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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE


GOIÁS

Câmpus Inhumas

Licenciatura em Química

Estudo de Fotodegradação de Efluente Sintético


Composto pelos Corantes Alimentícios, Vermelho de
Eritrosina e Azul Brilhante: Utilizando Radiação
Ultravioleta em um Sistema Dinâmico.

Leila Paula de Lima

Inhumas, dezembro de 2017.


1

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

Câmpus Inhumas

Licenciatura em Química

Leila Paula de Lima

Estudo de Fotodegradação de Efluente Sintético


Composto pelos Corantes Alimentícios, Vermelho de
Eritrosina e Azul Brilhante: Utilizando Radiação
Ultravioleta em um Sistema Dinâmico.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Instituto Federal de Goiás (IFG)/Câmpus
Inhumas, como requisito necessário para
obtenção do título de Licenciada em Química.

Orientador: Prof. Dr. Fernando Pereira de Sá


Coorientadora: Profa. Dra. Elisangela C. de Lima Borges

Inhumas, dezembro de 2017.


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Inhumas, dezembro de 2017.


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FOLHA DE APROVAÇÃO
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DEDICATÓRIAS

Eu agradeço a Deus por não me deixar esquecer que senhor me habita


e que dá vida à minha alma, sustentando-me nos momentos mais
difíceis, por me dar abrigo na tempestade, por endireitar o que está torto,
por criar saídas onde parece não haver escapatória. Gratifico a ti senhor,
pela minha vida, pelo que conquistei e pelo que me foi concedido.
Remereço as minhas amadas avós Jandyra de Lima Paula (In
memorian) e Elza de Paiva Lino (In memorian), aos meus queridos pais
Carlos César de Lima e Ednalva de Paula Lima, meu amado esposo
Jones José da Silva Júnior, meu afetuoso filho Guilherme Lima, as
minhas benquistas irmãs Letícia de Paula Lima e Luana Paula de Lima
Cintra, aos meus atenciosos sogros Jones José da Silva e Maria Divina
Reis Silva. Por fim, a essa família graciosa que Deus me presenteou,
pelo companheirismo dos meus amigos Marcos Rodrigo, Geovana
Gonçalves e Larêssa Resende, e professores o meu eterno
agradecimento!

LEILA PAULA DE LIMA.


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AGRADECIMENTOS

A princípio reconheço e agradeço a importância de Deus na minha vida, cada dia que
passei durante este longo período que busquei a sabedoria acadêmica. É evidente que as
dificuldades eram passíveis de derrota, mas o senhor não me deixou fraquejar, a fé que foi me
dada era maior, tornando possível alcançar a vitória e conquistar o meu ideal de ser licenciada
em química.
Ser licenciada em química é para mim motivo de gratidão, por este motivo é com
facilidade que recordo de todas as pessoas que contribuíram para o meu crescimento
profissional. Elas me ajudaram nesta longa caminhada, em que busquei uma educação de
qualidade e de fato encontrei. Assim, seguem a quem devo saudar.
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Câmpus Inhumas,
pela oportunidade de fazer o curso, pelo ambiente criativo e amigável que proporciona, por sua
direção e administração.
Ao meu orientador, Professor Dr. Fernando Pereira de Sá, pelo apoio, pela confiança
e pelo incentivo dedicado à elaboração deste trabalho.
A minha coorientadora, Professora Dra. Elisangela C. de Lima Borges, pelo suporte e
paciente trabalho de revisão da redação.
Aos professores participantes da banca examinadora, que compartilharam comigo este
momento esperado, o Professor Mestre Tiago Moreira de Lacerda e o Professor Mestre Weslei
Silva de Araujo.
A todos os professores por me oferecer o conhecimento não só racional, mas também
por preparar para efetiva manifestação da educação no processo de formação social. Aos meus
mestres dedico a minha vida profissional e cultivo o meu sincero reconhecimento.
As minhas avós Jandyra de Lima Paula (In memorian) e Elza de Paiva Lino (In
memorian). A minha linda avozinha Jandyra, ela era uma verdadeira matriarca, sempre prezava
pela educação de seus filhos e filhas, netos e netas, bisnetos e bisnetas. Para ela, eu cumpri o
meu dever de estudar, se ela estivesse entre nós, teria certeza que orgulharia muito de mim. Já
a minha avozinha Elza, era implacável, sempre justa, uma mulher de fibra, me amava muito,
isto por eu ser sua neta mais velha. Ela queria que eu fosse médica, mas médica eu não fui.
Hoje, se ela estivesse entre nós, ela entenderia que para haver médicos é preciso primeiro existir
professores. E professora eu sou.
Aos meus pais, pelo amor, pelo encorajamento, pelo amparo incondicional. A minha
amada mãe, que é a minha heroína, que a todo o momento, estava a me esperar, sempre
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acordada, sentada em sua poltrona, nunca se cansou ou desanimou de me dar apoio, me


