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2006
O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EURO- (2) A comunicação da Comissão relativa ao seu programa de
PEIA, acção para a aplicação da Carta Comunitária dos Direitos
Sociais Fundamentais dos Trabalhadores prevê que sejam
estabelecidas prescrições mínimas de saúde e segurança
em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos
Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade devidos aos agentes físicos. Em Setembro de 1990, o
Europeia, nomeadamente o n.o 2 do artigo 137.o, Parlamento Europeu adoptou uma resolução sobre este
programa de acção (4), convidando nomeadamente a
Comissão a preparar uma directiva especial sobre os
riscos associados ao ruído e às vibrações, bem como a
quaisquer outros agentes físicos no local de trabalho.
Tendo em conta a proposta da Comissão (1), apresentada após
consulta ao Comité Consultivo para a Segurança, Higiene e
Protecção da Saúde no Local de Trabalho,
(3) Numa primeira fase, o Parlamento Europeu e o Conselho
adoptaram a Directiva 2002/44/CE, de 25 de Junho
de 2002, relativa às prescrições mínimas de segurança e
saúde respeitantes à exposição dos trabalhadores aos
Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social
riscos devidos aos agentes físicos (vibrações) (16.a
Europeu (2),
directiva especial na acepção do n.o 1 do artigo 16.o da
Directiva 89/391/CEE) (5). Seguidamente, em
6 de Fevereiro de 2003, o Parlamento Europeu e o
Conselho adoptaram a Directiva 2003/10/CE, relativa às
Após consulta ao Comité das Regiões, prescrições mínimas de segurança e de saúde em matéria
de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos
agentes físicos (ruído) (17.a directiva especial na acepção
do n.o 1 do artigo 16.o da Directiva 89/391/CEE) (6).
Deliberando nos termos do artigo 251.o do Tratado (3), tendo Posteriormente, em 29 de Abril de 2004, o Parlamento
em conta o projecto comum aprovado pelo Comité de Europeu e o Conselho adoptaram a Directiva 2004/40/
Conciliação em 31 de Janeiro de 2006, /CE, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde
em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos
devidos aos agentes físicos (campos electromagnéticos)
(18.a directiva especial na acepção do n.o 1 do artigo 16.o
Considerando o seguinte: da Directiva 89/391/CEE) (7).
(6) A presente directiva estabelece requisitos mínimos, segurança dos utilizadores contra os riscos inerentes a
deixando aos Estados–Membros a faculdade de mante- esses produtos; concomitantemente, não é necessário que
rem ou adoptarem disposições mais estritas para a os empregadores repitam as medições ou cálculos já
protecção dos trabalhadores e, em especial, de fixarem efectuados pelo fabricante para determinar o cumpri-
valores–limite de exposição inferiores. A aplicação da mento das normas essenciais de segurança desses
presente directiva não deve constituir justificação para equipamentos especificadas nas directivas comunitárias
qualquer deterioração da situação existente em cada aplicáveis, na condição de os equipamentos terem sido
Estado–Membro. regularmente objecto de uma manutenção adequada.
3. A Directiva 89/391/CEE aplica–se integralmente a todo o g) «Exposição radiante (H)»: o integral da irradiância em
domínio referido no n.o 1, sem prejuízo de disposições mais ordem ao tempo, expresso em joules por metro
restritivas e/ou mais específicas da presente directiva. quadrado (J m-2);
Para os efeitos da presente directiva, aplicam–se as seguintes i) «Nível»: a combinação de irradiância, exposição radiante e
definições: radiância a que o trabalhador está exposto.
