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DOI:h p://dx.doi.org/10.29276/redapeci.2019.19.312225.73-84
Resumo: Os profissionais da área de saúde estão envolvidos com a saúde do individuo e da cole vidade atuando na
promoção, proteção e recuperação da saúde, trabalhando de forma a va em ações educacionais, como a educação
con nuada e permanente. O obje vo deste trabalho foi verificar o nível de conhecimento dos profissionais de
saúde sobre as infecções relacionadas à assistência à saúde e higienização das mãos. Trata-se de um estudo de
natureza aplicada, observacional, quan ta vo. Considerou-se diferença esta s camente significante para p<0,05.
Resultados: A maioria (>95%) dos profissionais receberam algum treinamento sobre higiene das mãos. Itens com
acerto acima de 80% foram: os passos da técnica de lavagem das mãos e ações que evitam a transmissão cruzada
de micro-organismos. Diferenças significantes (p<0,05) foram encontradas entre os profissionais em relação aos
insumos necessários para a adequada lavagem das mãos. Nesta inves gação, verificou-se que os profissionais
apresentam conhecimento sobre infecção e técnicas de higienização, porém, não evidenciando uma completa
associação destes com a prá ca.
Abstract: Healthcare professionals are involved with the health of the individual and the community ac ng in the
promo on, protec on and recovery of health, working ac vely in educa onal ac ons, such as con nuing and
con nuing educa on. The objec ve of this study was to verify the level of knowledge of health professionals about
infec ons related to health care and hand hygiene. It is an applied, observa onal, quan ta ve study. A sta s cally
significant difference was considered for p <0.05. Results: Most (> 95%) of the professionals received some hand
hygiene training. Items with accuracy above 80% were: hand washing technique steps and ac ons that prevent the
cross transmission of microorganisms. Significant differences (p <0.05) were found among professionals regarding
the necessary inputs for proper hand washing. In this inves ga on, it was found that professionals have knowledge
about infec on and hygiene techniques, however, not evidencing a complete associa on of these with the prac ce.
Resumen: Los profesionales de la salud están involucrados con la salud del individuo y la comunidad actuando
en la promoción, protección y recuperación de la salud, trabajando ac vamente en acciones educa vas, como la
1 Mestre em Gestão Organizacional, Professora na Faculdade de Ensino Superior de Catalão (CESUC), Coordena-
dora do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Saúde (NEPS).
2 Graduanda em Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG).
3 Mestranda em Gestão Organizacional da Universidade Federal de Goiás (UFG).
4 Doutor em Imunologia e Parasitologia Aplicadas, Professor e Subcoordenador do Programa de Pós-Graduação
em Gestão Organizacional da Universidade Federal de Goiás (UFG), Regional Catalão.
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educación con nua y con nua. El obje vo de este estudio fue verificar el nivel de conocimiento de los profesionales
de la salud sobre las infecciones relacionadas con el cuidado de la salud y la higiene de las manos. Es un estudio
aplicado, observacional, cuan ta vo. Se consideró una diferencia estadís camente significa va para p <0,05.
Resultados: la mayoría (> 95%) de los profesionales recibió capacitación en higiene de manos. Los ítems con una
precisión superior al 80% fueron: los pasos y acciones de la técnica de lavado de manos que evitan la transmisión
cruzada de microorganismos. Se encontraron diferencias significa vas (p <0.05) entre los profesionales con
respecto a los insumos necesarios para un lavado de manos adecuado. En esta inves gación, se encontró que
los profesionales enen conocimiento sobre las técnicas de infección e higiene, sin embargo, no evidencian una
asociación completa de estos con la prác ca
contato direto e pelas as mãos dos profissionais 01- Você já recebeu algum treinamento de
de saúde (WHO, 2009). higienização das mãos? ( )sim ( )não
O conhecimento de profissionais de saúde 02- Assinale a alterna va que contempla a
sobre IRAs e prá cas de higienização das mãos sequência mais correta da técnica de lavagem
são importantes fatores, para implementação de das mãos:
estratégias mais seguras de controle e prevenção a a) Re rar adornos; Molhar as mãos; Usar
infecções. A realização de inquéritos educacionais sabão líquido; friccionar as mãos em todas as