incentivando nas incontáveis horas difíceis que passei. Ao meu querido pai, que me fortaleceu
para superar os obstáculos que em meu caminho estavam.
Ao meu amor verdadeiro, o meu companheiro e esposo, que sempre esteve ao meu
lado, nunca me deixou fraquejar ou desistir. Sempre por evidenciar o orgulho que sentia e sente
por mim.
Ao meu filho amado, que mesmo pequeno, entende a importância que é ter uma mãe
que luta pelo que é certo e honrado, que preza pela educação e pelo trabalho digno. Meu filho,
meu bem-quer, você foi o meu grande motivador para esta conquista.
As minhas irmãs e sobrinhos, que nos muitos momentos de minha ausência, em virtude
da minha dedicação ao estudo superior, permanentemente fizeram compreender que o futuro é
feito com o início de constante dedicação no presente.
Aos meus sogros, tenho muito a agradecer, neles eu tinha uma boa palavra, uma
estimada paciência, para eles o meu futuro estava bem próximo, o sucesso estava a um palmo
de minha distância, bastava apenas apreciar o fluxo do tempo, o badalar dos sinos para que a
hora certa, aquela que eu esperava, então chegasse. Obrigada meus sogros, esta hora chegou!
Aos meus amigos, Marcos, Geovana e Larrêssa, companheiros de trabalho pedagógico
e científico, irmãos na amizade, irmãos de vida. Foram muitos os momentos de alegria e
tristeza. Meu Deus! O tempo passou e agora eu realmente entendi que a vida só é alegre quando
existe amizade de verdade. Por isso, o ensino superior me fez perceber, que eu só preciso de
três amigos próximos, e estes são vocês. Que a matéria mais difícil na faculdade é a presença,
que um sorriso diz tudo, imagina três. Muito obrigada meus eternos amigos.
Por fim, obrigada meu bom Deus por acreditar na educação.

“A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela


que a filha de um camponês se torna médica, que o filho de um mineiro pode
chegar a chefe de mina, que um filho de trabalhadores rurais pode chegar
a presidente de uma grande nação”. Nelson Mandela.
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RESUMO

É uma necessidade tornar as ações do homem uma responsabilidade socioambiental, por este
motivo cabe pontuar o problema do descarte dos efluentes pelas indústrias alimentícias nos
corpos d’água sem o devido tratamento. Nesses efluentes estão presentes os corantes sintéticos
e a sua forte coloração diminui a capacidade de penetração da radiação solar no flúmen,
prejudicando a biota aquática. Assim, este trabalho propôs o tratamento de efluente sintético
composto pelos corantes vermelho eritrosina e azul brilhante, através da fotodegradação por
radiação ultravioleta, observando os fatores: tempo de irradiação e pH das soluções, com intuito
de desenvolver técnicas de remoção de cor a partir deste efluente simulado. Para este fim,
utilizou-se um reator que tem como principal componente a radiação ultravioleta, produzida
por uma lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão com uma fluência laminar perpendicular.
A solução foi homogeneizada por uma eletrobomba, fazendo com que o efluente simulado
passasse continuamente pelo sistema isolado que contém a lâmpada. Os resultados mostraram
que esta metodologia foi satisfatória na descoloração total das soluções em tempo menor que
120 minutos. Além disso, o estudo de irradiação das amostras em função do pH, mostrou uma
dependência da eficiência deste processo com este parâmetro, obtendo-se melhores resultados
para o meio ácido.

Palavras-chaves: Fotodegradação, Efluentes, Corantes, Sistema Dinâmico.


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ABSTRACT

It is a necessity to make the actions of man a social and environmental responsibility, for this
reason it is possible to point out the problem of the disposal of the effluents by the food
industries in the bodies of water without the due treatment. In these effluents the synthetic dyes
are present and their strong coloration diminishes the capacity of penetration of the solar
radiation in the flow damaging the aquatic biota. Thus, this work proposed the treatment of
synthetic effluent composed of erythrosine red and blue dye, through the photodegradation by
ultraviolet radiation, observing the factors: irradiation time and pH of the solutions, aiming at
the development of color removal techniques from this effluent. For this purpose, a reactor was
used whose main component is ultraviolet radiation, produced by a high-pressure mercury
vapor lamp with a perpendicular laminar flow. The solution was homogenized by a universal
electric pump, causing the simulated effluent to pass continuously through the insulated system
containing the lamp. The results showed that this methodology was satisfactory in the total
discoloration of the solutions in less than 120 minutes. In addition, the irradiation study of the
samples as a function of pH showed a dependence of the efficiency of this process with this
parameter, obtaining better results for the acid medium.

