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COLÉGIO FDR

AULA 1 A: A filosofia pagã e o Cristianismo

1) A passagem da era clássica para a era helenística.


Falar do termo “helenismo”.
As grandes mudanças provocadas pela revolução de Alexandre Magno (334-323 a. C.):
a. O desmoronamento da importância sociopolítica da Pólis.
b. A difusão do ideal cosmopolita. O homem vive em Cosmópolis.
c. A descoberta do indivíduo.
d. O desmoronamento dos preconceitos racistas entre gregos e bárbaros.

2) A principal característica da filosofia do período do Helenismo era a ética.

3) Epicuro e o epicurismo:
Epicuro nasceu na ilha de Samos, em 341. Morreu em Atenas, em 270 a. C.
Estuda na Academia e no Liceu. E em 306, compra um jardim e instala sua escola. Daí o
epicurista ser conhecido como “filósofo do jardim”.
Algumas obras de Epicuro: Sobre a natureza; Carta a Heródoto, Carta a Pítocles, Carta
a Meneceu e Máximas capitais etc.
Principais conceitos:
Ataraxia: ausência de distúrbios, de inquietação e agitação da alma. Era objeto da
busca do filósofo.
Átomo: elemento indivisível, imutável, formando os corpos compostos. Significa que
não pode ser cortado nem dividido.
Desejo natural e necessário: desejo correspondente a um fim que é o da natureza
(natural) e que não pode deixar de ser por corresponder a uma necessidade
fundamental do corpo (necessário). Ex: beber quando se tem sede.
Desejo natural e não necessário: ele satisfaz a natureza, mas corresponde a uma
variação ou a um requinte do prazer. Ex: absorver uma iguaria requintada.
Desejo nem natural, nem necessário: não correspondendo a um fim da natureza, ele é
inteiramente acessório e fútil. Ex: o gosto pela fama e pelas riquezas.
Ética: a Moral, uma das três partes da Filosofia de Epicuro: é o coroamento da
doutrina, centrada na busca da sabedoria e na terapêutica dos medos.

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Prazer: fruição estável, implicando a ausência de sofrimento. Não se trata de uma


afeição desmesurada, mas ponderada e virtuosa, regulada pelo discernimento; de um
repouso da alma e de um equilíbrio harmonioso.
Morte: acontecimento sem interesse, do qual não temos nenhuma experiência, a
morte não é nada para nós e não nos diz respeito.

4) As três partes da Filosofia de Epicuro:

a. A canônica: Lida com os critérios da verdade. As sensações são o único critério


do verdadeiro pelo fato de nos colocarem em contato com as coisas externas.
b. A física: Propõe uma concepção atomista do real. O universo é composto de
átomos em número infinito, caindo no vazio. A Providência não existe. Os
deuses não se interessam pelos homens.
c. A ética: Fundamentada na eliminação da dor e da angústia.

(Enem 2014)
Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários;
outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não
nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser
facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de
dano. EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia.
Rio de Janeiro: Eduff, 1974.
No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim:
A. alcançar o prazer moderado e a felicidade.
b. valorizar os deveres e as obrigações sociais.
C. aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
D. refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade.
E. defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber.

5) Epicuro em comparação com o apóstolo Paulo:


Epicuro: “Habitua-te a considerar que a morte é nada para nós, do momento que todo
bem e todo mal residem na sensação, e a morte é a privação de sensação. Por isso, a
noção correta de que a morte é nada para nós, torna alegre o fato de que a vida seja
concluída com a morte, não lhe concedendo um tempo infinito.

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Portanto, o mal que mais nos atemoriza, ou seja, a morte, é nada para nós, a partir do
momento que, quando vivemos, a morte não existe, e quando, ao contrário, existe a
morte, nós não existimos mais. A morte, portanto, não nos concerne, nem quando
estamos vivos, nem quando estamos mortos, porque para os vivos ela não existe, e os
mortos, ao contrário, não existem mais” (Carta a Meneceu).
Apóstolo Paulo: “Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte... E, quando
isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir
da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na
vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o
aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos
dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 15:26, 54-57).

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