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61022 - Introdução à Economia (2019/2020)

Parte I – Economia

3. A Oferta

Margarita Arantes Salgueiro de Carvalho

A Oferta de Margarita Carvalho é disponibilizado sob a


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1
Índice [3. A Oferta]

3. A Oferta

 Leitura das páginas 115 a 128.

Nota: Para efeitos de ilustração gráfica de alguns tópicos aqui abordados foi usada como

bibliografia adicional: Mankiw, N. Gregory (2008) Principles of Economics, 5th Ed., South-

Western Cengage Learning, Mason [capítulos 4, 5, 13 e 14].

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A Oferta – Definição

 Curva da oferta: curva que indica a quantidade total de um bem que os


produtores de um mercado competitivo estão dispostos a oferecer aos
diferentes preços possíveis, ceteris paribus.

 Lei da oferta: mostra a relação entre o preço de mercado de um bem e a


quantidade desse bem que os produtores estão dispostos a produzir e vender,
mantendo-se o restante constante.

‒ Lei da oferta positivamente inclinada: é o resultado da lei dos rendimentos


decrescentes. Assim, para aumentar a produção temos de aumentar os
fatores empregues. Mas, como há sempre alguns que são constantes, o
custo unitário de produção vai aumentar.

‒ O declive da curva é positivo.

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A Oferta, Rendimentos Decrescentes e Custos

A inclinação crescente da curva da oferta reflete a lei dos rendimentos


decrescentes, na medida em que sucessivos aumentos de fator variável, origina
aumentos cada vez menores na produção.

Assume-se que o produtor nem sempre poderá variar todos os fatores produtivos
de que dispõe (horizonte temporal de curto prazo).

Por exemplo: se uma empresa têxtil tiver uma encomenda inesperada poderá
variar o fator trabalho (contratando mais mão-de-obra), mas não aumentará as
suas instalações só para responder àquela encomenda. Contudo, se desejar
aumentar a sua produção poderá verificar que o aumento do fator variável
(trabalho) não pode ser indefinido porque em determinado momento toda a
capacidade instalada está a ser utilizada e a mão-de-obra não será tão produtiva
para aquela capacidade instalada.

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A Oferta, Rendimentos Decrescentes e Custos

Quando o rendimento marginal de cada unidade de fator variável começa a


diminuir (é decrescente) então o custo marginal, ou seja o custo de cada unidade
adicional produzida será crescente.

A curva da oferta indica que a preços mais altos os produtores estão dispostos a
oferecer uma quantidade mais alta e a preços menores estarão dispostos a
colocar no mercado menos unidades do bem. Tal reflete o comportamento dos
custos das empresas.

Como vimos, para aumentar a produção as empresas poderão ter de contratar


mais trabalhadores ou a recorrer a horas extraordinárias, incorrendo em custos
mais elevados. Se os custos aumentarem com o aumento da produção, então as
empresas só estarão dispostas a produzir mais se puderem vender o seu produto
a preços mais elevados.

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Curva da Oferta Individual

A tabela seguinte resume alguns pontos da curva da oferta de cones de gelado de


um produtor. De notar que outros fatores que podem influenciar as suas decisões,
tais como o preço dos fatores de produção, tecnologia, número de empresas no
mercado, impostos, expetativas, entre outros, são mantidos contantes.

Preço do cone de gelado Quantidade de cones oferecidas


$0,00 0
$0,50 0
$1,00 1
$1,50 2
$2,00 3
$2,50 4
$3,00 5

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Curva da Oferta Individual

A representação gráfica da tabela anterior permite-nos perceber como as


quantidades oferecidas de gelados variam com o preço, sendo que consideramos
que apenas o preço varia.

7
Da Oferta Individual à Oferta do Mercado

Para explicarmos o funcionamento do mercado no seu conjunto (e não apenas o


comportamento de um produtor individual), precisamos de conhecer a oferta total
por parte de todos os produtores.

