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2 8 / 0 3 / 2 0 1 9 P O R P R E SYS I N S T R U M E N TO S
Transmissão de Sinais
O tema desse artigo será a Transmissão de Sinais e os transmissores, onde serão
mencionados os conceitos do assunto, destacando as fórmulas e cálculos que
compõem cada tópico.
O que é um transmissor?
A de nição de transmissor dada em (LIPTÁK, 1970) é “Transmissor é um dispositivo
que mede uma variável de processo através de um elemento primário (sensor), e que
tem uma saída cujo valor em regime estacionário é uma função predeterminada da
variável do processo. O elemento primário pode ou não ser montado integralmente
com o transmissor”.
4 a 20 mACC
10 a 50 mACC
0 a 20 mACC
0 a 10 VCC
-10 a 10 VCC
0 a 5 VCC
1 A 5 VCC
Por exemplo, caso se envie um sinal de 10 V através de uma linha, mesmo que a
impedância de entrada do dispositivo receptor seja muito alta, sempre pode haver
alguma circulação de corrente. O cabo de transmissão do sinal possui alguma
impedância. Essa corrente passando por uma impedância gera queda de tensão, a qual
fará com que o sinal transmitido chegue atenuado ao seu destino.
Transmissão de Sinais a 3 os
Ao se empregar sensores de temperatura do tipo RTD deve-se medir a resistência de
um elemento sensor a uma certa distância. Para tanto emprega-se tipicamente um
circuito detetor constituído por uma ponte de Wheatstone. Dependendo da precisão
desejada e da distância entre o sensor e o detetor, conecta-se o bulbo de resistência à
ponte com 2 ou 3 os.
Dessa forma, o sistema de medição mostrado na gura 1 somente terá boa precisão de
leitura se Ra e Rb forem muito menores que Rx e forem constantes. Caso contrário será
necessário compensar os efeitos da resistência dos os de conexão. Para tanto
emprega-se o circuito de conexão de 3 os mostrado na gura 2.
Fig.2 Detetor de sensor tipo RTD usando ponte de Wheatstone com ligação a 3
os
Transmissores
Os transmissores são geralmente projetados e usados como dispositivos de ação
direta, isto é, o sinal de saída cresce conforme o valor da variável medida cresce. Além
disso, a maioria dos transmissores disponíveis comercialmente possuem faixas de
entrada ajustáveis. Por exemplo, um transmissor de pressão relativa pode ser calibrado
para medir de 10 a 30 kgf/cm².
Ao se trabalhar com sinais eletrônicos analógicos, essas restrições não mais ocorrem,
pois a velocidade de transmissão corresponde à da luz. Portanto, a Transmissão de
Sinais de 4 a 20 mA pode ocorrer a distâncias elevadas, da ordem de centenas de
metros.
A cápsula é constituída por um bloco central que contém uma das extremidades da
barra de força no seu interior e, lateralmente, por duas membranas metálicas
corrugadas (par de diafragmas) soldadas em lados opostos do bloco central. Os dois
diafragmas de medição são interligados entre si através de uma haste que é soldada na
parte inferior da barra de força.
O espaço entre os diafragmas e o bloco central é preenchido com líquido (óleo). A
função do óleo é permitir o amortecimento do sinal para eliminação de ruídos de
medição. O amortecimento é variado através de válvula de ajuste de “damping” situada
na parte inferior do bloco central, que permite variar a restrição à passagem do óleo
entre os diafragmas.
Nos anges do instrumento que são xos à capsula por meio de parafusos, encontram-
se as tomadas para aplicação da pressão do processo e as válvulas de dreno ou “vent”.
Este corpo possui ainda normalmente uma proteção contra sobrecargas constituídas
pela superfície das paredes do bloco central, que apresenta a mesma ondulação da
corrugação dos diafragmas de medição.
A gura 5 mostra que a pressão (ou diferença de pressão) é aplicada a um sensor (no
caso uma cápsula com diafragmas), o qual exerce uma força através de uma barra
apoiada em um fulcro, como se esta barra de forças fosse uma alavanca. Qualquer
movimento da barra de força provoca uma minúscula mudança na abertura entre o bico
e a palheta, situados na parte superior da barra de força.
Essa abertura produz uma alteração na saída de pressão do relé pneumático que afeta
o fole de realimentação, até que a força exercida pelo fole de realimentação equilibre a
pressão na cápsula usada como sensor. A pressão de saída que é estabelecida por esse
balanço é o sinal de saída transmitido, o qual é proporcional à diferença de pressão
aplicada ao diafragma de medição.
Isso aplicará uma força na barra de força, criando um torque em sentio contrário ao da
entrada, fazendo com que a distância entre o bico e a palheta volte aproximadamente a
sua posição original, quando é restabelecido o equilíbrio entre o momento da força
criada pelo elemento e medição em relação ao fulcro da barra e o momento da força
criada pelo fole de realimentação negativa submetido à pressão de saída. Em vista
disso, a pressão de saída é proporcional à pressão diferencial segundo o ajuste da faixa
de medição (span), que é determinado pela mudança do ponto de apoio da alavanca de
“span”.
