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Todo Material de Manutenção
Todo Material de Manutenção
Bibliografia
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 1
1-CONHECIMENTOS BÁSICOS DA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
1-1 Introdução
Nos últimos anos a atividade de manutenção tem passado por mais mudanças do que
qualquer outra.
Estas alterações são conseqüências de:
O homem de manutenção tem reagido rápido a estas mudanças; esta nova postura inclui
uma crescente conscientização de quanto uma falha de equipamento afeta a segurança e o
meio ambiente, maior conscientização da relação entre manutenção e qualidade do
produto, maior pressão para se conseguir alta disponibilidade da instalação, ao mesmo
tempo em que se busca a redução de custos. Estas alterações estão exigindo novas atitudes
e habilidades das pessoas da manutenção, desde gerentes, passando pelos engenheiros e
supervisores, até chegar aos executantes.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 2
O aumento do capital investido, fez os projetistas buscarem meios para aumentar a vida
útil dos itens físicos.
A partir da década de 70
acelerou-se o processo de mudança nas indústrias;
houve paralisação da produção, que diminui a produção;
aumentou-se os custos e afetou a qualidade dos produtos;
A tendência mundial foi a de utilizar sistemas just-in-time, onde estoques reduzidos para a
produção em andamento significavam pequenas pausas na produção/entrega que naquele
momento poderiam paralisar a fábrica.
O crescimento da automação e da mecanização passou a indicar que confiabilidade e
disponibilidade tornaram-se pontos-chave em setores tão distintos quanto saúde,
processamento de dados, telecomunicações e gerenciamento de edificações.
Com a automação, viu-se que as falhas, muito freqüentes, afetavam a capacidade de
manter os padrões de qualidade estabelecidos dos produtos e dos serviços; por exemplo,
falhas em equipamentos podem afetar o controle climático em edifícios e a pontualidade
das redes de transportes.
Cada vez mais, as falhas provocam sérias conseqüências na segurança e no meio
ambiente ,em um momento em que os padrões de exigências nessas áreas estão
aumentando rapidamente. Em algumas partes do mundo, estamos chegando a um ponto
em que ou as empresas devem satisfazer as expectativas de segurança e de preservação
ambiental, ou poderão ser impedidas de funcionar.
Reforçou-se o conceito de uma MANUTENÇÃO PREDITIVA.
A interação entre as fases de implantação de um sistema (projeto, fabricação, instalação e
manutenção) e a
Disponibilidade / Confiabilidade torna-se mais evidente.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 3
A fabricação deve ser devidamente acompanhada e incorporar os requisitos de
modernidade e aumento da confiabilidade dos equipamentos, além das sugestões oriundas
da prática de manutenção.
Todos esses dados, aliados ao histórico de desempenho de equipamentos semelhantes,
dados estes subsidiados pelo grupo de Manutenção, compõem o valor histórico do
equipamento, elemento importante para uma decisão em compras e futura política de
peças de reposição.
A fase de manutenção terá por objetivo garantir a função dos equipamentos, sistemas e
instalações no decorrer de sua vida útil e a não-degeneração do desempenho. Nesta fase da
existência, normalmente são detectadas as deficiências geradas no projeto, seleção de
equipamentos e instalação.
Da não-interação entre as fases anteriores, percebe-se que a Manutenção encontrará
dificuldades de desempenho das suas atividades, mesmo que se apliquem nelas as mais
modernas técnicas. A confiabilidade estará num patamar inferior ao inicialmente previsto.
DISPONIBILIDADE/CONFIABILIDADE
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 4
Tabela 1.1 - Evolução da Manutenção
Primeira Geração Segunda Geração Terceira Geração
1930 1970 2006
1940
AUMENTO DA EXPECTATIVA EM RELAÇÃO À MANUTENÇÃO
- Conserto Após a Falha - Disponibilidade Crescente - Maior Disponibilidade e
- Maior Vida Útil do Confiabilidade
Equipamento - Melhor Custo-Benefício
- Melhor Qualidade dos
Produtos
- Preservação do Meio
Ambiente
MUDANÇAS NAS TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO
- Conserto Após a Falha - Computadores Grandes e - Monitoração de Condição
Lentos - Projetos Voltados para
- Sistemas Manuais de Confiabilidade e
Planejamento e Controle do Manutenibilidade
Trabalho - Análise de Risco
-Monitoração por Tempo - Computadores Pequenos e
Rápidos
- Softwares Potentes
- Análise de Modos e
Efeitos da Falha (FMEA)
- Grupos de Trabalho
Multidisciplinares
1930 1970 2006
1940
Primeira Geração Segunda Geração Terceira Geração
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A RAZÃO DE SER DE SOBREVIVÊNCIA DA EMPRESA
É A COMPETITIVIDADE
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 6
CCQ, TPM, GQT, TERCEIRIZAÇÃO, REENGENHARIA, entre outros. È importante
ter em mente que são, simplesmente, ferramentas e, como tal, a sua simples utilização não
é sinônimo de bons resultados. Muitos gerentes têm transformado estas ferramentas em
objetivos da manutenção, e os resultados são desastrosos. Por outro lado, o uso correto
destas ferramentas tem levado a excelentes resultados.
A atividade de manutenção precisa deixar de ser apenas eficiente para se tornar eficaz;
não basta reparar o equipamento ou instalação tão rápido quanto possível, mas, reduzir a
probabilidade de falha do equipamento.
- política diretrizes
- situação atual-diagnósticos
- situação futura- metas estratégicas baseadas em benchmarks
- caminhos estratégicos ou melhores políticas
- indicadores
- plano de ação
1-5-1 PLAN – P
Planejamento Estratégico
Para definir a situação atual e as metas que explicitam a Visão de Futuro, o ideal é a
adoção do processo de benchmarking
Benchmarking é um processo de análise e comparação de empresas do mesmo segmento
de negócio, objetivando conhecer:
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 7
# as melhores marcas ou benchmarks das empresas vencedoras, com a finalidade de
possibilitar definir as metas de curto, médio e longo prazo.
# a situação atual da sua organização e, com isto, apontar as diferenças competitivas
# os caminhos estratégicos das empresas vencedoras ou as melhores práticas
# além de conhecer e chamar a atenção da organização para as necessidades
competitivas.
é ação
é busca de práticas responsáveis por alta performance
é o entendimento de como estas práticas são aplicadas
é a adaptação destas práticas para seu uso
Resumindo...
COMPARAÇÃO ANÁLISE
INTERNACIONAL
Propostas
Levantamento de
de Dados Melhorias
- Planejamento
Estratégico Acompanhar
-Metas Operar Desempenho Avaliar
-Orçamento
Gestão Estratégica
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 8
Melhores Práticas “Best Practices”
Para se alcançar as metas planejadas, ou seja, para ir da situação atual para a visão de
futuro, é preciso implementar, em toda a organização, um plano de ação suportado pelas
melhores práticas, também conhecidas como caminhos estratégicos.
disponibilidade
confiabilidade
custos COM ANÁLISE CRÍTICA
qualidade
meio ambiente
Segurança
Plano de Ação
A escolha das ações deve priorizar aquelas mais importantes para o alcance das metas
estabelecidas; uma boa regra é escolher aqueles 20% das ações analisadas que respondem
por 80% dos resultados.
Indicadores
# disponibilidade e confiabilidade
# redução da demanda de serviços
# faturamento
# otimização de custos
# segurança pessoal e das instalações
# preservação ambiental
# moral e motivação dos colaboradores
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Saber e Querer
Comunicação é Fundamental
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# verificar se os equipamentos, ferramentas e instrumentos estão aferidos, calibrados e
com adequada manutenção
Pelos indicadores, pode haver necessidade de tomar ações corretivas; e ou ainda revisar o
plano de ação.
- sistema de conseqüências
A titulo de exemplo, o indicador de custo de manutenção pode estar excelente no período
de um ano, mas foi conseguido deixando-se de realizar intervenções e atividades
importantes e, desta maneira, comprometendo, a médio prazo, a qualidade, a
confiabilidade, a disponibilidade, a segurança, a saúde e o meio ambiente. Esta redução de
custos a qualquer custo é o que se denomina de uma má gestão.
Esta metodologia pressupõe que a escolha de indicadores não pode estar voltada apenas
para uma dimensão, por exemplo, a financeira, ou a disponibilidade das instalações etc.
Assim como não é possível realizar um vôo seguro baseando-se, apenas, na velocidade do
avião, indicadores financeiros, por exemplo e principalmente, a sua sustentabilidade.
Árvore do BSC
A Manutenção deve ser organizada de tal maneira que o equipamento ou sistema pare de
produzir somente de forma planejada quando o equipamento pára de produzir por si
próprio, sem uma definição gerencial, está-se diante de manutenção não planejada, ou
mesmo de um fracasso da atividade de manutenção.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 11
Paradigma moderno: “O homem de manutenção sente-se bem quando ele consegue
evitar todas as falhas não previstas.”
1.8 Competitividade
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CUSTO DE MANUTENÇÃO EM RELAÇÃO AO FATURAMENTO BRUTO
SETORES % FATURAMENTO
Alimento e Bebida 1,40
Automotivo e Metalúrgico 3,46
Borracha e Plástico 4,00
Cimento e Construção Civil 3,00
Eletroeletrônico e Telecomunicações 4,00
Energia Elétrica 2,36
Farmacêutico 3,33
Fertilizante, Agroindústria e Químico 4,00
Hospitalar 2,50
Móveis 3,67
Máquinas e Equipamentos 3,33
Mineração 8,67
Papel e Celulose 2,50
Predial 1,00
Petróleo 3,73
Petroquímico 1,67
Saneamento e Serviços 5,00
Siderúrgico 6,67
Têxtil 3,00
Transporte >10,00
MÉDIA GERAL 4,47
Fonte: Abraman –Documento Nacional - 2001
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1.9 Produto da Manutenção
Operação
Produção Manutenção
Engenharia
Suprimento
dão suporte Inspeção de equipamento
Segurança Industrial
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 14
Voltando ao exemplo da lâmpada
A missão não é preservar a lâmpada (equipamento) MAS SIM a função do sistema
ILUMINAÇÃO
- no passado:
CAUSAS BÁSICAS
# Qualidade da Manutenção
sua falta provoca Retrabalho que é uma falha prematura
# Qualidade da Operação
ação operacional incorreta provoca falha prematura e perda de produção
# Problemas Crônicos
conviver com problemas repetitivos ainda que de solução conhecida , é uma cultura
conservadora que precisa ser mudada
# Problemas Tecnológicos
problemas repetitivos, apenas com solução desconhecida
# Serviços Desnecessários
agir preventivamente em excesso sem considerar o binômio Custo x Benefício
Pode-se afirmar, com certeza, que esta demanda de serviços pode ser sensivelmente
reduzida
DEMANDA DE SERVIÇOS
A GRANDE DIFERENÇA
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 15
1-12 A Gestão pela Qualidade Total GQT
Tem-se mostrado uma ferramenta bastante eficaz, quando aplicada corretamente, levando
a uma grande melhora de resultados.
- gerência de rotina
- padronização
- 5 S (deve ser o 1° passo)
- no bojo do GQT - TPM: Total Productive Maintenance
- ISSO-9000
- CCQ: Círculo de Controle de Qualidade
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RESULTADOS x TIPOS DE MANUTENÇÃO
0
100
Corretiva
Preventiva
Preditiva C
Disponibilidade
Confiabilidade Eng. de Manutenção U
Atendimento S
Segurança T
Meio Ambiente O
Motivação
1 2 3 4 100
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% APLICAÇÃO DE RECURSOS EM MANUTENÇÃO - BRASIL
100%
80%
Eng. Manutenção
60%
Preditiva
Preventiva
40%
Corretiva
20%
0%
1990 1991 1993 1995 1997 1999 2001
ANO
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Espírito de Equipe
Existem outras ferramentas que permitem a aplicação desses seis tipos principais de
manutenção; que são:
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- não há tempo para preparação do serviço; infelizmente, ainda é mais praticada do que
deveria
- implica altos custos (acarreta perdas de produção, perda da qualidade e elevados custos
indiretos de manutenção)
- as quebras aleatórias podem ter conseqüências graves para o equipamento (extensão de
danos)
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Manutenção Corretiva
Manutenção Preventiva
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#falha de sobressalentes
# contaminações introduzidas no sistema de óleo
# danos durante partidas e paradas
# falhas dos procedimentos de manutenção
De forma mais direta, podemos dizer que a manutenção preditiva prediz as condições dos
equipamentos, e quando a intervenção é decidida, o que se faz, na realidade, é uma
manutenção corretiva planejada.
Os custos envolvidos:
# instrumentos, aparelhos de medição e análise são muito caros
# ficará mais barata com o progresso na microeletrônica
# a mão de obra não apresenta custo significativo
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Manutenção Preditiva
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# dar feedback ao projeto
# interferir tecnicamente nas compras
Suponha que uma determinada planta adota Manutenção Preventiva para um conjunto de
REDUTORES.
Sabemos que a estimativa mais acertada de tempo para as intervenções é extremamente
difícil.
Os rolamentos têm uma vida diferente dos retentores, que por sua vez têm vida diferente
das engrenagens.
A experiência indica que mais intervenções do que o necessário serão feitas; bem como
um número elevado de troca de peças com meia vida ainda em bom estado será efetuada.
Passando a adotar a Preditiva, teremos melhores resultados globais;
O número de intervenções cairá drasticamente;
O consumo de sobressalentes também;
O número de homens-hora será reduzido.
