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FACULDADE FAVENI

NUTRIÇÃO COM ÊNFASE EM ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

NUTRIÇÃO ALIMENTA NAS ESCOLAR PARA A PREVENÇÃO DA OBESIDADE

MACEIÓ

2020

RESUMO
O objetivo desse trabalho será a obesidade na infância e adolescência é uma
enfermidade multicausal, e está fortemente relacionada com a obesidade e morbidade
na vida adulta. Ela ocorre por uma combinação de fatores, como hábitos alimentares
errôneos, propensão genética, estilo de vida, fatores psicológicos e sedentarismo. Uma
pesquisa das ações educativas que podem influir positivamente na formação do
comportamento alimentar, no entanto, promover a adoção de hábitos alimentares
saudáveis ainda representa um grande desafio. Nesse sentido, a escola tem um papel
estratégico no desenvolvimento de ações e aplicações de programas educativos
capazes de melhorar as condições de saúde e o estado nutricional, com enfoque
participativo, interdisciplinar com aulas práticas demonstrativas, palestras, discussões,
atividades dinâmicas. As intensas transformações físicas, psíquicas e sociais ocorridas
neste período acabam por influenciar o comportamento alimentar. Assim, a criança e
adolescentes se tornam suscetíveis às preferências alimentares que podem acarretar
hábitos inadequados e deficiências nutricionais. Visto que a obesidade é uma alteração
nutricional em ascensão no mundo moderno, com sérias repercussões na saúde, torna-
se fundamental incentivar hábitos e estilo de vida que propiciem saúde, alimentação e
nutrição adequadas.

Palavras Chave: Alimentação, Escola, Alimentação, Obesidade, Prevenção

The objective of this work will be obesity in childhood and adolescence is a multicausal
disease, and is strongly related to obesity and morbidity in adulthood. It occurs due to a
combination of factors, such as wrong eating habits, genetic propensity, lifestyle,
psychological factors and physical inactivity. A survey of educational actions that can
positively influence the formation of eating behavior, however, promoting the adoption of
healthy eating habits still represents a major challenge. In this sense, the school has a
strategic role in the development of actions and applications of educational programs
capable of improving health conditions and nutritional status, with a participatory,
interdisciplinary approach with demonstrative practical classes, lectures, discussions,
dynamic activities. The intense physical, psychological and social changes that occurred
in this period end up influencing eating behavior. Thus, children and adolescents
become susceptible to food preferences that can lead to inappropriate habits and
nutritional deficiencies. Since obesity is a nutritional change on the rise in the modern
world, with serious repercussions on health, it is essential to encourage habits and
lifestyles that provide adequate health, food and nutrition.

Key Words: Food, School, Food, Obesity, Prevention


1 INTRODUÇÃO

O perfil alimentar no Brasil contribui para a preocupante situação epidemiológica


das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Esse quadro reflete a transição
nutricional, onde se verifica modificações no estado nutricional da população, antes
caracterizada pela desnutrição e atualmente pelo excesso de peso. As doenças
infecciosas ficaram em segundo lugar nas causas de mortalidade, enquanto que as
doenças crônicas como diabetes mellitus tipo 2, a hipertensão arterial, dislipidemias e as
doenças cardiovasculares elevam os números de mortes e representam relevantes
problemas de saúde pública (FERREIRA, 2010). A etiologia da obesidade é
extremamente complexa envolvendo a interação de fatores biológicos e psicológicos com
questões culturais e ambientais (BARLOW & DURAND, 2011).

Nos países desenvolvidos, apesar de ser considerado um problema de saúde


pública há algum tempo, o número de casos continua em ascensão (VITOLO, 2008). Mas
o excesso de peso não está restrito aos países desenvolvidos; chamados de “obesidade”
(WHO 2011). A obesidade e o sobrepeso vêm suplantando o problema da desnutrição em
muitos países em desenvolvimento, fenômeno conhecido por transição nutricional
(WANDERLEY; FERREIRA, 2010). Segundo Ortigoza (2008) a globalização estabelece o
consumo. Devido ao ritmo acelerado da vida urbana, o tempo passou a se um fator
primordial da vida. Com isso, muitas famílias passaram a fazer com maior frequência
refeições fora de casa. Tal influencia repercutiu negativamente no padrão de consumo
alimentar.

