Barthes, Roland (1915-80) Teórico da literatura e filósofo francês, cujos estudos
semióticos o tornaram um dos fundadores das aplicações mais gerais do estruturalismo. Mythologies (1970) e Critique et verité (1966) são dois dos livros que publicou.
Bergson, Henri (1859-1941) Filósofo e evolucionista francês, Bergson nasceu em Paris e
em 1900 tornou-se professor no Collège de France, ocupando este lugar até 1921. Suas obras, fluentes e acessíveis, e com um conteúdo de notável elevação espiritual, rederam-lhe uma enorme reputação na França, assim como o prêmio Nobel de Literatura em 1927. A filosofia bergsoniana era hostil ao materialismo e ao mecanicismo mas aceitava a evolução, embora a concebesse como algo guiado por uma força criadora, ou impulso de vida original (o élan vital), em vez do processo cego da seleção natural. O "dinamismo" de Bergson destaca a natureza contínua da experiência e a natureza artificial das divisões que impomos com o intelecto; o fluxo da vida torna-se o datum primeiro, viciado pelas filosofias partidárias do mecanicismo e do cientismo. Esse fluxo é um processo ativo de mistura, ou um tempo "puro", noção muito diferente do tempo abstrato das ciências naturais. Essa diferença é recorrente na análise bergsoniana da memória, segundo a qual esta retém a totalidade do passado no presente, sendo o cérebro uma espécie de censor que seleciona apenas as apreensões do passado que são úteis na ocasião presente. De forma análoga, as teorias das ciências naturais, que pretendem ser teorias completas da realidade, deveriam ser mais rigorosamente encaradas como reflexões parciais e limitadas acerca do modo de funcionamento da mente. Apesar do alcance da filosofia bergsoniana, o aspecto espiritual, e até poético, que caracteriza sua obra não resistiu à prova do tempo, o mesmo acontecendo à interpretação espiritual da evolução, que não resistiu aos desenvolvimentos modernos. Entre suas obras destacam-se Matière e mémoire (1896); Le Rire: essai sur la signification du comique (1900) e L'Évolution créatice (1907).
Deleuze, Gilles (1925-1995)
18 de janeiro de 1925 - nascimento em Paris; estudos secundários no Liceu Carnot, em Paris. 1944-1948 - estudos de Filosofia na Sorbonne, onde conhece François Châtelet, Michel Butor, Claude Lanzmann, Olivier Revault d’Allones, Michel Tournier. Professores principais: Ferdinand Alquié, Georges Canguilhem, Maurice de Gandillac, Jean Hippolyte. Frequentou o castelo de La Fortelle, onde Marie-Madeleine Davy organizava encontros entre intelectuais e escritores após o final da guerra - frequentados por Pierre Klossowski e Jacques Lacan entre outros. Agregação em Filosofia em 1948. 1948-1957 - professor de Filosofia nos Liceus de Amiens, Orléans e Louis-le-Grand, em Paris. 1957-1960 - professor Assistente em História da Filosofia na Sorbonne. 1960-1964 - pesquisador do CNRS. 1962 - conhece Michel Foucault em Clermont-Ferrand, na casa de Jules Vuillemin. 1964-1969 - professor na Faculdade de Lyon. 1969 - teses de Doutorado: a principal, Diferença e Repetição (orientado por Maurice de Gandillac); e a secundária Spinoza e o problema da expressão (orientado por Ferdinand Alquié). 1969 - encontro com Félix Guattari - projetos de trabalhos em comum. Professor em Paris VIII - Vincennes, onde reencontra Françoois Châtelet. Desenvolve atividade política de esquerda desde então. 1987 – aposentadoria. Sinais particulares: viajou pouco, nunca aderiu ao partido comunista, nunca foi fenomenólogo, nem heideggeriano, nunca renunciou a Marx, nunca repudiou Maio de 68. 4 novembro de 1995 - Deleuze suicidou-se lançando-se de uma janela em Paris após longo período de insuficiência respiratória.