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MATERIAL PROVA CPC

ASSUNTO 01

REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL


O art. 319 do CPC traz os seguintes requisitos da petição inicial:
• Indicação do juízo ou Tribunal;
• Identificação e qualificação das partes;
• Fato e fundamentos jurídicos do pedido;
• Pedido com as suas especificações;
• Valor da causa;
• Provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
• Opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
O juiz, se verificar que a petição inicial não preenche tais requisitos ou que apresenta
defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o
autor, no prazo de 15 dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser
corrigido ou completado. Caso o autor não cumpra essa diligência, o juiz indeferirá a petição
inicial.

Requisitos da Petição Inicial


A petição inicial é um ato processual solene, e como tal, possui requisitos essenciais, quase
todos elencados no art. 319 do CPC, sendo eles:
• Juízo singular ou colegiado a que é dirigida a petição inicial
O primeiro requisito previsto pelo art. 319, do CPC, e que constará no topo da primeira página
da petição inicial, é o juízo a que esta é dirigida. Sendo a primeira peça do processo,
necessária é a indicação do juízo que a receberá nesse primeiro momento procedimental. A
indicação do destinatário da petição (tanto a ação originária de primeiro grau como a de
competência originária de Tribunal) é necessária para a remessa da petição
inicial e formação dos autos perante o órgão pretensamente competente para o conhecimento
da demanda.
• Indicação das partes e sua qualificação
Na petição inicial deve constar a qualificação das partes, contendo o nome completo, o estado
civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a
residência do autor e do réu.
Tais elementos identificadores se prestam a duas funções principais: permitir a citação do réu
e a individuação dos sujeitos processuais parciais.
Nos parágrafos do art. 319, do CPC, o legislador demonstrou sua preocupação com a
dificuldade do autor em qualificar o réu. Nos termos do § 1º, o autor poderá requerer ao juiz
diligências necessárias à obtenção das informações exigidas pela lei.
No § 2º há previsão no sentido de não ser caso de indeferimento da petição inicial a ausência
de dados do réu, desde que seja possível sua citação, restando ao próprio réu, em sua
contestação ou qualquer outra espécie de resposta, regularizar sua qualificação, com a
indicação de dados que faltaram à petição inicial por desconhecimento do autor.
Finalmente, o § 3º prevê que a petição inicial não será indeferida pelo não
atendimento ao disposto no inciso II do art. 319, se a obtenção de tais informações tornar
impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. O dispositivo é feito sob medida
para hipótese de réus incertos, como nas ações possessórias movidas contra multidão de
pessoas responsáveis pela agressão à posse.
• O fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
Esse requisito consiste na chamada causa de pedir, para a qual o nosso sistema pátrio adotou
a teoria da substanciação, que se contrapõe à teoria da individuação. De acordo com essa
teoria adotada, é imprescindível a exposição dos fatos para que se possa verificar o nexo
jurídico destes com o pedido.
Muito embora seja indispensável a exposição dos fundamentos jurídicos, é
desnecessária a indicação dos fundamentos legais, ou seja, o autor não precisa indicar o texto
legal aplicável à sua pretensão, eis que essa tarefa é do julgador. Basta ao autor trazer na
petição inicial os fatos e os fundamentos jurídicos que darão suporte ao seu pedido, visto que
é inepta a petição inicial quando da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão.
• O pedido com as suas especificações;
O pedido nada mais é do que a pretensão jurisdicional.
O pedido delimita o objeto da ação e pode ser classificado como imediato e mediato.
O pedido imediato constitui-se no provimento jurisdicional pretendida, ou seja, o desejo de
obter uma decisão que dê solução à lide (condenação, constituição, mera declaração).
Enquanto o pedido mediato consiste no bem da vida pretendido, ou seja, o resultado prático
(vantagem no mundo prático) que o autor pretende obter com a demanda judicial.
• O valor da causa;
Como já foi apresentado no capítulo 4, o art. 291 do Novo CPC estabelece que "a toda causa
será atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente
aferível". Desse modo, ainda que o bem material objeto da pretensão do autor não tenha um
valor economicamente aferível, é necessária a indicação de valor à causa, ainda que seja
calculado de forma meramente estimativa.
• As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
Como requisito da petição inicial, cabe esclarecer que não se trata de trazer as provas com a
petição inicial, mas de indicar quais os meios de prova pretende utilizar para demonstrar a
veracidade do que alega.
Essa indicação, apesar do dispositivo legal parecer que o autor deveria especificar quais as
provas ele pretende produzir, basta apenas ao autor a indicação genérica de todos os meios
de prova em direito admitidos, para que o requisito seja considerado preenchido.
• A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Nos termos do art. 319, VII, do CPC, cabe ao autor a indicação, em sua petição inicial, de
requerimento para a realização ou não da audiência de conciliação ou de mediação.
Mesmo não havendo qualquer manifestação de vontade do autor, em descumprimento ao
previsto no inciso ora analisado, não é caso de irregularidade da petição inicial e nem hipótese
de emenda da petição inicial.
A realização da audiência de conciliação e de mediação é o procedimento regular, cabendo às
partes se manifestarem contra sua realização, de forma que, sendo omissa a petição inicial,
compreende-se que o autor não se recusa a participar da audiência, que assim sendo será
regularmente realizada.
Assim, a audiência do art. 334 do CPC apenas não será marcada quando ambas partes de
manifestarem em não optar pela audiência ou quando não se admitir a autocomposição.
ASSUNTO 02