SECÇÃO II
iii) «Radiação infravermelha»: radiação óptica com
comprimentos de onda entre 780 nm e 1 mm. A
região infravermelha divide–se em IVA (780–1 400 OBRIGAÇÕES DOS EMPREGADORES
nm), IVB (1 400–3 000 nm) e IVC (3 000 nm–
1 mm);
Artigo 4.o
b) «Laser (amplificação de luz por emissão estimulada de
radiação)»: qualquer dispositivo susceptível de produzir
ou amplificar uma radiação electromagnética na gama de Determinação da exposição e avaliação de riscos
comprimentos de onda da radiação óptica, essencial-
mente pelo processo da emissão estimulada controlada;
1. No cumprimento das obrigações constantes no n.o 3 do
artigo 6.o e do n.o 1 do artigo 9.o da Directiva 89/391/CEE, o
c) «Radiação laser»: radiação óptica proveniente de um laser; empregador, no que respeita aos trabalhadores expostos a
fontes artificiais de radiações ópticas, deve avaliar e, se for caso
disso, medir e/ou calcular os níveis a radiações ópticas a que os
trabalhadores possam estar expostos, a fim de que as medidas
d) «Radiação não–coerente»: qualquer radiação óptica, com
excepção da radiação laser; necessárias para reduzir a exposição aos limites aplicáveis
possam ser identificadas e aplicadas. A metodologia utilizada
para a avaliação, a medição e/ou o cálculo devem obedecer às
normas da Comissão Electrotécnica Internacional (CEI) no que
e) «Valores–limite de exposição (VLE)»: limites relativos à respeita às radiações laser e às recomendações da Comissão
exposição a radiações ópticas directamente baseados em Internacional da Iluminação (CIE) e do Comité Europeu de
efeitos já estabelecidos sobre a saúde e em considerações Normalização (CEN) no que respeita às radiações não–
biológicas. A observância destes limites garantirá a coerentes. Nas situações de exposição que não estejam
protecção dos trabalhadores expostos a fontes artificiais abrangidas por estas normas e recomendações, e até que
de radiações ópticas contra todos os efeitos prejudiciais estejam disponíveis normas ou recomendações adequadas da
conhecidos para a saúde; União Europeia, a avaliação, a medição e/ou o cálculo devem
ser efectuados com recurso a directrizes disponíveis, nacionais
ou internacionais, cientificamente fundamentadas. Em ambas
f) «Irradiância (E) ou densidade de potência»: o poder as situações de exposição, a avaliação poderá ter em conta as
radiante incidente por unidade de superfície sobre uma informações prestadas pelos fabricantes do equipamento
superfície, expresso em watts por metro quadrado sempre que este esteja abrangido por uma directiva
(W m-2); comunitária aplicável.
27.4.2006 PT Jornal Oficial da União Europeia L 114/41
2. A avaliação, a medição e/ou o cálculo referidos no n.o 1 4. O empregador deve dispor de uma avaliação de riscos de
devem ser programados e realizados pelos serviços ou pessoas acordo com o disposto na alínea a) do n.o 1 do artigo 9.o da
competentes com a frequência adequada, tendo especialmente Directiva 89/391/CEE e identificar as medidas a tomar nos
em conta os artigos 7.o e 11.o da Directiva 89/391/CEE termos dos artigos 5.o e 6.o da presente directiva. A avaliação
relativos aos serviços ou pessoas competentes e à consulta e de riscos deve ser registada num suporte adequado de acordo
participação dos trabalhadores. Os dados resultantes da com a legislação e prática nacionais; pode incluir uma
avaliação, incluindo os dados decorrentes das medições e/ou justificação do empregador de que a natureza e a extensão dos
dos cálculos do nível de exposição, referidos no n.o 1, devem riscos relacionados com radiações ópticas tornam desnecessá-
ser conservados de forma a que possam ser posteriormente ria uma avaliação ulterior dos riscos. A avaliação de riscos
consultados. deve ser regularmente actualizada, especialmente em caso de
alterações significativas susceptíveis de a desactualizar ou
quando os resultados da vigilância da saúde demonstrarem
que tal é necessário.
