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UNIVERSIDADE TÊCNICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNICOLÓGICAS

Licenciatura em Engenharia e Gestão de Energias Alternativas e Recursos Petrolíferos

Cadeira: Energias Renovais1

Tema: Dimensionamento de sistema fotovoltaico de estabelecimento comercial

Turma: C Sala: 2

Discente

Dércia Santos Nhalungume

Docente:

Dr.Vicente P. Chihale

Maputo, Fevereiro 2021


UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE EM CIÊNCIAS TECNOLOGICAS
LICENCIATURA EM ENGENHARIA E GESTÃO DE ENERGIAS ALTERNATIVAS E
RECURSOS PETROLÍFEROS

Dimensionamento de sistema fotovoltaico de um estabelecimento comercial., período: 2 meses

Trabalho a ser apresentado em cumprimento dos requisitos exigidos na cadeira


DECLARACAO DE HONRA
De Energias Renovaveis1

Discente:
Declaro queDércia Santos Nhalungume
este trabalho de diploma nunca foi apresentado na sua essência para obtenção de
qualquer grau académico e ele constitui o resultado de minha pesquisa pessoal.
Docente: Dr.Vicente P. Chihale, PhD
__________________________________________

(Crisalda Anónio Mavuie)

Maputo, Fevereiro de 2017


Maputo, Fevereiro de 2021
Lista de abreviaturas

Ps potência do sistema

Pn potência nominal

A autonomia prevista

Cb Capacidade da bateria

Nb número de baterias

Pp Energia com menor radiação solar


Índice de tabelas
Tabela 1: Levantamento das cargas do estabelecimento……………………………………..13

Tabela 1: radiação anual em Wh .............................................................................................14

Tabela 1: valores característicos típicos de descarga para baterias de Pb – ácido…………...14


Índice de figuras

Figura 1:sistema fotovoltaico ligado a rede ..............................................................................4

Figura 2: sistema fotovoltaico autônomo..................................................................................5

Figura 3: Modulo fotovoltaico...................................................................................................6

Figura 4: Modulos ligados em serie...........................................................................................7.

Figura 5: Modulos ligados em paralelo......................................................................................8

Figura 6: controlador de carga...................................................................................................9

Figura7: composição da bateria...............................................................................................10.

Figura 8: Inversor.....................................................................................................................12

Figura 9: ângulo de inclinação..................................................................................................12


Resumo
O dimencionamento de um sistema fotovoltaico apresenta uma grande vantagem, pois ela
pode ser um sistema autonomo ou um sistema distribuido em rede, entre tanto com o nosso
prejecto pretendemos atingir um objectivo que é satisfazer a energia electrica a um
estabelecimento comercial, visto que a entidade da EDM não tem uma rede distribuidora
neste bairro optando se assim por sistema de abastecimento fotovoltaico autónomo.

O sistema fotovoltaico é fundamentalmente concebido para alimentar um conjunto de cargas


que operam isoladas da rede eléctrica, durante todo o ano porem, actualmente a utilização dos
Sistemas fotovoltaicos Autónomos é, principalmente, para atender demanda de energia
eléctrica a localidades não atendidas pela Rede Eléctrica da Concessionária, ou para manter
algum equipamento fora da rede eléctrica, de forma a continuar operando mesmo quando há
ausência de energia eléctrica.

Palavras chaves: fotovoltaico, Autónomo, rede eléctrica.


índice
Índice de tabelas.....................................................................................................................................v

Índice de figuras....................................................................................................................................vi

Lista de abreviaturas.............................................................................................................................vii

1. Introdução..........................................................................................................................................4

1.2 Objectivos.........................................................................................................................................5

1.2.1 Objectivo geral:.........................................................................................................................5


1.2.2 Objectivos específicos...............................................................................................................5
1.3 Justificativa.......................................................................................................................................5

1.4 Problema..........................................................................................................................................6

1.5 Metodologia.....................................................................................................................................6

1.5.1 Pesquisa Bibliográfica e virtual......................................................................................................6

1.5.2. Método de Abordagem................................................................................................................7

2. Sistema fotovoltaico ligado a rede.....................................................................................................7

2.1Sistema fotovoltaico autônomo........................................................................................................8

2.1.1 Vantagens da energia solar...........................................................................................................8

2.1.2 Desvantagens da energia solar......................................................................................................9