Para conhecer a oferta de todos os produtores, somamos as quantidades


oferecidas por cada produtor individualmente, para cada nível de preços possível.

O gráfico correspondente a esta informação designa-se por curva da oferta do


mercado.

A curva da oferta do mercado relaciona a quantidade total oferecida de um bem ou


serviço com o seu preço, no pressuposto de que os outros fatores determinantes
da oferta, que não o preço do bem, permanecem constantes.

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Da Oferta Individual à Oferta do Mercado

Vamos supor agora uma economia apenas com dois produtores: o Ben e o Jerry. A
partir das curvas individuais de oferta podemos obter a curva da oferta agregada
(que representa a possível oferta de todos os produtores) – a oferta do mercado.

Preço cone de QS Ben QS Jerry QS B+J (Mercado)


gelado
$0,00 0 0 0
$0,50 0 0 0
$1,00 1 0 1

$1,50 2 2 4

$2,00 3 4 7

$2,50 4 6 10

$3,00 5 8 13

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Da Oferta Individual à Oferta do Mercado

Graficamente, a curva da oferta do mercado corresponde ao somatório horizontal


das curvas de oferta individuais. Assim, a curva de oferta do mercado é
encontrada quando adicionamos, a cada preço, as quantidades oferecidas por
cada um dos produtores individuais.

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Determinantes da Oferta

Além do preço do bem, há outros fatores que influenciam a quantidade oferecida


do bem. Na representação da curva da oferta, esses fatores são:

 Preço dos fatores produtivos: a produção de bens é feita a partir da utilização


dos chamados fatores de produção (trabalho, capital, recursos naturais.). Os
produtores decidem as quantidades que pretendem oferecer a cada preço, com
base nos custos de produzir diferentes quantidades. Quando o preço destes
fatores varia, tal implica uma alteração nos custos de produção.

 Tecnologia: Os custos de produção dependem também, diretamente, da


tecnologia. Por exemplo, uma inovação tecnológica que permita produzir maior
quantidade de produto utilizando as mesmas quantidades de fatores produtivos
(produção mais eficiente), levará a uma redução dos custos de produção e
aumento da oferta.

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Determinantes da Oferta

 Número de empresas: Quantas mais empresas existirem a oferecer um dado


produto, maior será a quantidade oferecida desse mesmo produto a um dado
preço. Assim, o aumento do número de vendedores permitirá aumentar a oferta
do produto.

 As expetativas dos produtores.

 Outros fatores que afetem a disponibilidade ou a capacidade dos produtores


para oferecer um determinado bem.

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Determinantes da Oferta

É importante diferenciar entre variações na oferta e variações na quantidade


oferecida:

 A variação na oferta ocorre quando se verifica deslocações da curva para a


direita (aumento da oferta) ou para a esquerda (diminuição da oferta) resultante
de alterações nas variáveis (tecnologia, preço de outros bens, numero de
empresas, entre outras) que não o preço.

 A variação na quantidade oferecida ocorre quando se verifica uma mudança


no preço do bem em causa. Aqui, as deslocações ocorrem ao longo da curva (a
curva não se move).

13
Determinantes da Oferta

Assim, teremos:

Deslocações da curva da oferta

 Uma deslocação na curva da oferta, tanto para a esquerda ou direita…

 …causada por alterações que modifiquem a quantidade oferecida a cada preço.


Usualmente são variações no(s):

‒ Preços dos inputs (matérias primas)

‒ Tecnologia

‒ Número de vendedores

‒ Expetativas

Deslocações na curva da oferta (ou variação na quantidade oferecida)

 Movimento ao longo da curva de oferta…

 …causada por uma mudança em qualquer coisa que altera a quantidade


oferecida a cada preço.
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Determinantes da Oferta

Deslocações da curva da oferta de gelados S1 para S2 e para S3.