Keywords: Photodegradation, Effluents, Dyes, Dynamic System.


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LISTA DE SIGLAS

CNRH...........................................................................Conselho Nacional Recursos Hídricos


ONU.......................................................................................Organização das Nações Unidas
ANVISA.................................................................Agência Nacional de Vigilância Sanitária
C.I. .........................................................................................................................Color Index
CONAMA........................................................................Conselho Nacional Meio Ambiente
MERCOSUL.....................................................................................Mercado Comum do Sul
IUPAC.........................................................União Internacional de Química Pura e Aplicada
UV..........................................................................................................................Ultravioleta
UV/VIS...................................................................................................Ultravioleta –Visível
pH ....................................................................................................Potencial Hidrogeniônico
Ppm...............................................................................................................Partes por milhão
L.......................................................................................................................................Litros
nm............................................................................................................................Nanômetro
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Divisão Hidrográfica Nacional. ................................................................................ 12


Figura 2: Fórmulas estruturais dos grupos funcionais. ............................................................. 14
Figura 3 - Estrutura química do corante azul brilhante. ........................................................... 15
Figura 4 - Estrutura química do corante vermelho de eritrosina. ............................................. 16
Figura 5 – Fotoreator com utilização de radiação UV artificial, usado nos experimentos de
irradiação da solução contendo os corantes: vermelho de eritrosina e azul brilhante. ............. 20
Figura 6: Espectrofotômetro utilizado para realizar as análises das amostras. ........................ 21
Figura 7: Espectro UV/VIS da solução (10 mg/L), em diferentes tempos de irradiação, sem
controle de pH. ......................................................................................................................... 22
Figura 8: Amostras da solução (10 mg/L), em tempos de 0, 15, 30, 60, 90 e 120 minutos de
irradiação, sem controle de pH. ................................................................................................ 23
Figura 9: Espectros de absorbâncias para amostras do efluente sintético (10 mg/L), após 15
minutos de irradiação, em diferentes pHs. ............................................................................... 24
Figura 10: Precipitação do corante vermelho eritrosina em pHs 2 e 4. .................................... 24
Figura 11: Absorbância (λmáx = 527 nm) em função do tempo de irradiação para soluções do
efluente sintético (vermelho eritrosina e azul brilhante), em pHs 6 e 8. .................................. 25
Figura 12: Absorbância (λmáx = 630 nm) em função do tempo de irradiação para soluções do
efluente sintético (vermelho eritrosina e azul brilhante), em pHs 6 e 8. .................................. 25
11

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12

2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 18

2.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 18

2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................... 18

3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 19

3.1 Materiais ................................................................................................................... 19

3.2 Experimentos de Fotodegradação .......................................................................... 19

3.3 Caracterização ......................................................................................................... 21

4 RESULTADOS ................................................................................................................ 22

5 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 27

APÊNDICE A ......................................................................................................................... 29

ANEXO A – ............................................................................................................................. 31
12

1 INTRODUÇÃO

O Brasil detém 12% de toda água doce do planeta. A região hidrográfica brasileira é
constituída por duzentas microbacias, essas distribuídas em doze regiões hidrográficas. A
Figura 1, demonstra a divisão hidrográfica nacional que foi publicada pelo Conselho Nacional
de Recursos Hídricos (CNRH) no Diário Oficial da União em 17 de dezembro de 2003, em
anexo consta essa divisão detalhada. Assim, a capacidade hídrica brasileira, de acordo com a
Organização das Nações Unidas (ONU), é capaz de fornecer um volume de água por pessoa
dezenove vezes superior ao mínimo (1.700 m3/s por habitante por ano), ou seja, a capacidade
do volume de água no Brasil é de 32.300 m3/s por habitante por ano (MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE, 2017).
Figura 1: Divisão Hidrográfica Nacional.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente, CNRH, publicado no DOU em 17/12/2003.

