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Parte I – Economia
3. A Oferta
3. A Oferta
Nota: Para efeitos de ilustração gráfica de alguns tópicos aqui abordados foi usada como
bibliografia adicional: Mankiw, N. Gregory (2008) Principles of Economics, 5th Ed., South-
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A Oferta – Definição
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A Oferta, Rendimentos Decrescentes e Custos
Assume-se que o produtor nem sempre poderá variar todos os fatores produtivos
de que dispõe (horizonte temporal de curto prazo).
Por exemplo: se uma empresa têxtil tiver uma encomenda inesperada poderá
variar o fator trabalho (contratando mais mão-de-obra), mas não aumentará as
suas instalações só para responder àquela encomenda. Contudo, se desejar
aumentar a sua produção poderá verificar que o aumento do fator variável
(trabalho) não pode ser indefinido porque em determinado momento toda a
capacidade instalada está a ser utilizada e a mão-de-obra não será tão produtiva
para aquela capacidade instalada.
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A Oferta, Rendimentos Decrescentes e Custos
A curva da oferta indica que a preços mais altos os produtores estão dispostos a
oferecer uma quantidade mais alta e a preços menores estarão dispostos a
colocar no mercado menos unidades do bem. Tal reflete o comportamento dos
custos das empresas.
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Curva da Oferta Individual
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Curva da Oferta Individual
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Da Oferta Individual à Oferta do Mercado
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Da Oferta Individual à Oferta do Mercado
Vamos supor agora uma economia apenas com dois produtores: o Ben e o Jerry. A
partir das curvas individuais de oferta podemos obter a curva da oferta agregada
(que representa a possível oferta de todos os produtores) – a oferta do mercado.
$1,50 2 2 4
$2,00 3 4 7
$2,50 4 6 10
$3,00 5 8 13
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Da Oferta Individual à Oferta do Mercado
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Determinantes da Oferta
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Determinantes da Oferta
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Determinantes da Oferta
13
Determinantes da Oferta
Assim, teremos:
‒ Tecnologia
‒ Número de vendedores
‒ Expetativas
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A elasticidade-preço da oferta
Vimos pela Lei da Oferta que a quantidade oferecida varia (no mesmo sentido) em
função do preço, contudo é também importante saber a intensidade dessa
variação.
Determinantes da EpS:
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A elasticidade-preço da oferta
∆%𝑄
𝜀 =
∆%𝑃
10 − 7
7 0,43
𝜀 = = = 1,72
2,5 − 2 0,25
2
NOTA: Aqui estamos a calcular a elasticidade no ponto, sendo que podemos também obter a
elasticidade no ponto médio (dividindo a variação pelo ponto médio).
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A elasticidade-preço da oferta
|EpS| = 0
Oferta inelástica:
|EpS| < 1
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A elasticidade-preço da oferta
|EpS| = 1
Oferta elástica
|EpS| > 1
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A elasticidade-preço da oferta
|EpS| = +ꝏ
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A função de produção e a combinação dos fatores
produtivos
Nas decisões de produção da empresa, o produtor poderá obter um dado
volume de produção com combinações alternativas de fatores produtivos
(isoquanta), sendo que poderá mover-se ao longo de várias isoquantas quando
passa para uma produção maior.
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A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
Além do custo marginal e da sua significativa importância para a decisão do
empresário, temos de considerar outros custos, são eles: o custo fixo, o custo
variável e o custo médio.
Custos fixos: Custos que não variam com a quantidade de output produzido.
