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Curso de Química – Prof.

Alexandre Oliveira

Físico-Química
1º Semestre

Curso Anual de Química


Prof. Alexandre Oliveira

Assunto Página

Módulo 01 – Estudo das Soluções 03

Módulo 02 – Unidades de Concentração das Soluções 43

Módulo 03 – Diluição de Soluções e Misturas de Soluções 57

Módulo 04 – Propriedades Coligativas das Soluções 71

Módulo 05 – Termoquímica 107

Módulo 06 – Termodinâmica 145

Módulo 07 – Cinética Química – O Estudo das Velocidades 163


das Reações

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MÓDULO 01
ESTUDO DAS SOLUÇÕES

1) Dispersão
Dispersão é todo sistema no qual uma ou mais substâncias estão disseminadas (difundidas) sob a
forma de pequenas partículas, em outra substância, de maneira uniforme e em toda a sua extensão.

Observações:
A substância que está disseminada constitui o disperso e a substância que dissolve o disperso é
chamada dispersante ou dispergente.

Exemplo: Adição de sacarose (C12H22O11) em água.


Disperso: Sacarose
Dispersante: Água

As dispersões são classificadas, genericamente de acordo com o tamanho médio das partículas
dispersas em: soluções verdadeiras (soluções), dispersões coloidais e suspensões.

Tamanho Médio das


Tipo de Dispersão Partículas dispersas
em mm
Solução verdadeira < 1 nm
Dispersão coloidal 1 nm a 1000 nm
Suspensão > 1000 nm

Observações:
1 nm = 1 nanômetro
1 nm = 10–9 m
1 Ǻ (Angström) = 10–10m
1 nm = 10 Ǻ

1.1) Principais características das dispersões

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS DISPERSÕES


Tipos de dispersões Soluções verdadeiras Dispersões coloidais Suspensões
tintas, geléias,
Exemplos ácidos, bases e sais água barrenta, pó de
gelatinas
Características dissolvidos em água café em água
e maioneses
Quanto ao tamanho
médio
até 1 nm de 1 a 1000 nm acima de 1000 nm
das partículas
dispersas
aglomerados, de íons
Quanto à natureza das ou moléculas, ou ainda aglomerados de íons
íons ou moléculas
partículas dispersas íons ou moléculas ou moléculas
gigantes
homogêneas (as
heterogêneas (as
partículas não são heterogêneas (as
Quanto à partículas são visíveis
visíveis em nenhum partículas são visíveis
homogeneidade em microscópio
aparelho de em ultramicroscópio)
comum)
observação)
Quanto à não sedimentam sedimentam (com a sedimentam
sedimentação das (mesmo nas utilização de (espontaneamente ou
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partículas dispersas ultracentrífugas) ultracentrífugas) através de centrífugas


comuns)

Quanto à separação separam-se (com a


não se separam (em separam-se (com a
por utilização de filtros
nenhum tipo de filtro) utilização de ultrafiltros)
Filtração comuns)

Observações:

Dos três tipos de dispersão, somente a solução é um sistema monofásico (sistema homogêneo),
sendo, por isso, na prática, a mais importante das dispersões.

2) Critérios de classificação das soluções


Soluções são misturas homogêneas de dois ou mais componentes.
Nas soluções, a substância dispersa chama-se soluto e o dispersante, solvente.

2.1) Identificação do soluto e do solvente


Algumas soluções apresentam dificuldades para se identificar o soluto e o solvente. Para facilitar a
identificação, use as seguintes regras:
I) Quando um dos componentes da solução for a água, ela será considerada o solvente, pois a
água é denominada de solvente universal.
II) Quando o soluto e o solvente estiverem no mesmo estado físico, o solvente é o que possui maior
quantidade de matéria.
III) Na mistura de sólidos ou gases em líquido, o líquido é o solvente.

2.2 Classificação das soluções


I) Quanto ao estado físico (fase de agregação) da solução:

Soluções sólidas: Ex.: ligas metálicas


Soluções líquidas: Ex.: sal em água
Soluções gasosas: Ex.: ar atmosférico.

II) Quanto ao estado de agregação do soluto e do solvente:

Soluto Solvente Exemplo


*sólido sólido liga metálica de Ag e Au
*sólido líquido açúcar em água.
sólido gás naftalina no ar
líquido sólido mercúrio + ouro
*líquido líquido água em álcool
líquido gás umidade do ar
gás sólido hidrogênio + platina em pó
*gás líquido gás carbônico em bebidas
*gás gás ar atmosférico
* soluções mais importantes

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Observações:
É o solvente que condiciona o estado de agregação de uma solução.

III) Quanto à natureza das partículas dispersas.

Soluções moleculares ou não-eletrolíticas: as partículas dispersas são somente moléculas, logo não
conduzem corrente elétrica.
Ex.: Sacarose em água.
C12H22O11( s) H
2O
 C12H22 O11(aq)
(DISSOLUÇÃO)

Soluções iônicas ou eletrolíticas: as partículas dispersas são íons e moléculas ou somente íons, logo
conduzem corrente elétrica.

Ex.: Soluções aquosas de ácidos, bases e sais.

Observações:
Ionização: É a formação de íons que ocorre quando um composto covalente é colocado em
contado com um solvente polar.

 H3 O (aq)  C ( aq)
HC ( g)  H2 O ( ) 
(Ácidos sofrem ionização)

Dissociação iônica: é a separação dos íons positivos e negativos do retículo cristalino de um


composto iônico provocado pela ação de um solvente polar.
NaC ( s) H
2O
 Na(aq)  C ( aq)
NaOH( s) H
2O
 Na(aq)  OH(aq)
(Sais e bases sofrem dissociação iônica)

Muitas soluções apresentam ao mesmo tempo moléculas e íons dispersos; por exemplo, numa
solução aquosa de ácido acético (ácido fraco), existem muitas moléculas do ácido, não-ionizadas
(CH3COOH) e poucos íons (CH3COO– e H+).

IV) Quanto à proporção do soluto do solvente.

Solução diluída: Quando a proporção do soluto é pequena em relação à do solvente.


Ex.: 1,0 g de NaCl em 1 litro de água.

Solução concentrada: Quando a proporção do soluto é grande em relação à do solvente.


Ex.: 300 g de NaCl em 1 litro de água.

Observação:
Um parâmetro para se diferenciar uma solução diluída de uma concentrada é o seguinte:
 Solução diluída: É a que possui no máximo 0,1 mol de soluto por litro de solução. Para o NaCl(s) (58,5
g/mol) uma solução com até 5,85 g de NaCl(s) para cada litro de solução é considerada diluída.
 Solução concentrada: É a que possui mais que 0,1 mol de soluto por litro de solução. Para o NaCl(s)
uma solução com mais de 5,85 g de NaCl(s) para cada litro de solução é considerada concentrada.

3) Coeficiente de solubilidade (Cs)


O coeficiente de solubilidade indica a quantidade máxima de uma substância que, em determinadas
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condições de temperatura e pressão, pode dissolver-se em uma quantidade fixa de solvente.

Observações:
1. A capacidade de uma substância se dissolver em outra é chamada solubilidade.
2. Geralmente o solvente utilizado é a água e a quantidade fixa é de 100g de H 2O.

Ex. 1:
Cs(KNO3) = 13,9 g KNO3/ 100g H2O (0ºC)
Cs(KNO3) = 45,8 g KNO3/ 100g H2O (30ºC)
Cs(KNO3) = 245,0 g KNO3/ 100g H2O (100ºC)

Ex. 2:
Cs(Ca(OH)2) = 185.10-3g Ca(OH)2 / 100g H2O (0°C)
Cs(Ca(OH)2) = 106.10-3g Ca(OH)2 / 100g H2O (70°C)

3.1) Gráfico de solubilidade


O gráfico de solubilidade mostra a variação do coeficiente de solubilidade (Cs) de uma ou mais
substâncias em função da temperatura.

Gráfico de solubilidade de
algumas substâncias

Observações:
1. Em geral, a solubilidade dos sólidos aumenta com a temperatura (curvas ascendentes), mas existem
algumas substâncias que diminuem a sua solubilidade com o aumento de temperatura (curvas
descendentes).

2. Dissolução endotérmica: O soluto se dissolve absorvendo calor do solvente.


 O aumento da temperatura favorece a dissolução do soluto.
 A solubilidade geralmente aumenta com o aumento da temperatura (curvas ascendentes).
 A solução como um todo fica fria numa dissolução endotérmica.

3. Dissolução exotérmica: O soluto se dissolve liberando calor para o solvente.


 O aumento da temperatura desfavorece a dissolução do soluto.
 A solubilidade geralmente diminui com o aumento da temperatura (curvas descendentes).
 A solução como um todo fica quente numa dissolução exotérmica.

4. Quando a curva de solubilidade apresenta pontos de inflexão, significa que o soluto forma hidratos
definidos, e esses pontos de inflexão correspondem à temperatura de dissociação de sais hidratados.

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Curva de solubilidade do sulfato de sódio Curva de Solubilidade do cloreto de cálcio

5. As soluções, além de serem classificadas quanto à fase de agregação da solução, quanto à fase de
agregação do soluto e do solvente, quanto à natureza das partículas dispersas e quanto à proporção
entre soluto e solvente, podem ser classificadas quanto ao coeficiente de solubilidade em:

I) Soluções não-saturadas (insaturadas): são aquelas onde a quantidade de soluto dissolvido (m 1) não
atinge o coeficiente de solubilidade (Cs) . (m 1 < Cs).
Ex.: Cs(KNO3) = 45,8 g de KNO3/ 100g H2O (30ºC)
Dissolver 40 g de KNO3 em 100g H2O a 30ºC

II) Soluções saturadas: São aquelas onde a quantidade de soluto dissolvida (m 1) é igual ao coeficiente
de solubilidade (Cs) . (m 1 = Cs).
Ex.: Dissolver 45,8 g de KNO3 em 100g de H2O a 30ºC

Observações:
Em soluções saturadas com precipitado (corpo de chão) ocorre um equilíbrio dinâmico entre o corpo
de chão e a solução saturada, ou seja, a velocidade com que o sólido se dissolve é igual à velocidade
com que o sólido se precipita no fundo do recipiente.
Ex.: Dissolver 50 g de KNO3 em 100g de água a 30ºC.
(Não esqueça que o Cs KNO3 = 45,8 g KNO3 em 100g H2O a 30ºC)

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Existe um equilíbrio dinâmico entre o corpo


de chão e a massa dissolvida.

III) Soluções supersaturadas: são aquelas em que a quantidade de soluto dissolvida (m 1) é superior ao
coeficiente de solubilidade (Cs) . (m 1 > Cs). É uma solução instável, podendo por qualquer perturbação
do sistema se tornar uma solução saturada com precipitado.

Observações:
Como se prepara uma solução supersaturada?

Podemos, por exemplo, pegar uma solução saturada de KNO 3 a 30ºC e resfriá-la sob condições
especiais a 20ºC e obteremos uma solução supersaturada de KNO3.

Cs(KNO3) = 45,8 g KNO3 / 100g H2O (30ºC)


Cs(KNO3) = 31,6 g KNO3 / 100g H2O (20º)

Observe atentamente o esquema a seguir:

A solução supersaturada é instável

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Para preparar uma solução supersaturada usando uma substância de dissolução exotérmica
devemos preparar uma solução saturada e em seguida aquecê-la em condições especiais.
Observe o seguinte exemplo:
Dissolução exotérmica:
Cs(x) = 50g de X/100g H2O (20°C)
Cs(x) = 40g de X/100g H2O (30°C)

Observe o esquema a seguir:

4) Classificação das soluções quanto ao coeficiente de solubilidade em um gráfico de solubilidade


Dado o gráfico de solubilidade de uma substância hipotética.

O ponto A representa uma solução não-saturada (insaturada), pois nesse ponto existem 40 g de
X dissolvidos em 100g de água na temperatura t3, portanto a massa de soluto dissolvido é menor que o
Cs de X nessa temperatura, que é 100g de X/100g H 2O (m1 < Cs).
O ponto B representa uma solução saturada, pois nesse ponto existem 60g de X dissolvidos em
100g de H2O na temperatura t2, portanto a massa de soluto dissolvido é igual ao Cs de X nessa
temperatura, que é 60g de X/100g H2O (m1 = Cs).
O ponto C representa uma solução supersaturada, pois nesse ponto existem 50g de X dissolvidos
em 100g de H2O na temperatura t1, portanto a massa de soluto dissolvido é maior que Cs de X nessa
temperatura, que é 20g de X/100g H2O (m1 > Cs).

Conclusões:
I) Qualquer ponto em uma região acima da curva de solubilidade indica que a solução é supersaturada.
II) Qualquer ponto coincidente com a curva de solubilidade indica que a solução é saturada.
III) Qualquer ponto em uma região abaixo da curva de solubilidade indica que a solução é insaturada.

Observações:
1. Um solvente pode estar saturado de um soluto e ainda conseguir dissolver outro soluto.
Ex.: A água saturada de NaCl ainda é capaz de dissolver uma certa quantidade de
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açúcar.
2. Nem sempre se observa a correspondência entre solução diluída e solução insaturada. Observe o
exemplo a seguir:
 Uma solução com 2g de CaSO4 em 1 litro de água é considerada diluída, mas já está saturada, pois
o coeficiente de solubilidade do CaSO4 é muito baixo. Cs(CaSO4) = 2g CaSO4/1L H2O.

3. Nem sempre se observa a correspondência entre solução concentrada e solução saturada.


Observe o exemplo:
 Uma solução de AgNO3 com 1200g de AgNO3 em 1 litro de água é considerada concentrada, mas
ainda é uma solução insaturada, pois o Cs do AgNO3 é muito alto. Cs(AgNO3) = 1220g AgNO3 / 1L
H2O.

5) Formação de soluções
Uma solução é uma mistura homogênea na qual todas as partículas são muito pequenas, tipicamente
da ordem de átomos, íons e pequenas moléculas, com diâmetros variando entre 0,05 e 0,25 nm. Quando as
partículas são maiores, as misturas possuem propriedades específicas de dispersões coloidais e
suspensões.

5.1) Soluções de sólidos em líquidos


Para um sólido dissolver-se em um líquido, são necessárias duas etapas:

1ª Etapa: quebra do retículo cristalino do sólido. É uma etapa endotérmica, portanto, ocorre com
absorção de calor, pois as ligações do retículo cristalino do sólido precisão ser rompidas. No caso do sal
de cozinha as ligações iôniocas entre o cátion (Na +) e o ânion (Cl-) serão quebradas. Essa energia
absorvida é denominda energia de rede.

2ª Etapa: solvatação das partículas do sóilido. É uma etapa exotérmica, ou seja, ocorre com
liberação de calor, pois serão formadas interações intermoleculares entre as partículas do sólido e do
solvente. No caso do sal e da água, serão formadas interações do tipo íon-dipolo, interações que são
mais fortes que a ligações de hidrogênio. Essa energia liberada é denominada energia de solução ou
energia de dissolução.

Eventos semelhantes explicam por que os sólidos compostos de moléculas polares, como o açúcar,
se dissolvem em água. As atrações entre o solvente e os dipolos do soluto ajudam a destacar as moléculas
do cristal e trazê-las para a solução. Podemos utilizar a regra "igual dissolve igual"; um soluto polar se
dissolve em um solvente polar.
Do mesmo modo podemos explicar por que sólidos não-polares como a cera são solúveis em
solventes não-polares como o benzeno. A cera é uma mistura sólida de longas cadeias de hi-
drocarbonetos. Suas moléculas estão ligadas por fracas forças de London, e dessa forma são facilmente
desagregadas, embora as ligações entre as moléculas do soluto (cera) e do solvente (benzeno)
resultantes também sejam fracas (forças de London).
Quando as forças de atração intermoleculares do soluto e do solvente são suficientemente
diferentes, toma-se impossível a formação de uma solução. Por exemplo, sólidos iônicos ou moléculas
sólidas de alta polaridade (como o açúcar) são insolúveis em solventes não-polares como o benzeno, a
gasolina ou o querosene. As moléculas destes solventes, todos hidrocarbonetos, são incapazes de atrair
íons ou moléculas com alta polaridade com força suficiente para sobrepujar as forças de atração que eles
possuem entre si em seus cristais.

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Fig. Hidratação de íons. A


hidratação é um redirecionamento
complexo das forças de atração
e repulsão. Antes desta solução
se formar, as moléculas de água
são atraídas entre si e os íons Na+
e Cl– ficam isolados no cristal e
também se atraem. Na solução, os
íons se ligam a moléculas de
água através de cargas opostas;
além disso, as moléculas de água
são mais atraídas pelos íons que
por outras moléculas de água.

6) Calores de solução
A troca de entalpia entre o sistema e o meio, quando um mol de soluto se dissolve no solvente, a
uma pressão constante, para formar uma solução diluída é chamada de entalpia molar da
solução , ou somente calor da solução, Hsol.

Fig. Diagrama de entalpia para


dissolução de um sólido em
líquido. No mundo real a solução é
formada diretamente como indica a
seta cinza. Podemos analisar a
mudança de energia imaginando
duas etapas separadas, pois as
mudanças de entalpia são
funções do estado e independentes
do caminho. A mudança de
energia ao longo do caminho direto
é a soma algébrica dos Passos 1
e 2.

H é positivo para urna mudança endotérmica, e por isso a seta para o Passo 1 na Fig. 6 aponta
para cima, o sentido positiv o .
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Como podemos observar na figura anterio, o primeiro passo é endotérmico e aumenta a energia
potencial do sistema. As partículas do sólido se atraem, por isso precisamos de energia para separá-
las, a energia da rede. Ao receber a energia necessária da rede, o sólido é convertido para o estado
gasoso.
No segundo passo, as partículas do soluto gasoso entram no solvente e se misturam. A energia
potencial do sistema diminui, pois as partículas de solvente e soluto se atraem. Este passo é, então,
exotérmico e sua energia é chamada de energia de dissolução, o termo geral. O termo específico
energia de hidratação é utilizado para as soluções aquosas.

A magnitude do Hsol, depende de alguma forma da concentração final da solução.

O calor de solução, a mudança resultante da energia, é a diferença entre a energia necessária para
o Passo 1 e a energia liberada no Passo 2. Quando a energia necessária para o Passo 1 excede a energia
liberada no Passo 2, a solução se forma endotermicamente, mas quando a energia liberada no Passo 2
excede a energia necessária para o Passo 1, a solução se forma exotermicamente.
Podemos comprovar esta análise comparando os calores de solução experimentais de alguns
sais na água com aqueles calculados a partir das energias da rede e de hidratação (Tabela 1). Os cálculos
são descritos nas Figuras seguintes, utilizando diagramas de entalpia para a formação de soluções
aquosas de dois sais, KI e NaBr.
A correspondência entre os valores experimentais e os calculados na Tabela 1 não é muito
precisa. Isto ocorre primeiramente porque as energias da rede e de hidratação não são
conhecidas com precisão e também porque o modelo utilizado em nossa análise é obviamente
muito simples. (O modelo não diz nada, por exemplo, sobre como a tendência na tural à desordem
influencia na formação da solução.) Note, entretanto, que quando a "teoria" prediz valores
relativamente altos para o calor da solução, os valores experimentais seguem esta tendência e
ambos os valores possuem o mesmo sinal (exceto para o NaCl). Observe também que as
mudanças nos valores seguem o mesmo padrão quando comparamos os três sais de cloro — LiCI,
NaCI e KCI — ou os três sais de bromo — LiBr, NaBr e KBr.

Pequenos erros percentuais em quantidades muito grandes podem causar grandes mudanças na diferença
percentual entre estes números.

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Fig. Entalpia de uma solução. A formação do iodeto de potássio em solução aquosa.

Fig. Entalpia de uma solução. A formação do brometo de sódio em solução aquosa.

6.2) Soluções de líquidos em líquidos


Para considerar calores de solução quando líquidos se dissolvem em líquidos, iremos trabalhar
com um procedimento de três etapas para ir do estado inicial ao estado final. Primeiro vamos imaginar
que as moléculas de um líquido são separadas somente o suficiente para dar lugar para as moléculas
do outro líquido. (Definiremos este líquido como soluto.) Como temos que vencer as forças de atração
para separar as moléculas, esta etapa aumenta a energia potencial do sistema - é endotérmica.

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Fig. Entalpia de uma solução. Para analisar a variação de entalpia devida à formação de uma solução de
dois líquidos, podemos imaginar a sequência hipotética de etapas ilustrada acima. 1ª Etapa. As moléculas
do líquido designado como solvente são ligeiramente deslocadas para dar lugar às moléculas do soluto,
num processo endotérmico. 2ª Etapa. As moléculas do soluto são forçadas a ocupar um volume maior,
para dar lugar às moléculas do solvente, num processo também endotérmico. 3ª Etapa. As amostras de
solvente e de soluto expandidas misturam-se espontaneamente, aparecendo uma atração entre as
moléculas que torna o processo exotérmico.
A segunda etapa é semelhante à primeira, mas ocorre com o outro líquido (o solvente). No
diagrama de entalpia (Figura seguinte), podemos observar o solvente e o soluto após estas etapas, em
suas condições "expandidas".
A terceira etapa é deixar que a natureza siga seu curso - a tendência natural à desordem.
Conforme as moléculas do solvente e do soluto se aproximam elas se unem e se misturam. Como as
moléculas dos dois líquidos agora experimentam forças mútuas de atração, a energia potencial do
sistema diminui e, portanto, a Etapa 3 é exotérmica. O valor de Hsol, será, novamente, a mudança
resultante na energia para estes passos.