Sendo este recurso abundante, porém esgotável, em janeiro de 1997, vigorou a Lei nº
9.433/1997, intitulada também como Lei das Águas. Conforme descrito, este instrumento legal
designou a Política Nacional de Recursos Hídricos a criação do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos. Nos fundamentos desta Lei, a água é considerada um
bem de uso público e um recurso natural escasso, possuindo também um valor econômico. Esta
Lei tem como objetivo garantir e viabilizar a água com qualidade às gerações futuras,
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2017).
Garantir e viabilizar este recurso natural significa preservar e ter um consumo racional,
ou seja, sem poluição e sem desperdício. Assim, nos últimos anos “cuidar da água” passou a
13

ser questão que interessa a todos. Para Sá (2013) o problema mais relevante sobre os recursos
hídricos é a poluição dos corpos d’água, pois neles são lançados resíduos oriundos da atividade
industrial e doméstica sem o devido tratamento. Pereira e Freire (2005) ressaltam que um dos
maiores problemas que afetam os recursos hídricos é o não tratamento adequado dos resíduos
industriais e domésticos, despejados nos corpos d’água desconsiderando qualquer processo de
reparação.
As indústrias, sejam elas têxteis ou de alimentos, têm como princípio ativo corante e
pigmento para tornar seus produtos mais atrativos e competitivos. Gupta e Suhas (2009)
estimou que anualmente no mundo, são produzidos 7 x 105 a 1 x 106 toneladas de corantes
artificiais, dos quais 25 mil toneladas são utilizadas no Brasil. No processamento industrial
existe uma baixa fixação dos corantes, resultando em grande descarte dessas substâncias nos
corpos hídricos (SÁ, p.20, 2013).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), de acordo com a Resolução nº
382 a 388, de 09 de agosto de 1999, autoriza o uso de onze corantes artificiais na fabricação
dos produtos alimentícios. No Quadro 01 estão expressos os corantes permitidos.

Quadro 01: Corantes artificiais permitidos pela ANVISA.


E- Nº (Referência
Nome do Corante C.I. (Color Index)
União Europeia)
Amaranto C.I.-16185 E-123
Amarelo Crepúsculo C.I.-15985 E-110
Amarelo Tartrazina C.I.-19140 E-102
Azul Brilhante FCF C.I.-42090 E-133
Azul Indigotina C.I.-73015 E-132
Azul Patente V (,), C.I.- 42051 E-131
Azorrubina (,) C.I-14720 E-122
Eritrosina C.I.-45430 E-127
Ponceau 4R C.I.-16255 E-124
Verde Rápido C.I.-42053 E-143
Vermelho 40 C.I.-16035 E-129
Fonte: ANVISA, Resolução nº388 de 05/08/1999.

Segundo a legislação da ANVISA ela esclarece que color index tem o seguinte
significado:
“As substâncias colorantes são listadas conforme um índice de nomes
genéricos e índices de números de constituição de cor (Colour
Index Constitution Numbers ou simplesmente C.I.), para cada nome de
produto, o Colour Index International lista o fabricante, apresentação física,
e os principais usos, com comentários fornecidos pelo fabricante como guia
aos consumidores. No caso dos corantes, deve-se informar o número de
seu color index ou C.I.”.
14

A indústria alimentícia ao efetuar a liberação de seus efluentes contamina a água, e esta


ação é classificada pela sociedade moderna como um problema ambiental. Para isso, é evidente
a conscientização da população e também políticas públicas efetivas para tratar pontualmente
desse problema para reduzir as consequências ambientais. De acordo com Conselho Nacional
do Meio Ambiente – CONAMA nº 357 de 2005, no artigo 3º, diz que: “os efluentes de qualquer
fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente nos corpos receptores após o devido
tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos nesta Resolução
e em outras normas aplicáveis”.
Lançados esses efluentes no ambiente aquático, uma mudança nas características físico-
químicas e biológicas é desencadeada, principalmente pelos seus fatores: caráter ácido ou
básico; coloração expressiva e concentração de sólidos suspensos. O resultado para o meio
ambiente não é positivo, uma vez que, esses fatores favorecem a perda de oxigênio dissolvido
na água. (MARMITT; STULP, 2010).
As classes dos corantes alimentícios provenientes desses efluentes são substâncias que
apresentam em suas estruturas anéis aromáticos ligados a um ou mais de um cromóforo. De
acordo com Atkins e Jones (2012), os cromóforos são conglomerados de átomos, sendo
cromóforo uma palavra de origem grega, com o seguinte sentido “que conduz cor”. Esse
conglomerado de átomos formam os grupos funcionais, desse modo, eles são os agentes que
absorvem radiação eletromagnética na região do ultravioleta ou do visível. São exemplos de
alguns desses grupos funcionais a antraquinona, o azo, o nitroso, o trifenilmetano, o
heterocíclico e o xanteno. A Figura 2 representa os grupos funcionais com suas fórmulas
estruturais, na respectiva ordem que foi enunciada.