A Manutenção Preditiva permite alcançar a máxima disponibilidade para a qual os
equipamentos foram projetados;
No momento em que a estrutura de Manutenção dessa planta estiver utilizando para
análises, estudos e proposição de melhorias todos os dados que o Sistema de Preditiva
colhe e armazena, estará praticando Engenharia de Manutenção.
A Engenharia de Manutenção utiliza dados adquiridos pela Manutenção, para melhorar
sempre.
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2.6 COMPARAÇÃO DE CUSTOS
Tipos de Manutenção
Manutenção Preditiva
Começou incipiente a partir da década de 40 ganha força a partir dos anos 60 e é sem
dúvida, a que apresenta maior desenvolvimento motivado pelo progresso na área da
eletrônica.
Manutenção Detectiva
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Aparece no início da década de 70, ainda muito incipiente, mas deve apresentar uma
tendência de utilização crescente com o tempo. Sua importância cresce a cada dia, em
virtude da maior automação das plantas e utilização de microprocessadores.
Gráfico
Em relação ao que se pratica nos países do primeiro mundo, temos a seguinte situação, em
relação ao Brasil, em 1998
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Gráfico
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3 – CONHECIMENTO DO EQUIPAMENTO
EIXOS
Para qualquer tipo de eixo, seja um eixo de transmissão, árvore de máquinas operatrizes,
virabrequim, eixo de comando de válvulas, eixo de rodas etc.
Sua especificação depende do projetista da máquina que deve considerar os fatores de
carga e operação e providenciar apoio, material, dimensionamento, tratamento térmico,
acabamento de superfície e afastamento (folgas) corretos.
Deve-se observar que o eixo é flexível e expande-se e contrai-se com as mudanças de
temperatura. Em caso de acidente com um eixo, o usuário pode ser tentado a reforçar o
mesmo ou acrescentar apoios, não percebendo, que provocará, assim, uma falha por
fadiga. No caso de reposição ou reforma do eixo, estes fatores devem ser considerados,
conservando-se, porém, a construção original. A única providência razoável para reforçar
um eixo é usar material de qualidade superior, levando-se em conta a possibilidade de ser
o eixo uma espécie de fusível de segurança, que com sua quebra evita a quebra de outra
peça, mais cara.
Outros fatores são a dureza e as folgas, que devem ser consideradas em conjunto. A
seleção errada do material do eixo apoiado nos mancais pode resultar em seu desgaste
prematuro. Os exemplos citados abaixo podem solucionar os problemas mais
freqüentemente encontrados, devendo-se sempre, recorrer ao manual da máquina.
Para obter-se um serviço satisfatório, os eixos com dureza até 200 HB devem usar mancais
de metal patente. Nestes, as folgas mais encontradas, variam, para movimento giratório,
entre .050mm para 25mm Ø, .125 para 125mm Ø . Para movimento oscilante entre 200 e
300 HB devem usar mancais de ligas de cobre. As folgas podem ser entre .025mm para
25mm Ø. Os mancais de bronze têm dureza entre 45 e 75 HB. Os eixos para cargas
pesadas e rotações altas devem ser retificados e polidos e ter dureza de cerca de 50 RC,
quando usarem mancais de alumínio ou trimetal. As folgas dependem da velocidade
periférica e da carga.
Acabamento de virabrequins beira freqüentemente 5 RMS, não devendo ser mais áspero
do que 20 RMS.
Após retificação convém polir os colos na direção oposta à retificação, não removendo
mais do que .005mm. O polimento na direção de retificação, simplesmente deita as
rebarbas. A grana de lixa pode ser entre 280 e 320. A direção do polimento deve
acompanhar a direção da rotação em serviço.
Os raios nos rebaixos devem ser observados com cuidado, tanto as suas dimensões, como
o acabamento. A área, onde existe um raio, é por natureza um intensificador da tensão. A
existência do risco no raio agravaria o problema.
A posição do furo de lubrificação pode ser de grande importância, Cuidado para não
inverte-la ou deixa-lo fechado.
O endurecimento por grenalha de aço aumenta a resistência à fadiga.
O cromo duro aumenta a resistência ao desgaste mas diminui a resistência à fadiga.
De todos os fatores a observar o mais importante para os eixos é o seu alinhamento
perfeito. O desalinhamento provoca a quebra rápida por fadiga.
Dentre os danos típicos destacamos a quebra por sobrecarga e a quebra por fadiga.
O desgaste excessivo pode ser causado por perda de dureza devido ao superaquecimento
por gaxeta apertada demais e falta de lubrificação.
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MANCAIS
A construção dos mancais e o material usado asseguram o suporte do eixo, sua flutuação
numa camada de lubrificante, temperatura adequada, adaptabilidade e proteção contra as
partículas que podem danifica-lo. Apesar de tratar-se aqui, principalmente, de casquilhos,
os dados contidos aplicam-se a qualquer tipo de mancais e buchas, inclusive os de encosto.
Os mancais menos duráveis são os de metal patente grosso, porém, protegem mais o eixo.
Os mais duráveis são os casquilhos trimetal e buchas de bronze com alta porcentagem de
chumbo.
Deve ser sempre seguida a especificação do fabricante da máquina, que escolheu os
mancais para o serviço previsto. Incluímos aqui, apenas alguns pontos interessantes, a
respeito do desenho de mancais.
1 – A ponta do eixo não deve terminar na área da bucha, para não levantar uma lombada
que provocará obstrução para o lubrificante e o conseqüente superaquecimento e
engripamento (no diâmetro e no encosto).
2 – O mesmos defeitos serão causados pelo eixo provido de canaleta.
3 – Os furos de lubrificação não devem ficar desalinhados para não provocar o excesso de
temperatura.
4– O espaço fechado na ponta do eixo provoca o aumento de pressão e superaquecimento.
O óleo deve ter possibilidade de sair.
5 – Uma saliência no arredondamento do canto prejudica a circulação do óleo.
6 – Duas buchas de precisão (sem repasse) podem estar desalinhadas por causa da soma de
tolerâncias, provocando a sobrecarga no canto.
7 – Não devem ser usadas, se puder evitar, faces coaxiais no eixo.
8 – As tolerâncias de conicidade dos mancais de motores devem ser mantidas dentro de
aproximadamente:
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 29
.005mm para diâmetros até 25mm
.010mm “ “ “ 26 “
.012mm “ “ acima de 50mm
9 – A espessura da bucha ou do casquilho deve ser calculada corretamente para obter uma
fol de óleo adequada.
10 – Não devem ser usados casquilhos de metais amarelos ou alumínio com eixos de
dureza abaixo de 250 HB.
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2 – Rasqueteamento ou lixamento da parte interna, destruindo assim o acabamento e a
forma e incrustando partículas estranhas.
3 – Aperto excessivo ou com seqüência fora de especificação.
4 – Furos de guia alargados ou pinos de guia folgados, provocando descentralização.
5 – Deslocamento da tampa devido à inversão da posição, do diâmetro externo da chave
exagerado.
6 – Torção dos alojamentos dos mancais.
7 – Desalinhamento dos colos do eixo.
8 – Desalinhamento dos alojamentos dos mancais.
9 – Alojamento do mancal fora da tolerância (pequeno, ovalizado, cônico, com curvatura
longitudinal, ou ondulado).
10 – Rugosidade dos colos, flanges, raios, ou chanfro do óleo.
11 – Ressaltos de centragem, pinos ou furos não coincidentes.
12 – Diferença de diâmetro nos mancais vizinhos.
13 – Entortamento por acidente.
14 – Falta de óleo na montagem.
15 – Folga insuficiente.
16 – Falta de aderência ou sujeira entre o casquilho e seu alojamento.
17 – O giro do casquilho dentro de seu alojamento que pode resultar de:
1. excesso de folga no alojamento
2. esmagamento “Crush” insuficiente
3. falta de trava
4. aperto (torque) insuficiente ou incorreto
6. excesso de calços
7. sujeira entre a tampa e o corpo do alojamento
8. parafuso da tampa encostado no fundo do corpo ou quebrado
18 – Deslocamento de calços.
- Queima
Provocada pela falta de lubrificação no início do trabalho da máquina com mancais secos
ou durante o trabalho normal devido à lubrificação insuficiente ou deficiente.
-Suamento de chumbo
Provocado pelo superaquecimento acima de 327°C
Empastamento do chumbo
Provocado pelo “suamento” com o desprendimento de glóbulos de chumbo. Pode ser
identificado pela deposição de partículas de chumbo nos cantos dos furos de óleo do
metal.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 31
- sujeira 43 a 45%
- desalinhamento 10 a 13%
- falha de lubrificação 10 a 15%
- sobrecarga 8 a 9%
- montagem deficiente 13,5%
- corrosão 4 a 5%
- Corrosão química
Nas ligas de chumbo transformando-se em sabão de chumbo. Este desprende-se da
estrutura deixando expostos os outros materiais da liga. Peças em metais patentes terão a
aparência calcinada, cinza-clara e esponjosa cobreada quando em ligas de cobre.
- Fadiga
Pode aparecer na forma de trincas, ou desprendimento do revestimento, deixando
cavidades. Resulta de cargas altas, tempo de trabalho, mudanças de temperatura,
montagem incorreta etc., indicados em outros pontos.
Num mancal pode ser provocada pela aderência das partículas do outro mancal, que
entraram em circulação. (neste caso será local). Quando aparecer só nos casquilhos
superiores, pode ser provocada pelo excesso da marcha lenta.
Os mancais de metal patente na base de estanho têm maior resistência à fadiga do que os
na base de chumbo.
- Fadiga uniforme
Aparece tanto nos casquilhos superiores como nos inferiores e é uma evidência de trabalho
em excesso de rotação, onde as forças dinâmicas superam as forças de explosão
.
- Fadiga com forma em V “ V pattern fatigue”
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 32
Aparece com a concentração de carga num canto, devido ao desalinhamento do eixo ou
entortamento da biela. Pode ser causada, também, por uma partícula de sujeira deixada no
alojamento do casquilho, que faz levantar uma parte do mesmo, evitando inclusive a
aderência ao alojamento.
- Deslocamento do material
- Arqueamento
É uma das formas de distorção. Aparece nos mancais colocados num alojamento ovalizado
ou folgado (sem “esmagamento”) ou nos mancais que perdem pressão de fixação por
causa da expansão térmica. Nas buchas de paredes finas, prensadas sem os devidos
cuidados, aparece na forma de protuberância na parte central (Há aderência só nos
rebordos).
- Distorção
Acontece na prensagem inadequada da bucha dentro do seu alojamento, com a perda de
pressão da bucha ou do casquilho no alojamento em trabalho, com penetração de um corpo
estranho entre a bucha ou casquilhos e o alojamento.
- Extrusão
Deslocamento do material provocado pela pressão do eixo sobre o revestimento do
material.
- desgaste – “Wear”
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- desgaste desuniforme
Pode ser provocado pela deformação do alojamento não notada na ocasião de montagem,
pela folga excessiva entre o colo do eixo e o casquilho e outros erros de ajuste.
- Cicatrização “Scarring”
Linhas parecidas à escoriação. Porém, mais largas, provocadas pelos flocos metálicos (por
exemplo alumínio) que não se alojaram no metal do mancal. Acontece freqüentemente na
parte do casquilho não provida de canaleta de óleo, na direção da canaleta de óleo da outra
metade.
- Sulcamento “Grooving”
Pode ser provocado pelo acabamento do eixo inadequado ou por partículas estranhas
suspensas em óleo (linhas finas e rasas).
Linhas mais fundas podem ser provocadas pelos cavacos de usinagem não removidos ou
pelos flocos desprendidos dos flancos de engrenagens e rolamentos. Note-se que é mais
pronunciado nos casquilhos inferiores de centro e superiores das bielas. Linhas na direção
do furo de óleo provêm, geralmente, do empilhamento de partículas não metálicas,
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 34
quebrado pela pressão do eixo. Quando aparece em toda a volta na direção do furo de
lubrificação, é provocada pela falta de chanfro no furo do virabrequim.
- Engripamento “Seizure”
É o colamento do material do mancal no eixo.
Acontece com maior freqüência nos mancais de metais amarelos e de alumínio.
- Dilaceração “Tearing”
Acontece com engripamento quando na continuação do movimento o material aderido no
metal provoca o desprendimento da parte anexa a ele.
- Fricionamento “Wiping”
É a remoção do material de um ponto do mancal e a deposição deste em outro ponto do
mancal. Aparece, geralmente, em mancais de metal patente e na camada interna dos
mancais trimetal. Resultado de desalinhamento, geometria imprópria, mau acabamento,
folga insuficiente, partida a seco ou operação com abuso “lugging”
-Erosão “Erosion”
É a lavagem de material do mancal pelo óleo sob alta pressão e grande velocidade.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 35
ROLAMENTOS
È caracterizado por um jogo de rolos cilíndricos, envoltos numa cesta; apresenta um anel
com flanges, que guiam os rolos, e um anel sem flange, que permite o deslocamento no
sentido longitudinal. A pista do anel livre é ligeiramente convexa, permitindo uma
oscilação de até 0,1 grau. Este rolamento é usado em máquinas onde existem grandes
dilatações dos eixos e, também, em máquinas que necessitam de grande rigidez. Pode ser
fornecido em diferentes execuções, em ambos os anéis a fim de suportar, também, cargas
axiais.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 36
- rolamentos de agulhas
É semelhante ao descrito anteriormente, mas os rolos são bem mais compridos, em relação
a seu diâmetro.
É usado em lugares, onde existe problema de espaço. É frequentemente usado sem anéis,
que são substituídos pela pista no eixo ou na peça que gira sobre ele.
É recomendado para mecanismos oscilantes e outros, onde a carga não é constante.