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A elasticidade-preço da oferta

Vimos pela Lei da Oferta que a quantidade oferecida varia (no mesmo sentido) em
função do preço, contudo é também importante saber a intensidade dessa
variação.

A Elasticidade-preço da oferta (EpS) é uma medida de quanto a quantidade


oferecida de um bem responde a uma mudança no preço desse bem.

 Ou, é a variação percentual na quantidade oferecida resultante de uma


variação percentual no preço.

Determinantes da EpS:

 Capacidade dos vendedores alterar a quantidade do bem que produzem (p.ex.:


venda de terrenos à beira mar é inelástica; livros, carros ou bens manufaturados
são elásticos).

 Período de tempo (a oferta é mais elástica no longo prazo)

16
A elasticidade-preço da oferta

A elasticidade-preço da oferta é dada pela fórmula:

∆%𝑄
𝜀 =
∆%𝑃

Ex. Se o preço de um gelado aumenta de 2,00 € para 2,50 € e a quantidade


oferecida aumenta de 7 para 10 cones, então a elasticidade-preço da procura seria
calculada como:

10 − 7
7 0,43
𝜀 = = = 1,72
2,5 − 2 0,25
2

Podendo interpretar-se dizendo que quando o preço do gelado sobe 1%, a


quantidade oferecida aumenta 1,72%

NOTA: Aqui estamos a calcular a elasticidade no ponto, sendo que podemos também obter a
elasticidade no ponto médio (dividindo a variação pelo ponto médio).
17
A elasticidade-preço da oferta

Tipos de Oferta consoante a sua elasticidade:

Oferta perfeitamente inelástica:

 Quantidade oferecida não responde a


variações de preço.

 |EpS| = 0

Oferta inelástica:

 Quantidade oferecida não responde


fortemente às mudanças de preços.

 |EpS| < 1

18
A elasticidade-preço da oferta

 Quantidade oferecida responde na


mesma percentagem a mudanças no
preço.

 |EpS| = 1

Oferta elástica

 Quantidade oferecida responde


fortemente a mudanças no preço.

 |EpS| > 1

19
A elasticidade-preço da oferta

Oferta perfeitamente elástica

 Quantidade oferecida muda infinitamente com


qualquer alteração no preço.

 |EpS| = +ꝏ

20
A função de produção e a combinação dos fatores
produtivos
 Nas decisões de produção da empresa, o produtor poderá obter um dado
volume de produção com combinações alternativas de fatores produtivos
(isoquanta), sendo que poderá mover-se ao longo de várias isoquantas quando
passa para uma produção maior.

 Contudo, ao decidir sobre o volume de produção e qual a combinação de


fatores produtivos, o produtor deve considerar os custos associados. Assim, a
sua preocupação passa por minimizar os custos de produção.

‒ Qualquer produtor procurará minimizar o custo marginal (Cmg), ou seja de


cada unidade adicional. Desta forma, a curva da oferta do empresário,
definida pela curva do custo marginal, corresponderá a curva que exprime,
na produção de cada quantidade, a combinação mais favorável.

21
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
 Além do custo marginal e da sua significativa importância para a decisão do
empresário, temos de considerar outros custos, são eles: o custo fixo, o custo
variável e o custo médio.

𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 Δ𝐶𝑇


𝐶𝑚𝑔 = =
𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑛𝑎 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 Δ𝑄

 Custos fixos: Custos que não variam com a quantidade de output produzido.

 Custos variáveis: Custos que variam com a quantidade de output produzido.

 Custo médio (ou custo total médio): custo unitário ou custo por unidade.

