Você está na página 1de 78

PR

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


AS SÉRIES DE FOURIER
--------------------------------------------------------------------------------
Fourier e suas séries maravilhosas
--------------------------------------------------------------------------------
Fonte: Adaptado de: http://www.seara.ufc.br/tintim/matematica/fourier/

Jean Baptiste Joseph Fourier (1768-1830) viveu na época de Napoleão, para quem trabalhou na França
e no Egito ocupado pelos franceses. Mas, seu nome foi imortalizado pelas séries trigonométricas que
introduziu em 1807 e até hoje deslumbram os matemáticos, físicos, estatísticos e engenheiros. Essas
séries são uma verdadeira dádiva para quem precisa descrever uma função mais ou menos complicada
em uma forma simples de visualisar e manipular.

A história das séries de Fourier ilustra como a solução de um problema físico acaba gerando novas
fronteiras na matemática. Fourier foi levado a desenvolver suas séries ao estudar a propagação de
calor em corpos sólidos. Admitindo que essa propagação deveria se dar por ondas de calor e levando
em conta que a forma mais simples de uma onda é uma função senoidal, Fourier mostrou que
qualquer função, por mais complicada que seja, pode ser decomposta como uma soma de senos e
cossenos.

Para falar a verdade, a matemática de Fourier era meio capenga, sem o rigor que era exigido por seus
contemporâneos como Lagrange e Laplace. Assim mesmo, ele conseguiu o apoio e admiração desses
gigantes, além de obter resultados que escaparam pelos dedos de outros gênios como Bernoulli e
Euler.

Em um relato de uma técnica matemática não é possível evitar de todo o uso de fórmulas e equações.
Sempre que possível, vamos usar recursos gráficos mas teremos de mostrar também um pouco do
formalismo.

2
AS SÉRIES DE FOURIER
--------------------------------------------------------------------------------
O que é uma série de Fourier
--------------------------------------------------------------------------------

Todo aluno de segundo grau (ensino médio) conhece as funções trigonométricas, seno, cosseno,
tangente, etc. As figuras abaixo mostram o familiar gráfico da função sen(x), onde x é um ângulo
medido em radianos.

Usando o software Maple (versão 10), temos:


> plot(sin(x),x=-2*Pi..2*Pi); > plot(sin(x), x = 0..4*Pi);

Essa função é periódica, isto é, sua forma se repete a cada período. No caso dessas figuras, a função
seno se repete a cada período de 2π. O valor máximo da função, chamado de amplitude, é 1.

A função cosseno também é periódica, com o mesmo período e amplitude que o seno, mas é
deslocada de π/2 em relação ao seno. Por isso, cos x = sen ( x + π / 2) .

Usando o software Maple (versão 10), temos:


> plot(cos(x),x=-2*Pi..2*Pi); > plot(cos(x),x=0..4*Pi);

3
Isso é fácil de constatar examinando os gráficos. Tecnicamente, diz-se que as funções seno e cosseno
diferem na fase e a diferença de fase entre elas é de π/2.

Figuras: Gráficos das funções seno e cosseno no intervalo [0, 4π]


Nas figuras abaixo, vemos a soma (curva em vermelho) das funções sen(x) e cos(x). Essa curva é
obtida traçando-se, em cada ponto x, a soma dos valores de sen(x) e cos(x) nesse ponto. Por exemplo,
o ponto da curva na região x≅ 5,5 é zero pois o valor de sen(x) é igual e de sinal oposto ao valor de
cos(x) nesse ponto. Verifique a situação para outros pontos da curva para treinar pois as séries de
Fourier são composições de muitas curvas tipo seno e cosseno, como veremos.
Usando o software Maple (versão 10), temos:
> plot([sin(x),cos(x),sin(x)+cos(x)],x=0..2*Pi,color=[blue, red,
black],legend=["Sen (x)", "Cos (x)", "Sen(x) + Cos(x)"]);

Uma função periódica pode ser bem mais complicada que uma senóide. Veja o exemplo da função f(x)
mostrada na figura abaixo. Essa curva também é periódica mas, não é apenas um seno ou um cosseno.
Como achar uma função matemática que descreva uma curva como essa? Obs.: O período é 2π.

4
Foi isso que Fourier descobriu, no início do século 19. Segundo ele, qualquer função periódica, por
mais complicada que seja, pode ser representada como a soma de várias funções seno e cosseno
com amplitudes, fases e períodos escolhidos convenientemente.
Existem alguns requisitos para que essa afirmação seja totalmente verdadeira. Mas, eles são tão
poucos e especializados que podemos ignorá-los nesse relato simplificado.
A figura abaixo mostra a mesma curva da figura anterior juntamente com duas funções seno e duas
funções cosseno. A curva original é a soma dessas 4 funções, como você pode verificar com alguma
paciência. Note que as amplitudes e períodos das ondas componentes são diferentes entre si.

Matematicamente, a decomposição da função f(x) na curva acima é a seguinte:


f ( x) = 2 sen x + 7 sen 2 x + 5 cos 3x + 4 cos 5 x
Seu gráfico, usando o software Maple (versão 10), fica:
> plot(2*sin(x)+7*sin(2*x)+5*cos(3*x)+4*cos(5*x),x=0..4*Pi);

Em resumo, qualquer função f(x) pode, segundo Fourier, ser escrita na forma da soma de uma série de
funções seno e cosseno da seguinte forma geral:
f ( x) = a0 + a1 ⋅ sen ( x) + a2 ⋅ sen (2 x) + a3 ⋅ sen (3x) + ... + b1 ⋅ cos ( x) + b2 ⋅ cos (2 x) + b3 ⋅ cos (3 x) + ...
Os pontinhos nessa equação indicam que os termos tipo seno e cosseno podem se estender
indefinidamente, se necessário, para melhor representação da função original f(x).
Resta encontrar uma forma de calcular os coeficientes a0 , a1 , a2 , a3 ,... e b1 , b2 , b3 , ... , etc, de cada termo
da série. Esses coeficientes, como vemos, são as amplitudes de cada onda componente do
desenvolvimento em série.
Pois foi isso que Fourier conseguiu fazer: encontrou uma forma simples e elegante de calcular esses
coeficientes, coisa que escapara de gigantes como Euler e Bernoulli.
Veremos como isso é feito, mais adiante. Antes, porém, precisamos aprender a calcular médias de
funções periódicas.

5
AS SÉRIES DE FOURIER
--------------------------------------------------------------------------------
Valores médios de funções
--------------------------------------------------------------------------------

Queremos calcular a área que fica abaixo da curva que representa uma função f(x) em um dado trecho.
Isso é muito fácil se a função f(x) for constante, como na figura abaixo. A área S é simplesmente o
produto da base pela altura do retângulo, isto é, S = A × Y .

Se a função não for constante o cálculo não é tão simples pois envolve uma integral da função no
trecho considerado. No entanto, esse valor sempre pode ser encontrado e aqui vamos supor que ele é
conhecido. Isto é, para todos os efeitos, o valor da área S sob a curva pode ser calculado, resultando
em um número bem determinado.

A
A área S sob a função f(x) no trecho entre 0 e A é dada pela integral: S = ∫ f ( x) dx
0

Uma vez conhecido o valor da área S é sempre possível achar um retângulo de base A com a mesma
área S. O valor <Y> da altura desse retângulo (tal que S = A× < Y > ) é o valor médio da função f(x) no
trecho entre 0 e A. Isto é: <y> = S / A. Os colchetes < > são usados para indicar “valor médio”.

Portanto, o valor médio de f(x) entre os extremos 0 e A é dado por: <Y > =
∫ 0
f ( x) dx
A

6
A função f(x) pode ter valores positivos e negativos no trecho considerado. No gráfico abaixo, f(x) é
positivo até o ponto intermediário C e depois passa a ser negativo. Nesse caso, a área S é dada por
S − S2
S = S1 − S 2 e o valor médio de f(x) será: < Y > = 1
A

No caso da função sen(x) a área da parte positiva é igual à área da parte negativa no trecho
correspondente a um período. Portanto, a área S é nula e o valor médio da função sen(x) em um
período é zero. O mesmo ocorre com a função cos(x).

O valor da área S1 é 2. Isso pode ser verificado com o uso da integral de sen(x) entre 0 e π, mas, você
pode simplesmente aceitar esse resultado como correto. Mais adiante ele será usado.

Agora, vejamos o caso da função f(x) = sen2(x) cujo gráfico é mostrado na figura abaixo. Agora, tanto
S1 quanto S2 são positivos e têm o mesmo valor. Para achar o valor médio dessa função em um período
podemos lançar mão da simetria. Traçando a reta na altura y=1/2 verificamos que as partes sob a curva
que estão acima dessa reta preenchem exatamente os vazios das partes que estão abaixo. Portanto,
< sen 2 x > = 1 / 2 ,

Isto é: < sen 2


x >=

0
sen 2 ( x) dx
=
1
.
2π 2

Esses resultados serão usados a seguir no cálculo dos coeficientes de uma série de Fourier.
7
AS SÉRIES DE FOURIER
--------------------------------------------------------------------------------
Calculando os coeficientes de uma série de Fourier
--------------------------------------------------------------------------------

Como vimos, uma função f(x) pode ser “expandida” em uma série de Fourier onde a função é
aproximada pela soma de senos e cossenos do seguinte modo:

f ( x) = a0 + a1 ⋅ sen ( x) + a2 ⋅ sen (2 x) + a3 ⋅ sen (3x) + ... + b1 ⋅ cos ( x) + b2 ⋅ cos (2 x) + b3 ⋅ cos (3 x) + ...

Fourier conseguiu achar uma forma simples e elegante de calcular esses coeficientes
a0 , a1 , a2 , a3 ,... e b1 , b2 , b3 , ... , etc. Vejamos como isso é feito.

Suponha que queremos achar o coeficiente a3, por exemplo. Começamos multiplicando os dois lados
da equação que define a série por sen(3x). Obtemos, assim:

f ( x ) ⋅ sen (3 x ) = a0 ⋅ sen (3 x) + a1 ⋅ sen ( x) ⋅ sen (3 x) + a 2 ⋅ sen (2 x ) ⋅ sen (3 x ) + a3 ⋅ sen 2 (3 x ) + ...

... + b1 ⋅ cos ( x) ⋅ sen (3x) + b2 ⋅ cos (2 x) ⋅ sen (3x) + b3 ⋅ cos (3 x) ⋅ sen (3x) + ...

A seguir, tomamos as médias de cada termo dessa equação:

< f ( x) ⋅ sen (3 x ) > = < a0 ⋅ sen (3 x) > + < a1 ⋅ sen ( x) ⋅ sen (3 x ) > + < a 2 ⋅ sen ( 2 x ) ⋅ sen (3 x ) > + < a3 ⋅ sen 2 (3 x ) > +...

...+ < b1 ⋅ cos ( x) ⋅ sen (3x) > + < b2 ⋅ cos (2 x) ⋅ sen (3x) > + < b3 ⋅ cos (3 x) ⋅ sen (3x) > +...

E aí surge algo fantástico: todas as médias do lado direito da equação são nulas, menos a média do
termo correspondente a a3! Isto é:
1
< f ( x) ⋅ sen (3x) > = a3
2

Isso acontece porque cada termo da esquerda (menos o termo de a3) contém a média de um seno ou
um cosseno em um período, que é zero, como vimos antes. Mas, o termo de a3 contém a média de
sen2(3x), que vale 1/2, como também vimos. Portanto:

a3 = 2⋅ < f ( x) ⋅ sen (3 x) >

(É curioso que um truque aparentemente tão simples tenha escapado de um gigante da matemática
como Euler.)

Portanto, o coeficiente a3 é 2 vezes a média do produto de f(x) por sen(3x).

Fazendo o mesmo para todos os valores de n em sen(nx) e cos(nx), verificamos, portanto, que:

• a0 = < f ( x) > = média de f (x) ;


• an = 2 ⋅ < f ( x) ⋅ sen (nx) > = 2 vezes a média de f ( x) ⋅ sen (nx) ;
• bn = 2 ⋅ < f ( x) ⋅ cos (mx) > = 2 vezes a média de f ( x) ⋅ cos (nx) .

Se soubermos calcular essas médias, saberemos achar os coeficientes da série de Fourier. No próximo
tópico veremos um exemplo prático onde esses coeficientes são calculados.

8
AS SÉRIES DE FOURIER
--------------------------------------------------------------------------------
Um exemplo prático: a onda quadrada
--------------------------------------------------------------------------------
No tópico anterior, vimos que uma função periódica f(x) pode ser aproximada por uma série de Fourier
do seguinte modo:

f ( x) = a0 + a1 ⋅ sen ( x) + a2 ⋅ sen (2 x) + a3 ⋅ sen (3x) + ... + b1 ⋅ cos ( x) + b2 ⋅ cos (2 x) + b3 ⋅ cos (3 x) + ...

Os coeficientes de Fourier a0 , a1 , a2 , a3 ,... e b1 , b2 , b3 , ... , etc são dados por:

• a0 = < f ( x) > = média de f (x) em um período;


• an = 2 ⋅ < f ( x) ⋅ sen (nx) > = 2 vezes a média de f ( x) ⋅ sen (nx) em um período;
• bn = 2 ⋅ < f ( x) ⋅ cos (nx) > = 2 vezes a média de f ( x) ⋅ cos (mx) em um período.

Para ilustrar esse resultado vamos fazer o desenvolvimento em série de Fourier de uma função
periódica simples: a chamada onda quadrada, ou função degrau, cujo gráfico é mostrado na figura
abaixo. Essa função está muito na moda pois pode ilustrar uma sucessão de bits com valores 1 e 0.

⎧1, se 0 ≤ x ≤ π
No primeiro período, ela pode ser escrita como: f ( x) = ⎨
⎩0, se π < x ≤ 2π

A mesma coisa se repete para os demais períodos. Essa é a vantagem de uma função periódica: basta
ver o que acontece em um período, que sabemos o que acontece nos demais.

Vamos, então, expressar essa função “onda quadrada” em séries de Fourier, calculando os coeficientes
da série.

O primeiro coeficiente, a0, é simplesmente a média de f(x) no período. É muito fácil de ver, pela figura
abaixo, que esse valor médio é 1/2. Assim, a0 = 1/2.

9
Para obter o coeficiente a1, primeiro multiplicamos f(x) por sen(x). Obtemos a curva vista abaixo que é
simplesmente meia onda de uma senóide. Como vimos antes, a área sob essa meia onda é S = 2. Logo,
a altura do retângulo, que é o valor médio do produto f ( x) × sen ( x) , deve ser 1/π. (Pois,
1 / π × 2π = 2 .) Portanto:
a1 = 2⋅ < f ( x) ⋅ sen ( x) > = 2 / π

π
Obs.: 2π ⋅ < Y > = 2 = ∫0 1⋅ sen ( x) dx ⇒ < Y > =1/ π .
O coeficiente a2 é duas vezes a média de f ( x) ⋅ sen (2 x) no período. É claro, pela figura, que esse valor
médio é zero. Logo, a2 = 0. Lembre-se que neste exemplo, f(x) = 1 para o intervalo [0, π].

O coeficiente a3 é duas vezes a média de f ( x) ⋅ sen (3x) . Vemos, na figura abaixo, que as partes
sombreadas desse produto se anulam e sobra apenas uma onda cuja área é 2/3. Logo, o valor médio do
produto f ( x) ⋅ sen (3x) vale 1/3π. E o coeficiente será, a3 = 2/3π.

π
Obs.: 2π ⋅ < Y > = 2 / 3 = ∫0 1 ⋅ sen (3x) dx ⇒ < Y > =1 / 3π .
Continuando com esse processo para os demais coeficientes, logo fica claro que o resultado total é o
seguinte:
• a0 = 1 / 2 ;
• a n = 0 , para todo n par e an = 2 / nπ para todo n ímpar.
Nota: Não foi calculado a integral da segunda parte da função, pois a mesma é nula para o intervalo
]π, 2π].
10
Deixamos para você a tarefa simples de mostrar que todos os coeficientes dos termos em cos(x), isto é,
os bn, são nulos.