Custo médio (ou custo total médio): custo unitário ou custo por unidade.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐶𝑇
𝐶𝑚𝑒𝑑 = =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑄
O Custo Total representa o somatório dos custos fixos e variáveis, pelo que
podemos também dividir o custo total médio em:
á
𝐶𝐹𝑚𝑒𝑑 = = e 𝐶𝑉𝑚𝑒𝑑 = =
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A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
Tendo por base os dados do Quadro IV.1 (Porto, 2019, p. 121), podemos
representar as curvas de custos:
Quantidade Custo Fixo Custo Custo Custo Custo
Variável Total Marginal Médio
0 10 0 10 -- --
1 10 5 15 5 15
2 10 8 18 3 9
3 10 10 20 2 6,67
4 10 11 21 1 5,25
5 10 13 23 2 4,60
6 10 16 26 3 4,33
7 10 20 30 4 4,29
8 10 25 35 5 4,38
9 10 31 41 6 4,56
10 10 38 48 7 4,8
11 10 46 56 8 5,09
Nota: Para Q = 7, 8, 9 e 10 os valores do Custo Médio apresentados no manual tinham gralhas que
foram nesta tabela corrigidas, por isso, os valores para estes níveis de produção não são coincidentes
23 com os apresentados no manual
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
60
50
40
Custos (€)
30 CF
CV
20
CT
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Quantidade
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A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
8
Cmg
6 Cmed
4
2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Quantidade
25
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
As curvas apresentam três características importantes:
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A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
No que se refere às decisões de produção e no tocante aos custos
especificamente é importante distinguir entre o curto e o longo prazo.
27
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
Notas:
ATC in short run (Average Total Cost in short run) – Custo total médio no curto prazo
ATC in long run (Average Total Cost in long run) – Custo total médio no longo prazo
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A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
A evolução do custo médio resulta de economias que são conseguidas com o
aumento da produção, assim podemos ter:
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A maximização do lucro
Pressupondo que o objetivo do empresário é a maximização do lucro, a decisão da
empresa quanto ao nível de produção dependerá assim dos custos de produção e
das receitas provenientes da venda da produção.
Isto significa que a empresa vai querer produzir a quantidade que maximiza a
diferença entre receita total e custo total.
Dado que os lucros dependem dos custos e das receitas e estes, por sua vez,
variam com o nível de produção, então é importante na decisão individual do
empresário considerar:
O lucro é máximo para o nível de produção onde RMg = CMg (Nota: desde que a
empresa cubra os custos de produção variáveis).
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A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
Vamos considerar novamente os dados do Quadro IV.1 (Porto, 2019, p. 121),
mas sabendo agora o preço de mercado e a receita marginal
Quantidade Custo Total Custo Marginal Preço Receita Total Receita Marginal
0 10 -- 6 0 --
1 15 5 6 6 6
2 18 3 6 12 6
3 20 2 6 18 6
4 21 1 6 24 6
5 23 2 6 30 6
6 26 3 6 36 6
7 30 4 6 42 6
8 35 5 6 48 6
9 41 6 6 54 6
10 48 7 6 60 6
11 56 8 6 66 6
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A maximização do lucro
A empresa concorrencial pode sempre aumentar o lucro desde que o preço seja
maior do que o custo adicional da última unidade produzida
O lucro atinge o seu máximo quando já não há qualquer lucro adicional que possa
ser ganho com a venda de mais produto.
A produção que maximiza o lucro ocorrerá onde o preço intersecta esta parte da
curva de custo marginal
Esta regra está no entanto incompleta, pois deixa em aberto uma possibilidade
que o preço seja tão baixo que a empresa prefira encerrar (o que veremos mais
33 adiante).
A maximização do lucro
Esta figura mostra a curva de custo marginal – MC (Cmg), a curva de custo total
médio – ATC (Cmed) e a curva de custo variável médio – AVC (Cvmed). Também
mostra o preço de mercado (P), que é igual à receita marginal – MR (Rmg) e à
receita média – AR (Rmed).
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A maximização do lucro
Em Q1, a receita marginal MR1 excede o custo marginal MC1, e portanto nesse
ponto um aumento da produção aumenta, em consequência, o lucro.
Em Q2, o custo marginal MC2 está acima de receita marginal MR2, e portanto
nesse ponto um aumento de produção reduz o lucro.
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