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Fig. Variações de entalpia ao ser formada urna solução ideal. O processo em três etapas e o de
formação direta começam e terminam ambos no mesmo ponto, com idêntica variação total de entalpia. A
soma dos valores positivos de H para as duas etapas endotérmicas, 1 e 2, é igual em módulo ao valor negativo
de H para a etapa exotérmica 3. Logo, a variação total H na formação de uma solução ideal é nula.

6.3) Soluções ideais


O diagrama de entalpia na Figura anterior mostra a hipótese quando a soma das energias
necessárias para as Etapas 1 e 2 é igual à energia liberada na Etapa 3, e assim o valor de Hsol, é
igual a zero. Este caso é muito semelhante a quando fazemos uma solução de benzeno e tetracloreto
de carbono. As forças de atração entre as moléculas do benzeno são praticamente as mesmas que as
do CCI4, ou entre as moléculas do benzeno e as do CCI4. Se todas estas forças intermoleculares forem
idênticas, o resultante Hsol, seria exatamente igual a zero e a solução poderia ser chamada de solução
ideal. Note bem a diferença entre uma solução ideal e um gás ideal. Em um gás ideal não existem
forças de atração. Em uma solução ideal existem forças de atração, mas elas se anulam.

A acetona e a água formam uma solução exotermicamente (veja Figura seguinte (a)). Com estes
líquidos, a terceira etapa libera mais energia que a soma das duas primeiras etapas, pois as moléculas de
acetona atraem as moléculas de água com mais intensidade do que atraem as suas próprias moléculas.

O álcool etílico e o hexano formam uma solução endotermicamente (veja Figura seguinte (b)).
Neste caso, a liberação de energia na terceira etapa não é suficiente para compensar a energia
necessária para as etapas 1 e 2 e a solução fica "fria" quando se forma. O motivo aqui é que as
moléculas do álcool etílico se atraem mais intensamente do que atraem as moléculas do hexano. As
moléculas do hexano não podem se "misturar" entre as moléculas do álcool sem que sejam quebradas
algumas das ligações de hidrogênio.

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Fig. Variações de entalpia quando é formada uma solução real. Como Hsol, é uma função de estado,
o caminho em várias etapas e o direto resultam na mesma variação total de entalpia. (a) O processo é
exotérmico. (b) O processo é endotérmico.

6.4) Soluções de gases e líquidos


A formação de uma solução de um gás e um líquido normalmente é exotérmica quando
utilizamos água como solvente. O gás já é expandido em seu estado natural, assim não haverá
gasto de energia para "expandir o soluto". O solvente, entretanto, precisa ser expandido para dar lugar
às moléculas do gás, o que requer uma pequena quantidade de energia - pequena porque as forças
de atração não são muito afetadas quando as moléculas do solvente são levemente separadas.
Quando as moléculas de gás finalmente preenchem o espaço entre as moléculas do líquido, o
resultante H sol depende de quão fortemente as moléculas do gás são atraídas pelas moléculas do
solvente (líquido). Se esta força de atração for suficientemente grande, há uma queda na energia
potencial durante a formação da solução - a formação será exotérmica. Isto ocorre porque as moléculas
do gás partem de uma situação onde as forças de atração são praticamente nulas para uma situação
onde existem forças de atração significativas. A mudança resultante na energia associada às duas
etapas de expandir levemente o solvente e preencher os espaços com as moléculas do soluto é a
energia de dissolução.

7) A solubilidade de gases em líquidos

I) A Influência da Temperatura na Solubilidade de um Gás em um Líquido

A Tabela nos fornece dados para as solubilidades em água de muitos gases comuns, a diferentes
temperaturas e a pressão constante de 1 atm. Podemos observar que a pressão constante, as
solubilidades dos gases em água sempre diminuem com o aumento da temperatura. (Esta generalização
não deve ser estendida para solventes não-líquidos, onde a situação é bem mais complexa.)

II) Influência da Pressão na Solubilidade dos Gases

A solubilidade de um gás em um líquido é afetada não somente pela temperatura, mas também pela
pressão. Os gases da atmosfera, por exemplo, principalmente o oxigênio e o nitrogênio, não são muito
solúveis em água a baixas pressões, mas quando aumentamos a pressão eles se tomam incrivelmente
solúveis.

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Fig. Solubilidade em água como função da pressão para dois gases. A quantidade de gás dissolvida
é maior, à medida que a temperatura aumenta.

Para gases que não reagem com o solvente. existe uma regra simples relacionando a pressão
do gás e sua solubilidade - a lei de solubilidade e pressão, normalmente chamada de lei de Henry,
em homenagem a William Henry.

Fig. Como o aumento na pressão eleva a solubilidade de um gás em um líquido. (a) A uma dada
pressão. a fase de vapor e a solução ficam em equilíbrio. (b) Um aumento na pressão perturba este equilíbrio.
Há mais moléculas de gás sendo dissolvidas do que deixando a solução. (c) 0 equilíbrio foi restabelecido, com
uma quantidade maior de gás dissolvida no líquido.

III) Lei de Henry (Lei da Pressão-Solubilidade)


A concentração de um gás em um líquido a qualquer temperatura é diretamente proporcional à pressão
parcial do gás na solução.

C = k . P (T é constante)

Na equação, C é a concentração do gás e P é a pressão parcial do gás acima da solução. A constante


de proporcionalidade, k, chamada de constante da lei de Henry, é única para cada gás. (Observe que
consideramos a temperatura constante.) A equação é verdadeira somente com baixas concentrações e
pressões e, como já dissemos, para gases que normalmente não reagem com o solvente.
Uma expressão alternativa (e muito utilizada) para a lei de Henry é
C1 C2

P1 P2
onde C1 e P1 se referem às condições iniciais e C2 e P2 às condições finais.

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A Equação é verdadeira, pois as duas razões C1/P1 e C 2/P2 são iguais à mesma constante da Lei de
Henry, kg.

EXEMPLO 1
Utilização da Lei de Henry
A solubilidade do N2 em água a 20°C é 0,0150 g L–1 quando a pressão parcial do nitrogênio é de 580 torr. Qual
será a solubilidade do nitrogênio na água se mantivermos a temperatura, mas aumentarmos a pressão parcial
para 800 torr?

Análise: Este problema discute o efeito da pressão do gás em sua solubilidade, assim podemos aplicar a lei de
Henry. Utilizaremos esta lei na forma da Equação estudada, pois desta forma não precisamos saber ou calcular
a constante de Henry.

Solução: Vamos primeiro organizar os dados.


C1 = 0,0150 g L–1 C2 = ?
P1 = 580 torr P2 = 800 torr
Utilizando a Equação adequada, temos
1
0,0150gL C2

580torr 800torr
Resolvendo para C.
C2 = 0,0207 g L–1

O aumento da pressão fez com que a solubilidade mudasse para 0,0207 g L–1.

Aplicação:
Doença das bolhas
Quando pessoas, como mergulhadores, trabalham onde a pressão do ar está muito acima do normal,
elas têm que ser cuidadosas e retornar lentamente para a pressão atmosférica normal. Eles sofrem o perigo da
"doença das bolhas", dores nas juntas e nos músculos, paralisia, tontura e morte. Cada 10 m de profundidade
na água aumenta 1 atm na pressão. Trabalhadores que cavam túneis muito profundos também sofrem este
risco.
As bolhas ocorrem porque a solubilidade do nitrogênio e do oxigênio no sangue é maior sob pressões
mais altas, como diz a lei de Henry. Uma vez que o sangue tenha estes gases em abundância, eles não podem
ser retirados subitamente. Se aparecerem micro-bolhas de nitrogênio ou oxigênio nos capilares, irão bloquear o
fluxo de sangue. Isto provoca uma dor muito forte nas articulações e qualquer redução no fluxo sanguíneo para
o cérebro pode ser extremamente perigoso.
É expressamente recomendado cerca de 20 minutos de descompressão para cada atmosfera de
pressão acima do normal. Isto é necessário para que o sistema respiratório possa expelir o nitrogênio em
excesso e para o organismo metabolizar o oxigênio em excesso.

8) Solubilidades de gases que reagem com a água


Os gases dióxido de enxofre, amônia e o dióxido de carbono são muito mais solúveis em água que
o oxigênio ou o nitrogênio (veja Tabela ). Uma das razões é que as moléculas de SO2 NH3 e CO 2
possuem ligações polares e locais de carga parcial que atraem as moléculas de água, formando
ligações de hidrogênio que ajudam a manter os gases na solução, além disso esses gases acabam
reagindo com a água, o que ocasiona um aumento da sua solubilidade .
Os gases mais solúveis também têm uma certa tendência a reagir com a água, à medida que
é atingido o equilíbrio químico representado abaixo.

As reações diretas contribuem para as concentrações mais altas de gases na solução, se


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comparadas a gases como O 2 e N 2, que não reagem normalmente com a água. O trióxido de
enxofre é extremamente solúvel em água porque reage quantitativamente para formar ácido
sulfúrico.
SO3(g)  H2O  H2SO 4(aq)

9) Dispersões coloidais

I) Importância das Dimensões das Partículas: Soluções, Dispersões Coloidais e


Suspensões
Conforme mencionamos neste módulo, as dimensões das partículas, bem mais que seu número
relativo ou seu tipo, afetam as propriedades físicas das misturas homogêneas. Se, por exemplo,
misturarmos areia fina com água e agitarmos a mistura continuamente, ela parecerá algo homogênea,
mas, se pararmos de agitá-la, as partículas de areia logo irão se sedimentar. Não acontece nada parecido
quando dissolvemos sal ou açúcar na água. Íons e moléculas não sedimentam em solução. Seus
pesos são muito pequenos, e assim a gravidade não consegue superar a influência da agitação
térmica, que tende a manter a mistura.
A mistura em movimento de areia e água é um exemplo de suspensão. Para formar
suspensões, as partículas precisam ter pelo menos una dimensão maior que cerca de 1.000 nm (1µm).
Suspensões que não sedimentam subitamente, como a areia fina na água, podem quase sempre ser
separadas por filtração utilizando um papel de filtro comum ou uma centrífuga de laboratório. O rotor de
alta velocidade de uma centrífuga cria uma força inercial, que atua como a gravitação, suficiente para
deslocar o material em suspensão através do fluido em direção ao fundo do recipiente que, quando a
centrífuga está em operação, fica em posição horizontal.

II) Propriedades e Tipos de Dispersões Coloidais


Uma dispersão coloidal - muitas vezes chamada simplesmente colóide - é uma mistura onde as
partículas dispersas têm pelo menos uma dimensão na faixa de 1 a 1.000 nm (ver Tabela seguinte).

Tipos de
Disperso Dispersante Exemplos
coloides
Pedras preciosas coloridas (rubi: CrO3 em Al2O3; safira: FeO e
Sol-sólido Sólido Sólido Fe2O3 em Al2O3).

Goma-arábica (goma em água), gelatina (proteína em água).


Sol (hidrossol) Sólido Líquido

Fumaça de cigarro, partículas de poeira ou fuligem dispersas no


Aerossol sólido
Sólido Gás ar.
Minúsculas gotas de um líquido dispersas em um gás: neblina
Aerossol líquido Líquido Gás (água em ar), spray de perfumes e inseticidas.

Manteiga e margarina (água em gordura), geleia (água em


Líquido Sólido pectina), tintas tixotrópicas.
Gel
Líquido Líquido Água e óleo com detergente, leite (gordura e água estabilizados pela
Emulsão caseína), maionese (vinagre e azeite estabilizados pela lecitina).

Maria-mole (ar disperso em clara de ovo), pedra-pomes (ar disperso


Gás Sólido na rocha), polímeros expandidos, isopor (poliestireno), poliuretano.
Espuma sólida

Espuma líquida Creme chantilly (ar disperso em creme de leite).


Gás Líquido

Partículas em dispersão coloidal são em geral muito pequenas para serem retidas pelo papel de filtro comum.
A tendência à não separação das dispersões coloidais em estado fluido é reforçada pelas colisões
sofridas pelas partículas dispersas por causa do movimento constante das moléculas do "solvente". O
movimento aleatório de partículas em dispersão coloidal causado por este bombardeio anisotrópico é
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denominado movimento Browniano, em homenagem ao botânico escocês Robert Brown (1773 - 1858). Ele
observou o fenômeno pela primeira vez quando estudou grãos de pólen em água com o auxílio de uni
microscópio. É claro que partículas em suspensão sofrem o mesmo efeito, mas elas são muito pesadas para
que isto evite sua sedimentação. Isto só pode ser conseguido pela agitação constante da mistura.
Dispersões coloidais de um líquido em outro são chamadas emulsões. São em geral relativamente
estáveis, desde que um terceiro componente, denominado agente emulsificante, esteja presente. A
maionese, por exemplo, é uma emulsão de azeite em água (Fig. seguinte), obtida colocando-se azeite em uma
solução diluída de um ácido orgânico comestível. O agente emulsificante é a lecitina, um componente da clara
de ovo. Suas moléculas fazem com que cada gotícula de azeite fique com a superfície eletricamente
carregada, evitando que se agrupem. No leite homogeneizado, as micropartículas de gordura estão cobertas
com uma proteína chamada caseína.

Também é possível obter emulsões de água em óleo (Fig. seguinte); um exemplo é a


margarina. onde o agente emulsificante é obtido da soja.

O amido tem moléculas de grandes dimensões e forma uma dispersão coloidal na água. As
misturas de amido coloidais têm em geral, uma aparência leitosa. podendo até ser opacas, pois as
partículas coloidais são grandes o suficiente para refletir e espalhaa luz visível. Mesmo quando um feixe
luminoso é focalizado sobre uma dispersão de amido tão diluída que parece clara como água a trajetória
da luz é revelada pelo espalhamento lateral da radiação (veja Fig. seguinte). O espalhamento da luz por
dispersões coloidais é chamado efeito Tyndall, homenageando John Tyndall (18201893), um cientista
britânico. Em soluções verdadeiras, no entanto, os solutos são formados por partículas muito pequenas,
que nãco espalham a luz. Assim, o efeito Tyndall não ocorre em soluções.

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Fig. O efeito Tyndall: espalhamento da luz, por dispersões coloidais. O tubo à esquerda contém uma dispersão
coloidal de amido, enquanto o tubo à direita contém uma dispersão coloidal de Fe 2O3 em água. O tubo do meio
contém uma solução de Na2Cr2O7, um soluto colorido. O feixe estreito de luz laser vermelha é parcialmente
espalhado nas duas dispersões coloidais, de modo que podemos vê-lo, mas atravessa a solução sem sofrer nenhum
espalhamento.

O efeito Tyndall é muito comum. Quando você vê "os raios" de Sol nas clareiras da floresta ou
entre as nuvens, está vendo o efeito Tyndall. A luz do Sol é desviada pelas partículas coloidais de
fumaça ou gotículas de líquidos dispersas. Nem todos os comprimentos de onda de luz visível são
igualmente desviados. Como resultado, quando o Sol está próximo ao horizonte e o ar contém
fumaça, observamos cores brilhantes no céu.

Os colóides que têm a água como meio de dispersão são classificados como hidrofóbico e
hidrofílico;

Colóide Hidrofóbico: as forças atrativas entre a água e a superfície coloidal são fracas;
Ex. dispersão de metais e de sais pouco solúveis em água;

Colóide Hidrofílico: as forças atrativas entre a água e a superfície coloidal são fortes; geralmente
existem grupos –OH ou –NH2 nas partículas coloidais;

Formam-se pontes de hidrogênio com a água


Ex. proteínas; amido;
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Peptização e pectização
Adição de água = peptização
GEL SOL
retirada de água = pectização

Tixotropia
É a propriedade que alguns géis possuem de se reverterem temporariamente a sol, ao serem
submetidos à ação de uma força ou agitação. Quando cessa a ação o sol se reverte a gel.
Ex.: algumas tintas são géis tixotrópicos;

Colóide protetor: é um colóide liófilo que se adiciona a um colóide liófobo para aumentar a estabilidade
deste último. O colóide protetor vai atuar como camada de solvatação.
Ex.: As gotículas de gordura se dispersam na água, com o auxílio dos sabões ou detergentes;
Na maionese, as gotículas de óleo de cozinha se dispersam no vinagre, “protegias” por colóides
existentes na gema do ovo;
Na tinta nanquim, as partículas do negro-de-fumo (carvão finamente dividido) se mantêm dispersas na
água, com o auxílio de gomas;

Eletroforese: Como todas as partículas de um disperso possuem a mesma carga, se a dispersão for
submetida a um campo elétrico, todas as partículas do disperso vão migrar para o mesmo pólo;

a) Anaforese: Ocorre quando as partículas do disperso têm carga negativa. As partículas do disperso
migram para o pólo positivo do campo elétrico (ânodo).

b) Cataforese: Ocorre quando as partículas do disperso têm carga positiva. As partículas do disperso
migram para o pólo negativo do campo elétrico (cátodo).

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Anaforese Cataforese

Ponto isoeletrônico: Como a carga elétrica de um colóide depende da quantidade e da natureza dos
íons presentes no sistema, é possível transformar um colóide com partículas coloidais positivas em
negativas e vice-versa. O ponto onde as micelas são neutras é chamado de ponto isoeletrônico;

Dispersão A: Partículas do Dispersão B: Partículas do


disperso com carga positiva Adição de ânions
Ponto isoeletrônico disperso com carga negativa
Retirada de cátions

-
R CH COOH + OH R CH COO - + H2O
NH2 NH2
Proteína negativa
+
R CH COOH + H3O R CH COOH + H2O
NH2 NH3+
Proteína positiva

Purificação de Colóides
a) Diálise: É um método de purificação de colóides usado para separar impurezas altamente solúveis
no dispergente. Baseia-se na diferença de velocidade com que ocorre a difusão de uma solução e de
um colóide através de uma membrana semipermeável.
b) Eletrodiálise: Quando as impurezas que contaminam o colóide são de natureza iônica, é possível
acelerar a difusão dessas impurezas pelo dialisador aplicando-se um campo elétrico na diálise;

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10) Sabões e detergentes


A regra "o semelhante dissolve o semelhante" ajuda a explicar a atuação de sabões e
detergentes. Substâncias oleosas e gordurosas constituem a "cola" que faz a sujeira aderir aos tecidos
ou à pele. A água quente sozinha é muito pouco eficaz na remoção destes resíduos, mas mesmo
uma pequena quantidade de detergente faz uma grande diferença.
Todos os detergentes têm uma característica comum, sejam eles iônicos ou moleculares. Suas
estruturas incluem uma longa cadeia ('cauda') de hidrocarbonetos, não-polar, ligada a uma "cabeça"
extremamente polar, ou iônica. No caso de um sabão comum típico, por exemplo, temos o seguinte
ânion. (O cátion balanceador de carga é o Na +, na maioria dos sabões.)

A cauda deste composto, como a de todos os hidrocarbonetos, é não-polar, e assim tem uma
forte tendência a se dissolver em óleo ou gordura. mas não em água. Sua tendência natural é evitar
a água; dizemos que a cauda é hidrófoba (não tem afinidade pela água). O íon como um todo é
arrastado para uma solução em água quente somente por causa da sua cabeça iônica, que pode ser
hidratada. Dizemos que esta cabeça iônica é hidrófila (amiga da água). Para minimizar os contatos
entre as caudas hidrófobas e a água e para maximizar os contatos entre as cabeças hidrófilas e a
água, os ânions do sabão se juntam em grupos de dimensões coloidais denominados micelas de
sabão (veja Fig. seguinte).

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Fig. Micelas de sabão. A formação das micelas de sabão é


induzida pela tendência a evitar a água das "caudas
hidrófobas" das unidades do sabão e pela tendência a atrair
água de suas "cabeças hidrófilas'".

Quando as micelas encontram um filme de gordura, seus ânions encontram algo a mais que
pode acomodar caudas hidrófobas (veja Fig. seguinte). As caudas de um número enorme de ânions do
sabão penetram no filme; em um certo sentido elas se dissolvem na gordura ou no óleo. As cabeças
hidrófilas, no entanto, não serão arrastadas para a gordura; elas permanecem na água. Com uma
pequena agitação produzida, por exemplo, por uma máquina de lavar roupa, a película gordurosa se
fragmenta em incontáveis gotas minúsculas cada uma delas envolvida por um grande número de
cabeças negativamente carregadas. Como as gotas, agora em dispersão coloidal, têrn cargas de
mesmo sinal, elas se repelem e não podem agrupar-se novamente. A película gordurosa foi, para todos
os fins práticos, dissolvida e será enviada para a destruição por bactérias nas estações de tratamento
de água ou no solo.

Ao lavarmos um prato sujo de óleo, forma-se o que os químicos chamam de micela, uma gotícula
microscópica de gordura envolvida por moléculas de sabão, orientadas com a cadeia apolar direcionada
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para dentro (interagindo com o óleo) e a extremidade polar para fora (interagindo com a água).
A água usada para enxaguar o prato interage com a parte externa da micela, que é constituída pelas
extremidades polares das moléculas de sabão. Assim, a micela é dispersa na água e levada por ela, o
que torna fácil remover, com auxílio do sabão, sujeiras apoiares.
O processo de formação de micelas é denominado emulsificação. O esquema abaixo ilustra esse
processo. Dizemos que o sabão atua como emulsificante ou emulsionante, ou seja, ele tem a
propriedade de fazer com que o óleo se disperse na água, na forma de micelas.

