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E MATEMÁTICA FINANCEIRA
Autoria: Heraldo da Costa Reis
Nelson Chalfun Homsy
Dados Pessoais
Nome:__________________________________________________________
Endereço:______________________________________________________
E-mail:_________________________________________________________
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz
Prof.ª Tathyane Lucas Simão
Prof.ª Kelly Luana Molinari Corrêa
Prof. Ivan Tesck
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2017
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
UNIASSELVI – Indaial.
658.15
R375h Reis, Heraldo da Costa
Administração financeira e matemática financeira /
Heraldo da Costa Reis; Nelson Chalfun Homsy. Indaial :
UNIASSELVI, 2017.
163 p. : il.
ISBN 978-85-69910-55-8
1. Administração Financeira.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
PARCERIA ENTRE
IBAM E UNIASSELVI
No momento atual, em todos os países, em qualquer instância de governo,
observa-se um movimento de revisão do papel do Estado, somado à exigência
das populações por atuação governamental de qualidade. Esta tendência conduz
à demanda expressiva para que se consolide a existência e o funcionamento de
um sistema qualificado de Gestão para a implementação de políticas públicas.
Paulo Timm
Superintendente Geral do Instituto
Brasileiro de Administração Municipal – IBAM
APRESENTAÇÃO.......................................................................9
CAPÍTULO 1
Fundamentos da Administração
Financeira Governamental....................................................13
CAPÍTULO 2
Receita e Despesa Governamentais.....................................37
CAPÍTULO 3
Gestão Orçamentária e Financeira......................................55
CAPÍTULO 4
O Patrimônio Financeiro........................................................73
CAPÍTULO 5
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Simples e Juros Compostos................................................101
CAPÍTULO 6
Tipos e Formas de Expressão
de Taxas de Juro...................................................................127
CAPÍTULO 7
Planos de Financiamento e Tabelas
de Amortização.....................................................................147
APRESENTAÇÃO
Caro pós-graduando!
Esperamos que este módulo permita que você goste do assunto e se interesse
cada vez mais por ele, seja por curiosidade, seja por necessidade. Quanto mais você
aprende e ganha segurança sobre determinado assunto, mais aumenta o seu grau
de “amizade” com esse assunto e maior a sua curiosidade em aprender o tema mais
detalhadamente. Esperamos, pois, que, ao ler este módulo, você inicie ou fortaleça a
sua amizade com a Matemática Financeira.
Os autores.
C APÍTULO 1
Fundamentos da Administração
Financeira Governamental
14
Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
Contextualização
Este capítulo procura ressaltar a Administração Financeira como um processo
de planejamento financeiro e controle da gestão dos recursos governamentais
disponíveis para aplicação em favor da sociedade, para a qual deve gerar
benefícios como retorno às contribuições tributárias.
Conceito de Administração
Financeira
A teoria clássica das Finanças Públicas trata a Administração Financeira
como a atividade que cuida apenas das receitas e das despesas governamentais,
com a inclusão, por alguns estudiosos, do crédito público como uma terceira linha
de estudos da Administração Financeira.
Atualmente, a
Atualmente, a Administração Financeira pode ser visualizada de Administração
outra maneira, ou seja, por seus instrumentos de controle gerenciais Financeira pode
ser visualizada
e de decisões, passando a ser considerada como uma das principais de outra maneira,
atividades de qualquer organização privada ou pública, executada ou seja, por seus
mediante ações ou funções planejadas e programadas, cujos objetivos instrumentos de
controle gerenciais e
de caráter financeiro preconcebidos se concretizam por meio: de decisões.
15
Administração Financeira e Matemática Financeira
Nos últimos anos Assim, nos últimos anos a administração pública brasileira
a administração
pública brasileira tem passado por mudanças e inovações no que diz respeito ao
tem passado planejamento e ao controle da gestão das finanças governamentais,
por mudanças algumas de ordem constitucional, outras pelas exigências da evolução
e inovações no
que diz respeito natural das coisas (REIS, 1964, p. 87).
ao planejamento
e ao controle da
gestão das finanças De ordem constitucional, ou seja, da Constituição de 1988, art.
governamentais, 165, § 2º, nas atividades de planejamento, por exemplo, introduziram-
algumas de ordem se os instrumentos plano plurianual, diretrizes orçamentárias e deu-se
constitucional,
outras pelas uma nova feição ao orçamento anual, sendo agora organizada de forma
exigências da tridimensional, ou seja, orçamento fiscal, orçamento da seguridade e
evolução natural das
coisas (REIS, 1964, orçamento de investimentos nas empresas.
p. 87).
Objetivo da Administração
Financeira
As determinações constitucionais visam, sobretudo, dotar a Administração
Pública brasileira dos instrumentos necessários à obtenção de informações sobre
o desempenho governamental nos âmbitos da economicidade, eficiência, eficácia
e efetividade no trato e gestão dos recursos públicos postos à sua disposição.
16
Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
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Administração Financeira e Matemática Financeira
b) Despesa
• Fixação é o valor amoedado provido à despesa, fixado como limite, pela lei
orçamentária, para a sua realização.
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Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
Atividade de Estudos:
19
Administração Financeira e Matemática Financeira
As Responsabilidades do Gestor
Financeiro
Em 4 de maio de 2000 foi promulgada a Lei Complementar nº 101, cujo
art. 1º dispõe sobre o seu objetivo, qual seja, o de estabelecer normas de
20
Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
O texto que ora se transcreve a seguir diz muito sobre responsabilidade dos
gestores governamentais, diante do que dispõe a Lei de Reponsabilidade Fiscal.
Vejamos:
E prossegue:
21
Administração Financeira e Matemática Financeira
Os Instrumentos de Administração
Financeira
Podem ser considerados instrumentos de Administração Financeira o Plano
Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias, o Orçamento Anual, a Contabilidade,
o Cronograma de Desembolso, a Programação Financeira das Despesas, a
Avaliação do Desempenho Governamental e a Auditoria, sobre os quais falaremos
a seguir.
a) Plano Plurianual
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Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
23
Administração Financeira e Matemática Financeira
c) Orçamento Anual
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Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
d) Contabilidade
Um dos instrumentos em que se apoia a Administração Financeira é a
Contabilidade, que lhe fornece as informações que necessita para as decisões
que deverão ser tomadas pelo gestor financeiro.
