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Universidade Federal de Campina Grande

Centro De Ciências e Tecnologia


Unidade Acadêmica de Engenharia Mecânica
Curso de Engenharia de Petróleo

Hidrotratamento - HDT

Alexandre Alencar
Paloma Araujo

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Campina Grande – PB
2013
Introdução:

Unidade de Hidrotratamento

• Objetivo

o Formas

• Importância

• Vantagens

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Introdução:

Unidade de Hidrotratamento

• Carga: Nafta, querosene, gasóleos, resíduos atmosféricos e de


vácuo.

• Condições Operacionais

o Temperatura: 250ºC – 400ºC


o Pressão: 15 até 100 vezes a P. atm.

• Investimento: US$ 200.000,00 – US$ 550.000,00

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Reações Químicas:

• Hidrogenação de olefinas e diolefinas: Tratamento de naftas


provenientes de processos de pirólise.

• Hidrodessulfurização: Mercaptanos, sulfetos, dissulfetos e tiofenos.

• Hidrodesaromatização: Saturação de compostos aromáticos.

• Hidrodesoxigenação: Tratamento de fenóis e ácidos carboxílicos.

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Reações Químicas:

• Hidrodesnitrogenação: Tratamento de piridinas, quinoleínas,


isoquinoleínas, pirróis, indóis e carbazóis.

• Hidrodesmetalização: Tratamento de organometálicos.

• Formação de coque: Decorrentes da condensação de


polinucleados. 5/24
• Hidrocraqueamento: Crescente com o aumento da temperatura
Catalisadores de Hidrotratamento:

• Bases: Óxidos ou sulfetos de Níquel, Colbato, Molibdeno, Tungstênio


ou Ferro.

• Suporte: Geralmente a ɣ-alumina.

- Não deve apresentar características ácidas, a fim de se


evitarem as indesejáveis, nesse caso, as reações de craqueamento!

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Esquemas de Processo de HDT:

A unidade de HDT convencional pode ser subdividida em duas


seções:

1. Seção de Reação – alta pressão.

2. Seção de Separação de Gases e Fracionamento – baixa pressão.

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Esquemas de Processo de HDT:

Seção de Reação: Equipamentos

• Tanque de preparo de carga – função de homogeneizar a carga da


unidade;

• Filtros – importantes para retenção de partículas, finos de catalisadores,


finos de coque e produtos de degradação da própria carga (goma), que
obstruiriam o leito catalítico, causando maior perda de carga;

• Torre desaeradora de carga (opcional);

• Trocadores de calor (bateria de preaquecimento);

• Forno; 8/24

• Reatores.
Carga → Filtro → Torre desaeradora (remoção de oxigênio)
→ Adição de H2 → Bateria de preaquecimento
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A adição de hidrogênio a carga logo no início da bateria de
preaquecimento é a forma mais usada atualmente, porque minimiza a
formação de depósitos nos trocadores e melhora os coeficientes de troca
térmica.

O hidrogênio que é misturado à carga é composto por duas


correntes:

Hidrogênio de reposição (make up): é oriundo do anel de hidrogênio


da refinaria e adicionado para repor o hidrogênio consumido nas
reações.

Hidrogênio de reciclo: após a separação água-líquido dos produtos


da reação, o gás rico em hidrogênio separado é reciclado para o
processo através do compressor de reciclo.
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• Leito Catalítico é fixo!
• Corrente de resfriamento (Dependendo das reações desejadas e de sua
exotermicidade):
 Líquida (produto da unidade);
 Gasosa (hidrogênio). 11/24
• Visando controlar a temperatura ao longo do reator. Essa operação é
denominada de quench.
No interior do reator, a carga pode estar:

Totalmente vaporizada (nafta);


Parcialmente vaporizada (óleo diesel);
Totalmente líquida (óleo básico lubrificante).
Dependendo da sua faixa de destilação e das condições de operação.

Na maior parte dos processos, coexistem três fases no interior


do reator:

Gás (H2 e a carga parcialmente vaporizada);


Líquido (carga);
Sólido (catalisador).

Sistema denominado trickle bed reactor (TBR). 12/24


Desenho esquemático de um reator trickle bed

Difusor de Carga- Alimenta a mistura “carga +


hidrogênio” ao reator a fim de molhar
uniformemente o prato distribuidor.

