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No início de 2004, assumiu a pasta no Ministério da Educação o Ministro Tarso Genro, com o
propósito prioritário de promover uma Reforma Universitária. Iniciou-se, então, a minuta final
do projeto de Lei da Reforma Universitária, PL nº 7.200/06 (BRASIL, 2006), que foi
encaminhada ao Congresso Nacional em 2006, pelo sucessor de Tarso Genro, Ministro Hadd.
O projeto ainda não foi aprovado e continua em tramitação no Congresso Nacional. Na sua
origem previa o estabelecimento de normas gerais para a educação superior, a regularização
do sistema federal da educação superior e a alteração da Lei de Diretrizes de Bases da
Educação Nacional.
Ainda que a Reforma Universitária não tenha sido aprovada, várias ações foram sendo
implementadas pelo MEC, assinalando na prática alguns pontos da reforma, como às ações
relacionadas à discriminação racial, destacam-se a criação, em 2003, da Secretaria Especial de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).
O debate das ações afirmativas foi reaquecido em 2004, quando o Presidente Lula apresentou
ao Congresso o Projeto de Lei nº 3.6272 , que previa a reserva de vagas em 50% para
estudantes egressos de escola pública nas Universidades Federais, com vagas específicas para
pretos, pardos e indígenas.
Na mesma ocasião, o governo Lula criou, por meio da Medida Provisória nº 2133 , o Programa
Universidade Para Todos (PROUNI), que destina bolsas em universidades privadas para
estudantes egressos do ensino médio na rede pública na condição de bolsista integral,
matriculados em IES privadas, para estudantes autodeclarados pretos, pardos e índios e para
pessoas com deficiência. O programa foi muito criticado o PROUNI “representa a principal
modalidade de ação afirmativa aplicada ao ensino superior privado, sendo a política de maior
impacto”
No ano de 2007 foi lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) em que o governo
propõe uma série de medidas para as instituições educacionais de todos os níveis.
Ainda no ano de 2007, como uma das ações que integram o PDE/2007, foi instituído, por meio
do Decreto nº 6.096/2007, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais (REUNI), com o principal objetivo de ampliar o acesso e a permanência
na educação superior. A partir do REUNI, o governo federal adotou uma série de medidas para
retomar o crescimento do ensino superior público, buscando viabilizar condições para que as
universidades pudessem promover com qualidade a expansão física, acadêmica e pedagógica
da rede federal de educação superior.
Também se destaca o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), criado em 2008
pelo Ministério da Educação e regulamentado em 2010, por meio do Decreto nº 7.234. O
programa objetiva apoiar a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade
socioeconômica em cursos de graduação nas Instituições Federais de Ensino Superior.
Grafico
Ainda, considerando o período de cinco décadas na história da educação superior brasileira, a
tabela 1 apresenta a evolução do número das instituições, cursos e de concluintes, nesse
período.
Tabela
A partir desse cenário, que caracteriza a educação superior, situa-se uma das políticas mais
recentes, que após muita pressão por parte dos movimentos sociais, torna-se uma realidade, a
“Lei das Cotas”. Trata-se de mais uma política pública que tem por finalidade contribuir para o
processo da democratização da educação superior.