Os detergentes sintéticos atuam da mesma maneira que os sabões, porém diferem deles na
estrutura da molécula. Sabões são sais de ácido carboxílico de cadeia longa, e detergentes sintéticos, na
grande maioria, são sais de ácidos sulfônicos de cadeia longa. Atualmente existem muitos outros tipos
de detergentes com estruturas diferentes, mas que, invariavelmente, possuem uma longa cadeia apoiar
e uma extremidade polar.

Os detergentes sintéticos podem ser aniônicos ou catiônicos, dependendo da carga do íon orgânico
responsável pela limpeza.

Há também, no mercado, alguns produtos que contêm detergentes não-iônicos. Um exemplo é o da


seguinte substância.

Detergentes catiônicos
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Os detergentes catiônicos do tipo sal de amônio quaternário possuem efeito germicida, isto é,
matam microrganismos (germes), tais como bactérias e fungos.

Por esse motivo, ao ler o rótulo de alguns produtos desinfetantes para uso sanitário, você encontrará
inscrições do tipo “ingrediente ativo: quaternário de amônio”.
Outra interessante aplicação dos detergentes catiônicos está nos líquidos para enxaguar e
higienizar a boca. Muitos deles contêm cloreto de cetilpiridínio, que atua como detergente na remoção
das sujeiras que se acumulam nos dentes e têm relação com a formação da placa bacteriana. Sua fórmula
estrutural é:

10.1. Impacto ambiental de sabões e detergentes

Diariamente, sabões e detergentes usados nas residências atingem o sistema de esgotos e acabam
indo parar em rios e lagos. Lá, com o movimento das águas, formam uma camada de espuma na
superfície, que impede a entrada de oxigênio, essencial para a vida dos peixes.
As aves aquáticas também são muito prejudicadas com a poluição da água por sabões e
detergentes. Elas possuem um revestimento de óleo em suas penas e bóiam na água graças à
camada de ar que fica presa debaixo delas. Quando esse revestimento é removido, essas aves não
conseguem mais boiar e se afogam.
Após algum tempo, esses resíduos de sabões são decompostos sob a ação dos microrganismos
que vivem no ambiente aquático. A esse processo damos o nome de biodegradação.
Sabões são fabricados a partir de substâncias presentes na natureza viva (os óleos e as gorduras)
e existem muitos microrganismos capazes de degradá-los. Todo sabão é biodegradável.
Já os detergentes sintéticos podem ou não ser biodegradáveis. Experiências mostram que os
detergentes de cadeia carbônica não-ramificada são biodegradáveis, ao passo que os de cadeia
ramificada não são. A legislação atual exige que os detergentes sejam biodegradáveis.

Em certas regiões a água é rica em íons Ca 2+ e/ou Mg2+. Esse tipo de igual é chamado de água
dura. Nela, os sabões não atuam de modo satisfatório, pois ocorre uma reação entre esses cátions e o
ânion do sabão, formando um precipitado (composto insolúvel). Isso pode diminuir ou até mesmo anular
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completamente a eficiência da limpeza.

Para resolver esse problema, os fabricantes adicionam ao produto uma substância conhecida como
agente sequestrante, cuja função é precipitar os íons Ca 2+ e Mg2+ antes que eles precipitem o sabão.
Um dos agentes sequestrantes mais usados é o tripolifosfato de sódio Na 5P3O10.
Há, no entanto, um inconveniente no uso desses agentes. Eles são nutrientes de algas e,
quando vão parar num lago, favorecem a proliferação delas. Esse crescimento exagerado impede
a entrada de luz solar; assim, as algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a apodrecer.
Esse apodrecimento consome oxigênio da água, o que, por sua vez, acarreta a morte dos peixes
Esse processo e chamado de eutrofização do lago (do grego eu, “bem’, e trophein, nutrir”).

10.2. Sabões e detergentes são tensoativos

Se colocarmos uma pequena agulha com cuidado sobre a superfície da água pura, ela permanecerá
aí. Se, no entanto, adicionarmos uma gota de detergente, imediatamente ela afundará.

A água possui uma alta tensão superficial, ou, em outras palavras, sua superfície possui uma
resistência a ser atravessada. Isso é explicado pelas pontes de hidrogênio quç mantêm as moléculas
fortemente unidas.

A presença de sabões e detergentes diminui a tensão superficial, porque essas substâncias tendem
a se acumular na superfície, diminuindo a força atrativa entre as moléculas. Dizemos que são agentes
tensoativos ou surfactantes, pois atuam sobre a tensão superficial.

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10.3. Sabões x detergentes


a) Água dura = água com elevada concentração de íons: Ca 2+, Mg2+ ou Fe3+.

b) em meio ácido

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ESTUDO DAS SOLUÇÕES a) Qual das curvas, A ou B, corresponde ao tipo de


Exetcícios de Aprendizagem refrigerante escolhido por Rango? Justifique.

01. (Unicamp) Ainda sonolentos, saem em direção ao local b) Calcule a porcentagem em massa de sacarose no
da ocorrência e resolvem parar num posto de combustível. - refrigerante comum. Explicite como obteve o resultado.
Complete! - diz Rango ao frentista. Assim que o rapaz
começa a colocar álcool no tanque, Estrondosa grita: - Pare!
Pare! Este carro é a gasolina! - Ainda bem que você percebeu 03. (Ita) A figura abaixo mostra a curva de solubilidade do
o engano - disse Rango. - Amigo! Complete o tanque com brometo de potássio (KBr) em água:
gasolina. O nosso herói procedeu assim porque calculou que,
com o volume de álcool anidro colocado no tanque,
adicionando a gasolina contendo 20% (volume/volume) de
etanol, obteria um combustível com 24% de etanol
(volume/volume), igual àquele vendido nos postos até pouco
tempo atrás.
a) Sabendo-se que o volume total do tanque é 50 litros, qual
é a quantidade total de álcool, em litros, no tanque agora
cheio?
b) Que volume de etanol anidro o frentista colocou por
engano no tanque do carro?

02. (Unicamp) Enquanto estudavam a ficha cadastral do Dados


vigia, Estrondosa e Rango resolveram tomar um refrigerante. Massa molar (g/mol): K = 39,10; Br = 79,91
Numa tina com água e gelo havia garrafinhas plásticas de um Baseando nas informações apresentadas na figura é
mesmo refrigerante "diet" e comum. O refrigerante comum ERRADO afirmar que
contém sacarose. O "diet" é adoçado com substâncias que a) a dissolução do KBr em água é um processo endotérmico.
podem ser até 500 vezes mais doces do que a sacarose. Sem b) a 30°C, a concentração de uma solução aquosa saturada
se preocupar com os rótulos, que haviam se soltado, Rango em KBr é de aproximadamente 6mol/kg (molal).
pegou duas garrafas que estavam bem à tona, desprezando as c) misturas correspondentes a pontos situados na região I da
que estavam mais afundadas na água. Considere que um figura são bifásicas.
refrigerante é constituído, essencialmente, de água e de um d) misturas correspondentes a pontos situados na região II da
adoçante, que pode ser sacarose ou outra substância, já que, figura são monofásicas.
para um mesmo refrigerante, todos os outros constituintes e) misturas correspondentes a pontos situados sobre a curva
são mantidos constantes. A figura mostra os dados relativos são saturadas em KBr.
à massa de refrigerante em função do seu volume. Sabe-se,
também, que em 100mL de refrigerante comum há 13g de 04. (Fuvest) 160 gramas de uma solução aquosa saturada de
sacarose. sacarose a 30°C são resfriados a 0°C. Quanto do açúcar
cristaliza?
Temperatura °C Solubilidade da sacarose
g/100 g de H‚O

0 180
30 220
a) 20 g.
b) 40 g.
c) 50 g.
d) 64 g.
e) 90 g.

05. (Fuvest) Industrialmente, o clorato de sódio é produzido


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pela eletrólise da salmoura* aquecida, em uma cuba


eletrolítica, de tal maneira que o cloro formado no anodo se
misture e reaja com o hidróxido de sódio formado no catodo.
A solução resultante contém cloreto de sódio e clorato de
sódio.

2NaCl(aq) + 2H‚O(Ø) ëCl‚(g) + 2NaOH(aq) + H‚(g)

3Cl‚(g) + 6 NaOH(aq) ë 5NaCl(aq) + NaClOƒ(aq) +


3H‚O(Ø)

Considerando-se as informações fornecidas por esse gráfico


e outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO
afirmar que
a) a dissolução do CaCØ‚ diminui a energia cinética média
das moléculas de água.
b) a dissolução do KCØ é um processo exotérmico.
c) a entalpia de dissolução do CaCØ‚ é maior que zero.
d) a solubilidade do KCØ aumenta com o aumento da
temperatura.

* salmoura = solução aquosa saturada de cloreto de sódio 07. (Fuvest) A recristalização consiste em dissolver uma
substância a uma dada temperatura, no menor volume de
Ao final de uma eletrólise de salmoura, retiraram-se da cuba solvente possível e a seguir resfriar a solução, obtendo-se
eletrolítica, a 90 °C, 310 g de solução aquosa saturada tanto cristais da substância.
de cloreto de sódio quanto de clorato de sódio. Essa amostra Duas amostras de ácido benzóico, de 25,0g cada, foram
foi resfriada a 25 °C, ocorrendo a separação de material recristalizadas em água segundo esse procedimento, a seguir:
sólido. a) Calcule a quantidade de água necessária para a dissolução
de cada amostra.
a) Quais as massas de cloreto de sódio e de clorato de sódio b) Qual das amostras permitiu obter maior quantidade de
presentes nos 310 g da amostra retirada a 90 °C? Explique. cristais da substância? Explique.
b) No sólido formado pelo resfriamento da amostra a 25 °C, Dados: curva de solubilidade do ácido benzóico em água
qual o grau de pureza (% em massa) do composto presente (massa em gramas de ácido benzóico que se dissolve em
em maior quantidade? 100g de água, em cada temperatura).
c) A dissolução, em água, do clorato de sódio libera ou
absorve calor? Explique.

06. (Ufmg) Numa aula no Laboratório de Química, os alunos


prepararam, sob supervisão do professor, duas soluções
aquosas, uma de cloreto de potássio, KCØ, e uma de cloreto
de cálcio, CaCØ‚. Após observarem a variação da
temperatura em função do tempo, durante o preparo de cada
uma dessas soluções, os alunos elaboraram este gráfico:

08. (Fuvest) Uma mistura constituída de 45g de cloreto de

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sódio e 100mL de água, contida em um balão e inicialmente b) 110


a 20°C, foi submetida à destilação simples, sob pressão de c) 300
700 mm Hg, até que fossem recolhidos 50 mL de destilado. d) 330
O esquema a seguir representa o conteúdo do balão de 10. (Ufsc) O gráfico abaixo mostra a variação nas
destilação, antes do aquecimento: concentrações de soluções saturadas de dois sais em
água, Li2SO4 (reta descendente) e NH4C (reta
ascendente), individualmente, em função da variação
na temperatura da solução. A concentração é expressa
em termos de percentual massa/massa, ou seja, a
massa do sal dissolvido em 100 g da solução.

a) De forma análoga à mostrada acima, represente a fase de


vapor, durante a ebulição.
b) Qual a massa de cloreto de sódio que está dissolvida, a
20°C, após terem sido recolhidos 50mL de destilado?
Justifique.
c) A temperatura de ebulição durante a destilação era igual,
maior ou menor que 97,4°C? Justifique.
Com base nos dados do gráfico acima, é CORRETO
afirmar que:
Dados: Curva de solubilidade do cloreto de sódio em água: 01) o sulfato de lítio é menos solúvel que o cloreto de
Ponto de ebulição da água pura a 700mmHg: 97,4°C amônio.
02) em água a 30°C, é possível dissolver uma massa
9. (Uerj) Um laboratorista precisa preparar 1,1 kg de maior de cloreto de amônio do que de sulfato de
solução aquosa saturada de um sal de dissolução lítio.
exotérmica, utilizando como soluto um dos três sais 04) o gráfico sugere que a dissolução do sulfato de lítio
disponíveis em seu laboratório: X, Y e Z. A temperatura constitui um processo exotérmico, ao passo que a
final da solução deverá ser igual a 20 °C. dissolução do cloreto de amônio tem caráter
Observe as curvas de solubilidade dos sais, em endotérmico.
gramas de soluto por 100 g de água: 08) a solubilidade do sulfato de lítio seria maior em
uma solução contendo Na2SO4 do que em água
pura.
16) em água a 0°C, a concentração molar de uma
solução saturada de sulfato de lítio é maior que a
concentração molar de uma solução saturada de
cloreto de amônio.
32) em água a 50°C, é possível dissolver 30 g de
sulfato de lítio, mas não é possível dissolver
completamente 30 g de cloreto de amônio.

11. (Fuvest) O rótulo de um frasco contendo


determinada substância X traz as seguintes
informações:

Descrição ou
Propriedade
valor
Cor Incolor
A massa de soluto necessária, em gramas, para o Inflamabilidade Não inflamável
preparo da solução equivale a: Odor Adocicado
a) 100 Ponto de Fusão - 23 ºC
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Ponto de ebulição a 1 atm 77ºC 30 g/L e 40 g/L, respectivamente.


Densidade a 25ºC 1,59 / cm3
Solubilidade em água a 13. (Ufg) Uma solução saturada de K2Cr2O7 foi
0,1 g/ 100 g de H2O
25ºC preparada com a dissolução do sal em 1,0 kg de água.
A influência da temperatura sobre a solubilidade está
representada na figura a seguir.
a) Considerando as informações apresentadas no
rótulo, qual é o estado físico da substância contida no
frasco, a 1 atm e 25 ºC? Justifique.
b) Em um recipiente, foram adicionados, a 25 ºC, 56,0
g da substância X e 200,0 g de água. Determine a
massa da substância X que não se dissolveu em
água. Mostre os cálculos.
c) Complete o esquema da página de resposta,
representando a aparência visual da mistura formada
pela substância X e água quando, decorrido certo
tempo, não for mais observada mudança visual.
Justifique.

Dado: densidade da água a 25 °C = 1,00 g / cm3

12. (ifba)

Com base nos dados apresentados, as massas dos


dois íons resultantes da dissociação do K2Cr2O7 , a
50 °C, serão aproximadamente, iguais a:
Dado: Densidade da água: 1,0 g mL
a) 40 e 105 g
b) 40 e 260 g
c) 80 e 105 g
d) 80 e 220 g
e) 105 e 195 g

ESTUDO DAS SOLUÇÕES


Exercícios de Fixação
O comportamento do gás oxigênio com a variação de 01. (Unesp) A poluição térmica, provocada pela utilização
temperatura descrito no gráfico, bem como o de água de rio ou mar para refrigeração de usinas
comportamento físico geral dos gases, permitem termoelétricas ou nucleares, vem do fato da água retornar ao
afirmar corretamente que
ambiente em temperatura mais elevada que a inicial. Este
a) as forças atrativas se sobrepõem às forças de
repulsão entre as moléculas do gás oxigênio com o aumento de temperatura provoca alteração do meio
aumento da temperatura. ambiente, podendo ocasionar modificações nos ciclos de
b) as colisões entre as moléculas de um gás vida e de reprodução e, até mesmo, a morte de peixes e
aumentam de frequência com o aumento de plantas. O parâmetro físico-químico alterado pela poluição
temperatura, à pressão constante, diminuindo a
velocidade média das moléculas e reduzindo sua térmica, responsável pelo dano ao meio ambiente, é
solubilidade em água. a) a queda da salinidade da água.
c) a solubilidade de um gás em um líquido depende da b) a diminuição da solubilidade do oxigênio na água.
energia cinética das moléculas do gás e da pressão c) o aumento da pressão de vapor da água.
exercida sobre o sistema que comporta o soluto
d) o aumento da acidez da água, devido à maior dissolução
gasoso e o solvente líquido.
d) dois reservatórios de água mantidos sob as mesmas de dióxido de carbono na água.
condições de limpeza e pressão de 1 atm, localizados e) o aumento do equilíbrio iônico da água.
na Bahia, a 35º C, e no Paraná, a 20º C, terão a mesma
concentração de O2(g) dissolvido na água. 02. (Fatec ) As solubilidades em água, a 20°C, de algumas
e) as concentrações de O2(g) dissolvido em amostras
substâncias e suas respectivas massas molares, são
de água do mar Báltico e do mar Vermelho
independem de suas concentrações salinas, que são apresentadas na tabela a seguir:
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aberto, a 30°C. Após algum tempo, começou a cristalizar o


soluto. Qual volume mínimo e aproximado, em mL, de água
deve ter evaporado quando se iniciou a cristalização?
Dados:
solubilidade, a 30°C, do cloreto de sódio = 35g/100g de
água; densidade da água a 30°C = 1,0g/mL.
a) 20.
b) 40.
c) 80.
d) 100.
e) 160.

Considerando-se 05. (Fei) A tabela a seguir fornece as solubilidades do KCØ


- volumes iguais de soluções saturadas a 20°C dessas e do Li‚COƒ a várias temperaturas.
substâncias e
- os sais totalmente dissociados.
a substância que apresentará maior número de partículas em
solução é a de
a) NaNOƒ
b) NaBr
c) NaI
d) C‚H‚‚O
e) (NH„)‚SO„

03. (Ufscar) As solubilidades dos sais KNOƒ e Ce‚(SO„)ƒ


Assinale a alternativa falsa:
em água, medidas em duas temperaturas diferentes, são
a) a dissolução do KCØ em água é endotérmica
fornecidas na tabela a seguir.
b) o aquecimento diminui a solubilidade do Li‚COƒ em água
c) a massa de KCØ capaz de saturar 50g de água, a 40°C, é
20g
d) ao resfriar, de 50°C até 20°C, uma solução que contém
inicialmente 108mg de Li‚COƒ em 100g de água, haverá
precipitação de 25mg de Li‚COƒ
e) a 10°C, a solubilidade do KCØ é maior do que a do Li‚COƒ

Com base nestes dados, pode-se afirmar que: 06. (Uepg) A solubilidade do nitrato de potássio em água,
a) a dissolução de KNOƒ em água é um processo
em função da temperatura, é dada na tabela abaixo.
exotérmico. Considerando-se soluções de KNO3 em 100 g de água,
b) a dissolução de Ce‚(SO„)ƒ em água é acompanhada de assinale o que for correto.
absorção de calor do ambiente.
c) os dois sais podem ser purificados pela dissolução de Temperatura (°C) 0 20 40 60 100
cada um deles em volumes adequados de água a 80°C, Solubilidade do
seguido do resfriamento de cada uma das soluções a 10°C. KNO3 (g 100 g de 13,3 31,6 63,9 110 246
d) se 110,1 g de uma solução saturada de Ce‚(SO„)ƒ a 10°C água)
forem aquecidos a 80°C, observa-se a deposição de 2,2 g do
sal sólido. 01) A 20 C, uma solução com 40 gramas está saturada.
e) a adição de 100 g de KNOƒ a 100 g de água a 80°C dá 02) A 0 C, uma solução com 10 gramas está insaturada.
origem a uma mistura homogênea. 04) A 40 C, uma solução com 120 gramas está
supersaturada.
04. (Unifesp ) Uma solução contendo 14g de cloreto de sódio 08) A 100 C, uma solução com 120 gramas está saturada.
dissolvidos em 200mL de água foi deixada em um frasco

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07. (Puc-rio) As curvas de solubilidade das substâncias


KNOƒ e Ca(OH)‚ (em gramas da substância em 100 g de
água) em função da temperatura são mostradas a seguir. A
partir desses dados, analise as alternativas a seguir e
assinale a que NÃO apresenta uma afirmativa correta.

Com relação ao gráfico anterior, assinale a afirmativa


INCORRETA:
a) KNOƒ é mais solúvel do que o Pb(NOƒ)‚ em água, a
qualquer temperatura.
a) Quando se adicionam 10,0 g de KNOƒ em 12,0g de água
b) A temperatura pouco afeta a solubilidade do NaCØ.
a 56 °C, se obtém uma solução insaturada.
c) A substância que apresenta a maior aumento de
b) Observa-se a formação de corpo de fundo quando uma
solubilidade com o aumento de temperatura é o KNOƒ.
solução formada por 25 g de KNOƒ e 50 g de água a 40 °C
d) À temperatura ambiente, a substância menos solúvel é o
é resfriada a 30 °C.
MgCØ‚.
c) A solubilidade do nitrato de potássio aumenta com a
e) A 40°C, a solubilidade do KCØ e a do NaCØ são iguais.
temperatura, enquanto a do hidróxido de cálcio diminui.
d) Duas substâncias puras podem apresentar a mesma curva
10. (Pucmg) O diagrama representa curvas de solubilidade
de solubilidade.
de alguns sais em água.
e) O hidróxido de cálcio é muito menos solúvel que o
nitrato de potássio em toda faixa de temperatura estudada.

8. (Enem 2014) A capacidade de limpeza e a eficiência de


um sabão dependem de sua propriedade de formar micelas
estáveis, que arrastam com facilidade as moléculas
impregnadas no material a ser limpo. Tais micelas têm em
sua estrutura partes capazes de interagir com substâncias
polares, como a água, e partes que podem interagir com
substâncias apolares, como as gorduras e os óleos.
SANTOS, W. L. P; MÕL, G. S. (Coords.). Química e
sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005 (adaptado).