serve de diagnós co situacional e de indicador suas faces; espaços interdigitais ar culações;
para elaboração de programas de educação Polegar; unhas e extremidades dos dedos e
permanente da equipe de profissionais de saúde. punho; enxaguar as mãos; fechar a torneira
Neste sen do, o obje vo deste trabalho foi com papel toalha (torneira manual); secar as
verificar o nível de conhecimento dos profissionais mãos u lizando papel toalha;
de saúde sobre as infecções relacionadas à b) Re rar adornos; usar sabão líquido; molhar
assistência à saúde e higienização das mãos. as mãos; friccionar as palmas das mãos;
espaços interdigitais; Ar culações; Polegar;
2 METODOLOGIA unhas e extremidades dos dedos e punho;
enxaguar as mãos; fechar a torneira com papel
Trata-se de um estudo observacional toalha (torneira manual);
e quan ta vo. Par ciparam da pesquisa a c) Re rar adornos; molhar as mãos; usar sabão
equipe mul profissional da Unidade de Terapia líquido; friccionar dorso das mãos; Unhas;
Intensiva (UTI) na qual, que incluem 05 médicos espaços interdigitais; extremidades dos dedos;
plantonistas, 04 enfermeiros, 20 técnicos de polegar e punho; enxaguar as mãos; fechar a
enfermagem, 04 fisioterapeutas. Foram incluídos torneira com papel toalha (torneira manual);
os profissionais que mantêm contato direto com d) Colocar sabão líquido nas mãos; molhar
o paciente e que realizam assistência à saúde, as mãos; friccionar as mãos em todas as suas
e excluídos da amostra os profissionais que faces; espaços interdigitais; Ar culações;
estavam de licença e férias no período da coleta Unhas; extremidades dos dedos, polegar e
de dados e que não completaram o instrumento punho; enxaguar as mãos; fechar a torneira
de coleta de dados ou não responderam o com papel toalha (torneira manual); secar as
ques onário no período estabelecido. mãos u lizando papel toalha;
e) Molhar as mãos; colocar sabão líquido;
2.1 DESENHO DO ESTUDO E friccionar as mãos em todas as suas faces,
COLETA DE DADOS espaços interdigitais; Ar culações; Unhas;
polegar, extremidades dos dedos e punho;
O estudo foi desenvolvido na Unidade enxaguar as mãos; fechar a torneira com
de Terapia Intensiva (UTI) e com a Comissão papel toalha (torneira manual); secar as mãos
de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) u lizando papel toalha;
atuante. A UTI era composta por 10 leitos, 03- Com relação as áreas de higiene das mãos
sendo, 01 leito de isolamento. Realizou-se a que devem ser lavadas conforme a técnica
aplicação de um ques onário para avaliação adequada de higienização simples das mãos,
do nível de conhecimento de cada profissional marque a alterna va CORRETA:
sobre infecção hospitalar. a) Não há necessidade de lavar os punhos,
Houve a aplicação de um ques onário somente as faces das mãos.
para avaliar o nível de conhecimento dos b) Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com
profissionais de saúde. O instrumento, foi a palma da mão oposta reta com movimentos
aplicado no período de dezembro de 2015 a circulares.
janeiro de 2016 para a equipe de profissionais. c) Esfregar o polegar de uma mão, com o
O ques onário con nha 13 perguntas fechadas auxílio da palma da mão oposta, u lizando-se
com questões sobre IRAS e HM abaixo: movimento circular e vice-versa.
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d) U lizar escovas para lavagem do leito ungueal 08- Quais das seguintes ações de higienização
e subungueal. das mãos evita a transmissão cruzada de
e) A lavagem deve ser feita até o cotovelo. micro-organismos ao paciente?
04- Com relação aos passos da técnica de a)Higienização das mãos antes de contato com
lavagem das mãos, não faz parte: o paciente.
a) Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando b)Higienização das mãos após o contato com o
encostar-se na pia. paciente.
b) Aplicar na palma das mãos quan dade c)Higienização das mãos imediatamente após
suficiente de sabão liquido para cobrir todas as risco de exposição a fluidos corporais.
super cies das mãos durante o procedimento. d)Higienização das mãos após exposição a
c) A eficácia da lavagem das mãos depende da super cies e objetos próximos ao paciente.
fricção manual vigorosa de todas as áreas e da e) Todas as alterna vas estão corretas.
duração da técnica empregada. 09- Em quais situações a lavagem das mãos
d) Fechar a torneira diretamente com a mão entre com água e sabão é indicada?
os passos para evitar o desperdício de água. a) Para precaução de contato para
e) Realizar a secagem das mãos com papel pacientes portadores de micro-organismos
toalha descartáveis. mul rresistentes e nos casos de surtos.
