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Unidades federativas do Brasil

Uma unidade federativa, na República Federativa do Brasil, é uma entidade subnacional com certo grau
de autonomia (autogoverno, autolegislação e autoarrecadação) e dotada de governo e constituição
próprios.[1] Do ponto de vista político-administrativo, o Brasil é definido constitucionalmente como uma
federação constituída pela união indissolúvel entre os estados, o Distrito Federal e os municípios.[2][3] Eles
possuem personalidade jurídica de direito público interno[4] sendo autônomos entre si, ainda que não
soberanos. Portanto, possuem autoadministração, autogoverno e auto-organização, ou seja, elegem seus
líderes e representantes políticos e administram seus negócios públicos sem interferência de outros
entes da federação. De modo a permitir a autoadministração, a constituição vigente define quais tributos
podem ser coletados por cada unidade da federação e como as verbas serão distribuídas entre eles.
Estados e municípios, atendendo ao desejo de sua população expresso em plebiscitos, podem dividir-se
ou se unir. Porém, não têm assegurado pela constituição o direito de se tornarem independentes. [1]

Título III — Da Organização do Estado


Capítulo I Da Organização Político- art. 18-19
Administrativa
Capítulo II Da União art. 20-24
Capítulo III Dos Estados Federados art. 25-28
Capítulo IV Dos Municípios art. 29-31
Capítulo V Do Distrito Federal e dos Territórios art. 32-33
Seção I Do Distrito Federal art. 32
Seção II Dos Territórios art. 33
Capítulo VI Da Intervenção art. 34-36
Capítulo VII Da Administração Pública art. 37-43
Seção I Disposições Gerais art. 37-38
Seção II Dos Servidores Públicos art. 39-41
Seção III Dos Militares dos Estados, do Distrito art. 42
Federal e dos Territórios
Seção IV Das Regiões art. 43
A organização político-administrativa do Estado brasileiro é determinada no terceiro título da
Constituição brasileira de 1988. Chamado "Da Organização do Estado", essa parte da constituição reúne
um conjunto de dispositivos destinados a determinar quais são os entes da federação (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) e as atribuições de cada um. Além disso, tratam das situações excepcionais
de intervenção da União nos entes federativos, versam sobre administração pública e servidores públicos
militares e civis, e também das regiões dos país e sua integração geográfica, econômica e social. A
abordagem dos dispositivos que organizam a estrutura do Estado corresponde ao Título III, que contém
sete capítulos (sobre a organização político-administrativa, a união federal, os estados federados, os
municípios, o distrito federal e os territórios, a intervenção federal, e a administração pública, nessa
ordem) e vai do artigo de número 18 ao 43. [5]

Pelo artigo 18, a forma de Estado definida constitucionalmente é a de um Estado federal. O federalismo
no Brasil foi introduzido por inspiração da experiência estadunidense e, desde 1988, são entes da
federação brasileira a União Federal, os estados federados, os municípios e o Distrito Federal (Art. 18.,
caput). Há a previsão da existência de territórios federais, mas eles integram a União e não gozam de
autonomia como um ente da federação (Art. 18., § 2.º). Nessa forma federal, o pacto federativo está
estabelecido como indissolúvel, há repartição de rendas e competências entre os entes da federação e a
autonomia implica várias ordens constitucionais respeitando essa repartição. [6][7][8]

O artigo guarda ainda importantes conceitos sobre a criação de territórios, estados e municípios: os
territórios pertencem à União, sendo sua criação, transformação em estado ou reintegração a estado
dependentes de lei complementar. Os estados podem ser criados através de plebiscito ou por lei
complementar, sendo que esta exige a maioria absoluta das casas do Congresso Nacional para sua
aprovação. Já a criação de municípios é estabelecida por lei estadual, dependente de período
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
apresentados e publicados na forma da lei. O artigo 19 define a laicidade do Estado (não confessional,
sem religião oficial), a idoneidade de documentos públicos e o princípio da isonomia entre os nacionais.

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