A substância capaz de formar as estruturas mencionadas é


a) C18H36.
b) C17H33COONa.
Com relação ao diagrama anterior, é CORRETO afirmar:
c) CH3CH2COONa.
a) O NaCØ é insolúvel em água.
d) CH3CH2CH2COOH.
b) O KCØOƒ é mais solúvel do que o NaCØ à temperatura
e) CH3CH2CH2CH2OCH2CH2CH2CH3.
ambiente.
c) A substância mais solúvel em água, a uma temperatura
09. (Pucmg) O gráfico a seguir representa as curvas de
de 10°C, é CaCØ‚.
solubilidade de várias substâncias.
d) O KCØ e o NaCØ apresentam sempre a mesma
solubilidade.
e) A 25°C, a solubilidade do CaCØ‚ e a do NaNO‚ são
praticamente iguais.

11. (Uerj) O gráfico a seguir, que mostra a variação da

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solubilidade do dicromato de potássio na água em função 13. (Ufes) Ao se adicionar cloreto de amônio a uma certa
da temperatura, foi apresentado em uma aula prática sobre quantidade de água a 25°C, observa-se um resfriamento na
misturas e suas classificações. Em seguida, foram solução. Com base nessa informação, pode-se afirmar:
preparadas seis misturas sob agitação enérgica, utilizando a) O processo é exotérmico e a solubilidade do NH„CØ
dicromato de potássio sólido e água pura em diferentes aumenta com o aumento da temperatura.
temperaturas, conforme o esquema: b) O processo é endotérmico e a solubilidade do NH„CØ
aumenta com o aumento da temperatura.
c) O processo é exotérmico e a solubilidade do NH„CØ
diminui com o aumento da temperatura.
d) O processo é endotérmico e a solubilidade do NH„CØ
diminui com o aumento da temperatura.
e) O processo é endotérmico e a solubilidade do NH„CØ
independe da temperatura.

14. (Upe) O gráfico a seguir mostra curvas de solubilidade


para substâncias nas condições indicadas e pressão de 1
atm.

Após a estabilização dessas misturas, o número de sistemas


homogêneos e o número de sistemas heterogêneos
formados correspondem, respectivamente, a:
a) 5 - 1
b) 4 - 2
c) 3 - 3
d) 1 - 5

12. (Ufal ) Considere os seguintes dados:

- Solubilidade em água à temperatura ambiente.


- NaNOƒ ... 90 g/100 gH‚O; massa molar (g/mol) = 85.
Sua solubilidade aumenta quando aumenta a temperatura.
- NaCØ ... 38 g/100 gH‚O; massa molar (g/mol) = 58.
A interpretação dos dados desse gráfico permite afirmar
Sua solubilidade é praticamente constante quando aumenta
CORRETAMENTE que
a temperatura. a) compostos iônicos são insolúveis em água, na
- Ce‚ (SO„)ƒ ... 5 g/100 gH‚O temperatura de 0°C.
Sua solubilidade diminui quando aumenta a temperatura. b) o cloreto de sódio é pouco solúvel em água à medida que
Com esses dados, afirma-se que: a temperatura aumenta.
c) sais diferentes podem apresentar a mesma solubilidade
( ) À temperatura ambiente, quando a solubilidade é
em uma dada temperatura.
expressa em mol do soluto/100 g H‚O, o NaCØ é mais d) a solubilidade de um sal depende, principalmente, da
solúvel do que o NaNOƒ. espécie catiônica presente no composto.
( ) À temperatura ambiente, uma solução saturada de e) a solubilidade do cloreto de sódio é menor que a dos
NaCØ contém mais mols de íons Na® do que uma solução outros sais para qualquer temperatura.
saturada de NaNOƒ.
15. (Ufmg) Sabe-se que o cloreto de sódio pode ser obtido a
( ) A dissolução de NaNOƒ em água é um processo
partir da evaporação da água do mar.
endotérmico.
Analise este quadro, em que está apresentada a
( ) A dissolução do NaCØ em água deve ocorrer com
concentração de quatro sais em uma amostra de água do
pequeno efeito térmico.
mar e a respectiva solubilidade em água a 25°C:
( ) A dissolução do Ce‚(SO„)ƒ em água deve ocorrer com
liberação de energia.

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produz energia térmica suficiente para vaporizar o


hidrocarboneto.
c) a mistura desses reagentes provoca a combustão do
hidrocarboneto, o que diminui a quantidade dessa
substância na natureza.
d) a solução de para-dodecil-benzenossulfonato possibilita a
solubilização do hidrocarboneto.
e) o reagente adicionado provoca uma solidificação do
hidrocarboneto, o que facilita sua retirada do ambiente.

18. (Enem 2012) O armazenamento de certas vitaminas no


organismo apresenta grande dependência de sua
Considerando-se as informações desse quadro, é solubilidade. Por exemplo, vitaminas hidrossolúveis devem
CORRETO afirmar que, na evaporação dessa amostra de ser incluídas na dieta diária, enquanto vitaminas
água do mar a 25°C, o primeiro sal a ser precipitado é o lipossolúveis são armazenadas em quantidades suficientes
a) NaBr. para evitar doenças causadas pela sua carência. A seguir são
apresentadas as estruturas químicas de cinco vitaminas
b) CaSO„. necessárias ao organismo.
c) NaCØ.
d) MgCØ‚.

16. (Ufpel) A ciência deve ser percebida no dia-a-dia e


muitos experimentos podem ser feitos em nossas casas. Por
exemplo, se colocarmos um ovo em uma jarra com água à
temperatura ambiente, ele afundará, mas se, logo em
seguida, adicionarmos NaCØ à água, até formar uma
solução saturada, observaremos que o ovo flutuará.
Baseando-se nesse experimento, analise as afirmativas
abaixo.
I - A densidade do ovo é menor do que a densidade da
solução saturada de água + sal. Dentre as vitaminas apresentadas na figura, aquela que
II - Solução saturada é aquela em que a massa do soluto é necessita de maior suplementação diária é
igual ao seu coeficiente de solubilidade. a) I.
b) II.
III - Na forma dissociada, o NaCØ apresenta-se como Na® e
c) III.
CØ-, sendo o íon Na® chamado de cátion sódio e o íon CØ-, d) IV.
de ânion cloreto. e) V.
Está(ão) correta(s)
a) todas as afirmativas. 19. (Uel) As bolsas instantâneas, frias ou quentes,
b) as afirmativas I e III. usadas nos atletas que sofrem distensões
c) as afirmativas II e III. musculares, dividem-se em dois compartimentos: um
d) somente a afirmativa III. contendo água líquida e outro contendo um sal, que
e) as afirmativas I e II. absorve ou libera calor quando em contato com a
água.
As reações químicas que ocorrem nas bolsas
17. (Enem 2012) Em uma planície, ocorreu um acidente instantâneas são representadas nos gráficos a seguir.
ambiental em decorrência do derramamento de grande
quantidade de um hidrocarboneto que se apresenta na forma
pastosa à temperatura ambiente. Um químico ambiental
utilizou uma quantidade apropriada de uma solução de para-
dodecil-benzenossulfonato de sódio, um agente tensoativo
sintético, para diminuir os impactos desse acidente.
Essa intervenção produz resultados positivos para o
ambiente porque
a) promove uma reação de substituição no hidrocarboneto,
Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre
tornando-o menos letal ao ambiente.
calor de reação, é correto afirmar:
b) a hidrólise do para-dodecil-benzenossulfonato de sódio
a) A bolsa quente é constituída de nitrato de amônio.
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b) A dissociação iônica do cloreto de cálcio libera c) anfotérica, ou seja, podem comportar-se como ácidos e
calor. bases.
c) A dissociação iônica do nitrato de amônio é d) insaturada, ou seja, possuírem duplas ligações em sua
exotérmica. estrutura.
d) As dissoluções de sais em água são exotérmicas. e) anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofílica e
e) A bolsa fria é constituída de cloreto de cálcio. outra hidrofóbica.

22. (Pucmg 2015) Determinadas substâncias são capazes de


20. (Mackenzie 2015) A solubilidade do cloreto de formar misturas homogêneas com outras substâncias. A
potássio (KC ) em 100 g de água, em função da substância que está em maior quantidade é denominada
temperatura é mostrada na tabela abaixo: solvente e a que se encontra em menor quantidade é
denominada de soluto. O cloreto de sódio (NaC ) forma
Temperatura Solubilidade ( gKC em 100 g solução homogênea com a água, em que é possível
(C) de água) solubilizar, a 20C, 36 g de NaC em 100 g de água. De
0 27,6 posse dessas informações, uma solução em que 545 g de
10 31,0 NaC estão dissolvidos em 1,5 L de água a 20C, sem
20 34,0 corpo de fundo, é:
30 37,0 a) insaturada.
40 40,0 b) concentrada.
c) supersaturada.
50 42,6 d) diluída.

Ao preparar-se uma solução saturada de KC em 500 g 23. (Enem 2011) No processo de industrialização da
de água, a 40C e, posteriormente, ao resfriá-la, sob mamona, além do óleo que contém vários ácidos graxos, é
agitação, até 20C, é correto afirmar que obtida uma massa orgânica, conhecida como torta de
a) nada precipitará. mamona. Esta massa tem potencial para ser utilizada como
b) precipitarão 6 g de KC . fertilizante para o solo e como complemento em rações
c) precipitarão 9 g de KC . animais devido a seu elevado valor proteico. No entanto, a
torta apresenta compostos tóxicos e alergênicos
d) precipitarão 30 g de KC . diferentemente do óleo da mamona. Para que a torta possa
e) precipitarão 45 g de KC . ser utilizada na alimentação animal, é necessário um
processo de descontaminação.

21. (Enem 2012) Quando colocamos em água, os Revista Química Nova na Escola. V. 32, no 1, 2010
(adaptado).
fosfolipídeos tendem a formar lipossomos, estruturas
formadas por uma bicamada lipídica, conforme mostrado na A característica presente nas substâncias tóxicas e
figura. Quando rompida, essa estrutura tende a se reorganizar alergênicas, que inviabiliza sua solubilização no óleo de
em um novo lipossomo. mamona, é a
a) lipofilia.
b) hidrofilia.
c) hipocromia.
d) cromatofilia.
e) hiperpolarização.

24. (Ucs 2015) A solubilidade é uma propriedade física


muito importante do ponto de vista biológico. Veja, por
exemplo, o caso das vitaminas. Elas são indispensáveis à
dieta alimentar, pois atuam na regulação de muitos processos
vitais. O consumo excessivo de vitamina C parece não ser
prejudicial ao organismo, pois qualquer excesso será
eliminado pela urina, uma vez que ela é hidrossolúvel. O
consumo excessivo de vitamina A, por outro lado, pode ser
prejudicial, pois sendo lipossolúvel, ela acaba sendo retida
pelo organismo, principalmente no fígado, produzindo dores
Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídeos de cabeça e insônia.
apresentarem uma natureza As estruturas químicas das vitaminas A e C estão
a) polar, ou seja, serem inteiramente solúveis em água. representadas abaixo.
b) apolar, ou seja, não serem solúveis em solução aquosa.

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c) III.
d) IV.
e) V.

26. (Pucmg ) Considere o gráfico de solubilidade de vários


sais em água, em função da temperatura.

Em relação à solubilidade das vitaminas A e C, considere as


proposições abaixo.

I. Devido à presença de uma cadeia carbônica relativamente


longa que apresenta caráter apolar acentuado, a vitamina
A é praticamente insolúvel em água, apesar de ela conter
um grupo hidroxila em sua estrutura química.
II. A vitamina C é hidrossolúvel, devido à presença de vários
grupos hidroxila em sua estrutura química que podem
interagir com as moléculas de água por meio de ligações
de hidrogênio.
III. Se o coeficiente de solubilidade da vitamina C em água
é igual a 330g L (a 25C e 1 atm), uma solução Baseando-se no gráfico e nos conhecimentos sobre
aquosa de vitamina C com concentração igual a soluções, é INCORRETO afirmar que:
100g L, nas mesmas condições de temperatura e a) a solubilidade do Ce‚(SO„)ƒ diminui com o aumento da
pressão, encontra-se supersaturada. temperatura.
Das proposições acima, b) o sal nitrato de sódio é o mais solúvel a 20 °C.
a) apenas I está correta. c) a massa de 80 g de nitrato de potássio satura 200 g de
b) apenas II está correta. água a 30 °C.
c) apenas I e II estão corretas. d) dissolvendo-se 60 g de NH„CØ em 100 g de água, a 60
d) apenas II e III estão corretas.
°C, obtém-se uma solução insaturada.
e) I, II e III estão corretas.

25. (Fgv ) Na figura, são apresentadas as curvas de 27. (Ufmg) Seis soluções aquosas de nitrato de sódio,
solubilidade de um determinado composto em cinco NaNOƒ, numeradas de I a VI, foram preparadas, em
diferentes solventes. diferentes temperaturas, dissolvendo-se diferentes massas de
NaNOƒ em 100g de água. Em alguns casos, o NaNOƒ não se
dissolveu completamente.
Este gráfico representa a curva de solubilidade de NaNOƒ,
em função da temperatura, e seis pontos, que correspondem
aos sistemas preparados:

Na purificação desse composto por recristalização, o


solvente mais indicado para se obter o maior rendimento no
processo é o
a) I.
b) II.

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A partir da análise desse gráfico, é CORRETO afirmar que b) 20


os dois sistemas em que poderá haver formação de c) 36
precipitado são d) 48
a) I e II.
30. (Ufpb) O óxido de cálcio apresenta baixa
b) I e III. solubilidade em água, como mostrado na tabela
c) IV e V. abaixo:
d) V e VI.
Temperatura Solubilidade de CaO em água
28. (Acafe) Um técnico preparou 420 g de uma solução (ºC) (mol/L)
10 0,023
saturada de nitrato de potássio (KNO3 , dissolvida em água) 80 0,013
em um béquer a uma temperatura de 60 C. Depois deixou
a solução esfriar até uma temperatura de 40 C, verificando Considerando as características das soluções
a presença de um precipitado. aquosas e as informações da tabela, é correto afirmar:
a) Uma solução 0,023 mol/L de CaO a 10 ºC é
A massa aproximada desse precipitado é: insaturada.
(desconsidere a massa de água presente no precipitado) b) Uma solução 0,023 mol/L de CaO a 10 ºC contém
excesso de soluto dissolvido.
c) Uma solução 0,013 mol/L de CaO a 80 ºC é
saturada.
d) A dissolução de CaO em água é endotérmica.
e) A dissolução de 0,013 mol de CaO em 1 L, a 80
ºC, forma uma solução supersaturada.

GABARITO

01. [B] 02. [C] 03. [E]


04. [E] 05. [D] 06. 02 + 04 = 06.
07. [D]

a) 100 g. 08. [B]


b) 60 g. As micelas têm em sua estrutura partes capazes de interagir
c) 50 g. com substâncias polares, como a água, e partes que podem
d) 320 g. interagir com substâncias apolares, como as gorduras e os
óleos. Concluímos que se trata de um sabão,
29. (Ueg) O gráfico abaixo mostra a curva de C17H33COONa.
solubilidade para diversos sais inorgânicos. A análise
do gráfico permite concluir que a quantidade mínima
de água, em gramas, a 10ºC, necessária para
dissolver 16 g do sal A é igual a:

09. [A]
10. [E] 11. [B] 12. F F V V V
13. [B] 14. [C] 15. [B]
16. [A] 17. [D]

18. [C]

Quanto maior a quantidade de grupos OH, mais solúvel


a) 12 será a vitamina, devido à interação com a água e maior a
40
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necessidade de suplementação. A estrutura III apresenta então:


esta característica:
20 C
36 g (NaC ) 100 g de água

20 C
545 g (NaC ) 1500 g de água
20 C
mNaC 100 g de água
mNaC  36,33 g
19. [B]
Conclusão: 36,33 g  36 g (NaC );  0,33 g a mais; a
Resposta da questão 20: solução é supersaturada.
[D]

Teremos: 23. [B]

Temperatura Solubilidade ( g KC em 100 g A característica presente nas substâncias tóxicas e


(C) de água) alergênicas, que inviabiliza sua solubilização no óleo de
mamona, é a hidrofilia, ou seja, a capacidade de atrair
40 40,0
compostos polares (hidro = água; filia = afinidade). Como o
óleo de mamona é predominantemente apolar, os compostos
40,0 g (KC ) 100 g de água alergênicos polares não se misturam ao óleo.
200,0 g (KC ) 500 g de água
Resposta da questão 24:
Temperatura Solubilidade ( g KC em 100 g [C]
(C) de água)
Análise das proposições:
20 34,0
[I] Correta. Devido à presença de uma cadeia carbônica
40,0 g (KC ) 100 g de água relativamente longa que apresenta caráter apolar
170,0 g (KC ) 500 g de água acentuado, a vitamina A é praticamente insolúvel em
água, apesar de ela conter um grupo hidroxila (OH) em
200,0 g  170,0 g  30,0 g (precipitado; após o sua estrutura química.
resfriamento).

21. [E]
Esse arranjo característico se deve ao fato de os
fosfolipídeos apresentarem uma natureza anfifílica, ou seja,
possuírem uma parte polar (hidrofílica) e outra apolar
(hidrofóbica).

[II] Correta. A vitamina C é hidrossolúvel, devido à


presença de vários grupos hidroxila (OH) em sua
estrutura química que podem interagir com as moléculas
Resposta da questão 22:
de água por meio de ligações de hidrogênio.
[C]

O cloreto de sódio (NaC ) forma solução homogênea com


a água, em que é possível solubilizar, a 20C, 36 g de
NaC em 100 g de água.

Tem-se uma solução em que 545 g de NaC estão


dissolvidos em 1,5 L de água a 20C, sem corpo de fundo,

41
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[III] Incorreta. Se o coeficiente de solubilidade da vitamina


C em água é igual a 330g L (a 25C e 1 atm), uma
solução aquosa de vitamina C com concentração igual a
100g L, nas mesmas condições de temperatura e pressão,
Então,
encontra-se insaturada (100 g L  330 g L) .
80 g de A 100 g água
16 g de A mágua
25. [A]
mágua  20 g
26. [D]
Resposta da questão 30:
27. [B] [C]

De acordo com a tabela, uma solução 0,013 mol/L de


Resposta da questão 28:
CaO a 80 ºC é saturada.
[A]

60° c
110 g de soluto - - - - - - - - > 100 g de água
110 g de soluto - - - - - - - - > 210 g de solução
X g de soluto - - - - - - - - > 420 g de solução
X = 220 g de soluto
Massa de água: 420g – 220g = 200g de água
Durante o resfriamento a quantidade de água não muda

40° c
60 g de soluto - - - - - - - - > 100 g de água
X g de soluto - - - - - - - - > 200 g de água
X = 120 g de soluto
Como haviam 220g de soluto dissolvidos

Massa que precipitou: 220g – 120g = 100g de soluto

Gabarito: A

Resposta da questão 29:


[B]

A partir do gráfico e da temperatura pode-se descobrir


a solubilidade do sal A:

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MÓDULO 02
UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES
1) Introdução
Concentração de uma solução é qualquer expressão da proporção entre as quantidades de soluto
e de solvente, ou então, entre as quantidades de soluto e de solução.

" Quantidade " de soluto (ou de solução)


Concentração
"Quantidade" de solvente (ou de solução)

“Quantidade” = mols ou massa ou volume.

Observações:

1. Convenção:
– Índice 1: soluto. Ex.: m1 = massa do soluto
– Índice 2: solvente. Ex.: m 2 = massa do solvente
– Sem índice: solução.
Ex.: m = massa da solução (m = m 1 + m2)

2. 1cm3 = 1mL
1dm3 = 1L
1m3 = 1000L

x 100
L mL
 1000

3. Em qualquer parte da solução a concentração é a mesma.

2) Unidades de concentração das soluções

2.1 Concentração em massa/volume ou concentração comum (C)


É a razão estabelecida entre a massa do soluto (m 1) e o volume da solução (V);

m1
C
V
Geralmente: Soluto, em gramas (g) e solução em litros (L), logo temos a unidade: g/L.

A unidade g/cm3 é menos usada.

2.2 Concentração massa/massa ou título em massa (T)


É a razão estabelecida entre a massa do soluto (m 1) e a massa da solução (m), ambas na mesma
unidade (geralmente em gramas).
m1
T como : m = m1 + m2
m
m1
Temos: T 
m1  m 2
Observações:
0<T<1
O título em massa comumente é expresso em porcentagem de soluto; assim, temos o título
percentual em massa (T%).
T%  T x 100
O título em massa não possui unidade.

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Observações:
1. % massa/massa (%m/m): Indica a massa de soluto (m 1) em gramas, contida em 100g de solução.
Ex.: 40% m/m indica 40g de soluto em 100g de solução.

2.3 Concentração volume/volume ou título em volume (Tv)


É a razão estabelecida entre o volume do soluto (V 1) e o volume da solução (V), ambos na mesma
unidade:
V1
TV 
V
Observações:
De um modo geral o volume da solução (V) não é necessariamente a soma do volume do soluto
(V1) com o volume do solvente (V2).

0 < TV < 1

O título em volume comumente é expresso em porcentagem de soluto, assim temos o título


percentual em volume. (TV%): TV% = TV x 100.

O título em volume não possui unidade.


O título em volume só é usado para exprimir concentrações onde os componentes das soluções
são todos gasosos ou todos líquidos.

Observações:
1. % volume / volume (%v/v)
Indica o volume de soluto (V1), em mL, contido em 100mL de solução.
Ex.: 20% v/v indica 20 mL de soluto em 100 mL de solução.

2. Álcool a 96% (significa 96 volumes de álcool para cada 100 volumes da solução).