Figura 2: Fórmulas estruturais dos grupos funcionais.

a) Antraquinona b) Azo c) Nitroso


O
N O
N N

d) Trifenilmetano e) Heterocíclico f) Xanteno


O
N
NH

N N NH
H O

Fonte: ChemSketch
15

Nesta pesquisa foram escolhidos dois (2) corantes alimentícios sintéticos dos onze (11)
permitidos pela ANVISA, sendo eles: o azul brilhante e vermelho de eritrosina. A escolha
destes dois corantes não foi aleatória. O fator de escolha considerou a complexidade dos grupos
cromóforos presentes nos dois corantes. No azul brilhante, o grupo funcional trifenilmetano e
o vermelho de eritrosina o grupo funcional xanteno. São estruturas químicas que não permitem
o tratamento de efluente por processos tradicionais, (TAN; AHMAD; HAMEED, 2008). Sá
(2013) afirma que: “no momento, não há um processo simples capaz do tratamento adequado,
sobretudo, devido à natureza complexa dos efluentes”.
O corante sintético azul brilhante é um sal tri-sódico de 4,4-di (n-etil-3-
sulfonatobenzil amino) -trifenil metil-2-sulfonato, também conhecido por FD&C Blue No. 1,
Food Blue 2, Brilliant blue FCF. Este corante possui uma estrutura com três radicais arila,
normalmente grupo fenólico, ligado a um átomo de carbono central, possui também grupos
sulfônicos que propiciam alta solubilidade em água. Este corante possui razoável estabilidade
a luz, ao calor e ao meio ácido, mas possui baixa estabilidade oxidativa. Seu uso é liberado na
União Europeia e no MERCOSUL. (ADITIVOS & INGRETIENTES, 2009).
De acordo com legislação da ANVISA, a aplicação do azul brilhante está
condicionada para ser “utilizado em alimentos (incluindo suplementos dietéticos), cosméticos
e medicamento em geral incluindo para área dos olhos, não é permitido à utilização em
dispositivos médicos e formas farmacêuticas injetáveis”.
Nos Estados Unidos possui uso incondicional, no Canadá é permitido com uma
restrição limite de 100 ppm e na Inglaterra é permitido em alguns alimentos. (PRADO;
GODOY, 2003).
A estrutura química do azul brilhante é apresentada na Figura 3.

Figura 3 - Estrutura química do corante azul brilhante.

O O
NaO O ONa
S - S
S
O O O
O

+
N N

CH3 H3C

Fórmula Estrutural Plana Fórmula Estrutural Espacial

Fonte: ChemSketch
16

O corante vermelho de eritrosina é um sal dissódico, com nome usual de 2, 4, 5, 7-


tetraiodofluoresceína, seu nome segundo a IUPAC é 2-(6-hidroxi-2, 4,5 ,7-tetraiodo-3-oxo-
xanten-9-il) ácido benzoico. Também é conhecido como Erythrosine B, Food Red 14, Acid Red
18. Este corante é insolúvel em pH menor que 5. Quanto a seu uso, é o único dessa classe
permitido no Brasil, nos Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e Canadá também são
liberados. (ADITIVOS & INGRETIENTES, 2009).
Segundo legislação da ANVISA, a aplicação do vermelho de eritrosina está
condicionada para ser “utilizado em alimentos (incluindo suplementos dietéticos), cosméticos
e medicamentos de administração oral, não é permitida à utilização na área dos olhos, em
dispositivos médicos e fórmulas farmacêuticas injetáveis”.
Quanto à saúde humana, de acordo com alguns estudos, existe uma possível relação
com tumores na tireoide pela provável diminuição de iodo no organismo, mas estes estudos não
foram concluídos. (PRADO; GODOY, 2003).
A estrutura química do vermelho de eritrosina é apresentada por meio da Figura 4.

Figura 4 - Estrutura química do corante vermelho de eritrosina.

I I
NaO O O

I I
O

ONa

Fórmula Estrutural Plana Fórmula Estrutural Espacial

Fonte: ChemSketch

Este trabalho tem o intuito de desenvolver técnicas de remoção de cor a partir de um


efluente simulado utilizando o processor de fotodegradação por radiação ultravioleta (UV).
A fotodegradação é um processo que acontece em etapas de desagregação dos
compostos químicos, o agente que causa está decomposição molecular é a radiação
eletromagnética. O processo químico de dissociação estabelece no momento em que a molécula
recebe essa radiação, dá-se agora a excitação de elétrons para o estado de maior energia.
(ATKINS; JONES, 2012).
17