25
Administração Financeira e Matemática Financeira
26
Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
e) Cronograma de Desembolso
27
Administração Financeira e Matemática Financeira
O cronograma de
desembolso deve O cronograma de desembolso deve ser elaborado de acordo
ser elaborado com a organização da gestão financeira, que deverá levar em conta
de acordo com a a destinação dos recursos financeiros recebidos. Neste caso, será
organização da
gestão financeira, organizado para o caixa geral, para os caixas especiais e para os
que deverá valores recebidos de terceiros pelos quais a entidade governamental é
levar em conta a
destinação dos fiel depositária.
recursos financeiros
recebidos. Na organização dos cronogramas de desembolso para o caixa
geral e para os caixas especiais, deverá ser considerado o art. 9º da
Na organização Lei de Responsabilidade Fiscal, que dispõe sobre providências por ato
dos cronogramas
de desembolso próprio que os Poderes Públicos, Judiciário, Legislativo, Executivo e
para o caixa geral Ministério Público deverão adotar no que respeita às limitações dos
e para os caixas
especiais, deverá empenhos das respectivas despesas, nos montantes necessários, nos
ser considerado 30 dias subsequentes, quando as receitas não alcançam as metas
o art. 9º da Lei de que lhes foram estabelecidas para compor o resultado primário ou o
Responsabilidade
Fiscal. nominal.
I - Receitas Previsão
a) Créditos a Receber
b) Receitas de Capital
c) Outras
Soma
Menos
II - Pagamentos Previsão
Obrigações do Exercício
• Despesas Correntes
• Despesas de Capital
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Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
Exemplo:
Despesas Correntes
Despesas de Capital
Total
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Administração Financeira e Matemática Financeira
30
Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
Essas análises, entretanto, são feitas isoladamente, isto é, cada uma das
esferas governamentais independentemente. As consolidações dos balanços
públicos são efetuadas sempre para avaliar volume de receitas obtidas ou de
gastos efetuados.
h) Auditoria
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Administração Financeira e Matemática Financeira
• Financeira: a que tem por fim verificar os tipos de gestão financeira adotados
pela Administração, se por unidade de tesouraria ou por fundos especiais,
bem como examinar e verificar os resultados obtidos pelas entidades nas
suas operações e sugerir medidas de correção, caso detectem desvios que
possam traduzir-se em prejuízo para o patrimônio da entidade.
32
Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
Atividade de Estudos:
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Administração Financeira e Matemática Financeira
Algumas Considerações
O capítulo procurou trazer a lume a importância da Administração Financeira,
como uma das atividades principais da Administração Pública, tendo em vista a
sua fundamentação teórica e técnica.
Referências
BRASIL. Portaria MPOG nº 42/1999. Atualiza a discriminação da despesa por
funções de que tratam o inciso I do § 1º do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos da
Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função,
subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras
providências. Disponível em: <http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/
contabilidade/portaria 42 pdf>. Acesso em: 22 fev. 2017.
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Fundamentos da Administração Financeira
Capítulo 1 Governamental
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Administração Financeira e Matemática Financeira
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C APÍTULO 2
Receita e Despesa Governamentais
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Capítulo 2 Receita e Despesa Governamentais
Contextualização
Para cumprir com as suas obrigações com a sociedade, o ente governamental
necessita, inicialmente, de recursos financeiros ou Receitas, as quais são
conseguidas por meio das suas atividades próprias ou mediante relações de
caráter jurídico e financeiro com outras entidades jurídicas governamentais ou
privadas com ou sem finalidades lucrativas.
39
Administração Financeira e Matemática Financeira
Com esta lição do prof. Aliomar Baleeiro, tem-se, exatamente, uma ideia
do que sejam as simples entradas de caixa, destituídas do caráter de receitas, a
saber:
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Capítulo 2 Receita e Despesa Governamentais
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Administração Financeira e Matemática Financeira
Atividades de fruição
do patrimônio Atividades de fruição do patrimônio referem-se ao resultado
referem-se ao financeiro da fruição do patrimônio, seja decorrente de bens tangíveis,
resultado financeiro seja advinda de participação societária, seja oriunda de superávits
da fruição do
patrimônio, seja apurados nas alienações de bens patrimoniais. Classificam-se, pois,
decorrente de neste agrupamento, as seguintes receitas:
bens tangíveis,
seja advinda
de participação • Aluguéis, resultantes da execução de contratos desta natureza
societária, seja de prédios, equipamentos e de outros bens de propriedade do Estado.
oriunda de
superávits apurados • Arrendamento, de terrenos e terras, indústrias, de propriedade
nas alienações de do Estado.
bens patrimoniais.
• Participações Societárias, das quais podem resultar dividendos
de sociedades de economia mista.
• Lucros de empresas públicas.
• Superávit em alienações de bens tangíveis, ações, títulos da dívida pública,
e outros. Esclareça-se que este resultado deverá ser aplicado na aquisição
de bens de capital e, quando for o caso e determinado por lei, na extinção
de dívidas previdenciárias, como dispõe o art. 44 da Lei Complementar nº
101/2000.
• Aplicações financeiras temporárias, mediante a obtenção de juros.
42
Capítulo 2 Receita e Despesa Governamentais
Classificação da Receita
Legalmente, as receitas classificam-se nas seguintes categorias econômicas:
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Administração Financeira e Matemática Financeira
44
Capítulo 2 Receita e Despesa Governamentais
Atividades de Estudos:
Conceito de Despesa
A despesa em qualquer organização resulta do conhecimento prévio, mediante
diagnóstico interno e externo, das necessidades coletivas e administrativas. A
despesa, no entanto, em toda e qualquer organização, é tratada como saída de
valores do patrimônio da entidade com objetivos determinados. Diz-se também
que é o esforço despendido para alcançar um objetivo predeterminado.