AUSENCIA DE RECONVEÇÃO DA CONTESTAÇÃO

O QUE OCORRE?

Se não propor reconvenção junto com a contestação ocorrerá preclusão


CONSUMATIVA.

ASSUNTO 03

O QUE É Reconvenção
É um mecanismo de contra-ataque, o qual deve ser exercido no mesmo prazo da
contestação, sob pena de preclusão consumativa (art. 343, do CPC). Em regra, não se permite
que o réu formule pretensão em face do autor na contestação, salvo nas ações de natureza
dúplice.

Portanto, caso o réu pretenda formular pedidos em face do autor, deverá o fazer por
meio da reconvenção (que possui a natureza de uma nova ação). Já que na contestação, o juiz
se limitará a apreciar os pedidos formulados pelo autor, acolhendo-os ou não. Na
reconvenção, o juiz terá de decidir não apenas os pedidos do autor, mas também os
apresentados pelo réu, na reconvenção.

Enunciado 120, da II Jornada de Processo Civil do CJF/STJ: Deve o juiz determinar a


emenda também na reconvenção, possibilitando ao reconvinte, a fim de evitar a sua rejeição
prematura, corrigir defeitos e/ou irregularidades.

Devemos tomar muita atenção nos casos em que o juiz indefere a reconvenção de
plano, pois, nesse caso, NÃO se está diante de uma sentença, mas sim, de uma decisão
interlocutória, já que o juiz ainda não encerrou o processo.
Além disso, se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de
direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor,
também na qualidade de substituto processual.

Enunciado 133, da II Jornada de Processo Civil do CJF/STJ: É admissível a formulação


de reconvenção em resposta aos embargos de terceiro9, inclusive para o propósito de veicular
pedido típico de ação pauliana, nas hipóteses de fraude contra credores.

Vale informar, ainda, que o réu pode propor reconvenção independentemente de


oferecer contestação.

O curador especial tem legitimidade para propor reconvenção em favor do réu cujos
interesses está defendendo (STJ REsp 1.088.068-MG, Info 613).

Independência da Reconvenção
Dispõe o art. 343, § 2º, do CPC que na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para
manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Desse modo, apresentada a reconvenção, a mesma passa a ser autônoma relativamente à
ação originária, de forma que, se por qualquer razão, a ação originária for extinta sem
resolução do mérito, inclusive a desistência do autor, tal extinção não afetará a reconvenção,
que prosseguirá normalmente (art. 343, § 2°, do CPC). O mesmo ocorre se a reconvenção for
prematuramente extinta, prosseguindo normalmente a ação originária.

Assim, a desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de


seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.

