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NÃO BUSQUE UMA VIDA

EQUILIBRADA | LUIZ ALBERTO


HANNS
É uma vida impossível que deixa todo mundo extremamente angustiado, pois nos deixa com a
sensação de incompetência e culpados.

Se fizermos tudo certinho para ter a vida em dia, planejar, investir em relacionamento, investir
em trabalho, passa das 48 horas.

O mais comum vamos ter que alternar em alguns períodos, não dá para ser equilibrado o
tempo todo.

Haverá época que vamos investir mais na área profissional e vai deixar a desejar como amigo,
como pai, como cônjuge.

É provável que algumas áreas vamos ter que focar mais e ter mais excelência.

Se tentarmos dar conta de tudo, além da chance de ficar maluco, crises de ansiedade e tudo
mais, provavelmente sairá tudo mal feito.

A meta legítima e possível é: ter equilíbrio emocional.

Equilíbrio emocional: é aprender um pouco mais sobre si mesmo, do que podemos abrir mão,
o que essa época o ciclo de vida está pedindo.

Buscar estratégias para ter equilíbrio emocional: oração, meditação, esportes, algo que nos
deixam confortável e em que na qual acreditamos.

NÃO ESCUTE SEU VERDADEIRO EU


| Luiz Hanns
Geralmente as pessoas que viviam uma vida muito amarrada, muito reprimida, muito
recalcada, tem atitudes pendulares: com a ideia de estar descobrindo o verdadeiro eu.

Se tornando mais ousada, eventualmente mais confrontava, menos cuidadosa, e às vezes até
mais eufórica, confrontativa.

E essas atitudes pendular talvez seja necessária por um tempo, e faz seus experimentos,
porém dar sequencia a isso, pode ser muito perigoso e muito inapropriado, por duas razões:

Primeiro: não existe um verdadeiro eu

Existem desejos que são genuínos que estava reprimidos e recalcados ou inibidos, e a questão
de desejos vivificam o eu e precisam dele para se veicular no mundo.

Realizar todos os nossos desejos não será viável nem em termos práticos e nem em termos
éticos.

Freud dizia: o princípio da realidade modula o princípio do prazer, o eu “dá uma segurada”
nesses desejos.

O desejo genuíno é importante, porém para ser tramitado no mundo precisa do eu para o
guiar nesse mundo.

Digamos didaticamente e não cientificamente que o eu tem três camadas.


Que são nossos instintos, algo “reptiliano” (não se usa mais esse termo), algo mais bruto.

Essa primeira esfera não é o eu propriamente dito, são desejos, é algo difuso.

Uma criança que é totalmente instintiva, tem fome e sono, ainda é formada por desejos, o seu
eu começo a ser construído a partir do outro, é como se o escuro só pode ser explicado em
contraponto ao claro.

Não existe eu, não existe pessoa, você é uma consciência pura, esse eu, o ego, é uma
construção social, cultural, religiosa etc., um condicionamento mental.

A IMPORTÂNCIA DE ESTAR SÓ |
Maria Homem
Solidão e solitude.

É uma condição estrutural do humano, que é o de ser só.

Que é o de nascer e o de morrer só, isso significa a solitude.

Não necessariamente tras sofrimento, é entender que só você está dentro de seu corpo e essa
ideia de ter o corpo como uma prisão, é um embate antigo de uma conexão corpo e alma, só
eu experimento o que experimento.

Precisamos entender que para viver bem não necessariamente precisamos estar junto com.

Aquele efeito de manada, tudo junto com alguém.

Criando um pseudo elo para não se sentir só, falar o tempo todo, querer fazer tudo, sempre
estar.

È importante estar só, embora é muito bom se envolver profundamente com alguém, mas o
real pensamento é profundamente solitário.

Um dos efeitos manadas que é quando estamos em grupo, tira a singularidade do sujeito,
pensamos como um todo, ou influenciados pelo líder, seja pastor, líder de torcida, etc.