Portanto, a série de Fourier para a onda quadrada é:

1 2 2 2 2
f ( x) = + sen ( x) + sen (3x) + sen (5 x) + sen (7 x) + ...
2 π 3π 5π 7π

A figura abaixo mostra um gráfico da onda quadrada juntamente com o gráfico da expansão com os
primeiros 5 termos da série de Fourier, isto é, com os termos explicitados na equação acima.

A outra figura mostra a onda quadrada e sua expansão com os 15 primeiros termos da série de
Fourier. Como era de se esperar, quanto maior o número de termos na expansão, melhor a
aproximação com a forma da função original.

Atividade computacional proposta: Usando o(s) software(s) Maple ou MatLab elaborar um


aplicativo (rotina ou programa) para esse exemplo em que o usuário determine o número de termos
que quer usar. Dica: Use o comando sum.

11
AS SÉRIES DE FOURIER
--------------------------------------------------------------------------------
Pacotes de onda
--------------------------------------------------------------------------------
A motivação de Fourier, ao desenvolver a série que imortalizou seu nome, estava ligada a um
problema físico: a propagação do calor em um sólido. Com seu livro Teoria Analítica do Calor,
conseguiu fama e prestígio, além de receber um prêmio da Academia de Ciências da França.

Mas, a importância do trabalho de Fourier ultrapassou por completo seu uso na termodinâmica. Como
dissemos nos tópicos anteriores, uma série de Fourier pode representar muito bem uma função
periódica. Na verdade, ela pode representar qualquer função, periódica ou não.

Como vimos, os termos da série são: a0 , a1 ⋅ sen ( x), a2 ⋅ sen (2 x), etc.

Isto é, as fases (x, 2x, 3x, etc) se diferenciam por valores inteiros. Isso não é necessário e pode ser
modificado. As diferenças poderiam, por exemplo, ser fracionárias, por exemplo, x, 0,1x, 0,2x, 0,3x,
etc. Essa diferença pode até ser infinitesimal. Com essa generalização, é possível achar uma expansão
de Fourier para (praticamente) qualquer função.

Em 1924, em sua tese de doutoramento, o francês Louis De Broglie apresentou a revolucionária idéia
de associar propriedades ondulatórias a partículas como o elétron. Segundo sua sugestão, o
comportamento de um elétron (ou qualquer outra partícula) seja governado por uma “onda piloto” que
se deslocaria junto com o elétron e teria uma forma parecida com essa que é vista nas figuras abaixo.

Figura: Uma onda observada em três momentos (instantes diferentes)

Pois bem, a melhor maneira de se descrever essa “onda piloto”, ou “pacote de onda”, como se chama
hoje em dia, utiliza uma expansão de Fourier com diferenças de fase infinitesimais. Não vamos dar
esses detalhes (afinal, sempre é bom deixar algo em suspenso para aguçar sua curiosidade) mas, como
vemos, o trabalho de Fourier acabou tendo grande utilidade no desenvolvimento da física
moderna do século 20 e do atual.

12
SÉRIE DE FOURIER

Teoria: Adaptada de: RICIERI, A. P. Série de Fourier – Polinômios e outros bichos. São Paulo: Prandiano, 1993.
• MATEMÁTICA COMO ARTE
Usando funções trigonométricas, podem-se produzir verdadeiras obras de artes que, como a pintura,
têm uma beleza subjetiva. No entanto, por serem objetos matemáticos, apresentam exatidão, simetria e
previsibilidade.
Seguem alguns desses gráficos:
1) f ( x) = x + | sen (40 x) |
> restart:
> plot(x+abs(sin(40*x)),x=0..Pi);

2) f ( x) = 4 − x⋅ | sen (40 x) |
> plot(4-x*abs(sin(40*x)),x=0..Pi);

3) f ( x) = 4 − x⋅ | sen (10 x) |
> plot(4-x*abs(sin(10*x)),x=0..Pi);

13
14
• PERIODICIDADE DAS FUNÇÕES

Definição: Chamam-se funções periódicas as funções f(x) que se repetem de período em período.
Algumas delas são desenhadas a seguir:

15
Fourier comentaria em um de seus artigos escritos em 1819:

"... será dito que uma função f(x) é periódica em certo domínio ou que se repete de período em período
P, se para qualquer x pertencente a esse domínio, verificar a igualdade..."

O matemático então escreveu:

Função Periódica: f(x) = f(x + P)


Seguem exemplos:
• Função senoidal ( P = 2π )

• Função dente de serra ( P = 8 )

16
• FUNÇÕES PARES E ÍMPARES

Definição: Se diz função ímpar aquela que verifica a identidade: f(-x) = -f(x) enquanto par f(-x) = f(x).

- Funções Ímpares

A seguir alguns exemplos:

> restart:
> plot(x,x=-1..1); > plot(-x,x=-1..1);

> plot(x^3,x=-1..1); > plot(sin(x),x=-Pi..Pi);

17
- Funções Pares

A seguir alguns exemplos:

> restart:
> plot(x^2,x=-1..1); > plot(-x^2,x=-1..1);

> plot(1+x^2,x=-1..1); > plot(cos(x),x=-2*Pi..2*Pi);

18
• APRESENTAÇÃO DA SÉRIE DE FOURIER

A série de Fourier concebida em 1822, por Jean Baptiste Joseph Fourier que acreditava ser possível
representar funções através da soma de senos e cossenos.

O autor do Thèorie Analytique de la Chaleuer (Teoria Analítica do Calor) inicia o sexto capítulo do
seu livro traçando os gráficos de diversas funções trigonométricas.

Variando a amplitude e o período das funções senos e cossenos Fourier observou a facilidade com que
a soma dessas se adapta a diversos traçados.

Veja alguns exemplos a seguir:

> restart:
> plot(sin(x)+cos(x),x=-2*Pi..2*Pi);

> plot(sin(2*x)-cos(3*x),x=-2*Pi..2*Pi);

19
> plot(sin(x)-sin(2*x)+cos(x)+cos(2*x),x=-2*Pi..2*Pi);

> plot(sin(x)-cos(2*x)+2*cos(3*x),x=-2*Pi..2*Pi);

> plot(1+sin(x)+sin(2*x)+sin(3*x)-cos(x)-cos(2*x)-cos(3*x),x=-2*Pi..2*Pi);

20
> plot(6+2*sin(3*x)-3*sin(4*x)+2*cos(3*x)-3*cos(4*x),x=-2*Pi..2*Pi);

> plot(5-3*sin(x)-2*sin(2*x)+sin(3*x)-3*cos(x)-2*cos(2*x),x=-2*Pi..2*Pi);

> plot(5+3*sin(4*x)-2*cos(4*x),x=0..4*Pi);

21
> plot(2+sin(x)+3*sin(2*x)-2*sin(3*x)+cos(x)+2*cos(2*x)-cos(3*x),x=-2*Pi..2*Pi);

> plot(1-sin(x)-sin(2*x)-sin(3*x)+cos(x)+cos(2*x)+cos(3*x),x=-2*Pi..2*Pi);

22
Assim, Fourier concluiu que uma função genérica f(x) pode ser escrita como soma de senos e
cossenos.

a
f ( x) = 0 + a1 cos ( x) + a2 cos (2 x) + a3 cos (3x) + ... + b1 sen ( x) + b2 sen (2 x) + b3 sen (3x) + ...
2

ou

a0 ∞
f ( x) = + ∑ [ak ⋅ cos (k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x)]
2 k =1
Isto é:

“Dada a função f(x), definida em um certo intervalo, quais são os valores dos coeficientes: a0, ak e bk,
para que a soma de senos e cossenos os represente?”

Exemplos:

a0 ∞
1) 4 + x 3 = + ∑ [ak ⋅ cos ( k ⋅ x) + bk ⋅ sen ( k ⋅ x)] ⇒ a0 = ?, ak = ? e bk = ?
2 k =1

2) 2 x − e8 x = 0 + ∑ [ak ⋅ cos (k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x)] ⇒ a0 = ?, ak = ? e bk = ?
a
2 k =1

3) 4 x 3 + x 5 = 0 + ∑ [ak ⋅ cos (k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x)] ⇒ a0 = ?, a k = ? e bk = ?
a
2 k =1

Fourier apresenta então o procedimento que lhe permitiu calcular esses coeficientes:

"...foram anos de estudo que me dediquei exaustivamente à construção dessa série. Ás vezes passavam
meses e nenhuma idéia vinha à mente. Ficava deprimido, sofrido..."

• CÁLCULOS DOS COEFICIENTES

Seja f(x) uma função definida de -π até π.

Cálculo de a0

Essa função pode ser representada de dois modos:

- Representação de Descartes

23
- Representação de Fourier

Por serem curvas idênticas, as áreas sob seus traçados também são iguais:

Área (Descartes) = Área (Fourier)

Aplicando o Cálculo Integral, tem-se:


π π ⎡a ∞

∫π f ( x) dx = ∫ ⎢ 0 + ∑ (ak ⋅ cos (k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x)⎥ dx ⇒
− −π
⎣ 2 k =1 ⎦
π a0 π π ⎡ ∞ ⎤
∫π

f ( x) dx = ∫
2 −π
dx + ∫−π ⎢ ∑
⎣ k =1
(ak ⋅ cos (k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x)⎥ dx ⇒


⋅ [x ] π−π + ∑ ∫ (ak ⋅ cos (k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x) dx ⇒
π a0 π
∫π

f ( x) dx =
2 k =1
−π

π ∞
⎡ a ⋅ π cos ( k ⋅ x) dx + b ⋅ π sen (k ⋅ x) dx ⎤
∫−π f ( x ) dx = a0 ⋅ π + ∑ ⎢ k ∫−π
k =1 ⎣
k ∫
−π ⎥⎦
As integrais da direita valem zero, pois:

24

f ( x) dx = a0 ⋅ π + ∑ [ak ⋅ 0 + bk ⋅ 0]
π
∫π

k =1
Isto é:

1 π

π ∫π
a0 = f ( x) dx

Cálculo de ak

O valor de ak é obtido multiplicando a soma de funções senos e cossenos por [cos (k ⋅ x) dx ] e


integrando de − π a π .

Como,
a0 ∞
f ( x) = + ∑ [ak ⋅ cos ( k ⋅ x) + bk ⋅ sen ( k ⋅ x)]
2 k =1
Temos:

π π a0
∫ π f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx = ∫ π
− − 2
⋅ cos (k ⋅ x) dx +
∞ π π
+ ∑ ⎡ ∫ ( a k ⋅ cos ( k ⋅ x) ⋅ cos ( k ⋅ x)) dx + ∫ (a k ⋅ sen ( k ⋅ x) ⋅ cos ( k ⋅ x)) dx ⎤

k =1 ⎣
−π −π ⎥⎦

NOTA IMPORTANTE: Por mera comodidade algébrica não será escrito o símbolo de somatório:
fica implícito k variar de um ao infinito.

Assim, podemos, simplificadamente escrever:

π a0 π π π
∫ π f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx =

⋅ ∫ cos (k ⋅ x) dx + ak ⋅ ∫ cos 2 (k ⋅ x) dx + bk ⋅ ∫ sen (k ⋅ x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx
2 −π −π −π

Do anexo I (coleção de integrais), temos:

π a0
∫ π f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx =
− 2
⋅ 0 + ak ⋅ π + bk ⋅ 0

Ou seja:

1 π

π ∫π
ak = f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx

25
Cálculo de bk

De forma semelhante, o valor de bk é obtido multiplicando a soma de funções senos e cossenos por
[sen (k ⋅ x) dx] e integrando de − π a π .
Como,
a0 ∞
f ( x) = + ∑ [ak ⋅ cos ( k ⋅ x) + bk ⋅ sen ( k ⋅ x)]
2 k =1
Temos:

π π a0
∫ π f ( x) ⋅ sen (k ⋅ x) dx = ∫ π
− − 2
⋅ sen (k ⋅ x) dx +

⎡ π π ⎤
+ ∑ ⎢⎣∫−π (ak ⋅ cos (k ⋅ x) ⋅ sen (k ⋅ x)) dx + ∫−π (bk ⋅ sen 2 (k ⋅ x)) dx⎥⎦
k =1

NOTA IMPORTANTE: Por mera comodidade algébrica não será escrito o símbolo de somatório:
fica implícito k variar de um ao infinito.

Assim, podemos, simplificadamente escrever:

π a0 π π π
∫ π f ( x) ⋅ sen (k ⋅ x) dx =

⋅ ∫ sen (k ⋅ x) dx + ak ⋅ ∫ cos (k ⋅ x) ⋅ sen (k ⋅ x) dx + bk ⋅ ∫ sen 2 (k ⋅ x) dx
2 −π −π −π

Do anexo I (coleção de integrais), temos:


π a0
∫π −
f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx =
2
⋅ 0 + ak ⋅ 0 + bk ⋅ π
Ou seja:
1 π
bk =
π ∫−π f ( x) ⋅ sen (k ⋅ x) dx
Fourier concluiu, finalmente, que uma função f(x) definida de − π a π pode ser escrita em termos da
soma de funções trigonométricas:
a0 ∞
f ( x) = + ∑ (a k ⋅ cos ( k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x) )
2 k =1
Desde que:

1 π
• a0 =
π ∫ π f ( x) dx

1 π

π ∫π
• ak = f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx , k = 1, 2, 3, ...

1 π
• bk =
π ∫−π f ( x) ⋅ sen (k ⋅ x) dx , k = 1, 2, 3,...
Conclusão de Fourier: “...em agosto de 1820 estava praticamente pronto o estudo sobre série
trigonométrica que precisei ter feito para abordar Transferência de Calor. Os resultado finais
apresentavam uma beleza ímpar e se mostraram muito úteis...”

26
APLICAÇÃO DA SÉRIE DE FOURIER

A solução de várias integrais trigonométricas que aparecem nos próximos exemplos estão no anexo I
ou poderão ser resolvidas por integração por partes (Lembre-se: ∫ u dv = u ⋅ v − ∫ v du ).

