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A área foliar verde das plantas e árvores na floresta varia em cerca de 25 por cento, como
resultado de mudanças sazonais. Essa área expande-se durante a estação seca quando
a luz solar é máxima, então sofre uma abscisão durante a estação úmida nublada. Estas
mudanças fornecem um balanço de carbono entre fotossíntese e respiração.[62]
A floresta contém várias espécies que podem representar perigo. Entre as maiores
criaturas predatórias estão o jacaré-açu, onça-pintada (ou jaguar), suçuarana (ou puma) e
a sucuri. No rio Amazonas, enguias elétricas podem produzir um choque elétrico que pode
atordoar ou matar, enquanto que as piranhas são conhecidas por morder e
machucar seres humanos. Em suas águas, também é possível se observar um dos
maiores peixes de água doce do mundo, o pirarucu.[63] Várias espécies de sapos
venenosos secretam toxinas lipofílicas alcalóides através de sua carne. Há também
inúmeros parasitas e vetores de doenças. Morcegos-vampiros habitam na floresta e
podem espalhar o vírus da raiva.[64] Malária, febre amarela e dengue também podem ser
contraídas na região amazônica.
A fauna e flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (15
volumes), de Carl von Martius, naturalista austríaco que dedicou boa parte de sua vida
à pesquisa da Amazônia, no século XIX. Todavia, a diversidade de espécies e a
dificuldade de acesso às copas elevadas tornam ainda desconhecida grande parte das
riquezas faunísticas.
Vegetação
Produção de oxigênio
A alegação de que a Amazônia seria o "pulmão do mundo" é bastante usada na mídia e
em postagens de políticos[65] e celebridades[66] nas redes sociais. No entanto, quase todo
o oxigênio respirável da Terra se origina de fitoplânctons que vivem nos oceanos do
planeta e existe em quantidade suficiente para durar milhões de anos. [67]
A afirmação de que a Amazônia produz 20% de oxigênio é fisicamente impossível, visto
que simplesmente não há dióxido de carbono suficiente na atmosfera da Terra para que as
árvores fotossintetizem em um quinto do oxigênio do planeta. [68] Na realidade, cálculos
baseados em um estudo de 2010[69] estima-se que as florestas tropicais são responsáveis
por 34% da fotossíntese que ocorre em terra e a Amazônia representaria cerca de metade
disso. Isso significaria que a Amazônia gera cerca de 16% do oxigênio produzido em terra.
[70]
Essa porcentagem cai para 9% quando se leva em consideração o oxigênio produzido
pelo fitoplâncton no oceano. O Project Drawdown, que pesquisa soluções de mudanças
climáticas, chegou a uma estimativa mais conservadora de 6%. [71] A fotossíntese das
plantas é, em última análise, responsável pelo oxigênio respirável, apenas uma fração
muito pequena do crescimento da planta realmente contribui para a reserva de oxigênio no
ar. Mesmo que toda a matéria orgânica na Amazônia fosse queimada de uma só vez,
menos de 1% do oxigênio do mundo seria consumido. [72][73]