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Capítulo 35

O Tradeoff entre Inflação e Desemprego no Curto Prazo


Revisão técnica: André Montoro

Problemas e Aplicações

1. a. O aumento da taxa natural de desemprego desloca a curva de Phillips de longo prazo para a direita
e a curva de Phillips de curto prazo para cima, conforme mostrado na Figura 8. A economia está
inicialmente em LRPC1 e SRPC1 a uma taxa de inflação de 3%, o que também representa a taxa es-
perada de inflação. O aumento da taxa natural de desemprego desloca a curva de Phillips de longo
prazo para LRPC2 e a curva de Phillips de curto prazo para SRPC2, com a taxa de inflação esperada
permanecendo igual a 3%.
Taxa de desemprego

Taxa de inflação
Figura 8

b. A diminuição no preço do petróleo importado desloca a curva de Phillips de curto prazo, confor-
me mostrado na Figura 9, a partir de SRPC1 para SRPC2. Para qualquer taxa de desemprego, a taxa
de inflação é menor, porque custo do petróleo é muito significativo nos custos de produção da
economia.
2  Respostas – Problemas e aplicações

Curva de Phillips

Taxa de inflação
de longo prazo

Taxa de desemprego
Figura 9

c. Um aumento nos gastos do governo representa um aumento da demanda agregada, por isso movi-
menta a economia ao longo da curva de Phillips de curto prazo, conforme mostrado na Figura 10. A
economia move-se do ponto A ao ponto B, com uma queda na taxa de desemprego e um aumento
na taxa de inflação.

Curva de Phillips
Taxa de inflação

de longo prazo

Curva de Phillips
de curto prazo

Taxa de desemprego

Figura 10

d. Uma queda na inflação esperada faz com que a curva de Phillips de curto prazo se desloque para
baixo, conforme mostrado na Figura 11. A menor taxa de inflação esperada desloca a curva de Phil-
lips de curto prazo de SRPC1 para SRPC2.
Respostas – Problemas e aplicações   3

Curva de Phillips

Taxa de inflação
de longo prazo

Taxa de desemprego
Figura 11

2. A Figura 12 mostra duas curvas de Phillips de curto prazo diferentes, retratando esses quatro pontos.
Os pontos “a” e “d” estão em SRPC1, porque ambos têm a inflação esperada de 3%. Os pontos “b” e “c”
estão em SRPC2, porque ambos têm a inflação esperada de 5%.

Curva de Phillips
Taxa de inflação

de longo prazo

Taxa de desemprego

Figura 12

3. a. A Figura 13 mostra a economia em equilíbrio de longo prazo no ponto “a”, que pertence às curvas
de Phillips de longo prazo e de curto prazo.
4  Respostas – Problemas e aplicações

Curva de Phillips

Taxa de inflação
de longo prazo

Curva de Phillips
de curto prazo

Taxa de desemprego
Figura 13

b. Uma onda de pessimismo entre as empresas reduz a demanda agregada, movendo a economia
para o ponto “b” na figura. A taxa de desemprego aumenta e a taxa de inflação cai. Se o Fed adotar
uma política monetária expansionista, ele pode aumentar a demanda agregada, compensando o
pessimismo e fazendo com que a economia retorne ao ponto “a”, ou seja, à taxa de inflação e à taxa
de desemprego originais.

c. A Figura 14 mostra os efeitos sobre a economia se o preço do petróleo importado subir. O aumento
do preço do petróleo importado desloca a curva de Phillips de curto prazo para cima, de SRPC1 para
SRPC2. A economia move-se do ponto “a” ao ponto “c”, com uma taxa de inflação mais elevada e
maior taxa de desemprego. Se o Fed adotar uma política monetária expansionista, ele pode fazer
a economia retornar à sua taxa de desemprego original no ponto “d”, mas a taxa de inflação será
maior. Se o Fed adotar uma política monetária contracionista, ele poderá fazer a economia retornar
à sua taxa de inflação original no ponto “e”, mas a taxa de desemprego será maior. Essa situação
difere daquela do item (b), porque, nele, a economia permaneceu na mesma curva de Phillips de
curto prazo, mas, no item (c), a economia moveu-se para uma curva Phillips de curto prazo mais
a esquerda, o que dá aos formuladores de políticas um tradeoff menos favorável entre inflação e
desemprego.
Respostas – Problemas e aplicações   5