Prato distribuidor de líquido - Promove o


contato máximo entre os reagentes e o catalisador.
Leito Catalítico
Prato misturador ou de quench- Promove a
mistura do agente de resfriamento com o efluente
de uma seção do reator e de redistribuir a mistura
na seção seguinte.
Poço de termopar - Monitoramento da
temperatura do reator.
Coletor de produto- É revestido de uma tela
para conter a saída de partículas de catalisador
juntamente com o produto 13/24
Coletor de catalisador - Usado somente na
parada da unidade para descarregar o catalisador
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gasto
Seção de Separação de Gases e Fracionamento:

Efluente do reator Bateria de preaquecimento Injeção de água*


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*Objetivo de solubilizar o gás sulfídrico e a amônia gerados na reação, evitando
que alguns sais se formem e precipitem nas regiões mais frias a jusante do reator,
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prejudicando as trocas térmicas e provocando corrosão sob depósitos.
Uma vez resfriado, o efluente do reator passa pelo
sistema de separação de hidrogênio a alta pressão, onde
ocorrerá a separação do produto tratado do gás de reciclo e da
água de injeção, existindo vários esquemas possíveis para essa
etapa do processo. Os mais comuns são:

 Para cargas leves (pressão de reação é baixa).

 Para cargas pesadas (pressão de reação é alta);

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Para cargas leves:

Utiliza-se um sistema com apenas um vaso trifásico, de onde


saem duas fases líquidas (hidrocarbonetos e água) e uma
gasosa (gás de reciclo);

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Para cargas pesadas:

Utilizam-se dois vasos separadores com um


condensador intermediário: um vaso de alta pressão e
temperatura onde ocorre a separação entre o gás de reciclo
e a mistura líquida, seguido de um vaso de menor pressão,
quais os efluentes são: produto hidratado, carga da
retificadora; a maior parte da água injetada no efluente do
reator, e os gases constituídos de H2S e hidrocarbonetos
leves.

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O gás de reciclo, rico em hidrogênio, é succionado pelo
compressor de reciclo e adicionado à carga, juntamente com o gás
de reposição.

Uma purga constante ou intermitente, de gás de reciclo é um 18/24


mecanismo empregado para se manter o teor de H2S no gás de
reciclo no nível recomendado para o processo. 20
A mistura líquida efluente do separador trifásico ou do separador
de baixa pressão é então enviada para a torre retificadora,
onde ocorre a remoção final do H2S e dos produtos leves, por
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meio de uma corrente de vapor d’água de retificação pelo o uso
de um refervedor.
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Na retificadora será feito o ajuste do produto quanto às
especificações de corrosividade e de ponto de fulgor. No caso
da retificação a vapor d’água, tem-se ainda uma torre secadora
(a vácuo) do produto, antes de seu envio para armazenamento.
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Processos Alternativos de Hidrotratamento:

Processos Brandos

Processos Severos
HDT de Instáveis em um estágio
HDT de Instáveis em dois estágios

Pré-tratamento
HDS de nafta de coqueamento retardado
HDS de nafta de craqueada

Hidrocraqueamento Catalítico

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Variáveis de Processo:

• Temperatura de Reação: Deve ser controlada para que possa atender


as especificações do produto e preservação do catalisador.

• Velocidade Espacial: Vazão volumétrica da carga pelo volume de


catalisador no interior do reator.

• Pressão Parcial de Hidrogênio: Variável capaz de alterar a pressão


dentro do reator para melhores resultados.

• Carga da Unidade: Variações na carga em relação a considerada no


projeto, podem afetar a unidade

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Referências:
• Al-Sahhaf, Taher A.; Fahim, Mohamed. Introdução Ao Refino de Petróleo. Disponível em
<http://books.google.com.br/books?id=2UKhmBhP-
p0C&pg=PA176&lpg=PA176&dq=hidrotratamento+petroleo&source=bl&ots=w1y1LJW35C
&sig=Pz6vvQS8CHPLQR-xXSzOBsTJ1Ls&hl=pt-
BR&sa=X&ei=w98QUsDTNYeg2QXKt4DoBA&ved=0CH8Q6AEwCTgK#v=onepage&q&f=false>
.Último acesso em: 20 agosto 2013

• Hidrotratamento – Tratamento de Petróleo. Disponível em


<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPWQAH/hidrotratamento>. Último acesso em
20 agosto 2013

• Hidrotratamento. Disponível em
<http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Hidrotratamento/416060.html>. Último acesso
em 20 agosto 2013

• Puc-Rio, Teses Abertas. Disponível em <http://www2.dbd.puc-


rio.br/pergamum/tesesabertas/0612522_08_postextual.pdf > .Ultimo acesso em: 20 agosto
de 2013

• Quelhas, A. Domingues et al. Processamento de Petróleo e Gás. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
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