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16/04/2020 STF 16/04/2020 - Pg.

140 | Supremo Tribunal Federal | Diários Jusbrasil

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Página 140 do Supremo Tribunal Federal


(STF) de 16 de Abril de 2020
Publicado por Supremo Tribunal Federal
há 22 horas

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HABEAS CORPUS 177.645 (562)


ORIGEM : 177645 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : NAISON OLIVEIRA ARANHA
IMPTE.(S) : ARISTIDES LIMA FONTENELE (7750/MA)
COATOR (A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
JULGAMENTO VIRTUAL – EXCEPCIONALIDADE.
1. A crise é aguda. Sem qualquer previsão de o Tribunal voltar às
sessões presenciais, há de viabilizar-se, em ambiente colegiado, a
jurisdição.
2. Aciono, em caráter excepcional, o sistema virtual e passo a liberar,
considerado o fator tempo, os processos.
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3. Publiquem. advogado online

Brasília – residência, 6 de abril de 2020, às 16h15.


Ministro MARCO AURÉLIO Relator
1

HABEAS CORPUS 177.786 (563)


ORIGEM : 177786 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR :MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : EVANDRO PEREIRA GALVÃO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR (A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME


DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E CRIME EQUIPARADO AO
DE MOEDA FALSA. ARTIGOS 288 E 289, § 1º, DO CÓDIGO
PENAL. ALEGADA NULIDADE DA PRODUÇÃO ANTECIPADA

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DE PROVAS. DECISÃO DEVIDAMENTE


140 / 351 FUNDAMENTADA.
INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DO PAS DE NULLITÉ SANS
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GRIEF. INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO HABEAS CORPUS
COMO SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL.
- Seguimento negado, com fundamento no artigo 21, § 1º do RISTF.
Prejudicado o exame do pedido de liminar.
- Ciência ao Ministério Público Federal.
DECISÃO: Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão do
Superior Tribunal de Justiça que negou provimento ao recurso
ordinário em habeas corpus nº 114.245, nos seguintes termos, in verbis:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS
CORPUS. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E MOEDA FALSA. PRODUÇÃO
ANTECIPADA DE PROVAS. ALEGADA FALTA DE
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. FÓRMULAS GENÉRICAS.
INOCORRÊNCIA. NULIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO. PREJUÍZO.
NÃO OCORRÊNCIA. PRESENÇA DE DEFENSOR PÚBLICO NO ATO
PROCESSUAL. INEXISTÊNCIA DE NOVOS ARGUMENTOS APTOS A
DESCONSTITUIR A DECISÃO IMPUGNADA. AGRAVO
DESPROVIDO.
I - A Terceira Seção desta Corte, em tema submetido à sua apreciação a
fim de uniformizar entendimentos divergentes das duas Turmas que a
integram, temperou a aplicação do enunciado sumular n. 455/STJ,
considerando a suscetibilidade da memória das testemunhas.
II - Os fatos, segundo consta da denúncia, datam de 12/10/2016 e o
paciente permanece foragido desde setembro de 2017. Afere-se,
ademais, que a determinação da colheita da prova bem observou a
probabilidade de perecimento da memória dos fatos pelas testemunhas
após o decurso de longo período de tempo, bem como a complexidade
do feito.
III - A decisão se mostra devidamente fundamentada, não apenas no
decurso do tempo, mas na probabilidade evidente de que a postergação
da colheita da prova poderia impedir
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efetiva
um busca da verdade real,
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notadamente pelo perecimento da memória dos fatos, tendo em vista a
complexidade e minúcias dos eventos.
1
IV - A produção antecipada da prova não configura qualquer prejuízo,
quando é acompanhada por defensor devidamente nomeado para o ato,
de modo a resguardar as garantias inerentes à ampla defesa.
V - Argumentação sucinta não se confunde com ausência de
fundamentação, não devendo ser reconhecido, no caso, qualquer
malferimento ao art. 93, IX, da Constituição Federal.
VI - No presente agravo regimental não se aduziu qualquer argumento
novo e apto a ensejar a alteração da decisão agravada, devendo ser
mantida por seus próprios fundamentos. Agravo regimental
desprovido.”
Colhe-se dos autos que o paciente foi denunciado em razão da suposta
prática dos crimes tipificados nos artigos 288 e 289, § 1º, do Código
Penal.

