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01 DISTINÇÕES
OBS.: A capacidade penal (cf, art. 228 e cp, art. 27) e a capacidade processual plena são adquiridas
aos 18 anos.
A responsabilidade, aptidão do agente para ser punido por seus atos, abrange a
imputabilidade, exigindo três requisitos:
a) imputabilidade;
02 excludentes de imputabilidade
Em regra todo agente é imputável, sendo a capacidade penal obtida por exclusão, sempre
que se verificar a inexistência de uma causa excludente da imputabilidade (causa dirimente). São
quatro as causas dirimentes, que excluem a culpabilidade, são elas:
a) doença mental;
b) desenvolvimento mental incompleto;
OBS.: a dependência patológica de substância psicotrópica configura doença mental sempre que
retirar a capacidade de entender ou de querer (arts. 45 a 47 da lei 11.343/06). Lembrando que a
imputabilidade também cessa na hipótese de enfermidade de natureza não mental que atinja a
capacidade de entender e querer (ex: delírios febris).
OBS.: havendo outros elementos de provas que permitam aferir a imputabilidade, como a avaliação
do grau de escolaridade, a fluência na língua portuguesa, o pleno gozo dos direitos civis, é
dispensável o exame antropológico. No entanto, o laudo pericial é imprescindível.
OBS.: os menores de 18 anos, apesar de não sofrerem sanção penal pela prática de ilícito penal, em
decorrência da ausência de culpabilidade, estão sujeitos ao procedimento e às medidas
socioeducativas previstas no eca.
b) embriaguez acidental;
c) embriaguez patológica; e
d) embriagues preordenada.
Subdivide-se em:
b) força maior: deriva de uma força externa ao agente, que o obriga a consumir ou ingerir a
substância.
O agente embriaga-se com a finalidade de vir a delinquir nesse estado. Além de não excluir
a imputabilidade, constitui causa agravante genérica da pena (CP, art. 61, II, l).
c) Sistema biopsicológico: exige que a causa geradora esteja prevista em lei e que atue
efetivamente no momento da ação delituosa, retirando do agente a capacidade de entendimento e
vontade. Foi adotado como regra (CP, art. 26, caput).
Obs.: Nem a emoção nem a paixão excluem a imputabilidade, entretanto a emoção poderpa ser
causa específica de diminuição de pena nos homicídios dolosos e nas lesões corporais dolosas
quando:
c) a reação do agente deu-se logo em seguida a essa provocação (CP, arts. 121, §1º, e 129, §4º)
Nesse caso, a pena será reduzida de 1/6 a 1/3. Mas se o agente estiver sob mera influência, a
emoção atuará apenas como circunstância atenuante genérica.
OBS.: a escolha por medida de segurança somente poderá ser feita se recomendada pelo laudo de
insanidade mental. Se for aplicada pena, a sua diminuição será obrigatória.
06 QUESTÕES PROCESSUAIS
▪ Havendo dúvida sobre a integridade mental do réu, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do
MP, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este
submetido a um exame médico-legal, chamado incidente de insanidade mental, suspendendo-se o
processo até o resultado final (CPP, art. 149).
▪ O art. 319 do CPP trouxe um extenso rol de medidas cautelares alternativas à prisão. Assim, será
possível a internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou
grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (CP, art. 26) e
houver risco de reiteração (inciso VII).
Nos termos do art. 396 do CPP, uma vez recebida a denúncia ou queixa pelo juiz, poderá o acusado
comprovar a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade, mediante resposta que
deverá ser ofertada no prazo de 10 dias, seja o procedimento ordinário ou sumário. Assim,
demonstrada de forma manifesta2 a existência da causa excludente da culpabilidade, o CPP,
consoante o teor do seu art. 397, III, autoriza expressamente a absolvição sumária do acusado.