05- Com relação ao enxágüe das mãos, marque b) Para remoção de microbiota residente que
a alterna va CORRETA: coloniza as mãos.
a) Após o enxágüe, encostar a mão na pia não c) Quando as mãos es verem visivelmente sujas
interfere na execução da técnica. ou contaminadas por fluidos corporais.
b) Deve respeitar o sen do dos dedos para d) Somente após a remoção de luvas estéreis.
os punhos com a finalidade de evitar a e) Após realizar a fricção an -sép ca das mãos.
recontaminação. 10- As afirmações a seguir sobre a lavagem das
c) Deve enxaguar as mãos independentes do mãos são verdadeiras, MARQUE A ALTERNATIVA
sen do, uma vez que o intuito é apenas re rar INCORRETA:
todo o resíduo do sabonete. a) Uso de loções e cremes hidratantes são
d) Deve respeitar o sen do do punho indicados, pois minimizam a ocorrência de
para os dedos com a finalidade de evitar a derma te de contato irrita va associada à
recontaminação. lavagem das mãos.
e) Deve realizar movimentos vibratórios com as b) A lavagem das mãos não é necessária se
mãos após a lavagem para diminuir a quan dade as luvas são usadas durante o contato com o
de água na super cie e facilitar a secagem. paciente sem infecção.
06- Marque a alterna va que corresponda ao c) Uso de unhas ar ficiais têm sido associadas
termo lavagem de mãos: a transmissão de infecção pelas mãos dos
a) Lavagem das mãos com água e sabão profissionais de saúde.
b) Uso de an -sép co para fricção das mãos d) A má adesão a prá ca de lavagem das
c) Higienização an ssép ca das mãos mãos é um dos principais contribuintes para a
d) An ssepsia cirúrgica das mãos infecção associadas à saúde e transmissão de
e) Todas as alterna vas estão corretas patógenos.
07- Antes de iniciar o procedimento de lavagem e) Pele com lesões abertas transporta
das mãos a primeira ação a ser realizada é: cargas mais elevadas de microorganismos
a) Umedecer as mãos com água corrente. patogênicos do que a pele intacta.
b) Aplicar uma pequena quan dade de 11- Com relação aos insumos necessários
sabão diretamente nas mãos. para a adequada lavagem das mãos, marque a
c) Re rar todos os adornos. alterna va CORRETA:
d) Proteger a torneira com papel toalha a) Os produtos de higiene das mãos, quando
para evitar contaminação. usados de forma inapropriada, podem ser
e) Abrir a torneira ou acioná-la. fontes de bactérias através da contaminação
dos an ssép cos e sabões durante a fabricação escolhido um dia da semana, após responderem
ou uso desses produtos. o ques onário foi analisado quais as dificuldades
b) O uso de toalhas de tecido pode ser feito em que os profissionais apresentariam ao responder,
unidade ambulatorial e na ausência de outros não sendo evidenciada a necessidade de ajustes.
métodos na secagem das mãos.
c) O secador elétrico é indicado nos serviços de 2.2 ANÁLISE DE DADOS
saúde, pois o tempo para a secagem [e mais
rápido, é de fácil acionamento e o ar quente Na análise descri va foram realizados
reduz o número de agentes da microbiota gráficos e tabelas, com frequência absoluta,
transitória e residente. rela va, quar l, média e desvio padrão. Para o
d) As pias devem estar apenas no posto de teste inferencial qualita vo realizou-se o teste
enfermagem, possuir torneiras em contato do qui-quadrado (x²). Em todas as análises foi
direto das mãos para o fechamento da água e os adotado um nível de significância (α) de 5%,
dispensadores de sabão devem ser de contato ou seja, consideraram-se como significantes os
direto do po almotolia. resultados que apresentaram p-valor igual ou
e) O acondicionamento do material u lizado na inferior a 5% (<0,05).
secagem das mãos deve ser feito em qualquer
lixeira, não havendo necessidade de recipiente 2.2 ASPECTOS ÉTICOS
próprio próximo a pia.