Exemplos:
1) Escrever f ( x) = x com − π ≤ x ≤ π em série de Fourier:
Solução: Geometricamente, temos (usando o software Maple, versão 10):
> plot(x,x=-Pi..Pi,title="Exemplo de função Impar, f(x) = x");

Os coeficientes são dados por:


π
1 π 1 1 ⎡ x2 ⎤
π 1 ⎡ π 2 (−π ) 2 ⎤ 1
a0 =
π ∫π

f ( x) dx = ∫ x dx = ⎢ ⎥ = ⎢ −
π −π π ⎣ 2 ⎦ −π π ⎣ 2 2 ⎥⎦ π
= ⋅0 = 0

π
1 π 1 π 1 ⎡x * 1 ⎤ 1
ak =
π −π ∫
f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx =
π −π ∫
x ⋅ cos (k ⋅ x) dx = ⎢ ⋅ sen (k ⋅ x) +
π ⎣k k2
⋅ cos (k ⋅ x)⎥ = ⋅0 = 0
⎦ −π π
π
1 π 1 π 1⎡ x * 1 ⎤
bk =
π −π ∫
f ( x) ⋅ sen (k ⋅ x) dx =
π −π ∫
x ⋅ sen (k ⋅ x) dx = ⎢− ⋅ cos (k ⋅ x) +
π⎣ k k 2
⋅ sen (k ⋅ x)⎥ =
⎦ −π
1 ⎛ 2π ⎞ 2
= ⋅⎜ − ⋅ cos kπ ⎟ = − ⋅ cos kπ
π ⎝ k ⎠ k
*
Integração por partes.
Isto é:
a0 ∞ ∞
⎛ 2 ⎞
f ( x) = + ∑ (a k ⋅ cos ( k ⋅ x) + bk ⋅ sen ( k ⋅ x) ) ⇒ f ( x) = ∑ ⎜ − ⋅ cos ( kπ ) ⋅ sen ( k ⋅ x) ⎟
2 k =1 k =1 ⎝ k ⎠
Portanto:

⎛ 2 ⎞
f ( x) = ∑ ⎜⎝ − k ⋅ cos (kπ ) ⋅ sen (k ⋅ x) ⎟⎠ (Série de Fourier)
k =1


⎧1, se k é par ⎧1, se k é par

2
Obs.: cos k π = ⎨ e (−1) k = ⎨ ⇒ f ( x) = − ⋅ (−1) k ⋅ sen (k ⋅ x)
⎩− 1, se k é ímpar ⎩− 1, se k é ímpar k =1
k

27
Expandindo esta série (fazendo k variar de um até infinito), temos:
2 2 2 2 2
f ( x) = sen ( x) − sen (2 x) + sen 3x − sen (4 x) + sen(5 x) − ...
1 2 3 4 5
A seguir, tem-se as linhas de comando escritas no software Maple (versão 10) para a determinação da
Série de Fourier com um determinado número de termos (a ser definida pelo usuário), uma função
(também a ser definida pelo usuário, mas necessariamente, definida por uma sentença). A rotina já
gera o gráfico da função fornecida pelo usuário e a função “série de Fourier”, para serem comparadas.
• PROGRAMA: FUNÇÃO DEFINIDA POR UMA SENTENÇA
> restart:
> f:=x; # INFORME A FUNÇÃO A SER EXPANDIDA COMO SÉRIE DE FOURIER
f := x
> plot(f,x=-Pi..Pi,title="FUNÇÃO ORIGINAL: f(x)");

> L:=Pi; # INFORME L := π


> n:=5; # INFORME O NÚMERO DE TERMOS DA SÉRIE DE FOURIER n := 5
> a0:=1/Pi*int(f,x=-L..L); a0 := 0
> SerieFourier:=a0/2; SerieFourier := 0
> for k from 1 to n do
a[k]:=1/Pi*int(f*cos(k*x),x=-L..L);
b[k]:=1/Pi*int(f*sin(k*x),x=-L..L);
SerieFourier:=SerieFourier+a[k]*cos(k*x)+b[k]*sin(k*x);
end do:
SerieFourier:=SerieFourier;
plot([f,SerieFourier],x=-Pi..Pi,color=[red, blue],legend=["FUNÇÃO
ORIGINAL", "SÉRIE DE FOURIER"]);
2 1 2
SerieFourier := 2 sin( x ) − sin( 2 x ) + sin( 3 x ) − sin( 4 x ) + sin( 5 x )
3 2 5
Seguem as representações (morfogênese) de f(x) em termos de k:
• Morfogênese de 5 termos (k = 5)

2 2 2
f ( x) = sen x − sen (2 x) + sen (3 x)
1 2 3
2 2
− sen (4 x) + sen (5 x)
4 5
28
• Morfogênese de 9 termos (k = 9)
2 1 2 1
SerieFourier := 2 sin( x ) − sin( 2 x ) + sin( 3 x ) − sin( 4 x ) + sin( 5 x ) − sin( 6 x )
3 2 5 3
2 1 2
+ sin( 7 x ) − sin( 8 x ) + sin( 9 x )
7 4 9

2 2 2 2 2 2 2 2 2
f ( x) = sen x − sen (2 x) + sen (3 x) − sen (4 x) + sen (5 x) − sen (6 x) + sen (7 x) − sen (8 x) + sen (9 x)
1 2 3 4 5 6 7 8 9

29
• Morfogênese de 18 termos (k = 18)
2 1 2 1
SerieFourier := 2 sin( x ) − sin( 2 x ) +sin( 3 x ) − sin( 4 x ) + sin( 5 x ) − sin( 6 x )
3 2 5 3
2 1 2 1 2 1
+ sin( 7 x ) − sin( 8 x ) + sin( 9 x ) − sin( 10 x ) + sin( 11 x ) − sin( 12 x )
7 4 9 5 11 6
2 1 2 1 2
+ sin( 13 x ) − sin( 14 x ) + sin( 15 x ) − sin( 16 x ) + sin( 17 x )
13 7 15 8 17
1
− sin( 18 x )
9

2 2 2 2
f ( x) = sen x − sen (2 x) + sen (3x) − ... − sen (18 x)
1 2 3 18

30
• Morfogênese de 24 termos (k = 24)
1 2 2 2
SerieFourier := − sin( 4 x ) + sin( 7 x ) + 2 sin( x ) + sin( 11 x ) + sin( 17 x )
2 7 11 17
1 1 2 1 1
− sin( 10 x ) − sin( 18 x ) + sin( 9 x ) − sin( 2 x ) − sin( 14 x ) − sin( 8 x )
5 9 9 7 4
2 1 2 1 2
+ sin( 21 x ) − sin( 6 x ) + sin( 19 x ) − sin( 22 x ) + sin( 3 x )
21 3 19 11 3
1 2 2 1 2
− sin( 20 x ) + sin( 23 x ) + sin( 5 x ) − sin( 12 x ) + sin( 15 x )
10 23 5 6 15
1 1 2
− sin( 24 x ) − sin( 16 x ) + sin( 13 x )
12 8 13

2 2 2 2
f ( x) = sen x − sen (2 x) + sen (3x) − ... − sen (24 x)
1 2 3 24

31
• Morfogênese de 45 termos (k = 45)
2 1 2 2 2
SerieFourier := sin( 37 x ) − sin( 16 x ) + sin( 29 x ) + sin( 23 x ) + sin( 3 x )
37 8 29 23 3
1 1 1 2 2
− sin( 4 x ) − sin( 40 x ) + 2 sin( x ) − sin( 14 x ) + sin( 13 x ) + sin( 35 x )
2 20 7 13 35
1 1 1 2 1
− sin( 30 x ) − sin( 44 x ) − sin( 26 x ) + sin( 39 x ) − sin( 32 x )
15 22 13 39 16
2 2 2 2 2
+ sin( 7 x ) + sin( 5 x ) + sin( 27 x ) + sin( 17 x ) − sin( 2 x ) + sin( 45 x )
7 5 27 17 45
1 1 2 1 1 1
− sin( 18 x ) − sin( 36 x ) + sin( 9 x ) − sin( 8 x ) − sin( 28 x ) − sin( 24 x )
9 18 9 4 14 12
1 2 2 2 2
− sin( 20 x ) + sin( 41 x ) + sin( 31 x ) + sin( 11 x ) + sin( 21 x )
10 41 31 11 21
2 2 1 1 2
+ sin( 33 x ) + sin( 19 x ) − sin( 34 x ) − sin( 22 x ) + sin( 15 x )
33 19 17 11 15
2 1 1 1 1
+ sin( 43 x ) − sin( 10 x ) − sin( 6 x ) − sin( 12 x ) − sin( 38 x )
43 5 3 6 19
2 1
+ sin( 25 x ) − sin( 42 x )
25 21

2 2 2 2
f ( x) = sen x − sen (2 x) + sen (3x) − ... + sen (45 x)
1 2 3 45

32
⎧ x − 2, se − π < x < 0
2) Escrever em Série de Fourier f ( x) = ⎨ .
⎩ x + 2, se 0 < x < π
Solução:
Os coeficientes da série:

f ( x) = 0 + ∑ (a k ⋅ cos ( k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x) )
a
2 k =1
São dados por:

⎛ 2 0 π ⎞
1 π 1⎛ 0 π ⎞ 1 ⎜⎡x ⎤ ⎡ x2 ⎤ ⎟
a0 = ∫
π −π
f ( x) dx = ⎜
π ⎝ −π ∫ 0 ∫
( x − 2) dx + ( x + 2) dx ⎟ = ⎜ ⎢
⎠ π ⎜ ⎣⎢ 2
− 2 x⎥ +⎢
⎥ −π ⎢⎣ 2

+ 2 x⎥
⎦⎥ 0
⎟ = ... = 0

⎝ ⎠

1 π 1 0 π *
ak =
π ∫π−
f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx =
π ∫π

( x − 2) ⋅ cos (k ⋅ x) dx + ∫ ( x + 2) ⋅ cos (k ⋅ x) dx = ... = 0
0

*
Integração por partes.

1 π 1 0 π

π ∫π
bk = f ( x) ⋅ sen (k ⋅ x) dx = ∫ ( x − 2) ⋅ sen (k ⋅ x) dx + ∫ ( x + 2) ⋅ sen (k ⋅ x) dx
− π π − 0

Do anexo I, resulta:
2
bk = ⋅ ( 2 − 2 cos ( k π ) − π cos ( kπ )

Nota: Poderíamos ter utilizado integração por partes ao invés de usar o resultado do anexo I.

Isto é:
a0 ∞
f ( x) = + ∑ (a k ⋅ cos ( k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x) ) ⇒
2 k =1
∞ ⎡ ⎤
⎛ ⎞
∑ ⎢⎣⎜⎜⎝ 0 ⋅ cos (k ⋅ x) + k π ⋅ (2 − 2 cos (k π ) − π cos (kπ ) ⎟⎟⎠ ⋅ sen (k ⋅ x)⎥⎦
2
f ( x) = 0 +
k =1

Portanto:

∞ ⎡ ⎤
⎛ 2 ⎞
f ( x ) = ∑ ⎢⎜ ⋅ (2 − 2cos (k π ) − π cos (kπ ) ⎟ ⋅ sen (k ⋅ x) ⎥ (Série de Fourier)
k =1 ⎣⎝ k π ⎠ ⎦

Expandindo, esta série, temos:

⎛ 8 + 2π ⎞ 2 ⎛ 8 + 2π ⎞ 2
f ( x) = ⎜ ⎟ ⋅ sen x − sen 2 x + ⎜ ⎟ ⋅ sen 3 x − sen 4 x + ...
⎝ π ⎠ 2 ⎝ 3π ⎠ 4

A seguir, tem-se as linhas de comando escritas no software Maple (versão 10) para a determinação da
Série de Fourier com um determinado número de termos (a ser definida pelo usuário), uma função
(também a ser definida pelo usuário com várias sentenças). A rotina já gera o gráfico da função
fornecida pelo usuário e a função “série de Fourier”, para serem comparadas.

33
• PROGRAMA: FUNÇÃO DEFINIDA POR VÁRIAS SENTENÇAS

Função Definida por Várias Sentenças: Sintaxe: piecewise(Condição1, Função1, Condição2,


Função2, ..., CondiçãoN, FunçãoN, FunçãoCasoContrário)
> restart:
> f:=piecewise(x>-Pi and x<0, x-2,x>0 and x<Pi,x+2); # INFORME A
x−2 −π < x and x < 0
FUNÇÃO A SER EXPANDIDA COMO SÉRIE DE FOURIER f := {
x+2 0 < x and x < π
> plot(f,x=-Pi..Pi,title="FUNÇÃO ORIGINAL: f(x)");

> L:=Pi; # INFORME L := π


> n:=5; # INFORME O NÚMERO DE TERMOS DA SÉRIE DE FOURIER n := 5
> a0:=simplify(1/Pi*int(f,x=-L..L));# PARA UMA MELHOR APRESENTAÇÃO
FOI SIMPLIFICADO. a0 := 0
> SerieFourier:=a0/2; SerieFourier := 0
> for k from 1 to n do
a[k]:=1/Pi*int(f*cos(k*x),x=-L..L);
b[k]:=1/Pi*int(f*sin(k*x),x=-L..L);
SerieFourier:=SerieFourier+a[k]*cos(k*x)+b[k]*sin(k*x);
end do:
SerieFourier:=SerieFourier;
plot([f,SerieFourier],x=-Pi..Pi,color=[red, blue],legend=["FUNÇÃO
ORIGINAL", "SÉRIE DE FOURIER"]);
SerieFourier :=
⎛ 8 + 2 π ⎞ sin( 3 x ) ⎛ 8 + 2 π ⎞ sin( 5 x )
⎜⎜ ⎟⎟ ⎜⎜ ⎟
( 8 + 2 π ) sin( x ) 5 ⎟⎠
− sin( 2 x ) + ⎝
3 ⎠
− sin( 4 x ) + ⎝
3 1 5
π π 2 π

Seguem as representações (morfogênese) de f(x) em termos de k:

34
• Morfogênese de 5 termos (k = 5)

⎛ 8 + 2π ⎞ 2 ⎛ 8 + 2π ⎞ 2 ⎛ 8 + 2π ⎞
f ( x) = ⎜ ⎟ ⋅ sen x − sen 2 x + ⎜ ⎟ ⋅ sen 3 x − sen 4 x + ⎜ ⎟ ⋅ sen 5 x
⎝ π ⎠ 2 ⎝ 3π ⎠ 4 ⎝ 5π ⎠
• Morfogênese de 9 termos (k = 9)
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 3 x )
( 8 + 2 π ) sin( x ) ⎜3 3 ⎟⎠
− sin( 2 x ) + ⎝
1
SerieFourier := − sin( 4 x )
π π 2
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 5 x ) ⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 7 x )
⎜5 ⎟ ⎜7 7 ⎟⎠
+ ⎝
5 ⎠
− sin( 6 x ) + ⎝
1 1
− sin( 8 x )
π 3 π 4
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 9 x )
⎜9 9 ⎟⎠
+ ⎝
π

⎛ 8 + 2π ⎞ 2 ⎛ 8 + 2π ⎞ 2 ⎛ 8 + 2π ⎞ ⎛ 8 + 2π ⎞
f ( x) = ⎜ ⎟ ⋅ sen x − sen 2 x + ⎜ ⎟ ⋅ sen 3 x − sen 4 x + ⎜ ⎟ ⋅ sen 5 x + ... + ⎜ ⎟ ⋅ sen 9 x
⎝ π ⎠ 2 ⎝ 3π ⎠ 4 ⎝ 5π ⎠ ⎝ 9π ⎠

35
• Morfogênese de 21 termos (k = 21)
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 3 x )
( 8 + 2 π ) sin( x ) ⎜3 3 ⎟⎠
− sin( 2 x ) + ⎝
1
SerieFourier := − sin( 4 x )
π π 2
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 5 x ) ⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 7 x )
⎜⎝ 5 5 ⎠ ⎟ ⎜7 7 ⎟⎠
− sin( 6 x ) + ⎝
1 1
+ − sin( 8 x )
π 3 π 4
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 9 x ) ⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 11 x )
⎜⎝ 9 9 ⎠ ⎟ ⎜ 11 11 ⎟⎠
− sin( 10 x ) + ⎝
1 1
+ − sin( 12 x )
π 5 π 6
⎛⎜ + 8 2 π ⎞ ⎛⎜ + 8 2 π ⎞
⎜⎝ 13 13 ⎟⎟⎠ sin( 13 x ) 1 ⎜⎝ 15 15 ⎟⎟⎠ sin( 15 x ) 1
+ − sin( 14 x ) + − sin( 16 x )
π 7 π 8
⎛⎜ + 8 2 π ⎞ ⎛⎜ + 8 2 π ⎞
⎜⎝ 17 17 ⎟⎟⎠ sin( 17 x ) 1 ⎜⎝ 19 19 ⎟⎟⎠ sin( 19 x ) 1
+ − sin( 18 x ) + − sin( 20 x )
π 9 π 10
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 21 x )
⎜ 21 21 ⎟
+ ⎝ ⎠
π

⎛ 8 + 2π ⎞ 2 ⎛ 8 + 2π ⎞ 2 ⎛ 8 + 2π ⎞ ⎛ 8 + 2π ⎞
f ( x) = ⎜ ⎟ ⋅ sen x − sen 2 x + ⎜ ⎟ ⋅ sen 3 x − sen 4 x + ⎜ ⎟ ⋅ sen 5 x + ... + ⎜ ⎟ ⋅ sen 21x
⎝ π ⎠ 2 ⎝ 3π ⎠ 4 ⎝ 5π ⎠ ⎝ 21π ⎠

36
• Morfogênese de 43 termos (k = 43)

⎛ 8 + 2π ⎞ 2 ⎛ 8 + 2π ⎞ 2 ⎛ 8 + 2π ⎞ ⎛ 8 + 2π ⎞
f ( x) = ⎜ ⎟ ⋅ sen x − sen 2 x + ⎜ ⎟ ⋅ sen 3 x − sen 4 x + ⎜ ⎟ ⋅ sen 5 x + ... + ⎜ ⎟ ⋅ sen 43 x
⎝ π ⎠ 2 ⎝ 3π ⎠ 4 ⎝ 5π ⎠ ⎝ 43π ⎠

⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 33 x )
( 8 + 2 π ) sin( x ) ⎜⎝ 33 33 ⎟⎠ 1
SerieFourier := + − sin( 32 x )
π π 16
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 9 x ) ⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 25 x )
⎜9 9 ⎟⎠ ⎜ 25 25 ⎟⎠
+ ⎝ + ⎝
1 1
− sin( 28 x ) − sin( 30 x )
π π 14 15
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 39 x ) ⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 37 x )
⎜ 39 39 ⎟ ⎜ 37 37 ⎟
− sin( 10 x ) + ⎝ ⎠ + ⎝ ⎠
1
5 π π
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 3 x )
⎜3 3 ⎟⎠
+ ⎝
1 1 1 1
− sin( 8 x ) − sin( 22 x ) − sin( 42 x ) − sin( 20 x )
π 4 11 21 10
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 21 x )
⎜ 21 21 ⎟⎠
+ ⎝
1
− sin( 34 x )
π 17
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 15 x ) ⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 31 x ) ⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 19 x )
⎜ 15 15 ⎟⎠ ⎜ 31 31 ⎟⎠ ⎜ 19 19 ⎟⎠
+ ⎝ + ⎝ + ⎝
π π π
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 11 x ) ⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 43 x )
⎜ 11 11 ⎟⎠ ⎜ 43 43 ⎟⎠
+ ⎝ + ⎝
1
− sin( 4 x )
π π 2
⎛⎜ + 8 2 π ⎞ ⎛ 8 2 π ⎞
⎜ 17 17 ⎟⎟ sin( 17 x ) ⎜⎜ 41 + 41 ⎟⎟ sin( 41 x ) 1
+ ⎝ ⎠ + ⎝ ⎠ − sin( 40 x )
π π 20
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 27 x ) ⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 5 x ) ⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 7 x )
⎜⎝ 27 27 ⎟⎠ ⎜⎝ 5 5 ⎠ ⎟ ⎜7 7 ⎟⎠
sin( 38 x ) + ⎝
1
+ + −
π π 19 π
⎛⎜ + 8 2 π ⎞ ⎛⎜ + 8 2 π ⎞
⎜⎝ 13 13 ⎟⎟⎠ sin( 13 x ) 1 ⎜⎝ 29 29 ⎟⎟⎠ sin( 29 x ) 1
+ − sin( 16 x ) + − sin( 24 x )
π 8 π 12
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 23 x )
⎜ 23 23 ⎟⎠
sin( 36 x ) − sin( 18 x ) + ⎝
1 1 1
− − sin( 26 x ) − sin( 2 x )
18 9 π 13
⎛⎜ 8 + 2 π ⎞⎟ sin( 35 x )
⎜ 35 35 ⎟⎠
− sin( 6 x ) + ⎝
1 1 1
− sin( 14 x ) − sin( 12 x )
3 π 7 6

37
⎧− x + 1, se − π < x < 0
3) Escrever a função a seguir em Série de Fourier f ( x) = ⎨ .
⎩ x + 1, se 0 < x < π
Solução:
Os coeficientes da série:

f ( x) = 0 + ∑ (a k ⋅ cos (k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x) )
a
2 k =1
São dados por:

⎛ π
⎤ ⎞⎟
0
1 π π ⎞ 1 ⎜⎡ x ⎤ ⎡ x2
2
1⎛ 0
a0 =
π −π ∫
f ( x) dx = ⎜
π ⎝ −π ∫
(− x + 1) dx + ( x + 1) dx ⎟ = ⎜ ⎢−
0 ⎠ π ⎜ ⎢⎣ 2∫ + x⎥ +⎢
⎥⎦ −π ⎢⎣ 2
+ x ⎥ ⎟ = ... = π + 2
⎥⎦ 0 ⎟
⎝ ⎠

1 π 1 0 π

π ∫π
ak = f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx = ∫ (− x + 1) ⋅ cos (k ⋅ x) dx + ∫ ( x + 1) ⋅ cos (k ⋅ x) dx
− π π − 0

Do anexo I, resulta:
2
ak = ⋅ ( cos ( k π ) − 1)
k π 2

1 π 1 0 π *
bk =
π ∫π

f ( x) ⋅ sen (k ⋅ x) dx =
π ∫π

(− x + 1) ⋅ sen (k ⋅ x) dx + ∫ ( x + 1) ⋅ sen (k ⋅ x) dx = ... = 0
0

*
Integração por partes.

Nota: Poderíamos ter utilizado integração por partes ao invés de usar o resultado do anexo I.

38
Portanto:
a0 ∞
f ( x) = + ∑ (a k ⋅ cos (k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x) ) ⇒
2 k =1

∞ ⎡ ⎤
π +2 ⎛ 2 ⎞
f ( x) = + ∑ ⎢⎜⎜ 2 ⋅ (cos (k π ) − 1⎟⎟ ⋅ cos (k ⋅ x)⎥ (Série de Fourier)
2 k =1 ⎣⎝ k π ⎠ ⎦

Expandindo, esta série, temos:

π +2 4 ⎛ 1 1 1 ⎞
f ( x) = − ⋅ ⎜ cos x + 2 cos 3 x + 2 cos 5 x + 2 cos 7 x + ... ⎟
2 π ⎝ 3 5 7 ⎠

Nota: O programa usado para obter os resultados apresentados a seguir, também foram obtidos nas
linhas de comando escritas no software Maple (versão 10) para a determinação da Série.

Seguem as representações (morfogênese) de f(x) em termos de k:

• Morfogênese de 3 termos (k = 3)

π 4 ⎛ 1 ⎞
f ( x) = +1− ⋅ ⎜ cos x + 2 cos 3 x ⎟
2 π ⎝ 3 ⎠
> restart:
> f:=piecewise(x>-Pi and x<0, -x+1,x>0 and x<Pi,x+1); # INFORME A
−x + 1 −π < x and x < 0
FUNÇÃO A SER EXPANDIDA COMO SÉRIE DE FOURIER f := {
x+1 0 < x and x < π
> plot(f,x=-Pi..Pi,title="FUNÇÃO ORIGINAL: f(x)");

> L:=Pi; # INFORME L := π


> n:=3; # INFORME O NÚMERO DE TERMOS DA SÉRIE DE FOURIER n := 3
> a0:=simplify(1/Pi*int(f,x=-L..L));# PARA UMA MELHOR APRESENTAÇÃO
FOI SIMPLIFICADO. a0 := π + 2
π
> SerieFourier:=a0/2; SerieFourier := + 1
2

39
> for k from 1 to n do
a[k]:=1/Pi*int(f*cos(k*x),x=-L..L);
b[k]:=1/Pi*int(f*sin(k*x),x=-L..L);
SerieFourier:=SerieFourier+a[k]*cos(k*x)+b[k]*sin(k*x);
end do:
SerieFourier:=SerieFourier;
plot([f,SerieFourier],x=-Pi..Pi,color=[red, blue],legend=["FUNÇÃO
ORIGINAL", "SÉRIE DE FOURIER"]);
π 4 cos( x ) 4 cos( 3 x )
SerieFourier := + 1 − −
2 π 9 π

• Morfogênese de 17 termos (k = 17)

π 4 ⎛ 1 1 ⎞
f ( x) = +1− ⋅ ⎜ cos x + 2 cos 3 x + ... + 2 cos 17 x ⎟
2 π ⎝ 3 17 ⎠

π 4 cos( x ) 4 cos( 3 x ) 4 cos( 5 x ) 4 cos( 7 x ) 4 cos( 17 x )


SerieFourier := +1− − − − −
2 π 9 π 25 π 49 π 289 π
4 cos( 9 x ) 4 cos( 11 x ) 4 cos( 13 x ) 4 cos( 15 x )
− − − −
81 π 121 π 169 π 225 π

40
• Morfogênese de 35 termos (k = 35)

π 4 ⎛ 1 1 ⎞
f ( x) = +1− ⋅ ⎜ cos x + 2 cos 3 x + ... + 2 cos 35 x ⎟
2 π ⎝ 3 35 ⎠

π 4 cos( x ) 4 cos( 3 x ) 4 cos( 5 x ) 4 cos( 7 x )


SerieFourier := +1− − − −
2 π 9 π 25 π 49 π
4 cos( 9 x ) 4 cos( 11 x ) 4 cos( 13 x ) 4 cos( 15 x )
− − − −
81 π 121 π 169 π 225 π
4 cos( 17 x ) 4 cos( 19 x ) 4 cos( 21 x ) 4 cos( 23 x )
− − − −
289 π 361 π 441 π 529 π
4 cos( 25 x ) 4 cos( 27 x ) 4 cos( 29 x ) 4 cos( 31 x )
− − − −
625 π 729 π 841 π 961 π
4 cos( 33 x ) 4 cos( 35 x )
− −
1089 π 1225 π

⎧− x, se − π < x < 0
4) Escrever a função a seguir em Série de Fourier f ( x) = ⎨ .
⎩ x, se 0 < x < π
Solução:
Os coeficientes da série:

f ( x) = 0 + ∑ (a k ⋅ cos (k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x) )
a
2 k =1
São dados por:
⎛ 2 0 π ⎞
1 π 1⎛ 0 π ⎞ 1 ⎜⎡ x ⎤ ⎡ x2 ⎤ ⎟
a0 =
π −π∫ f ( x) dx = ⎜
π ⎝ −π ∫ 0 ∫
(− x) dx + ( x) dx ⎟ = ⎜ ⎢− ⎥ +⎢ ⎥
⎠ π ⎜ ⎢⎣ 2 ⎥⎦ −π ⎢⎣ 2 ⎥⎦ 0
⎟ = ... = π

⎝ ⎠
1 π 1 0 π
ak =
π ∫π

f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x) dx =
π ∫π

(− x ⋅ cos (k ⋅ x)) dx + ∫ ( x ⋅ cos (k ⋅ x)) dx
0

41
Do anexo I, resulta:
2
ak = ⋅ ( cos ( k π ) − 1)
k π 2

1 π 1 0 π

π ∫π
bk = f ( x) ⋅ sen (k ⋅ x) dx = ∫ (− x ⋅ sen (k ⋅ x)) dx + ∫ ( x ⋅ sen (k ⋅ x)) dx = ... = 0
− π π − 0

a0 ∞
Como: f ( x) = + ∑ (a k ⋅ cos (k ⋅ x) + bk ⋅ sen (k ⋅ x) ) , temos:
2 k =1
∞ ⎡ ⎤
π ⎛ 2 ⎞
f ( x) = + ∑ ⎢⎜⎜ 2 (cos (k π ) − 1⎟⎟ ⋅ cos (k ⋅ x)⎥ (Série de Fourier)
2 k =1 ⎣⎝ k π ⎠ ⎦

Expandindo, esta série, temos:


π 4 ⎛ cos x cos 3 x cos 5 x ⎞
f ( x) = − ⋅⎜ 2 + + + ... ⎟
2 π ⎝ 1 3 2
5 2

Nota: O programa usado para obter os resultados apresentados a seguir, também foram obtidos nas
linhas de comando escritas no software Maple (versão 10) para a determinação da Série.

Seguem as representações (morfogênese) de f(x) em termos de k:

• Morfogênese de 7 termos (k = 7)

π 4 ⎛ cos x cos 3x cos 5 x cos 7 x ⎞


f ( x) = − ⋅⎜ + + + ⎟⎟
2 π ⎜⎝ 12 32 52 72 ⎠
> restart:
> f:=piecewise(x>-Pi and x<0, -x,x>0 and x<Pi,x); # INFORME A FUNÇÃO
−x −π < x and x < 0
A SER EXPANDIDA COMO SÉRIE DE FOURIER f := {
x 0 < x and x < π
> plot(f,x=-Pi..Pi,title="FUNÇÃO ORIGINAL: f(x)");

42
> L:=Pi; # INFORME L := π
> n:=7; # INFORME O NÚMERO DE TERMOS DA SÉRIE DE FOURIER n := 7
> a0:=simplify(1/Pi*int(f,x=-L..L));# PARA UMA MELHOR APRESENTAÇÃO
FOI SIMPLIFICADO. a0 := π
π
> SerieFourier:=a0/2; SerieFourier :=
2
> for k from 1 to n do
a[k]:=1/Pi*int(f*cos(k*x),x=-L..L);
b[k]:=1/Pi*int(f*sin(k*x),x=-L..L);
SerieFourier:=SerieFourier+a[k]*cos(k*x)+b[k]*sin(k*x);
end do:
SerieFourier:=SerieFourier;
plot([f,SerieFourier],x=-Pi..Pi,color=[red, blue],legend=["FUNÇÃO
ORIGINAL", "SÉRIE DE FOURIER"]);
π 4 cos( x ) 4 cos( 3 x ) 4 cos( 5 x ) 4 cos( 7 x )
SerieFourier := − − − −
2 π 9 π 25 π 49 π

43
• Morfogênese de 23 termos (k = 23)

π 4 ⎛ cos x cos 3 x cos 5 x cos 7 x cos 23 x ⎞


f ( x) = − ⋅⎜ 2 + + + + ... + ⎟
2 π ⎝ 1 3 2
5 2
5 2
23 2 ⎠

π 4 cos( x ) 4 cos( 3 x ) 4 cos( 5 x ) 4 cos( 7 x ) 4 cos( 9 x )


SerieFourier := − − − − −
2 π 9 π 25 π 49 π 81 π
4 cos( 11 x ) 4 cos( 13 x ) 4 cos( 15 x ) 4 cos( 17 x )
− − − −
121 π 169 π 225 π 289 π
4 cos( 19 x ) 4 cos( 21 x ) 4 cos( 23 x )
− − −
361 π 441 π 529 π

44
• Morfogênese de 35 termos (k = 35)

π 4 ⎛ cos x cos 3 x cos 5 x cos 7 x cos 35 x ⎞


f ( x) = − ⋅ ⎜⎜ + + + + ... + ⎟
π ⎝ 1 2 2 2 2 2 ⎟
2 3 5 7 35 ⎠

π 4 cos( x ) 4 cos( 3 x ) 4 cos( 5 x ) 4 cos( 7 x ) 4 cos( 9 x )


SerieFourier := − − − − −
2 π 9 π 25 π 49 π 81 π
4 cos( 11 x ) 4 cos( 13 x ) 4 cos( 15 x ) 4 cos( 17 x )
− − − −
121 π 169 π 225 π 289 π

4 cos( 19 x ) 4 cos( 21 x ) 4 cos( 23 x ) 4 cos( 25 x )


− − − −
361 π 441 π 529 π 625 π
4 cos( 27 x ) 4 cos( 29 x ) 4 cos( 31 x ) 4 cos( 33 x )
− − − −
729 π 841 π 961 π 1089 π
4 cos( 35 x )

1225 π

RESULTADOS ANTECIPADOS

Dos exemplos dados anteriormente podem-se antecipar os valores dos coeficientes ak e bk de uma
função f (x) apenas observando a paridade (função par, simétrica em relação ao eixo da vertical) ou
imparidade (função impar, simétrica em relação à origem do sistema cartesiano) da mesma:

Coeficientes da Série de Fourier


[ f ( x) ⋅ cos (k ⋅ x)]dx bk = 1 ∫ [ f ( x) ⋅ sen (k ⋅ x)]dx
1 π π
Função ak =
π ∫π π π

Ímpar ak = 0 bk ≠ 0
Par ak ≠ 0 bk = 0
Tábua de Fourier

45
FUNÇÕES DE PERÍODO GENÉRICO

PÁG. 44 SS

ANEXO I – COLEÇÃO DE INTEGRAIS

ANEXO II – EXEMPLOS DE APLICAÇÕES

1) Eletroencefalograma (Ondas cerebrais interpretadas por séries).

Configuração indicada para o Microsoft Equation

“Nas questões matemáticas, não se compreende a incerteza nem a dúvida, assim como também não
pode-se estabelecer distinções entre verdades médias e verdades de grau superior”
David Hilbert

“Não adianta ter um mar de conhecimentos com uma profundidade de um milímetro”


Christian Pinedo
“A Matemática é a honra do espírito humano”
Leibniz

46
SÉRIE DE FOURIER

Teoria: Adaptada de: RICIERI, A. P. Série de Fourier – Polinômios e outros bichos. São Paulo: Prandiano, 1993.

FUNÇÕES DE PERÍODO GENÉRICO

A Série Trigonométrica que representa uma função de período 2 L é construída com facilidade.