Curva de Phillips

Taxa de inflação
de longo prazo

Taxa de desemprego
Figura 14

4. a. A Figura 15 mostra como uma queda nas despesas do consumidor causa uma recessão tanto no
gráfico da curva de Phillips quanto da oferta agregada/demanda agregada. Em ambos os gráficos, a
economia começa com o pleno emprego no ponto A. A queda nas despesas do consumidor reduz
a demanda agregada, deslocando a curva de demanda agregada para a esquerda, de AD1 a AD2. A
economia se mantém, inicialmente, sobre a curva de oferta agregada de curto prazo OA1, assim o
novo equilíbrio ocorre no ponto B. O movimento da curva de demanda agregada ao longo da curva
de oferta agregada de curto prazo leva a um movimento ao longo da curva de Phillips de curto pra-
zo em SRPC1, do ponto A ao ponto B. O nível de preços mais baixos no gráfico de oferta agregada/
demanda agregada corresponde à taxa de inflação mais baixa no gráfico da curva de Phillips. O
menor nível de produção no gráfici oferta agregada/demanda agregada corresponde à taxa de
desemprego mais elevada no gráfico da curva de Phillips.
Taxa de inflação

Oferta
Nível de preços

Curva de
agregada
Phillips
no longo
de longo
prazo
prazo

Quantidade de produção Taxa de desemprego

Figura 15
6  Respostas – Problemas e aplicações

b. Como a inflação esperada cai ao longo do tempo, a curva de oferta agregada de curto prazo des-
loca-se a partir de AS1 para AS2, e a curva de Phillips de curto prazo desloca-se a partir de SRPC1
para SRPC2. Em ambos os gráficos, a economia finalmente chega ao ponto C, retornando à curva de
oferta agregada de longo prazo e à curva de Phillips de longo prazo. Após o término da recessão, a
economia enfrenta um melhor conjunto de combinações de inflação-desemprego.

5. Se o Fed agir com a convicção de que a taxa natural de desemprego é de 4%, quando ela é de 5%, o re-
sultado será uma espiral para cima da taxa de inflação, tal como mostrado na Figura 16. A partir de um
ponto na curva de Phillips de longo prazo, com uma taxa de desemprego de 5%, o Fed acredita que a
economia está em recessão, porque a taxa de desemprego é superior à sua estimativa de taxa natural.
Portanto, o Fed vai aumentar a oferta de moeda, movendo a economia ao longo da curva de Phillips
de curto prazo para SRPC1. A taxa de inflação vai subir e a taxa de desemprego cairá para 4%. Como a
taxa de inflação se eleva ao longo do tempo, as expectativas de inflação vão subir, e a curva de Phillips
de curto prazo vais se deslocar para SRPC2. Esse processo vai continuar, e a taxa de inflação subirá em
uma espiral.

Curva de Phillips
Taxa de
de longo prazo
inflação

Taxa de desemprego

Figura 16

O Fed pode, certamente, perceber que sua estimativa da taxa natural de desemprego está errada,
analisando a tendência de subida da taxa de inflação.

6. Os economistas que acreditam que as expectativas se ajustam rapidamente em resposta às mudanças


na política estariam mais propensos a favorecer a política contracionista para reduzir a inflação do que
os economistas com ponto de vista oposto. Se as expectativas se ajustarem rapidamente, os custos da
redução da inflação (em termos de perda de produção) serão relativamente pequenos. Assim, Milton
teria mais probabilidade de apoiar a mudança proposta em uma política para reduzir a inflação do que
seria James.