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐶𝑇
𝐶𝑚𝑒𝑑 = =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑄

 O Custo Total representa o somatório dos custos fixos e variáveis, pelo que
podemos também dividir o custo total médio em:

á
𝐶𝐹𝑚𝑒𝑑 = = e 𝐶𝑉𝑚𝑒𝑑 = =

22
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
 Tendo por base os dados do Quadro IV.1 (Porto, 2019, p. 121), podemos
representar as curvas de custos:
Quantidade Custo Fixo Custo Custo Custo Custo
Variável Total Marginal Médio
0 10 0 10 -- --
1 10 5 15 5 15
2 10 8 18 3 9
3 10 10 20 2 6,67
4 10 11 21 1 5,25
5 10 13 23 2 4,60
6 10 16 26 3 4,33
7 10 20 30 4 4,29
8 10 25 35 5 4,38
9 10 31 41 6 4,56
10 10 38 48 7 4,8
11 10 46 56 8 5,09
Nota: Para Q = 7, 8, 9 e 10 os valores do Custo Médio apresentados no manual tinham gralhas que
foram nesta tabela corrigidas, por isso, os valores para estes níveis de produção não são coincidentes
23 com os apresentados no manual
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção

Custos fixos (CF), Custos Variáveis (CV) e Custos Totais (CT)

60

50

40
Custos (€)

30 CF
CV
20
CT
10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Quantidade

24
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção

Custos marginais (Cmg) e Custos Médios (Cmed)


16
14
12
10
Custos (€)

8
Cmg
6 Cmed
4
2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Quantidade

25
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
As curvas apresentam três características importantes:

 Custos marginais crescentes:

‒ Reflete a propriedade dos rendimentos marginais decrescentes

‒ o aumento sucessivo da quantidade utilizada de um fator produtivo, mantendo


constantes os restantes, deverá conduzir, a partir de determinado ponto, a
acréscimos cada vez menores na quantidade produzida).

 A curva do custo total médio (Cmed) em forma de U.

‒ Porque Cmed=CVmed+CFmed e como os CFmed decrescem sempre e os


CVMed crescem sempre, então há uma parte da Cmed decrescente e
outra crescente, daí a forma de U.

 Quantidade Eficiente da Escala: é o ponto mínimo da Cmed que corresponde à


quantidade que minimiza o Cmed.

26
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
No que se refere às decisões de produção e no tocante aos custos
especificamente é importante distinguir entre o curto e o longo prazo.

 A função de produção depende da definição do horizonte temporal em que


o empresário opera, sendo que:

‒ No curto prazo a empresa não pode alterar a quantidade de todos os


fatores de produção (p. ex.: a empresa pode ajustar a quantidade
utilizada de trabalho mas não pode alterar a quantidade de capital).

‒ No longo prazo a empresa pode ajustar a quantidade de todos os


fatores de produção – não há fatores fixos.

 Da mesma forma, a definição de CF e CV depende do horizonte temporal.

 As curvas de custos são diferentes no curto, médio e longo prazos


porque muitas decisões que são fixas no curto não o são no longo
prazo.

27
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção

Notas:
ATC in short run (Average Total Cost in short run) – Custo total médio no curto prazo
ATC in long run (Average Total Cost in long run) – Custo total médio no longo prazo

28
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
A evolução do custo médio resulta de economias que são conseguidas com o
aumento da produção, assim podemos ter:

 Economias de escala: Quando a quantidade produzida aumenta e o


Cmed diminui (parte descendente)

‒ Ex.: Quando existem oportunidades de especialização de


trabalhadores

 Deseconomias de escala: Quando a quantidade produzida aumenta e o


Cmed aumenta (parte ascendente)

‒ Ex.: Quando existem problemas de coordenação devido a grande


dimensão da empresa.

 Retornos constantes à escala: Quando a quantidade produzida aumenta


e o Cmed se mantém constante (parte horizontal)

29
A maximização do lucro
Pressupondo que o objetivo do empresário é a maximização do lucro, a decisão da
empresa quanto ao nível de produção dependerá assim dos custos de produção e
das receitas provenientes da venda da produção.

 Isto significa que a empresa vai querer produzir a quantidade que maximiza a
diferença entre receita total e custo total.