2.2 Paineis fotovoltaicos.........................................................................................................................9

3. Ligação dos módulos fotovoltaicos em serie....................................................................................10

3.1 Ligação de módulos fotovoltaicos em paralelo..............................................................................11

4. Controlador de carga........................................................................................................................12

4.1 As principais funções atribuídas aos reguladores de carga das baterias são as seguintes:...............12

5. Baterias............................................................................................................................................13

5.1 Ligação das baterias em serie.........................................................................................................14

5.2 Ligação em paralelo das baterias....................................................................................................15

6. Inversor............................................................................................................................................15

7. Inclinação (ângulo dos painéis).........................................................................................................16

8. Composição básica do Sistema fotovoltaico Autónomo (off-Grid)...................................................17


9. Dimensionamento do sistema..........................................................................................................17

10. Conclusõe & Recomendações e estudos futuros............................................................................21

10.1 Recomendações futuras...............................................................................................................22

11. Referéncias bibliográficas...............................................................................................................22


1. Introdução
Em Moçambique, a entidade que fornece a energia eléctrica da rede pública é a EDM,
entre tanto ela não consegue ate então satisfazer a todo pais, principalmente nas zonas
suburbanas. Portanto, optou se em propor um dimensionamento de um sistema
fotovoltaico autónomo para o fornecimento de energia a um estabelecimento comercial
e apresentação dos seus anexos. Esta prevista uma alimentação de 24V de corrente
continua sendo esta tensão das baterias, sendo que depois de se consultar a
condicionaria poderá ser feita a montagem dos consumidores dados nas tabelas,
desempunhado se a uma autonomia prevista de 3 dias, Escolhemos o tempo de
utilização de Abril a Julho mês considerado com menor radiação para o
dimensionamento do sistema, o painel deve ser instalado na direcção do Norte
geográfico, pois a localização nossa esta no hemisfério sul do nosso planeta, enfatizar
que, o gerador fotovoltaico deverá ter uma potência que vai garantir a satisfação das
necessidades de consumo diário de energia.

As perspectivas comprovam que o consumo energético mundial só tende a crescer cada


vez mais. Segundo Worldometers (2016), a população mundial em 2050 tende a
ultrapassar 9,6 bilhões de habitantes, o que implica em um consumo anual de mais de
28 mil TWh de energia, 8 mil TWh a mais que o consumo actual. Diante deste consumo
elevado, as energias renováveis vêm ganhando cada vez mais espaço no cenário
mundial, suprindo o consumo energético e, principalmente, preservando o meio
ambiente, tendo em vista que estes recursos ocasionam danos insignificativos ao meio
ambiente se comparados aos combustíveis fósseis.

A tecnologia fotovoltaica é vista por muitos como um caminho ideal para a geração de
energia através de uma fonte inesgotável e não poluente. Segundo a Agência
Internacional de Energia (IEA), a energia solar poderá responder por cerca de 11% da
oferta mundial de energia eléctrica em 2050, atingindo uma área de 8 mil km² ocupada.

4
1.2 Problema
Nesta parte do projecto pretendemos formular o problema que nos leva à pesquisa,
para tal importa afirmar que o problema da pesquisa é uma dificuldade teórica ou
pratica que procura solução que só pode ser aprendida com confiabilidade por meio de
actividade interventiva que requer a sistematização utilizando métodos adequados e
constantemente a dúvida crítica. (Lakatos e Marconi, 1992).

A falta de fornecimento da rede pública na zona de Tsalala proporciona nos a instalar


um sistema fotovoltaico para fornecer energia eléctrica a um estabelecimento comercial,
visto que o proprietário deste estabelecimento necessita de energia eléctrica para o
funciomento deste estabelecimento comercial beneficiando a população desta zona.

 Como alimentar um estabelecimento comercial com energia


fotovoltaico?

1.3Objectivos
Vivemos em um mundo globalizado, onde estamos conectados a toda cidade com a rede
eléctrica com vista a dinamizar o desenvolvimento sustentável para a população.

1.3.1 Objectivo geral:


 Dimensionamento de um sistema fotovoltaico para um estabelecimento
comercial.

1.3.2 Objectivos específicos


 Analisar a rede do sistema fotovoltaico autónomo e o sistema ligados a
rede;
 Propor uma rede de fornecimento de energia fotovoltaico;
 Estabelecer uma comunicação entre o sistema fotovoltaico e
estabelecimento comercial.

