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10/02/2019 PEQUENO HISTÓRICO DA SUBSTITUIÇÃO DO SHABAT Por: Tsadok Ben Derech No século IV, o Império Romano estava muito…

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O Reformador
PEQUENO HISTÓRICO DA SUBSTITUIÇÃO DO SHABAT
Por: Tsadok Ben Derech

No século IV, o Império Romano estava muito fragmentado e uma instabilidade política o marcava,
num ambiente de drástica crise interna. Em 285 D.C., Aurélio Valério Diocleciano, um general recém
empossado ao trono imperial, inicia a reorganização do Império, dando origem ao chamado “governo
dos tetrarcas”, ou seja, o império foi divido em quatro partes. A instituição da tetrarquia teve por
objetivo resolver a crise existente no século III e recuperar a força do Império Romano.
Um dos quatro governantes se chamava Constâncio Cloro que, em 306 d.C, foi substituído por seu
filho Constantino, que provavelmente tinha 18 anos. Constantino tinha uma forte ambição: unificar
todo o Império Romano sob sua autoridade única. Para isso, precisava obter o apoio da sociedade
romana, fragmentada por diversas religiões. Unificar todas as religiões em torno de sua pessoa seria
uma estratégia eficaz para controlar e manipular as massas sociais, garantindo-se, pois, a almejada
estabilidade política.
Antes de participar de uma batalha contra seu rival Maxêncio na Ponte Mílvia, perto de Roma, no ano
de 312 D.C, afirmou Constantino que teve uma visão da cruz e ouviu uma voz lhe dizer: “in hoc signo
vinces” (sob este signo vencerás). Determinou Constantino que seus soldados pintassem a cruz em
seus escudos, e conseguiu derrotar seus inimigos. Constantino começou a divulgar que “a vitória
confirmou sua fé em Jesus Cristo”. Doravante, seus exércitos deveriam marchar tendo à frente o
símbolo unificador da cruz.
Certos historiadores alegam que a suposta visão de Constantino não passou de uma farsa. Em
verdade, já sabendo que tinha grandes chances de vencer a batalha, inventou que teve uma visão da
cruz para incentivar seus soldados a crerem em algo sobrenatural, o que lhes daria mais ânimo e
disposição no combate. Por outro lado, possuindo soldados com diferentes religiões, após a vitória
obtida por meio de um “milagre”, todos os militares passaram a enxergar Constantino como uma
“pessoa especial, o escolhido de Jesus Cristo como Imperador”.
Em 313 D.C, Constantino expediu o Édito de Milão, em que o Império Romano seria tolerante em
relação a todos os credos religiosos, pondo-se fim às perseguições oficiais aos cristãos.
Já no ano de 324 D.C, na batalha de Crisópolis, Constantino derrotou seu último rival, Licínio, e
conseguiu finalmente o controle político único sobre todo o império romano. Constantino não obteve
apenas a unidade política, mas também a unidade idológica em torno de si, visto que o Império
deveria seguir o Cristianismo.
Constantino era adorador do “Deus Sol Invicto”, e grande parte dos historiadores assevera que, na
realidade, nunca se converteu, mas permaneceu praticando a religião pagã, sincretizando-a com o
Cristianismo. Eis o que afirma a Wikipédia:
“Mas apesar de seu batismo, há dúvidas se realmente ele se tornou cristão. A Enciclopédia Católica
afirma: ‘Constantino favoreceu de modo igual ambas as religiões. Como sumo pontífice ele velou pela
adoração pagã e protegeu seus direitos’. E a Enciclopédia Hídria observa: ‘Constantino nunca se
tornou cristão’. No dia anterior ao da sua morte, Constantino fizera um sacrifício a Zeus, e até o último
dia usou o título pagão de Sumo Pontífice.” (vide: http://pt.wikipedia.org/wiki/Constantino).
Tendo em visa que Constantino era adorador do deus sol, sendo que o dia de adoração pagã era o
primeiro dia da semana (domingo), Constantino sacramentou o Venerabilis die Solis (Venerável dia do
Sol) em 321 D.C, oficializando-se o domingo como dia sagrado. Eis o teor do Decreto de Constantino,
publicado em sete de março do ano de 321 D.C, determinando o repouso no domingo em
homenagem ao dia do deus sol:
“Devem os magistrado e as pessoas residentes nas cidades repousar, e todas as oficinas serem
fechadas no venerável dia do Sol...”
Sobre o assunto, escreveu o autor cristão Frank Viola:
“Em 321 D.C., Constantino decretou o domingo como dia de descanso — um feriado legal. Parece
que a intenção de Constantino era honrar ao deus Mitra, o Sol Invencível. Constantino descreveu o
domingo como ‘o dia do sol’. Confirmando sua afinidade com a adoração do sol, as escavações de
São Pedro de Roma descobriram um mosaico de Cristo como o Sol Invencível.” (Cristianismo Pagão,
2005, página 50).
Enquanto os discípulos de Yeshua guardavam o shabat (sábado), dia instituído pelo ETERNO,
Constantino quis abolir o verdadeiro dia santo e substituí-lo pelo dia em que vários povos pagãos
cultuavam o deus sol: o domingo. Lembra-se que os babilônios dedicavam o primeiro dia da semana
(domingo) ao deus Chama (deus sol, o Senhor do culto solar), enquanto os assírios e os egípcios
cultuavam no primeiro dia da semana (domingo) o deus Maior - o Sol (deus Rá).
Em 325 D.C, o Concílio de Niceia, presidido por Constantino, estabeleceu universalmente o primeiro
dia da semana (domingo) como dia sagrado, com a finalidade de introduzir o povo pagão dentro desta
nova religião, o Catolicismo Romano, unificando todas as religiões pagãs do Império que adoravam o
deus Sol no domingo. Mais uma vez se reporta à Wikipédia:

https://free.facebook.com/story.php?story_fbid=1159697497518542&id=589593987862232&refid=17&_ft_=mf_story_key.1159697497518542%3… 1/3
10/02/2019 PEQUENO HISTÓRICO DA SUBSTITUIÇÃO DO SHABAT Por: Tsadok Ben Derech No século IV, o Império Romano estava muito…