12- Qual a duração total ideal do procedimento Esse estudo obedeceu ao cumprimento
da lavagem das mãos: das Diretrizes e Normas Regulamentadoras
a) 20 a 30 segundos de Pesquisas envolvendo Seres Humanos,
b) 10 a 20 segundos Resolução CNS 466/12 de 12 de dezembro de
c) 15 a 35 segundos 2012. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de
d) 40 a 60 segundos É ca em Pesquisa com Seres Humanos (CEP) da
e) 10 a 40 segundos Universidade Federal de Goiás com CAAE número
13- Qual das alterna vas a seguir está 4815615.6.0000.5083. Foram esclarecidos aos
INCORRETA? dirigentes das ins tuições em que o estudo
a) As unhas devem ser man das tão curtas foi realizado quanto ao obje vo do estudo, do
quanto possível para evitar acúmulo de caráter sigiloso das informações coletadas, de
sujidades e microrganismos. que se trata de uma pesquisa profissional, bem
b) No caso de torneiras com contato manual como dos riscos e bene cios envolvidos.
u lizar papel toalha para fechamento. Garan u-se também a possibilidade de
c) A água quente não deve ser u lizada em desistência da ins tuição par cipante em
ambiente de saúde para lavar as mãos, pois qualquer momento, por meio da assinatura do
aumenta o risco de irritação na pele. Termo de Consen mento Livre e Esclarecido.
d) A higienização das mãos deve ser realizada Os dados coletados pelos pesquisadores
durante o atendimento ao mesmo paciente se ocorreram mediante autorização e anuência
mover de um local contaminado para um local da ins tuição. Os responsáveis avaliados foram
mais limpo. orientados quanto aos riscos e bene cios que
e) Os adornos só devem ser re rados antes da envolveram esta pesquisa, sendo convidados a
higienização an ssép ca das mãos. assinarem o Termo de Consen mento Livre e
Foram esclarecidos aos profissionais os Esclarecido, que teve o obje vo de: garan r a
critérios de como respondê-lo e a aplicação ocorreu voluntariedade dos par cipantes.
em horários que não interromperam as a vidades
profissionais. Para avaliação da adequabilidade do 3 RESULTADOS
ques onário foi realizado um teste piloto com um
profissional médico, um técnico de enfermagem Realizou-se análise de nível de
e um enfermeiro, no período matu no, sendo conhecimento no que se refere à infecção
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hospitalar e higienização das mãos da equipe relação aos passos da técnica de higienização
mul profissional. Os resultados encontram-se das mãos e os momentos de higienização que se
na tabela 1. Podemos observar que a maioria evita uma transmissão cruzada verificou-se um
dos profissionais recebeu treinamento para alto nível de acerto dos profissionais. No que se
higienização das mãos (>95%). No que diz refere ao item que aborda a fricção do álcool gel
respeito à sequência correta de higienização para higiene das mãos, verifica-se um baixo nível
das mãos, os profissionais que ob veram um de acerto dos profissionais, principalmente dos
menor percentual de acerto foram os técnicos técnicos de enfermagem (10%). Em relação ao
de enfermagem (35%) e fisioterapeutas (25%) tempo ideal para higienização das mãos, obteve-
(tabela1). Quanto ao primeiro procedimento a se um percentual de acerto de 42,4% entre as
ser realizado antes da higienização das mãos, no categorias profissionais. Diferenças significantes
qual a resposta consiste na re rada de adornos, foram encontradas entre os profissionais
observou-se um percentual de 100% de acerto em relação aos insumos necessários para a
na categoria profissional de médicos. Com adequada lavagem das mãos.
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ĂĚŽƌŶŽƐ͘
* p< 0,05; teste do χ2 ou exato de Fisher.
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
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profissionais responderam que o álcool gel O uso irracional de luvas pode ocasionar
é tão eficaz como a higienização com água e a infecção cruzada, devido à diminuição da
sabão (TENNA, et al. 2013). Em nosso estudo frequência de higienização pelos profissionais de
os profissionais apresentaram um baixo nível saúde (SANTOS, KONKEWICZ et al. 2013). Ainda
de acerto no que se refere à u lização do sobre a pesquisa realizada na E ópia demonstra
álcool gel, podendo jus ficar desta forma que que 56% dos profissionais responderam que as
a falta de conhecimento sobre a eficácia do luvas não fornecem uma proteção completa
produto interfere na u lização do mesmo para para impedir a transmissão de infecção
a an -sepsia das mãos. A não u lização do (TENNA, et al. 2013). Já o estudo de SILVA et
álcool gel na higienização das mãos pode-se al. 2018 realizado no interior de São Paulo, das
caracterizar pelo de fato de os profissionais de 510 oportunidades observadas, 45% houve o
saúde preferir água e sabão por acreditarem uso correto de luvas, 25% foi de reu lização
que seja mais eficaz, evidenciando uma lacuna e 29% das vezes foram de ausência do uso
de conhecimento (DERHUN et al. 2016). No de luvas. Em nosso estudo, os profissionais
entanto, a OMS recomenda como padrão acreditam que a higienização das mãos precisa
ouro para a higienização, a u lização de ser realizada mesmo após remoção de luvas,
produtos alcoólicos como o álcool gel, devido à pressupondo que elas não oferecem completa
diminuição do tempo na aplicabilidade, eficácia proteção para prevenção de IRAS. Tal fato pode
e boa tolerância com a pele (BATHKE, CUNICO ser explicado, pela ocorrência de uma maior
et al. 2013). taxa de adesão dos profissionais no momento
SOUZA et al. 2018 iden ficou em seu estudo “após contato com o paciente”, representando
que a 99,4% dos profissionais par ciparam mais um autocuidado do que uma preocupação
de ações educa vas sobre higienização das com o próprio paciente durante a assistência
mãos e o preparo de álcool-gel e 49,5% prestada.