1.4 Hipoteses

Segundo Marconi e Lakatos apud Gil (2007), uma vez formulado o problema, com a
certeza de ser cientificamente válido, propõe-se uma resposta "suposta, provável e
provisória", isto é, uma hipótese. Ambos, problemas e hipóteses, são enunciados de

5
relações entre variáveis (factos, fenômenos); a diferença reside em que o problema
constitui sentença interrogativa e a hipótese, sentença afirmativa mais detalhada.

Para o presente projecto são formuladas duas hipóteses, sendo uma nula e outra
alternativa.

H0 – Se o dimensionamento do sistema fotovoltaico assegurar as normas vigentes no


regulamento interno do pais a nível das energias renováveis então teremos uma rede de
distribuição com boa autonomia prevista

H1 – Se o dimensionamento do sistema fotovoltaico não assegurar as normas vigentes


no regulamento interno do pais a nível das energias renováveis então não teremos uma
rede de distribuição com boa autonomia prevista.

1.4.1 Justificativa
O que me leva a dimensionar um sistema fotovoltaico autónomo é a falta da rede pública
para fornecimento de energia eléctrica a um estabelecimento comercial em Tsalala, pois o
estabelecimento precisa de energia para alimentar certas cargas consumidoras da energia
eléctrica. A falta da rede pública preocupa não só ao proprietário do estabelecimento bem
como a população residente neste bairro. É oportuno que após o diálogo com alguns
residentes do bairro e da entidade representadora do mesmo vê com muita satisfação a
montagem deste estabelecimento comercial (NHALUNGUME DERCIA) A diminuição do
custo dos módulos fotovoltaicos, em conjunto com condições favoráveis de instalação, tem
promovido o crescimento da implantação de painéis fotovoltaicos (INTERNATIONAL
ENERGY AGENCY, 2014). Além da redução de custos de produção das tecnologias de
células fotovoltaicas serem fundamentais para tornar a aplicação destes sistemas viável
(RENEWABLE ENERGY POLICY NETWORK FOR THE 21st CENTURY, 2014a),
outros factores importantes também são determinantes para o crescente uso da energia
fotovoltaicas (TOYAMA; JUNIOR; ALMEIDA, 2014), destacando-se:

 Aumento na eficiência das células, tendo o silício cristalino chegando a 20-24%


e os filmes finos chegando a 15% até 2020 e demais tecnologias proporcionando
uma variedade de eficiência de 5-40% até 2030;
 Aumento no uso de filmes finos podendo se obter 30-40% do mercado entre
2020 a 2030;

6
 Aumento das opções de utilização de tecnologias de baixo custo como as células
fotovoltaicas orgânicas e de polímeros depois de 2020;

1.5. Delimitação do Estudo


Depois de escolhido o assunto de pesquisa é preciso ainda afunilá-lo, circunscrevê-lo.
Para ajudar nesta etapa, podemos estabelecer alguns critérios para a delimitação do
tema, a saber:
• Critério Espacial: Segundo Gil (2007) o critério espacial delimita o “lócus” da
observação, ou seja o local onde o fenómeno em estudo ocorre;
• Critério Temporal: Segundo Gil (2007), o critério temporal estabelece o período
em que o fenómeno a ser estudado será abordado. Podemos definir a realização da
pesquisa situando nosso objecto no tempo actual, ou recuar no tempo, procurando
evidenciar a série histórica de um determinado fenómeno
Portanto, a delimitação do estudo compreende as abordagens:
• Espacial; e,
• Temporal

1.5.1. Abordagem Espacial


Para a materialização do estudo, fez-se a recolha de dados na fábrica Refrigerante Spar
Lda. dada à viabilidade da mesma. Ou seja, o estudo em questão pode ser considerado
viável visto que o tempo é adequado para sua realização, a organização estudada
disponibilizará os recursos e as informações necessárias.

1.5.2. Abordagem Temporal


O presente estudo tem o seu horizonte temporal compreendido os anos de 2015 a 2016.
A escolha do período de 2015-2016 é por permitir a colecta de dados actuais e por
tratar-se de um problema actual.