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Administração Financeira e Matemática Financeira
A despesa
em qualquer Em realidade, diferentemente da receita, a despesa é seguida
organização resulta de vários entendimentos conceituais, tais como o emprego das
do conhecimento
prévio, mediante expressões gastos, despesas e investimentos. Pode-se, portanto,
diagnóstico interno adotar o seguinte entendimento, já que as expressões são também
e externo, das empregadas na Administração Pública:
necessidades
coletivas e
administrativas. • Gasto é toda aplicação de caixa para aquisição de bens e
A despesa, no
entanto, em serviços.
toda e qualquer • Despesa é o consumo efetivo de bens e serviços nas atividades
organização, é da organização, que geram benefícios a curto prazo.
tratada como
saída de valores • Investimento é toda e qualquer aplicação de bens e serviços no
do patrimônio sentido de se alcançar um benefício a longo prazo.
da entidade
com objetivos
determinados. A saída de caixa, além de se destinar às aquisições de bens e
Diz-se também serviços de consumo em curto e longo prazos, também se destina aos
que é o esforço
despendido para pagamentos de obrigações financeiras como amortizações e juros de
alcançar um objetivo empréstimos e financiamentos tomados.
predeterminado.
Essas aplicações são feitas efetivamente nas chamadas áreas de
responsabilidades em que o Estado cumpre com as suas obrigações para com
a sociedade, tais como Saúde, Educação, Cultura, Defesa Nacional, Segurança
Pública e outras, inclusive nas atividades-meio.
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Capítulo 2 Receita e Despesa Governamentais
É com esta ótica que devemos examinar as despesas, para então verificarmos
se houve ou não desperdício de recursos. Aqui, sim, é que se identificam a
nocividade das aplicações malfeitas, das aplicações ilegítimas, que geram danos
ao patrimônio público.
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Administração Financeira e Matemática Financeira
Classificação da Despesa
É de real importância tomar conhecimento de que a Portaria Interministerial
nº 163/2001, com as modificações posteriores, introduziu alguns conceitos que,
de acordo com o seu art. 3º, são os seguintes:
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Capítulo 2 Receita e Despesa Governamentais
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Administração Financeira e Matemática Financeira
50
Capítulo 2 Receita e Despesa Governamentais
Para concluir este assunto, é relevante informar que em cada função estão
classificadas subfunções que com ela guardam tipicidade, o que, entretanto,
não significa que uma subfunção de uma função não possa ser utilizada em
outra função, desde que o seu produto final seja congruente com os
propósitos estabelecidos na função, conforme se explica em cada uma Aos programas
de trabalho
delas. Neste caso, utiliza-se do conceito da atipicidade. são alocados
os insumos
ou recursos,
Além disso, aos programas de trabalho são alocados os insumos classificados
ou recursos, classificados nas categorias econômicas Despesas nas categorias
Correntes e Despesas de Capital, necessários à execução das ações econômicas
Despesas Correntes
que os compõem, objetivando, assim, alcançar as metas que lhes foram e Despesas de
determinadas (conforme a Portaria Interministerial nº 163/2001). Capital, necessários
à execução
das ações que
Outra informação importante é que cada esfera governamental os compõem,
pode organizar os seus próprios programas de trabalho e classificá-los objetivando, assim,
alcançar as metas
na função e subfunção que melhor atender às suas intenções. que lhes foram
determinadas
(conforme a Portaria
Interministerial nº
163/2001).
51
Administração Financeira e Matemática Financeira
Atividades de Estudos:
Algumas Considerações
Vimos, ao longo da exposição deste capítulo, os conceitos de receitas e
despesas, como resultados das operações realizadas pelo ente federado. Observe
que as receitas têm fontes diferentes, quais sejam: 1– as próprias atividades;
2– mandamentos constitucionais e 3– relações jurídicas com outras entidades
privadas com ou sem fins lucrativos e com outras entidades governamentais.
52
Capítulo 2 Receita e Despesa Governamentais
Referências
BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. 12. ed. Rio de
Janeiro: Forense, 1978. p. 130.
53
Administração Financeira e Matemática Financeira
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C APÍTULO 3
Gestão Orçamentária e Financeira
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Capítulo 3 Gestão Orçamentária e Financeira
A gestão
Contextualização orçamentária tem
por fim executar
as normas
A gestão orçamentária tem por fim executar as normas estabelecidas nos
arts. 2 a 33 da Lei
estabelecidas nos arts. 2 a 33 da Lei nº 4.320/1964, que regulam o nº 4.320/1964, que
conteúdo da lei de orçamento, a elaboração da proposta orçamentária e regulam o conteúdo
a elaboração da Lei Orçamentária. da lei de orçamento,
a elaboração
da proposta
Já a gestão financeira, que tem as suas diretrizes estabelecidas orçamentária e a
elaboração da Lei
nos art. 34 a 73 da já referida Lei 4.320/1964, refere-se às operações Orçamentária.
de origens orçamentárias ou não, realizadas no período denominado
exercício financeiro, que coincide com o ano civil, com início no dia 1º de janeiro e
término no dia 31 de dezembro de cada ano.
Demonstrações Orçamentárias
O exercício financeiro se inicia com a execução do orçamento geral, aprovado
por lei específica, inclusive com a reabertura no limite dos respectivos
saldos deixados no encerramento do exercício financeiro anterior dos A gestão financeira
da execução
créditos especiais e extraordinários autorizados e abertos em um dos orçamentária se
últimos quatro meses desse exercício. processa a partir
do conhecimento
da estrutura do
A gestão financeira da execução orçamentária se processa a orçamento geral,
partir do conhecimento da estrutura do orçamento geral, conforme as conforme as
demonstrações
demonstrações recebidas da Contabilidade, tais como se apresentam recebidas da
a seguir: Contabilidade.
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Administração Financeira e Matemática Financeira
Movimentos
Despesas Corren-
Prov. Empen Proc. A Proc. Sdo.Dot
tes
Pess. e Encs.
4.000.000 2.300.000 1.800.000 500.000 1.700.000
Sociais
Juros e Encs. Dív. 150.000 100.000 100.000 0 50.000
Outras Desp. Ctes. 650.000 550.000 500.000 50.000 100.000
Capital
Investimentos 2.500.000 1.800.000 1.600.000 200.000 700.000
Inversões Fin. 350.000 250.000 200.000 50.000 100.000
Amort. da Dívida 400.000 300.000 250.000 50.000 100.000
Soma 8.050.000 5.300.000 4.450.000 850.000 2.750.000
Fonte: O autor.