“O Imperador Constantino provocou uma divergência de opinião sobre a questão se deve ser o
sábado ou o domingo o dia observado como dia de descanso. A divergência não se aplica aos judeus,
para quem o dia de descanso (Shabat) é incontestavelmente no sábado, nem para os muçulmanos
cujo dia sagrado (jumu'ah) é em uma sexta-feira. A divergência entre a tradicional observância
religiosa judaica do Shabat [sábado] e ao respeito ao primeiro dia da semana aparece com o concílio
de Nicéia (ano 325) pelo Imperador Constantino que impõe o domingo sobre o sábado, de modo a
introduzir o povo pagão dentro dessa nova religião.” (consulte o sítio eletrônico: http://pt.wikipedia.org
/wiki/Domingo).
Como acima transcrito, os judeus sempre guardaram o shabat, lembrando-se que Yeshua e seus
discípulos eram todos judeus, e os gentios que reconheciam Yeshua como o Messias passaram a
fazer parte do mesmo corpo. No texto acima, está claro que até o ano de 325 D.C os judeus
(seguidores de Yeshua ou não) ainda guardavam o shabat. Eis o relator do historiador T.H. Morer:
“Os cristãos primitivos tinham grande veneração pelo sábado, e passavam este dia em devoção e em
sermões. E isto não pode ser posto em dúvida, porque eles tiraram essa prática dos próprios
Apóstolos, como se percebe em várias Escrituras sobre tal assunto.” (Dialogues on the Lord’s Day,
London, 1701, pg. 189).
No mencionado Concílio de Niceia, presidido pelo Imperador Constantino, não participaram os
israelitas discípulos de Yeshua, conhecidos como netsarim (nazarenos), que foram rotulados de
“apóstatas” pelo oficial Cristianismo gentílico (Catolicismo Romano).
Mesmo com a mudança do shabat para o domingo, os discípulos de Yeshua (judeus e gentios) e os
judeus se recusaram a profanar o shabat. Por tal razão, em 336 D.C, o Catolicismo Romano
promoveu o Concílio de Laodiceia, que reafirmou a guarda do domingo e abominou a observância do
shabat (Cânon 29).
Não obstante, muitos judeus permaneceram firmes na Torá e em Yeshua, não se curvando ao
mandamento da Igreja Católica. Escolheram obedecer ao ETERNO, guardando-se o shabat, em vez
de se submeterem à lei dos homens.
Diante da resistência dos judeus, compreendendo-se tanto os fiéis a Yeshua quanto os que não o
reconheceram como Messias, a Igreja Católica Romana investiu todas as suas forças para tentar
anular o shabat:
a) Graciano, Valentiniano e Teodósio exigem que se façam negócios no sábado (386 D.C.), forçando o
povo do ETERNO a cair em desobediência;
b) o Papa Inocêncio decreta que os cristãos deveriam guardar e jejuar no domingo (416 D.C.);
c) o Concílio de Orleans, promovido pela Igreja Católica, reforça o domingo (538 D.C.);
d) o Papa Gregório qualifica de Anticristo aquele que ensinasse a guarda do shabat (590 D.C ).
No ano de 590 D.C inaugurou-se um período de apostasia ainda maior. O Papa Gregório I, chamado
de “o Grande”, declarou que o Império Romano era santo e desencadeou severa perseguição aos
nazarenos, aos judeus e às comunidades cristãs que guardavam o shabat. Seria chamado de
“anticristo” quem observasse o shabat, merecendo punição, podendo chegar à pena de morte.
Alastrou-se fortemente a perseguição, e a Inquisição somente teve fim em 1850 D.C, ou seja, depois
de 1260 anos.
Seriam necessárias páginas e mais páginas para se narrar as atrocidades que foram cometidas pela
Igreja Católica. Todavia, este breve escorço já é o suficiente para demonstrar que a alteração do
shabat para o domingo possui raízes malignas, cumprindo-se parcialmente a profecia de Dani’el
acerca do AntiMashiach (Anticristo):
“E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os
tempos [o shabat e demais festas bíblicas] e a Lei [a Torá]; e eles serão entregues na sua mão, por
um tempo, e tempos, e a metade de um tempo.” (Dani’el 7:25).
Leia mais: http://m.judaismonazareno.org/news/pequeno-historico-da-substitui%C3%A7%C3%A3o-do-
shabat/
2 h · Público
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André Dias
Em relação a soteriologia...Essa página segue o Arminianismo, calvinismo, semi
pelagianismo ou pelagianismo? E por que? O Adventismo segue a mesma linha
que vocês?
Gosto · Reagir · Responder · Mais · há 1 hora

https://free.facebook.com/story.php?story_fbid=1159697497518542&id=589593987862232&refid=17&_ft_=mf_story_key.1159697497518542%3… 2/3
10/02/2019 PEQUENO HISTÓRICO DA SUBSTITUIÇÃO DO SHABAT Por: Tsadok Ben Derech No século IV, o Império Romano estava muito…

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