7
1.6 Metodologia

1.5.1 Pesquisa Bibliográfica e virtual


Para realização deste trabalho semestral passou-se por várias etapas, sendo uma delas a
pesquisa bibliográfica, que consistiu na recolha de todos materiais didácticos úteis de
modo a dar bases de carácter científico e subsidiar o capítulo da revisão bibliográfica.

A pesquisa bibliográfica" tem como finalidade colocar o pesquisador em contacto


directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre um determinado assunto,
inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritas por alguma
forma, quer públicas, quer gravadas"( Marconi e Lakatos ,2003).

1.5.2. Método de Abordagem


Neste âmbito, foram utilizados os métodos qualitativos e quantitativo, o método
qualitativo no sentido de ter se levantado os reais motivos do problema (atraso e falta de
confiança no envio da informação) de modo trazer soluções para o problema. A
abordagem qualitativa é propícia para situações de estudo de caso onde utiliza-se a
técnica de entrevista para obtenção de dados, este tipo de abordagem preocupa-se mais
com a qualidade da informação, não sendo muito relevante o tamanho da amostra e a
qualquer outro dado estatístico.

2.Sistema fotovoltaico ligado a rede


Um sistema fotovoltaico conectado à rede é um conjunto de equipamentos capaz de
transformar a energia do sol em energia eléctrica e “jogá-la” na rede eléctrica de
energia. Os painéis solares convertem a energia do sol em energia eléctrica através das
células fotovoltaicas.

Além dos componentes principais (painel solar e inversor) existem os componentes de


integração do sistema (chamados internacionalmente de Balance of System – BOS), que
são as estruturas de fixação dos módulos fotovoltaicos e os componentes eléctricos de
protecção.

8
Figura 1: sistema fotovoltaico ligado a rede

Fonte:( Taic energias renováveis,202)

2.1Sistema fotovoltaico autônomo

Um sistema fotovoltaico autónomo é fundamentalmente concebido para alimentar um


conjunto de cargas que operam isoladas da rede eléctrica, durante todo o ano

Utilização de Sistemas fotovoltaicosAutónomos

Actualmente a utilização dos Sistemas fotovoltaicosAutónomos é, principalmente, para


atender demanda de energia eléctrica a localidades não atendidas pela Rede Eléctrica da
Concessionária, ou para manter algum equipamento fora da rede eléctrica, de forma a
continuar operando mesmo quando há ausência de energia eléctrica.

9
Figura2: sistema fotovoltaico autónomo

Fonte: ( sustentabilidade energética solar,2000)

2.1.1 Vantagens da energia solar


A energia solar não polui durante seu uso. A poluição decorrente da fabricação dos
equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente controlável
utilizando as formas de controlo existentes actualmente.

As centrais necessitam de manutenção mínima.

Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo vem
decaindo. Isso torna cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.
Saiba qual o tempo de vida útil dos painéis solares fotovoltaicos.

A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação
em pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.

Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em


praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética sua
utilização ajuda a diminuir a procura energética nestes e consequentemente a perda de
energia que ocorreria na transmissão.

2.1.2 Desvantagens da energia solar


Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climatérica
(chuvas, neve), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a
10
que existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais
onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.

Locais em latitudes médias e altas (Ex: Finlândia, Islândia, Nova Zelândia e Sul da
Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de Inverno
devido à menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente cobertura
de nuvens (Londres), tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau
de nebulosidade.

As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas


por exemplo aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), e a energia hidroeléctrica
(água).

Os painéis solares têm um rendimento de apenas 25%, apesar deste valor ter vindo a
aumentar ao longo dos anos. Saiba quais os painéis solares fotovoltaicos mais eficientes
do mercado.

2.2 Paineisfotovoltaicos
Células solares ou fotovoltaicas são elementos responsáveis pela transformação de
energia solar, emeléctrica estas utilizam as propriedades dos materiais semicondutores
(na maioria dos casos de silício) estes quando devidamente dopados com elementos
químicos como borro e fósforo formam a chamada junção PN, num lado as cargas
positivas e no outro as cargas negativas criando um campo eléctrico permanente que
dificulta a passagem de electrões de um lado para o outro, caso um fóton incida com
energia suficiente para excitar um eletron, haverá circulação da corrente eléctrica
gerando energia em corrente continua constituindo assim o chamado efeito fotovoltaico.

