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PROCESSO DE ACREÇÃO E DESTRUIÇÃO CONTINENTAL

A acreção é um processo de crescimento continental no qual fragmentos da crosta de baixa


densidade são amolgados (acrescidos) aos continentes durante o movimento das placas. Os
fragmentos individuais, em cujo interior as feições geológicas mostram-se coerentes entre si, são
denominados de terrenos acrescidos, que são grandes fragmentos de crosta, de dezenas a
centenas de quilômetros em extensão geográfica, que contem no seu interior rochas de origem
comum e com as mesmas características, geralmente transportadas por grandes distâncias pelos
movimentos de placas.

 A aglutinação e fragmentação de massas continentais ocorreram em diversas vezes no


passado geológico e que a Pangea foi apenas a última importante aglutinação dos
continentes.

Destruição de continentes: processos tectônicos vêm repetidamente modificando as partes


mais antigas do continente ao longo da sua história, razão pelo qual actualmente a diversidade da
geologia do continente não apresenta uma similaridade com o passado, ou seja, os terrenos
acrescidos não apresentam as mesmas características ao longo do tempo. E isto deve-se a dois
mecanismos que são:

 Orogenia: a modificação por colisão de placas;

 Epirogenia: a modificação por movimentos verticais.

Orogénese
Orogenia envolve a convergência de placas principalmente por subdução, quando duas placas
continentais colidem, a rigidez de ambas tem de ser modificada. A crosta continental tem mais
flutuabilidade que o manto, de modo que os continentes que estão colidindo resistem à subdução
com a placa da qual fazem parte. Em vez disso, a crosta continental deforma-se e quebra-se
numa combinação de intenso dobramento e falhamento que pode se estender a centenas de
quilômetros da zona de colisão.

Formação da Pangeia
Resultado da fragmentação de um supercontinente denominado Rodínia, formado há 1,1Ga,
começou a se fragmentar há 750Ma, no Proterozoico Superior, formando a Gondwana,
Laurêntia, Báltica e Sibéria, há 458Ma, no Ordoviciano Médio.
A partir de 390Ma (Devoniano Inferior) começa um processo de aglutinação das massas
continentais, e completa com a formação do supercontinente Pangeia há 237Ma, no Triássico
Inferior.

Fragmentação da Pangeia
Iniciou-se com rifteamento do supercontinente e vulcanismo basáltico, no Jurássico Inferior,
cerca de 200Ma atrás. O oceano Atlântico começou a se formar em torno de 150Ma atrás, no
Jurássico Superior, o oceano Tethys contraiu-se, os continentes do Norte (Laurásia) se separaram
e, no Sul, a Gondwana começou a se dividir, com Índia, Antártida e Austrália se separando da
África.

Epirogênese
Movimentos epirogenéticos descendentes resultam geralmente, em uma sequência de sedimentos
relativamente horizontais, como os encontrados no interior da plataforma América do Norte. Os
movimentos ascendentes causam erosão e lacunas no registro sedimentar, denominadas de
discordâncias. Os geólogos têm identificado diversas causas para o movimento epirogênicos. Um
exemplo é a recuperação isostática glacial.

Causas do movimento epirogênicos


O resfriamento e o aquecimento da litosfera continental são as causas importantes dos
movimentos epirogenéticos numa escala de tempo mais longa.

O aquecimento causa a expansão de rochas, diminuindo a sua densidade e, assim, elevando a


superfície. Um bom exemplo é o Planalto do Colorado, que foi soerguido cerca de 2km, há
aproximadamente 10 milhões de anos.

O resfriamento da litosfera aumenta a sua densidade, fazendo com que a mesma afunde sob a
accao do seu próprio peso para criar uma bacia sedimentar. Quando um novo episódio de
expansão do assoalho oceânico causa a rutura de um continente, as bordas soerguidas são
erodidas e acabam entrando em subsidência à medida que se resfriam, permitindo que os
sedimentos sejam depositados e que as plataformas carbonáticas sejam acumuladas nas margens
passivas.

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