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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

ICEB - DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

EXERCÍCIO 3– PROCESSOS INDUSTRIAIS ORGANICOS-QUI291

EXERCICIO AVALIATIVO EM GRUPO DE TRÊS ALUNOS

2,5 PONTOS EM 100 PONTOS-REMOTO

PROFESSORA: VIVIANE MARTINS

UTILIZE O ESPAÇO DESTA FOLHA


Giovanna Medeiros Turma:11
Alunos Rodrigo Satlher
Data:24-02-2021
1) Diferencie Craqueamento catalítico de térmico

O craqueamento catalítico é um processo químico que transforma frações mais


pesadas em outras mais leves através da quebra de moléculas dos compostos
reagentes, fazendo o uso de catalisadores. Já o craqueamento térmico é o
processo que provoca a quebra de moléculas por aquecimento a altas
temperaturas, isto é, pelo aquecimento da substância na ausência de ar ou
oxigênio a temperaturas superiores a 450° C, formando uma mistura de
compostos químicos com propriedades muito semelhantes às do diesel de
petróleo. O craqueamento catalítico opera em condições mais brandas de pressão
de 1 a 3 atm e em temperatura de 250 a 450° C, além de produz mais gasolina de
alta octanagem (maior isomerização), além de produzir menos óleo combustível
pesados e menos gases leves, maior produção de aromáticos, maior controle de
saturação, além disso, o coque relativamente comerciável com maior economia,
e uma maior capacidade de tolerar cargas com alto teor de enxofre. Enquanto
que o craqueamento térmico opera em condições de temperatura de 450 a 600°
C e em pressões maiores ente 40 a 70 atm, além de fazer uso de serpentinas de
aquecimento múltiplas e os rendimentos totais em gasolina obtidas do óleo cru é
de 70 a 85%.
2) Detalhe o reator de craqueamento catalítico, a seguir:

A carga pesada fresca de gasóleo com temperatura entre 260 a 430° C proveniente das
destilações atmosférica e à vácuo juntamente com uma corrente de reciclo de borra e
outra de reciclo de óleo pesado são destinadas ao riser, onde passa por um pré-
tratamento a uma temperatura de 700° C em um tempo de 1 segundo, ou seja, o
catalisador quente originário do regenerador em contato com a carga auxilia no
craqueamento. O óleo + catalizador seguem ascendendo até uma retificadora (que tem
como função remover o óleo adsorvido no catalisador) que por arraste a vapor extrai o
catalisador impuro. O catalisador impuro é destinado ao regenerador, onde será
submetido a temperaturas de 1200 a 1400° C, para queima do coque adsorvido e
recuperação do catalisador. Após a retificadora, a reação procede em um reator, que tem
a função de finalizar o craqueamento catalítico, onde irá gerar vapores craqueados,
como butano, gasolina, óleo de reciclo, borras inertes, catalisador, que irão sair na parte
superior do reator. Acoplado neste reator existe um ciclone que tem a função de separar
os vapores de efluentes do reator do catalisador sólido.
O reator fica montado sobre o regenerador, de forma que o catalizador que sai do reator,
passa pelo retificador onde é tratado com vapores de água. Em um reator de
craqueamento ocorre a quebra de moléculas longas de hidrocarbonetos de elevada
massa molar para a formação de outras moléculas com cadeias menores, sob a presença
de catalisador.
O catalisador sólido separado dos vapores de efluentes do reator cai na corrente que
segue para o regenerador, que tem a função de regenerar esse catalisador, dentro do
regenerador o catalisador é submetido a uma temperatura de 1200 a 1400° C para a
queima do coque adsorvido e o regenerar o catalisador. Sendo que esse catalisador
regenerado segue em uma corrente para o riser onde irá encontrar com a carga de
gasóleo pesado para o pré-tratamento. A queima do coque adsorvido produz gases com
CO que geram calor para o craqueamento e para a vaporização da carga craqueada.
Sendo que no regenerador também contêm ciclones que irão separar os gases de
combustão provenientes da queima do coque adsorvido do catalisador sólido, com isso,
esses gases podem ser lançados na atmosfera ou serem conduzidos a cadeiras para
geração de vapor.

O ciclone presente no reator tem como função purificar o efluente do reator, separando
os vapores de efluentes do reator do catalisador sólido, já o ciclone presente no
regenerador tem como função separar os gases da queima do coque adsorvido para
regenerar o catalisador puro.

A unidade de craqueamento catalítico é composta de duas etapas, sendo a 1ª o


craqueamento catalítico e a 2ª o hidrocraqueamento. O hidrocraqueamento pode ser
definido como o craqueamento catalítico seguido de hidrogenação, e tem como
objetivos reduzir depósitos de coque sobre catalizador, hidrogenar compostos
aromáticos polinucleados e hidrogenação de olefinas formadas durante o craqueamento,
visando aumentar a estabilidade dos produtos finais.

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