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Resumo

Plano Diretor
O Plano Diretor é uma lei municipal que organiza o crescimento e
funcionamento do município e diz como e Estatuto da cidade será aplicado. Ela deve
ser elaborada com a participação de toda a sociedade, desde sua preparação até o
monitoramento de sua aplicação. Essa lei define os princípios, diretrizes e objetivos
para a política territorial, reconhece os direitos da população e deve nortear as
decisões e ações tomadas na gestão da cidade orientando os investimentos e gastos
em obras públicas.
De acordo com o Estatuto da Cidade, deve ter um plano diretor todo município
que possuir mais de 20 mil habitantes, fizer parte de regiões metropolitanas, for uma
região turística ou possuir grandes obras como barragens e aeroportos. Essa lei deve
ser revista, no mínimo, a cada 10 anos, tendo em vista as mudanças que a cidade sofre
e que são difíceis de prever a longo prazo.
Existem alguns tópicos essenciais que devem estar contidos no Plano Diretor
de cada município:
_A propriedade precisa cumprir a função social para benefício da coletividade, senso
assim, o PD deve definir qual a melhor forma de usar a terra, garantindo espaços de
uso coletivo e áreas de proteção ambiental e áreas adequadas para todas as classes
sociais; deve definir quando um imóvel é subutilizado, não edificado e não utilizado,
de acordo com sua função social; deve definir a função social de cada área,
determinando no mapa e induzindo o proprietário a cumprir a função especificada
por meio de instrumentos como parcelamento compulsório, IPTU progressivo no
tempo, transferência do direito de construir, entre outros.
_O PD deve reconhecer situações de moradias precárias e utilizar-se de instrumentos
que ajudem a mudar a situação, ou seja, deve conter ZEIS – Zonas de Interesse Social
com instrumentos que permitam a regularização de terra e moradia, como a reserva
de terrenos e/ou prédios vazios para moradia popular em áreas aonde já existam boa
infraestrutura; facilitar a regularização de áreas já ocupadas; definir critérios para a
demarcação de áreas e do que se considera baixa renda; reconhecimento de
comunidades tradicionais e garantia de seus direitos, entre outros. O resultado final
deve ser garantir à população de baixa renda o usufruto de uma cidade com
infraestrutura e planejamento, ao invés de áreas periféricas precarizadas.
_Deve estabelecer prazos e madeiras de coloca-los em prática, determinando um
sistema de acompanhamento e controle de sua aplicação e prevendo instancias de
planejamento e gestão democráticas para implementar e rever o PD como conselhos
municipais, audiências e consultas públicas, gestão orçamentária participativa, entre
outros.
A elaboração do PD deve partir do prefeito da cidade, se isso não acontecer
todos devem pressioná-lo, sendo possível entrar com uma representação junto ao
Ministério Púbico denunciando a omissão do poder executivo. O PD também pode
partir de uma iniciativa popular, sendo depois encaminhado à Câmara dos
Vereadores para discussão e votação. Para sua elaboração é fundamental que exista
um núcleo gestor composto por técnicos do poder público e membros da sociedade
civil, diretamente responsáveis por preparar, conduzir e monitorar o processo de
construção do plano. Todo esse processo deve ser amplamente divulgado com
cronograma de reuniões e seus resultados.

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