As demonstrações
indicam as várias
situações com
as quais o gestor As demonstrações indicam as várias situações com as quais o
financeiro se gestor financeiro se defrontará durante a execução orçamentária, a
defrontará durante
a execução partir do entendimento do conteúdo das colunas que dizem respeito
orçamentária. aos movimentos da Receita e da Despesa orçamentárias, como segue:
a) Receita
58
Capítulo 3 Gestão Orçamentária e Financeira
b) Despesa
59
Administração Financeira e Matemática Financeira
Gestão Financeira
A gestão financeira Como se observa até o presente instante, a gestão financeira
compreende uma
série de atividades compreende uma série de atividades que têm por objetivo auxiliar a
que têm por Administração a alcançar os seus objetivos, cumprir com as suas
objetivo auxiliar obrigações e assegurar a realização dos seus direitos.
a Administração
a alcançar os
seus objetivos, Essas atividades, desenvolvidas pela gestão financeira, podem
cumprir com as
suas obrigações refletir:
e assegurar a
realização dos seus • Na obtenção definitiva das suas receitas.
direitos.
• Na realização concreta dos direitos da entidade, mediante a
cobrança de débitos de contribuintes ou de usuários de serviços prestados e
inscritos na dívida ativa.
• Na realização das receitas garantidas pela Constituição da República para os
Estados e Municípios, via os Fundos Especiais de Participação dos Estados
e dos Municípios.
• Na realização de recursos financeiros, ainda que eventuais e temporários,
mediante empréstimos e financiamentos, e alienações de bens patrimoniais
que integram o patrimônio do ente federativo.
• Na extinção de obrigações de caráter financeiro mediante pagamentos via
rede bancária ou as opções garantidas pela lei, via negociações, como
compensação tributária, dação em pagamento e permutas, dentre outras.
• Na negociação com contribuintes para incentivar pagamentos de tributos em
atraso, renúncias de receitas, doações feitas e recebimentos de bens em
doações.
• Nas aquisições de bens e serviços e de outros recursos, que serão
empregados nas ações planejadas e programadas pelo ente federativo, com
vistas à produção de bens e serviços para a sociedade via institucionalização,
expansão ou aperfeiçoamento das atividades governamentais.
• Nos recebimentos e devoluções de valores pertencentes a terceiros, sobre os
quais a entidade governamental, como fiel depositária, tem responsabilidade
pela guarda e custódia.
• Na guarda, custódia e controle de valores pertencentes à entidade
governamental, tais como ações representativas de participações em
empresas e valores entregues a entidades com ou sem fins lucrativos a título
de subvenções econômicas e sociais, contribuições e auxílios.
60
Capítulo 3 Gestão Orçamentária e Financeira
a) Caixa Única
A gestão por Caixa Única decorre do que dispõe o art. 56, da Lei nº 4.320,
de 17 de março de 1964, a seguir transcrito: “Art. 56 - O recolhimento de todas as
receitas far-se-á em estreita observância ao princípio de unidade de tesouraria,
vedada qualquer fragmentação para a criação de caixas especiais” (BRASIL,
1964).
61
Administração Financeira e Matemática Financeira
b) Fundos Especiais
• Objetivo
Assim, pode-se afirmar que o Fundo Especial tem por fim assegurar recursos
financeiros suficientes para a viabilização de programas, que, desta forma,
constituem o seu objetivo específico.
62
Capítulo 3 Gestão Orçamentária e Financeira
63
Administração Financeira e Matemática Financeira
Desde que a lei não estabeleça o contrário, o Fundo Especial não é entidade
jurídica, órgão ou unidade orçamentária, mas tão somente um conjunto de recursos
financeiros destinados à formação das disponibilidades de caixa especial e aos
pagamentos de obrigações resultantes da execução de programas de trabalho do
órgão ao qual se vincula para a concretização do objetivo preestabelecido.
64
Capítulo 3 Gestão Orçamentária e Financeira
No caso de utilizar-se:
65
Administração Financeira e Matemática Financeira
66
Capítulo 3 Gestão Orçamentária e Financeira
Atividades de Estudos:
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Administração Financeira e Matemática Financeira
68
Capítulo 3 Gestão Orçamentária e Financeira
69
Administração Financeira e Matemática Financeira
70
Capítulo 3 Gestão Orçamentária e Financeira
Atividades de Estudos:
71
Administração Financeira e Matemática Financeira
Algumas Considerações
Vimos, ao longo da exposição deste capítulo, tratamentos diferenciados
dispensados às operações financeiras de origem ou não na execução do
orçamento, tendo como base a natureza dos valores integrantes dessas
operações.
Referências
BRASIL. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil de
1988 (atualizada até a EC n° 95, de 15/12/2016 - DOU 16/12/2016). Disponível
em: <http://www.trtsp.jus.br/legislacao/constituicao-federal-emendas>. Acesso
em: 12 abr. 2017.
72
C APÍTULO 4
O Patrimônio Financeiro
74
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
Contextualização
O Patrimônio Financeiro é uma das partes mais importantes do Balanço
Patrimonial de uma entidade governamental. Nele são identificados vários
elementos informativos, dentre os quais o Superávit Financeiro como fonte de
recursos para abertura de créditos adicionais suplementares e especiais.
75
Administração Financeira e Matemática Financeira
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Não Circulante Não Circulante
Passivo Real a Descoberto Ativo Real Líquido
Fonte: O autor.
76
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
O Fluxo de Caixa
por atividades
O Fluxo de Caixa por atividades é a mais nova demonstração é a mais nova
do movimento de caixa exigida às organizações governamentais. demonstração
do movimento
A ideia veio da Contabilidade empresarial e tem por objetivo revelar de caixa exigida
o movimento de caixa por grupos de atividades denominadas de às organizações
governamentais.
Operacionais, Investimentos e Financiamentos.
77
Administração Financeira e Matemática Financeira
2 – ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Origens de Caixa
Aplicações de Caixa
Fluxo de Caixa – Investimentos
3 – ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
Origens de Caixa
Aplicações de Caixa
Fluxo de Caixa - Financiamentos
Fonte: Ao autor.
