tesouras para
cortar o resto do vestuário. Deixar no local das feridas os bocados que aderiram a

l pele.
b) Não tocar em urna queimadura com os dedos.
c) Nunca rebente nem. fure as bolhas, mesmo que grandes.
d) Nunca esfregue uma queimadura. Â lavagem não é feita para tentar retirar qualquer

l sujeira ou resíduo e sim para esfriar o local.

Mantenha o queimado em repouso e prossiga no tratamento do estado de choque, até


que o estado geral, da pessoa melhore o que é verificado pelo pulso mais forte e regresso de

l calor ao seu corpo.

FOGO EM VESTUÁRIO - Se suas próprias roupas se incendiaram NÃO CORRA.,


porque o vento avivará o fogo. DEITE-SE e ENROLE o corpo num cobertor ou outro pano
l que esteja "a mão deixando a cabeça de fora. Se não houver nada à mão, deite-se e role
vagarosamente, batendo ao mesmo tempo o fogo com as mãos.
Se a roupa de outra pessoa estiver pegando fogo, deite-a no chão, cora. a parte em chamas

l
virada para cima. Se for necessário, usar a força para fazê-la deitar. Procure abafar as
chamas com um cobertor, tapete, toalha, casaco, ou qualquer outro objeto similar ao seu
alcance. Procure sempre proceder da cabeça para os pés da pessoa a fim de que as chamas
sejam impelidas para longe do rosto da pessoa. Se tiver à disposição uni recipiente com água,

l deite-a sobre as roupas da vítima, a não ser que estas estejam impregnadas de gasolina, óieo
ou querosene. Assim que tiver apagado as chamas, trate do estado de choque antes mesmo
de se ocupar das queimaduras,

l INSOLAÇÕES ou INTERMAÇÕES - Ambos são provocados_ pela ação do calor. A


INSOLAÇÃO por exposição ao calor do sol, A INTERMAÇÃO por exposição ao calor
radiante ou. ambiental (praça de máquinas., porões, fornalhas, etc.},
A INSOLAÇÃO e a INTERMAÇÃO apresentam sintomas diferentes e devem ser

l t. r a tad a. s difere níemenie.

No quadro a seguir apresentamos os sintomas e o tratamento geral para. as duas

l situações:

INSOLAÇÃO INTERMAÇÃO

l Dor de cabeça
SINTOMAS

Rosto pálido.
SINTOMAS

Rosto afogueado. Pele úmida e fresca, suores abundantes.


B Pele quente e seca. Não há suor.
Pulso forte e rápido.
Temperatura elevada.
fti l só fraco.
Temperatura, baixa.
Algumas vezes desacordado, mas geral-
Geralmente desacordado. mente volta a si, dentro de poucos instantes
L
TRATAMENTO TRATAMENTO
Deitar com a cabeça elevada. Deitar com a cabeça no mesmo nível
Refrescar o corpo com banho ou. compres- ou mais baixo que o corpo.
sas frescas. Algumas vezes requer aquecimento.
Não dar estimulantes. Dar estimulantes.

DESMAIOS EM GERAL - O desmaio vulgarmente chamado de perda de sentidos é


devido a unia insuficiência temporária de irrigação sanguínea ao cérebro, resultante de urna
ou várias das seguintes causas:

» Fadiga, terror, ansiedade, emoção e choque psicológico,


• Fome, sede, exaustão devida ao calor.
* Traumatismo, dor, perda de sangue.
* Ambientes abafados.
PREVENÇÃO DO DESMAIO - Se unia pessoa empalidecer e começar a ficar tonta,
previna o desmaio iminente fazendo-a sentar-se com as pernas afastadas e a cabeça bem para
baixo, entre os joelhos. Deite-a de costas e levante-lhe as pernas. Se tiver a certeza de que a
pessoa em vias de desmaiar pode engolir, dê-lhe um pouco de água, porque assim poderá
reanimá-la mais rapidamente.

TRATAMENTO EM GERAL - O desmaio em geral deve ser tratado corno a seguir


recomendado,
« Proceda a um exame' rápido para se certificar de que o doente respira e de que não tem
nenhuma hemorragia grave. A parada respiratória e a hemorragia requerem prioridade de
tratam e oto,
» Desaperte todo o vestuário que possa dificultar a respiração ou a circulação
sanguínea e deixe o doente apanhar bastante ar livre.
• Não desloque o desmaiado antes de ter terminado o tratamento de primeiros socorros
a não ser que ele esteja em perigo no lugar onde está deitado.
o Mantenha, o desmaiado aquecido com a ajuda de cobertores e coloque igualmente um
embaixo dele.
9 Não lhe dê coisa alguma pela boca até que ele recobre a consciência.
« Mantenha o desmaiado sob vigilância constante. Se ele estiver agitado, imobilize-o
corri suavidade.
o Deite o desmaiado de lado com a cabeça inclinada de modo que em caso de vómito es-
se possa sair corri facilidade pela boca.
» Retire óculos e dentadura do desmaiado. Não deixe que sua língua caia para trás e
obstina as vias respiratórias,
o Tenha em mente que em caso de traumatismo grave associado a hemorragia
abundante, a perda de consciência pode ser devida ao estado de choque.
'ESTADO DE CHOQUE » E o conjunto de reações gerais do organismo que acaba por
sofrer um traumatismo. Este estado vai de um ligeiro mal-estar ou desmaio até ao colapso
completo com perda de consciência.
CAUSAS PRINCIPAIS - As principais causas para o estado de choque são as dores e a
perda de líquidos provenientes de feridas (hemorragias), de queimaduras ou traumatismos
múltiplos.