É caracterizado por dois anéis colocados na direção horizontal sendo o diâmetro do anel
do eixo ligeiramente menor, a fim de não tocar na caixa. O anel da caixa possui, às vezes,
a face inferior abaulada para compensar as flexões do eixo ou desalinhamento. Quando for
necessária a capacidade de carga radial, em conjunto com a axial, deve ser acrescentado
um rolamento radial. Com um terceiro anel no meio e dois jogos de esferas transforma-se
em “de escora dupla”.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 37
É semelhante ao rolamento de rolos cônicos, mas a geratriz dos rolos é abaulada. Pode
suportar cargas radiais e trabalhar sob condições de desalinhamento. Com exceção dos
casos especiais de velocidades muito baixas, este rolamento deve ser lubrificado com óleo.
Sua capacidade de carga é alta.
ROLAMENTOS MISTOS
Sua característica é possuir uma “capa” externa cônica, levemente abaulada na parte
interna, e uma carreira de rolos cônicos, envoltos por uma “cesta”, alojados num “cone”
provido de guias.
A capacidade de carga axial e radial depende do ângulo, que varia, geralmente, entre 12 e
20°. Os rolamentos deste tipo são aplicados, usualmente, em pares, virados um contra o
outro. Devido à influência de dilatação do eixo nas folgas internas dos rolamentos, estes
não devem ser colocados em grandes distâncias.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 38
É caracterizado por possuir uma pista esférica no anel externo e duas carreiras de esferas
envoltas numa cesta, podendo oscilar em volta do centro.
É usado onde não for possível alinhamento perfeito e onde o eixo puder fletir. A oscilação
pode chegar a 3°, ou pouco menos, dependendo da largura do rolamento.
Devido à forma da pista externa, a capacidade de carga é menor do que em rolamentos
radiais comuns e a capacidade da carga axial é pequena.
É semelhante ao acima indicado, mas no lugar de esferas existem aqui rolos abaulados
(barriletes). A oscilação pode variar entre 1,5 e 2,5°, dependendo da sua largura. É usado
para cargas pesadas. Sua capacidade de carga axial é alta.
É parecido com um já citado, mas não possui rasgo nos anéis. Assim, a quantidade de
esferas e, consequentemente, a capacidade de carga radial, é menor.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 39
Em compensação, as canaletas nos anéis envolvem bem as esferas, assegurando uma boa
capacidade de carga axial.
É caracterizado por anéis providos de flanges mais altas de um lado da canaleta de cada
um dos anéis.
Este rolamento não pode trabalhar sem carga axial e por isso deve ser pré-carregado.
Quando existirem duas carreiras de esferas, sustenta carga axial em duas direções.
Pode ser fornecido com diferentes ângulos de contato.
Vida nominal
Montagem
Com ajuste de aperto (interferência) num eixo, prensando o rolamento, poderá provocar a
trefilação do eixo pelo rolamento (se este for mais duro); caso contrário, o próprio
rolamento será trefilado. O resultado será que o aperto não será aquele previsto pelo
projetista; o anel poderá girar.
Nunca se deve aplicar pressão através de rolos ou esferas, caso contrário, haverá
brinelamento.
Existem 2 maneiras de proceder:
1- aquecer o rolamento em banho de óleo, 100 e 130°C, e colocá-lo no eixo
rapidamente.
2- Quando o rolamento tiver lubrificação permanente, deve-se esfriar o eixo, que
assim se contrairá e permitirá uma colocação mais fácil; temperatura para esfriar o
eixo -55°C, não se deve usar temperatura mais baixa porque o aço torna-se muito
quebradiço.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 40
Desgaste
Além da perda de material nas pistas rolantes, será notado desgaste mais pronunciado das
pontas dos rolos, das guias, das cestas e separadores.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 41
É caracterizado na fase inicial pelo aparecimento de canaletas, sem rebordos levantados,
na pista rolante.
É provocado por vibração durante o transporte da máquina provida de rolamentos. A
presença de óxido de ferro agrava a situação, provocando o desgaste rápido do rolamento.
A imperfeição da pista provoca, inicialmente, ruído e vibração e, em seguida, ocorre
desgaste rápido, devido às batidas sobre as quinas das depressões.
Fadiga
- descascamento “spalling”
É o resultado de fadiga superficial.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 42
Aparecem minúsculas trincas abaixo da superfície do material, laminado pela ação das
esferas ou roletes; o material levanta ligeiramente e, na fase inicial, aparecem pontas
esbranquiçadas. Com o decorrer do tempo, as trincas atingem a superfície e desprendem-
se pequenos flocos. Com o progresso do dano, os flocos unem-se, aparecendo a área
descascadas, que em certas circunstâncias pode abranger a pista rolante inteira e em outras
uma parte, somente. Esta área pode ter aparência de geada e ser relativamente lisa ou pode
apresentar uma espécie de cratera, dependendo da sua origem.
- aparência de geada
Pode ser provocada por carga excessiva, precarga excessiva, material inadequado, ou
tratamento térmico inadequado (material fraco demais).
- descascamento parcial
A forma do descascamento revelará sua origem.
Como se pode notar, estes danos originam-se de montagem deficiente, que submete o
rolamento a cargas parasitárias.
Danos mecânicos
- brinelamento
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 43
É caracterizado por depressões correspondentes aos roletes ou esfera, nas pistas rolantes.
Resulta de aplicação da precarga, sem girar o rolamento, ou da prensagem do rolamento
com excesso de interferência.
- Goivagem “gouging”
É defeito semelhante ao anterior, mas provocado por partículas estranhas que ficaram
prensadas pelos roletes e esferas sobre as pistas, deixando marcas de formas as mais
variadas. Um cavaco do torno, um fio de estopa, uma partícula de tinta, podem deixar este
tipo de marca.
- sulcamento “grooving”
É provocado, por exemplo, por um operador desastrado, que bate com punção sobre a
pista rolante.
É caracterizada por crateras, pontos ou estrias sobre as pistas rolantes e roletes ou esferas.
É, geralmente, provocada pela passagem da corrente na ocasião de solda, quando o fio
terra está colocado longe do lugar de solda. Formam-se pequenas áreas queimadas ou até
soldadas entre os roletes ou esferas e as pistas, que dão origem, inicialmente, a ruídos e,
posteriormente, a descascamento.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 44
-rachaduras e fraturas
Resultam, geralmente, de aperto excessivo do anel ou cone sobre o eixo, Podem, também,
aparecer em resultado do giro do anel ou cone sobre o eixo, acompanhado de sobrecarga.
Os rolos ou esferas podem trincar com golpes de montagem ou desmontagem.
- engripamento
Pode ocorrer devido a lubrificante muito espesso ou viscoso demais, que impede o livre
giro dos roletes e esferas com cargas leves e rotações altas. Pode acontecer, também, com
a eliminação de folgas nos roletes e esferas com aperto excessivo.
EFEITOS EM SERVIÇO
- superaquecimento
Quando a temperatura exceder a 50°C, acima da temperatura ambiente.
As origens podem ser:
a) excesso de lubrificante
poderá haver um aumento da temperatura durante uma meia hora após a lubrificação,
diminuindo quando o excesso de graxa for removido pelo próprio rolamento pelo
labirinto ou pelo retentor.
Se o aquecimento persistir trata-se de obstrução da saída de graxa, cujo excesso deverá
ser removido.
b) viscosidade excessiva
este defeito é mais pronunciado em velocidades maiores, se for usado óleo grosso
demais. Deve ser verificado a especificação e medida a viscosidade, e, caso necessário,
usar um lubrificante mais fino.
c) lubrificante insuficiente
ocorre ou por falta de lubrificante, por nível baixo demais, ou obstrução da passagem
de óleo ou ainda por viscosidade baixa demais.
3- rolamento inadequado
o rolamento especificado para a máquina considera uma certa rotação e carga.
Se, por alguma razão, as mesmas forem aumentadas e for notado superaquecimento
dos rolamentos, deverá ser feito um reestudo da capacidade de carga, o rolamento deve
ser substituído. Ás vexes, a simples substituição por um rolamento com folgas maiores
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 45
resolve o problema. Em outros casos pode ser necessário aplicar um rolamento com
maior capacidade de carga ou gaiola especial.
Ruídos e vibrações
Chiado leve
Aparece quando o rolamento trabalha a seco e, geralmente, é acompanhado de
superaquecimento, seguido de engripamento ou descascamento e inutilização prematura
do rolamento.
Som metálico
É uma indicação de precarga excessiva ou falta de folga no sentido axial, com aperto
lateral excessivo, ou de falta de folga no sentido radial, quando existir uma interferência
excessiva no alojamento. Isso pode ocorrer, também, em rolamento de furo cônico, que
tenha sido encaixado com profundidade demasiada.
Batidas uniformes
Podem surgir no caso de brinelamento durante a montagem ou falso brinelamento durante
o transporte ou vibrações da máquina.
Ruído
Cuja intensidade varia de modo regular em cada volta, pode ser provocado por
machucaduras ou sulcos feitos nos rolamentos durante uma montagem deficiente,
acompanhada de batidas.
Ruído
Que aparece e desaparece, pode ser provocado por falha numa das esferas, quando esta
entrar em contato com a pista.
Vibração
Pode ser causada por soltura de algum elemento do conjunto ou por desgaste excessivo;
neste último caso, o rolamento deve ser substituído, antes de provocar dano maior nas
engrenagens ou outros elementos do mecanismo.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 46
Manutenção de rolamentos
- armazenamento
a) devem ser conservados em sua embalagem original;
b) devem ser cobertos com graxa protetora;
c) devem ser embrulhados em papel parafinado;
d) sua embalagem não deve ser danificada;
e) o ambiente deve ser seco, isento de pó;
f) não deve haver variações de temperatura;
g) não deve ser frio demais. Para evitar condensação de umidade
h) os rolamentos não devem ser postos no chão.
- uso
Durante o uso da máquina provida de rolamentos, deve-se tomar cuidado em manter o
lubrificante livre de contaminação, diluição, impurezas e partículas estranhas.
Deve-se observar religiosamente os períodos de lubrificação.
Um rolamento esquecido sem relubrificação por um período apenas, irá apresentar
desgaste excessivo nos próximos dias.
Deve-se operar a máquina sem provocar vibrações e choques. Estes, transmitidos ao
rolamento, podem dar como resultado trincas da esfera, do anel ou depressões,
inutilizando o rolamento.
Quando se conserta uma máquina por solda, deve-se assegurar que não haja passagem de
corrente entre as pistas e roletes ou esferas, pois essa poderá solda-los ou deixar marca da
queimadura localizada.
ENGRENAGENS
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 47
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 48
Transmissões planetárias
A engrenagem sol é a acionadora e a engrenagem
anelar é mantida parada.
Neste caso, as engrenagens planetárias andam em
volta da engrenagem anelar.
O porta-satélites gira na direção da engrenagem sol,
porém mais devagar; o torque está aumentando.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 49
INSTALAÇÃO DE ENGRENAGENS
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 50
É um defeito de usinagem. O perfil do dente é arredondado demais, mas, o coroamento
está certo. Existe um pequeno erro no ângulo da espiral.
Desgaste
- desgaste adesivo
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 51
Resulta em entalhamento da superfície, mais pronunciado nos dentes feitos em aços mais
moles e menos pronunciado em aços temperados.
Desgaste semelhante é notado, ainda em dentes amolecidos por superaquecimento.
Ocorre quando um contato impróprio concentra a carga total no ponto de ligação do flanco
impulsor com a ponta impulsionada, ou no ponto de desligamento do flanco impulsionado
da ponta impulsora. Pode variar desde uma leve linha de desgaste ou “pitting”, sem outras
conseqüências além de ruído, até um dano considerável, onde o flanco é goivado e a ponta
correspondente laminada, com a falha total resultante. Não pode ser corrigido apenas com
modificação de óleo.
- desgaste abrasivo
-desgaste corrosivo
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 52
Por traços de ferrugem. Resulta, por exemplo da aplicação de aditivos de extrema pressão.
O atrito pode remover todas as evidências da corrosão, mas o desgaste será excessivo.
- descamação
É a remoção de pequenos flocos da superfície dos dentes, podendo ser causada nas
engrenagens feitas de materiais moles, pela ação de rolar e deslizar, e nos temperados, por
interferência.
A perda de espessura é quase imperceptível dando, inicialmente, apenas uma aparência
fosca ao dente. No óleo lubrificante, podem ser notados flocos brilhantes.
Em estágio mais avançado, a superfície parece ter sido atacada por ácido.
É caracterizado por perda de metal, abaixo e acima da linha de passo, sem presença de
abrasivos no óleo. Ocorre, geralmente, em velocidades menores e cargas muito altas, não
se notando “pitting”. O material é removido por descamação.
-fadiga superficial
É caracterizada no estágio inicial pelo aparecimento de cavidades características “pitting”
na superfície dos dentes transformando-se em craterização, descascamento, e destruição
total do perfil.
-“pitting” inicial
-“pitting” destrutivo
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 53
É uma forma de “pitting” que não pára, mas aumenta as áreas craterizadas, até que, ligadas
entre si, destroem o perfil. As depressões funcionam como “intensificadores das tensões”,
dando origem a quebra por fadiga e enfraquecem o dente, provocando quebra por falta de
resistência. Note-se que os pinhões são mais afetados do que as coroas por sofrerem mais
ciclos de trabalho. É indicação de que o dente é subdimensionado.
-lascamento
-escoamento plástico
É o deslocamento do material sob carga, que provoca a deformação do perfil, sendo mais
pronunciado nos dentes feitos em materiais dúcteis.