ASSUNTO 04

Cumulação de pedidos
Cumulação de pedidos é a formulação de mais de um pedido dentro do mesmo processo.
Ex.: sujeito pede indenização por danos morais e materiais.
O art. 327 do CPC estabelece que é lícita a cumulação, em um único processo, contra o
mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
São requisitos para a cumulação de pedidos:
• Pedidos sejam compatíveis entre si;
• Juízo competente para ambos os pleitos;
• Seja adequado o mesmo tipo de procedimento para ambos.
São modalidades de cumulação de pedidos:
• Cumulação comum ou simples

Há cumulação comum ou simples quando o demandante formula mais de um pedido


no
mesmo processo, e entre estes pedidos há independência, podendo um ser acolhido e o
outro não. Ex.: indenização por danos morais e materiais. Poderá tanto um quanto o
outro ou os dois serem acolhidos. O valor da causa, no caso de cumulação simples, será a
soma de ambos os pedidos.
• Cumulação sucessiva
Na cumulação sucessiva há uma relação de dependência entre os pedidos, de modo que
o acolhimento do pedido principal pressupõe o do pedido sucessivo. Ex.: autor pleiteia o
reconhecimento de inexistência de uma dívida, e sucessivamente que a instituição seja
condenada ao pagamento de danos morais em razão de um protesto realizado com base
neste suposto débito indevido. Se o juiz declarar que o débito inexiste, cabe a
indenização por danos morais, razão pela qual, acolhendo um acolherá o outro.
Por outro lado, se disse que o débito existia, não é possível acolher o dano moral.
Com isso, verifica-se que há uma relação de prejudicialidade, ou seja, há uma ordem
hierárquica entre o pedido principal e o pedido sucessivo.
• Cumulação eventual ou subsidiária
Na cumulação eventual ou subsidiária, o autor/reconvinte apresenta um pedido primário
e outro subsidiário, estabelecendo uma ordem de preferência entre eles, de modo que,
se o pedido primário for acolhido, o pedido subsidiário não será apreciado. Vê-se,
portanto, que apenas um será acolhido.
O valor da causa será o do conteúdo econômico do pedido principal.
Não existe a necessidade de se aplicar a exigência de que os pedidos sejam compatíveis
entre si. Isso porque, quando falamos de cumulação eventual ou subsidiária, só haverá a
apreciação de um se o outro for julgado improcedente.
• Cumulação alternativa
Na cumulação alternativa, o demandante apresenta dois pedidos com a pretensão de
que o juiz acolha apenas um deles. Nesse caso, não haverá uma ordem de preferência,
ficando a escolha a cargo do julgador.
O valor da causa será o do conteúdo econômico do maior pedido.
Não confunda pedido alternativo com cumulação alternativa. No pedido alternativo,
previsto no art. 325 do CPC, há um pedido único que pode ser prestado de diversas
formas. Há a possibilidade de a obrigação de direito material ser satisfeita por mais de
uma maneira. Nesse caso há o pedido alternativo e não cumulação alternativa. Por
exemplo, se “A” ingressar com o feito pedindo a anulação do contrato ou a redução da
vantagem da outra parte, haverá cumulação alternativa.
No caso de pedido alternativo, “A” contrata uma pessoa para pintar a casa, mas o sujeito
não foi. Logo, ele ingressa com o feito, pedindo que o juiz fixe multa, ou mande outro
indivíduo para pintar a casa, às custas do demandado, ou transferindo dinheiro para
pagar, etc. Veja, a pretensão de direito material pode ser cumprida de diversas formas.

Cumulação de Pedidos:
É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda
que entre eles não haja conexão (art. 327, do CPC), sendo o caso de reconhecer, nesta
modalidade de pedido, a aplicação do princípio da economia processual, eis que pedidos que
dariam ensejo a demandas diferentes serão deduzidos em uma única ação.