Para Sá (2013), a técnica de fotodegradação pode acontecer com ou sem o uso de


catalizador. O processo que utiliza catalizador é denominado de fotodegradação catalítica, pois
inclui a ativação de um semicondutor, sendo comumente empregado o dióxido de titânio (TiO2),
esse recebendo uma luz solar ou artificial. Para o processo que ocorre sem o uso de catalizador
dá-se o nome de fotólise direta, nesse método a reação de fotodegradação realiza somente sob
excitação eletrônica do substrato orgânico, ou seja, a molécula que pretende degradar. A perda
da cor durante o tratamento fotolítico é causada pela degradação do sistema cromofórico da
molécula, no caso deste trabalho, as moléculas dos corantes alimentícios. Essa degradação
acontece devido transferência eletrônica do substrato no estado de excitação, (Equação 1) para
uma molécula receptora, que habitualmente é o oxigênio molecular em solução (Equação 2).
ℎ𝑣 (1)
𝐶 → 𝐶∗
𝐶 ∗ + 𝑂2 → 𝐶 ∎+ + 𝑂2∎− (2)

Sá (2013), ainda ressalta que durante a transferência eletrônica, formam radicais


catiônicos e aniônicos, esses podem passar por consecutivos rearranjos inibindo que ocorram
novas reações. Outra relevância apontada por este autor é o fato de ainda ocorrer hidrólise do
radical catiônico, sendo este último, responsável por causar reações de oxidação sequentes.
Por fim, esta pesquisa científica pode possibilitar a degradação e transformação desses
corantes em compostos mineralizados. Utilizando a fotodegradação por fotólise direta, os
efluentes podem ser descartados nos corpos d’água sem causar danos ambientais. Cabe ressaltar
que os processos desenvolvidos atualmente não podem apresentar uma única opção eficiente
no tratamento dos milhares de compostos poluentes (SÁ, 2013).
18

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Estudar a Fotodegradação de Efluente Sintético Composto pelos Corantes Alimentícios,


Vermelho de Eritrosina e Azul Brilhante, Utilizando Radiação Ultravioleta em um Sistema
Dinâmico.

2.2 Objetivos Específicos

• Caracterizar as soluções dos corantes: Azul Brilhante e Vermelho de Eritrosina por


espectroscopia UV/Visível;
• Realizar estudo de fotodegradação em função do pH sem o uso de fotocatalisadores;
• Estudar a fotodegradação do corante em função do tempo de irradiação (cinética), sem
o uso de fotocatalisadores;
• Preparar artigos para divulgação científica em congressos e revistas.
19

3 METODOLOGIA

Como prática inicial utilizou-se uma fundamentação teórica, com o intuito de obter
subsídio para a realização deste projeto. Logo o método escolhido para recuperação do efluente
simulado, preparado no Laboratório de Energia e Meio Ambiente do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Câmpus Inhumas, partiu da aplicação da
fotodegradação com ultravioleta.

3.1 Materiais

• Os corantes alimentícios: vermelho de eritrosina e azul brilhante foram concedidos pela


Importadora Brastókio. Os mesmos foram utilizados sem tratamento prévio.
• As vidrarias utilizadas foram as existentes no Laboratório de Química e Energia e Meio
Ambiente do Câmpus Inhumas.
• O reator foi construído pelo orientador e a orientada.
• A eletrobomba, os materiais hidráulicos, o recipiente metálico, a lâmpada de mercúrio em
alta pressão (125 W) foram adquiridos com recursos próprios.
• Espectrofotômetro Digital do laboratório de Energia e Meio Ambiente do IFG- Câmpus
Inhumas, para realização das leituras das amostras.

3.2 Experimentos de Fotodegradação

O experimento fotoquímico foi realizado no reator, e tem como principal componente a


radiação ultravioleta, produzida por uma lâmpada de vapor de mercúrio em alta pressão (125
W) com uma fluência laminar perpendicular. A solução é homogeneizada por uma eletrobomba
universal, fazendo com que o efluente sintético passe continuamente pelo sistema isolado que
contém a lâmpada. A Figura 5 a seguir, mostra o conjunto do fotoreator.
20

Figura 5 – Fotoreator com utilização de radiação UV artificial, usado nos experimentos de irradiação
da solução contendo os corantes: vermelho de eritrosina e azul brilhante.