É uma forma particular de secoamento plástico, encontrado nos sem fins e pinhões
hipóides, caracterizado pelo aparecimento de linhas diagonais próximas umas das outras,
ou “rabo de peixe” na direção do deslizamento. Resulta de cargas excessivas, provocadas
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 54
por desalinhamento, folga excessiva ou lubrificante que não resista à pressão. Leva à
destruição total.
-” ondulação “rippling
É caracterizada, na maioria dos casos, pelo aparecimento, nos pinhões hipóides, de sulcos
rasos em forma de escama de peixe ou ondas do mar, na direção perpendicular ao sentido
de deslizamento. É provocada pelo emperramento momentâneo e deslizamento
conseqüente, provocado por vibrações, excesso de carga ou lubrificação deficiente. Trata-
se de cisalhamento do material. Não apresentará maiores problemas se não for
progressivo.
-esmagamento “crush”
É uma falha da superfície causada por núcleo mole demais associado a camada endurecida
fina demais. Caracteriza-se por trincas rasas no sentido longitudinal do dente, com bordas
ligeiramente levantadas e uma pequena depressão na superfície entre as trincas.
-recalcamento “peening”
É uma deformação resultante de impactos causados por carga desigual ou choques.
Provoca áreas achatadas em intervalos desiguais.
É caracterizada por deformação do perfil com saliências nas arestas, mais altas de um lado
do que do outro, pelo arredondamento das arestas, ou pelas depressões no flanco da
engrenagem impulsora e uma lombada do passo de engrenagem impulsionada. É causada
pelo impacto, devido à ação imprópria do dente, ou de rolar e deslizar sob carga pesada.
-quebra “breakage”
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 55
A fratura total ou parcial, ou ainda fragmentação da engrenagem inteira ocorre pelas
mesmas razões da quebra de outros elementos, mas possui alguns pontos particulares, que
convém salientar.
Nas engrenagens, a q.p.f. começa com uma trinca do lado da carga, num ponto de
concentração de tensões perto da base do dente, e termina com quebra total no sentido
horizontal ou diagonal para cima. O desalinhamento na montagem ou em serviço pode
agravar a tendência à trinca.
Não mostra sinais de progresso da trinca. Pode resultar de uma sobrecarga estática, do
choque ou enfraquecimento do dente . Do lado da compressão do dente existe uma
lombada, cuja altura diminui de acordo com o tempo que leva para quebrar-se. A
sobrecarga pode ser causada por penetração de um corpo estranho entre os dentes, pelo
encunhamento “jam” ou desalinhamento devido ao desgaste ou folga excessiva dos
mancais, ou por perda de precarga nos rolamentos.
Efeitos em serviço
-vibração
Pode ser por falta de balanceamento dinâmico nas engrenagens de alta rotação, desde o
início de seu funcionamento ou após desgaste desigual das próprias engrenagens, ou
empenamento de seus eixos.
Pode resultar de erros de fabricação no perfil dos dentes, ovalização ou excentricidade, ou
de perda do perfil em serviço, pelas razões expostas ou, ainda empenamento de dentes.
Pode ser transmitida diretamente ou por ressonância dos outros elementos da máquina a
ela ligados. Pode ser causada pelo mau alinhamento dos eixos de acoplamentos, mau
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 56
nivelamento ou fundação defeituosa. Aparece, ainda, por sobrecarga com torção dos eixos
das engrenagens e perda de ajuste dos mancais. No caso de motores e veículos, deve-se
considerar ainda excesso de velocidade ou falta de amortecedor “damper”.
-superaquecimento
Além de ser causado por sobrecarga, excesso de velocidade, ou defeito de refrigeração ou
de lubrificação, pode resultar ainda do freio hidráulico, se a circulação de óleo for
dificultada. Neste último caso, notar-se à uma perda de potência. Pode resultar ainda do
desalinhamento, de falta de folga entre dentes, por serem os diâmetros das engrenagens
grandes demais ou por serem os furos do alojamento dos eixos na carcaça próximos
demais.
-ruídos
b) tinido “knocking”
aparece com uma mossa (saliência) no dente, causada por alguma batida ou pela
passagem de um
corpo duro entre os dentes.
d) matraqueamento “ratting”
aparece no caso de folga excessiva entre dentes em vista de afastamento excessivo dos
eixos ou em caso de desalinhamento. Aparece também, no caso de falta de esquadro
entre sem-fim e coroa.
e) chiado “squeal”
aparece em caixas de engrenagens, quando a expansão térmica dos eixos elimina as
folgas os mancais ou nos encostos.
f) baque “thudding”
aparece com o estrago dos rolamentos e com o descascamento nas coroas e cremalheiras.
g) choramingo “whine”
aparece em engrenagens com “pitting” e com perda do perfil.
h) limalha no óleo
se aparecer em pequena quantidade, durante as primeiras 50 horas de serviço, trata-se,
provavelmente, de amaciamento.
se houver algum dano, daqueles indicados, a limalha continuará aparecendo. Uma
engrenagem nova, no meio das usadas, ou emprego de material inadequado pode
causar, também, limalha no óleo.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 57
i) escapamento de engrenagens de caixa de câmbio
esse defeito pode ser causado por deficiência de diversos componentes da caixa de
câmbio, como, por exemplo, alavancas ou molas. Pode, também, ser causado pelos
danos descritos baixo:
1-engrenagens com folga excessiva sobre eixos; requer substituição ou recuperação
do eixo ou das engrenagens.
2-dentes de engrenagens excessivamente gastos. Neste caso, a substituição é
inevitável.
3-excesso de folga longitudinal, que pode ser resolvida com aplicação de arruela de
material condizente com as solicitações sobre o mecanismo, ou com substituição das
partes folgadas.
4-as engrenagens da caixa de câmbio não se movem. Neste caso, além dos danos
dos outros elementos, como embreagens, alavancas etc., podem ocorrer:
-engripamento ou acúmulo de sujeira nos entalhes dos eixos.
-rebitamento da face dos dentes. O defeito pode ser corrigido, removendo-se as
rebarbas.
MANUTENÇÃO
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 58
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 59
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 60
4 - CONFIABILIDADE E MANUTENIBILIDADE
Veremos o auxílio que a Confiabilidade pode trazer para a tomada de decisões do pessoal
de manutenção.
Com a evolução da tecnologia, principalmente após a evolução do programa espacial
norte-americano, a filosofia da manutenção passou a aumentar a disponibilidade através da
utilização de técnicas Preditivas.
À medida que a complexidade dos equipamentos e dos sistemas industriais passou a
crescer extraordinariamente com a evolução da eletrônica, as técnicas de manutenção
baseadas no tempo passaram a não responder às necessidades dos novos projetos.
Para citar um exemplo, durante o projeto dos primeiros aviões do tipo jumbo 747 da
Boeing, os planos de manutenção baseados no tempo (horas de vôo) não poderiam ser
aplicados na prática para este equipamento, que possuía mais de 4 milhões e meio de
componentes, e por serem extremamente caros.
Por outro lado, os custos envolvidos na operação destas aeronaves e os riscos de acidentes
com equipamentos que transportavam mais de 300 pessoas demandavam práticas de
manutenção baseadas em conceitos que não afetassem a segurança.
Nesta época também cresceu a conscientização sobre a necessidade de preservação da
saúde das pessoas e da natureza.
Nasce, então, a geração da Manutenção Baseada na Condição, que se originou pelo
desenvolvimento de técnicas Preditivas efetivas de acompanhamento das condições dos
equipamentos, bem como pela disseminação dos conhecimentos da confiabilidade na
manutenção.
A Confiabilidade passa a ser a disciplina-chave.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 61
Podemos definir a Confiabilidade como sendo a confiança (probabilidade) de que um
componente, equipamento ou sistema desempenhe a sua função básica, durante um tempo
preestabelecido, sob condições padronizadas de operação.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 62
- envelhecimento
- desgaste/abrasão
- degradação de resistência
Período de desgaste - fadiga
- corrosão
- deterioração mecânica, elétrica, química ou hidráulica
- manutenção insuficiente ou deficiente
- vida de projeto muito curta
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 63
A manutenção não aumenta a confiabilidade dos equipamentos e sistemas;
ela só mantém a confiabilidade de projeto
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 64
Paradoxo da confiabilidade
Para aumentar a confiabilidade evite
A intervenção humana desnecessária
As sete maiores causas de paradas de motores de aviões Boeing em vôo (Reason, 1997)
# instalação incompleta 33%
# danos na instalação 14,5%
# instalação imprópria 11%
# componente não instalado ou faltando 11,5%
# danos por objetos externos 6,5%
# falha no diagnóstico de problemas, inspeção ou teste 6%
# componente não ativado 4%
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 65
Na indústria de capital intensivo
antes de reduzir custos é preciso manter
altos fatores de disponibilidade
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 66
Praticar reparos permanentes
e eliminar os problemas crônico
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 67
A ênfase da manutenção deve ser na análise
de causas das falhas e não em somente reparar
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 68
A Manutenção deve focalizar a Disponibilidade
É expressa pelo percentual de tempo em que o sistema estava pronto para operar, para
componentes que operam continuamente.
CONFIABILIDADE
1- CONFIABILIDADE
Suponhamos que um determinado componente (ou todo um conjunto de componentes instalados
em um sistema) seja submetido a algum tipo de solicitação ou esforço e que , em função dessa
solicitação , qualquer um desses componentes possa falhar ( a falha sendo definida de alguma forma
).
Se esse sistema , sujeito à solicitação , for observado desde um instante inicial ( t
= 0 ) até falhar , a duração até falhar , ou duração de vida T , pode ser considerada uma
variável aleatória contínua .
De acordo com esse conceito a confiabilidade ( “ reliability “ ) pode ser conceituada como
característica de um dispositivo expressa pela probabilidade que esse dispositivo tem de cumprir
uma função requerida em condições de utilização e por um período de tempo determinado
AFNOR X 06-501 - França
característica de um item eventualmente expressa pela probabilidade de que ela preencherá uma
função dada sob condições definidas e por um período de tempo definido
ABNT - Brasil
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 69
A confiabilidade
onde T é a duração
de um
da componente
vida do componente
( ou sistema
, sendo
) no Rinstante
a função
t é de
definida
confiabilidade
como .
R(t) = P(T>t)
R t t f s ds
R t 1 P (T t ) 1 F (t )
Para quantificar a confiabilidade são conceituados dois parâmetros :
A taxa de falhas é a frequencia com que as falhas ocorrem , em um dado intervalo de tempo , sendo
medida pelo número de falhas em cada unidade de tempo de operação .
f (t) f (t)
( t ) com
1 F( t ) R (t)
1
TMEF MTBF
Suponhamos que a vida útil de um equipamento seja descrita por uma distribuição normal
N ( 500 , 100 2 ) . Como será possível determinar :
a probabilidade de que uma novo equipamento desse tipo possa sobreviver pelo
menos 600 horas ?
a probabilidade de que um equipamento desse tipo que tenha funcionado por
500 horas continue funcionando por , pelo menos , mais 100 horas ?
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 70
primeira questão
T 500 600 500
P ( T 600 ) P ( 100 100 ) P ( Z 1 )
1 0,8413 0 ,1587
segunda questão
A P ( A B )
P B P ( B)
e definida como
f (t ) f (t )
h (t ) R (t ) 1 F (t )
A função de risco típica é representada pela “ curva da banheira “ , que embora seja uma
idealização pois os equipamentos reais não se comportam da forma descrita , mas é extremamente
útil como um modelo geral para fácil compreensão da realidade .
h(t)
C
A B
Região A (mortalidade infantil )
alta taxa de falhas
t1 taxa de falhas decrescentes tempo
t2
Região B
região de falhas ao acaso
taxa de falhas constante
Região C ( velhice )
taxa de falhas elevadas
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 71
taxa de falhas crescente
Alem das funções que descrevem a lei de falha é conveniente conceituar o tempo médio
de vida , vida média ou tempo médio até a ocorrência da falha ( MTTF = “ mean time to failure “
)
M T T F E ( T ) 0 t f ( t ) dt
t
2E T 2 E T 2 2
Pode-se demonstrar que
0 R ( t ) dt
2 - LEI DE FALHAS
1 t
3
1
f (t ) e 2 com T 0
2
2
R(t ) P (T t ) 1 P ( T t )
= média = desvio padrão 2 = variância
A variável Z
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 72
x
Z
cuja funç ão de distribuição é
1 z2
z
F(Z) e 2 dz
2
é uma variável aleatória com distribuição normal ( com média zero e variância unitária ), sendo
denominada normal padronizada ou reduzida .
P ( 0 z z0 ) = F ( z0 ) - F ( 0 ) = F ( z 0 ) - 0,5
EXEMPLOS :
a ) O tempo de fechamento de um determinado tipo de válvula , que funciona normalmente aberta ,
tem distribuição normal com média de 100 milisegundos e variância de 100 ms 2 . Tempos de
fechamento menores do que 80 ou maiores do que 120 são considerados como operação deficiente .
Qual a confiabilidade do sistema ( probabilidade de que a operação não seja deficiente ) ?
80 100
z 1 10
2 P( z
120 100
z 2 2 P( z
10
P( z 1 z z 2
) 0,9772
A confiabilidade do sistema é de 95 , 44 % .
===========================================================
b ) Certos filamentos de lâmpadas apresentam tempos transcorridos até a falha distribuídos
normalmente com média de 120 semanas e desvio padrão de 20 semanas . Que porcentagem dessas
lâmpadas apresentarão vida estimada de :
a)
z = ( 150 - 120 ) / 20 = 30 / 20 = 1,5
Portanto para tempo médio de vida maior do que 150 a probabilidade será de 6,68 %
A probabilidade de que o tempo de vida esteja entre 70 e 150 semanas é dado por
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 73
2.2- lei de falhas exponencial
Uma das mais importantes leis de falhas é aquela cuja duração até falhar é descrita pela
distribuição exponencial .
