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Washington Luís Pereira de Sousa 

GCC (Macaé, 26 de outubro de 1869 — São Paulo, 4 de


agosto de 1957)[1] foi um advogado, historiador e político brasileiro, décimo
primeiro presidente do estado de São Paulo, décimo terceiro presidente do Brasil e último
presidente efetivo da República Velha.[2]

Foi deposto em 24 de outubro de 1930, vinte e um dias antes do término do


seu mandato como presidente da república, por um golpe militar liderado pelo general Tasso
Fragoso, que passou o poder, em 3 de novembro, às forças político-militares comandadas
por Getúlio Vargas, na denominada Revolução de 1930. Foi o criador do primeiro serviço de
Inteligência do Brasil em 1928.[3]

O apelido que o definia era Paulista de Macaé, pois, embora nascido no estado do Rio de


Janeiro, sua biografia política foi toda construída no estado de São Paulo. Foi chamado
também de O estradeiro, e, durante a Revolução de 1930, de Doutor Barbado pelos seus
opositores.[2]

Deixou o cargo de deputado estadual para assumir, em 13 de março de 1906, a Secretaria


Estadual de Justiça e Segurança Pública, onde permaneceu até 1 de maio de 1912.[2]

A secretaria de Justiça, reorganizada pela lei nº 1.006 de 17 de dezembro de 1906, foi


reformada passando a cuidar também da segurança pública, tendo seu comando centralizado
nas mãos de Washington Luís, abrangendo a "polícia de carreira", a chamada hoje, Polícia Civil,
criada pouco antes, em dezembro de 1905, e a Força Pública paulista, atual Polícia Militar do
Estado de São Paulo.

Coube a Washington luís modernizar a Força Pública, atual Polícia Militar do Estado de São
Paulo, com a vinda de uma missão militar francesa. Instalou a recém-criada Polícia Civil de São
Paulo, nomeando apenas funcionário público de carreira formado em direito para o cargo
de delegado de polícia, não mais aceitando nomeações pelos líderes políticos locais:
[2] os coronéis, que ficaram, assim, com seu poder reduzido. Esta modernização da Polícia Civil
recebeu o nome de "polícia sem política".

Reorganizou o Gabinete de Identificações, atual Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton


Daunt; Reorganizou o Gabinete Médico Legal; Criou o Gabinete de Reclamação e Objetos
Achados. Instituiu a identificação dactiloscópica nas delegacias, a técnica mais moderna da
época. Exigiu que os promotores denunciassem pais, muitos na época, que não registravam os
filhos, o que deu impulso ao registro civil em São Paulo.

Em 1910, apoiou a Campanha Civilista de Rui Barbosa. Incentivou a criação do Automóvel


Clube de São Paulo do qual foi seu vice-presidente. Percorreu as estradas paulistas, traçando
os primeiros projetos para a melhoria de suas rodovias e implantação de um plano rodoviário
estadual.

Seu maior desafio nesta secretaria foram os contínuos ataques dos índios aos trabalhadores da


estrada de ferro Noroeste do Brasil e aos pioneiros do oeste paulista. Outro grande desafio foi
a greve dos soldados da Força Pública, atual Polícia Militar do Estado de São Paulo, na onda de
greves de 1907, tendo decidido ir pessoalmente ao Quartel da Luz e convencido os soldados a
encerrá-la.[3] Conseguiu manter a ordem pública durante a disputada campanha eleitoral de
1910 entre Rui Barbosa e Hermes da Fonseca.

Sua diretriz administrativa como secretário de Justiça e Segurança foi:

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