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Planeta

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Nota: Para outros significados, veja Planeta (desambiguação).

Objetos de tamanho planetário em escala: Primeira linha: Urano e Netuno; segunda linha: Terra, estrela anã branca Sirius B
e Vênus; linha inferior (reproduzida e ampliada na imagem de baixo) - acima: Marte e Mercúrio; abaixo: Lua, planetas
anões Plutão e Haumea.

Um planeta (do grego πλανήτης [planεːtεːs] viajante) é um corpo celeste que orbita uma estrela ou
um remanescente de estrela, com massa suficiente para se tornar esférico pela sua própria
gravidade, mas não ao ponto de causar fusão termonuclear, e que tenha limpado de planetesimais a
sua região vizinha (dominância orbital).[1][2] O termo planeta é antigo, com ligações com a história,
astrologia, ciência, mitologia e religião. Os planetas eram vistos por muitas culturas antigas como
divinos ou emissários de deuses. À medida que o conhecimento científico evoluiu, a percepção
humana sobre os planetas mudou, incorporando diversos tipos de objetos. Em 2006, a União
Astronômica Internacional (UAI) adotou oficialmente uma resolução definindo planetas dentro do
Sistema Solar, a qual tem sido elogiada e criticada, permanecendo em discussão entre alguns
cientistas.

Ptolomeu imaginava que os planetas orbitavam a Terra, em movimentos do epiciclo e círculo


deferente. Embora a ideia de que os planetas orbitavam o Sol tivesse sido sugerida muitas vezes,
somente no século XVII esta visão foi suportada por evidências pelas primeiras observações
telescópicas, realizadas por Galileu Galilei. Através da cuidadosa análise dos dados das observações,
Johannes Kepler descobriu que as órbitas dos planetas não são circulares, mas elípticas. À medida
que as ferramentas de observação foram desenvolvidas, os astrônomos perceberam que os
planetas, como a Terra, giravam em torno de eixos inclinados e que alguns compartilhavam
características como calotas polares e estações do ano. Desde o início da era espacial, observações
mais próximas por meio de sondas demonstraram que a Terra e os outros planetas também
compartilham características como vulcanismo, furacões, tectônica e até mesmo hidrologia.

Os planetas do Sistema Solar são divididos em dois tipos principais: os grandes planetas gigantes
gasosos (ou jovianos), de baixa densidade, e os menores e rochosos planetas telúricos ou terrestres.
Pelas definições da UAI, há oito planetas no Sistema Solar: em ordem crescente de distância do Sol,
são os quatro planetas telúricos Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, e depois os quatro gigantes
gasosos Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Seis dos planetas são orbitados por um ou mais satélites
naturais. Além disso, o Sistema Solar possui pelo menos cinco planetas anões[3] e centenas de
milhares de corpos menores.

Vários milhares de planetas orbitando outras estrelas (“planetas extrassolares” ou exoplanetas”)


foram descobertos na Via Láctea. Até 1º de março de 2021, foram descobertos 4 687 planetas
extrassolares, em 3 463 sistemas planetários (incluindo 770 sistemas multiplanetários), variando em
tamanho desde mais ou menos o tamanho da Lua até gigantes gasosos com aproximadamente duas
vezes o tamanho de Júpiter, dos quais mais de cem com o mesmo tamanho da Terra, nove dos quais
estão à mesma distância relativa de suas estrelas que a Terra do Sol, isto é, estão na zona habitável
circunstelar.[4][5] Em 20 de dezembro de 2011, a equipe do telescópio espacial Kepler registrou a
descoberta dos primeiros planetas extrassolares do tamanho da Terra, Kepler-20e[6] e Kepler-20f,[7]
orbitando uma estrela similar ao Sol, Kepler-20.[8][9][10] Um estudo de 2012, analisando dados de
microlente gravitacional, estima uma média de 1,6 planeta ligado a cada estrela da Via Láctea.[11]
Acredita-se que uma em cada cinco estrelas similares ao Sol possui um planeta do tamanho da Terra
em sua zona habitável.[12][13]

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