A construção do estilo alimentar ocorre desde muito cedo ainda no ventre da mãe;
na infância tem sua extensão na dinâmica familiar e a partir da adolescência as escolhas
alimentar vão se modificando e sendo influenciadas pelos amigos e pela mídia. Estudos
comprovam que a propaganda de alimentos interfere nas opções alimentares de
adolescentes e crianças de forma negativa, incentivando o consumo de alimentos
altamente calóricos (MATTOS et al., 2010). Nesta perspectiva, em 2007, através do
decreto nº 6.286, foi instituído no Brasil o Programa Saúde na Escola (PSE). Este
programa contribui para a formação integral dos estudantes por meio de ações de
promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos à saúde e atenção à saúde,
visando o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o desenvolvimento de
crianças, adolescentes e jovens da rede pública de ensino. Nesse contexto, essa
proposta tem como objetivo implantar estratégias para a prevenção da obesidade infantil
em escolares de uma escola pública do município de São José do Rio Claro (MT).

2 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICA

Atualmente constata-se que as crianças de modo geral, executam poucas


atividades físicas e a substituem por jogos eletrônicos, brinquedos, dentre outros. Além
disso, o consumo excessivo de alimentos industrializados, gordurosos e de baixa
qualidade vem contribuir para a piora desse quadro. Sabe-se que a instituição de
ensino tem como base formar as pessoas, aderindo ao que é ensinado em casa. Porém
assim como os pais, a escola influencia na vida das crianças, principalmente na infância
podendo então, intervir nesse processo. A obesidade pode ser considerada como a
ocorrência sentinela que sugere a importância de prevalências futuras de DCNT, uma
vez que além de configurar, por si só, uma doença, ela também é fator de risco para a
ocorrência de outras (CONSELHO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL,2009).

É notório o crescimento da obesidade infantil nos últimos anos o que se torna um


grande problema para toda a humanidade. Uma das causas da obesidade é a
propaganda que usam técnicas de marketing, para atrair as crianças a determinado
produtos, muitas vezes industrializados e a falta de atividade física no cotidiano destas.

O sobrepeso e a obesidade em crianças e adolescentes podem acarretar na fase


adulta doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, dislipidemia, hipertrofia ventricular
esquerda, esteatose hepática (BARRETO NETO et al., 2010). Os níveis pressóricos
elevados estão correlacionados ao excesso de peso e a obesidade que são
decorrentes de alimentação inadequada e da inatividade física (CORSEUIL et al.,
2009). O excesso de peso e os hábitos alimentares inadequados entre os adolescentes
e crianças são preocupantes nesta fase da vida, tendo em vista que os números de
DCNT vêm crescendo em especial na faixa etária de 10 a 14 anos, com destaque no
sexo feminino (PINTO et al ., 2011). Cada vez mais podemos constatar que as pessoas
vêem a atividade física como um meio de melhoria dos níveis de saúde, bem estar
físico, mental e social e de obtenção de hábitos de vida saudável. A escola e em
particular as aulas de educação física são reconhecidas, pela sociedade em geral,
como o meio privilegiado para um desenvolvimento corporal e desportivo e para
alicerçá-lo de idéia assimilação de comportamentos, conhecimentos e atitudes para a
vida futura.

A escola sendo a base da formação das pessoas é importante no processo


educacional e de transmissão de conhecimentos aos alunos de forma dinâmica e
efetiva acerca dos hábitos de vida saudáveis, de forma que eles possam levar esses
hábitos para toda a vida demonstrando a cada um o quanto é importante levar uma vida
saudável não como uma obrigação mas apontando os benefícios desse modo de viver.
Na fase escolar é um período da vida que acontecem relevante transformação na
identidade pessoal, em especial na concretização do estilo de vida que podem interferir
nas condições de saúde na fase adulta. Corrigir os erros alimentares, o mais breve
possível, nesta faixa etária representa uma medida de prevenção das doenças crônicas
(ENES; SLATER, 2010).

2.1 Estratégias para a prevenção da Obesidade Infantil


A estratégia global em alimentação, atividade física e saúde, aprovado em 2004
pela assembleia mundial de saúde com o apoio do governo brasileiro, esclarece que o
enfrentamento do problema requer políticas públicas e ações Inter setoriais que
estimulem padrões saudáveis de alimentação e atividade física. São exemplos desta
estratégia: medidas acessíveis, a restrição da publicidade de alimentos prejudiciais e o
planejamento urbano visando à prática diária de atividades física (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2004 apud IBGE, 2010).
Foi publicada no final dos anos 90, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição
(PNAN), como elo entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Nacional de
Segurança Alimentar (SISAN), criado a partir da lei Orgânica de Segurança Alimentar
Nutricional (LOSAN) número 11.346 de 15 de setembro de 2006. Segundo Mello, Luft e
Meyer (2004) o estudo de nutrição e hábitos saudáveis deve ser inserido ao currículo
das escolas em diferentes séries, pois é no ambiente escolar que se inicia o interesse,
o entendimento e inclusive a mudança de hábitos dos adultos, por intermédio das
crianças.