Princípio da Competência na
Administração Financeira
Conforme já afirmado, a alegação de que a Administração Financeira opera
apenas no regime de caixa, em que, de um lado, as receitas se fazem efetivas,
e do outro os pagamentos ou saídas de caixa, não faz sentido. Com este
procedimento, deixa de considerar a expectativa dos recebimentos das receitas
que se sujeitam a lançamentos prévios, mediante o reconhecimento de direitos
sobre valores recebíveis, como os créditos tributários dos quais surge a receita
efetiva tributária e as que se originam de contratos, e do outro, os efeitos dos
créditos pendentes de recebimentos no fluxo de caixa no término do período a
que se refere a demonstração.
78
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
Em realidade, o que nos impele a adotar o princípio da competência O que nos impele a
para as operações de caráter financeiro que envolvem receitas e adotar o princípio da
despesas governamentais são as determinações contidas nos arts. 39, competência para
as operações de
52, 53, 58 e 60, respectivos parágrafos e incisos, em conjunto com o caráter financeiro
art. 35, I e II, todos da Lei 4.320/64, combinados com as disposições que envolvem
receitas e despesas
contidas no Código Tributário Nacional, na Lei de Licitações e Contratos governamentais são
(Lei n° 8.666/93), no Código Civil e no Código Penal. as determinações
contidas nos arts.
39, 52, 53, 58 e
O reconhecimento das receitas e das despesas governamentais 60, respectivos
com aplicação do princípio da competência se processa conforme se parágrafos e incisos,
em conjunto com o
explicita a seguir: art. 35, I e II, todos
da Lei 4.320/64,
a) Receitas combinados com
as disposições
contidas no Código
De tributos: a Administração Financeira deverá verificar se admitem Tributário Nacional,
na Lei de Licitações
lançamentos diretos de ofício, por homologação ou por declaração e Contratos (Lei
(Conforme o Código Tributário Nacional). n° 8.666/93), no
Código Civil e no
Código Penal.
Os tributos de lançamento direto, por homologação ou por
declaração, podem ter as suas respectivas receitas reconhecidas após o ato
administrativo de constituição do crédito tributário, posto que o direito à percepção
de ditas receitas já está concretizado pela lei que aprova o Código Tributário do
ente federativo.
79
Administração Financeira e Matemática Financeira
80
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
O Resultado Orçamentário
O Orçamento se estrutura em dois grandes conjuntos: Receita e Despesa, ou
seja, de um lado há uma expectativa de entradas de recursos, que possibilitarão
a formação de lastro financeiro, e do outro, empenhamentos que garantirão
aquisições de bens e serviços a serem utilizados nos vários programas de
trabalho planejados.
O Resultado Financeiro
O Resultado Financeiro é consequência da confrontação entre os totais
das receitas lançadas, das receitas efetivas e das despesas empenhadas
processadas e não processadas, quando, então, pode surgir o superávit ou déficit
financeiro. É apurado no subsistema de contabilidade financeira organizado para
gerar informações sobre operações que transitaram pelo Patrimônio Financeiro,
resultantes ou não da execução do orçamento. Ele mede, pois, o impacto dessas
operações no fluxo de caixa e na estrutura daquele patrimônio.
81
Administração Financeira e Matemática Financeira
82
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
b) Renúncia de Receita
De acordo com
o art. 14 da Lei
De acordo com o art. 14 da Lei Complementar nº 101/2000, a Complementar
nº 101/2000, a
concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária concessão ou
da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de ampliação de
estimativa do impacto orçamentário e financeiro no exercício em que incentivo ou
benefício de
deva iniciar sua vigência, e, nos dois seguintes, atender ao disposto natureza tributária
na Lei de Diretrizes Orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes da qual decorra
renúncia de receita
condições: deverá estar
acompanhada
• Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada de estimativa
do impacto
na estimativa da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não orçamentário
afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio e financeiro no
exercício em que
da Lei de Diretrizes Orçamentárias. deva iniciar sua
• Estar acompanhada de medidas de compensação, no período vigência, e, nos
mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente dois seguintes,
atender ao disposto
da elevação de alíquota, ampliação da base de cálculo, majoração na Lei de Diretrizes
ou criação de tributo ou contribuição. Orçamentárias.
De acordo com o art. 156 da Lei Federal nº 5.172/1966, que dispõe sobre
normas gerais de Direito Tributário, extinguem o crédito tributário:
• O pagamento;
• A compensação;
• A transação;
83
Administração Financeira e Matemática Financeira
• A remissão;
• A prescrição e a decadência;
• A conversão de depósito em renda;
• O pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do
disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
• A consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
• A decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
• A decisão judicial passada em julgado;
• A dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas
em lei.
Indicadores Financeiros
Os indicadores financeiros prestam-se às análises e avaliações das
demonstrações contábeis, financeiras e orçamentárias, cujas informações dizem
respeito ao desempenho operacional de uma entidade ou dos gestores públicos,
e são considerados básicos na avaliação da gestão por parte dos órgãos de
controle público.
a) Resultado Primário
84
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
Menos
2 - Despesas Operacionais Líquidas
Despesas Correntes
- Despesas de Custeio
- menos Juros
- Transferências Correntes
Soma
Diferença (1 – 2)
85
Administração Financeira e Matemática Financeira
• Ativo Circulante
86
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
Atividades de Estudos:
87
Administração Financeira e Matemática Financeira
b) Despesa
c) Outras formas
88
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
a) Fiscalização
89
Administração Financeira e Matemática Financeira
90
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
Mais adiante, a lei dispõe sobre outra forma de gestão de recursos financeiros
que são colocados à disposição de um agente público, que pode ser administrativo,
para o fim especial de efetuar pagamentos em nome da administração pública, tal
como se verifica pelo art. 68, da já referida Lei nº 4.320/64, como se transcreve
a seguir: “Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas
expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor,
sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas
que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação” (BRASIL, 1964).
