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Aterros sobre solos moles:

metodologias construtivas

Márcio de Souza Soares de Almeida


Prof. Titular
COPPE – UFRJ
almeida@coc.ufrj.br
www.marcioalmeida.eng.br

1
Metodologias construtivas
Fatores determinantes:
Estratigrafia;
Investigações
Propriedades geotécnicas da geotécnicas
argila; de qualidade

Tipo de utilização da área;


Prazos construtivos;
Custos.

2
Características dos solos extremamente
moles do Rio de Janeiro
 Altos valores de:
 umidade, índice de vazios
 matéria orgânica,
 compressibilidade

 Extra
Extra--sensibilidade
 Dificuldade de obter amostras de boa qualidade
 Resistência não drenada Su muito baixa nas primeiras
camadas: 2 a 4 kPa
 Solos moles da Baixada de Jacarepaguá são muito
“piores” do que os das Baixadas Fluminense e Santista,
por exemplo.
Métodos Construtivos de Aterros sobre
Solos Moles

4
Metodologias executivas Características

1. Aterro convencional Estabilização dos recalques é lenta,


mais econômico
2. Remoção da camada Eficaz, rápido, oneroso, grande
mole impacto ambiental
3. Aterro sobre drenos Estabilização dos recalques é mais
verticais (com sobrecargas) rápida que 1, mais oneroso
4. Substituição do aterro Reduz recalques, oneroso, o material
por materiais leves leve deve ser protegido
5. Aterros estruturados Rápido, reduz recalques, oneroso
(sobre estacas)
6. Colunas de solo tratado Rápido, reduz recalques, oneroso
por jatos de alta pressão
7. Pré-carregamento por Não atende a todas as situações, 5
vácuo oneroso
Substituição de Solo: sequência executiva

6
Recreio: remoção de argila e execução do dique

Terreno Limite do terreno


Conquista
Geotextil sem
geotextil

Ruptura lateral controlada e


abertura de uma cava para
“facilitar” o embutimento
7
Aterro de ponta – ETE Sarapuí
I-4

BM-1
SP-33
SP-78
SP-30 PR-8
SP-76
SP-27 SP-28
SP-29
I-1 PR-4
CPTU/VT/EC/EA SP-49 SP-75
SP-74 SP-73
PR-1 SP-24
SP-71 SP-34 SP-35 SP-23
SP-70 SP-50 SP-69 SP-37
CPTU SP-68

SP-64
SP-67

SP-36
SP-65

PR-5
SP-22
SP-66 PR-9
SP-44
I-6
SP-15
EC/EA
Espessura
SP-21 SP-63
PR-2
SP-20
SP-61

SP-40
SP-41
SP-62

SP-14
SP-42
SP-43

SP-8
do depósito
SP-19
SP-60

LEGENDA:
SP-59
I-2
SM-2

SP-12
SP-13
PR-6
argiloso:
I- INCLINÔMETRO
SP-58
SP-11
SM-1
SP-5 SP-7
CPTU/VT/EC/EA
PR-10
2m a 5m.
PR- PLACADERECALQUE SP-6
SP-57 PR-7
CPTU/VT/EC/EA
SP-56
BM- BENCHMARK
SP-55
SONDAGEMAPERCUSSÃO PR-3
I-3
SONDAGEMAMISTA
I-5 BM-2
SP-53 SP-54 SP-2
CPTU PIEZOCONE
VT PALHETA
EC ENSAIODECARACTERIZAÇÃO
SP-52
EA ENSAIODEADENSAMENTO SP-1

8
Aterro de ponta na periferia – seção
transversal

9
Dique na periferia e preenchimento

10
Aterro sobre Drenos Verticais

11
Aterro sobre drenos verticais – Sede Nacional
do SESC/SENAC

• Área = 93.000 m2;


• Valores de SPT geralmente nulos em toda a camada;
12
• Aterro do SENAC/SESC = malha triangular com
espaçamento de 1,70 m, em camadas de solo
compressível com espessuras variando de 6 m a 12 m
(ALMEIDA et al, 2000);

equipamento de cravação. 13
• Aterro no Recreio dos Bandeirantes: malha tringular
com espaçamento de 1,3 e 1,4m. Camada compressível
de 4 a 11m, aterro de 7,5m executado em 3 etapas.

