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Música
Estranhos ou não, Voyage tem tudo para ser um álbum essencial na coleção
de quem realmente gosta de música.
Aero: Não sei bem. Voyage tem alguns elementos... estranhos. Tem os mais
normais, como uns beats programados em „Vermelho que é rosa‟, tem os
reverbs de fita, delay de fita lindo, quase chorei ouvindo lá na hora, microfones
antigos, amplificadores antigos demais, tipo Fender Deluxe de 40 anos, baixo
Fender Precision anos 70, bateria Ludwig anos 70. Os estranhos, acho que são
o moog que adicionei no final de „Vermelho que é rosa‟ ou o whammy no fim de
„Preocupações‟, que dá um som meio de fita amassada enrolando [só quem
ouvia k7 vai saber o que é isso (risos)]. Mas confesso que foi uma tentativa de
estragar o final da música que acho muito... metal. E um pouco colegial. Mas é
a cara do resto da banda, esse lance meio metal.
Fred: Vocês são favoráveis a um estilo único de tocar ou não, quanto mais
experimentações melhor?
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Aero: Essa música tem uma letra muito bonita. Pena nenhum de nós ter um
filho pra emprestar um pouco mais de sentido a ela. Espero que ela possa
espalhar coisas boas aos que já têm a graça da paternidade. Soube que o Eric
a compôs quando uma amiga tivera um filho. Interessante sua pergunta. Ela
fala de muitas coisas, medo, solidão, proteção e acolhida e acaba batendo
numa outra parede conceitual dentro do Voyage, que é um pouco de
dissimulação da inocência, de se permitir fantasiar. Liberdade, eu acho.
Aero: Ah! É o nome da moça para quem o Eric escreveu a letra. Gente fina a
menina.
Fred: O clipe da música “Estou bem mesmo sem você” apareceu no Lab Now
da MTv, uma ótima divulgação para a banda além das redes sociais. Foi
Ak úzti kA |4
Aero: A correria toda e o trabalho feito com afinco quase fazem parecer a
questão da receptividade do público um detalhe que virá naturalmente. Está
tudo indo muito bem, dando bastante certo, correspondendo ao que a gente
imaginava. Acho que a gente se cobra mais do que as pessoas cobram, então
fica mais tranqüilo aceitar qualquer eventual rejeição.
Aero: Difícil! Temos nossas vidas aqui. Empregos fixos e família. Mas vamos
circular bastante este ano, afinal temos que divulgar o disco. Como disse lá em
cima, fazer o trabalho pela metade é jogar dinheiro e dedicação fora.
Fred: Vocês conseguiram atingir a primeira meta de uma banda, trabalhar com
um bom selo e gravar o primeiro álbum. Agora, e o futuro?