SINTOMAS - rto estado de choque intenso a pessoa está imóvel e não presta muita
atenção ao meio ambiente. Sua respiração é rápida e superficial, entrecortada por suspiros
profundos, o pulso é rápido e fraco e tem todo o corpo pálido, frio e úmido ao tato. A pessoa
sente-se fraca e a desmaiar, tem sede e pode vomitar; as pupilas ficam dilatadas, e se seu
estado piorar, o doente pode caírem inconsciência e MORRER.
Mantenha as pernas mais ele» i:.3as
que a cabeça.
^Mantenha aquecido

PROVIDENCIE SOCORRO MÉDICO ADECUADO

TRATAMENTO DE ROTINA - A finalidade é combater todos os fatores que originam


oo agravam o ESTADO DE CHOQUE. "

• PARE A HEMORRAGIA. - primeira medida a tornar caso esteja presente pois, mesmo
que não seja suficientemente grave para causar a morte, ela agrava sempre o estado de choque,
• DEITE A PESSOA - a pessoa, deve ser deitada com a cabeça em nível mais baixo que as
pernas, permitindo que o sangue reflua em direçáo a cabeça e ao coração, aliviando assim a
sensação de desfalecimento.
a DESAPERTE O VESTUÁRIO - a fim de facilitar a circulação sanguínea e não
interferir com os movimentos respiratórios. Não dispa a pessoa, pois eia não pode apanhar frio,
® AQUEÇA A, PESSOA - cubra a pessoa, com unia quantidade suficiente de casacos,
cobertores, etc; para mante-la aquecida em uma temperatura confortável; coloque
igualmente cobertores debaixo dela.jVão a aqueça demasiadamente, pois o c ato r excessivo
agrava o estado de choque.
• ALIVIE-LHE AS DORES - o tratamento de primeiros socorros apropriados ao
traumatismo, causa do estado de choque, constitui geralmente o meio mais rápido e mais
simples para o alívio das dores.
» ANIME A PESSOA - a preocupação e o medo são reações perfeitamente normais e
57
u razoáveis durante um estado de choque. Anime a pessoa falando-lhe com naturalidade e tão
confiante quanto possível. Os ruídos e as luzes incomodam as pessoas em estado de choque,
Faça o possível para obter um ambiente calmo e obscurecido.

RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL - é a técnica de reanimação aplicável a um indivíduo


inconsciente que deixou de respirar. A bordo de tuna embarcação a respiração artificial é
utilizada em casos de afogamento, choque elétrico, gases tóxicos e compressão toráxica
•i. i devido a acidente.

l Se a respiração tiver parado a respiração artificial deve ser imediatamente iniciada no


próprio local, exceio se. a vítima se encontrar num loca! perigoso ou exposto a. gases tóxicos:
nestas duas eventualidades é necessário proceder primeiramente ao seu transporte para uru
local seguro ou para o ar livre.
A finalidade da respiração artificiai é fornecer aos tecidos e ern especial ao coração e ao
cérebro o oxigénio quê lhes falta; deve prosseguir durante bastante tempo, visto que a vitima só
reanima, por vezes, depois de longo período.
Não pare com a respiração artificial, senão depois da chegada de socorro médico

f adequado, ou ter certeza absoluta de que a morte ocorreu,

MÉTODOS DE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL - apesar de existirem vários métodos,

l
•••»:;'j
somente apresentaremos os dois mais usados:

» BOCA A BOCA com massageamento cardíaco.


• HOLGER-NILSEN.

l MÉTODO BOCA A BOCA. COM MASSAGEAMENTO CARDÍACO - tal método deve ser
sempre aplicado quando de urna parada cardíaca repentina ern um indivíduo aparentemente
normal. O método deve ser executado, preferencialmente, por duas pessoas: uma

l responsável pela primeira,fase da respiração (boca a boca) e a outra pelo massageamento


cardíaco.
Lembre-se que o fator tempo é de suma importância, não devendo haver demora em iniciar a
faina.

I INSTRUÇÕES:

BOCA A BOCA
• Deitar o paciente de cosias em superfície plana e dura,
» Desobstrua a boca e a garganta do paciente, sem o que não chegará ar a seus pulmões,
• Ajoelhe-se ao lado do paciente, próximo a cabeça. Com urna das rnáos suporte o
pescoço, com a outra tape-lhe as narinas. Isto fará com que a cabeça caia para trás
desobstruindo as vias aéreas, que estavam fechadas peia língua.