A experiência com uma ampla variedade de equipamentos e componentes mostra que , em
condições normais de operação e ao longo de sua vida útil , não ocorre o que se pode classificar como “
velhice “ , ou seja , não se atinge um ponto de falha por desgaste em uma época definida . A probabilidade
de falha é constante e independente do tempo de funcionamento e portanto , a peça se comporta sempre
como nova .
A função de densidade de probabilidade associada à variável aleatória contínua T ( duração
da vida até falhar ) é
t
f (t ) e t 0
Então
R ( t ) 1 F( t ) e t
f (t)
h( t )
R( t )
Sendo T ( duração até a falha ) uma variável aleatória contínua , que toma somente valores não-
negativos , sua distribuição será exponencial se e somente se a taxa de falhas for constante
1
TMEF =
F( t ) P (T t ) 1 e
t
R (t ) e
A hipótese de taxa de falhas constante significa que depois que o componente estiver em
uso , sua probabilidade de falhar independe do tempo de operação . Isto significa que não existe a
falha por desgaste e que o sistema não tem memória em relação ao tempo transcorrido . Em outras
palavras , se o componente estiver funcionando ele deve ser considerado “ tão bom quanto novo “
, qualquer que seja o instante considerado .
No caso da distribuição exponencial o tempo de operação ( tempo decorrido a partir de
um dado instante arbitrariamente fixado ) eqüivale a idade de operação dado que se a peça não
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 74
falhou ela deve ser considerada tão boa como nova e seu comportamento em relação às falhas ,
durante qualquer período particular , depende apenas da extensão do intervalo e não de seu passado .
2 . 3 - Determinação do MTBF
O tempo médio entre falhas pode ser estimado através de ensaios , com ou sem
reposição , com duração ou número de falhas predeterminados .
N unidades são colocadas em teste e assim que uma falhar haverá substituição ( exceto a
última ) por outra com as mesmas características de vida . Quando a r esima unidade falhar anota-se o
tempo total do teste ( Td )
MTBF = TMEF = ( N x Td ) / r
Nt= N +r-1
Exemplo : 10 unidades , no período de vida útil , foram colocadas em teste , que terminou quando
se atingiu a sexta falha , após 1000 horas de teste .Qual o TMEF e quantas unidades foram
testadas ?
N unidades são colocadas em teste sendo que cada unidade , após falhar , é substituída
por outra idêntica e o teste termina após Td horas , anotando-se o número de unidades que
falharam .
TMEF = ( N x Td ) / r
Nt = N+r
Exemplo : 8 unidades , no período de vida útil , foram testadas durante 500 horas com a
ocorrência de 6 falhas . Determinar o TMEF e o número de unidades testadas .
N unidades são testadas e aquelas que falharem não são substituídas e quando se atinge o
número preestabelecido de falhas anota-se o tempo total de teste .
Ta = Ti + ( N - r ) Td
onde Ti é o tempo entre falhas de cada unidade que falhou e T d é o tempo total de teste .
TMEF = Ta / r
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 75
Exemplo : 4 unidades no período de vida útil foram colocadas em teste sendo que a primeira
falhou após 300 horas e a segunda após 500 horas quando foi encerrado o teste .
N unidades são testadas e as que falharem não são repostas e o teste se encerra após T d
horas .
Ta =( Ti ) + ( N - r ) x Td
TMEF = Ta / r
Exemplo : 6 unidades , no período de vida útil , foram colocadas em teste durante 800 horas .
Ocorreram 4 falhas com os tempos de 100 , 150 , 250 e 400 horas .Qual o valor do TMEF ?
e t ( t )
n
P ( X t n , t ) n!
Por hipótese , haverá ocorrência de falha se e somente se pelo menos uma perturbação
ocorrer .
Seja T a duração até a falha e suponhamos que T é uma variável aleatória contínua .
F ( t ) = 1 - P ( X t = 0 ) = 1 - e -t
=
======================================================
2.4 - Distribuição de Weibull
É uma distribuição particularmente útil pois através de uma única função de densidade de
probabilidade pode-se representar o tempo decorrido até a a falha qualquer que seja o mecanismo
da falha ( falhas típicas de partida , puramente aleatórias ou por desgaste ) .
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 76
È usada para analisar dados de campo ou de ensaios com o objetivo de avaliar o modo de falha
exibido por um componente ou equipamento . Pode determinar a fase de falhas prematuras ( mortalidade
infantil ) , a fase de falhas casuais ou aleatórias ( taxa de falhas constante ) e a fase de falhas por desgaste .
Essas informações podem ser usada para determinar a melhor política de manutenção e para a análise da
confiabilidade .
1 t to
tto
f (t ) e
t t0
F t 1 e
R ( t = ) = e - 1 = 0 , 368
EXEMPLOS :
1 ) O tempo até a falha de um subconjunto eletrônico usado em um sistema pode ser descrito , de
forma satisfatória , por uma distribuição de Weibull com = 0,5 e = 1000 . Determinar :
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 77
1 F ( 4000 ) e 4 e 2 0 ,1353
0,5
A distribuição de Weibull representa um modelo adequado para a lei de falhas sempre que
o sistema for composto de vários componentes e a falha for essencialmente devida à “ mais grave “
imperfeição ou irregularidade dentre um grande número de imperfeições do sistema .
A estimação dos parâmetros e é bastante difícil , sendo obtida por métodos gráficos
ou por técnicas numéricas sofisticadas .
================================================
3 - CONFIABILIDADE DE SISTEMAS
Essa análise pode ser bastante complexa e nosso estudo será restrito a duas situações :
sistemas em série
sistemas em paralelo
C1 C2 Cn
n
R t R i t
i 1
EXEMPLOS :
1) Demonstrar que se dois componentes , que funcionem de maneira independente e tenham leis de
falhas exponenciais com parâmetros 1 e 2 e forem montados em série , alei de falhas do
sistema resultante será exponencial com parâmetro ( 1 + 2)
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 78
R 1( t ) e 1 t
R 2 ( t ) e 2 t
R ( t ) R 1( t ) x R 2 ( t ) e ( 1 2 ) t
==============================
2) Colocando-se 6 componentes independentes e idênticos em série , qual deve ser a confiabilidade
de cada um dos componentes para que a confiabilidade do sistema seja , no mínimo , 95 % ?
0 , 95 R 6a
1
R a 0 , 95 6 0 , 9915
=========================================
C1
Cn
R ( t ) = 1 - [ 1 - R 1 ( t ) ] [ 1 - R 2 ( t ) ] ........ [ 1 - R n ( t ) ]
a) confiabilidade do sistema
R ( t ) 1 1 e 1 t 1 e 2 t
1 1 e 1 t e 2 t e 1 2 t
e 1t e 2 t e 1 2 t
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 79
b ) função de densidade de probabilidade
d
f (t ) R(t )
dt
f ( t ) 1 e 1 t 2 e 2 t ( 1 2 ) e ( 1 2) t
A expressão mostra que a distribuição de falhas do sistema não é exponencial .
c) TMOF
1 1 1
T MOF
1 2 1 2
4- REDUNDÂNCIA
Vamos considerar
E1
o elemento primário funciona durante o intervalo [ 0 , z ] e falha
em dz
E2
o elemento reserva funciona durante o intervalo [ t - z , z ] e falha
em dt
P ( E 1 ) = f 1 ( z ) dz
P ( E 2 ) = f 2 ( t - z ) dt
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 80
f s ( t ) zt 0 f 1 ( z ) f 2 ( t z ) dz
1 1
T MOF 1 2
Como a confiabilidade é simétrica não importa qual o elemento usado como primário ou
como reserva .
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 81
CUSTOS
CUSTOS DIRETOS
Necessários par manter os equipamentos em operação
Manutenção preditiva
Manutenção detectiva Custos de reparos ou revisões
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 82
Manutenção corretiva
Grandes serviços de reformas/modernização, comumente designados como revamps
CUSTOS INDIRETOS
Estrutura gerencial , apoio administrativo, análises e estudos de melhoria, engenharia de
manutenção, supervisão, aquisição de equipamentos, ferramentas, instrumentos da
manutenção.
Fazem parte também, os custos de amortização, depreciação, iluminação elétrica etc.
Os componentes do custo direto de manutenção são os seguintes:
Custos de mão-de-obra direta – para uma dada função é:
mão-de-obra própria- número de horas alocadas ao serviço x salário médio mensal,
incluindo encargos sociais.
Custo de materiais:
Custo de sobressalentes – custo da peça aplicada que pode ser dado pela nota fiscal, se
a compra for para aplicação imediata, ou pelo valor corrigido, se a peça foi retirada do
estoque e já tenha sido comprada há mais tempo.
Custo de materiais de consumo – óleo, graxa, produtos químicos, lixa e similares. Em
algumas empresas, esses custos são considerados indiretos e rateados por todos os
equipamentos que tiveram manutenção num determinado período.
Custo de serviços de terceiros:
Serviços executados externamente – são aqueles relativos a serviços executados por
terceiros, como balanceamento, aplicação de revestimentos como cromo-duro, stellite e
outros, usinagens especiais, testes específicos, etc. O custo é dado pelo valor da nota
fiscal, que inclui impostos e taxas.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 83
Serviços executados internamente – são aqueles feitos na própria instalação da
Contratante.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 84
Podemos observar no gráfico que:
a) o custo total mínimo pode ser obtido com alta taxa de disponibilidade – algo em
torno de 97%;
b) os custos de manutenção crescem de modo inverso aos custos de parada de produção,
desde que se espera que esse aumento de custos com a manutenção se traduza em redução
de paradas de emergência. No limite máximo – manutenção em excesso – podemos
imaginar uma manutenção que em intervalos muito pequenos de tempo esteja intervindo
no equipamento e substituindo componentes desnecessariamente. No outro extremo, a
falta de manutenção provocará paradas cada vez mais longas, traduzidas por intervalos
cada vez maiores de perda de produção.
Desse modo, pode-se estabelecer um nível ótimo de intervenção que varia para cada tipo
de instalação ou equipamento.
O gráfico 4.5 ao mesmo tempo em que alerta para o aspecto da intervenção, nos alerta
para uma modificação entre essas duas opções de intervir mais ou menos: a de intervir na
hora necessária. Isso é possível com a adoção da manutenção preditiva que foi tratada
anteriormente, e favorece sensívelmente o aumento da disponibilidade da instalação sem
aumento nos custos diretos de manutenção.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 85
Subordinação
Em empresas pequenas, a função técnica fica reunida, estando nela incluídas manutenção,
engenharia, inspeção e serviços gerais.
Forma de atuação
No período de 10 anos:
43% da manutenção são centralizados;
21% descentralizados;
37% mistos.
a supervisão dos serviços costuma ser mais difícil, pela necessidade de deslocamentos a
várias frentes de serviço, por vezes distantes uma das outras.
o desenvolvimento de especialistas que entendam os equipamentos com a profundidade
necessária demanda mais tempo do que na descentralizada.
maiores custos com facilidades como transporte em plantas que ocupam maiores áreas.
menor cooperação entre operação e manutenção. Na manutenção descentralizada o
espírito de equipe pela convivência diária das mesmas pessoas favorece o espírito de
cooperação.
favorece a aplicação da polivalência.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 87
Tabela 4.1 Forma de Atuação da Manutenção – Brasil - 1997
ESTRUTURAS DE MANUTENÇÃO
A estrutura da manutenção nas empresas tem aspectos distintos em função das atividades
que lhe são pertinentes. Se tomamos como exemplo uma fábrica de cimento, teremos:
manutenção mecânica – mecânica, calderaria, soldagem e lubrificação – equipamentos
rotativos e estacionários, incluindo equipamentos de mineração e correias.
manutenção de caminhões.
manutenção elétrica.
manutenção da instrumentação / automação.
manutenção complementar – pintura, limpeza, refratários, montagem de andaimes,
isolamento.
planejamento da manutenção – inclui dia-a-dia e planejamento de paradas.
Entretanto, também podem fazer parte da manutenção:
inspeção de equipamentos.
suprimentos – inclui administração do almoxarifado, previsão e compra de material.
ferramentaria.
segurança no trabalho.
engenharia de manutenção – inclui pequenos projetos, condução de obras mais simples,
estudos e análises, manutenção preditiva (que pode ficar também alocada às
especialidades).
contratação – elaboração de contratos, fiscalização, apropriação.
manutenção de prédios e pátios.
Dados da ABRAMAN, para 1997, indicam que:
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 88
a administração / operação de almoxarifado faz parte da manutenção em 74% das
empresas;
em 67% delas, a Segurança no Trabalho é função da Manutenção.
A estruturação organizacional da manutenção pode apresentar-se de três formas:
Contrariamente à estrutura em linha que apresenta uma única linha hierárquica, a estrutura
matricial apresenta duas linhas de autoridade: uma vertical – funcional que, normalmente,
define o que e quando fazer e outra horizontal – técnica que define o como e com quem
executar a intervenção. Ou seja , o grupamento de mecânica que fica alocado à Unidade X
está hierárquicamente subordinado à gerência da Unidade e tecnicamente ao gerente da
Manutenção Mecânica.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 89
Enquanto a estrutura matricial privilegia a formação de um grupamento preocupado com o
funcionamento daquela Unidade, gerando um grau maior de cooperação entre a operação e
a manutenção pode apresentar as seguintes distorções:
descentralização dos arquivos da manutenção.
resistência do pessoal de manutenção em adaptar-se à dupla gestão.
maior inércia na ajuda mútua entre grupos de unidades diferentes, provocando uma
forte tendência de aumento do efetivo global da planta.
os grupos de estudo e preditiva devem ser centralizados e subordinados à manutenção,
prestando serviço para todas as unidades, Isso permite um melhor planejamento e
cumprimento de programação das medições e análises, além de maximizar a utilização dos
instrumentos.