Fig.6 Esquema detalhado de transmissor pneumático de pressão diferencial
operando segundo princípio do balanço de forças
O elemento de pressão, quando etido, exerce uma força sobre o braço através de uma
mola. Este braço, com um pedaço de ferrite na ponta, varia a indutância do solenoide
do oscilador ligado a ele que, por sua vez, age como um potenciômetro, variando a
corrente de saída proporcionalmente. Essa corrente realimenta a bobina que produz
uma força igual e contrária sobre o braço para equilibrar a força produzida pela pressão
do processo.
Fig.8 Esquema detalhado de transmissor eletrônico de pressão diferencial
operando segundo princípio do balanço de forças
Neste caso a variável sendo medida produz um movimento contra uma mola de
calibração, resultando em uma mudança de posição correspondente a uma mudança
da variável de processo. Essa posição é detectada por um transdutor. A saída do
transdutor é ampli cada e um sinal de realimentação elétrico é usado para estabilizar o
ampli cador. Um transdutor tipicamente empregado é o transformador diferencial.
Um deslocamento para cima ou para baixo produz um sinal elétrico de desiquilíbrio cuja
fase muda com o sentido do deslocamento. O sinal de saída de pequena potência é
normalmente ampli cado através de ampli cadores eletrônicos.
Elevação e Supressão da Faixa de Medição
Pode-se elevar ou suprimir a faixa de medição dos transmissores de pressão
diferencial.
Analisando-se a gura 15, veri ca-se, por exemplo, que se o transmissor for alimentado
com 24 VCC ele poderá suportar uma carga de até 650 Ohms. Isto implica que ele
poderá suportar até dois instrumentos receptores, equivalendo a uma carga total de
500 Ohms.
O ar contendo esse tipo de material in amável pode sofrer ignição pela liberação da
energia elétrica ou pela presença de temperaturas super ciais elevadas. Caso se opte
pelo emprego de instrumentação pneumática, a energia para provocar ignição não é
disponível e não se ocorre nenhum tipo de risco. No entanto, ao usar instrumentação
eletrônica, essa energia pode estar presente.
Locais classi cados como classe I são os mais comumente encontrados nas indústrias
que operam com materiais in amáveis. Nessas áreas, gases ou vapores in amáveis
estão ou podem estar presentes no ar em quantidade su ciente para produzir
explosões ou misturas in amáveis.
Divisões
O enquadramento dentro da divisão exprime a possibilidade da substância estar
presente em condições normais ou anormais do processo:
Grupos
O enquadramento dentro dos grupos relaciona substâncias ou grupos de substâncias:
Grupo A: Acetileno
Grupo B: Butadieno, óxido de etileno, óxido de propileno, hidrogênio, gases que
contenham mais que 30% de hidrogênio por unidade de volume.
Grupo D: Acetona, acrilonitrila, álcoois, amônia, benzeno, butano, etano, acetato etílico,
dicloreto de etileno, gasolina, heptanos, hexanos, acetato isobutílico, metano (gás
natural), nafta, octanos, pentanos, propano, propileno, estireno, tolueno, acetato vinílico,
cloreto vinílico, xilenos, etc.
Caso se empregue a purga com gás inerte, deve-se colocar o instrumento elétrico em
uma caixa que será mantida com uma pressão levemente superior à pressão ambiente
através da injeção de gás inerte. Desse modo, a atmosfera contaminada com
substâncias perigosas não entra em contato com o instrumento, evitando o
surgimento de ignições. Essa opção tem como inconveniente o fato de que uma
eventual falha no suprimento de gás inerte elimine a proteção promovida pelo gás
inerte.
O uso de caixas à prova de explosão não evita que a atmosfera perigosa entre em
contato com o instrumento elétrico que está acondicionado dentro da caixa. Caso
ocorra a explosão é necessário que a caixa seja su cientemente forte para não ser
afetada pela explosão (incluindo eventuais mostradores de vidro existentes na caixa),
nem deixe gases in amados ou línguas de fogo saírem da caixa através de pontos de
entrada/saída de cabos, o que é evitado através do uso de massas nesses pontos.
Essas barreiras de energia são instaladas nos cabos que interligam a sala de controle
com o campo, evitando que tensões ou correntes elevadas passem para o campo,
tratando-se de dispositivos passivos que limitam a energia disponível nas áreas
perigosas.
É normal que a sala de controle esteja em uma área de divisão 2 e esteja submetida a
uma pressão levemente superior à pressão atmosférica, de modo a evitar que o ar
presente externamente penetre nela. Em geral, para locais de divisão 1 todos os
instrumentos elétricos devem ser acondicionados em caixas à prova de explosão ou
ser intrinsecamente seguros.
Para locais de divisão 2, os instrumentos elétricos podem estar em caixas de uso geral
se seus contatos (se existirem) estiverem hermeticamente selados ou se sob
condições normais de operação não liberarem energia su ciente para provocar a
ignição de uma mistura atmosférica especí ca, e se a máxima temperatura de
operação de qualquer superfície exposta não exceder 80% da temperatura de ignição
do gás ou vapor envolvido. Se essas condições não forem satisfeitas, uma caixa à prova
de explosão deve ser usada em locais de divisão 2.
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