Você está na página 1de 3

Paloma Susana Lima Ruteski

Desenvolvimento Humano II
Psicologia – 3ª fase

Adolescente e Família

1. Problematizações

A busca do equilíbrio entre o que a pessoa deseja e o que é


possível é o que movimenta e desenvolve a capacidade de superar
situações e manter-se saudável, esse bem estar é o que move o
desenvolvimento humano. O desenvolvimento desta capacidade está
ligado com as experiências que teve no seio familiar, pois esta
representa a função de proteger.

Vale ressaltar que um desenvolvimento de bem estar psicológico


não quer dizer que não tenha conflitos, mas sim que estejam em
equilíbrio.

Foram feitas pesquisas com 960 adolescentes de diferentes classes


econômicas, religiões,e escolaridades dos entes pertencentes as suas
famílias, para descobrir se esses fatores eram relevantes para influenciar o
seu bem estar psicológico, esse estudo da Universidade Católica de Pelotas,
concluiu que os adolescentes de classes sociais menos favorecidas,
apresentam um índice maior de insatisfação em relação ao bem estar.
Quanto a religiosidade, uma família que possui a crença e o hábito de cultuar
Deus, esteve associado a maior bem estar. Quanto ao nível de escolaridade,
quando vem da parte materna aponta para maiores índices de insatisfação
do bem estar, e por fim, o abuso de álcool mostrou-se como fator de risco
para bem-estar psicológico.

Com isso podemos concluir que programas que viabilizem a redução da


pobreza, e o controle de álcool podem ajudar no bem estar da saúde
psicológica dos adolescentes.

2. Questões Atuais

A reestruturação do núcleo familiar que agora pode ser pai + mãe + filho,
ou pai + madrasta + filho, ou mãe + padrastro + filho, entre outros, não é
o que gera desconforto, e sim as relações e limitações de seus papéis.

Pesquisas apontam que adolescentes que se encontram em famílias


que possuem bom relacionamento, tendem a ter maior bem estar
emocional, independente da configuração em que ela se encontra.
O problema da reestruturação familiar, é que normalmente ela vem
proveniente de uma crise, da qual pode diminuir o bem estar psicológico
e causar conflitos/desconfortos.

3. Papel do Psicólogo

As práticas do psicólogo vão variar de acordo com o contexto que ele


estará inserido, mas independentemente de qual seja, há princípios legais que
oferecem subsídios para o trato das crianças e adolescentes. Este subsídio é o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Os adolescentes demonstram modos específicos de se comportar, agir e


sentir, e só podem ser compreendidos a partir da relação que constroem. Essa
relação se concretiza de acordo com as condições objetivas da cultura na qual
se inserem. Além de estarem em uma fase da qual precisam de proteção
familiar.

O ECA – Estatuto da Criança e Adolescente é uma ferramenta


necessária para assegurar os direitos de crianças e adolescentes, em especial
aos que se encontram em situação de vulnerabilidade. Foi identificado que a
partir da legitimação do ECA, o campo de atuação se amplia e integra os
elementos necessários para ações favoráveis a saúde humana.

De maneira geral, evidencia-se que o ECA se constitui num aliado para


mudanças no cenário da atuação do psicólogo, uma vez que também colabora
com a ampliação de sua atuação, diagnosticando e intervindo em conflitos de
natureza humana que, consequentemente, atingem os problemas individuais.

4. Referências

https://www.scielosp.org/article/csp/2007.v23n5/1113-1118/

*Mestrado em Saúde e Comportamento, Universidade Católica de Pelotas.


Rua Clóvis Candiota 351, Pelotas, RS - 30/Out/2006

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
79721999000100010&script=sci_arttext

*Configuração familiar e o bem-estar psicológico dos adolescentes Pontíficia


Universidade Católica do Rio Grande do Sul – 14.10.1998

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-
98932008000300010&script=sci_arttext

* Psicologia: Ciência e Profissão - Psicol. cienc. prof. vol.28 no.3 Brasília 2008
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
88092010000100007

* Psicólogo Informação. vol.14 no.14 São Paulo out. 2010

Você também pode gostar