Conjunto interno Imagem interna do recipiente Imagem fotoreator (externa)

Fonte: Própria

Assim, é criado um ambiente artificial para o tratamento do efluente, que por sua vez as
reações fotoquímicas são iniciadas pela absorção de radiação eletromagnética, com isto são
previstos os efeitos químicos. Moore (2013, p. 667) afirma que incidindo luz sobre uma
molécula, ela absorve um fóton de luz visível e efeitos químicos podem ser esperados.
Os experimentos foram realizados em duas etapas, na primeira em função do tempo de
irradiação, utilizando-se 2 L das soluções aquosas nas concentrações de 10 mg/L, sob
velocidade constante promovida pela eletrobomba, com coletas de amostras em intervalos de
0, 15, 30, 60, 90 e 120 minutos para posteriores análises no espectrofotômetro UV/VIS.
Na segunda etapa em função do pH sob irradiação constante durante de 1 (uma) hora,
utilizando-se 2 L das soluções aquosas nas concentrações de 10 mg/L, com controle de pHs 2,
4, 6, 8 e 10 na ausência de fotocatalisadores, sob velocidade constante provida pela
eletrobomba, com coletas de amostras em intervalos de 0, 15, 30, 60, 90 e 120 minutos para
posteriores análises no espectrofotômetro UV/VIS
21

3.3 Caracterização

O acompanhamento da descoloração das soluções foi realizado por espectroscopia


UV/VIS com espectrofotômetro digital, fabricado pela empresa Bel Photonics do Brasil LTDA,
a Figura 6 exibe a imagem desse aparelho. As cubetas utilizadas são de quartzo de 5 cm3
(caminho óptico de 1 cm), com o monitoramento de varredura entre 190 e 700 nm.

Figura 6: Espectrofotômetro utilizado para realizar as análises das amostras.

Fonte: www.belphotonics.com.br (2017).


22

4 RESULTADOS

Ao analisar a amostra referente ao experimento da primeira etapa, pode-se fazer as


seguintes considerações a partir da Figura 7, que mostra os espectros de absorbância para
amostras do efluente sintético, submetidas ao processo de irradiação com ultravioleta, retiradas
em tempos que variaram de 0 a 120 minutos. A amostra de efluente sintético bruto (sem
irradiação UV) apresenta as bandas características dos corantes vermelho eritrosina (527 nm) e
azul brilhante (630 nm). Observa-se que na segunda amostra retirada, após 30 minutos, a banda
característica do corante vermelho eritrosina já, praticamente, não se apresenta no espectro de
absorção, mostrando que este intervalo de tempo foi suficiente para o processo de
fotodegradação deste corante. Para o azul brilhante a degradação aconteceu de forma mais lenta,
levando um tempo maior que 90 minutos para ocorrer de forma efetiva a degradação, sendo
comprovada pela diminuição da intensidade da banda característica, deste corante, a partir deste
período.

Figura 7: Espectro UV/VIS da solução (10 mg/L), em diferentes tempos de irradiação, sem controle de
pH.

1,8
0 min
15 min
1,5
30 min
60 min
1,2 90 min
120 min
Absorbância

0,9

630
0,6
527

0,3

0,0
200 300 400 500 600 700
 (nm)

Fonte: OriginPro8.

Pode-se perceber também, que houve considerada diminuição nas bandas de absorção da
região ultravioleta, além de não haver surgimento de outras bandas, o que mostra que o processo
de fotodegradação aconteceu sem a formação de subprodutos, resultado semelhante ao
observado por Khataee, Vatanpour e Ghadim (2009) no estudo de fotodegradação do corante
Azul Brilhante, com uso de TiO2 como catalisador. A Figura 8 exibe de forma qualitativa as
23

amostras de efluente sintético retiradas em diversos intervalos de tempos, mostrando a efetiva


degradação das soluções, considerando o fator tempo de exposição a irradiação.

Figura 8: Amostras da solução (10 mg/L), em tempos de 0, 15, 30, 60, 90 e 120 minutos de irradiação,
sem controle de pH.

Fonte: OriginPro 8.

Ao considerar a análise para experimento realizado na segunda etapa, os espectros de


absorbância para amostras do efluente sintético com modificação do pH, submetidas ao
processo de irradiação com ultravioleta, retiradas após 15 minutos de irradiação, são mostrados
na Figura 9.
As curvas apresentam perfis semelhantes para a diminuição da absorbância nos
diferentes pHs. Mas, observa-se que existe uma dependência nítida entre a eficiência na
descoloração e o pH do meio. Fica claro, por esta Figura, que a fotodegradação acontece mais
eficientemente em meio ácido. Para os pHs 2 e 4, após 15 minutos de irradiação, a banda
característica do corante vermelho eritrosina (527 nm) já, praticamente, não se apresenta no
espectro de absorção e a banda correspondente ao azul brilhante (630 nm) é de baixa
intensidade, mostrando que nestes pHs a fotodegradação acontece de forma mais eficiente,
sendo muito mais rápida para o corante vermelho eritrosina.
24

Figura 9: Espectros de absorbâncias para amostras do efluente sintético (10 mg/L), após 15 minutos de
irradiação, em diferentes pHs.