3. O grau Gay-Lussac (ºG . L) indica a % v/v para soluções alcoólicas.


Ex.: 10,6ºG.L (significa 10,6 volumes de álcool para cada 100 volumes da solução).

4. % massa/volume (%m/v): indica a massa do soluto (m 1) em gramas, contida em 100 ml de solução.


Ex.: 0,80% m/v indica 0,80g de soluto em 100 ml de solução.

2.4 Concentração em partes por milhão ou ppm


Para soluções muito diluídas, ou seja, soluções onde a concentração é muito pequena, a
concentração costuma ser expressa em partes por milhão ou ppm.

I) Concentração em massa/massa expressa em ppm.


Ex.: 1 ppm significa que para cada parte em massa do soluto temos um milhão de partes em massa
de solução.

concentração em ou concentração em

m1 (em mg)  10 g m1 (em mg)  10 g


3 3
 6  6
ppm  10 partes ppm  10 partes
m (em Kg)  10 g 
3
 m (em Kg)  10 g
3

Observações:

ppm  T  10 6 ou ppm  T%  10 4

Ex.: T = 0,00005  T % = 0,005%  ppm = 50 ppm.

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II) Concentração em volume/volume expressa em ppm.


Ex.: 1 ppm significa que para cada parte em volume do soluto, temos um milhão de partes de solução.

concentração em ou concentração em

v 1 (em mL)  10 L  L
3 6
 6 v 1 (em L)  10  6
ppm  3 10 partes ppm  10 partes
3
v (em m )  10 L   v (em L)  1 L 

Observações:
L = microlitros = 10–6 L

ppm  Tv  10 6 ou ppm  TV %  10 4

III) Concentração em massa/volume expressa em ppm. Os químicos costumam expressar a concentração


de sólidos em líquidos, utilizando ppm.
Assim temos:
concentração em
3
m1 (em mg)  10 g 
 6
ppm  10 partes
V (em L)  1LH 2 O  1KgH 2 O  10 3 g

Ex.: A água contendo 0,05 ppm de Pb2+ é imprópria para o consumo (0,05 mg de Pb 2+ por litro de água)
= (0,05 mg de Pb2+ por kg de água).

2.5 Densidade de uma solução (d)


É a razão estabelecida entre a massa da solução (m) e o volume dessa solução (V);
m m  m2
d como: m = m1 + m2 temos: d  1
V V
Unidades: g/mL = g/cm 3; etc.

Observações:
x 1000
g/mL 
 g/L

ou ou


g/cm3 g/dm3
 1000

O volume, ao ser relacionado com a densidade, deve estar na mesma unidade de volume da
densidade.
Ex.: V = 100 cm3 e d = 1,2g/cm3.

Como a densidade da água é igual a 1g/mL, 1 mL de água = 1 g de água; 1 L de água é igual a 1


Kg de água... Cuidado: essas relações só são válidas para a água devido a sua densidade ser igual a 1
g/mL.

2.6 Concentração em quantidade de material/volume ou concentração molar ou molaridade ou


concentração mol/L (M)
É a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto (n1) e o volume da solução
(V), em litros:

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n1 m1
M Como: n1
V M1
Número de mols do soluto (n1) é a razão entre a massa do soluto (m 1) e a massa molar desse soluto
(M1).
Unidade: mol/L ou M ou molar escritas após o valor numérico da concentração.

2.6.1 Molaridade de íons


Em certos casos é necessário relacionar a molaridade da substância à molaridade dos seus íons
em solução; assim, temos:
2+
Ex.1: Calcule a molaridade dos íons Ca (aq) e Cl-(aq) em uma solução 1,0.10-2 mol/L de CaCl2(aq).
H 2O
1 CaCl2( aq ) Dissociação
1 Ca(2aq ) 2 Cl( aq ) ( = 100%)
  
1,0.10-2 mol/L 1,0.10-2 mol/L 2,0.10-2 mol/L

2
Ex.2: Calcule a molaridade dos íons H +(aq) e SO 4( aq) em uma solução 2,0.10-3 mol/L de H2SO4(aq),
considerando a ionização total nas duas etapas.
H 2O
1 H 2 SO4( aq ) Ionização
2 H( aq ) 1 SO4(2aq ) ( = 100%)
  
2,0.10-3 mol/L 4,0.10-3 mol/L 2,0.10-3 mol/L

Conclusão
O cálculo da molaridade dos íons deve ser feito a partir da equação de dissociação ou de ionização
do soluto e seguir a proporção estequiométrica.

2.7 Concentração em quantidade de matéria/ quantidade de matéria ou fração molar (X)

I) Fração Molar do Soluto (X1): é a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto
(n1) e o número de mols de molécula da solução (n).

n1 n1
X1  Como : n  n1  n 2 X1 
n n1  n 2

II) Fração Molar do Solvente (X2): é a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do
solvente (n2) e o número de mols de moléculas da solução (n).

n2 n2
X2  Como : n  n1  n 2 X2 
n n1  n 2

Observações:
1. X1 + X2 = 1
2. A Fração molar não possui unidade
3. 0 < x < 1
4. Não esqueça:
m1 m2
n1 e n2
M1 M2
Onde: M1 = massa molar do soluto
M2 = massa molar do solvente

2.8. Concentração em quantidade de matéria por massa ou molalidade ou concentração molal


(W)
É a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto (n 1) e a massa, em
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quilogramas, do solvente (m 2);


n1 m1
W onde: n1
m2 (kg ) M1
unidade : mol/kg ou molal ou m

Observações:
Numa solução aquosa diluída, 1 L de solução contém aproximadamente 1 L de água, ou seja, 1 Kg
de água. Dessa forma, o número de mols de soluto por litro de solução (molaridade) é aproximadamente
igual ao número de mols do soluto por quilograma de água (molalidade). (M  W).

4) Relações entre as principais unidades de concentração das soluções


I) Relação entre a concentração comum (C) e o título em massa (T).
m1 m1
C (1) T (2)
V m

Dividindo (1) por (2), temos:


m1
C C m m C m
 V   1   d
T m 1 T V m1 T V
m
C
  d  C  d  T  Título em massa
T
Densidade de (g/L)
Concentração comum (g/L)
Observações:
Como geralmente a densidade é dada em g/mL temos:

C  1000  d  T  Título em massa

Densidade (g/mL)
Concentração comum (g/L)

II) Relação entre a concentração comum (C) e a molaridade (M).


m1 m1
C (1) M (2)
V M 1V
Dividindo (1) por (2) temos:
m1
C V C m1 M 1V C
M1
M m1 M V m1 M
M1 V

 C M M1

Massa molar do soluto


Molaridade
Concentração comum

Igualando as relações (I) e (II) temos:


C = 1000 d . T (I)
C = M . Mol1 (II)
C  M  Mol1  1000  d  T

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UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES


b) A concentração de CO2 na atmosfera, na época pré-
Exercícios de Apresndizagem industrial, era de 280,0 ppm. Adotando o valor de 400,4
ppm para a concentração atual, calcule a variação
percentual da concentração de CO2 em relação ao valor da
01. (Ita ) Um litro de uma solução aquosa contém 0,30mol época pré-industrial.
de íons Na®, 0,28mol de íons CØ­, 0,10mol de íons SO„£­ e
x mols de íons Fe¤®. A concentração de íons Fe¤® (em c) Dê uma explicação para o fato de os valores observados
mol/L) presentes nesta solução é (representados na curva B) serem menores do que os
valores esperados (representados na curva A).
a) 0,03
b) 0,06
04. (Ufpe ) A água oxigenada, ou peróxido de hidrogênio
c) 0,08
(H‚O‚), é vendida nas farmácias com concentrações em
d) 0,18
termos de "volumes", que correspondem à relação entre o
e) 0,26
volume de gás O‚, liberado após completa decomposição
02. (Unifesp) Soluções aquosas de nitrato de prata (AgNO3),
do H‚O‚, e o volume da solução aquosa. Sabendo que a
com concentração máxima de 1,7% em massa, são utilizadas
como antisséptico em ambiente hospitalar. A concentração equação química de decomposição da água oxigenada é:
de íons Ag+ presentes numa solução aquosa de AgNO3 pode
ser determinada pela titulação com solução de concentração H‚O‚(aq) ë H‚O(Ø) + 1/2 O‚(g)
conhecida de tiocianato de potássio (KSCN), através da
formação do sal pouco solúvel tiocianato de prata (AgSCN).
calcule a concentração molar de uma solução de água
Na titulação de 25,0 mL de uma solução de AgNO3,
preparada para uso hospitalar, foram utilizados 15,0 mL de oxigenada de 24,4 volumes a 25°C e 1 atm.
uma solução de KSCN 0,2 mol.L–1, para atingir o ponto final (Dado: R = 0,082 atm . L . K-¢ . mol-¢)
da reação.
a) Determine, em mol. L–1, a concentração da solução 05) A concentração de uma solução de KNO3 é 0,750 m.
preparada de AgNO3. Como calcular a fração molar de KNO3 nesta solução?
b) Mostre, através de cálculos de concentração, se a solução
de AgNO3 preparada é adequada para uso hospitalar. 06) Uma solução de H2SO4 a 50,00% tem densidade
Considere que a massa molar de AgNO3 seja igual a 170 relativa 1,3977 a 20 °C. Explique como você calcularia a
g. mol–1 e que a densidade da solução aquosa seja igual a molaridade desta solução.
1 g. mL–1.
07) Uma solução de álcool etílico, CH3CH2 OH, em água
03. (Fuvest) O observatório de Mauna Loa, no Havaí, faz possui uma concentração de 1,25 m. Calcule o peso
medições diárias da concentração de dióxido de carbono na percentual do álcool etílico.
atmosfera terrestre. No dia 09 de maio de 2013, a
concentração desse gás atingiu a marca de 400 ppm. O 08) Uma solução de NaCl em água possui uma concentração
gráfico abaixo mostra a curva de crescimento da de 19,5%. Calcule a molalidade da solução.
concentração de dióxido de carbono ao longo dos anos
(curva B) e, também, a curva que seria esperada, 09) Uma solução de NH3 em água possui concentração de
considerando o CO2 gerado pelo consumo de combustíveis 5,00% em peso. Calcule a percentagem molar de NH3 na
fósseis (curva A). solução. Qual a concentração molal de NH3?

10) Uma solução aquosa de álcool isopropílico, C3H8O,


utilizado para limpar as cabeças leitoras dos videocassetes,
possui uma fração molar de álcool igual a 0,250. Qual a
percentagem em peso do álcool na solução? Qual a
molalidade do álcool?

11) A amônia aquosa comercial é 28% em massa de NH3 e tem


densidade de 0,90 g/mL. Qual é a concentração em quantidade de
matéria dessa solução?

12) O ácido nítrico aquoso comercial tem densidade de 1,42


g/mL e é 1,6 mol/L. Calcule a porcentagem em massa de
HNO 3 na solução.

a) Escreva a equação química balanceada que representa a


reação que ocorre no motor de um carro movido a
gasolina (C8H18), e que resulta na liberação de CO2 e
vapor de água para a atmosfera.
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UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES b) 24,7


c) 90,0
Exercícios de Fixação d) 148,4
e) 1500,0
01. (Ita) Considere as seguintes soluções:
I. 10g de NaCØ em 100g de água. 04. (Uerj) O organoclorado conhecido como DDT, mesmo
II. 10g de NaCØ em 100ml de água. não sendo mais usado como inseticida, ainda pode ser
III. 20g de NaCØ em 180g de água. encontrado na natureza, em consequência de sua grande
IV. 10 mols de NaCØ em 90 mols de água. estabilidade. Ele se acumula em seres vivos pelo processo
Destas soluções, tem concentração 10% em massa de cloreto denominado de biomagnificação ou magnificação trófica.
de sódio: Foram medidas, em partes por milhão, as concentrações
a) Apenas I desse composto obtidas em tecidos de indivíduos de três
b) Apenas III espécies de um mesmo ecossistema, mas pertencentes a
c) Apenas IV diferentes níveis tróficos, com resultados iguais a 15,0 , 1,0
d) Apenas I e II e 0,01.
e) Apenas III e IV. As concentrações de DDT nos tecidos dos indivíduos da
espécie situada mais próxima da base da cadeia alimentar e
2. (Ufsm 2015) Sal, vilão ou mocinho? da situada mais próxima do topo dessa cadeia, em gramas de
DDT por 100 gramas de tecido, foram, respectivamente,
Substância imprescindível ao equilíbrio das funções
iguais a:
orgânicas, o cloreto de sódio pode produzir efeitos
indesejados se consumido em excesso. A demanda natural a) 1,0 × 10-¤ e 1,0 × 10-¦
desse composto fez com que ele superasse o ouro como valor b) 1,5 × 10-¥ e 1,0 × 10-¥
estratégico e fosse base para remunerar o trabalho. Tanto os c) 1,0 × 10-¥ e 1,5 × 10-¥
íons Na como os C  são essenciais para a manutenção d) 1,0 × 10-§ e 1,5 × 10-¤
da vida animal, controlando o volume de líquidos e a
manutenção da pressão arterial.
05. (Ufc) O soro caseiro é preparado pela completa
Fonte: Scientific American Brasil, Ano II, n. 16, p. 50, 2013.
(adaptado) dissolução de porções de açúcar (C‚H‚‚O), e de sal de
cozinha (NaCØ), em água fervida. Esta solução é bastante
O sal apresenta inúmeras utilidades, sendo considerado o eficaz no combate à desidratação crônica, em crianças com
mais antigo aditivo alimentar. Dentre os usos do NaC , elevado grau de desnutrição. Estabelecendo-se que a massa
destaca-se o soro fisiológico, uma solução 0,9% de cloreto das porções de açúcar e sal são 0,171g e 0,585g ,
de sódio. respectivamente, dissolvidos em 500mL de água, e
considerando-se que estas massas são desprezíveis com
Com base nessas informações, e correto afirmar que a
solução é do tipo relação ao volume total da solução, as concentrações de
a) eletrolítica e a concentração do sal é de 0,015 molL1. C‚H‚‚O e NaCØ em mol.L­¢ nesta solução são,
respectivamente:
b) não eletrolítica e a concentração do sal é de 0,900 molL1.
a) 1,0 × 10-¥ e 2,0 × 10-¤
c) eletrolítica e a concentração do sal é de 0,900 molL1. b) 0,001 e 0,02
d) não eletrolítica e a concentração do sal é de 0,154 molL1. c) 0,005 e 0,10
e) eletrolítica e a concentração do sal é de 0,154 molL1. d) 1,0 × 10-¦ e 2,0 × 10-¥
e) 3,42 e 11,7

03. (Pucrs) O Ministério da Saúde recomenda, para prevenir


06. (Ufc) Sulfitos (compostos contendo íons SOƒ£­) são
as cáries dentárias, 1,5 ppm (mg/L) como limite máximo de
normalmente utilizados como conservantes de vinhos.
fluoreto em água potável. Em estações de tratamento de água
Contudo, o limite de tolerância de pessoas alérgicas a essas
de pequeno porte, o fluoreto é adicionado sob forma do sal
substâncias é de 10 ppm (partes por milhão) de SOƒ£­. Para
flúor silicato de sódio (Na‚SiF†; MM = 188g/mol). Se um
certificar-se da real concentração de SOƒ£­ em vinhos, pode-
químico necessita fazer o tratamento de 10000 L de água, a
se utilizar o método de doseamento fundamentado na reação
quantidade do sal, em gramas, que ele deverá adicionar para
química descrita pela equação abaixo:
obter a concentração de fluoreto indicada pela legislação
será, aproximadamente, de
SOƒ£­(aq) + H‚O‚(aq) ë SO„£­(aq) + H‚O.
a) 15,0

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Analise os dados descritos na questão e assinale a alternativa Suponha que o limite máximo de ingestão diária aceitável
correta. (IDA) de cálcio para um adolescente seja de 1,2 mg/kg de
a) Íons SOƒ£­ são oxidados, originando íons SO„£­, atuando, peso corporal.
portanto, como agentes oxidantes. Pode-se afirmar que o volume de leite contendo cálcio na
b) A reação não envolve processos de transferência de concentração de 0,6 gL-¢ que uma pessoa de 60 kg pode
elétrons, e se diz que é de substituição eletrofílica. ingerir para que o IDA máximo seja alcançado é:
c) No processo de doseamento de SOƒ£­, H‚O‚ é reduzido a a) 0,05 L
H‚O e atua como agente redutor. b) 0,12 L
d) Uma amostra que contém 0,001g de SOƒ£­ em 1kg de c) 0,15 L
vinho satisfaz o limite de tolerância estabelecido. d) 0,25 L
e) Uma amostra que contém 10 mols de SOƒ£­ por 1kg de e) 0,30 L
vinho é equivalente à concentração 10ppm em SOƒ£­.
10. (Ufmg) Estas informações foram adaptadas do rótulo de
07. (Ufes) Em diabéticos, a ingestão de 80g de açúcar um repositor hidroeletrolítico para praticantes de atividade
comum (sacarose) eleva a quantidade de glicose no sangue física:
em 1,0g de glicose para cada litro de sangue. Considerando-
se que a taxa de glicose no sangue dos diabéticos, em
condições normais, é de aproximadamente 1,4g/L, a
concentração de glicose (C†H‚O†) no sangue de uma pessoa
diabética após o consumo de 100g de açúcar será de,
aproximadamente,
Dado: M(C†H‚O†) = 180g/mol
a) 7,8 x 10-¤ mol/L. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar
b) 6,9 x 10-¤ mol/L. que, na porção indicada do repositor hidroeletrolítico,
c) 6,9 x 10-£ mol/L. a) a massa de íons sódio é o dobro da massa de íons cloreto.
d) 1,5 x 10-£ mol/L. b) a concentração de íons sódio é igual a 4×10-¤ mol/L.
e) 1,5 x 10-¢ mol/L c) a massa de íons cloreto é igual a 71 mg.
d) a quantidade de cloreto de sódio é igual a 4×10-¤ mol.
08. (Uff ) Dentre as soluções cogitadas para o problema da
seca no nordeste, pensou-se na perfuração de poços 11. (Enem 2015) A hidroponia pode ser definida como
artesianos de grande profundidade e na dessalinização da uma técnica de produção de vegetais sem necessariamente a
água do mar, processos considerados economicamente presença de solo. Uma das formas de implementação é
manter as plantas com suas raízes suspensas em meio
inviáveis para utilização em larga escala. líquido, de onde retiram os nutrientes essenciais. Suponha
A dessalinização deve remover, entre outros sais, os cerca de que um produtor de rúcula hidropônica precise ajustar a
3,5% de cloreto de sódio presentes na água do mar. Esse concentração de íon nitrato (NO3 ) para 0,009 mol L em
percentual equivale à seguinte concentração de NaCØ:
um tanque de 5.000 litros e, para tanto, tem em mãos uma
a) 0,2 mol L-¢ solução comercial nutritiva de nitrato de cálcio 90 g L.
b) 0,4 mol L-¢
c) 0,6 mol L-¢ As massas molares dos elementos N, O e Ca são iguais a
d) 0,8 mol L-¢ 14 g mol, 16 g mol e 40 g mol, respectivamente.
e) 1,0 mol L-¢
Qual o valor mais próximo do volume da solução nutritiva,
09. (Uff) A osteoporose é uma doença que leva ao em litros, que o produtor deve adicionar ao tanque?
enfraquecimento dos ossos. É assintomática, lenta e a) 26
progressiva. Seu caráter silencioso faz com que, usualmente, b) 41
não seja diagnosticada até que ocorram fraturas, c) 45
principalmente nos ossos do punho, quadril e coluna d) 51
vertebral. As mulheres são mais frequentemente atingidas, e) 82
uma vez que as alterações hormonais da menopausa
12. (Ufrs) Numa determinada área urbana, a concentração
aceleram o processo de enfraquecimento dos ossos. A
média do agente poluente SO‚ no ar atmosférico atingiu o
doença pode ser prevenida e tratada com alimentação rica em
valor de 3,2 x 10-¥ g.m-¤. Essa concentração, expressa em
cálcio.
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mol.L-¢ e em moléculas.m-¤, corresponde, respectivamente, maior que o VMP.


