O conto "Felicidade Clandestina" de Clarice Lispector explora as experiências de uma menina com livros. A menina tem sede por leitura, mas sofre humilhação de uma colega rica cujo pai é dono de uma livraria. Apesar disso, a narradora não culpa a outra menina e questiona o que é a felicidade. Para ela, ter algo que satisfaça sua alma, como os livros, é a felicidade, mesmo que de forma "clandestina".
O conto "Felicidade Clandestina" de Clarice Lispector explora as experiências de uma menina com livros. A menina tem sede por leitura, mas sofre humilhação de uma colega rica cujo pai é dono de uma livraria. Apesar disso, a narradora não culpa a outra menina e questiona o que é a felicidade. Para ela, ter algo que satisfaça sua alma, como os livros, é a felicidade, mesmo que de forma "clandestina".
O conto "Felicidade Clandestina" de Clarice Lispector explora as experiências de uma menina com livros. A menina tem sede por leitura, mas sofre humilhação de uma colega rica cujo pai é dono de uma livraria. Apesar disso, a narradora não culpa a outra menina e questiona o que é a felicidade. Para ela, ter algo que satisfaça sua alma, como os livros, é a felicidade, mesmo que de forma "clandestina".
Leitura e interpretação do conto “Felicidade Clandestina”, de
Clarice Lispector
Clarice jamais decepciona, sua escrita leve e poética é capaz de manter
qualquer pessoa envolvido em suas narrativas. O conto felicidade clandestina, por sua vez, é uma leitura intrigante. Observar os conflitos de uma criança que tem sede pela leitura nos deixa ávidos por ter essa vontade por nós mesmo, não é à toa que a leitura do conto se torna algo necessário. A menina do conto é associada a própria autora, pois relata, por exemplo, espaços que de fato Clarice viveu durante sua infância e personagens que me parecem representar as pessoas que passaram por sua vida. Nesse caso, Clarice realmente tinha uma colega da escola que era filha do dono de uma livraria. No entanto, ela retrata tudo de forma perspicaz e sensível. O que pode ser uma de suas primeiras experiências com livros, sendo assim, um conto de cunho autobiográfico, ao que tudo indica. Apesar da menina ter passado pela humilhação e tortura imposta pela menina má, em nenhum momento houve intenção de vingar-se ou, nem mesmo culpar a menina. Pois, a narradora parece justificar os atos da filha do dono da livraria por questões relacionadas a autoestima, por exemplo, e embora ela tenha a sua disposição tantos livros, ela não é capaz de aproveitar essa felicidade (o que indica que pode contribuir para que a menina má, seja, de fato, má). Nesse sentido, a devoradora de histórias que é a narradora parece questionar o que é felicidade e para ela, poder ter algo que a satisfaça em sua alma é a felicidade, entretanto, no seu caso seria uma felicidade clandestina, pois reconhece que sua posição não a permitiria desfrutar dessa felicidade se não fosse contar com a ajuda da mãe da filha do dono da livraria.