91
Administração Financeira e Matemática Financeira
Cada agente, de interesse do gestor principal. Quer dizer, cada agente, político
político ou ou administrativo, pode assumir obrigações em nome da entidade
administrativo,
pode assumir governamental, desde que legalmente habilitado, conforme já
obrigações em mencionado. Podemos citar como exemplo os seguintes:
nome da entidade
governamental,
desde que • O almoxarife, que gerencia o setor denominado almoxarifado;
legalmente • O tesoureiro, que tem sob a sua responsabilidade a gestão da
habilitado, conforme
já mencionado. tesouraria;
• O agente administrativo designado para ser portador de um
adiantamento ou suprimento de fundo;
• O agente designado para ser o gestor de um fundo especial.
A esse respeito, uma das regras estabelecidas pela Lei nº 4.320/64 para o
reconhecimento das obrigações no exercício assim dispõe: “Art. 35. Pertencem
ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; e II - as despesas nele
legalmente empenhadas”.
92
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
93
Administração Financeira e Matemática Financeira
94
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
Aqui chega-se a dois conceitos, o das contas da entidade (da entidade central
e de cada entidade descentralizada), ou seja, da entidade jurídica, conforme
preceituam os arts. 1º, 83 a 106, 109 e 110, incisos e parágrafos respectivos,
todos da Lei nº 4.320/64, e o das contas da entidade econômica.
95
Administração Financeira e Matemática Financeira
• Relatório de gestão
96
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
sucessivamente.
• Balanço Patrimonial.
• Demonstração das Variações Patrimoniais.
• Balanço Financeiro.
• Demonstração dos Fluxos de Caixa.
• Balanço Orçamentário.
• Relatório Resumido da Execução Orçamentária.
• Relatório de Gestão Fiscal.
• Autarquias.
• Fundações.
• Empresas Públicas.
• Sociedades de Economia Mista.
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Administração Financeira e Matemática Financeira
Atividades de Estudos:
98
Capítulo 4 O Patrimônio Financeiro
Algumas Considerações
Como vimos, o Patrimônio Financeiro é a parte do Balanço Patrimonial
que nos oferece uma visão da situação financeira de curto prazo de qualquer
ente federado, pois dele obtemos informações sobre o movimento de caixa,
constantes do Balanço Financeiro e também da Demonstração do Fluxo de Caixa
por atividades, além de oferecer informações sobre a existência de superávit
financeiro para a abertura de créditos adicionais, conforme as disposições do art.
43, §§ da Lei nº 4.320/64.
Referências
BRASIL. Lei Federal nº 5.172/66. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional
e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e
Municípios. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172.htm>.
Acesso em: 12 abr. 2017.
99
Administração Financeira e Matemática Financeira
100
C APÍTULO 5
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Simples e Juros Compostos
102
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
Contextualização
Você há de concordar que R$ 100,00 a serem recebidos depois de um
ano valem menos do que os mesmos R$ 100,00 hoje. Uma razão é que o
dinheiro devido no futuro ou depositado em um prazo fixo não pode ser gasto
imediatamente. Espera-se, portanto, ser compensado pelo adiamento do
consumo.
Assim, a maneira pela qual o dinheiro muda seu valor no tempo é uma
questão de importância fundamental nas finanças. Com isso, devemos nos
preocupar principalmente com duas questões:
João fez uma aplicação de $ 1.000,00 pelo prazo de cinco anos, à taxa de
juro de 10% a.a., no regime de juros simples.
103
Administração Financeira e Matemática Financeira
Portanto, para calcular o valor dos juros de uma aplicação no regime de juros
simples multiplica-se o valor da aplicação original pela taxa de juros e pelo número
de vezes de incidência da taxa de juros. O valor final é obtido somando-se o valor
originalmente aplicado com o valor total dos juros recebidos.
Dados:
104
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
Então:
Valor do Juro
J = VF - VP
Valor do Prazo
Prazo = N = ((VF/VP)-1)/i
Atividades de Estudos:
105
Administração Financeira e Matemática Financeira
João fez uma aplicação de $ 1.000,00 pelo prazo de cinco anos, à taxa de
juro de 10% a.a. sob o regime de juros compostos.
Ao final de cada ano, João não receberá os juros calculados sobre a quantia
aplicada. Ao final do prazo de cinco anos, João resgatará a quantia aplicada,
acrescida dos juros calculados sobre os saldos existentes ao final de cada período.
Vejamos o que ocorre durante esses cinco anos, período em que João não
irá sacar (receber) os juros. Os juros serão incorporados ao saldo da aplicação
existente em cada período.
Fonte: O autor.
107
Administração Financeira e Matemática Financeira
Atividades de Estudos:
108
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
Fonte: O autor.
109
Administração Financeira e Matemática Financeira
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
110
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
Exemplo: o VF0 passa a ser o VP1; o VF1 passa a ser o VP2, e assim
sucessivamente.
Pode-se dizer, então, que VP0 x (1,1 x 1,1 x 1,1 x 1,1 x 1,1) = VF5 , que é o
VF “final”.
ou que
111
Administração Financeira e Matemática Financeira
Resumindo:
Atividade de Estudos:
112
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
Descapitalização ou Desconto
De forma análoga ao cálculo do valor do juro e do valor final de uma aplicação,
podemos também calcular o Desconto ou o Valor Presente ou Valor Atual ou Valor
Descontado de uma determinada soma.
113
Administração Financeira e Matemática Financeira
114
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
Desconto Verdadeiro:
1.435,41 x 0,045 = 64,59 > 1.435,41+ 64,59 = 1.500,00 (valor original!)
Desconto Simples:
1.432,50 x 0,045 = 64,46 > 1432,50 + 64,46 = 1.496,96 (diferente do valor
original!)
115
Administração Financeira e Matemática Financeira
Fonte: O autor.
116
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
VF = VP x (1+ i/100) n
VP = VF / (1+i/100) n
117
Administração Financeira e Matemática Financeira
Fonte: O autor.