aos valores e) pode apresentar valores próximos a 10-¢mol.L-¢ em F-.
a) 5,0 x 10-§ e 3,0 x 10¢©.
b) 3,2 x 10-¨ e 6,0 x 10£¡. 16. (Uepb) Sabendo que para que uma água seja classificada
c) 5,0 x 10-ª e 2,7 x 10£¦. como doce deve ter uma salinidade não maior que 0,05 %
d) 5,0 x 10-¤ e 3,0 x 10£¢. (g/100 g de água), qual a máxima concentração em
e) 5,0 x 10-ª e 3,0 x 10¢©. quantidade de matéria de sal em termos de
hidrogenocarbonato de potássio para que uma amostra de
13. (Ufsc) Existem diversas maneiras de expressar a água seja considerada doce? Considere a densidade da água
concentração de uma solução. Dentre elas destacamos a igual a 1 g/mL.
molaridade (M). a) 5,00  104 mol / L
Seja uma solução aquosa de Al‚(SO„)ƒ de concentração b) 5,95  103 mol / L
102,6 g/Litro. Qual a molaridade da solução? c) 0,05 mol / L
Dados: Al = 27, S = 32, O = 16 d) 0,0595 mol / L
a) 0,9 Molar e) 5,00  103 mol / L
b) 3,2 Molar
c) 0,3 Molar 17. (Uff) Tem-se uma solução preparada pela dissolução de
d) 1,8 Molar 16,7g de naftaleno em 200mL de benzeno líquido, a 20°C. A
e) 0,6 Molar densidade do benzeno à temperatura dada é 0,87g.mL-¢.
Determine:
14. (Unesp) Os frascos utilizados no acondicionamento de a) a fração molar do benzeno e do naftaleno na solução
soluções de ácido clorídrico comercial, também conhecido
como ácido muriático, apresentam as seguintes informações b) a percentagem molar do benzeno e do naftaleno na
em seus rótulos: solução 20% m/m (massa percentual); solução.
densidade = 1,10 g/mL; massa molar = 36,50 g/mol. Com Dados: Massas molares (g/mol):
base nessas informações, a concentração da solução C = 12,0; H = 1,0
comercial desse ácido será
a) 7 mol/L. 18. (Ufrrj) Pacientes que necessitam de raios X do trato
b) 6 mol/L intestinal devem ingerir previamente uma suspensão de
c) 5 mol/L. sulfato de bário (BaSO„). Esse procedimento permite que as
d) 4 mol/L. paredes do intestino fiquem visíveis numa radiografia,
e) 3 mol/L. permitindo uma análise médica das condições do mesmo.
Considerando-se que em 500 mL de solução existem 46,6 g
15. (Unesp) Há décadas são conhecidos os efeitos da do sal, pede-se:
fluoretação da água na prevenção da cárie dentária. Porém, o a) a concentração molar;
excesso de fluoreto pode causar a fluorose, levando, em b) a concentração em g / L.
alguns casos, à perda dos dentes. Em regiões onde o subsolo
é rico em fluorita (CaF‚), a água subterrânea, em contato com 19. (Ufrrj ) Suponha que para a preparação de 500 mL de
ela, pode dissolvê-la parcialmente. Considere que o VMP uma solução aquosa de sulfato de cobre com concentração
(Valor Máximo Permitido) para o teor de fluoreto (F-) na 0,5 mol/L você disponha do reagente sólido sulfato de cobre
água potável é 1,0 mg.L-¢ e que uma solução saturada em penta-hidratado (CuSO„.5H‚O; massa molar = 249,6 g/mol).
CaF‚, nas condições normais, apresenta 0,0016% em massa Qual a massa (em gramas) de reagente deve ser pesada para
(massa de soluto/massa de solução) deste composto, com o preparo desta solução?
densidade igual a 1,0 g.cm-¤. Dadas as massas molares, em
g.mol-¢, Ca = 40 e F = 19, é correto afirmar que, nessas 20. (Enem 2014) A utilização de processos de
condições, a água subterrânea em contato com a fluorita:
biorremediação de resíduos gerados pela combustão
a) nunca apresentará um teor de F- superior ao VMP. incompleta de compostos orgânicos tem se tornado
b) pode apresentar um teor de F- até cerca de 8 vezes maior crescente, visando minimizar a poluição ambiental. Para a
que o VMP. ocorrência de resíduos de naftaleno, algumas legislações
c) pode apresentar um teor de F- até cerca de 80 vezes maior limitam sua concentração em até 30mg kg para solo
que o VMP. agrícola e 0,14mg L para água subterrânea. A
d) pode apresentar um teor de F- até cerca de 800 vezes quantificação desse resíduo foi realizada em diferentes
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ambientes, utilizando-se amostras de 500g de solo e


100mL de água, conforme apresentado no quadro. Dados: H: 1g / mo ; O : 16 g / mo .
a) 4,0% (m / v)
Ambiente Resíduo de naftaleno (g) b) 0,3% (m / v)

1,0  102
Solo l c) 2,0% (m / v)
d) 3,0% (m / v)
Solo lI 2,0  102
Água I 7,0  106
23. (Enem 2012) Aspartame é um edulcorante artificial
Água II 8,0  106
(adoçante dietético) que apresenta potencial adoçante 200
Água III 9,0  106 vezes maior que o açúcar comum, permitindo seu uso em
pequenas quantidades. Muito usado pela indústria
O ambiente que necessita de biorremediação é o(a) alimentícia, principalmente nos refrigerantes diet, tem valor
a) solo I. energético que corresponde a 4 calorias/grama. É
b) solo II. contraindicado a portadores de fenilcetonúria, uma doença
c) água I. genética rara que provoca o acúmulo da fenilalanina no
d) água II. organismo, causando retardo mental. O IDA (índice diário
e) água III. aceitável) desse adoçante é 40 mg/kg de massa corpórea.

Disponível em:
21. (Enem 2014) Diesel é uma mistura de hidrocarbonetos http://boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com. Acesso em:
27 fev. 2012.
que também apresenta enxofre em sua composição. Esse
enxofre é um componente indesejável, pois o trióxido de Com base nas informações do texto, a quantidade máxima
enxofre gerado é um dos grandes causadores da chuva ácida. recomendada de aspartame, em mol, que uma pessoa de 70
Nos anos 1980, não havia regulamentação e era utilizado kg de massa corporal pode ingerir por dia é mais próxima
óleo diesel com 13 000 ppm de enxofre. Em 2009, o diesel de
passou a ter 1 800 ppm de enxofre (S1800) e, em seguida, foi
inserido no mercado o diesel S500 (500 ppm). Em 2012, foi Dado: massa molar do aspartame = 294g/mol
difundido o diesel S50, com 50 ppm de enxofre em sua a) 1,3  10–4.
composição. Atualmente, é produzido um diesel com teores b) 9,5  10–3.
de enxofre ainda menores. c) 4  10–2.
d) 2,6.
Os Impactos da má qualidade do óleo diesel brasileiro. e) 823.
Disponível em: www.cnt.org.br.
Acesso em: 20 dez. 2012 (adaptado). 24. (Ufrrj) Antigamente, o açúcar era um produto de preço
elevado e utilizado quase exclusivamente como
A substituição do diesel usado nos anos 1980 por aquele
difundido em 2012 permitiu uma redução percentual de medicamento calmante. No século XVIII, com a expansão
emissão de SO3 de das lavouras de cana-de-açúcar, esse cenário mudou. Hoje, a
a) 86,2%. sacarose é acessível à maior parte da população, sendo
b) 96,2%. utilizada no preparo de alimentos e bebidas. Um suco de
c) 97,2%. fruta concentrado de determinada marca foi adoçado com
d) 99,6%. 3,42 g de açúcar (sacarose: C1‚H‚‚O11) em 200 mL de
e) 99,9%.
solução. Com este suco, foi preparado um refresco,
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: adicionando-se mais 800 mL de água. A concentração em
Para resolver a(s) questão(ões) considere o texto abaixo. mol/L de sacarose no SUCO e a concentração em g/L de
sacarose no REFRESCO são, respectivamente:
No jornal Diário Catarinense, de 20 de agosto de 2014, foi a) 0,05 mol/L e 34,2 g/L.
publicada uma reportagem sobre adulteração em leites no
b) 0,05 mol/L e 3,42 g/L.
Oeste do Estado de Santa Catarina “[...]. Vinte pessoas foram
detidas acusadas de envolvimento com a adulteração do c) 0,5 mol/L e 3,42 g/L.
leite UHT com substâncias como soda cáustica, água d) 0,5 mol/L e 34,2 g/L.
oxigenada e formol […]”. e) 0,05 mol/L e 342 g/L.

22. (Acafe 2015) Considere que a água oxigenada para


25. (Unifesp) A contaminação de águas e solos por metais
adulterar o leite UHT fosse de 10 volumes. Nas CNTP,
assinale a alternativa que contém a concentração aproximada pesados tem recebido grande atenção dos ambientalistas,
dessa substância expressa em porcentagem (m / v). devido à toxicidade desses metais ao meio aquático, às

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plantas, aos animais e à vida humana. Dentre os metais 27. (Uerj) O volume médio de água na lagoa é igual a
pesados há o chumbo, que é um elemento relativamente 6,2  106 L. Imediatamente antes de ocorrer a mortandade
abundante na crosta terrestre, tendo uma concentração ao dos peixes, a concentração de gás oxigênio dissolvido na
redor de 20 ppm (partes por milhão). Uma amostra de 100 g água correspondia a 2,5  104 mol  L1.
da crosta terrestre contém um valor médio, em mg de Ao final da mortandade, a quantidade consumida, em
chumbo, igual a quilogramas, de gás oxigênio dissolvido foi igual a:
a) 20.
b) 10. Dado: O = 16.
a) 24,8
c) 5.
b) 49,6
d) 2. c) 74,4
e) 1. d) 99,2

26. (Unifesp) O índice de gasolina em não-conformidade 28. (Ufrgs) Na combustão do diesel, o enxofre presente é
convertido em dióxido de enxofre (SO2), que é uma das
com as especificações da ANP (Agência Nacional de principais causas de chuva ácida. Até o fim de 2013, o diesel
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) é um dado S1800, que contém 1800 ppm de enxofre (ppm = partes por
preocupante, já que alguns postos estavam vendendo milhão expressa em massa), será totalmente abolido no país.
gasolina com mais de 85 % de álcool anidro. Todo posto de Atualmente, o diesel mais vendido é o diesel S500 (500 ppm
de enxofre).
gasolina deve ter um kit para testar a qualidade da gasolina,
quando solicitado pelo consumidor. Um dos testes mais A emissão de SO2, por tonelada de diesel, para S500 e S1800,
simples, o "teste da proveta", disposto na Resolução ANP n.¡ é, respectivamente, de
9, de 7 de março de 2007, é feito com solução aquosa de a) 500 g e 1800 g.
cloreto de sódio (NaCØ) na concentração de 10 % p/v (100 g b) 640 g e 900 g.
c) 1000 g e 3600 g.
de sal para cada litro de água). O teste consiste em colocar
d) 1600 g e 3200 g.
50 mL de gasolina numa proveta de 100 mL com tampa, e) 2000 g e 7200 g.
completar o volume com 50 mL da solução de cloreto de
sódio, misturar por meio de 10 inversões e, após 15 minutos 29. (Upe) As principais marcas de refrigerante light ou diet
de repouso, fazer a leitura da fase aquosa. O cálculo do teor cítricos se comprometeram a reduzir a quantidade de
benzeno em suas bebidas ao máximo de 5 ppb, o mesmo
de álcool é determinado pela expressão: parâmetro usado para a água potável. O acordo chega dois
T = (A × 2) + 1, onde: anos depois que uma associação de consumidores apontou
T: teor de álcool na gasolina, e para a alta concentração de benzeno em refrigerantes de
A: aumento em volume da camada aquosa (álcool e água). diferentes marcas. Nesses refrigerantes, o benzeno surge da
mistura do benzoato de sódio, um conservante, com a
vitamina C, catalisada por traços de íons metálicos, como
O teste aplicado em uma amostra X de gasolina de um cobre (Cu2+) e ferro (Fe3+), especialmente na presença de luz
determinado posto indicou o teor de 53 %. O volume, em e calor. Nos refrigerantes comuns, esse processo não ocorre
mL, da fase aquosa obtida quando o teste foi realizado por causa do açúcar, que inibe essa reação química. Estudos
corretamente com a amostra X foi de mais de três décadas apontam que a exposição ao benzeno
eleva o potencial de câncer e de doenças no sangue.
a) 76.
b) 53. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-
c) 40. noticias/2011/11/05/ (Adaptado)
d) 26.
e) 24. São feitas três afirmativas sobre essa contaminação em
refrigerantes light ou diet cítricos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: I. As empresas se comprometeram em reduzir a concentração


Utilize as informações a seguir para responder à(s) de C7H5O– em até 5 miligrama por litro de refrigerante.
questão(ões) a seguir. II. As condições de armazenamento dos refrigerantes light
ou diet cítricos podem contribuir para a formação do C6H6
Com as chuvas intensas que caíram na cidade do Rio de nessas bebidas.
Janeiro em março de 2013, grande quantidade de matéria III. Uma explicação quimicamente consistente para esse
orgânica se depositou na lagoa Rodrigo de Freitas. O processo é a seguinte: íons metálicos presentes nos
consumo biológico desse material contribuiu para a redução refrigerantes light ou diet cítricos reduzem o oxigênio
a zero do nível de gás oxigênio dissolvido na água, através de reações envolvendo ácido ascórbico, para
provocando a mortandade dos peixes. formar radicais hidroxila, que contribuem para uma
descarboxilação do benzoato, resultando na formação do
C6H6 nessas bebidas.
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Ca(NO3 )2  Ca2  2NO3 


Está CORRETO o que se afirma em
a) II, apenas. 1mol 2 mols
b) I e II, apenas. 164 g 2 mols
c) I e III, apenas. 90 g n
d) II e III, apenas. NO3
e) I, II e III. n  1,097 mol
NO3
30. (Ufsj) O soro caseiro é um modo simples e rápido de se [NO3 ]solução nutritiva  1,097 mol / L
evitar a desidratação. Ele consiste em uma solução de sal
NaC  e açúcar (C12H22O11) em água. Uma receita bem [NO3 ]ajustada  Vtan que  [NO3 ]solução nutritiva  Vajustado
difundida é a seguinte: 0,009  5.000  1,097  Vajustado
Vajustado  41,02 L  41 L
ÁGUA: 1 L
SAL: uma colher de chá rasa – equivale a 3,5 g
AÇÚCAR: duas colheres de sopa cheias – equivale a 40 g 12. [E]
13. [C] 14. [B] 15. [B]
Considerando-se essas informações, é INCORRETO
afirmar que 16. [E]
a) depois da dissolução completa, haverá 0,12 mol/L de
açúcar no soro. 0,05g 100g de H2O
b) o número de íons sódio no soro é maior que o de moléculas
de açúcar. x 1000g de H2O (1L, pois a d  1g/mL)
c) a presença do açúcar não altera a solubilidade do sal na x  0,5g
água.
d) a temperatura de ebulição da água no soro será superior à
da água pura. 1mol de KHCO3 100g
x 0,5g
3
GABARITO x  5,00  10 mol / L

01. [B] 17. a) X (C†H†) = 0,94


Resposta da questão 2: X (C³Hˆ) = 0,06
[E] b) (C†H†) = 94,00%
(C³Hˆ) = 6,00%
Calculando a concentração do sal em mol  L1, teremos:

0,9%  0,9g em 100mL de água 18. a) 0,4 M. b) 93,2 g/L.


58,5g de NaC 1mol
0,9g x 19.
x  0,00154mol x = 0,25 mol
0,00154mol 100mL y = 62,4g de CuSO„.5H‚O.
y 1000mL
20. [B]
y  0,154mol  L1

Para a ocorrência de resíduos de naftaleno, algumas


A solução de cloreto de sódio em água é uma solução
eletrolítica, pois apresenta íons em solução. legislações limitam sua concentração em até 30mg kg
03. [B] para solo agrícola e 0,14mg L para água subterrânea.
04. [D] 05. [B] 6. [D]
07. [D] 08. [C] 09. [B] Devemos comparar os valores tabelados para os solos a
10. [C] 1kg.
Resposta da questão 11:
[B]

Solução comercial de nitrato de cálcio: 90 g L.


Em 1 litro de solução nutritiva:

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1,0  10 2 g de naftaleno 500 g de solo 1 L H2O2 10 L de O2 (água oxigenada 10 volumes)


1
mSolo I g de naftaleno 1000 g de solo H2O2  H2O  O2
2
mSolo I  2  10 2  20 mg  30 mg (limite) 34 g 0,5  22,4 L
mH2O2 10 L
mH2O2  30,357 g
2,0  10 2 g de naftaleno 500 g de solo
mSolo II g de naftaleno 1000 g de solo
Vsolução  1 L
mSolo II  4  10 2  40 mg  30 mg (limite) 30,357 g 30,357 g 3,0357 g
   3,0357 %(m / v)  3,0%(m / v)
(necessita de biorremediação) 1L 1000 mL 100 mL

Devemos comparar os valores tabelados para as águas a


1L.
23. [B]
7,0  106 g de naftaleno 100 mL de água
mÁgua I g de naftaleno 1000 mL de água De acordo com o enunciado o IDA (índice diário aceitável)
6
mÁgua I  70  10  0,07 mg  0,14 mg (limite) desse adoçante é 40 mg/kg de massa corpórea:

1 kg (massa corporal) 40 mg (aspartame)


8,0  106 g de naftaleno 100 mL de água
70 kg (massa corporal) maspartame
mÁgua II g de naftaleno 1000 mL de água
maspartame  2800 mg  2,8 g
6
mÁgua II  80  10  0,08 mg  0,14 mg (limite)

294 g 1 mol (aspartame)


9,0  106 g de naftaleno 100 mL de água
2,8 g naspartame
mÁgua III g de naftaleno 1000 mL de água
6
naspartame  9,5  103 mol
mÁgua III  90  10  0,09 mg  0,14 mg (limite)

24. [B]
Conclusão: o ambiente que necessita de biorremediação é o
do solo II.
25. [D]
21. [D]
26. [A]
Nos anos 1980, não havia regulamentação e era utilizado
óleo diesel com 13.000 ppm de enxofre. Em 2012, foi
Resposta da questão 27:
difundido o diesel S50, com 50 ppm de enxofre em sua [B]
composição, então:
O consumo biológico desse material contribuiu para a
13.000 ppm  50 ppm 12.950 ppm (redução) redução a zero do nível de gás oxigênio dissolvido na água,
13.000 ppm 100 % então:
12.950 ppm p
p  0,99615 [O2 ]  2,5  10 4 mol  L1
p  99,6 % 1L 2,5  104 mol
6,2  106 L noxigênio
Resposta da questão 22:
[D] noxigênio  15,5  102 mol

moxigênio  15,5  102  32g  496  10 2 g


Teremos:
moxigênio  49,6 kg

Resposta da questão 28:


[C]

Teremos:

Para o diesel S500, vem:

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1 tonelada  1000 kg  1.000.000 g ÁGUA: 1 L


1000 kg (diesel) 1.000.000 partes AÇÚCAR: duas colheres de sopa cheias – equivale a 40 g
mdiesel 500 partes
C12H22O11  342
mdiesel  0,5 kg  500 g 1 mol 342 g
S  O2  SO2 nC12H22O11 40 g
32 g 64 g
nC12H22O11  0,116959 mol
500 g mSO2
mSO2  1000 g Conclusão: n  nC12H22O11 .
Na 

Para o diesel S1800, vem:

1 tonelada  1000 kg  1.000.000 g


1000 kg (diesel) 1.000.000 partes
mdiesel 1800 partes
mdiesel  1,8 kg  1800 g
S  O2  SO2
32 g 64 g
1800 g mSO2
mSO2  3600 g

Resposta da questão 29:


[D]

I. Falsa.
Considere que a densidade do refrigerante seja 1000 g/L
(semelhante à da água)
5mg/L equivale a:
0,005g 103 g de refrigerante

m 109 g

5000 g ou 5000 ppb.


II. Verdadeira. Sobretudo a condição e temperatura, que,
segundo o texto é determinante para a reação de
formação do benzeno no refrigerante.
III. Verdadeira. A formação do benzeno se dá pela
descarboxilação do ácido benzoico em presença de radicais
hidroxila. Além da temperatura, a luz ultravioleta pode
acelerar esse processo.

Resposta da questão 30:


[B]

ÁGUA: 1 L
SAL: uma colher de chá rasa – equivale a 3,5 g

NaC  Na  C 

58,5 g 1 mol
3,5 g n 
Na
n   0,0598 mol
Na
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MÓDULO 03
DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURAS DE SOLUÇÕES

1. Diluição de soluções

Diluir uma solução significa diminuir a sua concentração, o que pode ser feito pela retirada de uma
parcela do soluto ou pelo acréscimo de solvente.
Em geral a diluição ocorre com acréscimo de solvente.
Ao se acrescentar solvente (em geral H2O) a uma solução, temos:

 A concentração da solução (qualquer que seja ela) diminui.


 O volume da solução aumenta.
 A “quantidade de soluto (no de mols; massa; volume) não se altera, ou seja, permanece constante.

Assim, temos as seguintes relações:

Concentração da Solução Concentração da Solução


Conclusão
Antes da Diluição Depois da Diluição
m1 m1
T ; logo m1  T  m T'  ; logo m1  T'm' T  m  T'm'
m m'
V V
TV  1 ; logo V1  TV  V T' V  1 ; logo V1  T' V V' TV  V  T' V V'
V V'
m m
C  1 ; logo m1  C  V C'  1 ; logo m1  C'V' C  V  C'V '
V V'
n n
x 1  1 ; logo n1  x1  n '
x 1  1 ; logo n1  x 1'  n' x 1  n  x 1'  n'
n n'
n1 n1
M  ; logo n1  M  V(L) M'  ; logo n1  M'V' (L) M  V  M'V'
V V'
n1 n1
W ; logo n1  W  m2 (kg) W'  ' ; logo n1  W'm'2 (kg) W  m 2  W 'm '2
m 2 (kg) m2 (kg)

Observações:
1. O volume e a concentração de uma solução são inversamente proporcionais.
2. O volume (V2) ou massa (m 2) ou no de mols (n2) do solvente adicionado em uma diluição pode ser
calculado pelas relações:
V2 = V f – Vi f  final

m2 = mf – mi i  inicial
n2 = nf – ni

3. A operação inversa à diluição chama-se concentração. Podemos concentrar uma solução ou


aumentando a quantidade de soluto ou diminuindo a quantidade de solvente.
4. Quando se faz a concentração de uma solução pela diminuição da quantidade de solvente, as mesmas
relações vistas para a diluição valem também para a concentração. Observa-se que:
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 A concentração da solução (qualquer que seja ela) aumenta.