MASSA GEA MENTO CÁRDIA CO


» Posicione-se em. relação ao paciente,
» Evite esforços desnecessários; use o peso do seu próprio corpo,
» Faça pressão sobre o terço inferior do osso externo, com uma das mãos sobre o
externo e a outra sobre a primeira, tornando cuidado para não machucar o paciente com
pancadas ou pressão dos dedos. Encaixe bem seus cotovelos, não deixe seus braços fazerem
ângulos,

RITMO - Com. duas pessoas, para cada soprada, deve haver cinco massageamentos
cardíacos.
Este ritmo deve se repetir por tempo indeterminado.
Com apenas unia. pessoa, o método se complica, pois forçosamente o socorrista deverá
procurar uma posição na qual se canse menos e faça as duas coisas. Neste caso a melhor
posição será ajoelhado ao lado do paciente. Sopre duas vezes e faça dez massageamentos
cardíacos.
li RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL

I BOCA Â BOCA COM MASSAGEAMENTO CARDÍACO

l
l
I
f C a b e c a e n i h in e r e x c e n sa o
•v.a IT as ort'or xm i d.

t Queixo para deante.préparanã


uara respiração boca™boca.

Pressão interim tente e modo


de dispor as palmas -Ias mãos
;?' í T sobre o 1/3 i/. inferior do^ esterno^
A-, ,.;?' alternando c o m r e s p i r a ç a o
/ ' ./ b o c a — b o c a . .

Observe COÍBO o coração


é comprimido e ré laxado_
entre o esterno e a co-fí
lu n a v e r t e 'b r a l,
C u i d a d o nara evitar
fraturas l

DUAS PESSOAS: UMA SOPRADA - CINCO MASSAGEAMENTOS


UMA PESSOA: DUAS SOPRADAS - DEZ MASSAGEAMENTOS
59
l
l MÉTODO HOLGER-NILSEN - Se por qualquer razão a respiração boca a boca não for
possível recorremos ao método HOLGER-NILSEN. Tal método lambem é o mais indicado no
caso de afogamentos, pelo menos na fase inicial de recuperação do afogado,
Neste caso procure manter o corpo do paciente ligeiramente inclinado .(cabeça mais bai-

l xa que os pés), para permitir a drenagem de líquidos das vias respiratórias.

l MÉTODO DE RESPIRAÇÃO ARTÍF1C!


HOLGER ----- NILSEN
Pressão nas cosias e elevação dos braços
joelho do operador

|
pé óo oj>e-rodor

l POSIÇÃO DO PACIENTE: Coloque o paciente de


bruços com os cotovelos flectidos, as mãos super-
postas e a face de lado, apoiando-se o lado do rosto

l sobre as mãos. (Desenho 1).

l
FASE DE COMPRESSÃO: incline-se

l POSIÇÃO DO OPERADOR: Apoie-se


sobre o joelho direito do lado da ca-
beça do paciente e coloque as mãos
espalmadas com os polegares de cada
para a frente até que seus braços
fiquem aproximadamente na vertical e
deixe que o peso da parte superior de
uma das mãos quase se tocando, e os seu corpo se exerça vagarosa, contí-

l dedos espalhados, para baixo e para


fora {esticados e abertos), devendo os
punhos estar ao nívei da iinha axilar do
paciente. (Desenho 1 e 2).
nua e igualmente sobre suas mãos (isto
força a saída cio jar dos puirnões).
Mantenha os cotovelos rígidos e exerça
a pressão quase diretamente sobre o
dorso do paciente. (Desenho 3),

l
l
l POSIÇÃO PARA A FASE DE EXPANSÃO:
Alivie a pressão e volte vagarosamente
FASE DE EXPANSÃO: Puxe os braços
do paciente para cima e na sua direção.
à sua. postura iniciai. Coloque suas Aplique força suficiente para sentir a

l mãos nos braços cio paciente iogo


acima dos cotovelos. (Desenho 4).
resistência s ísnsão nos ombros cio
paciente. Deixe os braços do paciente
cair então sobre o chão. Assim ss
completa o ciclo. A elevação cios
braços expande o tórax distendendo os

l músculos torácicos, arqueando as


costas e aliviando o peso sobra o íórax.
(Desenho 5)

l Repita o ciclo 12 vezes por minuto numa cadência contínua e uniforme. As fases de
compressão e expansão devem ter aproximadamente a mesma duração: os períodos inter-
mediários de relaxamento devem ter duração mínima.
CAIXA DE PRONTO SOCORRO - devemos ter sempre a bordo urna caixa de material de
primeiros socorros com o seguinte material, no mínimo:
Rolos e gaze de diversos tamanhos Alicate de corte pequeno (para retirar anzóis)
Pacote de algodão hidrófilo Vaselina borícada ou pura,
Rolo de esparadrapo. Picrato de B UTESIM.
Tesoura pequena. Vidro de água oxigenada.
Vidro de amónia. Solução de bicarbonato de sódio.
Vidro de mertiolaío. Comprimidos contra enjoo.
Vidro de água boricada. Comprimidos diversos.
Colírio. Tubo de borracha (para garrote).
Talas de diversos tamanhos. Analgésicos para dor de dentes.

SALVAMENTO DE AFOGADOS - O nadador quando se aproximar de uma pessoa que


está se afogando deve tomar cuidado para que esta não o abrace ou agarre de forma a lhe por
em risco também a sua vida.
O salvador deve se desembaraçar da roupas antes de se atirar à água e nadar de modo a
aproximar-se pelas costas do náufrago, pegando-o pelos cabelos ou pelas roupas, de forma a
mante-lo com o rosto fora d'água e assim rebocá-lo para o local de apoio ou abrigo. A pessoa
a ser salva, podendo respirar livremente, em geral, mantém-se quieta e coopera com o
salvador. Se houver corrente forte ou se o local for muito afastado de te ira ou da embarcação
de socorro, não tente nadar para evitar o cansaço, O melhor é aguentar o náufrago até que
chegue auxílio.