Uma célula solar produz apenas 0.4volts,no seu ponto de máxima potencia sendo
necessário conectarem se varias em serie para obter se tensões mais altas assim a
maioria dos painéis fotovoltaicos é composto por algo tipo 36 72 células produzindo
tensões de saída apropriado para sistemas Cc de 12 a 24 volts.

11
Figura3:Modulo fotovoltaico

Fonte:( taic.energias renováveis,202)

3. Ligação dos módulos fotovoltaicos em serie


A conexão em série realiza-se em painéis com potências entre os 200W e os 260W,
compostos por 60 células e para o uso em instalações solares de 24V ou 48V. Através
da conexão em série, conectam-se directamente os painéis solares entre si, ligando o
pólo positivo de um painel com o pólo negativo do painel seguinte. Ao contrário da
conexão em paralelo, nesta conexão mantém-se a intensidade e soma-se a voltagem. Por
exemplo, caso se conectem em série 4 painéis de 260W 8,34A e Vmp de 31V ou 32V
(voltagem em ponto de máxima potência) cada, obtêm-se 260W 124V e 8,34A. Para
este tipo de painéis solares é necessário utilizar reguladores maximizadores MPPT, que
modulam a alta voltagem e optimizam a capacidade dos painéis de gerarem energia.
Graças à tecnologia MPPT, amplifica-se a potência em 25%, motivo pelo qual se utiliza
este tipo de módulos solares em instalações para habitações ou para consumos eléctricos
médios ou grandes. Para painéis conectadas unicamente em série, deve utilizar-se os
reguladores MPPT como o regulador MPPT 40A ou de 20A da Damia Solar.

Figura 4:Modulos ligados em serie

Fonte(taic energias renováveis,2002)

12
3.1 Ligação de módulos fotovoltaicos em paralelo
A conexão em paralelo realiza-se conectando todos os pólos positivos dos painéis da
instalação solar e, depois, pela conexão de todos os pólos negativos. Deste modo,
mantém-se a voltagem ou tensão (volts) dos painéis solares, enquanto a sua intensidade
é somada (amperes). Por exemplo, caso se conectem em paralelo 4 painéis solares de
140W 7,9A (amperes) de 12V cada, obtêm-se 560W a 31,6A a uma voltagem de 12
volts. Na Damia Solar recomendamos sempre o uso de conectores MC4 duplos para
realizar a conexão em paralelo entre 2 painéis, já que estes realizam uma conexão
estanque e segura que protege a instalação dos agentes meteorológicos e de possíveis
falhas de contacto em que vão acontecendo com o passar dos anos. No que se refere ao
regulador, nos painéis conectados em paralelo devem utilizar-se sempre um regulador
convencional do tipo PWM, como por exemplo, os modelos: Eco solar Led 20A, Eco
solar 30A com ecrã, o regulador solar 80A Eco solar com ecrã, entre outros. A conexão
em paralelo utiliza-se sempre em painéis solares de 12V e 36 células, como os modelos
Ecosolar de 130W e 140W, e com painéis de 24V e 72 células, como, por exemplo, os
painéis de 180W e 190W. Os painéis de 36 e 72 células são comumente referidos como
painéis de isolada e só necessitam de um regulador solarem convencional (PWM).

Figura5: Modulos ligados em paralelo

Fonte:( Taic energias renováveis,2000)

13
4. Controlador de carga
Controladores ou reguladores de carga são equipamentos que controlam a tensão e a
corrente de um painel solar ou gerador eólico, entregues ao parque de baterias.

O regulador de carga garante que os processos de carga e descarga do acumulador sejam


executados para que estejam sempre dentro das condições operacionais correctas.

Um regulador de carga limita a taxa na qual a corrente eléctrica é adicionada ou retirada


das baterias eléctricas. Evita sobrecarga e pode proteger contra sobre tensão.
Sobrecarregar as baterias pode reduzir o desempenho ou a vida útil da bateria e
representar um risco à segurança.

O controlador de carga é definido pela tensão de trabalho do sistema e pela maior


corrente exigida. A capacidade do controlador deve superar a corrente dos painéis ou as
de consumo, naquele em que for maior o valor.