3. Nos termos do n.o 3 do artigo 6.o da Directiva 89/391/
/CEE, o empregador deve, ao proceder à avaliação de riscos,
prestar especial atenção aos seguintes elementos: Artigo 5.o
f) Existência de equipamentos de substituição concebidos b) A escolha de equipamento que emita menos radiações
para reduzir os níveis de exposição a radiações ópticas ópticas, atendendo ao trabalho a executar;
artificiais;
j) Informações prestadas pelos fabricantes de fontes de h) As instruções do fabricante do equipamento, caso este se
radiações ópticas e de equipamento de trabalho associado encontre abrangido por uma directiva comunitária
por força das directivas comunitárias aplicáveis. aplicável.
L 114/42 PT Jornal Oficial da União Europeia 27.4.2006
3. Com base na avaliação de riscos efectuada nos termos do f) Práticas de trabalho seguras para minimizar os riscos
artigo 4.o, os locais de trabalho onde os trabalhadores possam resultantes da exposição;
encontrar–se expostos a níveis de radiações ópticas prove-
nientes de fontes artificiais que excedam os valores–limite de
exposição devem ser sinalizados por meios adequados de g) Utilização correcta do equipamento de protecção
acordo com a Directiva 92/58/CEE do Conselho, individual adequado.
de 24 de Junho de 1992, relativa às prescrições mínimas para
a sinalização de segurança e/ou de saúde no trabalho (9.a
directiva especial na acepção do n.o 1 do artigo 16.o da Artigo 7.o
Directiva 89/391/CEE) (1). Os locais em causa devem também
ser delimitados e de acesso restrito, sempre que tal seja
tecnicamente possível e exista o risco de os valores–limite de
exposição serem ultrapassados. Consulta e participação dos trabalhadores
4. Em todo o caso, a exposição dos trabalhadores não pode A consulta e a participação dos trabalhadores e/ou dos seus
ultrapassar os valores–limite. Se, apesar das medidas tomadas representantes relativamente às matérias abrangidas pela
pelo empregador para dar cumprimento à presente directiva presente directiva devem ter lugar nos termos do artigo 11.o
no que respeita a fontes artificiais de radiação óptica, os da Directiva 89/391/CEE.
valores–limite de exposição forem ultrapassados, o emprega-
dor deverá tomar medidas imediatas destinadas a reduzir a
exposição abaixo dos valores–limite de exposição. O empre- SECÇÃO III
gador identificará os motivos que levaram a que os valores–
limite de exposição fossem ultrapassados e adaptará as
medidas de protecção e prevenção em conformidade, de
modo a evitar que a ultrapassagem desses valores se repita. DISPOSIÇÕES DIVERSAS
Artigo 6.o
1. Com os objectivos de prevenir e detectar atempadamente
Informação e formação dos trabalhadores eventuais efeitos adversos para a saúde, bem como de prevenir
eventuais riscos para a saúde a longo prazo e qualquer risco de
contracção de doenças crónicas resultantes da exposição a
Sem prejuízo dos artigos 10.o e 12.o da Directiva 89/391/CEE, radiações ópticas, os Estados–Membros devem aprovar
o empregador deve garantir que os trabalhadores expostos a disposições para assegurar uma vigilância adequada da saúde
riscos resultantes de radiações ópticas artificiais no trabalho e/ dos trabalhadores nos termos do artigo 14.o da Directiva 89/
/ou os seus representantes recebam a informação e formação /391/CEE.
necessárias acerca do resultado da avaliação de riscos prevista
no artigo 4.o da presente directiva, em especial no que se
refere a: 2. Os Estados–Membros devem assegurar que a vigilância da
saúde seja efectuada por um médico, um especialista em
a) Medidas tomadas em aplicação da presente directiva; medicina do trabalho ou uma autoridade sanitária responsável
pela vigilância da saúde, de acordo com a legislação e as
práticas nacionais.