 O volume da solução diminui.

O volume (V2) ou massa (m2) ou no de mols (n2) do solvente evaporado em uma concentração pode
ser obtido pelas relações:

V2 = V i – Vf
m 2 = m i – mf
n2 = ni – nf
i  inicial; f  final

2. Mistura de soluções de mesmo soluto e mesmo solvente

1. Neste caso onde misturamos soluções de mesmo soluto, com concentrações diferentes, obtemos uma
nova solução com concentração intermediária às concentrações das soluções misturadas.
2. Não apenas neste caso de misturas de soluções, mas também nos outros que veremos a seguir,
estaremos trabalhando com soluções em que o solvente é sempre o mesmo e que as soluções são
relativamente diluídas, pois só dentro dessas condições é que o volume final será igual à soma
dos volumes iniciais das soluções que foram misturadas.
3. Como o soluto é o mesmo, a “quantidade” de soluto na solução resultante é igual à soma das
“quantidades” de soluto que havia em cada uma das soluções iniciais.
4. O volume da solução final (V), nem sempre é igual à soma dos volumes das soluções misturadas, mas
pode ser medido facilmente na prática. Em problemas, não sendo dado o volume final da solução, este
deve ser considerado como sendo igual à soma dos volumes das soluções misturadas. Vejamos a
tabela a seguir:

SOLUÇÃO FINAL (MISTURA) =


SOLUÇÃO’ (I) SOLUÇÃO” (II)
SOLUÇÃO (I) + SOLUÇÃO (II)

n1' n1" n1  n1'  n1"


m1' m1" m1  m1'  m1"
m' m" m  m'm"
V' V" V  V ' V" (Obs. : 4)

m1' m1" m1
C'  C"  C  m1  m1'  m1"
V' V" V
m1  C '  V '
'
m1  C "  V"
"
m1  C  V  C  V  C'V 'C"V"
n1' n1" n1
M'  M"  M  n1  n1'  n1"
V' V" V
n1'  M '  V ' n1"  M "  V" n1  M  V  M  V  M'V 'M"V"
m1' m1" m1
T'  T"  T  m1  m1'  m1"
m' m" m
'
m1  T '  m' "
m1  T "  m" m1  T  m  T  m  T'm'T"m"

n1' n" n1
W'  W"  " 1 W  n1  n1'  n1"
V' m 2 (kg) m 2 (kg)
n1'  W '  m '2 n1  W "  m "2
"
n1  W  m 2  W  m 2  W 'm '2  W "m "2

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3. Mistura de soluções de solutos diferentes que não reagem entre si (e mesmo solvente)

Neste caso de mistura de duas ou mais soluções de solutos diferentes que não reagem entre si,
tudo se passa como se estivesse ocorrendo uma diluição de cada solução.

Exemplo: misturando 1,0 L de solução NaCl molares 2,0 L de solução de KCl, para calcular a
concentração final do NaCl na mistura, tudo se passa como se tivéssemos adicionado 2 L de água à
mistura do NaCl. Do mesmo modo, para calcular a concentração do KCl na mistura, tudo se passa como
se tivéssemos adicionado 1,0 L de água à solução de KCl.

Observações:
1. Comumente se costuma pedir a concentração da solução resultante em relação aos íons. No exemplo
anterior teríamos (considerando o grau de dissociação dos sais igual a 100%):

NaC   1Na   1C  


H2O
 [Na  ]  xM
 xM xM xM 
 
  
[K ]  yM
KC  21K  1C
H O
 
yM [C ]  ( x  y )M
 xM yM

2. O mesmo raciocínio visto para a molaridade vale para as outras unidades de concentração vistas até
aqui.

4. Mistura de soluções de solutos diferentes que reagem entre si (e mesmo solvente)

Neste caso o de mistura de soluções os solutos reagem entre si, por isso é necessário examinarmos
a estequiometria da reação. Observe os seguintes passos:

I. Escreva a equação química balanceada que representa a mistura das soluções.


II. Determine o número de mols de cada soluto nas soluções iniciais.

m1 n1
n ou M   n1  M  V
Mol1 V

III. Verifique se existe excesso de reagente, ou seja, verifique se os reagentes estão em proporções
estequiométricas ou não.
 Caso os reagentes estejam em proporções estequiométricas, os dois solutos reagirão integralmente
e não estarão mais presentes na solução resultante.
 Caso os reagentes não estejam em proporções estequiométricas, sobrará um excesso de um dos
solutos na solução resultante.

IV. Resolva a questão com o que foi aprendido sobre cálculo estequiométrico (em especial nos casos

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onde existia reagente em excesso).

Observações:
Os casos mais comuns desse tipo de mistura de soluções são quando se misturam uma solução
de um ácido com uma base ou solução de um oxidante com solução de um redutor ou outras reações
envolvendo as funções inorgânicas.

5. Titulação

Para determinar a concentração de determinado soluto em uma solução, os químicos


geralmente realizam uma titulação, que envolve combinar umaamostra de solução com umasolução
reagente de concentração conhecida, chamada solução padrão. As titulações podem ser conduzidas
usando reações ácido-base, precipitação ou oxi-redução.
Suponha que tenhamos uma solução de HCl com concentração desconhecida e uma solução de
NaOH cuja concentração é 0,100 mol/L. Para determinar a concentração da solução de HCl, tomamos
determinado volume dessa solução,digamos 20,00 mL. Adicionamos lentmente a solução padrão de
NaOH até que a reação de neutralização entre HCl e NaOH seja completa. O ponto no qual as
quantidades estequiométricas se equivalem é conhecido como ponto de equivalência ou ponto
deviragem da titulação.
Para que se faça a titulaçãlo de uma solução desconhecida com uma solução padrão, é
necessário encontrar alguma maneira de se determinar quando o ponto de equivalência da titulação foi
atingido. Em uma solução ácido-base, a tintura conhecida como fenolftaleína é incolor em soluções
ácidas, mas rosa em soluções básicas. Se adicionamos fenoftaleína a uma solução desconhecida de
ácido, a solução ficará incolor. Podemos, então, adicionar a base a partir de uma bureta até a solução
passar de incolor para rosa. Essa mudança de cor indica que o ácido foi totalmente neutralizado e que
não existe mais ácido para reagir com a gota de base que fez com que a solução ficasse colorida. A
solução, consequentemente torna-se básica, e a tintura, rosa. A mudança de cor sinaliza o ponto final
da titulação, que geralmente é muito próximo do ponto de equivalência.
Deve-se ser cuidadoso ao escolher os indicadores cujos pontos finais correspondam ao ponto
de equivalência da titulação. Abordaremos esse problema no módulo de reações ácido base, quando
estivermos estudando os euilíbrios iônicos em solução aquosa.

Figura: procedimento para a titulação de ácido com uma solução padronizada de NaOH. (a)
Uma quantidade conhecida de ácido é adicionada ao erlenmeyer. (b) Um indicador ácido-base é
adicionado, e o NaOH padronizado é adicionado a partir da bureta. (c) O ponto de equivalência é
sinalizado pela mudança de cor do indicador.

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DILUIÇÃO E MISTURAS DE SOLUÇÕES volume de cada solução que deverá ser utilizado para o
preparo da solução desejada.
Exercícios de Aprendizagem
05. (Ufc ) Em um balão volumétrico, foram colocados 6 g de
01. (Ita) Para preparar 80L de uma solução aquosa 12% hidróxido de sódio impuro e água destilada até completar um
(massa/massa) de KOH (massa específica da volume de 250 mL. Para a neutralização completa de 50 mL
solução=1,10g/cm¤) foram adicionadas x litros de uma desta solução, foram necessários 60 mL de H‚SO„ 0,1
solução aquosa 44% (massa/massa) de KOH (massa mol.L-¢. Sabendo que as impurezas existentes são inertes na
específica da solução=1,50g/cm¤) e y litros de água presença de H‚SO„, o percentual de pureza do hidróxido de
deionizada (massa específica=1,00g/cm¤). Os valores de x e sódio utilizado é igual a:
de y são respectivamente: a) 10
a) 12L e 68L. b) 20
b) 16L e 64L. c) 40
c) 30L e 50L. d) 60
d) 36L e 44L. e) 80
e) 44L e 36L.
06. (Pucrj) O vinagre utilizado como tempero nas
saladas contém ácido acético, um ácido monoprótico
02. (Unicamp ) Um dos grandes problemas das navegações
muito fraco e de fórmula HC2H3O2. A completa
do século XVI referia-se à limitação de água potável que era neutralização de uma amostra de 15,0 mL de vinagre
possível transportar numa embarcação. Imagine uma (densidade igual a 1,02 g/mL) necessitou de 40,0 mL
situação de emergência em que restaram apenas 300 litros de solução aquosa de NaOH 0,220 mol/L. A partir
(L) de água potável (considere-a completamente isenta de dessas informações, pede-se:
eletrólitos). A água do mar não é apropriada para o consumo a) o número de oxidação médio do carbono no ácido
devido à grande concentração de NaCØ(25g/L), porém o soro acético;
fisiológico (10g NaCØ/L) é. Se os navegantes tivessem b) a porcentagem em massa de ácido acético no
conhecimento da composição do soro fisiológico, poderiam vinagre;
usar água potável para diluir água do mar de modo a obter o c) o volume de KOH 0,100 mol/L que contém
quantidade de íons OH− equivalente ao encontrado
soro e assim teriam um volume maior de líquido para beber. nos 40,0 mL de solução aquosa de NaOH 0,220
a) Que volume total de soro seria obtido com a diluição se mol/L.
todos os 300 litros de água potável fossem usados para este
fim? 07. (Ufc) O ácido oxálico é encontrado, em baixas
b) Considerando-se a presença de 50 pessoas na concentrações, em alguns vegetais importantes na
alimentação humana, tal como o espinafre. Apesar de ser
embarcação e admitindo-se uma distribuição equitativa do
uma substância tóxica, é bem tolerado pelo organismo
soro, quantos gramas de NaCØ teriam sido ingeridos por humano em concentrações abaixo do limite de toxicidade. Os
cada pessoa? sucos concentrados de espinafre, entretanto, podem conter
c) Uma maneira que os navegadores usavam para obter quantidades excessivas do ácido oxálico, que ultrapassem
água potável adicional era recolher água de chuva. tais limites. Por este motivo, a indústria de sucos de espinafre
Considerando-se que a água da chuva é originária, em exerce um controle rigoroso em seus produtos, analisando os
teores de ácido oxálico, através de titulação com o íon
grande parte, da água do mar, como se explica que ela
permanganato, de acordo com a seguinte reação:
possa ser usada como água potável?
5H‚C‚O„ (aq) + 2MnO„­ (aq) + 6H® (aq) ë 10CO‚ (g) +
03. (Ufpe) A salinidade da água de um aquário para peixes 2Mn£® (aq) + 8H‚O (Ø)
marinhos expressa em concentração de NaCØ é 0,08M. Para
corrigir essa salinidade, foram adicionados 2 litros de uma a) Represente a configuração eletrônica do manganês, tal
como se encontra nos reagentes e produtos.
solução 0,52M de NaCØ a 20 litros da água deste aquário.
b) Sabendo-se que uma amostra de 20 mL de suco de
Qual a concentração final de NaCØ multiplicada por 100? espinafre reagiu completamente com 24mL de uma

04. (Ufg ) Um analista necessita de 100 mL de uma solução


aquosa de NaCØ 0,9 % (m/v). Como não dispõe do sal puro, 08. (Pucrj) Um técnico de laboratório recebeu um frasco
resolve misturar duas soluções de NaCØ(aq): uma de com 300 cm3 de ácido clorídrico de molaridade
desconhecida, a fim de determiná-la. Para isso, retirou uma
concentração 1,5 % (m/v) e outra de 0,5 % (m/v). Calcule o
alíquota de 10 mL do frasco original e transferiu para um
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balão volumétrico de 50 mL, o qual foi completado com água b) 1,1


destilada. Após homogeneização, ele retirou 10 mL dessa c) 2,2
solução e transferiu para um frasco Erlenmeyer. Essa solução d) 3,3
foi, em seguida, titulada com uma solução aquosa padrão de
e) 4,4
hidróxido de sódio de molaridade exata igual a 0,500 mol L -
1
. Sabendo-se que, nessa titulação, foram consumidos 12 mL
da solução padrão de hidróxido de sódio: 3. (Cesgranrio) Em laboratório, um aluno misturou 10 mL de
a) escreva a reação química que ocorre no processo de uma solução de HCØ 2 M com 20 mL de uma solução X M
titulação do ácido clorídrico pelo hidróxido de sódio; do mesmo ácido em um balão volumétrico de 50 mL de
b) calcule a quantidade de hidróxido de sódio (em mol) capacidade. Em seguida, completou o volume do balão
contida nos 12 mL de solução usada para a titulação do volumétrico com água destilada. Na total neutralização de 10
ácido; mL da solução final obtida, foram consumidos ml de solução
c) calcule a molaridade da solução de ácido clorídrico do de NaOH 2 M. Assim, o valor de X é:
frasco original. a) 1,0 M
b) 1,5 M
09. (Unifesp) Os dados do rótulo de um frasco de eletrólito
c) 2,0 M
de bateria de automóvel informam que cada litro da solução
deve conter aproximadamente 390 g de H2SO4 puro. d) 2,5 M
Com a finalidade de verificar se a concentração de H2SO4 e) 3,0 M
atende às especificações, 4,00 mL desse produto foram
titulados com solução de NaOH 0,800 mol/L. Para consumir 4. (Enem 2013) A varfarina é um fármaco que diminui a
todo o ácido sulfúrico dessa amostra foram gastos 40,0 mL agregação plaquetária, e por isso é utilizada como
da solução de NaOH. anticoagulante, desde que esteja presente no plasma, com
(Dado: massa molar de H2SO4 = 98,0 g/mol) uma concentração superior a 1,0 mg/L. Entretanto,
concentrações plasmáticas superiores a 4,0 mg/L podem
a) Com base nos dados obtidos na titulação, discuta se a
desencadear hemorragias. As moléculas desse fármaco
especificação do rótulo é atendida. ficam retidas no espaço intravascular e dissolvidas
b) Escreva a fórmula e o nome oficial do produto que pode exclusivamente no plasma, que representa aproximadamente
ser obtido pela evaporação total da água contida na solução 60% do sangue em volume. Em um medicamento, a
resultante do processo de titulação efetuado. varfarina é administrada por via intravenosa na forma de
solução aquosa, com concentração de 3,0 mg/mL. Um
10. Temos 500 mL de uma solução 0,6 mol/L de HCl. A essa indivíduo adulto, com volume sanguíneo total de 5,0 L, será
solução são adicionados 10,6 g de carbonato de sódio submetido a um tratamento com solução injetável desse
(Na2CO3) puro. Determine a concentração, em g/L, da medicamento.
solução resultante em relação ao HCl.
Qual é o máximo volume da solução do medicamento que
pode ser administrado a esse indivíduo, pela via intravenosa,
DILUIÇÃO E MISTURAS DE SOLUÇÕES de maneira que não ocorram hemorragias causadas pelo
anticoagulente?
Exercícios de Fixação a) 1,0 mL
b) 1,7 mL
c) 2,7 mL
1. (Mackenzie) 200 mL de solução 0,3 M de NaCØ são d) 4,0 mL
misturados a 100 de solução molar de CaCØ‚. A e) 6,7 mL
concentração, em mol/litro, de íons cloreto na solução
resultante é:
a) 0,66 5. (Fei) Para neutralizar uma alíquota de 25 mL de uma
b) 0,53 solução de H‚SO„ foram consumido 30 mL de solução 0,1
c) 0,33 molar de NaOH. A massa de H‚SO„ contida em 250 mL de
d) 0,20 solução é:
e) 0,86 Dados : Massa atômicas :
H=1; S=32; O=16; Na=23 (u)
2. (Uel) Misturam-se 200 mililitros de solução de hidróxido a) 0,49 g
de potássio de concentração 5,0g/L com 300 mililitros de b) 0,98 g
solução da mesma base com concentração 4,0g/L. A c) 1,47 g
concentração em g/L da solução final vale d) 1,96 g
a) 0,50 e) 2,94 g

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a) 0,60 M e 0,20 M
6. (Uerj ) O ácido ascórbico (vitamina C) reduz o iodo, b) 0,45 M e 0,15 M
conforme a reação química representada a seguir. c) 0,51 M e 0,17 M
d) 0,75 M e 0,25 M
e) 0,30 M e 0,10 M

9. (Uff ) O composto de fórmula molecular Na‚B„O‡.10H‚O,


denominado tetraborato de sódio, é conhecido por bórax. Se
uma criança ingerir de 5 a 10 gramas desse composto
apresentará vômito, diarréia, poderá entrar em estado de
choque e, até, morrer.
Tal composto é um sólido cristalino que reage com ácidos
Em uma análise do ácido ascórbico contido em 10,0 mL de
fortes de acordo com a equação:
suco de laranja, são consumidos 5,0 mL de uma solução de
iodo molecular de concentração igual a 0,010 mol × L-¢.
Na‚B„O‡.10H‚O + 2H®ë4HƒBOƒ + 5H‚O + 2Na®
Admita que todo o ácido ascórbico presente no suco tenha
reagido.
Uma amostra de tetraborato de sódio, de massa 0,9550 g,
A massa deste ácido, presente em 1,0 L do suco de laranja é,
reage completamente com uma solução de HCØ 0,1000 M.
em gramas, igual a:
Pode-se afirmar que o volume de ácido clorídrico consumido
(Dados: C = 12; H = 1; O = 16)
nessa reação é, aproximadamente:
a) 0,80
a) 5,00 mL
b) 0,84
b) 9,50 mL
c) 0,88
c) 25,00 mL
d) 0,92
d) 50,00 mL
e) 95,00 mL
7. (Ufc ) Os alvejantes são comumente constituídos de
agentes oxidantes, que retiram elétrons dos materiais
10. (Ufg) Um antiácido contém, em sua formulação,
coloridos, transformando-os em outras substâncias
Mg(OH)‚ em uma concentração de 1,2 g mL­¢.
incolores, normalmente solúveis em água. Por exemplo, na
Considerando que a concentração de HCl no suco gástrico é
limpeza de uma peça de roupa branca manchada de iodo (cor
de 0,16 mol L-¢, qual o volume de suco gástrico neutralizado
púrpura), pode-se aplicar uma solução aquosa de tiossulfato
pela ingestão de uma colher (3 mL) desse antiácido?
de sódio (Na‚S‚Oƒ), que originará produtos incolores e
a) 125 mL
solúveis em água, conforme indicado a seguir.
b) 250 mL
c) 375 mL
I‚(s) + 2Na‚S‚Oƒ(aq) ë 2NaI(aq) + Na‚S„O†(aq)
d) 750 mL
e) 1000 mL
O valor aproximado do volume mínimo, em mL, de uma
solução 1,0 M de Na‚S‚Oƒ, necessário para reagir
11. (Ufmg) O quadro a seguir apresenta as quantidades
completamente com 2,54 g de I‚, será:
utilizadas na preparação de três soluções aquosas de
a) 40
permanganato de potássio (KMnO„).
b) 10
c) 20
d) 0,01
e) 0,04

8. (Uff ) A molaridade de uma solução X de ácido nítrico é


o triplo da molaridade de outra solução Y do mesmo ácido.
Ao se misturar 200,0mL da solução X com 600,0mL da
solução Y, obtém-se uma solução 0,3M do ácido.
Pode-se afirmar, então, que as molaridades das soluções X e Analise o quadro quanto às concentrações das soluções e
Y são, respectivamente: assinale a alternativa correta.