14
Peso Específico dos Materiais Leves para
Aterros
Peso específico
Material
(kN/m³)

Poliestireno expandido – EPS


0,30
(isopor ou similar)

Tubos de concreto (diâmetro: a ;


4
espessura da parede: a )

Pneus picados 6

Argila expandida 10

Serragem 10 15
Uso de EPS em aterros sobre solos
moles: (Lima; Almeida, 2009)

16
Aterro leve (com EPS)

17
Aterro leve (com EPS)

Obras para os Jogos Panamericanos (Sandroni, 2006)

18
Aterro estruturado com estacas, capitéis e
geogrelha

19
Aterro sobre estacas x aterros sobre drenos
20

Espessura de camada compressível (m)


18

16

14

12

10

4
aterro sobre estacas
2
aterro sobre drenos
0
40 € 50 € 60 € 70 € 80 € 90 € 100 €

Custo para cada m2

Avenidas de um empreendimento na Barra da Tijuca


Esta análise é função da geometria do aterro, das
propriedades geotécnicas da argila e dos custos praticados
20
Aterro estruturado
com geogrelhas -
1900 estacas –
SESC/SENAC

2a obra do tipo no país

21
Aterros estruturados com plataforma
de geogrelha

SEDE NACIONAL SESC-


SENAC
Aterro estruturado 1 ESCOLA SESC
Aterro
estruturado 2

junho/2005

22
Foto 06/11/2006

23
Localização das estacas – Aterro 2

24
Aterro estruturado sobre laje e estacas

25
Detalhe de um aterro sobre laje de concreto

26
Estacas de Brita

Para reforçar uma


camada de solo
utiliza-se da
inclusão de
elementos
granulares
formando estacas
de brita, através da
ação combinada da
compactação e da
vibração.
27
Sequência de execução de coluna de
brita em solo mole saturado (McCabe;
McNeill; Black, 2007)

28
Esquema de um aterro executado sobre colunas
encamisadas com geossintéticos, sobre solo
mole (Raithel; Kempfert, 2000)

29
Execução de colunas encamisadas pelo método
de deslocamento (Raithel; Kempfert, 2000)

30
Detalhes de execução de coluna
encamisada

31
Précarregamento com vácuo

13.0m 2.3 0.5 2.0 WATER AND AIR


GOING TO PUMPS
IMPERVIOUS PVC SAND FILL PERIPHERAL
MEMBRANE AND TRENCH
GEOTEXTILE SUCTION
MEASUREMENT
PUMPS
1.7
-1atm.
0.6
2.3
11

1.151.15 HORIZONTAL DRAINS


φ = 50mm

VERTICAL DRAINS
φ = 50mm; l = 7.5m

32
Précarregamento com vácuo
PERIPHERAL TRENCH ≅ 5m

1.15 1.15
≅ 5m
≅ 5m
Horizontal drains
φ = 50mm

Vertical drains
till 7.5m depth.

EXHAUSTION ≅ 5m

COLECTOR φ=6”; L=3m

PUMPS
VANE FOR WATER
CIRCULATION 33
Précarregamento por vácuo e aquecimento em
Québec (Marques, 2001)

PLATAFORMA A PLATAFORMA B
précarregamento por vácuo précarregamento por vácuo e
aquecimento

34
Metodologias Construtivas

Comentários Finais

35
Conclusões Gerais
• Técnicas construtivas mais comuns no Brasil:
drenos verticais com sobrecarga; aterros
reforçados; aterros com bermas; aterros
construídos em etapas; aterros de ponta.
• Técnicas construtivas emergentes no Brasil:
aterros sobre estacas (granulares, com capitéis
com reforço); aterros leves, CPR.
• Outras técnicas:
pré-carregamento por vácuo, estacas de cal.
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