Dado que os lucros dependem dos custos e das receitas e estes, por sua vez,
variam com o nível de produção, então é importante na decisão individual do
empresário considerar:

 Custo Marginal (CMg): aumento do custo total quando a produção aumenta em


um unidade;

 Receita Marginal (RMg): aumento da receita total quando a produção aumenta


em uma unidade.

O empresário decidirá em função da circunstância do ganho com a última


unidade vendida (Rmg) ser ou não superior ao seu custo (Cmg).
30
A maximização do lucro

 Se a RMg > CMg, aumentando a produção, aumentam os lucros.

 Se a RMg < CMg, os lucros aumentam se a produção diminuir.

 O lucro é máximo para o nível de produção onde RMg = CMg (Nota: desde que a
empresa cubra os custos de produção variáveis).

Se considerarmos que se trata de uma empresa competitiva (concorrência perfeita


– algo que veremos com detalhe mais à frente) existem algumas caraterísticas
importantes do mercado perfeitamente competitivo que devemos ter em conta:

 As ações de um único comprador ou vendedor no mercado têm um impacto


insignificante sobre o preço de mercado.

 Cada comprador e vendedor percebe o preço de mercado como ‘dado’.


Compradores e vendedores devem aceitar o preço determinado pelo mercado.

‒ A receita adicional obtida por cada unidade adicional vendida é igual ao


preço de mercado (Rmg=P)

31
A função de produção, combinação dos fatores
produtivos e custos de produção
 Vamos considerar novamente os dados do Quadro IV.1 (Porto, 2019, p. 121),
mas sabendo agora o preço de mercado e a receita marginal

Quantidade Custo Total Custo Marginal Preço Receita Total Receita Marginal
0 10 -- 6 0 --
1 15 5 6 6 6
2 18 3 6 12 6
3 20 2 6 18 6
4 21 1 6 24 6
5 23 2 6 30 6
6 26 3 6 36 6
7 30 4 6 42 6
8 35 5 6 48 6
9 41 6 6 54 6
10 48 7 6 60 6
11 56 8 6 66 6

 O lucro máximo acontece quando o preço é igual ao custo marginal

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A maximização do lucro

A empresa concorrencial pode sempre aumentar o lucro desde que o preço seja
maior do que o custo adicional da última unidade produzida

 O lucro atinge o seu máximo quando já não há qualquer lucro adicional que possa
ser ganho com a venda de mais produto.

 No ponto de lucro máximo, a última unidade produzida proporciona uma receita


exatamente igual ao seu custo A receita adicional dessa unidade é o preço, e o
custo adicional é o custo marginal.

 Graficamente, para uma empresa concorrencial que pretende maximizar o lucro, a


curva de oferta é obtida a partir da parte da curva de custo marginal com
inclinação positiva

 A produção que maximiza o lucro ocorrerá onde o preço intersecta esta parte da
curva de custo marginal

 Esta regra está no entanto incompleta, pois deixa em aberto uma possibilidade
que o preço seja tão baixo que a empresa prefira encerrar (o que veremos mais
33 adiante).
A maximização do lucro

 Esta figura mostra a curva de custo marginal – MC (Cmg), a curva de custo total
médio – ATC (Cmed) e a curva de custo variável médio – AVC (Cvmed). Também
mostra o preço de mercado (P), que é igual à receita marginal – MR (Rmg) e à
receita média – AR (Rmed).
34
A maximização do lucro

 Em Q1, a receita marginal MR1 excede o custo marginal MC1, e portanto nesse
ponto um aumento da produção aumenta, em consequência, o lucro.

 Em Q2, o custo marginal MC2 está acima de receita marginal MR2, e portanto
nesse ponto um aumento de produção reduz o lucro.

 Qmax , a quantidade de maximização do lucro, encontra-se onde a linha horizontal


de preços interceta a curva de custo marginal (P=Cmg).

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