b) Valores–limite de exposição e potenciais riscos associa-
dos;
3. Os Estados–Membros devem aprovar disposições para
c) Resultados da avaliação, medição e/ou cálculo dos níveis assegurar que seja elaborado e actualizado um registo de saúde
de exposição a radiações ópticas artificiais efectuados de individual para cada trabalhador sujeito a vigilância da saúde
acordo com o artigo 4.o da presente directiva, acompa- em conformidade com o n.o 1. Os registos de saúde devem
nhados de uma descrição do seu significado e dos conter um resumo dos resultados da vigilância da saúde
potenciais riscos; efectuada e ser conservados de forma que permita a sua
posterior consulta, tendo em conta a necessária confidencia-
d) Forma de detectar os efeitos negativos para a saúde lidade. Serão fornecidas cópias dos registos adequados à
resultantes da exposição e maneira de os comunicar; autoridade competente, a pedido desta, tendo em conta a sua
eventual confidencialidade. O empregador deve tomar as
medidas necessárias para assegurar que o médico, o
e) Circunstâncias em que os trabalhadores têm direito a especialista em medicina do trabalho ou a autoridade sanitária
vigilância da saúde; que o Estado–Membro tenha determinado ser responsável pela
vigilância da saúde tenha acesso aos resultados da avaliação de
riscos referida no artigo 4.o, sempre que tais resultados
possam ser relevantes para a vigilância da saúde. Cada
trabalhador deve, a seu pedido, ter acesso ao seu registo de
(1) JO L 245 de 26.8.1992, p. 23. saúde pessoal.
27.4.2006 PT Jornal Oficial da União Europeia L 114/43
Comité
— rever a avaliação de riscos realizada nos termos do
artigo 4.o, 1. A Comissão será assistida pelo comité a que se refere o
artigo 17.o da Directiva 89/391/CEE.
— rever as medidas previstas para eliminar ou reduzir 2. Sempre que se faça referência ao presente número, são
os riscos nos termos do artigo 5.o, aplicáveis os artigos 5.o e 7.o da Decisão 1999/468/CE, tendo
em conta o disposto no seu artigo 8.o
— ter em conta o parecer do especialista em medicina O prazo previsto no n.o 6 do artigo 5.o da Decisão 1999/468/
do trabalho ou de outra pessoa devidamente /CE é de três meses.
qualificada, ou da autoridade competente, ao aplicar
quaisquer medidas necessárias para eliminar ou 3. O Comité aprovará o seu regulamento interno.
reduzir os riscos nos termos do artigo 5.o, e
SECÇÃO IV
Sanções
A Comissão informará quinquenalmente o Parlamento Euro-
peu, o Conselho, o Comité Económico e Social Europeu e o
Comité Consultivo para a Segurança, Higiene e Saúde no Local
Os Estados–Membros devem estabelecer sanções adequadas, a de Trabalho do conteúdo desses relatórios, da sua avaliação
aplicar em caso de violação da legislação nacional aprovada dos mesmos, da evolução no domínio em questão e de
nos termos da presente directiva. Tais sanções devem ser qualquer acção que se justifique à luz dos novos conheci-
eficazes, proporcionadas e dissuasivas. mentos científicos.
L 114/44 PT Jornal Oficial da União Europeia 27.4.2006
ANEXO I
Os valores de exposição à radiação óptica relevantes de um ponto de vista biofísico podem ser determinados
utilizando as fórmulas seguidamente mencionadas. As fórmulas a utilizar dependem da gama de radiação emitida pela
fonte e os resultados devem ser comparados com os correspondentes valores‑limite de exposição (VLE) indicados no
quadro 1.1. Para uma dada fonte de radiação óptica pode haver mais do que um valor de exposição, e correspondente
limite de exposição, relevante.