O próprio Fourier escreveu:

“...é muito simples perceber a extensão desses resultados para funções definidas de − L a L . Basta
repetir o procedimento que permitiu calcular a 0 , a k e bk das funções f (x) definidas de − π a π ... ”

Seja uma função f (x) de período 2L :

Queremos representá-la por uma soma de senos e cossenos:

a0 ⎛ 1π ⋅ x ⎞ ⎛ 2π ⋅ x ⎞ ⎛ 3π ⋅ x ⎞ ⎛ 1π ⋅ x ⎞ ⎛ 2π ⋅ x ⎞ ⎛ 3π ⋅ x ⎞
f ( x) = + a1 ⋅ cos ⎜ ⎟ + a 2 ⋅ cos ⎜ ⎟ + a3 ⋅ cos ⎜ ⎟ + ... + b1 ⋅ cos ⎜ ⎟ + b2 ⋅ cos ⎜ ⎟ + b3 ⋅ cos ⎜ ⎟ + ...
2 ⎝ L ⎠ ⎝ L ⎠ ⎝ L ⎠ ⎝ L ⎠ ⎝ L ⎠ ⎝ L ⎠

Assim,

a0 ∞ ⎡ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
f ( x) = + ∑ ⎢ak ⋅ cos ⎜ ⎟ + bk ⋅ sen ⎜ ⎟⎥
2 k =1 ⎣ ⎝ L ⎠ ⎝ L ⎠⎦

Os coeficientes a 0 , a k e bk foram obtidos por Fourier assim:

Cálculo de a0

Multiplicou a série nos dois membros por dx e integrou de − L a L .

1 L
L ∫− L
a0 = f ( x) dx

Cálculo de ak

⎛ kπ ⋅ x ⎞
Multiplicou a série nos dois membros por cos ⎜ ⎟ dx e integrou de − L a L .
⎝ L ⎠

1 L ⎛ kπ ⋅ x ⎞
ak = ∫
L −L
f ( x) ⋅ cos ⎜
⎝ L ⎠
⎟ dx

47
Cálculo de bk

⎛ kπ ⋅ x ⎞
Multiplicou a série nos dois membros por sen ⎜ ⎟ dx e integrou de − L a L .
⎝ L ⎠

1 L ⎛ kπ ⋅ x ⎞
bk =
L ∫− L
f ( x) ⋅ sen ⎜
⎝ L ⎠
⎟ dx

Aplicações da série de Fourier em funções de período genérico.

Exemplos:

1) Dada a função f ( x) = x para − 5 < x < 5 , escrevê-la em Série de Fourier.


Solução:
Geometricamente, temos:

a0 ∞ ⎡ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
Como f ( x) = + ∑ ⎢ak ⋅ cos ⎜ ⎟ + bk ⋅ sen ⎜ ⎟⎥ e L = 5, temos:
2 k =1 ⎣ ⎝ L ⎠ ⎝ L ⎠⎦

a0 ∞ ⎡ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
f ( x) = + ∑ ⎢ak ⋅ cos ⎜ ⎟ + bk ⋅ sen ⎜ ⎟⎥
2 k =1 ⎣ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠⎦

A seguir, tem-se o cálculo dos coeficientes:

• Cálculo de a0 :
5
1 L 1 5 1 ⎡ x2 ⎤
a0 = ∫ f ( x) dx ⇒ a0 = ∫ x dx = ⎢ ⎥ = ... = 0
L −L 5 −5 5 ⎣ 2 ⎦ −5

48
• Cálculo de ak :
1 L ⎛ kπ ⋅ x ⎞ 1 5 ⎛ kπ ⋅ x ⎞
ak =
L ∫− L
f ( x ) ⋅ cos ⎜
⎝ L ⎠
⎟ dx ⇒ a k =
5 ∫− 5
x ⋅ cos ⎜
⎝ 5 ⎠
⎟ dx ⇒

5
1 ⎡ 5x ⎛ kπ ⋅ x ⎞ 25 ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
ak = ⎢ sen⎜ ⎟ + 2 2 cos⎜ ⎟⎥ ⇒
5 ⎣ kπ ⎝ 5 ⎠ k π ⎝ 5 ⎠ ⎦ −5

5 5 5 5
ak = sen (kπ ) + 2 2 cos (kπ ) + sen (−kπ ) − 2 2 cos (−kπ )
kπ k π kπ k π

Como sen (−kπ ) = − sen (kπ ) e cos (−kπ ) = cos (kπ ) , temos:

5 5 5 5
ak = sen (kπ ) + 2 2 cos (kπ ) − sen (kπ ) − 2 2 cos (kπ ) = 0
kπ k π kπ k π

• Cálculo de bk :
1 L ⎛ kπ ⋅ x ⎞ 1 5 ⎛ kπ ⋅ x ⎞
bk = ∫
L −L
f ( x) ⋅ sen ⎜
⎝ L ⎠
⎟ dx ⇒ bk = ∫ x ⋅ sen ⎜
5 −5 ⎝ 5 ⎠
⎟ dx ⇒

5
1 ⎡ 5x ⎛ kπ ⋅ x ⎞ 25 ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
bk = ⎢− cos⎜ ⎟ + 2 2 sen⎜ ⎟⎥ ⇒
5 ⎣ kπ ⎝ 5 ⎠ k π ⎝ 5 ⎠ ⎦ −5

5 5 5 5
bk = − cos (kπ ) + 2 2 sen (kπ ) − cos (−kπ ) − 2 2 sen (−kπ )
kπ k π kπ k π

Como cos (−kπ ) = cos (kπ ) e sen (−kπ ) = − sen (kπ ) , temos:

5 5 5 5
bk = − cos (kπ ) + 2 2 sen (kπ ) − cos (kπ ) + 2 2 sen (kπ )
kπ k π kπ k π

E, ainda, sabemos que: sen (kπ ) = 0, k = 1, 2, 3, ...

Assim,
10
bk = − cos (kπ )

Finalmente, como,
a0 ∞ ⎡ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
f ( x) = + ∑ ⎢ak ⋅ cos ⎜ ⎟ + bk ⋅ sen ⎜ ⎟⎥
2 k =1 ⎣ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠⎦
Temos:

⎡ 10 ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
f ( x) = ∑ ⎢− ⋅ cos (kπ ) ⋅ sen⎜ ⎟⎥ (Série de Fourier)
k =1 ⎣ kπ ⎝ 5 ⎠⎦

Expandindo, os termos dessa série, temos:

10 ⎛ π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 2π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 4π ⋅ x ⎞
f ( x) = sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟+ sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟ + ...
1π ⎝ 5 ⎠ 2π ⎝ 5 ⎠ 3π ⎝ 5 ⎠ 4π ⎝ 5 ⎠

49
A seguir, tem-se as linhas de comando escritas no software Maple (versão 10) para a determinação da
Série de Fourier com um determinado número de termos (a ser definida pelo usuário), uma função
(também a ser definida pelo usuário, mas necessariamente, definida por uma sentença). A rotina já
gera o gráfico da função fornecida pelo usuário e a função “série de Fourier”, para serem comparadas.

• PROGRAMA: FUNÇÃO DEFINIDA POR UMA SENTENÇA


> restart:
> f:=x; # INFORME A FUNÇÃO A SER EXPANDIDA COMO SÉRIE DE FOURIER f := x
> L:=5;# INFORME L := 5
> plot(f,x=-L..L,title="FUNÇÃO ORIGINAL: f(x)"):
> n:=3; # INFORME O NÚMERO DE TERMOS DA SÉRIE DE FOURIER n := 3
> a0:=1/L*int(f,x=-L..L); a0 := 0
> SerieFourier:=a0/2; SerieFourier := 0
> for k from 1 to n do
a[k]:=1/L*int(f*cos(k*Pi*x/L),x=-L..L);
b[k]:=1/L*int(f*sin(k*Pi*x/L),x=-L..L);
SerieFourier:=SerieFourier+a[k]*cos(k*Pi*x/L)+b[k]*sin(k*Pi*x/L);
end do:
SerieFourier:=SerieFourier;
plot([f,SerieFourier],x=-L..L,color=[red, blue],legend=["FUNÇÃO
ORIGINAL", "SÉRIE DE FOURIER"]);

A seguir, tem-se, a morfogênese da série.

• Morfogênese de 3 termos (k = 3)

πx⎞ 2πx⎞ 3πx⎞


10 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 5 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
SerieFourier := ⎝ 5 ⎠− ⎝ 5 ⎠ + 10 ⎝ 5 ⎟⎠
π π 3 π

10 ⎛ π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 2π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 3π ⋅ x ⎞
f ( x) = sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟+ sen ⎜ ⎟
1π ⎝ 5 ⎠ 2π ⎝ 5 ⎠ 3π ⎝ 5 ⎠

50
• Morfogênese de 11 termos (k = 11)

πx⎞ 2πx⎞ 3πx⎞ 4πx⎞


10 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 5 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ 10 ⎝ 5 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎟⎠
SerieFourier := − + −
π π 3 π 2 π

6πx⎞ 7πx⎞ 8πx⎞ 9πx⎞


sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
+
2 sin( π x ) 5
− ⎝ 5 ⎠+ 10 ⎝ 5 ⎠− 5 ⎝ 5 ⎠+ 10 ⎝ 5 ⎟⎠
π 3 π 7 π 4 π 9 π
11 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟
sin( 2 π x ) 10 ⎝ 5 ⎟⎠
− +
π 11 π

10 ⎛ π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 2π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 4π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 11π ⋅ x ⎞
f ( x) = sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟+ sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟ + ... + sen ⎜ ⎟
1π ⎝ 5 ⎠ 2π ⎝ 5 ⎠ 3π ⎝ 5 ⎠ 4π ⎝ 5 ⎠ 11π ⎝ 5 ⎠

51
• Morfogênese de 15 termos (k = 15)

πx⎞ 2πx⎞ 3πx⎞ 4πx⎞


10 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 5 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
SerieFourier := ⎝ 5 ⎠− ⎝ 5 ⎠ + 10 ⎝ 5 ⎠ −5 ⎝ 5 ⎟⎠
π π 3 π 2 π

6πx⎞ 7πx⎞ 8πx⎞ 9πx⎞


sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
2 sin( π x ) 5 ⎝ 5 ⎠ 10 ⎝ 5 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎠ 10 ⎝ 5 ⎟⎠
+ − + − +
π 3 π 7 π 4 π 9 π
11 π x ⎞ 12 π x ⎞ 13 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟

sin( 2 π x ) 10
+ ⎝ 5 ⎠ −5 ⎝ 5 ⎠ + 10 ⎝ 5 ⎟⎠
π 11 π 6 π 13 π
14 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟

5 ⎝ 5 ⎟⎠ + 2 sin( 3 π x )
7 π 3 π

10 ⎛ π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 2π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 4π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 15π ⋅ x ⎞
f ( x) = sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟+ sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟ + ... + sen ⎜ ⎟
1π ⎝ 5 ⎠ 2π ⎝ 5 ⎠ 3π ⎝ 5 ⎠ 4π ⎝ 5 ⎠ 15π ⎝ 5 ⎠

52
• Morfogênese de 21 termos (k = 21)

πx⎞ 2πx⎞ 3πx⎞ 4πx⎞


10 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 5 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
SerieFourier := ⎝ 5 ⎠− ⎝ 5 ⎠ + 10 ⎝ 5 ⎠ −5 ⎝ 5 ⎟⎠
π π 3 π 2 π
6πx⎞ 7πx⎞ 8πx⎞ 9πx⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
2 sin( π x ) 5 ⎝ 5 ⎠ 10 ⎝ 5 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎠ 10 ⎝ 5 ⎟⎠
+ − + − +
π 3 π 7 π 4 π 9 π

11 π x ⎞ 12 π x ⎞ 13 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
sin( 2 π x ) 10 ⎝ 5 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎠ 10 ⎝ 5 ⎟⎠
− + − +
π 11 π 6 π 13 π
14 π x ⎞ 16 π x ⎞ 17 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
5 ⎝ 5 ⎠ 2 sin( 3 π x ) 5 ⎝ 5 ⎠ 10 ⎝ 5 ⎟⎠
− + − +
7 π 3 π 8 π 17 π
18 π x ⎞ 19 π x ⎞ 21 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
5 ⎝ 5 ⎠ 10 ⎝ 5 ⎠ 1 sin( 4 π x ) 10 ⎝ 5 ⎟⎠
− + − +
9 π 19 π 2 π 21 π

10 ⎛ π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 2π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 4π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 21π ⋅ x ⎞
f ( x) = sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟+ sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟ + ... + sen ⎜ ⎟
1π ⎝ 5 ⎠ 2π ⎝ 5 ⎠ 3π ⎝ 5 ⎠ 4π ⎝ 5 ⎠ 21π ⎝ 5 ⎠

53
• Morfogênese de 30 termos (k = 30)

7πx⎞ 16 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
SerieFourier := −
1 sin( 6 π x ) 2 sin( π x ) 10
+ + ⎝ 5 ⎠ −5 ⎝ 5 ⎟⎠
3 π π 7 π 8 π

4πx⎞ 12 π x ⎞ 13 π x ⎞ 26 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
5 ⎝ 5 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎠ 10 ⎝ 5 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎟⎠
− − + −
2 π 6 π 13 π 13 π
9πx⎞ 2πx⎞ 18 π x ⎞ 14 π x ⎞ 6πx⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 5 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
+
10 ⎝ 5 ⎠− ⎝ 5 ⎠ −5 ⎝ 5 ⎠ −5 ⎝ 5 ⎠ −5 ⎝ 5 ⎟⎠
9 π π 9 π 7 π 3 π
11 π x ⎞ πx⎞ 29 π x ⎞ 24 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 10 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
+
10 ⎝ 5 ⎠+ ⎝ 5 ⎠ + 10 ⎝ 5 ⎠− 5 ⎝ 5 ⎟⎠
11 π π 29 π 12 π
23 π x ⎞ 8πx⎞ 17 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
+
10 ⎝ 5 ⎠− 5 ⎝ 5 ⎠+ 10 ⎝ 5 ⎟⎠ − sin( 2 π x ) − 1 sin( 4 π x )
23 π 4 π 17 π π 2 π
3πx⎞ 22 π x ⎞ 27 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
+
10 ⎝ 5 ⎠− 5 ⎝ 5 ⎠+ 10 ⎝ 5 ⎟⎠ + 2 sin( 3 π x )
3 π 11 π 27 π 3 π
19 π x ⎞ 28 π x ⎞ 21 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
10 ⎝ 5 ⎠ 2 sin( 5 π x ) 5 ⎝ 5 ⎠ 10 ⎝ 5 ⎟⎠
+ + − +
19 π 5 π 14 π 21 π

10 ⎛ π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 2π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 4π ⋅ x ⎞ 10 ⎛ 30π ⋅ x ⎞
f ( x) = sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟+ sen ⎜ ⎟− sen ⎜ ⎟ + ... + sen ⎜ ⎟
1π ⎝ 5 ⎠ 2π ⎝ 5 ⎠ 3π ⎝ 5 ⎠ 4π ⎝ 5 ⎠ 30π ⎝ 5 ⎠

54
⎧0, se − 2 < x < 0
2) Dada a função f ( x) = ⎨ , escrevê-la em Série de Fourier.
⎩5, se 0 < x < 2
Solução:
Geometricamente, temos:

a0 ∞ ⎡ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
Como f ( x) = + ∑ ⎢ak ⋅ cos ⎜ ⎟ + bk ⋅ sen ⎜ ⎟⎥ e L = 2, temos:
2 k =1 ⎣ ⎝ L ⎠ ⎝ L ⎠⎦

a0 ∞ ⎡ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
f ( x) = + ∑ ⎢ak ⋅ cos ⎜ ⎟ + bk ⋅ sen ⎜ ⎟⎥
2 k =1 ⎣ ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠⎦

A seguir, tem-se o cálculo dos coeficientes:

• Cálculo de a0 :

a0 =
1 L

L −L
1 0
2 ⎝ −2 0
2

⎠ 2
1 0
( 2 1
2
)
f ( x) dx ⇒ a0 = ⎛⎜ ∫ 0 dx + ∫ 5 dx ⎞⎟ = [0]−2 + 5 [x ]0 = (0 + 10) = 5