PROCURE SEMPRE APROXIMAR-SE DE UM


AFOGADO OU NAUFRAGO PELAS COSTAS.
l
l CAPITULO 7
COMBATE A INCÊNDIO

l Um INCÊNDIO constitui um grande perigo para qualquer embarcação. Todas as


precauções devem ser tomadas para evitá-lo e é absolutamente necessário que saibamos
como- combatê-lo caso ele surja,

O FOGO
Só existe fogo quando há combustão, que nada mais é do que uma rcação «química
simples,
Para dar-se a combustão é preciso haver:

l
l
l TEMPERATURA DE
IGNIÇÃO

l
l
l REGRAS BÁSICAS DE COMBATE A INCÊNDIO
Tirando-se um dos elementos desse triângulo a combustão será eliminada.
Assim, para combatermos um incêndio, temos três (3) regras básicas:

l I - A remoção do material combustível de locais inadequados ou perigosos_Não


havendo o que queimar não pode haver incêndio.
II - O resfriamento - abaixando a temperatura de ignição estaremos desfazendo o

l "triângulo do fogo."
III - O abafamento - em um incêndio a remoção do oxigénio é feita por abafamento.

l CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS - PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES


INCÊNDIO CLASSE A - os que envolvem materiais fibrosos ou sólidos que deixam
como resíduos brasas ou cinzas. É o caso da madeira, pape!, cabos, estopas, velas, etc. Esta

l classe de incêndio pode ser extinguida principalmente por água, porém, o CC)2 e a espuma
também podem ser usados eficientemente.
USE DE PREFERÊNCÍA
MADEIRA. PAPEL
CABOS, ESTOPAS, VELAS, ETC JATO SÓLIDO DE ÁGUA

NCENDÍO CLASSE B - os que ocorrem em. líquidos inflamáveis, tais como: gasolina,
se de
óleo. nafta, eíc. Esta ciasse de iincêndio pode ser extinguida principalmente por agentes
abafadores como o CO--, pó pÓ químico
ÍSUÍ! e a espuma. A água deve ser evitada, pois poderá

Í 'JSh CE PREFERÊNCIA C02. ESPUMA OU PÓ QUÍMICO,

l INCÊNDIO CLASSE C - os que ocorrem em equipamentos elétricos ou eletrónicos


ern geral quando energizados. Nesta classe de incêndio a primeira providência, se possível, é
desa!i orientarmos o circuito, porém não devemos perder tempo com isto. Combata-o
l imediatamente com o melhor agente disponível. Mão hesite ern usar água em circuitos de
baixa voltagem e corrente contínua, como são normalmente os sistemas elétricos das
pequenas embarcações. Não há perigo de choque elétrico nem curto-cirriuto NUNCA
l USE ÁGUA EM CIRCUITOS DE ALTA VOLTAGEM. O incêndio classe C pode ser
combatido eficientemente com CO"- ou com pó químico.

l
Í
l
u l
— _ -'

EQUIPAMENTOS ELETRiCOS E ELETRÔNICO


l
l AGENTES EXTINTORES, FUNÇÕES E USOS

FUNÇÃO FUNÇÃO CLASSE INCÊNDIO \

l
AGENTE PRINCIPAL SECUNDÁRIA
.
ÁGUA RESFRIAR ABAFAR SIM NÃO NÃO
.

f CO2 ABAFAR RESFRIAR SIM SIM SIM

I PÓ QUÍMICO ABAFAR
1 |
NÃO SIM
—4
SIM

l
F.SPTTMA A R A F A ' R ! RF.SFRTAR i SIM Si M NÃO

l PRECAUÇÃO CONTRA INCÊNDIOS


Devemos ter em mente que a maioria dos incêndios podem ser evitados. Aquele que
mantém sua embarcação em perfeitas condições, o que inclui a limpeza dos porões e do
compartimento do motor, e seu fundo, e urna correia manutenção dos equipamentos, tem
1 uma probabilidade ínfima de se ver às voltas corn problemas de incêndio. Isto requer uma
atenção constante. Sempre que for observado alguma coisa que possa contribuir para um
incêndio. CORRUA-A!

l Mesmo a menor das embarcações (com algumas exceções conhecidas) são obrigadas a
conduzir no mínimo uni extintor de incêndio de tipo aprovado.
Há uma grande variedade de extintores de acordo com as finalidades a que se destinam.
Os mais comuns são os de CO^, pó químico e espuma. '

l
i CO
ESPUMA

i
l

T I P O S DE E X T I N T O R E S APROVADOS
CAUSAS PRINCIPAIS DE INCÊNDIOS - REDUÇÃO DOS RISCOS
COMPARTIMENTO DO MOTOR - é um dos lugares mais vulneráveis. Ele deve ser
I mantido rigorosamente limpo e bem ventilado, com indicadores de vazamento de combustí-
vel, válvulas ou torneiras de corte de combustível ao longo das canalizações e vedações ade-
quadas. Normalmente os carburadores são equipados com dispositivo contra, retrocesso cie

l chamas. Todos os componentes elétricos devem ser mantidos limpos, ajustados e à prova de
ceníelhamento. Em embarcações pequenas antes de dar partida, ao motor, abra as escotilhas
e verifique pelo cheiro a presença de vapores no compartimento, Deixe as escotilhas abertas
durante a partida do motor.