4.1 As principais funções atribuídas aos reguladores de carga das baterias são as
seguintes:
 Assegurar o carregamento da bateria;
 Evitar a sobrecarga da bateria;
 Bloquear a corrente inversa entre a bateria e o painel;
 Prevenir a ocorrência de descargas profundas (no caso de baterias chumbo -
ácido)

Figura 6: controlador de carga

Fonte:(energia solar fotovoltaico, 2000)

14
5. Baterias
No âmbito da utilização de sistemas fotovoltaicos autónomos para a alimentação de
instalações domésticas, é normalmente comum acontecer que a produção e o consumo
de energia não coincidem tanto ao longo do dia, quanto ao longo do ano. Neste cenário,
o armazenamento de energia eléctrica assume um vector absolutamente incontornável.
Neste contexto, as baterias representam uma via pela qual é possível efectuar o
armazenamento de energia, já que são capazes de transformar directamente a energia
eléctrica em energia potencial química e posteriormente converter, directamente, a
energia potencial química em energia eléctrica.

a principal função das baterias consiste em assegurar a alimentação dos consumos de


energia eléctrica nos períodos em que o recurso solar não está disponível (período
nocturno);

As baterias, assim como as pilhas, apresentam um ânodo e um cátodo, ambos em


contacto com um electrólito (na forma de solução ou em gel). O conjunto de pilhas que
formam uma bateria é ligado da seguinte forma:

O pólo positivo de uma liga-se ao pólo negativo de outra; isso pode ser feito em série ou
em paralelo.

Figura 7: composição da bateria

Fonte:( www.bat.com,2000)

15
5.1 Ligação das baterias em serie
Nas ligações em série a tensão aumenta, nas ligações em paralelo a bateria pode
fornecer maior corrente mas a tensão mantêm-se igual a cada uma delas
individualmente. Quando duas ou mais baterias são ligadas em série estamos
aumentando a tensão (voltagem), conservando a mesma capacidade (amp/h) de cada
uma individualmente, basta ligar(conectar) o pólo negativo da primeira bateria com o
pólo positivo da bateria seguinte.

5.2 Ligação em paralelo das baterias


Quando duas ou mais baterias são ligadas em paralelo estamos aumentando a sua
capacidade (Ah), conservando a mesma tensão (voltagem) de cada uma
individualmente, ligar(conectar) o pólo negativo da primeira bateria com o pólo
negativo seguinte e o pólo positivo com o pólo positivo seguinte.

6. Inversor
O inversor, é um equipamento utilizado em sistemas fotovoltaicos, cuja função é
converter corrente contínua (Cc) da bateria ou banco de baterias em corrente alternada
(Ca) para alimentar electrodomésticos e demais equipamentos convencionais.

O inversor é um dos mais importantes e complexos componentes em um sistema de


energia fotovoltaica independente. Para escolher um inversor é necessário conhecer
algumas de suas funções básicas, características e limitações. Os sistemas fotovoltaicos
possuem um ponto comum que são as baterias para armazenamento de energia. As
baterias recebem, armazenam e fornecem energia em forma de corrente contínua Cc.

Ao contrário, a concessionária de energia eléctrica fornece energia em corrente


alternada Ca. A corrente contínua flui em uma única direcção, já a corrente alternada
alterna sua direcção muitas vezes por segundo.

16
Um inversor converte Cc para Ca também muda o valor da tensão. Em outras palavras é
um adaptador de energia.

O inversor permite que a energia armazenada em uma bateria possa alimentar aparelhos
electrodomésticos, electrónicos etc. Existem aparelhos electrodomésticos tais como
geladeiras, TV e lâmpadas que podem ser ligados directamente em baterias sem o uso
de um inversor, porém seu custo é na maioria dos casos, muito superior aos aparelhos
convencionais.

Tensão de entrada e saída do inversor

A tensão Cc de entrada do inversor deve estar de acordo com o sistema eléctrico e o


banco de baterias, que comummente utilizam 12, 24 ou 48Vcc. Sistemas fotovoltaicos
que utilizam tensões Cc maiores (24, 48V) são vantajosos pois operam com correntes
menores, o que torna o circuito da fiação eléctrica mais barato e fácil de instalar.

Figura:8 Inversor

Fonte: (mundo da eletrônica, 1990)

7. Inclinação (ângulo dos painéis)


Devido à exposição ao meio ambiente, a superfície frontal dos módulos fotovoltaicos
podem, ao longo do tempo, acumular alguma sujidade (poeiras, compostos orgânicos
acumulados, entre outros). Neste cenário, a acção da sujidade assim com o tipo de
acabamento da superfície (vidros) dos módulos, contribuem negativamente no que
concerne à capacidade que o gerador FV tem em absorver a radiação solar. A radiação
solar que incide sobre uma superfície com inclinação.