A aplicação de um questionário de consumo alimentar, aferimento de peso,


estatura e medidas antropométricas devem ser colhidas de acordo com protocolos
recomendados pela Organização Mundial de Saúde. A partir dos dados colhidos deve-
se ainda, calcular o Índice de Massa Corporal (IMC). Juntamente com uma equipe
multidisciplinar (nutricionista, educador físico e enfermeiro) e os dados coletados deve-
se elaborar um cardápio para alimentação escolar guiado pela pirâmide alimentar. A
escola deve oferecer alimentos saudáveis, inclusive nas cantinas uma vez que, não
adianta conscientizar os alunos e não oferecer opções. Infelizmente, o que ainda é
muito observado atualmente nas cantinas escolares são alimentos calóricos, doces e
refrigerantes. Essa equipe deve acompanhar e fiscalizar de perto a produção dos
alimentos elaborados na escola, as cozinheiras e ajudantes de cozinha devem ser
capacitados para que possam conhecer o valor calórico e nutricional de cada alimento e
importância da alimentação saudável.

Para manter o peso ideal e ainda obter todos os nutrientes de que o corpo
necessita é imprescindível uma dieta variada, combinando variedade e quantidade
adequada de alimentos. Sem dúvida existe uma relação direta entre nutrição, saúde e
bem estar físico e mental. As pesquisas comprovam que a alimentação saudável tem m
papel fundamental na prevenção e no tratamento de doenças. Os alimentos ultra
processados ganham cada vez mais a preferência dos consumidores do Brasil e do
mundo, o que urge a tomada de medidas na regulamentação das estratégias ultimadas
pelo marketing de alimentos, que fazem investimentos milionários com artifícios não
éticos. Nos alimentos industrializados há excessivos teores de gorduras, açúcar e sal
que são prejudiciais à saúde (MONTEIRO & CASTRO, 2009). Uma alimentação
adequada deve contemplar habitualmente todos os grupos alimentares, seguindo os
preceitos de variedade e quantidades apropriadas para cada faixa etária, garantindo
assim os nutrientes essenciais para o funcionamento do nosso organismo e da
manutenção da saúde (BRASIL, 2008). Em 05 de setembro de 2012, o Ministério da
Saúde, em parceria com Federação Nacional das Escolas Particulares, lançou o
Manual das Cantinas Escolares Saudáveis promovendo a alimentação saudável, com
alimentos nutritivos e menos calóricos. Esse guia deve subsidiar estas práticas na
escola.

A prática regular de atividade física promove vários benefícios: melhora a força


muscular, aumenta a flexibilidade e a capacidade física, facilitando a realização das
tarefas diárias e ampliando as possibilidades de atividade e lazer, auxilia no controle de
várias doenças crônico, como obesidade, hipertensão, diabetes dislipidemia, colesterol
triglicérides osteoporose, cardiopatias, entre outras. Além disso, melhora o humor e
aumenta a disposição, propiciando uma melhoria da qualidade de vida. São vários os
benefícios para as crianças que praticam atividade física, destacando-se a diminuição
dos fatores de risco de doenças crônicas, redução da adiposidade corporal total,
melhora da saúde mental e aumento do desempenho escolar (DUMITH et al, 2010).
Estudos mostram que crianças com sobrepeso e obesidade apresentam baixos níveis
de aptidão física (FERNANDES et al, 2007).

Recomenda-se a realização de pelo menos 30 minutos de atividades físicas em


pelo menos cinco dias na semana, incluindo caminhada, dança, esporte, ginástica e
outras atividades prazerosas que estimulem o movimento. Recomendando também um
estilo de vida mais ativo, que inclui mais deslocamentos a pé, de bicicleta, mais
atividades de lazer que disponham à mais movimentação corporal e menos tempo em
televisão, computador, vídeos games e outros (DUMITH et al, 2010).