t λ = 400 nm
a) Heff = ∫ ∫E λ
( λ , t ) . S( λ ) . d λ . d t (Heff só é aplicável na gama de 180 a 400 nm)
0 λ = 180 nm
t λ = 400 nm
b) H UVA =
∫
0
∫E λ
λ = 315 nm
(λ, t) . dλ . dt (HUVA só é aplicável na gama de 315 a 400 nm)
λ = 700 nm
. B(λ) . dλ
c), d) LB =
λ = 300 nm
∫ Lλ (λ) (LB só é aplicável na gama de 300 a 700 nm)
λ = 700 nm
e), f) EB =
∫E λ (λ ) . B ( λ) . d λ (EB só é aplicável na gama de 300 a 700 nm)
λ = 300 nm
λ2
g) a l) LR =
λ1
∫L λ
(λ) . R(λ) . dλ (ver quadro 1.1 para os valores adequados de λ1 e λ2)
λ = 3000 nm
m), n) E IR =
∫E
λ = 780 nm
λ (λ) ⋅ dλ (EIR só é aplicável na gama de 780 a 3 000 nm)
t λ = 3000 nm
o) H skin =
∫
0
∫E
λ = 380 nm
λ (λ , t) ⋅ dλ ⋅ dt (Hskin só é aplicável na gama de 380 a 3 000 nm)
Para os efeitos da presente directiva, as fórmulas acima mencionadas podem ser substituídas pelas expressões
seguintes e pelo emprego dos valores discretos que figuram nos seguintes quadros:
λ = 400 nm
a) Eeff = ∑ Eλ · S(λ) · ∆λ
λ = 180 nm
e Heff ¼ Eeff · Δt
λ = 400 nm
b) EUVA = ∑E λ
· ∆λ e HUVA ¼ EUVA · Δt
λ = 315 nm
λ = 700 nm
c), d) LB = ∑ λ
L . B( λ) . ∆λ
λ = 300 nm
λ = 700 nm
e), f) EB = ∑ E λ . B ( λ) . ∆ λ
λ = 300 nm
λ2
g) a l) LR = ∑L λ
. R(λ) . ∆λ (ver quadro 1.1 para os valores adequados de λ1 e λ2)
λ1
λ = 3 000 nm
m), n) E IR = ∑E λ
. ∆λ
λ = 780 nm
L 114/46 PT Jornal Oficial da União Europeia 27.4.2006
λ = 3 000 nm
o) Eskin = ∑E λ
· ∆λ e Hskin ¼ Eskin · Δt
λ = 380 nm
Notas:
Eλ (λ, t), Eλ irradiância espectral ou densidade de potência espectral : a potência radiante incidente por unidade de superfície,
expressa em watts por metro quadrado por nanómetro [W m-2 nm-1]; os valores de Eλ (λ, t) e Eλ resultam
de medições ou podem ser fornecidos pelo fabricante do equipamento;
Eeff irradiância eficaz (gama UV): irradiância calculada para UV de comprimento de onda da gama de 180 a 400
nm ponderada espectralmente por S (λ), expressa em watts por metro quadrado [W m-2];
H exposição radiante, o integral da irradiância em ordem ao tempo, expresso em joules por metro quadrado [J
m-2];
Heff exposição radiante eficaz: exposição radiante ponderada espectralmente por S (λ), expressa em joules por
metro quadrado [J m- 2];
EUVA irradiância total (UVA): irradiância calculada para UVA de comprimento de onda da gama de 315 a 400
nm, expressa em watts por metro quadrado [W m-2];
HUVA exposição radiante, o integral ou a soma da irradiância em ordem ao tempo e ao comprimento de onda
para UVA de comprimento de onda da gama de 315 a 400 nm, expresso em joules por metro quadrado [J
m-2];
S (λ) ponderação espectral tendo em conta a relação entre o comprimento de onda e os efeitos para a saúde da
radiação UV sobre os olhos e a pele (quadro 1.2) [sem dimensões];
t, Δt tempo, duração da exposição, expresso em segundos [s];
λ comprimento de onda, expresso em nanómetros [nm];
Δλ largura de banda, expressa em nanómetros [nm], dos intervalos de cálculo ou de medida;
Lλ (λ), Lλ radiância espectral da fonte expressa em watts por metro quadrado por esterradiano por nanómetro [W m—
2
sr –1 nm-1];
R (λ) ponderação espectral tendo em conta a relação entre o comprimento de onda e a lesão térmica do olho
causada por radiações visíveis e IVA (quadro 1.3) [sem dimensões];