l
l
REABASTECIMENTO - precauções especiais devem ser tomadas quando reabaste-
cendo. Todas as eventuais chamas a bordo devem ser apagadas (fogões, lampiões, etc). Não
admitir fumantes nas proximidades durante o reabastecimento. Tenha a certeza de que os
tanques de combustível estão firmes em seus lugares e que as canalizações estão apertadas

l convenientemente. Verifique se as válvulas de combustível estão fechadas e que não ha


n e n h u m vazamento. Os tanques devem, estar ligados a terra. Os bicos das bombas devem ser
mantidos em contato constante com a canalização de enchimento a fim de ser evitada
q u a l q u e r centelha. Qualquer derramamento deve ser imediatamente 'impo. Após o

l reabastecimento, ventile o compartimento do motor ou mantenha as escotilhas abertas e


v e r i f i q u e pelo cheiro a presença de vapores.

l COMPARTIMENTO DE C O Z I N H A . - outro dos mais vulneráveis locais de uma


embarcação. A presença de chamas nesse compartimento é um assunto rotineiro. Fogões a
gasolina são terminantemente proibidos em embarcações. Os fogões podem ser: à lenha., a

l carvão, a gás engarrafado, a querosene, elétricos ou a álcool. O álcool é provavelmente o


mais seguro dos líquidos inflamáveis e pode ser facilmente apagado por água.
Se possível, a fonte de abastecimento do fogão deve ser mantida fora da cozinha. Todas
as anteparas de madeira devem ser isoladas do fogão e de sua canalização de descarga de

l fumaça. Os fogões devem ser instalados em bases, também, adequadamente isoladas,'Tenha


a certeza que, iodas as canalizações de abastecimento do fogão sejam elas de gás ou de
líquidos inflamáveis, estão c o n v e n i e n t e m e n t e ajustadas e não existem vazamentos.
M a n t e n h a cortinas, toalhas e roupas em gera! bem afastadas das chamas*do fogão.

l SISTEMAS ELÉTRICOS - q u a l q u e r sistema eiétrico é um perigoso foco de incêndio


em potencial, devido a: aquecimento excessivo; curto—circuito e centelhas.

l Os fios devem ser do tamanho apropriado a condução da carga elétnca, adequadamente


isolados, e ter suas conexões perfeitamente ajustadas. Todos os circuitos devem ser
protegidos por fuzíveis ou disjuntores. Os interruptores devem ser à prova de ceníelhamenío
e as baterias firmemente colocadas para evitar um possível deslizamento.

l PAIÓIS - usualmente negligenciados os paióis são muito perigosos. Eles devern ser
mantidos limpos, arrumados e bern ventilados. Nunca guarde trapos sujos de óseo neles, e se
possível, evite manter nos paióis tintas, solventes, vernizes, graxas e óleos. Um paiol bem
l ventilado e bem cuidado é um local seguro.
CIGARROS E FÓSFOROS - urn cigarro ou fósforo jogado descuidadarnente e
responsável por grande número de incêndios. Ern embarcações, os tripulantes não devern
l f u m a r em lugares proibidos e mesmo quando o fizerem em locais permitidos, devern jogar os
fósforos queimados ou pontas de cigarros pela. borda ou em cinzeiros, certificando-se sempre
que eles estão totalmente apagados.

l
TRAPOS OLEOSOS - trapos embebidos em óleo ou graxa após seu uso, não devern
l ilirados a um canto, e, sim, depositados em lixeiras, de preferência tampadas.
65
l VASILHAMES COM SUBSTÂNCIAS VOLÁTEIS - tais vasilhames quando
destampados e em Sugares não apropriados, podem se constituir em perigosos focos de
incêndio. As substâncias voláteis desprendem gases combustíveis mesmo à temperatura
ambiente. Devem por isto ser manuseadas com extremo cuidado, evitando-se manter os
l
vasilhames destampados e em locais inadequados.
INCÊNDIO A BORDO - se ocorrer um incêndio a bordo lembre-se que a PRIMEIRA
PREOCUPAÇÃO É A VIDA HUMANA.
l » GUINE imediatamente sua embarcação de maneira que as chamas afastem-se das
pessoas.
« COLOQUE as pessoas a barlavento das charna" e FAÇA-AS vestirem o COLETE
iSALVA-VIDAS INDIVIDUAL..
• LEMBRE-SE que o perigo de urna explosão está sempre presente.
• MOTORES DE POPA - adote o seguinte procedimento:
— Corte o combustível, se possível. Na maioria dos motores modernos o corte e
lautomático.
— Abafe o fogo com velas, toalhas, cobertores ou roupas MOLHADAS,
— Mantenha o local coberto até o esfriamento para evitar urna re-ignição.
• MOTORES EM COMPARTIMENTOS - adote o seguinte procedimento:
l — Corte o combustível, se possível.
— Descarregue o (s) extintor (es) no compartimento do motor e feche-o, se possível,
para abafar o fogo.

l — Não economize os extintores! Você provavelmente só terá uma oportunidade.