7. Mesmo que a inflação seja impopular, os líderes eleitos nem sempre apoiam os esforços para reduzir
a inflação por causa dos custos de curto prazo associados à desinflação. Em particular, quando a de-
Respostas – Problemas e aplicações   7

sinflação ocorre, a taxa de desemprego aumenta, e quando o desemprego é alto as pessoas tendem a
não reeleger esses políticos, culpando-os pelo mau estado da economia. Assim, os políticos tendem
a não apoiar a desinflação.

Os economistas acreditam que os países com bancos centrais independentes possam reduzir o custo
da desinflação, porque nesses países os políticos não podem interferir com os esforços de desinflação
dos bancos centrais. As pessoas acreditam que, quando o banco central anuncia uma política de desin-
flação, os políticos não podem parar a desinflação. Em países com bancos centrais que não são inde-
pendentes, as pessoas sabem que os políticos estão preocupados com o fato de serem reeleitos ou de
não poderem parar uma desinflação. Como resultado, a credibilidade do banco central é menor e os
custos da desinflação são maiores.

8. a. Se os contratos salariais têm curta duração, uma recessão induzida pela política monetária contra-
cionista seria menos grave, porque os contratos salariais poderiam ser ajustados mais rapidamente
para refletirem a taxa de inflação mais baixa. Isso permitiria um movimento mais rápido da curva
de oferta agregada de curto prazo e da curva de Phillips de curto prazo para restaurar o equilíbrio de
longo prazo da economia.

b. Se houver pouca confiança na determinação do Fed de reduzir a inflação, a recessão induzida pela
política monetária contracionista será mais grave. Levará mais tempo para as expectativas de infla-
ção das pessoas se ajustarem para baixo.

c. Se as expectativas de inflação se ajustarem rapidamente à inflação vigente, uma recessão induzida


pela política monetária contracionista seria menos grave. Nesse caso, as expectativas das pessoas
se ajustariam rapidamente, então a curva de Phillips de curto prazo se deslocaria rapidamente para
restaurar a economia ao equilíbrio de longo prazo para a taxa natural de desemprego.

9. Se os formuladores de políticas não estão certos sobre o valor da taxa natural de desemprego, eles
precisam olhar para outras variáveis. Já que há uma relação entre a inflação e o desemprego através da
curva de Phillips, quando o desemprego está perto de sua taxa natural, a inflação não varia. Assim, os
formuladores de políticas podem examinar os dados sobre a taxa de inflação para julgar quão perto o
desemprego está de sua taxa natural. Além disso, eles podem examinar outras variáveis ​​macroeconô-
micas, incluindo os componentes do PIB e as taxas de juros, para tentar separar as mudanças na oferta
agregada das mudanças na demanda agregada, o que (em conjunto com informações sobre a inflação)
pode ajudar a determinar uma dosagem adequada para a política monetária.

10. a. Conforme mostrado no gráfico da esquerda da Figura 17, a produção e o emprego de equilíbrio cai-
rão. No entanto, os efeitos sobre o nível de preços e da taxa de inflação serão ambíguos. A queda
na demanda agregada coloca pressão sobre os preços, ao passo que a redução da oferta agregada
de curto prazo empurra os preços para cima. O gráfico à direita na Figura 17 presume que a taxa de
inflação sobe.
8  Respostas – Problemas e aplicações

Nível de preços

Taxa de inflação
Quantidade de produção Taxa de desemprego
Figura 17

b. O Fed teria de usar a política monetária expansionista para manter a produção e o emprego em
suas taxas naturais. A demanda agregada teria de se deslocar para DA3.

c. O Fed não pode optar por tomar essa medida, porque ela leva a um aumento da taxa de inflação,
conforme mostrado pelo ponto C.

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