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Ecumenismo Resenha N1
Ecumenismo Resenha N1
DIVISÃO NA IGREJA
Desafios para o Ecumenismo Hoje
Goiânia
2021
JOSÉ ARNÓBIO ALMEIDA LEITE
DIVISÃO NA IGREJA
Desafios para o Ecumenismo Hoje
Goiânia
2021
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WOLFF, Elias. Divisões na Igreja: Desafios para o ecumenismo hoje. Theologica
Xaveriana 180 (2015): 381-407.
I. O pecado da divisão
Trata-se da causa mais profunda e essencial no cerne da divisão na Igreja, que
se manifesta pelo orgulho, prepotência e desacordo entre a vontade humana com
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a divina. Fruto da debilidade de se permitir preencher plenamente pelo Espírito
Santo mesmo dispondo das primícias do Espírito, o coração humano se deixa
governar pela obstinação, desviando-se da fidelidade evangélica da comunhão e
abertura para a graça da unidade plena. A Igreja, por causa deste pecado, ainda
não tem em sua forma histórica nem se expressa exteriormente conforme sua
natureza verdadeira, porque nela como sociedade histórica operam não apenas o
poder do Espírito mas também os sentimentos de egoísmo, orgulho, falta de
caridade e de fé. Assim exposto, por ser a Igreja uma fraternidade em Cristo, a
divisão é um grave pecado para o qual o único remédio é buscar um caminho de
conversão rumo à unidade dos cristãos (UR 1 8). Também esta conversão se dá
pela atuação do Espírito dentro de cada fiel e da Igreja em seu conjunto para
reconfigurar os elementos exteriores de comunhão.
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1. Contradição – a divisão entre os cristãos impugna ao projeto de Deus-Pai
de formar desde todos os povos um só (Ez 37,16-28; Jo, 11,51-52; Rm
10,12; Gl 3,8; Ef 2,14; Ap 7,9) e para o qual Cristo manifestou em ação e
revelou em aspiração de que todos os seus discípulos “sejam um” (Jo
17,21), e vivam “no mesmo Espírito” (1 Cor 1,10) que a todos reúne numa
só esperança e uma só fé (Ef 1, 4-6).
2. Escândalo – a divisão ofende ao mundo visto que os cristãos não vivem o
testemunho crível no Deus em quem professam sua fé e cuja vinda o
mundo aguarda, além de malograr as esperanças do mundo em unidade e
paz.
3. Obstáculo – a divisão atravanca em dois contextos: internamente, já que
veda à comunidade a vivência na caridade; externamente, já que entrava a
pregação do evangelho de amor e da paz em todas as partes do mundo.
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especificidade doutrinal, espiritual e pastoral. A questão ecumênica propõe às
igrejas uma concepção diferente na construção de um paradigma para a
convicção de ser Igreja de Jesus Cristo em cima do problema ecumênico
centrado na estagnação histórica das identidades confessionais que perpetua
tensões e rupturas. O diálogo ecumênico ajuda a entender que a identidade
confessional deve se converter em identidade cristã para que cada igreja possa
se relacionar com as demais num espírito de colaboração em prol da edificação e
traquejo das identidades cristã, eclesial e confessional apropriadas por todos os
fieis. O movimento encampa que a identidade eclesial esteja a serviço da
identidade cristã de maneira que haja um discernimento dos objetos
irrenunciáveis e dos sacrifícios necessários da identidade eclesial em detrimento
da identidade cristã.
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de primazia universal). Como o reconhecimento recíproco dos ministérios está
estagnado, vale avançar no diálogo sobre questões acima descritas para que a
Igreja permaneça com uma estrutura ministerial abonada por todos. Se há
concordância de que os bispos exercem um papel de supervisão vital para a
existência da Igreja, o mesmo não ocorre com o papel do ministério petrino, pois
as diversas tradições eclesiais divergem no entendimento da autoridade múltipla e
difusa em consonância com um primado do bispo de Roma e na aceitação deste
último.