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Recebida a denúncia, foi determinada


140 / 351a citação do paciente. Não tendo
sido encontrado, procedeu-se à sua citação por edital. Em razão de o
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réu na ação penal não ter comparecido e também não ter constituído
advogado, foi determinada a suspensão do processo e do curso da
prescrição, nos termos do artigo 366 do Código de Processo Penal.
O órgão legitimado à acusação requereu a produção antecipada de
provas, o que foi deferido pelo juízo de primeiro grau.
Em face dessa situação a defesa impetrou habeas corpus na origem, que
denegou a ordem, nos termos da seguinte ementa:
"PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. PRODUÇÃO ANTECIPADA
DE PROVAS. POSSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA.
1. Antecipação da produção de provas hígida, não obstante a orientação
dada pela Súmula 455 do STJ. Operação deflagrada para apurar a
introdução/circulação de grande quantidade de moeda falsa na região
de Taubaté, São José dos Campos e Jacareí, que resultou em cinco
denúncias distintas, conforme informações da autoridade impetrada,
com número significativo de envolvidos e testemunhas, repleta de fatos
complexos e cheios de detalhes, o que justificaria a atividade probatória
antecipada.
2. Paciente foragido, desde setembro de 2017, tanto que a ação penal
originária foi desmembrada em relação a ele, em cujo contexto, de
unidade delitiva, tudo quanto foi apurado naquela ação, que, inclusive,
já foi sentenciada em relação aos demais réus, ser-lhe-á indissociável
pela natureza da relação jurídica controvertida, vez que é apontado na
denúncia como o fornecedor de moedas falsas aos demais envolvidos.
3. A medida em questão antes mesmo de ser potencialmente lesiva à
defesa do paciente, na verdade, resguarda seus interesses, não pelo"
mero decurso do tempo ", mas por ser meio hábil a registrar os fatos na
inteireza do possível, longe de qualquer juízo prévio de culpabilidade,
sendo-lhe assegurada a nomeação de Defensor Público, para a defesa
intransigível de seus direitos, sem prejuízo de que as provas colhidas
em antecipação sejam desentranhadas do processo, caso de verifique
oportunamente algum vício naFale
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produção.
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4. Ordem denegada."
Irresignada a defesa interpôs recurso ordinário em habeas corpus
1
perante o Superior Tribunal de Justiça, contudo, não obteve êxito.
Sobreveio a presente impetração, na qual a defesa alega a ocorrência de
constrangimento ilegal consubstanciado na produção antecipada de
provas.
Alega que houve “violação frontal ao art. 93, IX da Constituição
Federal, por fundamentação insuficiente na decisão judicial. E, ainda
mais clara é a violação à Súmula nº 455 do Superior Tribunal de
Justiça, que determina: A decisão que determina a produção
antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser
concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero
decurso do tempo”, bem como que “o v. Acórdão ora recorrido insistiu
em tal ilegalidade, afirmando que a decisão teria se baseado na

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‘complexidade do caso’. Ocorre que, como se depreende dos trechos


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colacionados acima, a complexidade do caso só ganha relevância diante
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do possível longo decurso de tempo em razão da citação por edital”.
Entende que “a complexidade do caso não é a fundamentação da
produção antecipada de provas, mas sim, a possibilidade de
esquecimento das testemunhas diante do passar do tempo. Neste ponto
reside a frontal violação à Constituição Federal”.
Considera que “o deferimento do pedido de suspensão do processo, nos
termos do art. 366 do CPP, apesar de permitir que o juiz determine a
produção antecipada de provas consideradas urgentes, não pode
simplesmente ser indicado ou reproduzido para fundamentar o
deferimento de um pedido de antecipação de provas”.
Sustenta, ainda, que “a produção antecipada de provas tem natureza
evidentemente cautelar, o que a caracteriza pela excepcionalidade. A
sua determinação pelo magistrado exige, portanto, a presença dos
requisitos típicos das medidas cautelares, notadamente o periculum in
mora”.
Pondera que “a eventual falha de memória das testemunhas não pode
ser tida como fundamento para a antecipação das provas sob pena
dessa prática vir a se tornar praxe e não exceção como foi à vontade do
legislador”.
Argumenta que “o v. Acórdão ora recorrido argumenta que a produção
antecipada de provas seria em benefício do Paciente, já que permitiria a
apuração dos fatos em sua "inteireza". Tal afirmação é contrária a toda
a construção do regramento de produção de provas, tanto na
Constituição Federal quanto no Código de Processo Penal, que
priorizam, em respeito ao contraditório e à ampla defesa, a presença do
réu nessa fase processual”.
Ao final, formula pedido nos seguintes termos, in verbis:
“Ante o exposto, requer-se a concessão da presente ordem para aplicar
ou determinar a revogação da sentença autorizativa da produção de
provas antecipada, bem como as provas produzidas no âmbito da
referida sentença. Fale agora com um
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Pugna ainda pela intimação pessoal do Defensor Público-Geral Federal
da sessão de julgamento da presente ordem.”
1
O pedido liminar foi indeferido.
O Ministério Público Federal apresentou parecer pela denegação da
ordem.
É o relatório, DECIDO.
In casu, inexiste situação que autorize a concessão da ordem ante a
ausência de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na decisão atacada.
Por oportuno, transcrevo a fundamentação da decisão do Superior
Tribunal de Justiça, naquilo que interessa, in verbis:
“O presente recurso não merece prosperar.
A fim de delimitar a controvérsia, colaciono os fundamentos elencados
na decisão proferida às fls. 126-144, que negou provimento ao recurso
ordinário em habeas corpus:
(…)
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