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Índice
1Etimologia
2História
3Geografia
o 3.1Clima
3.1.1Polígono das Secas
o 3.2Caatinga
4Demografia
o 4.1Centros urbanos
o 4.2Regiões metropolitanas
5Cultura
6Ver também
7Notas
8Referências
9Ligações externas
Etimologia
Há duas versões para explicar a origem da palavra Sertão durante
a colonização do Brasil pelos portugueses. A primeira sustenta que ao saírem
do litoral brasileiro e se interiorizarem, perceberam uma grande diferença
climática nessa região semiárida. Por isso, a chamavam de "desertão",
ocasionado pelo clima quente e seco. Logo, essa denominação foi sendo
entendida como "de sertão", ficando apenas a palavra Sertão. A segunda
versão, mais confiável, descreve a palavra como sendo derivada da palavra
latina sertanus, que significa área deserta ou desabitada, que por sua vez
deriva de sertum, que significa bosque.[carece de fontes]
História
O primeiro processo de interiorização dos colonizadores no país ocorreu nessa
região, entre os séculos XVI e XVII. Com a falta de oportunidades no litoral,
onde predominava a lavoura de cana-de-açúcar, houve um deslocamento de
populações para o interior, que especializaram-se no pastoreio, como a criação
de gado. Por isso, o couro esteve muito presente na vida dos homens do
sertão, conforme explica o historiador Capistrano de Abreu:
[...] de couro era a porta das cabanas, o rude leito aplicado ao chão duro, e mais tarde
a cama para os partos; de couro eram todas as cordas, a borracha para carregar
água, o mocó ou alforje para levar comida, a maca para guardar roupa, a mochila para
milhar cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as bainhas de faca, as bruacas e
surrões, a roupa de entrar no mato, os banguês para curtume ou para apurar sal; para
os açudes, o material de aterro era levado em couros puxados por juntas de bois que
calcavam a terra com seu peso. Em couro o sertanejo pisa o tabaco para o nariz
— Enciclopédia Delta de História do Brasil. [S.l.]: Editora Delta S/A. 1969. p. 1483
Geografia
Clima
Mais informações: Seca no Brasil
Savana-estépica, chamada no Brasil de caatinga, a vegetação predominante do sertão e
também presente em parte do agreste
Biomas do Nordeste
Amazônia
Cerrado
Caatinga
Mata Atlântica
Marinho Costeiro
A ocorrência das secas está diretamente relacionada ao fenômeno do
aquecimento das águas do Oceano Pacífico,[6] nas proximidades da costa oeste
da América do Sul, denominado El Niño. Esse aquecimento do Pacífico ocorre
em períodos irregulares de três a sete anos, [6] interferindo na circulação dos
ventos em escala global, e consequentemente, na distribuição das chuvas no
Sertão nordestino. Elas acarretam grandes prejuízos aos proprietários rurais,
que perdem suas lavouras e criações, e à população em geral, que sofre com a
falta de alimentos e água potável nessa sub-região do Nordeste. A área
atingida pela seca equivale a três vezes o estado de São Paulo. As chuvas
esporádicas e o auxílio emergencial não podem fazer esquecer a necessidade
de se criarem alternativas eficazes para combater o problema. Uma alternativa
para garantir água durante a seca na zona rural são as cisternas, com
capacidade para 15 mil litros custa cerca de R$ 1,8 mil e podem abastecer uma
família de cinco pessoas por sete a oito meses de estiagem.[7]
Polígono das Secas
Ver artigo principal: Polígono das secas
Com o propósito de facilitar ações para combater as secas e amenizar os seus
efeitos sobre a população sertaneja, o governo federal delimitou em 1951,[6][8][nota
1]
o chamado Polígono das Secas.
Inicialmente, o Polígono abrangia cerca de 950 000 quilômetros quadrados,
[6]
estendendo-se pelas áreas de clima semiárido. Entretanto, após a ocorrência
de grandes secas, a área do Polígono foi ampliada, alcançando parte do
estado de Minas Gerais, também atingido pelas estiagens.
Há uma maior incidência de secas ao norte do rio São Francisco do que ao sul,
onde as chuvas são mais bem distribuídas ao longo da estação chuvosa.
Diversos órgãos do governo são responsáveis pelo combate às secas,
especialmente o DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas),
que coordena programas de irrigação, construção de poços
artesianos e açudes, bem como outras funções, visando amenizar os
problemas da população.
Caatinga
Ver artigo principal: Caatinga
A estepe, chamada de caatinga no Brasil, é a vegetação predominante em todo
Sertão e em parte do Agreste. Ela ocupa as áreas de clima semiárido,
resistindo às secas através de adaptações naturais. É um tipo de
vegetação xerófila de semidesertos.[carece de fontes]
Demografia
Centros urbanos
Fortaleza no Ceará é a única capital nordestina localizada na região geográfica do Sertão
O seu maior polo geopolítico e civilizacional fica na sua parte mais setentrional
e costeira, ou seja, Fortaleza, que também é uma das nove capitais da região
Nordeste.
Fortaleza é a metrópole regional da sub-região do sertão. Já outras cidades,
como Mossoró (RN), Juazeiro do
Norte (CE), Sobral (CE), Petrolina (PE), Juazeiro (BA) e Patos (PB), exercem
papel de capitais e centros regionais.
O sertão também conta com importantes centros urbanos de menor influência
como: Picos, Floriano, Pedro II, Oeiras e São Raimundo
Nonato no Piauí; Crateús. Iguatu, Quixadá. Icó e Crato no Ceará; Caicó, Assu,
Currais Novos e Pau dos Ferros no Rio Grande do
Norte; Sousa, Cajazeiras e Pombal na Paraíba; Serra
Talhada, Araripina e Arcoverde em Pernambuco; Delmiro Gouveia, Santana do
Ipanema, São José da Tapera e Pão de Açúcar em Alagoas; e Paulo
Afonso, Irecê e Jacobina na Bahia.
Regiões metropolitanas
O sertão nordestino possui seis regiões metropolitanas oficiais, sendo a mais
importante a Região Metropolitana de Fortaleza. Segue abaixo a população de
cada uma. Os dados são de 2010.
Posição Região metropolitana Estado População
Cultura
Ver também
Agreste
Meio Norte
Zona da Mata
Sudene
Departamento de Nacional de Obras Contra as Secas
Notas
1. ↑ Depois da Lei nº 4 239, de 27 de julho de 1963, estatuiu que
o município criado com desdobramento de área de município incluído no
Polígono das Secas será considerado como pertencente a este para todos os
efeitos legais e administrativos. De outra parte, a Lei nº 4.763, de 30 de agosto
de 1965, incluiu o município de Vitória da Conquista. E finalmente, o Decreto-
Lei de nº 63 778, de 11 de dezembro de 1968, delegou ao Superintendente
da Sudene a competência de declarar, observada a legislação específica,
quais os municípios pertencentes ao Polígono das Secas. Esse Decreto-Lei
regulamentou e esclareceu que a inclusão de municípios no Polígono,
somente ocorreria para aqueles criados por desdobramento de municípios
anteriormente incluídos total ou parcialmente, no mesmo Polígono, quando
efetuados até a data da lei regulamentar, ou seja, de 30 de agosto de 1965.
Em 19 de dezembro de 1997, o Conselho Deliberativo da Sudene com
a Resolução nº 11 135, aprovou a atualização da relação dos municípios
pertencentes ao Polígono das Secas, incluindo aqueles que foram criados por
desmembramento até janeiro de 1997.