— Se o extintor não funcionar, pule para a água. Não haverá nada que você possa fazer.

l LEMBRE-SE QU-E N E N H U M A EMBARCAÇÃO ESTÁ I M U N E A UM IN-


CÊNDIO E QUE O MELHOR MÉTODO DE COMBATE É UMA CONTÍNUA
PREVENÇÃO,

Í
l VENTO

l
tM CASO DE !NCEN'DIO NÃO ESQUEÇA
COLOQUE AS PESSOAS Â BARLAVENTO
DAS CHAMAS È F A Ç A - À S VESTIREM. O
COLETE 3ALVA-VIDAS IMEDIATAMENTE-
l
l CAPÍTULO 8

l EXTRATO DO REGULAMENTO PARA O TRAFEGO MARÍTIMO

l
t O Regulamento para o Tráfego Marítimo (RTM) é um. Decreto de 11 de Junho de 1940,
com 651 artigos e que tem como propósito disciplinar:

l o a navegação nas águas brasileiras;


« a utilização dos terrenos de marinha;
• a construção sobre as águas.

I Os amadores, de urna maneira geral, inclusive muitos que há vários anos possuem
embarcações, desconhecem que existe uni Regulamento para o Tráfego Marítimo, que ao ser
desrespeitado poderá gerar sanções ao seu infrator, sanções essas que podem chegar até

l mesmo à apreensão da embarcação.


E conveniente que nos lembremos que um infrator do RTM é um indivíduo que está
desprezando a segurança da vida humana no m,ar, e consequente mente colocando em risco
não só a sua própria vida como a de seus acompanhantes, normalmente familiares e a de

l todos que buscam no MAR uma fonte de prazer.


O propósito deste capítulo é pois, apresentar ao AMADOR os artigos do RTM, que mais
diretamente lhe interessam.

l FAROIA.GEM E BALIZAMENTO

l Ar!. 106 - É proibido instalar, em. vias navegáveis e suas proximidades, luzes, faróis,
bóias ou quaisquer sinais que possam afetar a navegação, sem consentimento da Diretoria de
Hidrografia e Navegação.

l
Ari. 107 - É vedada a utilização das bóias de balizamento para qualquer fim.
art. 108 - Todo aquele que danificar qualquer sinal flutuante, postes, bóias, balizas, ou
concorrer para mudança de posição das mesmas será obrigado a reparar o dano causado..

REGRAS PARA EVITAR ABALROAMENTO


Ari. 110 - Todas as embarcações, e os aviões quando pousados n'água, deverão
cumprir as exigências estabelecidas no Regulamento Internacional para evitar Abalroamento

l no Mar. (RIPEAM).

a
REGRAS A OBSERVAR NOS PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS
Art. 111 - Todas as embarcações, nos ancoradouros, são obrigadas a auxiliar-se
mutuamente no ato de amarrar ou desamarrar, praticando qualquer manobra indicada pela

i
necessidade do momento.
Art. 112 - Nenhuma embarcação lançará âncora em lugar onde possa prejudicar o
tráfego do porto e das vias navegáveis, ou causar dano às canalizações e cabos submarinos.
Art. 120 - Nenhuma embarcação poderá pairar ou fundear nos canais e aeroportos, ou

i fora dos ancoradouros determinados.


Art. 124 - Passageiros e bagagens só poderão ser transportados por embarcações para
esse fim licenciadas.
67
Ari, 128 - Parágrafo único - As embarcações de recreio, deverão possuir licença da
Capitania para, depois das 20 horas, poder transitar pelos ancoradouros de carga e descarga.
Art. 129 - É proibido lançar entulhos, cinzas, óleos, ou quaisquer detritos em águas dos
portos e vias navegáveis,
Ari. 136 - E proibido colocar, retirar ou alterar as características das bóias e outros
corpos destinados a marcações e amarrações nos portos, rios, lagos ou canais, sem licença
das Capitanias, 'ficando airsda o infratbr na obrigação de retirar ou repor os mesmos, ou cie
efetuar o pagamento das despesas feitas para tal fim.
Parágrafo único -- Os responsáveis pelas avarias e alterações das bóias e outros
corpos, destinados a marcações e amarrações no interior ou fora dos portos e vias
navegáveis, serão obrigados a reparar os danos ou a indenizar os prejuízos causados.

REGRAS PARA. ENTRADAS E SAÍDAS DE EMBARCAÇÕES


Art. 137 - Toda embarcação que entrar num porto fica sujeita não só as determinações
deste regulamento, corno também às prescrições especiais da Capitania , referentes a esse
porto.
Ari. 141 - As embarcações que navegarem nos canais de acesso aos portos e aos
ancoradouros bem como as que cruzarem com embarcações miúdas, deverão moderar a
marcha.
INSCRIÇÃO, REGISTRO E ALIENAÇÃO DAS EMBARCAÇÕES
Art. 202 - As embarcações brasileiras, excluídas as pertencentes à Marinha de Guerra.
estão sujeitas à inscrição nas Capitanias ou repartições subordinadas, em cuja circunscrição
for domiciliado o proprietário ou seu representante legal.
Art. 203 -• As embarcações brasileiras de 20 toneladas brutas para cima, excluídas as
pertencentes à Marinha de Guerra, ficam sujeitas, além da inscrição nas Capitanias dos
Porto s, ao registro de propriedade no Tribunal Marítimo. <

LICENCIAMENTO DAS EMBARCAÇÕES,

Are. 228 - Nenhuma embarcação poderá trafegar sem estar devidamente licenciada pela
Capitania.
Ari. 229 - A primeira licença de tráfego será concedida juntamente corri a inscrição.
§ l.° - As demais licenças serão concedidas nos três primeiros meses de cada ano, à
vista da licença do ano anterior ou certidão que a supra.