LR radiância eficaz (lesão térmica): radiância calculada ponderada espectralmente por R (λ) expressa em watts
por metro quadrado por esterradiano [W m- 2 sr –1];
B (λ) ponderação espectral tendo em conta a relação entre o comprimento de onda e a lesão fotoquímica do olho
causada por radiações de luz azul (quadro 1.3) [sem dimensões];
LB radiância eficaz (luz azul): radiância calculada ponderada espectralmente por B (λ), expressa em watts por
metro quadrado por esterradiano [W m- 2 sr –1];
EB irradiância eficaz (luz azul): irradiância calculada ponderada espectralmente por B (λ) expressa em watts por
metro quadrado [W m- 2];
EIR irradiância total (lesões térmicas): irradiância calculada na gama de comprimento de onda de 780 nm
a 3 000 nm (infravermelhos) expressa em watts por metro quadrado [W m-2];
Eskin irradiância total (visível, IVA e IVB): irradiância calculada na gama de comprimento de onda de 380 nm
a 3 000 nm (visível e infravermelhos), expressa em watts por metro quadrado [W m-2];
Hskin exposição radiante, o integral ou a soma da irradiância em ordem ao tempo e ao comprimento de onda
para a radiação visível e infravermelha de comprimento de onda da gama de 380 a 3 000 nm, expresso
em joules por metro quadrado [J m-2];
α posição angular: o ângulo subtendido por uma fonte aparente, tal como vista num ponto do espaço,
expresso em miliradianos (mrad). A fonte aparente é o objecto real ou virtual que forma a imagem
retiniana mais pequena possível.
Quadro 1.1
Valores–limite de exposição para radiação óptica não–coerente
27.4.2006
Índice Comprimento de onda nm Valores–limite de exposição Unidades Observações Parte do corpo Risco
PT
Cα = 100 para
h. 380 – 1 400 5 · 107 LR: [W m-2 sr-1] α > 100 mrad
LR ¼ λ1 = 380; λ2 = 1 400
(Visível e IVA) Cα t0,25 t: [segundos] olho retina queimadura da retina
para 10 μs ≤ t ≤ 10 s
11 mrad)
para 10 μs ≤ t ≤ 10 s
λ1= 780; λ2= 1 400
Nota 1: A gama de 300 a 700 nm cobre parte dos UVB, todos os UVA e a maior parte da radiação visível; o risco que lhe está associado é vulgarmente conhecido por risco de «luz azul». A luz azul, em
PT
Nora 2: Para uma fixação constante de fontes muito pequenas com uma posição angular < 11 mrad, LB pode ser convertido em EB. Em regra, isto aplica‑se apenas a instrumentos oftalmológicos ou a um
olho estabilizado durante uma anestesia. O tempo máximo de fixação do olhar é dado por: tmax = 100/EB, sendo EB expresso em W m-2. Dado o movimento dos olhos durante as funções normais da
visão, tal não excede 100 s.
Jornal Oficial da União Europeia
L 114/49
L 114/50 PT Jornal Oficial da União Europeia 27.4.2006
Quadro 1.2
Quadro 1.3
λ em nm B (λ) R (λ)
400 0,1 1
405 0,2 2
410 0,4 4
415 0,8 8
420 0,9 9
435 1 10
440 1 10
455 0,9 9
460 0,8 8
465 0,7 7
500 0,1 1
ANEXO II
Os valores de exposição à radiação óptica relevantes de um ponto de vista biofísico podem ser determinados
utilizando as fórmulas seguidamente mencionadas. As fórmulas a utilizar dependem do comprimento de onda e da
duração das radiações emitidas pela fonte e os resultados devem ser comparados com os correspondentes
valores‑limite de exposição (VLE) indicados nos quadros 2.2-2.4. Para uma dada fonte de radiação óptica laser pode
haver mais do que um valor de exposição, e correspondente limite de exposição, relevante.