ASSUNTO 05

CLASSIFICAÇÃO DAS CUMULAÇÕES


Os tipos de cumulação de pedido podem ser classificados como:
• Simples: quando o autor formula vários pedidos, compatíveis entre si, requerendo que
todos sejam acolhidos pelo juiz. Nesse caso, não há relação de prejudicialidade entre uns e
outros, sendo possível que o juiz acolha alguns e não os demais3.
• Sucessiva: quando o autor formula vários pedidos, sendo que o acolhimento de uns
depende do acolhimento dos outros, visto que eles guardam uma relação de prejudicialidade.
• Alternativa: quando o autor formula vários pedidos, todavia, pede a apenas que um seja
acolhido e não manifesta preferência por algum em determinado. Nesse caso, o credor
possibilitará ao devedor o cumprimento da obrigação de um “ou” outro modo, a sua escolha.

Enunciado 109, da II Jornada de Processo Civil do CJF/STJ: Na hipótese de cumulação


alternativa, acolhido integralmente um dos pedidos, a sucumbência deve ser suportada pelo
réu.

Eventual/Subsidiária: semelhante à alternativa, ocorre quando o autor formula vários


pedidos, mas, manifesta preferência por algum deles, sendo possível identificar o pedido
principal e o subsidiário.
Além da cumulação de pedidos, admite-se a de fundamentos, caso em que haverá duas ou
mais causas de pedir. É possível, por exemplo, que o autor funde a sua pretensão a anular um
contrato na incapacidade de um dos participantes e na existência de um vício de
consentimento.
Se cada um dos fundamentos for, por si só, suficiente para o acolhimento do pedido, basta que
um deles fique provado para que o Juiz profira sentença de procedência. Mas para que julgue
improcedente, é preciso que afaste todos os fundamentos invocados. Isso significa que
quando houver a cumulação de fundamentos, basta ao autor que demonstre um deles
para que o pedido seja acolhido; mas, para que seja rejeitado, é preciso que todos sejam
afastados. Para que ocorra a cumulação de pedidos, são necessários alguns requisitos de
admissibilidade (§ 1º do art. 327, do CPC), quais sejam:

• Os pedidos sejam compatíveis entre si, sendo que um pedido não deve excluir o outro,
como por exemplo, não se pode pedir a rescisão do contrato e a execução dele;
• Que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo, valendo aqui as regras
gerais de competência, sendo que, no tocante à incompetência material ou
funcional, o juiz determinará de ofício o desmembramento da petição inicial,
encaminhando o pedido ao juízo competente. Já em se tratando de incompetência
em razão do território ou valor da causa (relativa), caso o réu não se oponha, o juiz
não deverá repelir de ofício a cumulação, prorrogando-se a competência em relação
a todos os pedidos;
• Que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento, pois, em
regra, os pedidos cumulados devem estar sujeitos ao mesmo procedimento.
Contudo, o § 2º prevê que, se adotado o procedimento comum, poderá haver
cumulação de pedidos de diversos ritos, pois, quando, para cada pedido,
corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor
empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas
processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam
um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições
sobre o procedimento comum.

ASSUNTO 06

ALTERAÇÃO DE PEDIDOS APÓS DA AÇÃO

Alteração da Demanda
Além da emenda à inicial, é possível aditar a inicial. Alteração a petição inicial
significa trocar, substituir os elementos da petição inicial, as partes, o pedido ou a
causa de pedir.
Aditamento da petição inicial, por sua vez, significa o acréscimo de elemento.
• Alteração e aditamento objetivo (art. 329, CPC): É a troca ou acréscimo de pedido
ou causa de pedir à petição inicial.
Trata-se, assim, de um direito potestativo do autor de alterar o pedido ou a causa de
pedir, independentemente de consentimento do réu, até a citação.

De acordo com o inciso I, do art. 329, do CPC, o autor poderá aditar ou alterar o
pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu, até a
citação do. Importante observar esse marco.
Já após da citação e até o saneamento do processo, situação prevista no inciso II, do
art. 329, do CPC, o autor só poderá alterar o pedido ou a causa de pedir mediante o
consentimento do réu.
ASSUNTO 07

IMPROCEDÊNCIA E INDEFERIMENTO DA LIMINAR NO PEDIDO

Improcedência liminar do pedido

A improcedência liminar do pedido é decisão que julga improcedente o pedido autoral no


limiar do processo, sem que seja sequer necessária a instauração do contraditório pela citação
da parte contrária. É uma técnica que foge do tradicional desenvolvimento processual,
abreviando o rito e apresentando uma decisão de mérito quando se fazem presentes
elementos suficientes para a definição precoce do provimento jurisdicional. ART 332 CPC

Nas decisões de improcedência liminar do pedido e julgamento antecipado do


mérito há uma decisão de mérito, pois o juiz rejeita o pedido formulado (art. 487, I),
o que não ocorre no indeferimento da petição inicial.