Porque é mais fácil replicar do que pensar, essa logica identificatória basal masseificada, é uma
defesa profunda, pra essa angústia de uma certa solidão, pois em ultima instancia não
conseguimos sustentar essa posição, que é da condição humana, que é a de estar só, e ter a
sua vida. O que podemos fazer é, compartilhar com o outro não recusar a solitude, e não fazer
um comportamento de réplica identificada de manada, e sim trocar nossas experiências cada
um no seu lugar solitário e talvez sublime.

A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo - F.


Pessoa.

COMO LIDAR COM O SOFRIMENTO |


LUIZ HANNS E LUIS MAURO SÁ
MARTINO
Entender que o sofrimento é como parte da existência humana.

E sempre tentar caminhos para eliminar ou diminuir esse sofrimento.

A dor psíquica é o desejo e a frustração do desejo, é sempre um conflito entre desejos.


Os filósofos estóicos diziam que, para diminuir o sofrimento precisamos nos libertar das coisas.

Sêneca, um dos filósofos Romanos dizia: “somos escravos daquilo que temos medo de
perder”.

Umas das maneiras então, para evitar o sofrimento é saber que vou perder, saber que a vida
tem perdar tem separações, interrupções, e nos preparar para isso.

Um dos conflitos que enfrentamos cotidianamente é a incompatibilidade de certos desejos.

Outro tipo de conflito entre desejos, é: o o que eu sou e os meus ideais de eu.

Talvez eu seja uma pessoa tímida, mas meu ideal de eu é incrivelmente carismática,
extrovertida, líder.

Isso gera um conflito, pois quero uma coisa que não consigo ser.

Eliminar o sofrimento é uma ilusão, porém algo que é importante, é entendermos esse ato de
sofrer, o que esta me fazendo sofrer.

O terceiro conflito de desejos ou dor psíquica, é o conflito entre aquilo que eu quero e aquilo
que o ambiente quer de mim.

Há uma expectativa permanente do que o outro quer de mim e o que eu quero nesse
ambiente, e nossos desejos são diferentes.

Uma analogia com a computação: O hardware é a chave de um computador, é a essência dele,


e a nossa essência, a disposição natural, pode estar causando conflitos, pois o ambiente ou o
mundo em que estou inserida espera de mim coisas que não corresponde ao meu  hardware.
Outra possibilidade é olhar para o seu Software (programa rodado), não somos somente
instintos, ou disposições genéticas ou biológica, nós somos em grande parte o que aprendemos a
ser.
Após esse olhar, vamos nos atentar em qual ambiente esse programa vai rodar.
Talvez o seu hardware, seu Software, apps, sejam ótimos para determinados ambientes, ex:
Uma pessoa que é tímida, tem todo o seu apps baixados de evitativos, discretos, recatado,
nasceu no século XIX no Japão, que é uma sociedade do recato, que aceita que você se insira no
coletivo, seja submisso, e isso inclusive é elogiado, essa pessoa estará muito bem.
E se essa mesma pessoa nasceu na década de 80, na época do lobo de Wall Street, época da
bolsa de valores, em um mundo que exigia tomar a frente, ter sucesso, ser competitivo, essa
pessoa estará muito mal adaptada a esse mundo. Essas três coisas conversam entre si,
O que a psicologia faz com isso?
Ela trabalha com seus ajustes de seu hardware, software e seu ambiente.
E temos sempre a seguintes questões: Em partes temos que sempre nos ajustar ao mundo, e ir
contra a nossa natureza, quando digo partes, porque se nos sentirmos “violentados”, e esse
sofrimento for de algo que toma toda nossa energia, é necessário escolher se queremos esse
sofrimento ou buscar outro ambiente que se ajuste a nossa essência, e essa medição de
sofrimento só a gente mesmo pode mensurar.
O sofrimento ele sempre nos move a fazer algo, uma certa altura de vida, algumas pessoas
conseguem alcançar o ficar bem consigo mesmo, através do conhecimento que a própria vida
traz.

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