VF5 / 1,1 = VP4; VF4 /1,1 = VP3; VF3 / 1,1 = VP2; VF2 / 1,1 = VP1 ; VF1 x 1,1 =
VP0
Podemos dizer, então, que VF5 / (1,1 x 1,1 x 1,1 x 1,1 x 1,1) = VP0
ou que
118
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
Capitalização e Desconto de um
Valor e de uma Série de Valores no
Tempo
Constituir um fundo (acumular) é o oposto de pagar um financiamento
(amortizar). No primeiro caso se está aumentando, por meio de depósitos e de
juros, quantias inicialmente denominadas Valor Inicial ou Valor Presente, isto é,
capitalizando.
119
Administração Financeira e Matemática Financeira
120
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
Descapitalização de um Valor e de
uma Série de Valores no Tempo
A solução de problemas financeiros envolve também a amortização de
financiamentos parcial ou total, a realização de saques ou retiradas em fundos
já constituídos ou em constituição, a análise da viabilidade de operações
comerciais, de investimento etc. Essas operações exigem que tomemos decisões
no presente, mas que são baseadas em fatos que ocorrerão no futuro, sobre os
quais só possuímos expectativas.
121
Administração Financeira e Matemática Financeira
122
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
Dados:
Então:
Valor do Juro
J = VF – VP
123
Administração Financeira e Matemática Financeira
Dados:
Amortização
Aant = VP x [ i / (1 + i) x (1 –(1+i)-n )]
Apost = VP x [ i / 1 - (1+i)-n )]
Capitalização
124
Regimes de Cálculo de Juro: Juros
Capítulo 5 Simples e Juros Compostos
Amortização
Capitalização
Algumas Considerações
O cálculo financeiro é uma parte tão importante da vida moderna que
quase toda pessoa pode se beneficiar ao compreendê-lo melhor. E o que é mais
surpreendente é o fato de que não há muitas diferenças entre os problemas
financeiros enfrentados por um investidor médio, um pequeno empresário, uma
grande empresa ou uma família.
No nível mais básico, estes problemas são sobre como alocar o dinheiro.
As escolhas são muitas: o dinheiro pode ser gasto no consumo, oferecido por
empréstimo, pode ser poupado, tomado emprestado ou investido em projetos.
Projetos podem ser realizados com parceiros ou com o auxílio dos credores.
Projetos podem, entretanto, ser evitados quando não são considerados
vantajosos. E o cálculo financeiro oferece auxílio no processo de se decidir entre
as alternativas de investimento.
125
Administração Financeira e Matemática Financeira
Referências
FUNENSEG. Diretoria de Ensino e Produtos. Fundamentos de Matemática
Financeira. Assessoria Técnica: Nelson Chalfun Homsy. 6. ed. Rio de janeiro:
FUNENSEG, 2007.
126
C APÍTULO 6
Tipos e Formas de Expressão de
Taxas de Juro
128
Tipos e Formas de Expressão de
Capítulo 6 Taxas de Juro
Contextualização
As taxas de juro recebem diversos nomes, dependendo do tipo de situação
em que elas são empregadas. A seguir são apresentados oito tipos de taxas mais
referidos nos problemas financeiros.
Imagine três pessoas chamadas Maria, com diferentes estaturas. Elas são
necessariamente iguais por terem o mesmo nome? Claro que não, pois a primeira
pode ser alta, a segunda baixa e a terceira apresentar estatura mediana. Além
disso, cada uma delas tem um sobrenome diferente, feições diferentes etc.
Imagine agora três situações em que devemos utilizar taxas de juro nominal
de 6% ao ano. Essas situações são necessariamente iguais em virtude do fato
da taxa de juro ter o mesmo nome? Como no caso das Marias, claro que não,
pois a primeira poderá estar sendo utilizada no cálculo de juros mensais de uma
caderneta de poupança, a segunda para calcular os juros semestrais de um título
do Tesouro, enquanto que a terceira será utilizada no cálculo dos juros anuais de
uma aplicação.
129
Administração Financeira e Matemática Financeira
Atividades de Estudos:
Métodos utilizados:
130
Tipos e Formas de Expressão de
Capítulo 6 Taxas de Juro
____________________________________________________
____________________________________________________
4) Um título com data de resgate em 30/12/08 paga juros nominais
(cupom) de 5% a.s. Ele foi negociado em 01/07/03 com deságio
de 30%. Qual a rentabilidade ao ano do título na data de compra?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
Portanto, toda vez que você se deparar com uma taxa de juro, deve indagar
qual a periodicidade utilizada para calcular os juros. É como se toda a taxa de
juro tivesse “um nome” (6% ao ano, 3,45% ao mês etc.) e “um sobrenome” (“com
capitalização mensal” ou “com capitalização trimestral”, por exemplo).
No nosso dia a dia encontramos várias situações em que as taxas não são
expressas com essa transparência: “taxa com nome e sobrenome”. No caso de
um investimento que fazemos ou um dinheiro que pegamos emprestado, devemos
sempre perguntar, além do valor da taxa nominal, qual a periodicidade com que
os juros são calculados. Se a periodicidade do cálculo de juros coincide com o
prazo sob o qual a taxa nominal é expressa (6% a.a. nominal, com capitalização
anual; 1% a.m. nominal, com capitalização mensal etc.), o resultado efetivo (a
taxa efetiva) corresponde ao da taxa nominal. Se a periodicidade não coincidir,
teremos resultados diferentes.
Quando temos que resolver algum problema em uma prova, por exemplo,
essa transparência também deve existir. Há vários problemas que são propostos
de maneira errada, apresentando apenas a taxa de juro sem especificar se ela
está expressa sob a forma nominal.
131
Administração Financeira e Matemática Financeira
aplicação. Uma vez que a taxa proporcional representa uma fração ou um múltiplo
de uma taxa nominal, a taxa proporcional é também uma taxa nominal.
Atividade de Estudos:
132
Tipos e Formas de Expressão de
Capítulo 6 Taxas de Juro
[(1+ i/100)]n – 1]
Atividades de Estudos:
133
Administração Financeira e Matemática Financeira
134
Tipos e Formas de Expressão de
Capítulo 6 Taxas de Juro
Atividades de Estudos:
135
Administração Financeira e Matemática Financeira
136
Tipos e Formas de Expressão de
Capítulo 6 Taxas de Juro
12 meses em
6% a.a. Mensal 0,06/12 = 0,005 a.m. [(1+0,005)12]-1 = 0,0617
1 ano
2 trim. em 1
5% a.s. Trimestral 0,05/2 = 0,025 a.t. [(1+0,025)2]-1 = 0,050625
sem.