17
Figura 9: ângulo de inclinação

Fonte:( energias renováveis,2000)

8. Composição básica do Sistema fotovoltaicoAutónomo (off-Grid)


1 – Módulos fotovoltaicos (o conjunto de placas solares fotovoltaicas): responsável pela
captação da radiação solar e conversão em energia eléctrica (CC).

2 – Banco de baterias: responsável pelo armazenamento da energia eléctrica convertida,


permitindo a sua utilização a qualquer momento, inclusive durante a noite.

3 – Controlador de carga: dispositivo eletroeletrônico responsável pelo Gerenciamento


de carga do banco de baterias, e em alguns casos, pelo Gerenciamento da energia
utilizada pelos aparelhos consumidores de energia eléctrica.

4 – Inversor de Corrente (Autónomo): é responsável pela transformação da corrente


contínua gerada pelas placas solares e acumuladas pelo banco de bateria em corrente
alternada, possibilitando a utilização da energia eléctrica em equipamentos feitos para
operar ligados à rede eléctrica.

9. Dimensionamento do sistema
Tabela 1: Levantamento das cargas do estabelecimento para o verão

Cargas Quantidade Potencia Potencia Tempo de Consumo


avaliada dos funcionamento de energia
(W) dispositivos dia (h/d) por dia

18
(W) (Wh/d)

Lampadas 02 20 40 03 120
de( baixo
consumo)

Congelador 01 500 500 24 12000

Geleira 01 500 500 24 12000

Desempenho 04 1040 51 2520


global

Fonte (NHALUNGUME DERCIA- 2021)

A potência instalada no verão é de 2520 Wh/d

Tabela 2 Levantamento das cargas do estabelecimento para o inverno

Cargas Quantidade Potencia Potencia dos Tempo de Consumo


avaliada dispositivos funcionamento de energia
(W) (W) dia (h/d) por dia
(Wh/d)

Lampadas 02 20 40 03 120
(de baixo
consumo)

Congelador 01 500 500 12 6000

Geleira 01 500 500 12 6000

Desempenho 04 1040 27 12120


global

Fonte (NHALUNGUME DERCIA, 2021)

A potência instalada no inverno é de 12120 Wh/d

A energia consumida, neste caso, é calculada pela soma das médias de Consumo no
verão e no inverno.

19
2520
Ec =20,70kwh
12120

Tabela3:Radiação anual em Wh

Localidade Distância (Km) Menor radiação no Menor radiação no


verão (Khw/m2dia inverno
(Khw/m2dia

Munhuana 36.8 4.75 3.31

Xamissava 38 4.53 3.06

Aldeias 4.28 4.28 2.94

Fonte: (JUNIOR; ALMEIDA, 2000)

Cálculo da radiação do Verão

4.75+ 4.53+ 4.28


Er¿ =4.52Kwm3/dia
3

Cálculo da radiação no inverno

3.31+3.06+2.94
Er= =3.10Kwm3/dia
3

Tabela 4: Valores característicos típicos de descarga para baterias de Pb – ácido


(Unipower)

Tempo de 1 2 3 4 5 8 10 20
descarga em
horas (h)

Capacidade (Ah) 54,6 65,2 73,2 76,8 80 90.4 105 110

Corrente (A) 54,6 32,6 24,4 19,2 16,0 11,3 10,1 5,50

20
Fonte:( autor,2000)

9.1 Determinação da energia da bateria

poten . verao 2550


Eb¿ = =12750 W h
0.2 0.2

potenc . inver 12120


Eb¿ = =60600Wh
0.2 0.2

Cálculo da capacidade da Bateria

Ener . verao 12750


Cb= = =531.25Ah
tensao bat 24

Potência do verão

pot inst . verao 2550


Pver¿ = =564.1W
rad . verao 4.52

pot .∫ . inverno 12120


Pinv= = =3909.6W
rad . inver 3.10

9.2 Cálculo da potência necessária para o sistema

pt . inver 3909.6
Pneces¿ = =1386 W
(1−0,6)( 1−0.6)(1−0.6) (1−0.6)(1−0.6)(1−0.6)

9.3 Determinação da corrente necessária para o sistema

Pnecessaria 1386
Inecess = = =57.75Ah
V 24

9.4 Determinação número dos painéis para o sistema

21
Pnecesaria 1386
Np= = =69.3 paineis
Pot . nomin. painel 20

9.5 Determinação do número de baterias

capacidade da bateria 573,3


Nb = = =5 baterias
Cnb 105

Utilizando baterias com capacidade de 105Ah por bateria.