A estruturação de times de manutenção pode ter várias versões, função das características
da indústria, tamanho, etc. No entanto, para plantas de portes médio e grande, uma solução
que vem apresentando bons resultados é a que congrega um grupo responsável por uma
área ou unidade, composto por supervisores das especialidades da manutenção, inspeção,
segurança e operador da unidade. Esse grupo faz a programação dos serviços, a análise e
facilitação, supervisiona os serviços e garante o registro e alimentação do sistema
informatizado. Sua vinculação técnico-funcional é com a manutenção, mas seu local de
trabalho é na área, dentro da unidade.
De um modo geral, o que se verifica, hoje em dia, é uma busca por estruturas
organizacionais cada vez mais leves. Isso significa:
eliminar níveis de chefia e supervisão;
adotar polivalência tanto na área de manutenção como na de operação;
contratação de serviços por parceria;
fusão de especialidades como, por exemplo, eletricidade e instrumentação.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 90
SISTEMAS DE CONTROLE DA MANUTENÇÃO
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 91
Estrutura do Sistema de Controle
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 92
Normalmente, as Solicitações de Serviços podem ser oriundas da área operacional – de
produção, da inspeção de equipamento e da própria manutenção.
Antes da inclusão da solicitação no sistema, deve haver uma sistemática de verticalização
que, dentre outras coisas, deve questionar:
a solicitação é procedente? – Verificação pela manutenção.
qual a sua prioridade? – Negociação com a produção ou outro solicitante.
o serviço se enquadra na manutenção do dia-a-dia ou é serviço de parada ou ainda
serviço especial?
o serviço é atividade de manutenção?
É importante que o planejamento atue “filtrando” os serviços solicitados, e somente
programe aqueles que se justificam.
Uma vez resolvido esse aspecto, a solicitação de serviço é incluída no sistema, e:
* recebe um número;
* sua prioridade, já definida, é registrada;
* o serviço é detalhado (programação-padrão ou desenvolvida em conjunto com a
especializada);
* é registrado o centro de custo (contábil);
* recebe um código para fazer ligação com equipamento ou posto de serviço, objetivando
alimentar o histórico de equipamento e fornecer dados para análise de falha.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 93
O exemplo mostra um serviço relativamente simples. À medida que os serviços vão
ficando mais complexos aumenta a necessidade de maior detalhamento, também
conhecido por microdetalhamento.
b.2) microdetalhamento
No microdetalhamento são incluídas ferramentas, máquinas de elevação de carga e
máquinas operatrizes, que podem se constituir em gargalos ou caminhos críticos na cadeia
da programação. Para que isso seja possível, deve-se cadastrar, no módulo correspondente
do sistema software, as máquinas, equipamentos, ferramentas e dispositivos. Por exemplo:
Supondo que temos somente uma mandriladora na oficina central da manutenção, que
além de atender aos serviços do dia-a-dia atenderá também aos serviços de parada de uma
determinada unidade, será necessário identificar os serviços que necessitarão dessa
máquina, cadastrá-la no sistema e definir as prioridades para que o sistema programe
adequadamente e as coisas aconteçam de forma ordenada.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 94
c) Programação dos serviços
A programação dos serviços é a etapa que define quais são os serviços no dia seguinte,
função das prioridades já definidas, data de recebimento da solicitação de serviços,
recursos disponíveis (mão-de-obra, material, máquinas) e liberação pela produção.
A programação dos serviços segue algumas regras já consagradas pelo uso, que são
utilizadas tanto na programação feita manualmente como nos softwares:
f) gerenciamento de equipamentos
Consiste em fornecer informações relevantes para o histórico dos equipamentos. Como
mencionado no item a, o código incluído no sistema faz a ligação com o histórico do
equipamento, permitindo a inserção desses dados.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 95
Do ponto de vista do planejamento, o detalhamento deve ser arquivado para utilização
numa próxima programação. Do ponto de vista da especializada,dados relativos ao serviço
e dados para análise da falha devem ser registrados.
j) administração de estoques
Em virtude da interface manutenção suprimento, os softwares disponíveis no mercado
incorporam um módulo de gestão de estoques. Entretanto, como via de regra a
informatização da área de suprimentos das empresas se deu antes da informatização da
manutenção, existe uma tendência de cada qual permanecer com o seu software e o
desenvolvimento de interface, de modo que um sistema “converse” com o outro.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 96
A informação de estoque, o acompanhamento de compra e o recebimento de materiais
são fundamentais para que o planejamento administre bem a carteira de serviços.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 97
Avaliação de Sistemas Mecanizados
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 98
Possibilidade de especificar data desejada para início e/ou término de
serviço/etapa.
Facilidades para orçamentação de serviço.
Esquema de atribuição de responsabilidades.
Recursos adicionais que enriqueçam o planejamento de serviços.
Capacidade de planejar subprojetos work breakdown structure.
e) parâmetros de controle
* recursos de mã-de-obra-controle de pessoal, disponibilidade, função.
* metodologia de controle da disponibilidade de materiais, ferramentas e máquinas.
* tabelas (funções, setores, honorários de trabalho, prioridades, etc.).
*distribuição de serviços/recursos por área geográfica/especialidade.
f) programação de serviços
* critérios de definição dos serviços a serem executados no dia (programação
manual/mecanizada, distribuição de serviços ao longo do dia, critérios de alocação de
recursos humanos/materiais).
* relatórios/telas dos serviços programados para um dado dia.
g) controle da execução dos serviços
* tipos de impedimentos, ou bloqueios, de serviços ou etapas.
* metodologia de gerenciamento de impedimentos.
* facilidades de apropriação dos serviços, registro de ocorrências e de informações para
histórico de manutenção e custos.
* indicadores/índices relativos ao andamento/conclusão dos serviços e custos.
* sistemática para replanejamento de serviços.
* indicadores relativos a histórico de manutenção.
* indicadores relativos à confiabilidade de equipamentos.
* facilidades de consulta.
* relatórios disponíveis.
h) gerência de equipamentos
* tabelas existentes para:
- definir classes de equipamentos;
- indicar intercambiabilidade de peça;
- codificar sintomas, causas de falhas, defeitos, soluções adotadas.
* metodologia para definição de características técnicas de equipamentos.
* metodologia de registro de histórico de manutenção.
* metodologia para registro de dados técnicos relativos à manutenção.
* possibilidade de acompanhamento de históricos de equipamentos por indivíduo e por
tag, número que indica o equipamento.
j) outras interfaces
com sistemas de contabilidade (área financeira da empresa)
com sistemas externos de estoque.
Com sistemas dedicados (sistemas de manutenção preditiva, controle de vibração
ou sistemas de controle operacional).
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 99
Sistema para planejamento de paradas
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 100
15. apropriação e lançamento no programa.
16. catalogação das recomendações de inspeção.
17. registro fotográfico e documental das condições dos equipamentos
(relatórios técnicos).
18. acompanhamento dos testes finais.
19. acompanhamento da partida da unidade.
20. avaliação da parada e emissão de relatórios técnicos e gerenciais.
Onde:
A,B – atividades ou tarefas.
ta,tb – duração (tempo necessário para execução da tarefa).
Manutenibilidade
Onde:
TOPT = somatória dos tempos de disponibilidade e / ou operação.
TRPT = somatória dos tempos de indisponibilidade.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 102
MTBF = TOPT / n MTTR = TRPT / n
Onde:
MTBF = tempo médio entre falhas
MTTR = tempo médio para reparo
N = número de intervenções.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 103
estabelecimento de política de manutenção;
estabelecimento de padrões simplificados de manutenção;
inserção de dados, desenhos e diagramas em computador (solicitar ao fabricante
entrega dos dados em meio magnético ou CD-ROM).
A inclusão do item Manutenibilidade neste capítulo se deve aos seguintes fatores:
* nem sempre todas as etapas descritas anteriormente são observadas no projeto,
fabricação e montagem de uma instalação.
* sempre é possível melhorar a manutenibilidade de uma instalação.
* as melhorias podem surgir das dificuldades encontradas pelo pessoal da manutenção
ou pela análise dos serviços pelo planejamento.
*o ganho que se obtém com melhorias de manutenibilidade durante paradas de
manutenção é significativo.
* o planejamento da manutenção e a engenharia de manutenção devem ter constante
preocupação com a melhoria da manutenibilidade.
A Atuação do Planejamento
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 104
indicadas na coluna à direita – estratégias e manutenibilidade – estará tendo uma
atuação proativa, buscando a melhoria, a mudança de patamar.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 105
6 - A POLÍTICA DA MANUTENÇÃO
POLÍTICA
DIRETRIZES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 107
7 – TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PREDITIVA
Foi visto que a manutenção preditiva é a primeira grande quebra de paradigma nos tipos
de manutenção.
Também foi visto que sua prática no Brasil é pequena, chegando a apenas 18% dos
recursos aplicados.
A manutenção preditiva é aquela que indica a necessidade de intervenção com base no
estado do equipamento. A avaliação desse estado se dá através da medição,
acompanhamento ou monitoração de parâmetros.
Esse acompanhamento pode ser feito de três formas:
Acompanhamento ou monitoração subjetiva;
Acompanhamento ou monitoração objetiva;
Monitoração contínua.
MONITORAÇÃO SUBJETIVA
Variáveis como temperatura, vibração, ruído e folgas já são acompanhadas há muitos anos
pelo pessoal da manutenção, independente da existência de instrumentos. Quem ainda não
viu um oficial, supervisor ou engenheiro “auscultar” um equipamento via capacete, caneta
esferográfica ou de através de estetoscópio? Ou alguém colocar a palma da mão sobre uma
caixa de mancal e diagnosticar em seguida: “Está bom” ou “A temperatura está muito
alta”.
A folga entre duas peças – por exemplo, eixo-furo – é “sentida” estar boa ou excessiva
pelo tato.
Também pelo tato os lubrificadores reconhecem se o óleo está “grosso ou fino”. Na
realidade o seu “viscosímetro de dedos” está comparando aquele óleo com o óleo novo.
O ruído e o tato podem nos indicar a existência de peças frouxas.
Esses procedimentos fazem parte da monitoração da condição do equipamento, e serão
tanto mais confiáveis quanto mais experientes sejam os profissionais da manutenção.
Mesmo que a experiência propicie uma identificação razoável nesse tipo de verificação,
ela não deve ser adotada como base para decisão por ser extremamente subjetiva. Cada
pessoa terá uma opinião. A temperatura de uma caixa de mancal pode estar boa para um e
estar muito alta para outro. Apesar disso, o uso dos sentidos pelo pessoal de manutenção
deve ser incentivado.
Visão,Audição, tato. Olfato. Faça uso, mas seja cauteloso. Esses “instrumentos” não são
substituíveis. Certifique-se das condições de segurança antes de usar seus sentidos.
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 108
MONITORAÇÃO OBJETIVA
Finalmente, mas tão ou mais importante do que os três itens relacionados que a média e
alta gerência confiem no diagnóstico de seus técnicos.
Atualmente, estão disponíveis várias técnicas que estão relacionadas nos quadros a seguir,
separados por classes de equipamentos.
MONITORAÇÃO CONTÍNUA
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 109
alguns fenômenos, particularmente na área de equipamentos rotativos, somente
podem ser detectados através do acompanhamento permanente de determinadas
varáveis;
alguns dados só podem ser levantados em situação de parada ou partida das
máquinas, por serem muito rápidos ou por ocorrerem em horários e condições que
inviabilizam o levantamento manual de dados;
sistemas de monitoração contínua são adequados para verificação de transientes, o
que não ocorre com coletores manuais;
a existência de sistemas de monitoração é fator de economia em relação a prêmios
de seguros e tempo de campanha;
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 110
Acompanhamento Subjetivo – Ruído
MECÂNICA
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 111
EQUIPAMENTOS ESTACIONÁRIOS
Vasos, Torres, Permutadores, Válvulas, Caldeiras, Tubulações, Isolamento, Estruturas.
Condição Análise Instrumento/ Equipamento
Espessura, - Medição de espessura - Medidor de espessura
Integridade - Detecção de trincas ultra-sônico
- Detecção de dupla - Ultra-som
Corrosão laminação - Líquido penetrante
Erosão - Defeitos em soldas - Emissão acústica
Abrasão - Medição de espessura em - Raio X e Raio γ
Pitting películas de tinta - Magna flux
Trincas -Zy-glow
Desgaste - Medidor de espessura de
tinta
- Gama Scan
- Cupons de perda de peso
Forças - Análise de vibração - Analisador de vibração
- Células de carga - Strain-gages
Fadiga - Teste de pressão - Bancada de teste
Deformação - Teste hidrostático - Conjunto de teste
Impacto - Teste de vácuo hidrostático de campo
Ruído - Detecção de trincas - Estetoscópio
Vibrações
Calor - Condução de calor - Termômetro de contato
- Perda de calor - Fitas indicadoras de
Temperatura - Integridade do isolamento temperatura
- Vazamento em purgadores - Lápis ou giz indicador de
temperatura
- Termômetros
infravermelhos
- Pirômetros
-Termógrafos
- Tinta termossensível
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 112
Motores Elétricos, Geradores, Capacitores, Trasnformadores, Alimentadores,
Barramentos
Condição Análise Instrumento
Óleo - Rigidez dielétrica - Espectógrafo
- Viscosidade - Espectômetro de absorção
Qualidade do óleo - Cromatografia gasosa atômica
- Cromatógrafo gasoso
- Viscosímetro
- Aparelho de teste de
rigidez dielétrica
Forças - Análise de vibração - Analisador de vibração
Vibração
Eletromagnética
Energia de choque em
rolamentos
Calor - Temperatura contatos - Termômetro de contato
- Temperatura barramentos - Termômetro
Temperatura - Temperatura carcaça infravermelhos
- Termógrafos
Energia - Medição de corrente - Mega
- Medição de tensão - Medidor de resistência de
Tensão - Medição de resistência passo
Corrente - Medição de capacitância - Registrador de tensão/
Resistência corrente
Capacitância - Teste sobre tensão DC
- Teste duplo
________________________________________________________________________
Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 113
VIBRAÇÃO
Conceitos Básicos
Deslocamento x = A sen wt
Aceleração a = - A w cos wt = dx / dt
Onde:
A = amplitude do vetor de zero a pico em mm
w = velocidade angular em rad / seg
t = tempo em segundos.
v=2πfA e a = (2 π f)² A
Essas relações serão úteis para compreender melhor qual variável deve ser acompanhada.