2.2 Complicações da Obesidade Infantil


A obesidade além de já ser uma condição patológica é um fator de risco para
uma série de complicações. Estes dados são encontrados refletidos em estudos
brasileiros realizados por Oliveira et al (2004) e Lima et al (2004). Em um estudo
realizado em Feira de Santana-BA com 701 crianças entre cinco e nove anos verificou
uma prevalência de 9,4% de hipertensão arterial, entre as crianças diagnosticadas com
sobrepeso, e de 23,3% nas obesas (OLIVEIRA et al., 2004). Outro estudo realizado em
Natal-RN com indivíduos na faixa etária de seis a dezesseis anos, com o objetivo de
comparar o perfil lipídico nos grupos com sobrepeso e obesidade evidenciou o mesmo
como limítrofe ou inadequado, com elevação do LDL- colesterol e do colesterol total e
com diminuição do HDL – colesterol (LIMA et al 2004).

Além dos problemas físicos, não se pode esquecer os psicológicos, como já


mencionados. Existe uma relação entre a obesidade infantil e alterações psicológicas,
tais como depressão, ansiedade e déficits de competência social (LUIZ et al., 2005).

3 MÉTODO

3.1 Tipo de pesquisa

Optou-se para desenvolver este projeto a pesquisa (método misto) do tipo


transversal prospectiva e descritiva. O método misto utiliza duas ou mais estratégias,
quantitativa e/ou qualitativa dentro de um único projeto de pesquisa (MORSE, 2003;
ONWUEGBUZIE, 2006). Ambos conduzem a resultados importantes sobre a realidade
social e não é necessário atribuir prioridade de um sobre o outro (MINAYO, 2007). De
acordo com Gil (2007), a pesquisa quantitativa tem como preocupação central
identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos
fenômenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da
realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. A pesquisa transversal é aquela
realizada quando a coleta de dados ocorre em um determinado local e tempo
(BORDALO, 2006).

3.2 Local da pesquisa


Trata-se de um projeto de pesquisa que será desenvolvido na cidade de Maceió
nas escolas públicas que atendem crianças e adultos. A presente proposta será
desenvolvida inicialmente na escola Alberto Torres que atende 530 crianças entre 9 e
14 anos. O desenvolvimento do plano de trabalho para essa proposta se deu à partir de
13 de Fevereiro de 2020 após o segundo encontro presencial com os tutores regionais
do Curso de Especialização Linhas de Cuidado em Enfermagem Doenças Crônicas
Não Transmissíveis. Desde então, a proposta vem sendo elaborada e discutida com a
equipe da Estratégia de Saúde da Famílias, unidade inaugurada no dia 19 de setembro
de 2018 e composta por um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, uma médica,
três agentes comunitárias de saúde, uma recepcionista e uma zeladora. A unidade tem
uma área que abrange quatro bairros e atende cerca de 2240 pessoas que estão
cadastradas, sendo subdividida em seis micro áreas.

3.3 População do estudo

A população deste estudo contemplará dois grupos distintos representados por


alunos (grupo 1) e professores (grupo 2), conforme descrito abaixo:

a) Grupo 1: alunos entre 9 a 14 anos que estudam na escola municipal Pedro


Coelho Portinho e que tiverem a autorização dos pais ou responsáveis para a
participação na pesquisa mediante assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE).
b) Grupo2: professores que lecionam na referida escola e que aceitarem
participar da proposta mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE).

3.4 Fases da pesquisa

Etapa 1 –(apresentação do projeto): A apresentação da pesquisa será realizada


à diretoria da escola mediante reunião com entrega do projeto. Uma vez autorizada
será apresentada durante reunião de professores na escola, onde serão apontados os
objetivos do estudo, bem como as etapas do mesmo.
Etapa 2 – A proposta consiste na implementação de estratégias para prevenção
da obesidade infantil em escolares no 1° semestre do ano de 2020, que incluirá:
mensuração de dados antropométricos (peso, altura), avaliação nutricional e de hábitos
de vida das crianças (APENDICE 1). A aplicação de um questionário de consumo
alimentar e a aferição de peso, estatura, bem como o cálculo de medidas
antropométricas devem ser colhidas de acordo com o protocolos recomendados pela
Organização Mundial de Saúde. Á partir desses dados será possível também calcular o
índice de massa corporal (IMC). Além disso será desenvolvido ciclos de palestras para
professores e alunos.
O enfermeiro e a nutricionista iniciarão as atividades através da avaliação dos
alunos, onde será realizada a avaliação antropométrica de todos os estudantes da
escola, ou seja, 530 alunos, na faixa etária de 9 a 14 anos.
Etapa 3 – Ao término da etapa2, realizar-se-á uma palestra sobre os temas
alimentação saudável e a prática de atividades físicas. Ambas serão ministradas pela
nutricionista e educador físico.
Etapa 4 – Concomitantemente, para averiguar o grau de conhecimento dos
professores sobre a temática será aplicado um questionário previamente ao ciclo de
palestras (APENDICE 2). Por conseguinte, conforme os dados obtidos realizar-se-á
uma palestra sobre essa temática ministrada pelos profissionais: enfermeiro, educador
físico e nutricionista.
Com o ciclo de palestras pretende-se conscientizar alunos e professores da
importância dos hábitos de vida saudável em relação aos seguintes temas: alimentação
saudável, atividade física, prevenção e complicações da obesidade. Como já
mencionado, estas estratégias educacionais serão realizadas pela equipe
multidisciplinar, representada no momento pelas figuras do enfermeiro, nutricionista e
educador físico.