• Cálculo de ak :

1 L ⎛ kπ ⋅ x ⎞ 1⎛ 0 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ 2 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎞
ak = ∫
L −L
f ( x) ⋅ cos ⎜
⎝ L ⎠
⎟ dx ⇒ ak = ⎜⎜ ∫ 0 ⋅ cos ⎜
2 ⎝ −2 ⎝ 2 ⎠
⎟ dx + ∫ 5 ⋅ cos ⎜
0
⎝ 2 ⎠ ⎠
⎟ dx ⎟⎟ ⇒

2
1 ⎡ 10 ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤ 5
ak = ⎢ sen⎜ ⎟⎥ = sen (kπ )
2 ⎣ kπ ⎝ 2 ⎠⎦ 0 kπ

Como, sen (kπ ) = 0, k = 1, 2, 3, ... , temos:

5
ak = ⋅0 = 0

55
• Cálculo de bk :
1 L ⎛ kπ ⋅ x ⎞ 1 2 ⎛ kπ ⋅ x ⎞
bk =
L ∫− L
f ( x ) ⋅ sen ⎜
⎝ L ⎠
⎟ dx ⇒ bk =
2 ∫− 2
f ( x) ⋅ sen ⎜
⎝ 5 ⎠
⎟ dx ⇒

2
1⎛ 0 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ 2 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎞ 1 ⎡ 10 ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
bk = ⎜⎜ ∫ 0 ⋅ sen ⎜ ⎟ dx + ∫ 5 ⋅ sen ⎜ ⎟ dx ⎟⎟ ⇒ bk = ⎢− cos⎜ ⎟⎥ ⇒
2 ⎝ −2 ⎝ 2 ⎠ 0
⎝ 2 ⎠ ⎠ 2 ⎣ kπ ⎝ 5 ⎠⎦ 0

bk = −
5
cos (kπ ) +
5
cos (0) =
5
(1 − cos (kπ ))
kπ kπ kπ

Finalmente, como,
a0 ∞ ⎡ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
f ( x) = + ∑ ⎢ak ⋅ cos ⎜ ⎟ + bk ⋅ sen ⎜ ⎟⎥
2 k =1 ⎣ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠⎦
Temos:
5 ∞ ⎡ 5 ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤
f ( x) = + ∑ ⎢ (1 − cos (kπ ) ) ⋅ sen⎜ ⎟⎥ (Série de Fourier)
2 k =1 ⎣ kπ ⎝ 2 ⎠⎦

Expandindo, os termos dessa série, temos:

5 10 ⎛ ⎛π ⋅x ⎞ 1 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 5π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 7π ⋅ x ⎞ ⎞
f ( x) = + ⎜⎜ sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ + ...⎟⎟
2 π ⎝ ⎝ 2 ⎠ 3 ⎝ 2 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎠ 7 ⎝ 5 ⎠ ⎠

A seguir, tem-se as linhas de comando escritas no software Maple (versão 10) para a determinação da
Série de Fourier com um determinado número de termos (a ser definida pelo usuário), uma função
(também a ser definida pelo usuário com várias sentenças). A rotina já gera o gráfico da função
fornecida pelo usuário e a função “série de Fourier”, para serem comparadas.

• PROGRAMA: FUNÇÃO DEFINIDA POR VÁRIAS SENTENÇAS


> restart:
> L:=2;# INFORME L := 2
> f:=piecewise(x>-L and x<0, 0,x>0 and x<L,5); # INFORME A FUNÇÃO A
0 -2 < x and x < 0
SER EXPANDIDA COMO SÉRIE DE FOURIER f := {
5 0 < x and x < 2
> plot(f,x=-L..L,title="FUNÇÃO ORIGINAL: f(x)"):
> n:=5; # INFORME O NÚMERO DE TERMOS DA SÉRIE DE FOURIER n := 5
> a0:=simplify(1/L*int(f,x=-L..L));# PARA UMA MELHOR APRESENTAÇÃO FOI
SIMPLIFICADO. a0 := 5
5
> SerieFourier:=a0/2; SerieFourier :=
2
> for k from 1 to n do
a[k]:=1/L*int(f*cos(k*Pi*x/L),x=-L..L);
b[k]:=1/L*int(f*sin(k*Pi*x/L),x=-L..L);
SerieFourier:=SerieFourier+a[k]*cos(k*Pi*x/L)+b[k]*sin(k*Pi*x/L);
end do:
SerieFourier:=SerieFourier;
plot([f,SerieFourier],x=-L..L,color=[red, blue],legend=["FUNÇÃO
ORIGINAL", "SÉRIE DE FOURIER"]);

56
A seguir, tem-se, a morfogênese da série.

• Morfogênese de 5 termos (k = 5)

πx⎞ 3πx⎞ 5πx⎞


10 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 2 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟
5
SerieFourier := + ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎠+ ⎝ 2 ⎠
2 π 3 π π

5 10 ⎛ 1 ⎛π ⋅x ⎞ 1 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 5π ⋅ x ⎞ ⎞
f ( x) = + ⎜⎜ sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ ⎟⎟
2 π ⎝1 ⎝ 2 ⎠ 3 ⎝ 2 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎠⎠

57
• Morfogênese de 13 termos (k = 13)

πx⎞ 3πx⎞ 5πx⎞ 7πx⎞


10 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 2 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
5
SerieFourier := + ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎠+ ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎟⎠
2 π 3 π π 7 π
9πx⎞ 11 π x ⎞ 13 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
10 ⎝ 2 ⎠ 10 ⎝ 2 ⎠ 10 ⎝ 2 ⎟⎠
+ + +
9 π 11 π 13 π

5 10 ⎛ 1 ⎛π ⋅x ⎞ 1 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 5π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 13π ⋅ x ⎞ ⎞
f ( x) = + ⎜⎜ sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ + ... + sen ⎜ ⎟ ⎟⎟
2 π ⎝1 ⎝ 2 ⎠ 3 ⎝ 2 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎠ 13 ⎝ 5 ⎠⎠

58
• Morfogênese de 23 termos (k = 23)

πx⎞ 3πx⎞ 5πx⎞ 7πx⎞


10 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 2 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
5
SerieFourier := + ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎠+ ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎟⎠
2 π 3 π π 7 π
9πx⎞ 11 π x ⎞ 13 π x ⎞ 15 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
10 ⎝ 2 ⎠ 10 ⎝ 2 ⎠ 10 ⎝ 2 ⎠ 2 ⎝ 2 ⎟⎠
+ + + +
9 π 11 π 13 π 3 π
17 π x ⎞ 19 π x ⎞ 21 π x ⎞ 23 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
10 ⎝ 2 ⎠ 10 ⎝ 2 ⎠ 10 ⎝ 2 ⎠ 10 ⎝ 2 ⎟⎠
+ + + +
17 π 19 π 21 π 23 π

5 10 ⎛ 1 ⎛π ⋅x ⎞ 1 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 5π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 23π ⋅ x ⎞ ⎞
f ( x) = + ⎜⎜ sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ + ... + sen ⎜ ⎟ ⎟⎟
2 π ⎝1 ⎝ 2 ⎠ 3 ⎝ 2 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎠ 23 ⎝ 5 ⎠⎠

59
• Morfogênese de 43 termos (k = 43)

πx⎞ 3πx⎞ 5πx⎞ 7πx⎞


10 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 2 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
5
SerieFourier := + ⎝ 2 ⎠+ 10 ⎝ 2 ⎠+ ⎝ 2 ⎠+ 10 ⎝ 2 ⎟⎠
2 π 3 π π 7 π

9πx⎞ 11 π x ⎞ 13 π x ⎞ 15 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
+
10 ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎠ +2 ⎝ 2 ⎟⎠
9 π 11 π 13 π 3 π
17 π x ⎞ 19 π x ⎞ 21 π x ⎞ 23 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
+
10 ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎟⎠
17 π 19 π 21 π 23 π
25 π x ⎞ 27 π x ⎞ 29 π x ⎞ 31 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
+
2 ⎝ 2 ⎠+ 10 ⎝ 2 ⎠+ 10 ⎝ 2 ⎠+ 10 ⎝ 2 ⎟⎠
5 π 27 π 29 π 31 π
33 π x ⎞ 35 π x ⎞ 37 π x ⎞ 39 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
+
10 ⎝ 2 ⎠ +2 ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎠ + 10 ⎝ 2 ⎟⎠
33 π 7 π 37 π 39 π
41 π x ⎞ 43 π x ⎞
sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
10 ⎝ 2 ⎠ 10 ⎝ 2 ⎟⎠
+ +
41 π 43 π

5 10 ⎛ 1 ⎛π ⋅x ⎞ 1 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 5π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 43π ⋅ x ⎞ ⎞
f ( x) = + ⎜⎜ sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ + sen ⎜ ⎟ + ... + sen ⎜ ⎟ ⎟⎟
2 π ⎝1 ⎝ 2 ⎠ 3 ⎝ 2 ⎠ 5 ⎝ 5 ⎠ 43 ⎝ 5 ⎠⎠

60
SÉRIE DE FOURIER – ANEXOS

Teoria: Adaptada de: RICIERI, A. P. Série de Fourier – Polinômios e outros bichos. São Paulo: Prandiano, 1993.

ANEXO I – COLEÇÃO DE INTEGRAIS

Para k = 1, 2, 3, ... seguem as integrais resolvidas e usadas por Fourier:

π
1) ∫−π sen (kx) dx = 0
Solução:
• Usando o Maple:
> Int(sin(k*x),x=-Pi..Pi)=simplify(int(sin(k*x),x=-Pi..Pi));
π
⌠ sin( k x ) dx = 0

⌡−π
• Resolvendo algebricamente:

π *
∫−π sen ( kx) dx = −
1
[cos (k ⋅ x)]π−π = − 1 [cos (kπ ) − cos (−kπ )]=− 1 [cos (kπ ) − cos (kπ )] = − 1 ⋅ 0 = 0
k k k k
*
A função cosseno é uma função par, ou seja: cos (−kπ ) = cos (kπ )

π
2) ∫−π cos (kx) dx = 0
Solução:
• Usando o Maple:
> Int(cos(k*x),x=-Pi..Pi)=simplify(int(cos(k*x),x=-Pi..Pi));
π
⌠ cos( k x ) dx = 2 sin( π k )

⌡−π k

Nota: Neste exemplo, o Maple não apresenta a solução final simplificada, mesmo que você indique
que quer a resposta simplificada, pois não foi definido para o Maple que o valor de k deve ser apenas
um valor inteiro.

• Resolvendo algebricamente:

[sen (k ⋅ x)]π−π = 1 [sen (kπ ) − sen (−kπ )]= 1 [sen (kπ ) + sen (kπ )]= 1 ⋅ 2sen (kπ ) = 2 ⋅ 0 = 0
π 1 * **

∫π −
cos (kx) dx =
k k k k k

*
A função seno é uma função ímpar, ou seja: sen (−kπ ) = − sen (kπ ) .
**
sen (kπ ) = 0 para k = 1, 2, 3, ...

Observações importantes: Antes de resolver outras integrais considere as três identidades:

sen 2 kx + cos 2 kx = 1 (1)

cos (2kx) = cos 2 kx − sen 2 kx (2)

61
sen (2kx) = 2 sen kx ⋅ cos kx (3)

62
π
∫−π sen (kx) dx = π
2
3)

Solução:

• Usando o Maple:
> Int((sin(k*x))^2,x=-Pi..Pi)=simplify(int((sin(k*x))^2,x=-Pi..Pi));
π
⌠ sin( k x ) 2 dx = −cos( π k ) sin( π k ) + π k

⌡−π k

Nota: Neste exemplo, o Maple não apresenta a solução final simplificada, mesmo que você indique
que quer a resposta simplificada, pois não foi definido para o Maple que o valor de k deve ser apenas
um valor inteiro.

• Resolvendo algebricamente:

Das identidades (2) e (1), temos:

1 − cos (2kx) 1
sen 2 kx = ou sen 2 kx = ⋅ (1 − cos (2kx)) (4)
2 2

Substituindo a identidade (4) na integral dada, temos:

π
π 1 π 1⎡ 1 ⎤
∫−π = ∫ (1 − cos (2kx)) dx = ⎢ x − sen (2kx)⎥
2
sen ( kx ) dx
2 −π 2 ⎣ 2k ⎦ −π
Assim,

π 1⎛ 1 1 ⎞
∫ π sen ( kx) dx = ⎜ π − sen ( 2kπ ) + π + sen (−2kπ ) ⎟
2
− 2⎝ 2k 2k ⎠

Como, sabemos que a função seno é uma função ímpar: sen (−2kπ ) = − sen (2kπ ) , então:

π 1⎛ 1 1 ⎞ 1⎛ 1 ⎞
∫ π sen ( kx) dx = ⎜ π − sen (2kπ ) + π − sen ( 2kπ ) ⎟ = ⎜ 2π − sen (2kπ ) ⎟
2
− 2⎝ 2k 2k ⎠ 2⎝ k ⎠

Por outro lado, sen (2kπ ) = 0 para k = 1, 2, 3, ...

Portanto:

π
∫ π sen (kx) dx = π
2

63
π
∫−π cos (kx) dx = π
2
4)

Solução:

• Usando o Maple:

> Int((cos(k*x))^2,x=-Pi..Pi)=simplify(int((cos(k*x))^2,x=-Pi..Pi));
π
⌠ cos( k x ) 2 dx = cos( π k ) sin( π k ) + π k

⌡ −π
k

Nota: Neste exemplo, o Maple não apresenta a solução final simplificada, mesmo que você indique
que quer a resposta simplificada, pois não foi definido para o Maple que o valor de k deve ser apenas
um valor inteiro.

• Resolvendo algebricamente:

Das identidades (1) e (2) resulta:

cos 2 (kx) =
1
(1 + cos (2kx)) (5)
2

Isto é:
π π
1 π 1⎡ 1 ⎤
∫−π cos 2 (kx) dx = ∫
2 −π
(1 + cos (2kx)) dx = ⎢ x +
2⎣ 2k
sen (2kx)⎥
⎦ −π

Assim,

π 1⎛ 1 1 ⎞
∫−π cos ( kx) dx = ⎜ π + sen ( 2kπ ) + π − sen ( −2kπ ) ⎟
2
2⎝ 2k 2k ⎠

Como, sabemos que a função seno é uma função ímpar: sen (−2kπ ) = − sen (2kπ ) , então:

π 1⎛ 1 1 ⎞
∫ π cos ( kx) dx = ⎜ π + sen ( 2kπ ) + sen ( 2kπ ) ⎟
2
− 2⎝ 2k 2k ⎠

Por outro lado, sen (2kπ ) = 0 para k = 1, 2, 3, ...

Portanto:

π
∫ π cos (kx) dx = π
2

64
π
5) ∫−π sen (kx) ⋅ cos (kx) dx = 0
Solução:
• Usando o Maple:
> Int(sin(k*x)*(cos(k*x)),x=-Pi..Pi)=simplify(int(sin(k*x)*(cos(k*x)),x=-Pi..Pi));
π
⌠ sin( k x ) cos( k x ) dx = 0

⌡−π

• Resolvendo algebricamente:

Usando a identidade (3), temos:


π 1 π
∫−π sen (kx) ⋅ cos (kx) dx = 2 ∫−π sen (2kx) dx = − 4k [cos (2kx)]−π = − 4k (cos (2kπ ) − cos (−2kπ ))
1 π 1

Por outro lado, a função cosseno é par, isto é: cos (−2kπ ) = cos (2kπ ).

Portanto:
π
∫−π sen (kx) ⋅ cos (kx) dx = 0
Nota: Poderíamos ter resolvido este problema, usando o método da substituição de variável.