SENSORES
Três tipos de sensores são comumentes utilizados para medição de vibração em máquinas
rotativas:
Probe de deslocamento sem contato Non contact eddy current probe.
Pick-up de velocidade.
Acelerômetros.
Probe de deslocamento sem contato
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 114
É o sensor de maior aceitação para monitoração contínua de máquinas rotativas.
O sistema consiste de um probe, um cabo de extensão e um oscilador-demodulador
conhecido no Brasil como “proximitor”.
Esse sensor consiste de uma bobina montada em plástico ou cerâmica não condutora que,
por sua vez, fica alojada num corpo roscado.
Probe
O probe é excitado por uma freqüência de 1,5 MHz gerada pelo oscilador demodulador
“proximitor” e transmitida através do cabo de extensão. Esta excitação produz um campo
magnético, que se irradia da ponta do probe. Quando a ponta do probe fica próxima a uma
superfície condutora, correntes parasitas são induzidas na superfície do material, extraindo
energia da excitação do probe e reduzindo sua amplitude. Como a distância entre a ponta
do probe e o material condutor, normalmente o eixo da máquina, é variada, uma tensão
DC correspondente é gerada na saída do proximitor, que irá variar proporcionalmente à
variação da distância entre a ponta do probe e o eixo.
Vantagens
Tamanho reduzido
Não sofre efeitos de óleo e gases
suporta temperaturas até 120°C
Baixo custo
Multi-aplicação (vibração, deslocamento axial, fase, rotação)
Faixa de resposta de freqüência ampla – 0 a 5 KHz
Desvantagens
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 115
Suscetível a variações na superfície do eixo – arranhões, mossas, recuperação com
materiais de condutividade diferente
Requer fonte externa para gerar sinal
Não pode ser submerso em água
Pick-up de velocidade
Pick-Up de velocidade
Vantagens
Sinal forte
Gera seu próprio sinal (voltagem)
Pode ser montado em qualquer direção
Razoável precisão até 300.000 rpm
Desvantagens
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 116
Grande e pesado
Preço elevado
Limitação de utilização abaixo de 10 cps
ACELERÔMETROS
Acelerômetro
Vantagens
Ampla faixa de resposta de freqüência
Peso e dimensões reduzidas
Boa resistência a temperaturas (pode atingir altas temperaturas sob encomenda)
Preços relativamente módicos
Desvantagens
Peça sensível (exige cuidados na montagem)
Ressonância pode ser excitada no sensor frequentemente exigindo instalação de filtro
passa-baixo
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 117
Algumas considerações básicas devem estar presentes no momento em que se decide fazer
a medição de vibração em uma máquina ou numa estrutura. Cada equipamento ou
estrutura tem suas particularidades que devem ser levadas em consideração de modo que
as medições sejam adequadas para fornecer resultados confiáveis.
Em primeiro lugar três aspectos devem ser levados em consideração:
Essas três perguntas permitirão, primeiramente, que façamos a escolha correta do sensor a
ser utilizado. Se quiséssemos, por exemplo, medir a vibração em tubulação de refinaria, ou
em estruturas, cuja freqüência é da ordem de 1 a 2 Hz, não teríamos sucesso com um
sensor de velocidade desde que ele não se presta a medições em baixa freqüência. No
exemplo, a escolha acertada seria o acelerômetro.
O tipo de máquina e/ ou como é sua construção particular são muito importantes para a
definição do como medir:
máquinas rotativas com conjunto rotativo leve e carcaças robustas e pesadas, têm a
maioria das forças geradas pelo rotor, como o movimento relativo entre o eixo e o
mancal. Em outras palavras, a carcaça da máquina funciona como um grande
amortecimento, e desse modo a medição de vibração na carcaça não é adequada.
Deve-se fazer medição, diretamente no eixo, com probes sem contato.Esse é o caso
típico de compressores centrífugos de alta pressão onde a relação de pesos entre a
carcaça e o rotor é de 30:1 ou maior.
de modo oposto, se a máquina tem conjunto rotativo pesado, apoiado em mancais
rígidos suportados em estrutura flexível, as forças geradas pelo rotor são dissipadas
através da estrutura flexível, e desse modo a melhor maneira de medir é na carcaça.
A máquina que melhor representa esse tipo são os ventiladores industriais, que têm
uma carcaça e estrutura bastante leves, até porque as pressões desenvolvidas são
extremamente baixas, e um conjunto rotativo bastante pesado.
Outro aspecto é a faixa de freqüência de interesse, pois é sobre ela que serão feitas as
medições. Ou seja, as medições de vibração serão feitas dentro de uma faixa de
freqüência de modo que se possa analisar as contribuições de cada valor típico de
freqüência para a vibração final. Isso nada mais é do que definir o “espectro” de
vibrações que é a “asssinatura” de valores de velocidade ou deslocamento para as
diversas freqüências, num dado momento.
Os valores de freqüência, para os diversos tipos de sensores, estão mostrados a seguir:
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 118
Esses fatores são apenas alguns poucos e básicos nas considerações sobre a medição de
vibração em equipamentos e estruturas. Para cada sensor e sistema a utilizar, uma série de
detalhes deve ser observada de modo que as medições tenham a confiabilidade necessária.
O leitor deve consultar livros específicos sobre o assunto, catálogos de fabricantes e
normas pertinentes, particularmente as do API e da ISO.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 119
Pontos de Medição de Vibração na Carcaça da Caixa de Mancal
c) a fixação de pick-up pode ser feita como a recomendada para acelerômetros, ou seja,
através de parafuso-estojo roscado na carcaça, ou por intermédio de base magnética, como
mostrado na figura acima.
Neste tópico, faremos uma abordagem superficial dos instrumentos disponíveis, mais
comumente utilizados, no objetivo de mostrar um pouco do que o mercado disponibiliza,
atualmente.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 120
Vibrômetro (Vibration Meter)
Vibrômetro
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 121
Analisadores de Vibração (Vibration Analysers)
Osciloscópios (Oscilloscopes)
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 122
A figura abaixo, mostra uma fotografia da tela de um osciloscópio da tela de um
osciloscópio onde aparecem as formas de onda de deslocamento do eixo e no centro a
órbita.
Observando a fotografia percebe-se um ponto mais forte tanto na forma de onda como na
órbita. Esse sinal é definido pelo probe que tem a função de medir o ângulo de fase, ou o
keyphasor. “A marca, do keyphasor, na órbita ou forma de onda representa a localização
da linha de centro do eixo, no caminho que ela percorre, no instante em que a chaveta está
em frente ao probe”.
Alguns fabricantes fornecem osciloscópios com essas características, que além de serem
mais adequados são bastante mais baratos do que outros tipos.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 123
COLETORES DE DADOS
Os coletores de dados são a mais nova geração de instrumentos para medição e análise de
vibração. Atualmente, existem vários tipos de coletores, mas todos fazem interface com
computador, via cabo ou via modem permitindo a utilização de softwares avançados de
análise e diagnóstico. Tais programas, conhecidos por programas experts, auxiliam o
especialista na formulação do diagnóstico. O diagnóstico é a parte mais importante pois é
a palavra final sobre o que está ocorrendo e a decisão sobre a intervenção ou não.
Alguns instrumentos disponíveis no mercado, atualmente, serão descritos a seguir:
VIBROTIP . O Vibrotip é um coletor de dados fabricado pela Pruftechnik, denominado
pelo fabricante como um coletor de dados da tendência das condições da máquina. Suas
principais características são peso e dimensões reduzidas – 300 g e 180 x 81 x 32 mm,
medição de vibração, cavitação através de sensor piezelétrico em dBc e incorpora um
tacômetro. Como coletor tem capacidade para 750 pontos sem software, funções de
transferência de importação e down-load e programado para rota acima de 6144 pontos.
COLETORES ANALISADORES
Calibrador Vibrotip
Os analisadores dessa classe, como dito anteriormente, não se limitam a medir apenas
vibração. Uma série de sensores pode ser acoplada ao instrumento para processar outro
tipo de informação, tais como: alicates amperímetros, medidores de espessura, sensores de
temperatura, microfones e estroboscópios. Qualquer outra informação que possa ser
convertida em voltagem pode ser usada.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 124
Coletor/ Analisador
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 125
TEMPERATURA
TERMOMÊTRO DE CONTATO
Termômetro de Contato
São fitas auto-adesivas marcadas com um determinado número de anéis brancos com os
valores de temperatura especificados neles. Por serem flexíveis, podem ser facilmente
colocadas em superfícies curvas.
Quando a temperatura da superfície atinge um valor indicado na fita, o anel branco se
torna preto e assim permanece independente da temperatura ter caído novamente. A
precisão é de 1% do valor indicado e a mudança de cor se processa quase
instantaneamente.
Outra vantagem é que tanto a fita quanto o adesivo são resistente a água e óleo.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 126
GIZ INDICADOR DE TEMPERATURA
TINTA TERMO-SENSÍVEL
As medições que são realizadas por sensores que não estão em contato físico com os
objetos são definidas como radiometria, e se enquadram nas técnicas de sensoreamento
remoto. “A radiometria pode ser utilizada nas faixas espectrais ultravioleta, visível,
infravermelho ou microondas e abrange grande número de técnicas, dentre as quais a
Termografia”.
Esse tipo de medição é extremamente útil para temperaturas elevadas (acima de 550°C)
onde intensidade dentro de uma faixa estreita de comprimento de onda possa ser medida.
Baseia-se na variação da radiação e no fato de que o material emitirá radiação
(eletromagnética) em função da temperatura absoluta à quarta potência (Josef Stefan e
Ludwig Boltzmann).
PIRÔMETRO DE RADIAÇÃO
PIRÔMETRO ÓTICO
O pirômetro ótico é utilizado para medição de temperaturas elevadas (550 a 2700°C) e seu
funcionamento baseia-se na comparação da intensidade de radiação com um filamento
aquecido. O brilho do filamento pode ser ajustado ou mantido constante e daí comparado
com a fonte, que é “vista” através de lentes.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 127
SISTEMAS INFRAVERMELHO
RADIÔMETROS
São instrumentos que coletam a radiação infravermelha através de um sistema ótico fixo e
a direcionam para um detector que pode ser do tipo termopilha (vários termopares em
série), pirelétrico (sensores de materiais cristalinos nos quais ocorre o fenômeno de
polarização elétrica) ou fotodetectores (interação direta entre os fótons da radiação
incidente e os elétrons do material detector).
Normalmente são instrumentos portáteis mas podem trabalhar fixos para controle de
processo. A utilização de microprocessadores permite que os valores das medições possam
ser armazenados, e as saídas sejam fornecidas em indicadores analógicos ou digitais,
impressoras ou gravados para posterior análise e comparação.
Radiômetro Portátil
TERMOVISORES E TERMOGRAFIA
Os termovisores são compostos por uma câmera e uma unidade de vídeo. A câmera
contém o sistema ótico, mecanismo de varredura horizontal e vertical, o detector e um
sistema para resfriamento do detector.
A termografia é a técnica preditiva que permite que o acompanhamento de temperaturas e
a formação de imagens térmicas, conhecidas por termogramas.
As principais aplicações industriais da termografia são:
Área elétrica onde existe necessidade de verificação de componentes defeituosos
ou problemas de mau contato, sem contato físico com os mesmos. Isso inclui redes
de transmissão e de distribuição, painéis, barramentos, dispositivos e acessórios.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 128
Usinas siderúrgicas – que inclui a verificação do revestimento de alto-fornos, dutos
de gás, regeneradores e carros-torpedo.
Fábricas de cimento – fornos rotativos, onde é pesquisada a queda de refratários.
Área de Petróleo e Petroquímica é uma das áreas onde é maior a aplicação da
termografia. Dentre as aplicações destacam-se a análise de vazamentos em
válvulas de segurança, problemas com refratários em fornos, caldeiras e unidades
de craqueamento catalítico. Além disso pode ser verificada a ocorrência de
desgaste ou erosão no revestimento interno de dutos e chaminés bem como
condições gerais de isolamento de linhas (tubulações). Também é utilizada para
análise dos tubos em fornos e caldeiras.
INSPEÇÃO VISUAL
Apesar de ser considerada uma técnica subjetiva, o uso da visão é fundamental para
definição da condição de equipamentos, componentes e estruturas. A necessidade de
realizar a inspeção nos internos sem desmontagem dos equipamentos, de permitir a
visualização em locais de difícil acesso, além de possibilitar conforto para quem vai fazer
a inspeção, propiciou o surgimento de diversos equipamentos / instrumentos de reflexão e
ópticos.
Inspeção interna
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 129
Inspeção Superficial
Lupa manual.
Lentes.