Os coeficientes utilizados como ferramentas de cálculo nos quadros 2.2-2.4 constam do quadro 2.5 e as correcções
para a exposição repetitiva constam do quadro 2.6.
dP
E= [ W m-2 ]
dA
∫
H = E(t) · dt [ J m-2 ]
0
Notas:
E (t), E irradiância ou densidade de potência: a potência radiante incidente por unidade de superfície, expressa em watts
por metro quadrado [W m—2]; os valores de E(t) e E resultam de medições ou podem ser fornecidos pelo
fabricante do equipamento;
H exposição radiante: o integral da irradiância em ordem ao tempo, expresso em joules por metro quadrado [J m
—2];
abertura máxima: a área circular sobre a qual são calculadas as médias da irradiância e da exposição radiante;
G radiância integrada: o integral da radiância para um dado tempo de exposição expresso como energia radiante
por unidade de superfície de uma superfície radiante por unidade de ângulo sólido de emissão, em joules
por metro quadrado por esterradiano [J m—2 sr -1].
27.4.2006 PT Jornal Oficial da União Europeia L 114/53
Quadro 2.1
Comprimento de onda
Gama de radia- Quadro do valor-limite
[nm] Órgão afectado Risco
ções de exposição
λ
Valores-limite de exposição para a exposição do olho ao laser — Exposição de curta duração < 10 s
L 114/54
PT
Jornal Oficial da União Europeia
27.4.2006
Quadro 2.3
Quadro 2.5
λ < 450 T1 = 10 s
α < 1,5 T2 = 10 s
t ≤ 100 γ = 11 [mrad]
Quadro 2.6
Cada uma das três regras gerais seguintes deverá ser aplicada a todas as exposições repetitivas decorrentes de sistemas
laser de impulsos repetitivos ou de varrimento.
1. A exposição resultante de um impulso único de uma série de impulsos não deve exceder o valor-limite de
exposição de um impulso único com essa duração de impulso.
2. A exposição resultante de um grupo de impulsos (ou subgrupo de impulsos numa série) emitidos no tempo t
não deve exceder o valor-limite de exposição para o tempo t.
3. A exposição resultante de um impulso único num grupo de impulsos não deve exceder o valor‑limite de
exposição de um impulso único multiplicado pelo factor de correcção térmica cumulativa Cp=N-0,25, em que N é
o número de impulsos. Esta regra aplica‑se apenas a limites de exposição para protecção contra lesões térmicas,
em que todos os impulsos emitidos em menos de Tmin são tratados como um único impulso.
DECLARAÇÃO DO CONSELHO
Declaração do Conselho relativa à utilização do termo penalties na versão em inglês dos instrumentos
jurídicos da Comunidade Europeia
Na opinião do Conselho, quando o termo penalties é utilizado na versão inglesa de instrumentos jurídicos
da Comunidade Europeia, tal vocábulo é utilizado numa acepção neutra e não se relaciona
especificamente com sanções no âmbito do direito penal, podendo também abranger sanções
administrativas e financeiras e igualmente outro tipo de sanções. Quando os Estados–Membros são
obrigados por força de um acto comunitário a introduzirem penalties, compete–lhes escolher o tipo
apropriado de sanção que seja conforme com a jurisprudência do TJE.
Da base de dados linguística da Comunidade, constam as seguintes traduções do termo penalties em outras
línguas:
Nas versões inglesas revistas de instrumentos jurídicos em que tiver sido previamente empregue o termo
sanctions, a eventual substituição deste termo pelo termo penalties não constitui uma diferença de fundo.