CERIMONIAL MAR/TIMO
Ari. 237 - Qualquer embarcação inscrita nas Capitanias e repartições subordinadas,,só
pode usar na popa a Bandeira Nacional.
Art. 238 - A Bandeira Nacional, nas embarcações em portos do Brasil, será içada as 8
-horas e arriada ao pôr do sol; nos portos estrangeiros, de acordo com o cerimonia! do
respectivo país.
Parágrafo único - Nos dias de gala, a Bandeira Nacional será içada ao nascer e arriada
ao pôr do sol.
Art. 240 - Todos os tripulantes, que estiverem no convés e superestruturas por ocasião
da cerimónia de içar e de amar a. Bandeira Nacional, ficam obrigados: se uniformizados a
fazer continência; se em traje civil, a ficar na posição de sentido e descobertos.
Art. 24i - Os navios quando avistarem outro navio, povoação ou farol, icarão a Bandeira
Nacional, devendo no primeiro caso, fazer o necessário cumprimento.
Art. 242 - Nas entradas e saídas dos portos será içada a Bandeira Nacional.
Art. 244 - Os embandeiramentos poderão ser:
a) de gala;
b) de meia gaia;
c) em funeral.
68
Ari, 245 - Os dias de embandeiramento são:
a) cie gala - 7 de setembro e 15 de novembro;
b) de meia-gala - I,° de janeiro, 21 de abril, l.° de maio e 2.5 de dezembro.
c) em funeral - 2 de novembro.

l Art. 246 - O embandeiramento de gala será feito com as bandeiras do regimento de


sinais, tendo a Bandeira Nacional içada nos topes; dos mastros. -
Parágrafo único - E proibido empregar no embandeiramento, bandeiras de sinais que se

l assemelhem, às de nações, (bandeiras C, J, T e X).


Art. 247 - O embandeiramento de meia gala será feito içando a Bandeira Nacional nos
topes dos mastros e na popa. do navio.
Ari. 248 - O embandeiramento em funeral, será feito içando a Bandeira Nacional a meia

i adriça, tanto nos mastros como na popa.


Art. 249 - O embandeiramento de gala será içado ao nascer e arriado ao pôr do sol, o dos
topes e o em funeral serão içados às 8 horas e arriados ao pôr do sol.

l
A.rt. 262 - As embarcações deverão posuir os necessários recursos para cumprir as
instruções sobre os meios de salvamento a bordo, aprovadas pelo Ministro da Marinha, as
quais estão baseadas na Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana rio
Mar.

VISTORIAS E INSPEÇÕES
Art. 295 - ínspecão é o ato a que a embarcação, não obrigada a vistoria, fica sujeita e
pelo qual o Capitão dos Portos, Delegado ou Agente verifica se a mesma satisfaz as
condições de segurança e eficiência, tendo em vista o serviço a que é destinada.,
Ari. 296 - Estão sujeitas a inspeção as embarcações que deslocarem menos de 20
toneladas brutas (de arqueação).

GRUPOS E CATEGORIAS
Art. 3 i 9 - O pessoal da. Marinha Mercante é organizado nos seguintes grupos:

5.°) Amadores - os que conduzem embarcações de recreio e esporte, não sendo


-profissionais (Capitão-Amador, Mestre-Amador, Arrais-Amador e Veleiro).

INSCRIÇÃO DO PESSOAL

Art. 32.3 - Todo indivíduo que desejar- empregar sua atividade na Marinha Mercante
está obrigatoriamente sujeito a inscrição nas Capitanias ou repartições subordinadas.

TÍTULO DO PESSOAL DE NÁUTICA


Ari. 371 - A carta de Capitão-Amador será concedida ao candidato que for maior de
vinte e um (21) anos, possuir carta de Mestre Amador e. for aprovado no respectivo exame.
I - A carta de Mestre Amador será concedida ao candidato maior de dezoito (!8) anos
aprovado no respectivo exame.
I
l Ií - Â carta de Arrais Amador será concedida ao candidato maior de dezesseis (.16)
anos, aprovado no respectivo exame.
Ill - Os menores de dezesseis (16) anos, serão inscritos corno Veleiros por intermédio
do Clube a que pertencerem; o candidato não filiado a Clube será inscrito mediante exame na

l Capitania, Delegacia ou Agência autorizada.


§ l.°) - Os possuidores das Cartas de Capitão Amador, Mestre Amador, Arrais Amador
e carteira de Veleiro, só poderão utilizá-las em embarcações de esporte ou recreio.
§ 2,°) - O Capitão Amador está autorizado a navegar entre portos nacionais e

t estrangeiros.
§ 3.°) - O Mestre Amador está autorizado a navegar dentro dos limites da navegação
costeira.
§ 4.°) - O Arrais Amador e o Veleiro estão autorizados a navegar em águas restritas,

l dentro dos limites de determinada baía, enseada, porto, rio ou lagoa, conforme o que for
estabelecido pelo Capitão dos Portos, Delegado ou Agente.