9.6 Dimensionamento do inversor

D=0.8*pint=0.8*12120=9696

Tabela 5:Estimativa de custo

Item Quantidade Soma dos valore Valor total(mt)

Bateria 5 6000 30000

Painel 69 1000 69000

Inversor 1 5000 5000

Controlador de 1 6000 6000


carga

Total 110000

10. Conclusões& Recomendações


Os módulos fotovoltaicos são combinados entre si por ligações em serie ou em paralelo
de forma a criar uma maior humidade eléctrica e mecânica, os módulos ligados em serie

22
constituem as fileiras para minimizar as perdas de potência no sistema e apenas devem
ser ligados módulos do mesmo tipo para evitar perdas de potência.

O número de módulos ligados em serie vai determinar a tensão de entrada no inversor,


deve se ter em atenção que a tensão do circuito aberto da fileira dos módulos e sempre
maior que as tensões operacionais que o nominal, se nos queremos uma dada tensão da
bateria a alimentar o sistema, terá que calcular uma tensão comtolerância para
compensar a dispersão da energia ao longo dos dispositivos eléctricos.

10.1 Recomendações
 Com vista a adequar as condições de um bom dimensionamento do sistema, há
aqui aspecto a considerar:

Quando a concessionária aumentar a demanda do estabelecimento em casos futuros,


deve se recorrer ao redimensionamento do sistema para que ele não entre em regime
de sobre carga.

 cumprir rigorosamente e velar pelo cumprimento das normas legais e das


directivas das entidades competentes sobre higiene e segurança sobre o
cumprimento das normas e regras de higiene e segurança no trabalho e sobre
medicina no trabalho e instruir constantemente sobre higiene e segurança no
trabalho; dever do trabalhador de cumprir e executar as ordens e instruções dos
responsáveis, relativas à execução, disciplina e segurança no trabalho, salvo se
contrário aos seus direitos garantidos por lei; e por outro lado, direito: direito do
trabalhador ter boas condições de higiene e segurança no trabalho, a integridade
física e a ser protegido no caso de acidente de trabalho e doenças profissionais.

23
11. Referências bibliográficas
Marconi Marina de Andrade e Lakatos Eva Maria, Fundamentos de Metodologia
Científica. / ed. S.A Atlas. - São Paulo : 5ª Edição, 2003.

LAKATOS, E. M.; MARKONI, M. A.: Metodologia de trabalho centífico, 2ª ed., São


Paulo, Atlas ed., 1991.

Comer, Douglas E., dimensionamento do sistema fotovoltaico

James F. Kurose, sistemas autônomos sistemas ligados a redes

Escola Superior de energias renovaveis, módulos fotovoltaicos em serie/paralelo.


Baseado em: http://www.brasilescola.com/mundo de energias solares.ABRADEE -
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISTRIBUIDORES DE ENERGIA

ELÉTRICA; Balanço Energético Nacional 2014 – Resultados Preliminares

<www.abradee.org.br>BEN, 2008.Acesso em: 03/07/2016.

ANEEL– AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA –Fontes hidráulicas


geram a maior parte da energia
elétrica<http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2011/12/fontes-hidraulicas-geram-a-
maior-parte-da-energia-eletrica> Acesso em: 03/07/2016.

CLEAN ENERGY COUNCIL. Grid- connected solar PV systems. Melbourne, 2013.

COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ (COELCE). NT-Rr 010/2015: Conexão de

micro e minigeração distribuída ao sistema elétrico da AMPLA/COELCE.


Fortaleza,2015.

ENERGY MARKET AUTHORITY. Handbook for Solar photovoltaic (PV)


systems.Singapore: EMA, 2009.

FOSTER, R; GHASSEMI, M; COSTA, A. Solar energy: renewable energy and


environment. Boca Raton: CRC Press, 2009.

GLOBO BRASIL –Produtos – Destaques–GBR315pelétrica

24

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