afirmam que 10 segundos é o tempo mínimo É importante que nos serviços de saúde,
para realização da prá ca de higienização das haja elaboração de estratégias educacionais
mãos. Verificou-se ainda, que os profissionais ro neiramente, com o controle de indicadores
de enfermagem reconhecem que a principal que permitam iden ficar se a higienização das
rota de transmissão cruzada se dá pelo contato mãos está sendo realizada de maneira adequada
direto, através das mãos, dos profissionais de e como está o conhecimento dos profissionais,
saúde no exercício de suas a vidades laborais pois, apesar de haver conhecimento teórico
no cuidado dos pacientes. sobre o assunto, nem sempre este é aderido
Verifica-se assim, que as mãos dos na prá ca (DERHUN, et al. 2016). O percentual
profissionais são u lizadas no contato direto de acerto do nosso estudo leva-nos a refle r
com o paciente durante a assistência prestada, na necessidade de se inves r cada vez mais em
caracterizando-se como um importante programas educacionais e de monitoramento
mecanismo de transmissão direta de agentes que abordem a IRAS. É de suma importância
infecciosos. A não adesão à prá ca de que, no âmbito ins tucional, a avaliação do
Higienização interfere na segurança do paciente nível de conhecimento dos profissionais de
para um cuidado de qualidade, no entanto, para saúde não seja somente pontual ou realizada
que haja uma ruptura da cadeia epidemiológica no final de uma educação permanente,
da transmissão de patógenos é necessária treinamento ou curso. Este método deve
a implantação de normas básicas durante o acompanhar os profissionais durante sua
cuidado, assim, a adoção dos cinco momentos ro na de trabalho, com o intuito de iden ficar
recomendados pela OMS, a realização progressos e dificuldades, com a elaboração
correta da técnica, incluindo o tempo ideal de de instrumentos para execução deste processo
higienização cons tui-se de suma importância (MELO et al. 2013).
para diminuição da incidência de infecção Outro ponto estratégico para avaliação
(SANTOS, ROSEIRA et al. 2014). dos profissionais consiste na Auditoria interna,
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em que um funcionário da própria ins tuição BATHKE, J.; CUNICO, P. A. et al. Infraestrutura
realizaria um processo de monitoramento e adesão à higienização das mãos: desafios à
com base nas anotações de enfermagem segurança do paciente. Rev Gaúcha Enferm
em prontuários e na observação direta no ;34(2):78-85, 2013.
ambiente em que a assistência é realizada
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5 CONCLUSÃO sociais de enfermeiras sobre a infecção
hospitalar: implicações para o cuidar
Nos resultados desta inves gação pode- prevencionista. Rev. enferm. UERJ, Rio de
se verificar que os profissionais de saúde Janeiro, 20(4):500-6, 2012.
apresentam conhecimento prévio
sobre infecções relacionadas à assistência COSTA, D.B.; RAMOS, D.; GABRIEL, C.S.;
a saúde e técnicas de higienização das mãos, BERNARDES, A. Cultura de segurança do
bem como da sua importância porém, não paciente: avaliação pelos profissionais de
evidenciando uma completa associação enfermagem. Texto Contexto Enferm, 2018.
destes com a prática. A observação direta
dos profissionais de saúde na aderência a CHAVALI S, MENON V, SHUKLA U. Hand hygiene
higienização das mãos (HM) e levantamento compliance among healthcare workers in an
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realização desta prática possibilita aos Care Med. 2014.
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que motivem a HM, como ações educativas, DERHUN, F.M.; SOUZA, V.S.S.; COSTA, M.A.R.;
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