π 2π
6) ∫−π x ⋅ sen (kx)dx = −
k
cos kπ
Solução:
• Usando o Maple:
> Int(x*sin(k*x),x=-Pi..Pi)=simplify(int(x*sin(k*x),x=-Pi..Pi));
π
⌠ x sin( k x ) dx = − 2 ( −sin( π k ) + cos( π k ) k π )

⌡−π k2

• Resolvendo algebricamente:

Aplicando integração por partes: Lembre-se: u dv = u ⋅ v − v du ∫
u = x ⇒ du = dx
1
dv = sen (kx) dx ⇒ v = ∫ sen (kx) dx = − cos (kx)
k
Ou seja:
π π
π ⎡ ⎛ 1 ⎞⎤ π ⎛ 1 ⎞ ⎡ x ⎤ 1 π
∫−π x ⋅ sen (kx)dx = ⎢⎣ x ⋅ ⎜⎝ − k cos (kx) ⎟⎠⎥⎦ −π − ∫−π ⎜⎝ − k cos (kx) ⎟⎠dx = ⎢⎣− k cos (kx)⎥⎦ −π + k ∫−π cos (kx) dx
π
π *
⎡x ⎤ 1 ** ⎛ π (−π ) ⎞ ⎛π π ⎞
∫−π x ⋅ sen ( kx ) dx = − ⎢⎣ k cos ( kx ) ⎥⎦
−π
+
k
⋅ 0 =− ⎜ cos (kπ ) −
⎝k k
cos (−kπ ) ⎟ = −⎜ cos (kπ ) + cos (kπ ) ⎟
⎠ ⎝k k ⎠
* π **
No problema 2, vimos que: ∫−π cos (kx) dx = 0 . Por outro lado, sabemos que a função cosseno é
par, ou seja: cos (−kπ ) = cos (kπ ).

Portanto:

65
π 2π
∫−π x ⋅ sen (kx)dx = − k
cos kπ
π
7) ∫−π x ⋅ cos (kx)dx = 0
Solução:
• Usando o Maple.
> Int(x*cos(k*x),x=-Pi..Pi)=simplify(int(x*cos(k*x),x=-Pi..Pi));
π

⎮ x cos( k x ) dx = 0
⌡−π

• Resolvendo algebricamente:
Aplicando integração por partes: Lembre-se: u dv = u ⋅ v − v du ∫ ∫
u = x ⇒ du = dx
1
dv = cos (kx) dx ⇒ v = ∫ cos (kx) dx = sen (kx)
k

Ou seja:
π π
π ⎡ ⎛1 ⎞⎤ π ⎛1 ⎞ ⎡x ⎤ 1 π
∫−π x ⋅ cos (kx)dx = ⎢⎣ x ⋅ ⎜⎝ k sen (kx) ⎟⎠⎥⎦ −π − ∫−π ⎜⎝ k sen (kx) ⎟⎠dx = ⎢⎣ k sen (kx)⎥⎦ −π − k ∫−π sen (kx) dx =
π
π ⎡
* x
⎤ 1 π (−π ) ** π π
∫−π x ⋅ cos ( kx ) dx = ⎢⎣ k sen ( kx ) ⎥⎦
−π

k
⋅ 0 =
k
sen ( kπ ) −
k
sen ( − kπ ) =
k
sen (kπ ) − sen (kπ ) = 0
k

* π **
No problema 1, vimos que: ∫−π sen (kx) dx = 0 . Por outro lado, sabemos que a função seno é uma
função ímpar, ou seja: sen (−kπ ) = − sen (kπ ) .

Portanto,
π
∫ π x ⋅ cos (kx) dx = 0

66
ANEXO II – COLEÇÃO DE SÉRIES DE FOURIER

⎧− x + 1, se − π < x < 0
1) f ( x) = ⎨
⎩ x + 1, se 0 < x < π

π 4⎛ cos (3 x) cos (5 x) cos (7 x) ⎞


f ( x) = +1− ⎜ cos ( x) + + + ... ⎟
2 π⎝ 32 52 72 ⎠

2) f ( x) = x 2 para − π < x < π

π2 ⎛ cos ( x) cos (2 x) cos (3x) cos (4 x) ⎞


f ( x) = − 4⎜ 2 − + − + ... ⎟
⎝ 1 ⎠
2 2 2
3 2 3 4

3) f ( x) = | sen x | para − π < x < π

2 4 ⎛ cos ( 2 x) cos ( 4 x) cos (6 x) cos (8 x) ⎞


f ( x) = − ⎜ + + + + ... ⎟
π π ⎝ 1⋅ 3 3⋅5 5⋅7 7 ⋅9 ⎠

⎧ π
⎪⎪0, se − w < x < 0
4) f ( x) = ⎨
⎪sen ( w ⋅ x), se 0 < x < π
⎪⎩ w

1 1 2 ⎛ cos ( 2 w ⋅ x) cos ( 4 w ⋅ x) ⎞
f ( x) = + sen ( w ⋅ x) − ⎜ + + ... ⎟
π 2 π⎝ 1⋅ 3 3⋅5 ⎠

5) f ( x) = senh ( w ⋅ x) para − π < x < π

2 senh ( wπ ) ⎛ sen ( x) 2 sen (2 x) 3sen (3 x) ⎞


f ( x) = ⎜ 2 − 2 + 2 + ... ⎟
π ⎝1 + w
2
2 +w 2
3 +w 2

6) f ( x) = cosh ( w ⋅ x) para − π < x < π

2 senh ( wπ ) ⎛ 1 cos ( x) cos ( 2 x) ⎞


f ( x) = ⎜ 2− 2 + 2 2 + ... ⎟
π ⎝ 2w 1 + w
2
2 w ⎠

67
⎧− cos ( x), se − π < x < 0
7) f ( x) = ⎨
⎩cos ( x), se 0 < x < π

8 ⎛ sen ( 2 x) 2 sen ( 4 x) 3sen (6 x) ⎞


f ( x) = ⎜ + + + ... ⎟
π ⎝ 1⋅ 3 3⋅5 5⋅7 ⎠

8) f ( x) = − x ⋅ ( x − π ) para 0 < x < π

π 2 ⎛ cos (2 x) cos (4 x) cos (6 x) ⎞


f ( x) = −⎜ + + + ...⎟
6 ⎝ 12
2 2
3 2

⎧− 1, se − π < x < 0
9) f ( x) = ⎨
⎩1, se 0 < x < π

4 ⎛ sen (1x) sen (3 x) sen (5 x) ⎞


f ( x) = ⎜ + + + ... ⎟
π⎝ 1 3 5 ⎠

⎧− x, se − π < x < 0
10) f ( x) = ⎨
⎩ x, se 0 < x < π

π 4 ⎛ cos (1x) cos (3 x) cos (5 x) ⎞


f ( x) = − ⎜ + + + ... ⎟
2 π⎝ 1 2
3 2
5 2

11) f ( x) = x para − π < x < π

⎛ sen (1x) sen ( 2 x) sen (3 x) ⎞


f ( x) = 2 ⎜ − + − ... ⎟
⎝ 1 2 3 ⎠

12) f ( x) = x para − 3 < x < 3

6 ⎛π ⋅x ⎞ 6 ⎛ 2π ⋅ x ⎞ 6 ⎛ 3π ⋅ x ⎞
f ( x) = ⋅ sen ⎜ ⎟− ⋅ sen ⎜ ⎟+ ⋅ sen ⎜ ⎟ − ...
1⋅ π ⎝ 3 ⎠ 2 ⋅π ⎝ 3 ⎠ 3⋅π ⎝ 3 ⎠

68
⎧ x − 2, se − π < x < 0
13) f ( x) = ⎨
⎩ x + 2, se 0 < x < π

⎛ 8 + 2π ⎞ 2 ⎛ 8 + 2π ⎞ 2
f ( x) = ⎜ ⎟ sen ( x) − sen ( 2 x) + ⎜ ⎟ sen (3 x) − sen ( 4 x) + ...
⎝ π ⎠ 2 ⎝ 3π ⎠ 4

14) f ( x) = x para 0 < x < 2π

⎛ sen (1x) sen ( 2 x) sen (3 x) ⎞


f ( x) = π − 2 ⎜ + + + ... ⎟
⎝ 1 2 3 ⎠

⎧0, se − 2 < x < 0


15) f ( x) = ⎨
⎩3, se 0 < x < 2
3 6 ⎛ ⎛π ⋅x ⎞ 1 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 5π ⋅ x ⎞ ⎞
f ( x) = + ⋅ ⎜⎜ sen ⎜ ⎟ + ⋅ sen ⎜ ⎟ + ⋅ sen ⎜ ⎟ + ...⎟⎟
2 π ⎝ ⎝ 2 ⎠ 3 ⎝ 2 ⎠ 5 ⎝ 2 ⎠ ⎠

⎧sen x se 0 < x < π


16) f ( x) = ⎨
⎩0 se π < x < 2π

11 2 ⎛ cos ( 2 x) cos ( 4 x) cos (6 x) ⎞


f ( x) = + sen ( x) − ⎜ + + + ... ⎟
π 2 π ⎝ 1⋅ 3 3⋅5 3⋅5 ⎠

69
Lista de Exercícios Propostos para a Revisão dos Conceitos - Séries de Fourier

1) Nos problemas a seguir, determine a Série de Fourier de f no intervalo dado. Exiba os 5 (cinco)
primeiros termos dessa série.
a) f ( x) = 1 para − π < x < π Resposta: SerieFourier := 1
b) f ( x) = 1 para − 2 < x < 2 Resposta: SerieFourier := 1

c) f ( x) = c com c ∈ ℜ* para − π < x < π Resposta: SerieFourier := c

d) f ( x) = c com c ∈ ℜ* para − 10 < x < 10 Resposta: SerieFourier := c


e) f ( x) = x para − π < x < π
2 1 2
Resposta: SerieFourier := 2 sin( x ) − sin( 2 x ) + sin( 3 x ) − sin( 4 x ) + sin( 5 x )
3 2 5
f) f ( x) = x para − 3 < x < 3 Resposta:
πx⎞ ⎛2πx⎞ 4πx⎞ 5πx⎞
6 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ 3 sin⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟⎟
SerieFourier := ⎝ 3 ⎠− ⎝ 3 ⎠ + 2 sin( π x ) − 3 ⎝ 3 ⎠ +6 ⎝ 3 ⎠
π π π 2 π 5 π

g) f ( x) = x 2 para − π < x < π


π2 4 1 4
Resposta: SerieFourier := 3 − 4 cos( x ) + cos( 2 x ) − 9 cos( 3 x ) + 4 cos( 4 x ) − 25 cos( 5 x )

h) f ( x) = x 2 para − 4 < x < 4 Resposta:


πx⎞ ⎛πx⎞ 3πx⎞ 5πx⎞
64 cos⎛⎜⎜ ⎟⎟ 16 cos⎜⎜ ⎟⎟ cos⎛⎜⎜ ⎟⎟ cos⎛⎜⎜ ⎟⎟
SerieFourier := 16
− ⎝ 4 ⎠+ ⎝ 2 ⎠ − 64 ⎝ 4 ⎠ + 4 cos( π x ) − 64 ⎝ 4 ⎠
3 π2 π2 9 π2 π2 25 π2
2) Nos problemas a seguir, determine a Série de Fourier de f no intervalo dado. Exiba os 5 (cinco)
primeiros termos dessa série.
⎧0, se − π < x < 0 1 1 ∞ 1 − (−1) k
a) f ( x) = ⎨ Resposta: f ( x) = + ∑ sen (k ⋅ x)
⎩1, se 0 < x < π 2 π k =1 k
1 2 sin( x ) 2 sin( 3 x ) 2 sin( 5 x )
SerieFourier := + + +
2 π 3 π 5 π

⎧− 1, se − π < x < 0 4 sin( x ) 4 sin( 3 x ) 4 sin( 5 x )


b) f ( x) = ⎨ Resposta: SerieFourier := + +
⎩1, se 0 < x < π π 3 π 5 π

⎧0, se − 5 < x < 0


c) f ( x) = ⎨
⎩1, se 0 < x < 5
πx⎞ 3πx⎞
2 sin⎛⎜⎜ ⎟⎟ sin⎛⎜⎜ ⎟
1 ⎝ 5 ⎠ 2 ⎝ 5 ⎟⎠ 2 sin( π x )
Resposta: SerieFourier := + + +
2 π 3 π 5 π
⎧ x, se − π < x < 0
d) f ( x) = ⎨ Resposta:
⎩1, se 0 < x < π

70
π 1 2 cos( x ) ( 2 + π ) sin( x ) 1 2 cos( 3 x )
SerieFourier := − + + + − sin( 2 x ) +
4 2 π π 2 9 π
⎛ 2 + π ⎞ sin( 3 x ) ⎛ 2 + π ⎞ sin( 5 x )
⎜⎜ 3 3 ⎟⎟ ⎜
2 cos( 5 x ) ⎜⎝ 5 5 ⎟⎠

+⎝ ⎠ 1
− sin( 4 x ) + +
π 4 25 π π

⎧1, se − 1 < x < 0


e) f ( x) = ⎨ Resposta:
⎩ x, se 0 < x < 1
3 2 cos( π x ) sin( π x ) 1 sin( 2 π x ) 2 cos( 3 π x ) 1 sin( 3 π x )
SerieFourier := − − − − −
4 π2 π 2 π 9 π2 3 π
1 sin( 4 π x ) 2 cos( 5 π x ) 1 sin( 5 π x )
− − −
4 π 25 π2 5 π

⎧ x, se − π < x < 0
f) f ( x) = ⎨ Resposta:
⎩0, se 0 < x < π
π 2 cos( x ) 1 2 cos( 3 x ) 1
SerieFourier := − + + sin( x ) − sin( 2 x ) + + sin( 3 x )
4 π 2 9 π 3
1 2 cos( 5 x ) 1
− sin( 4 x ) + + sin( 5 x )
4 25 π 5

3) Nos problemas a seguir, determine a Série de Fourier de f no intervalo dado. Exiba os 5 (cinco)
primeiros termos dessa série.
⎧− x, se − π < x < 0
a) f ( x) = | x | para − π < x < π ou seja f ( x) = ⎨
⎩ x, se 0 < x < π
π 4 cos( x ) 4 cos( 3 x ) 4 cos( 5 x )
Resposta: SerieFourier := − − −
2 π 9 π 25 π

⎧− x, se − 7 < x < 0
b) f ( x) = | x | para − 7 < x < 7 ou seja f ( x) = ⎨
⎩ x, se 0 < x < 7
πx⎞ 3πx⎞ 5πx⎞
28 cos⎛⎜⎜ ⎟⎟ cos⎛⎜⎜ ⎟⎟ cos⎛⎜⎜ ⎟⎟
Resposta: SerieFourier := 7 − ⎝ 7 ⎠ − 28 ⎝ 7 ⎠ − 28 ⎝ 7 ⎠
2 π2 9 π2 25 π2
⎧− x + 1, se − π < x < 0
c) f ( x) = ⎨
⎩ x + 1, se 0 < x < π
π 4 cos( x ) 4 cos( 3 x ) 4 cos( 5 x )
Resposta: SerieFourier := + 1 − − −
2 π 9 π 25 π
⎧− x + 2, se − π < x < 0 π
Resposta: + 2 − [cos x + cos 2 x + cos 3x + ...]
4
d) f ( x) = ⎨
⎩ x + 2, se 0 < x < π 2 π
π 4 cos( x ) 4 cos( 3 x ) 4 cos( 5 x )
SerieFourier := + 2 − − −
2 π 9 π 25 π

⎧− x + c, se − π < x < 0 π
e) f ( x) = ⎨ Resposta: [cos x + cos 2 x + cos 3x + ...]
+c−
4
⎩ x + c, se 0 < x < π 2 π
π 4 cos( x ) 4 cos( 3 x ) 4 cos( 5 x )
SerieFourier := + c − − −
2 π 9 π 25 π

71
4) Nos problemas a seguir, determine a Série de Fourier de f no intervalo dado. Exiba os 5 (cinco)
primeiros termos dessa série.
Dada a função f ( x) = ax + b , ver o que muda, variando:
(i) Apenas o valor de b.
(ii) Apenas o valor de a.
(iii) Apenas o valor de a, ficando b = 0.
a) f ( x) = x para − π < x < π Resposta:
b) f ( x) = x + 1 para − π < x < π Resposta:
c) f ( x) = x + 2 para − π < x < π Resposta:
d) f ( x) = 2 x para − π < x < π Resposta:
e) f ( x) = 2 x + 1 para − π < x < π Resposta:
f) f ( x) = 2 x + 2 para − π < x < π Resposta:
g) f ( x) = 3x para − π < x < π Resposta:
h) f ( x) = 3x + 1 para − π < x < π Resposta:
i) f ( x) = 3x + 2 para − π < x < π Resposta:
j) f ( x) = x + b para − π < x < π Resposta:
k) f ( x) = ax para − π < x < π Resposta:
l) f ( x) = ax + b para − π < x < π Resposta:
m) f ( x) = x 2 para − π < x < π Resposta:
n) f ( x) = x 3 para − π < x < π Resposta:
o) f ( x) = x para − π < x < π
4
Resposta:
p) f ( x) = x n com n ∈ Z para − π < x < π Resposta:

Conclusão: A diferença entre f ( x) e f ( x) + c na Série de Fourier, como é lógico, é apenas o valor


de c , ou seja: f (x) = a0/2 + expressão de senos e cossenos e f ( x) + c = a0/2 + expressão de senos e
cossenos + c.