3.5 Análise de dados


Para tabulação dos dados quantitativos pretende-se adotar dados, os mesmos
serão apresentados através da análise estatística descritiva.
Os dados qualitativos serão analisados de acordo com a análise temática de
Minayo (2007).

3.6 Aspectos Éticos


Para o desenvolvimento desta pesquisa serão mantidos os princípios éticos com
o indivíduo de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde
(BRASIL, 2012).

4 RESULTADO E ANÁLISE

A fim de realizar uma avaliação da proposta, após um período de seis meses


pretende-se retomar ao local da pesquisa e novamente realizar todos os passos da
investigação a fim de avaliar os resultados e averiguar qual foi o impacto da
intervenção, se teve uma melhora no conhecimento e se estão colocando em prática as
estratégias propostas. Com os alunos será realizada nova mensuração de dados
antropométricos (peso, altura), avaliação nutricional e de hábitos de vida. Já com os
professores será feito uma discussão em reunião para investigar de que forma
conseguiram implementar as estratégias propostas, as facilidades e dificuldades nesse
processo, além de discutir que instrumentos utilizaram para estas práticas e se foram
efetivos ou não.

Esse conjunto de ações é a melhor forma de remover os fatores causais visando


diminuir a incidência da obesidade e suas complicações e com isso promover a saúde.
Acredita-se que a equipe de professores deva possuir conhecimentos e habilidades
acerca da promoção da alimentação saudável procurando incorporá-la ao cotidiano
pedagógico com o intuito de garantir a sustentabilidade das ações dentro e fora da
escola. No entanto, para efetividade das ações é necessário a participação de toda
comunidade escolar: pais, merendeira, donos de cantinas, diretores, professores e os
alunos. Num futuro pretende-se que essa proposta inicial possa expandir e envolver
esses diversos atores sociais numa nova proposta de trabalho.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prevenir é a melhor estratégia. Promover o aumento da atividade física e se
reeducar nos hábitos alimentares para que sejam mais saudáveis, criando condições
objetivas para sua realização, seriam, provavelmente, os principais componentes para
uma vida saudável entre crianças e adolescentes. O conjunto de estudo e ações
apresentadas demonstra o quanto é importante a prevenção da obesidade infantil em
diversos aspectos e esferas. Por isso, acredita-se na conscientização dos alunos o
mais precocemente possível transmitindo aos mesmos os benefícios de hábitos de vida
saudável. Levando-os à compreender que hábitos de vida saudável iniciados na
infância refletem diretamente no futuro de cada um deles diminuindo riscos de diversas
doenças, ou seja, melhorando a qualidade de vida de modo geral.
A escola como instituição que oportuniza os alunos o aprendizado, tem a
obrigação de possibilitar que estes tornam-se conhecedores da importância de como
deve ser sua alimentação, qual a sua qualidade e quantidade que deve ser consumida
diariamente por cada criança. Salientar também a importância da atividade física
regular, no gasto de caloria necessários para vida de uma criança saudável. O
professor tem uma função muito importante na vida de seus alunos, tanto de possibilitar
um aprendizado nutricional e físico, mostrando uma visão mais ampla dos benefícios de
ter uma vida saudável e consequentemente mais feliz (SOLETO, COLUGNTI, TADDEI,
2004). Somos nós profissionais da saúde juntamente com a escola que temos o dever
de preparar o aluno para que ele consiga apresentar e usufruir o que aprendeu na
escola em relação ao seu corpo e sua saúde física e mental.
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