Cabe o julgamento liminar de improcedência quando a tese em que se funda a


pretensão do autor já tiver sido rejeitada.

Indeferimento da petição inicial

O indeferimento da petição inicial obsta liminarmente (no início do processo) o


prosseguimento do feito (ou de parte dele, em caso de cumulação de pedidos), extinguindo-o
(art. 485, I, do CPC). Didier Jr (2016) aponta que, tecnicamente, o indeferimento sempre
ocorre antes da oitiva do réu. Caso ocorra o reconhecimento de vício posteriormente, a
extinção do processo decorrerá de outro fenômeno (art. 485, II a X, do CPC).

O art. 330, do CPC, enumera exaustivamente as hipóteses de indeferimento da petição inicial.

ASSUNTO 08

Questões prejudiciais na relação jurídica

Qualificam-se como prejudiciais as questões atinentes à existência, inexistência ou modo de


ser de uma relação ou situação jurídica que, embora sem constituir propriamente o objeto
da pretensão formulada (mérito da causa), são relevantes para a solução desse mérito (por
exemplo, relação de filiação, na ação de alimentos ou de petição de herança; validade do
contrato na ação de cobrança de uma de suas parcelas). São inconfundíveis com as questões
preliminares, que concernem à existência, eficácia e validade do processo. As preliminares
podem conduzir apenas à impossibilidade do julgamento do mérito, não contribuindo para a
sua solução (são questões meramente processuais). As questões prejudiciais repercutem
sobre o mérito da causa.

ASSUNTO 09

PEDIDO GENÉRICO
A regra é que o pedido seja certo e determinado. Porém é possível formular
pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens
demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do
ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender
de ato que deva ser praticado pelo réu.

Pedido genérico
O pedido genérico é aquele que, embora seja expresso, não é delimitado.
Não é delimitado porque o autor não tem condições de individualizar a abrangência
do bem da vida que pretende obter.
As hipóteses pedido genérico, dentre outras, são:
• Ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados
Ações universais são aquelas demandas em que se discutem, por exemplo, a
propriedade de determinado bem, sem que se possa indicar, de início, quais são os
bens exatamente.

Refere-se a universalidade de fato ou de direito e, como não dá para delimitar, o


pedido será genérico. Tem-se como exemplo de universalidade de fato o rebanho e a
biblioteca, e como universalidade de direito, a herança.
• Quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do
fato praticado.
É o caso do acidente, sendo necessário primeiro verificar os gastos com hospital,
veículo, cirurgia, entre outros, para somente depois verificar, ainda, se precisará de
uma pensão vitalícia, ou mesmo qual será a extensão da sequela. Neste caso,
perceba claramente que não é possível delimitar, inicialmente, o pedido, autorizando
que o autor formule pedido genérico.
• Quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que
deva ser praticado pelo réu.

Somente com um ato praticado pelo demandado é que se saberá qual é a


delimitação exata do pedido. Ex.: ação de exigir contas. Neste caso, como o sujeito
não presta contas, não é possível saber o montante devido pelo administrador. Esse
caso autoriza que o pedido seja genérico.
O CPC proibiu expressamente o pedido genérico de danos morais. Então, o valor da
causa deverá ser exatamente o que o sujeito pretende receber.

ASSUNTO 10

COMO SE APRESENTA A RECONVENÇÃO, DIFERENÇA ENTRE CPC ANTIGO E NOVO

A principal diferença entre os dois códigos dá-se na forma do pedido de


reconvenção. Enquanto o CPC/1973 dispunha, em seu art. 299, que a
contestação e a reconvenção seriam oferecidas simultaneamente,
mas em peças autônomas, o CPC/2015 dispõe que o pedido de
reconvenção será oferecido na contestação

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