5) Nos problemas a seguir, determine a Série de Fourier de f no intervalo dado. Exiba os 5 (cinco)
primeiros termos dessa série.
⎧0, se − π < x < 0 1 1 ∞ 1 − (−1) k
a) f ( x) = ⎨ Resposta: f ( x) = + ∑ sen (k ⋅ x)
⎩1, se 0 < x < π 2 π k =1 k
ex − ex ex + ex
b) f ( x) = e para − π < x < π Lembre-se: senh x =
x
e cosh x = .
2 2
2 senh π ⎡ 1 ∞ (−1) k ⎤
Resposta: f ( x) = ⎢ +∑ ⋅ (cos (k ⋅ x) − k ⋅ sen (k ⋅ x) )⎥
π ⎣ 2 k =1 1 + k
2

Solução:
eπ − e − π
π −π
senh π 2 senh π
1 π
π −π π
1
[ ]
π 1
π
[
a0 = ∫ e x dx = e x −π = eπ − e −π = ] e −e
π
= 2
π
=
π
=
π
2 2
1 π ⎛k⋅x⎞ 1 π x ⎛k⋅x⎞ *
ak = ∫ f ( x) ⋅ cos ⎜ ⎟ dx = ∫−π e ⋅ cos ⎜ ⎟ dx =...
π − π
⎝ L ⎠ π ⎝ π ⎠
1 π ⎛k⋅x⎞ 1 π ⎛k⋅x⎞ *
bk = ∫ f ( x) ⋅ sen ⎜ ⎟ dx = ∫ e x ⋅ sen ⎜ ⎟ dx =...
π −π ⎝ L ⎠ π −π ⎝ π ⎠

*
Este exercício é trabalhoso, pois exige integração por partes duas vezes e ainda voltar.
72
⎧0, se − π < x < 0
6) Desenvolva f ( x) = ⎨ em Série de Fourier.
⎩π − x, se 0 < x < π
π 1 − (−1) k 1 π ∞ ⎛ 1 − (−1) k 1 ⎞
Resposta: a0 = , ak = e bk = ⇒ f ( x) = + ∑ ⎜⎜ ⋅ cos (k ⋅ x) + ⋅ sen (k ⋅ x) ⎟⎟
2 k π
2
k 4 k =1 ⎝ k π
2
k ⎠

7) Vamos admitir que exista uma Série de Fourier que converge para a função f definida por:

⎧− x, se − 2 ≤ x < 0
f ( x) = ⎨ e f ( x + 4) = f ( x)
⎩ x, se 0 ≤ x < 2

Determinar os coeficientes desta Série de Fourier.

Solução: Esta função é uma onda triangular como mostra a figura abaixo (obtida com o auxílio do
software Maple 10)

Onde os coeficientes são dados por:

1 0 1 2
a0 = ∫
2 −2
(− x) dx +
2 0 ∫
( x) dx = ... = 1 + 1 = 2

1 0 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ 1 0 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ *
ak = ∫
2 −2
( − x) ⋅ cos ⎜
⎝ 2 ⎠
⎟ dx + ∫ ( x) ⋅ sen ⎜
2 −2 ⎝ 2 ⎠
⎟ = ...

*
Estas integrais podem ser calculadas mediante integração por partes (Lembre-se:

∫ u dv = u ⋅ v − ∫ v du ), o que se apresenta:
2 2
1⎡ 2 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎛ 2 ⎞ ⎛ kπ ⋅ x ⎞⎤ 1⎡ 2 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎛ 2 ⎞ ⎤
2 2

a k = ⎢− ⋅ x ⋅ sen ⎜ −
⎟ ⎜ ⎟ ⋅ cos ⎜ ⎟⎥ + ⎢ x ⋅ sen ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⋅ cos (kπ )⎥
+
2 ⎢⎣ kπ ⎝ 2 ⎠ ⎝ kπ ⎠ ⎝ 2 ⎠⎥⎦ 0 2 ⎢⎣ kπ ⎝ 2 ⎠ ⎝ kπ ⎠ ⎥⎦ 0

Assim,

73
1⎡ ⎛ 2 ⎞ ⎛ 2 ⎞ ⎛ 2 ⎞ ⎤
2 2 2 2
⎛ 2 ⎞
a k = ⎢− ⎜ ⎟ +⎜ ⎟ ⋅ cos (kπ ) + ⎜ ⎟ ⋅ cos (kπ ) − ⎜ ⎟ ⎥=
4
(cos kπ − 1), k = 1, 2, 3, ...
2 ⎢⎣ ⎝ kπ ⎠ ⎝ kπ ⎠ ⎝ kπ ⎠ ⎝ kπ ⎠ ⎥⎦ (kπ )
2

Ou seja:
⎧ 8
⎪− , se k é par
ak = ⎨ (kπ ) 2
⎪0, se k é par

Finalmente, pela equação do bk , de maneira semelhante, que bk = 0, k = 1, 2, 3, ... Ou melhor, lembre-se


que a função dada é uma função par, por isso não há necessidade de calcularmos bk , pois o mesmo
sempre é nulo quando a função f (x) é par.

Com a substituição dos coeficientes na Série de Fourier, obtemos:


⎛ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎞
⎜ cos⎜ ⎟⎟
8 ⎡ ⎛π ⋅x ⎞ 1 ⎛ 3π ⋅ x ⎞ 1 ⎛ 5π ⋅ x ⎞ ⎤ 8 ∞
⎜ ⎝ 2 ⎠⎟
f ( x) = 1 − 2 ⎢
cos ⎜
π ⎣ ⎝ 2 ⎠ 3
⎟ + 2 cos ⎜
⎝ 2 ⎠ 5
⎟ + 2 cos ⎜
⎝ 2 ⎠
⎟ + ...⎥ = 1 − 2
⎦ π

k =1, 3, 5, ...
⎜ k2 ⎟
⎜ ⎟
⎝ ⎠
⎛ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎞ ⎛ ⎛ (2k − 1)π ⋅ x ⎞ ⎞

⎜ cos⎜ ⎟⎟ ∞
⎜ cos⎜ ⎟⎟
8 ⎜ ⎝ 2 ⎠ ⎟ = 1− 8 ⋅ ⎜ ⎝ ⎠⎟
∑ 2 ∑ ⎜
2
f ( x) = 1 − ⋅
π2 k =1, 3, 5, ...
⎜ k 2 ⎟ π k =1 (2k − 1) 2 ⎟
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠

⎧0, se − 3 < x < −1



8) Seja f ( x) = ⎨1, se − 1 < x < 1 e suponha que f ( x + 6) = f ( x). Determinar os coeficientes da
⎪0, se 1 < x < 3

Série de Fourier para f .
Solução: Uma vez que f tem período 6, conclui-se que, neste problema, L = 3. Então, a Série de
Fourier da função f tem os coeficientes:

f ( x) dx = ⎛⎜ ∫ 0 dx + ∫ 1dx + ∫ 0 dx ⎞⎟ = ⎛⎜ ∫ 0 dx + ∫ 1dx + ∫ 0 dx ⎞⎟ =
1 3 1 −1 1 3 1 −1 1 3 1
a0 = ∫
3 −3 3 ⎝ −3 −1 1 ⎠ 3 ⎝ −3 −1 1 ⎠ 3

1
1 1 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎡ 1 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎤ 2 ⎛ kπ ⎞
ak = ∫ cos ⎜ ⎟ dx = ⎢ sen ⎜ ⎟⎥ = sen ⎜ ⎟ , k = 1, 2, 3,...
3 −1
⎝ 3 ⎠ ⎣ kπ ⎝ 3 ⎠ ⎦ −1 kπ ⎝ 3 ⎠

1
1 1 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎡ 1 ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎤
bk = ∫ sen ⎜ ⎟ dx = ⎢− cos ⎜ ⎟ ⎥ = 0, k = 1, 2, 3,...
3 −1 ⎝ 3 ⎠ ⎣ kπ ⎝ 3 ⎠ ⎦ −1

Assim, a Série de Fourier para f é:


1 ∞ ⎛ 2 ⎛ kπ ⎞ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎞
f ( x) = + ∑ ⎜⎜ ⋅ sen ⎜ ⎟ ⋅ cos ⎜ ⎟ ⎟⎟
3 k =1 ⎝ kπ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠⎠
Ou

74
⎛ ⎛ 2π ⋅ x ⎞ ⎛ 4π ⋅ x ⎞ ⎛ 5π ⋅ x ⎞ ⎞
⎜ cos ⎜ ⎟ cos ⎜ ⎟ cos ⎜ ⎟ ⎟
3⎜ ⎛π ⋅x ⎞ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠ ⎝ 3 ⎠
+ ...⎟
1
f ( x) = + cos ⎜ ⎟+ − −
3 π ⎜ ⎝ 3 ⎠ 2 4 5 ⎟
⎜ ⎟
⎝ ⎠

75
9) Determine a série de Fourier das seguintes funções assumindo-as periódicas de período p = 2π .
Estude as séries obtidas quanto à convergência e indique os pontos, caso existam, em que a sua
soma é igual a f (x).
a) f ( x) = x 2 com 0 ≤ x < 2π
b) f ( x) = x + | x | com − π < x ≤ π
⎧1, se − π < x < 0
c) f ( x) = ⎨
⎩− 1, se 0 < x ≤ π
⎧ π π
⎪⎪ x, se − 2 ≤ x ≤ 2
d) f ( x) = ⎨
⎪π − x, se π ≤ x ≤ 3π
⎪⎩ 2 2

10) Determine a série de Fourier das seguintes funções periódicas de período p = 2L. Estude as séries
obtidas quanto à convergência e indique os pontos, caso existam, em que a sua soma é igual a
f (x).
⎧0, se − 2 ≤ x < 0
a) f ( x) = ⎨ , p = 2L = 4
⎩2, se 0 < x < 2
b) f ( x) = 1 − x 2 com − 1 ≤ x ≤ 1, p = 2 L = 2
⎧ x, se 0 < x < 1
c) f ( x) = ⎨ , p = 2L = 2
⎩1 − x, se 1 < x ≤ 2
d) f ( x) = π ⋅ sen (π ⋅ x) com 0 ≤ x ≤ 1, p = 2 L = 1

11) Considere as funções f e g definidas do seguinte modo:


⎧ π π
k , se − < x <
⎪⎪
2
2 2 e g ( x) = x com − π ≤ x ≤ π
f ( x) = ⎨
⎪0, se π < x ≤ 3π 2
⎪⎩ 2 2
a) Estude f e g quanto à paridade (função par).
b) Determine a série de Fourier de f e g . Estude as séries obtidas quanto à convergência e indique
os pontos, caso existam, em que a sua soma é igual a f (x) e g (x), respectivamente.

12) Usando o item b do exercício anterior, mostre que:


1 1 1 π
a) 1 − + − + ... =
3 5 7 4
1 1 1 π2
b) 1 + + + + ... =
4 9 16 6
1 1 1 π2
c) 1 − + − + ... =
4 9 16 12

13) Determine tanto a série de Fourier dos cosenos como a série de Fourier dos senos das seguintes
funções. Estude as séries obtidas quanto à convergência e indique os pontos, caso existam, em que
a sua soma é igual a f (x).
a) f ( x) = 1 com 0 < x < L
b) f ( x) = π − x com 0 < x ≤ π
c) f ( x) = e x com 0 < x < L

76
REVISÃO PARA A PROVA:

⎧0, se − π < x < 0 ⎧ x, se − 3 < x < 0 ⎧− x + 5, se − π < x < 0


1) f ( x) = ⎨ 2) f ( x) = ⎨ 3) f ( x) = ⎨
⎩2, se 0 < x < π ⎩0, se 0 < x < 3 ⎩ x + 5, se 0 < x < π

• REVISÃO DE INTEGRAIS

L
1) ∫− L sen x ⋅ cos x dx = 0
Solução:
Fazendo: u = sen x ⇒ du = cos x dx , temos:

L L
L L ⎡u2 ⎤ ⎡ sen 2 x ⎤ sen 2 L sen 2 (− L)
∫−L
sen x ⋅ cos x dx = ∫
−L
u du = ⎢ ⎥ = ⎢
⎢⎣ 2 ⎥⎦ − L ⎢⎣ 2 ⎥⎦ − L
⎥ =
2

2
=

( sen ( L)) 2 ( sen (− L)) 2 ( sen L) 2 (− sen L) 2 sen 2 L sen 2 L


= − = − = − =0
2 2 2 2 2 2

Obs.: Usamos o fato da função seno ser uma função ímpar, ou seja: sen (− x) = − sen ( x), ∀ x∈ ℜ.

π
Nota: Sub-exemplo importante: ∫−π sen x ⋅ cos x dx = 0
Usando o Maple, temos:

> Int(sin(x)*(cos(x)),x=-L..L)=simplify(int(sin(x)*(cos(x)),x=-L..L));
L
⌠ sin( x ) cos( x ) dx = 0

⌡−L

• REVISÃO DE PERÍODOS

Uma função f é periódica, com período p > 0, se o domínio de f contiver x + p sempre que x for nele
contido, e se:

f(x + p) = f(x)

para qualquer valor de x.

Obs.: Decorre imediatamente da definição que se p for um período de f, então 2p também é um


período e na realidade qualquer múltiplo inteiro de p é um período. O menor valor de p para o qual
f(x + p) = f(x) é o período fundamental de f. A propósito, deve-se observar que uma constante pode
ser imaginada como uma função periódica com um período arbitrário, mas sem período fundamental.

Exemplos:

- O período das funções sen x e cos x é 2π .



- O período das funções sen2 x e cos 2 x é = π.
2

77

- O período das funções sen3x e cos 3x é .
3
2π π
- O período das funções sen4 x e cos 4 x é = .
4 2

and so on

⎛ kπ ⋅ x ⎞ ⎛ kπ ⋅ x ⎞ 2π L 2L
Portanto, o período das funções sen ⎜ ⎟ e cos ⎜ ⎟ é = 2π ⋅ =
⎝ L ⎠ ⎝ L ⎠ kπ kπ k
L
Dica: Se duplicar a velocidade de meu trabalho, terminarei o mesmo na metade do tempo, se triplico a
velocidade gastarei a terça parte do tempo, o período das funções senos e cossenos seguem essa
mesma lei.

DETALHES

Observamos, de passagem, que o primeiro termo da Série de Fourier, foi escrito como a0/2, e não a0, a
fim de simplificar a fórmula da dedução dos coeficientes da série. Observe, também que o termo
constante a0/2, na série é o valor médio de f sobre o intervalo [-L, L].
1)

APLICAÇÃO

1) Análise de Sistemas Mecânicos ou Elétricos excitados por agentes externos periódicos.

2)

PAR OU ÍMPAR?

Funções pares: Uma função f(x) é uma função par se para todo x pertencente ao domínio de f, tem-se:
f(-x) = f(x).
Observe que as funções pares são simétricas em relação ao eixo vertical (eixo OY).
Exemplos: 1) f(x) = x2 2) f(x) = x4 3) f(x) = cos (x)

Funções ímpares: Uma função f(x) é uma função ímpar se para todo x pertencente ao domínio de f,
tem-se: f(-x) = -f(x).
Observe que as funções ímpares são simétricas à origem (0, 0) do sistema de eixos cartesiano.
Exemplos: 1) f(x) = x 2) f(x) = x3 3) f(x) = sen (x)

78

Você também pode gostar