Fonte: O autor.
Façamos os cálculos:
Como o ano possui dois semestres, temos: (1+0,0954451)2 -1 = 0,20 ou 20% a.a.
137
Administração Financeira e Matemática Financeira
Atividades de Estudos:
138
Tipos e Formas de Expressão de
Capítulo 6 Taxas de Juro
Taxa Real, considerando uma Taxa Aparente de 16% a.a. e uma inflação de
6% a.a.
Atividade de Estudos:
139
Administração Financeira e Matemática Financeira
140
Tipos e Formas de Expressão de
Capítulo 6 Taxas de Juro
141
Administração Financeira e Matemática Financeira
142
Tipos e Formas de Expressão de
Capítulo 6 Taxas de Juro
Exemplo:
Para uma Taxa Over (nominal) de 2% a.m., teremos uma taxa diária (nominal)
de:
Não há nenhuma taxa de juro cuja expressão seja inferior ao dia. Portanto,
essa taxa ao dia (0,0667%) é, ao mesmo tempo, uma taxa nominal e uma taxa
efetiva (ela é a taxa-piso).
Atividades de Estudos:
143
Administração Financeira e Matemática Financeira
3) Apliquei $ 100 mil por 31 dias corridos (23 dias úteis) e obtive o
resultado final de $ 101.830,33. Qual a TOV?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
144
Tipos e Formas de Expressão de
Capítulo 6 Taxas de Juro
Quadro 12 - TIR
Fonte: O autor.
Algumas Considerações
Neste capítulo vimos que o conceito de taxa de juros se refere à remuneração
paga pela utilização de uma determinada quantia por um determinado período de
tempo. Vimos, porém, que as taxas de juro recebem diversos nomes, dependendo
do tipo de situação em que elas são empregadas nas operações financeiras.
Referências
FUNENSEG. Diretoria de Ensino e Produtos. Fundamentos de Matemática
Financeira. Assessoria Técnica: Nelson Chalfun Homsy. 6. ed. Rio de janeiro:
FUNENSEG, 2007.
145
Administração Financeira e Matemática Financeira
146
C APÍTULO 7
Planos de Financiamento e Tabelas
de Amortização
148
Planos de Financiamento e Tabelas de
Capítulo 7 Amortização
Contextualização
Você acabou de comprar uma nova casa e o preço de uma habitação é
geralmente o maior valor que, individualmente, você irá despender. Entretanto,
a aquisição é financiada em prazos longos, tais como dez, 20 ou 30 anos. E em
geral, os empréstimos pessoais envolvem o pagamento de prestações mensais,
o que significa o pagamento de 120, 240 ou 360 prestações mensais, período no
qual o imóvel é dado como garantia do próprio empréstimo, a chamada hipoteca.
149
Administração Financeira e Matemática Financeira
A taxa de juro empregada na Tabela Price é a TIR do fluxo, pois é a taxa que
faz com que a soma algébrica do valor atual das parcelas seja igual a zero.
150
Planos de Financiamento e Tabelas de
Capítulo 7 Amortização
Fonte: O autor.
Atividades de Estudos:
151
Administração Financeira e Matemática Financeira
____________________________________________________
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Planos de Financiamento e Tabelas de
Capítulo 7 Amortização
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Administração Financeira e Matemática Financeira
154
Planos de Financiamento e Tabelas de
Capítulo 7 Amortização
____________________________________________________
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155
Administração Financeira e Matemática Financeira
Fonte: O autor.
Obs.: Para o cálculo da TIR, utilize a opção TIR do menu “funções financeiras”
da planilha Excel. Marque os valores constantes da coluna C (C4:C9) e pressione
a tecla ENTER na célula C10.
156
Planos de Financiamento e Tabelas de
Capítulo 7 Amortização
Esquematicamente, temos:
Ou seja, a soma dos termos do lado direito da igualdade, divididos pelo fator
(“um” mais a taxa de juro) elevado ao respectivo expoente da série, deve ser igual
a 14.000.
157
Administração Financeira e Matemática Financeira
- Prestação = 3.693,16
- Valor da primeira parcela de juro = 1.400,00.
- Valor da primeira parcela de amortização = 2.293,16 (3.693,16 – 1.400,00)
158
Planos de Financiamento e Tabelas de
Capítulo 7 Amortização
Fonte: O autor.
159
Administração Financeira e Matemática Financeira
Repare que a soma das amortizações é igual ao VP. Surge aqui outro
conceito importante no cálculo financeiro: o VPL, ou Valor Presente Líquido. Ele
significa que se somarmos o valor do financiamento (com o sinal negativo) e os
valores descontados das prestações, em termos líquidos, teremos ZERO!
Vejamos:
Atividades de Estudos:
160
Planos de Financiamento e Tabelas de
Capítulo 7 Amortização
Operações de Leasing Ou
Arrendamento Mercantil
A operação de leasing é um caso particular da operação normal de
financiamento. A diferença é que em uma operação normal de financiamento não
há resíduo após o pagamento da última prestação. O tratamento financeiro que se
dá às operações de leasing é o de calcular o valor atual do resíduo (trazê-lo para
a data inicial) e subtraí-lo do valor do financiamento.
Exemplo:
161
Administração Financeira e Matemática Financeira
Solução:
Cálculo da Prestação
b) Cálculo da Prestação
162
Planos de Financiamento e Tabelas de
Capítulo 7 Amortização
Algumas Considerações
A concessão de empréstimos para o consumo e para o investimento é
instrumento importante para a geração do crescimento econômico e para o
atendimento das necessidades de cidadãos, empresas e governos. A flexibilidade
das operações de financiamento no que respeita ao pagamento dos empréstimos
em prazos e condições diferenciados facilita a possibilidade da realização de um
elevado número de operações de financiamento.
Referências
FUNENSEG. Diretoria de Ensino e Produtos. Fundamentos de Matemática
Financeira. Assessoria Técnica: Nelson Chalfun Homsy. 6. ed. Rio de janeiro:
FUNENSEG, 2007.
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