ESPORTE E RECREIO
Ari. 491 - Os proprietários e as pessoas que manobram embarcações de esporte ou

l recreio 1 são responsáveis perante a Capitania dos Portos pelos danos causados a terceiros e
pelo cumprimento dos dispositivos deste Regulamento.
Parágrafo único - Somente podem manobrar embarcações de esporte ou recreio, a
propulsão mecânica ou a vela, as pessoas devidamente habilitadas.

l Ari. 496 - Quando urna embarcação de esporte ou de recreio sair barra a fora, o
proprietário ou o clube a que a mesma estiver filiada é obrigado a entregar na Capitania, até
24 horas depois da saída, uma relação da qual constará: dia e hora da saída, destino, nomes
das pessoas embarcadas e nome do responsável peia direção técnica da embarcação,

l devendo também, especificar quais as pessoas inscritas nas Capitanias, se houver.


Parágrafo único •- Nas entradas dos portos, o proprietário ou seu representante
cumprirá o estipulado neste artigo, devendo comunicar ainda ocorrências da viagem.
Ari. 497 - E expressamente proibido, a embarcação de esporte ou de recreio,

l transporte de passageiro ou carga, sob pena de cancelamento da inscrição da embarcação.

i
u
II
II
l
70

V. PÍTULO 9
l

I Â SEGURANÇA NO MAR, só é alcançada quando seguimos fielmente seus


fundamentos. Tais fundamentos podem ser assim resumidos:

t
i • Saiba e cumpra as Regras de Governo e Navegação.
• Saiba e cumpra as Regras para evitar Abalroamento no Mar.

i • Saiba e obedeça ao Balizamento Cego e Luminoso.


o Tenha a bordo urna Carta 12.000, ela lhe dá o significado dos Símbolos e Abreviaturas
existentes nas cartas náuticas brasileiras.
o Tenha a bordo um colete salva-vidas para cada pessoa e faça com que o vistam em

l condições adversas.
o Tenha a bordo sempre em condições de funcionamento uma lanterna., urna pistola de
sinalização ou. pirotécnicos, para casos de emergência.
o Verifique sempre, antes de sair, a carga de seus extintores de incêndio.
*> Tenha a bordo pelo menos urna bóia salva-vidas circular presa a 25 metros de cabo.
o instrua no mínimo uma. pessoa de sua guarnição sobre os rudimentos de manobra de
sua embarcação., para o caso de você se acidentar ou por qualquer motivo, ficar
impossibilitado cie comandá-la.
'•"> Verifique se todos a bordo, sabem o que fazer em caso de emergência e onde está o
equipamento de segurança.
o Venflque sempre, antes de sair, a previsão do tempo e os "Avisos aos Navegantes"
relativos a área onde pretende navegar.
o Verifique sempre, antes de sair, o sistema de combustível, inclusive os tanques., filtros
de ar e de óíeo, correias de motor, velas, eíc.
» Tenha certeza que o combustível existente é suficiente para o trajeto pretendido.
• Verifique antes de sair seu sistema elétrico (bateria, luzes e fuzíveis) e equipamentos
por ele .aJ.imenta.dos.
fj> Não esqueça a caixa de primeiros socorros, na qual não devem faltar água oxigenada,
mertiolate, pasta contra queimaduras, pílulas contra enjoo, esparadrapo, gaze, comprimidos
analgésicos, etc. Quanto maior for sua viagem, maiores deverão ser seus recursos.
a Tenha sua agulha compensada por um técnico e evite colocar objetos de ferro ou
aparelhos eíétricos nas proximidades.
• Tenha sempre a bordo cones cie madeira, trapos e um. martelo que lhe serão úteis em
caso de urna. eventual avaria no casco.
• Tenha a bordo alguns sobressalentes e ferramentas. A maioria dos defeitos são cie
simples reparo desde que tenhamos o necessário para fazé-lo.
• Mantenha a. velocidade reduzida enquanto estiver nas proximidades de áreas de
atracação ou de fundeio.
» Reduza a velocidade à. noite ou em condições adversas de visibilidade e mantenha
urna vigilância adequada durante todo o tempo.
• Não esqueça de levar agasalhos suficientes para todos a bordo.
« Mantenha sua embarcação correíamente trimada.
« Não se aventure ern águas perigosas ou restritas à sua. embarcação.
• Não se aproxime nunca de praias frequentadas por banhistas a menos de 200 rn.
• Não navegue nunca nas proximidades de mergulhadores.
• Acostume-se a usar um arinque em sua âncora.
L
l
l
Í
NÃO E X C E D A A LOTAÇÃO PARA A QUAL SUA EMBARCAÇÃO

l FOI LICENCIADA, N£M PERMITA O DESLOCAMENTO A BOR-


DO DAS PESSOAS E M B A R C A D A S DE MANEIRA QUE POSSAM
C O M P R O M E T E R S U A E S TA B! L i D A D E .

l LEMBRE-SE QUE CERCA DE 80% DOS ACIDENTES


EMBARCAÇÕES AMADORAS TEM COMO CAUSA ESSES FATOREí
EM

l
» Se sua embarcação está avariada, mal conservada, sem os equipamentos mínimos
I indispensáveis, NÃO SAIA PARA O' MAR.

l
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l
J
l
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