Microscópios.
Periscópios.
Pontas de prova de segurança.
Inspeção de equipamentos rotativos e tubulações.
ESTROBOSCÓPIO
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 130
DETECÇÃO DE VAZAMENTOS
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 131
MEDIÇÃO DE ESPESSURA
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 132
O princípio da medição pelo ultra-som é o seguinte:
ULTRA-SOM
LÍQUIDO PENETRANTE
Penetrante fluorescente
O penetrante fluorescente pode ser visto sos luz ultravioleta, aparecendo como linhas
auriverdes ou manchas onde ocorrem trincas, fissuras e porosidade no material.
PARTÍCULAS MAGNÉTICAS
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 134
Uma variante do teste é a utilização de líquidos magnéticos fluorescentes que consistem
de óxidos magnéticos extremamente finos, dispersos num líquido condutor. Aplicando luz
ultravioleta são reveladas, em tom auriverde, trincas, fissuras, poros e outros defeitos. O
método consegue revelar trincas muito finas.
CORRENTE PARASITA
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 135
INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA
Tanto a inspeção por raio X como por raio Gama é bastante utilizada para detecção de
defeitos em materiais. O uso do raio X tem sido limitado a 12 polegadas de penetração em
aço a 2000kv enquanto o raio Gama tem uso até acima de 16 polegadas.
A inspeção por raio X apresenta maior rapidez e melhor definição para espessura até 2
polegadas. Quando há muita variação de espessura na peça a ser inspecionada é preferível
usar raio Gama.
Os filmes revelados que apresentam a “fotografia” do interior do material são chamados
de Radiografias e Gamagrafias para raio X e raio Gama, respectivamente.
A fig. 9.38 e 9.39 mostram radiografias onde aparecem defeitos típicos num cordão de
solda.
EMISSÃO ACÚSTICA
ANÁLISE DE ÓLEO
A análise da condição do óleo lubrificante vem sendo, há muito tempo, um dos métodos
de monitoração mais utilizados. As duas técnicas mais difundidas são a análise do óleo
lubrificante em laboratório para verificação das suas características principais, e a técnica
de análise das partículas contidas no óleo, oriundas de desgaste. Evidentemente, nos dois
métodos estão incluídos os contaminantes que, dependendo das características e da
quantidade, determinam a condenação do lubrificante.
ANÁLISE TRADICIONAL
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 137
nas suas características as amostras devem ser analisadas em intervalos curtos que podem
chegar a ser diários, até que o problema esteja sob controle ou solucionado.
FERROGRAFIA
Essa técnica foi desenvolvida nos Estados Unidos para a aviação militar estando hoje
bastante difundida no mundo inteiro.
A ferrografia é um processo utilizado para avaliar as condições de desgaste das máquinas,
tomando por base a análise de partículas presentes no óleo lubrificante.
A ferrografia, que pode ser feita em óleos ou graxas, identifica, classifica e quantifica as
partículas presentes no lubrificante, oriundas de desgaste, contaminantes e perda das
características do lubrificante. A amostra é enviada a um laboratório onde são preparados
os corpos de prova denominados ferrogramas, que contém todas as partículas que estão em
suspensão na amostra. O trabalho que se segue é de observação de cada partícula feita
através de um microscópio especial (1000X). Nesse exame são observadas a morfologia,
tamanho, acabamento superficial, coloração, quantidade de partículas etc.
A figura abaixo mostra um ferrograma com aumento 500X de pitting em engrenagem –
partícula grande e azul-claro (75 micra); desgaste severo por arrastamento – partícula
menor azul-escuro; e ferrugem – partícula marrom-escuro.
Alinhar é dispor os eixos de tal modo que, à temperatura de operação, estejam segundo
uma linha reta, tomando-se como referência suas linhas de centro.
O alinhamento mal feito leva à diminuição do Tempo Médio Entre Falhas dos
equipamentos pois induz a ocorrência de esforços que provocam o desgaste prematuro de
componentes. Esses esforços são traduzidos pelo aumento de vibração.
O surgimento dos alinhadores a laser proporcionou uma melhora sensível no alinhamento
de eixos. Esse método combina duas tecnologias que são o raio laser, num sistema ótico
que permite leituras de grande precisão, e a microeletrônica que dispensa cálculos pela
incorporação de um “computador”. Enquanto os relógios comparadores proporcionam
precisão da ordem de 0,01mm os alinhadores a laser dão uma precisão de 0,001mm.
O princípio de funcionamento é resumidamente o seguinte:
Um raio laser é emitido por um cabeçote transmissor / receptor (TD) posicionado na
máquina fixa; esse raio é dirigido sobre o outro cabeçote transmissor / receptor, fixado na
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 138
máquina móvel (que vai ser mexida), e novamente enviado ao primeiro cabeçote pelo
segundo.
Como os dois eixos giram juntos, se houver desalinhamento haverá uma variação de
posição do raio refletido no visor do detector. Essa variação permitirá ao computador
calcular a situação dos dois eixos.
A fig. 9.43 mostra um sistema de alinhamento a laser montado nos eixos.
A fig. 9.44 mostra o painel do computador indicando a correção a ser efetuada.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 139
8 – MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL (MPT)
Há, pelo menos, três práticas que devem ser consideradas básicas na manutenção
moderna:
5S.
TPM – Total Productive Maintenance ou Manutenção Produtiva Total.
Polivalência ou Multiespecialização.
O PROGRAMA 5S
O 5S é uma prática originária do Japão, que é aplicada como base para o desenvolvimento
do Sistema da Qualidade. O nome 5S deriva do fato de que as 5 palavras que definem as
principais atividades começam com a letra S.
SEIRI
SEITON
SEISO
SEIKETSU
SHITSUKE
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 140
Direta ou Indiretamente o 5S promove:
MELHORIA DA QUALIDADE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
MELHORIA DA PRODUTIVIDADE
REDUÇÃO DE CUSTOS
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
MELHORIA DO AMBIENTE DE TRABALHO
MELHORIA DO MORAL DOS EMPREGADOS
INCENTIVO À CRIATIVIDADE
MODIFICAÇÃO DA CULTURA
MELHORIA DA DISCIPLINA
DESENVOLVIMENTO DO SENSO DE EQUIPE
MAIOR PARTICIPAÇÃO EM TODOS OS NÍVEIS
Fases do 5S
ORGANIZAÇÃO
= manter apenas o necessário.
= promover a seleção em função da freqüência da utilização do material:
- uso freqüente, perto das máquinas;
- pouco uso, no almoxarifado;
- nenhum uso, descartar.
= utilização mais racional do espaço.
= eliminação do excesso de materiais, móveis, ferramentas, armários, estantes...
= melhor acompanhamento, eliminação do desperdício.
LIMPEZA
= manter o local de trabalho, máquinas, instrumentos e ferramentas limpos.
= limpando toda a sujeira da fábrica, planta ou oficina. Fazendo o mesmo com os
equipamentos, local de trabalho e suas redondezas, durante e / ou após o trabalho.
= identificando as suas causas fundamentais dos desvios de limpeza.
= trabalho diário agradável, maior segurança, participação de todos, eliminação de
improvisações nos equipamentos e instalações.
ASSEIO / HIGIENE
= manter a saúde física e mental
= cuidar da higiene corporal. Usar roupas limpas.
= cumprir normas de segurança.
= praticar esportes.
= manter limpos vestiários, restaurantes, banheiros e demais áreas de uso coletivo.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 141
DISCIPLINA
= Disciplina é fazer aquilo que foi combinado (ou determinado).
= cumprir as normas da empresa.
= ser bom chefe, bom companheiro, bom subordinado.
= estabelecer e cumprir as placas de advertência e avisos para usos de Equipamentos
de Proteção Individual (EPIs).
= participar efetivamente dos eventos da empresa.
= cumprir os horários determinados, os padrões estabelecidos.
Implantação do 5S
Apesar de não existir um modelo rígido para implantação do 5S, a prática mais adotada e
que melhores resultados apresenta está indicada a seguir e compõe-se das seguintes etapas:
Preparar a Organização.
Treinar e Educar no 5S.
Levantar problemas e encontrar solução no 5S.
Elaborar plano de ação.
Acompanhar a implementação.
Promover o 3S.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 142
ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO
Preparar a Organização
= compromisso do Chefe ou Presidente.
= divulgação da programação.
= definição / indicação do Comitê, Coordenação ou o Responsável
Treinar e Educar no 5S
= preparar monitores.
= treinar supervisores e executantes – inclui treinamento teórico e visitas a outras
empresas ou organizações.
Levantar Problemas e Soluções no 3S
= estabelecer diretrizes no 3S (Organização, Ordem e Limpeza).
= promover ao máximo a participação de todo o pessoal no levantamento dos problemas e
sugestão de soluções.
= fazer o shake-down, priorizar os problemas e implementar soluções. A implementação
das soluções é fator de crédito no programa.
= elaborar um plano de ação.
= fazer um cronograma das ações com prazos e responsáveis.
= implementar as soluções (isto é fator de credibilidade do programa).
Acompanhar a Implementação
= planejar a realização auditorias, estabelecendo metas.
= fazer inspeções de rotina e dar conhecimento a todo o pessoal.
Promover o 5S
= promover as pessoas e locais onde o 5S está melhor.
= promover visitas de outros Setores / Departamentos àqueles que apresentam melhor
desenvolvimento no programa.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 143
TPM – MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL (TOTAL PRODUCTIVE
MAINTENANCE)
Histórico
O TPM teve início no Japão, através da empresa Nippon Denso KK, integrante do grupo
Toyota, que recebeu em 1971 o Prêmio PM, concedido a empresas que se destacaram na
condução desse programa. No Brasil, foi apresentado pela primeira vez em 1986.
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 144
Considera-se que o TPM deriva da Manutenção Preventiva, concebida originalmente nos
Estados Unidos, e a evolução do processo até a sua caracterização, como conhecido
atualmente:
TPM – 1970
Vários fatores econômico-sociais imprimem ao mercado exigências cada vez mais
rigorosas, o que obriga as empresas a serem cada vez mais competitivas para sobreviver.
Com isso, as empresas foram obrigadas a:
= eliminar desperdícios;
= obter o melhor desempenho dos equipamentos;
= reduzir interrupções / paradas de produção ou intervenções;
= redefinir o perfil de conhecimento e habilidades dos empregados da produção e
manutenção;
= modificar a sistemática de trabalho.
Utilizando a sistemática de grupos de trabalho conhecidos como CCQ – Círculos de
Controle e Qualidade ou ZD – Defeito Zero )Zero Deffects), foram disseminados os
seguintes conceitos, base do TPM:
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 145
Objetivos do TPM
Os operadores passam a executar tarefas mais simples, que antes eram executadas pelo
pessoal de manutenção, como: lubrificação, limpeza, ajustes de gaxetas, medição de
vibração e temperatura, troca de lâmpadas, sintonia em controladores, limpeza e troca de
filtros, substituição de instrumentos, dentre outros, permanecendo a equipe de manutenção
com as tarefas de maior complexidade.
As Grandes Perdas
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 146
1 – Perdas por Quebras
São as que contribuem com a maior parcela na queda do desempenho operacional dos
equipamentos. Os dois tipos são:
São as perdas ocorridas quando é efetuada a mudança de uma linha, com a interrupção
para preparação das máquinas para um novo produto. Esse tempo inclui alterações nas
máquinas e regulagens e ajustes necessários.
São provocados por condições que levam a trabalhar numa velocidade menor,
ocasionando perda. Exemplos:
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 147
instabilidade Operacional – Quando o processo fica instável ocorrem situações
como perda de especificação de produtos e / ou redução da produção.
Falta de matéria-prima.
7 – Quebra Zero
Na filosofia do TPM outro conceito importante é o da Quebra Zero, desde que a quebra é
o principal fator que prejudica o rendimento operacional.
Se considerarmos que as máquinas projetadas para trabalhar com ZERO DEFEITO, passa
a ser obrigação o equacionamento das medidas e soluções para atingir esse objetivo.
É importante observar que:
Algumas medidas são fundamentais para obtenção e conquista definitiva da quebra zero:
Regeneração do Envelhecimento
= Recuperar o equipamento por problemas de envelhecimento e evitar quebras futuras.
= Eliminar as causas de envelhecimento dos equipamentos.
= Restaurar os equipamentos, periodicamente, retornando-os às condições originais.
= Ter o domínio das anomalias que provocam a degradação dos componentes internos
através dos 5 sentidos das pessoas e das técnicas e instrumentos que fornecem a condição
das máquinas (vibração, temperatura...).
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 148
IMPLANTAÇÃO DO TPM
Comentários
POLIVALÊNCIA OU MULTIESPECIALIZAÇÃO
As empresas têm adotado novas estratégias para ficar mais competitivas, e o trabalhador
está sendo questionado a mudar antigos hábitos e buscar um conjunto de novas
habilidades. Para manter o seu emprego e / ou sua empregabilidade, isto é, ter as
habilidades de que o mercado necessita, o trabalhador tem que estar disposto, de modo
constante e permanente, a adquirir e dominar novas habilidades. Deve, ainda, adotar uma
nova postura buscando fortalecer suas habilidades interpessoais, além de possuir uma
compreensão global de sua empresa e como ela se situa no mercado.
Vivemos uma época em que não há mais lugar para o trabalhador que só conheça e julga
ter que fazer apenas a sua função específica dentro da especialidade. O trabalhador não
pode se limitar a operar uma máquina ou usar um determinado tipo de ferramenta ou ainda
atuar apenas numa área de responsabilidade.
É imprescindível que os trabalhadores atuais tenham as seguintes habilidades:
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Conceitos de Manutenção Industrial PÁG. 150
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