1,0
pH 2
pH 4
0,8 pH 6
pH 8
pH 10
Absorbância

0,6 630

0,4

527

0,2

0,0
200 300 400 500 600 700
 (nm)

Fonte: OriginPro 8.

A explicação pode estar relacionada ao fato de que, conforme a literatura, para valores
de pH abaixo de 5, o corante vermelho eritrosina perde sua estabilidade em relação ao parâmetro
solubilidade (PRADO; GODOY, 2003). Fazendo com que aconteça já no início do processo
uma precipitação do corante e consequente diminuição da absorbância da solução por um todo.
A Figura 10 mostra este comportamento para os pHs 2 e 4.

Figura 10: Precipitação do corante vermelho eritrosina em pHs 2 e 4.

pH 2 pH 4

Fonte: Própria.

Outro resultado interessante, apresentado pela Figura 9, é que as bandas para os pH´s 6
e 8 mostram-se uma inversão. A banda para o pH 6 sobrepôs a banda para o pH 8. Para tentar
compreender este fenômeno, foram realizados novos experimentos para estes pHs, mas dessa
vez coletando amostras em diversos tempos de irradiação (Figuras 11 e 12). Os resultados
25

mostraram que para o máx = 527 nm o comportamento das curvas são praticamente o mesmo,
não havendo diferenças significativas nos valores de absorbância para os dois pHs (Figura 10).
Por outro lado, para o máx = 630 nm, correspondente ao corante azul brilhante, a curva de
absorbância para pH 8 apresenta valores inferiores à curva em pH 6 até o tempo de 90 minutos.
A partir deste período o comportamento da curva passa a ser o esperado mostrando-se valores
maiores de absorbância para pH 8.

Figura 11: Absorbância (λmáx = 527 nm) em função do tempo de irradiação para soluções do efluente
sintético (vermelho eritrosina e azul brilhante), em pHs 6 e 8.

0,5
pH 6
pH 8
0,4
Absorbância (527 nm)

0,3

0,2

0,1

0,0
0 30 60 90 120
Tempo (min)

Fonte: OriginPro 8.

Figura 12: Absorbância (λmáx = 630 nm) em função do tempo de irradiação para soluções do efluente
sintético (vermelho eritrosina e azul brilhante), em pHs 6 e 8.

0,7
pH 6
pH 8
0,6

0,5
Absorbância (630 nm)

0,4

0,3

0,2

0,1

0,0
0 30 60 90 120
Tempo (min)

Fonte: OriginPro 8.
26

5 CONCLUSÕES

Diante dos resultados descritos anteriormente, pôde-se comprovar que os procedimentos


ora apresentados tiveram resultados satisfatórios. Nos gráficos de absorbâncias em função do
comprimento de onda, foi observada uma significativa diminuição das bandas características
dos corantes, em intervalos de tempos relativamente curtos. Além disso, o estudo de irradiação
das amostras em função do pH, mostrou-se uma dependência da eficiência deste processo com
este parâmetro, obtendo-se melhores resultados para o meio ácido.
Desta forma, considerando os fatores tempo e pH, é possível perceber a viabilidade de
aplicação deste processo no tratamento de efluentes coloridos, tendo em vista, que houve
diminuição acentuada da absorbância em praticamente todas as regiões do espectro UV/VIS.
Demostrando que é possível desenvolver metodologias de baixo custo e que sejam eficientes
na retirada de corantes de soluções aquosas.
27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resoluções nº 382 a 388, de 9 de


agosto de 1999. 1999. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/legis/resol-/index\_99.htm>.
Acesso em: 23.02.2017.

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Disponível em :< http://www.insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/edicoes_materias.
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Disponível em:< http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em:
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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Conselho Nacional dos Recursos Hídricos. Disponível


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28

TAN, I.; AHMAD, A.; HAMEED, B. Adsorption of basic dye on high-surface-area activated
carbon prepared from coconut husk: Equilibrium, kinetic and thermodynamic studies. Journal
of Hazardous Materials, 2008. v. 154, p. 337–346, 2008.
29

APÊNDICE A

Aceite do trabalho: “Estudo de Influência do pH na Fotodegradação de


Efluente Sintético, Utilizando Radiação Ultravioleta em um Sistema Dinâmico”.
30
31

ANEXO A – Divisão hidrográfica Nacional


32

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