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a) A solução mais diluída é a que tem a maior massa de a) Não, pois na mistura as concentrações de ambos os
soluto. produtos foram reduzidas à metade.
b) A solução mais concentrada é a que tem o menor volume. b) Não, pois ácido muriático e soda cáustica não são
c) Se adicionarmos 100 mL de água à solução I, a adequados para remover sujeira.
concentração final será a mesma da solução III. c) Não, pois a mistura resultante é apenas uma solução de
d) Se adicionarmos a solução II à solução III, a concentração cloreto de sódio, podendo ainda conter ácido muriático ou
final será menor que a da solução I. soda cáustica excedente.
d) Sim, pois estarão sendo utilizadas as propriedades de
12. (Cefet MG 2015) Um técnico de laboratório necessita ambos os produtos ao mesmo tempo.
preparar 500mL de uma solução de HNO3 que tenha a e) Sim, desde que as concentrações molares de ambos os
concentração igual a 0,5mol  L1. No estoque do produtos sejam idênticas.
laboratório, há uma solução concentrada desse ácido a
63% m m, com uma densidade aproximadamente igual a 16. (Unirio) Misturando-se 25,0ml de uma solução 0,50 M
1 de KOH com 35,0ml de solução 0,30 M de KOH e solução
1,5 g  mL . O volume aproximado, da solução
concentrada, que o técnico deve medir, em mL, para 10,0ml de uma solução 0,25 M de KOH, resulta uma solução
preparar a solução de ácido nítrico, é cuja concentração molar, admitindo-se a aditividade de
a) 7. volume, é, aproximadamente igual a:
b) 11. a) 0,24 M.
c) 17. b) 0,36 M.
d) 25. c) 0,42 M.
e) 67. d) 0,50 M.
e) 0,72 M.
13. (Ufrrj) Misturando-se 100mL de solução aquosa 0,1
molar de KCØ, com 100mL de solução aquosa 0,1 molar de
17. (Pucrj 2015) O volume de 25,00 m de uma amostra
MgCØ‚, as concentrações de íons K®, Mg®® e CØ­ na solução
aquosa de ácido oxálico (H2C2O4 ) foi titulado com
resultante, serão, respectivamente,
a) 0,05 M; 0,05 M e 0,1 M. solução padrão 0,020 mol L1 de KOH.
b) 0,04 M; 0,04 M e 0,12 M.
c) 0,05 M; 0,05 M e 0,2 M. H2C2O4(aq)  20H (aq)  C2O42(aq)  2H2O ( )
d) 0,1 M; 0,15 M e 0,2 M.
e) 0,05 M; 0,05 M e 0,1 5 M. A titulação alcançou o ponto de equivalência com
25,00 m de solução titulante; assim, a concentração, em
14. (Ufv) Misturando-se 20mL de solução de NaCØ, de mol L1, de ácido oxálico na amostra original é igual a
concentração 6,0mol/L, com 80mL de solução de NaCØ, de
a) 1,0  10 3
concentração 2,0mol/L, são obtidos 100mL de solução de
b) 2,0  103
NaCØ, de concentração, em mol/L, igual a:
a) 1,4 c) 1,0  102
b) 2,8 d) 2,0  102
c) 4,2 e) 1,0  101
d) 5,6
e) 4,0 18. (Udesc 2015) Considere a determinação da capacidade
antiácida de um medicamento cujo princípio ativo é
15. (Unesp) Um funcionário de uma empresa de limpeza carbonato de sódio, que pode ser feita pela reação com ácido
clorídrico. Um comprimido de 1,8656g foi triturado e
dispunha de dois produtos para o trabalho "pesado": soluções
concentradas de ácido muriático e de soda cáustica. Não dissolvido em água, necessitando de 22,0mL de
conseguindo remover uma "crosta" de sujeira usando estas HC 0,4000molL1 para ser completamente neutralizado.
soluções separadamente, ele preparou uma mistura, usando Assinale a alternativa que corresponde à porcentagem em
volumes iguais das mesmas. Sabendo que ácido muriático e massa de carbonato de sódio no comprimido.
soda cáustica são os nomes comerciais, respectivamente, do a) 12,50%
ácido clorídrico e do hidróxido de sódio, o funcionário terá b) 19,57%
sucesso em sua última tentativa de remover a sujeira? c) 25,00%
d) 14,15%
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e) 50,00% 22. (Pucrj 2014) Neutraliza-se 50 mL de solução aquosa


de hidróxido de sódio 0,10 mol L1 com 50 mL de
19. (Unesp) Medicamentos, na forma de preparados
injetáveis, devem ser soluções isotônicas com relação aos solução aquosa de ácido clorídrico 0,10 mol L1. Nessa
fluidos celulares. O soro fisiológico, por exemplo, apresenta reação, há formação de água. As espécies Na e C 
são
concentração de cloreto de sódio (NaCØ) de 0,9% em massa íons espectadores.
(massa do soluto por massa da solução), com densidade igual
NaOH(aq)  HC (aq)  H2O( )  NaC (aq)
a 1,0 g.cm-¤.
a) Dada a massa molar de NaCØ, em g.mol-¢: 58,5, qual a
Admitindo como desprezível a expansão de volume como
concentração, em mol.L-¢, do NaCØ no soro fisiológico?
resultado dessa reação, a concentração de C  , em
Apresente seus cálculos.
b) Quantos litros de soro fisiológico podem ser preparados a quantidade de matéria (mol L1 ), na solução resultante é
partir de 1 L de solução que contém 27 g.L-¢ de NaCØ (a aproximadamente igual a:
concentração aproximada deste sal na água do mar)? a) 0,05
b) 0,10
Apresente seus cálculos. c) 0,14
d) 0,18
e) 0,20
20. (Pucrj 2013) A análise volumétrica em meio aquoso se
baseia, de maneira simplificada, na medição do volume de 23. (Fgv 2014) O Brasil é um grande produtor e exportador
solução padrão (concentração conhecida) que reage de suco concentrado de laranja. O suco in natura é obtido a
estequiometricamente com uma espécie dissolvida em água, partir de processo de prensagem da fruta que, após a
com o ponto final da titulação podendo ser identificado com separação de cascas e bagaços, possui 12% em massa de
o auxílio de um indicador que muda de cor no ponto final. sólidos totais, solúveis e insolúveis. A preparação do suco
Na análise de cloretos numa amostra de água, 50,0 mL de concentrado é feita por evaporação de água até que se atinja
amostra necessitaram de 20,00 mL de solução 0,1000 mol/L o teor de sólidos totais de 48% em massa.
de nitrato de prata, usando cromato como indicador do ponto Quando uma tonelada de suco de laranja in natura é
final. colocada em um evaporador, a massa de água evaporada
para obtenção do suco concentrado é, em quilograma, igual
Ag(aq)  C (aq)  AgC (s)
a
a) 125.
b) 250.
Com esses dados, a porcentagem massa por volume c) 380.
 d) 520.
(g%mL) de C (massa molar = 35,5 g/mol) na amostra é:
a) 0,035 e) 750.
b) 0,710
c) 0,142 24. (Unesp 2014) O soro fisiológico é uma das soluções
d) 0,213 mais utilizadas na área de saúde. Consiste em uma solução
e) 0,284 aquosa de cloreto de sódio NaC 0,9% em massa por
volume, que equivale à concentração 0,15 mol  L1.
21. (Enem PPL 2014) O álcool comercial (solução de etanol)
é vendido na concentração de 96%, em volume. Entretanto, Dispondo de uma solução estoque de NaC 0,50 mol  L1,
para que possa ser utilizado como desinfetante, deve-se usar o volume necessário dessa solução, em mL, para preparar
uma solução alcoólica na concentração de 70%, em volume. 250 mL de soro fisiológico será igual a
Suponha que um hospital recebeu como doação um lote de a) 15.
1000 litros de álcool comercial a 96%, em volume, e b) 100.
c) 25.
pretende trocá-lo por um lote de álcool desinfetante. d) 75.
e) 50.
Para que a quantidade total de etanol seja a mesma nos dois
lotes, o volume de álcool a 70% fornecido na troca deve
ser mais próximo de 25. (Enem 2011) O peróxido de hidrogênio é comumente
a) 1042L. utilizado como antisséptico e alvejante. Também pode ser
b) 1371L. empregado em trabalhos de restauração de quadros
c) 1428L. enegrecidos e no clareamento de dentes. Na presença de
soluções ácidas de oxidantes, como o permanganato de
d) 1632L.
potássio, este óxido decompõe-se, conforme a equação a
e) 1700L. seguir:

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5 H2O2 (aq)  2 KMnO4 (aq)  3 H2SO4 (aq) 


5 O2 (g)  2 MnSO4 (aq)  K 2SO4 (aq)  8 H2O ( ) 29. (Unesp ) Alguns produto de limpeza doméstica
consistem basicamente de solução aquosa de amônia.
ROCHA-FILHO, R. C. R.; SILVA, R. R. Introdução aos Para reagir completamente com a amônia presente em 5,00
Cálculos da Química. São Paulo: McGraw-Hill, 1992. mililitros de amostra de um determinado produto de limpeza,
foram necessários 31,20 mililitros de ácido clorídrico 1,00M.
De acordo com a estequiometria da reação descrita, a
A reação que ocorre é:
quantidade de permanganato de potássio necessária para
reagir completamente com 20,0 mL de uma solução 0,1
mol/L de peróxido de hidrogênio é igual a NHƒ(aq) + HCØ(aq) ë NH„CØ(aq)
0
a) 2,0  10 mol
Massas atômicas: N = 14; H = 1.
b) 2,0  103 mol
c) 8,0  101mol
a) Calcule a concentração molar de amônia na amostra.
d) 8,0  104 mol b) Supondo a densidade da solução de amônia igual a 1
e) 5,0  103 mol grama por mililitro, calcule a porcentagem em massa de
amônia presente na amostra.
26. (Ufrrj ) O hidróxido de lítio (LiOH), usado na produção
de sabões de lítio para a fabricação de graxas lubrificantes a 30. (Unesp) Preparou-se uma solução dissolvendo-se 5,90
partir de óleos, é obtido pela reação do carbonato de lítio gramas de ácido butanodióico (succínico, massa molar
(Li‚COƒ) com o hidróxido de cálcio (Ca(OH)‚). 118g.mol-¢) em 1000cm¤ de água. Titulou-se 25,0cm¤ desta
a) Escreva a equação química que representa a reação solução com solução de NaOH 0,125M.
balanceada do carbonato de lítio com o hidróxido de cálcio. a) Calcular a molaridade da solução do ácido succínico
Massas atômicas: preparada.
Li = 6,941 u b) Escrever as equações das reações que ocorrem quando o
O = 15,899 u ácido reage parcial e totalmente com a base.
H = 1,008 u c) Calcular o volume de NaOH usado na referida titulação,
b) Quantos gramas de hidróxido de lítio são produzidos, considerando se todo o ácido for neutralizado.
quando se reage totalmente 100mL de uma solução de
carbonato de lítio a 0,2M com uma solução de hidróxido de 31. O leite de magnésia, usado como antiácido e
cálcio a 0,1M. laxante, contém em sua formulação o composto
Mg(OH)2. A concentração de uma amostra de 20 mL
de leite de magnésia que foi titulada com 12,5 mL de
27. (Uff ) Tem-se uma solução preparada pela dissolução de HC 1,00 mol.L–1 é, em mol.L–1, de, aproximadamente,
16,7g de naftaleno em 200mL de benzeno líquido, a 20°C. A a) 0,1.
densidade do benzeno à temperatura dada é 0,87g.mL-¢. b) 0,3.
Determine: c) 0,5.
d) 0,6.
e) 1,2.
a) a fração molar do benzeno e do naftaleno na solução
b) a percentagem molar do benzeno e do naftaleno na 32. (Uepg) Sobre as diluições de soluções, assinale o que for
solução. correto.
Dados: Massas molares (g/mol): 01) Submetendo-se 3 litros de uma solução de H2SO4 1
mol/L à evaporação até um volume final de 400 mL, a
C = 12,0; H = 1,0 concentração final será 1,2 mol/L.
02) 100 mL de solução de H2SO4 2 mol/L pode ser obtida a
28. (Ufsm 2013) O leite de magnésia, usado como partir de 50 mL de H2SO4 4 mol/L acrescentando-se 50 mL
antiácido e laxante, contém em sua formulação o composto de água.
Mg(OH)2. A concentração de uma amostra de 10 mL de 04) 1 litro de solução de H2SO4 1 mol/L contém a mesma
leite de magnésia que foi titulada com 12,5 mL de HC massa (g) de ácido que 2 litros de solução de H2SO4 0,5
0,50 mol.L–1 é, em mol.L–1, de, aproximadamente, mol/L.
a) 0,1. 08) Diluindo-se 200 mL de uma solução de H2SO4 5 mol/L
b) 0,3. para 250 mL, obtém-se uma concentração final de 4 mol/L.
c) 0,5.
d) 0,6. 33. (cftmg) Um aluno distraído misturou 0,3 L de uma
e) 1,2. solução de acido clorídrico 1mol  L1 com 0,1 L de

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HC 2mol  L1 . Ao perceber o erro, ele decidiu adicionar intravascular e dissolvidas exclusivamente no plasma, que
representa aproximadamente 60% do sangue em volume,
água para reestabelecer a concentração de 1mol  L1 . O sendo que o volume sanguíneo total de 5,0 L.
volume de H2O adicionado a mistura e, em mL, igual a 5,0 L (sangue) 100 %
a) 75. Vsangue 60 %
b) 100.
c) 125. Vsangue  3 L
d) 500. Concentrações plasmáticas superiores a 4,0 mg/L podem
desencadear hemorragias. A varfarina é administrada por
via intravenosa na forma de solução aquosa, com
GABARITO concentração de 3,0 mg/mL, então:

1. [E] 2. [E] msoluto


C  msoluto  C  V
Vsolução
3. [B] mvar farina (medicamento)  mvar farina (sangue)
Sol (a): Cmedicamento  Vsolução  C(no sangue)  Vsangue
10 mL de solução HCl 2 mol/L
3,0 mg / mL  Vsolução  4,0 mg / L  3,0 L
vamos calcular o nº de mol desta solução
n=MxV 3,0 mg / mL  Vsolução  4,0  103 mg / mL  3,0 L
n = 2 x 0,01L = 0,02 mol de HCl na solução (a) Vsolução  4,0  103 L  4,0mL
Na solução (b) temos n(b) mol de HCl
5. [C] 6. [C] 7. [C]
Sol (a) + sol(b) = Sol final 8. [A] 9. [D] 10. [D]
n(a) + n(b) = n(total) 11. [D]
0,02 + n(b) = n(total)
Resposta questão 12:
A solução (c) possui 50 mL
e 10 mL desta solução foi neutralizado com 5 mL de [C]
NaOH 2 mol/L
vamos calcular o nº de mol de NaOH gasto nesta No estoque do laboratório, há uma solução concentrada
solução que é o mesmo de HCl, pois, se trata de uma desse ácido a 63% m m, com uma densidade
reação 1:1
N NaOH = MxV = 2 x 5.10-3 = 10.10-3 = 10-2 mol de aproximadamente igual a 1,5 g  mL1. Então,
NaOH
concentração comum  (% m / M)  d
1NaOH + 1HCl ----> 1 NaCl + 1 H2O
1mol 1 mol concentração comum  0,63  1,5 g  mL1
10-2 mol 10-2 mol concentração comum  0,945 g  mL1
concentração comum  [HNO3 ]  MHNO3
Então em 10 mL da solução (c) temos 0,01 mol de
HCl HNO3  63 g  mol1
Em 50 mL temos 0,05 mol de HCl na sol (c) 0,945 g  mL1  [HNO3 ]  63 g  mol1
( o nº mol total é 0,05 mol)
[HNO3 ]inicial  0,015 mol  mL1
Vamos encontrar o n(b): [HNO3 ]final  0,5 mol  L1  0,5  10 3 mol  mL1
n(a) + n(b) = n(total)
Vfinal  500 mL
0,02 + n(b) = 0,05
n(b) = 0,05 - 0,02 [HNO3 ]inicial  Vincicial  [HNO3 ]final  Vfinal
n(b) = 0,03 mol
0,015 mol  mL1  Vinicial  0,5  10 3 mol  mL1  500 mL
Lembre-se que [HCl] = n/V(L) Vinicial  16,66666 mL  17 mL
[HCl] = 0,03/0,02
[HCl] = 1,5 mol/L 13. [E] 14. [B] 15. [C]
16. [B]
Resposta da questão 4:
[D]
Resposta da questão 17:
As moléculas desse fármaco ficam retidas no espaço
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[C] 0,1000 mol 1000 mL


nAgNO3 20,0 mL
H2C2O4(aq)  2OH (aq)  C2O4 2(aq)  2H2 O ( )
nAgNO3  2,0  103 mol
25 mL
25 mL  1 n  2,0  103 mol
 0,020 mol  L Ag
[ ] ?  4
n  0,020  0,025  5  10 mol
n  2,0  103 mol
Ag
1 2 Ag(aq)  C 
(aq)  AgC (s)
4
5  10
2,0  103 mol 2,0  10 3 mol
x mol
4
x  2,5  10
2,0  103 mol  2,0  103  35,5 g  7,1 102 g
mol

2,5  104 mol Então:


Concentração Molar 
25  103 L
7,1 102 g
 0,01 mol  L 1 2
 1 10 mol  L 1  0,142 % g / mL
50 mL

Resposta da questão 18: Resposta da questão 21:


[B]
[C]
Na diluição, teremos :
Na2CO3  2HC  2NaC  H2O  CO2 τ  V  τ'  V'
22mL 0,96  1000 L  0,70  V '
0,4000M
 V '  1371,4285 L  1371 L
 3
n  22  10  0,4000
 3
n  8,8  10 mol Resposta da questão 22:
[A]
Para proporção estequiométrica dos reagentes, teremos:
Teremos:
1 mol de Na2CO3 2 mol de HC
0,10 mol de NaOH 1000 mL
x 8,8  103 mol nNaOH 50 mL
x  4,4  103 mol nNaOH  0,005 mol

1 mol Na2CO3 106g 0,10 mol de HC 1000 mL


3
4,4  10 mol x nHC 50 mL
x  0,4664g nHC  0,005 mol

1,8656g 100%
NaOH(aq)  HC (aq)  H2O( )  Na (aq)  C (aq)
0,4664g x
1 mol 1 mol 1 mol
x  25,00%
0,005 mol 0,005 mol 0,005 mol
19. a)Concentração em mol/L = 0,154 mol/L.
b) V(final) = 3L de soro fisiológico. Vtotal  50  50  100 mL  0,1 L
0,005 mol
[C  ]   0,05 mol / L
Resposta da questão 20: 0,1 L
[C]
Resposta da questão 23:
Na análise de cloretos numa amostra de água, 50,0 mL de [E]
amostra necessitaram de 20,00 mL de solução 0,1000
mol/L de nitrato de prata, então: Teremos:
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1000kg (1 tonelada de suco); Mg  OH2  2HC  MgC 2  2H2O


12 % em massa de sólidos totais
12 kg 100 kg Portanto, teremos a seguinte proporção entre ácido e base:
1000 kg m
nÁCIDO  2n BASE
m  120 kg (sólidos totais)
120 kg 48 %
Lembrar que: n  C  V, onde C é a concentração em
m' 100 % mol/L.
m'  250 kg Assim:
Massa de água evaporada  CÁCIDO  VÁCIDO  2CBASE  VBASE
1000 kg  250 kg  750 kg 0,5  12,5  2CBASE  10
6,25
CBASE   0,3125 mol / L
Resposta da questão 24: 20
[D]
29. a) 6,24 mol/Ø
Teremos:
0,15 mol 1000 mL b) 10,6 %
nNaC 250 mL
30.
nNaC  0,0375 mol
a) 5.10-2 mol/L
nNaC
[NaC ]  b)
V neutralização parcial do ácido:
0,0375 O O
0,50  O O
H2O
V C CH2 CH2 C + NaOH C CH2 CH2 C +

V  0,075 L  75 mL HO OH HO O-Na

neutralização total do ácido:


25. [D] O O O O
Temos 20 mL de uma solução 0,1 mol/L de peróxido de C CH2 CH2 C + 2 NaOH C CH2 CH2 C + 2 H2O
hidrogênio, ou seja: HO OH Na+-O O-Na+
1 L  1000 mL
0,1 mol(H2O2 ) 1000 mL c) 20 mL da solução de NaOH
n mol(H2O2 ) 20 mL
Resposta da questão 31:
nH2O2  0,002 mol [B]
Reação que ocorre:
5 H2O2 (aq)  2 KMnO4 (aq)  3 H2SO4 (aq)  Mg  OH2  2HC  MgC 2  2H2O
5 O2 (g)  2 MnSO4 (aq)  K 2SO4 (aq)  8 H2O ( ) Portanto, teremos a seguinte proporção entre ácido e base:
5 mol H2O2 2 mol KMnO4 nÁCIDO  2n BASE
0,002 mol n' mol Lembrar que: n  C  V, onde C é a concentração em
4
n'  0,0008 mol  8,0  10 mol mol/L.
Assim:
26. a) Li‚COƒ + Ca(OH)‚ ë CaCOƒ + 2 LiOH CÁCIDO  VÁCIDO  2CBASE  VBASE
b) 0,96 g LiOH 1,0  12,5  2CBASE  20
12,5
CBASE   0,3125 mol / L
27. a) X (C†H†) = 0,94 40
X (C³Hˆ) = 0,06
b) (C†H†) = 94,00% Resposta da questão 32:
(C³Hˆ) = 6,00% 02 + 04 + 08 = 14.
Submetendo-se 3 litros de uma solução de H2SO4 1 mol/L à
evaporação até um volume final de 400 mL, a concentração
Resposta da questão 28: final será 7,5 mol/L.
[B]

Reação que ocorre:


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400 mL  0,4 L
[H2SO4 ]inicial  Vincial  [H2SO4 ]final  Vfinal
1 3  [H2SO4 ]final  0,4
[H2SO4 ]final  7,5 mol / L

100 mL de solução de H2SO4 2 mol/L pode ser obtida a


partir de 50 mL de H2SO4 4 mol/L acrescentando-se 50 mL
de água.

[H2SO4 ]inicial  Vincial  [H2SO4 ]final  Vfinal


4  50  [H2SO4 ]final  (50  50)
[H2SO4 ]final  2 mol / L

1 litro de solução de H2SO4 1 mol/L contém a mesma


massa (g) de ácido que 2 litros de solução de H2SO4 0,5
mol/L.
1L 98 g (H2SO4 )
e
1L 0,5  98 g (H2SO4 )
2L 2  0,5  98 g (H2SO4 )  98 g (H2SO4 )

Diluindo-se 200 mL de uma solução de H2SO4 5 mol/L


para 250 mL, obtém-se uma concentração final de 4 mol/L.

200 mL  0,2 L; 250 mL  0,25 L


[H2SO4 ]inicial  Vincial  [H2SO4 ]final  Vfinal
5  0,2  [H2SO4 ]final  0,25
[H2SO4 ]final  4 mol / L

Resposta da questão 33:


[B]
0,3 L de uma solução de acido clorídrico 1 mol  L1 :
1L 1 mol
0,3 L 0,3 mol

0,1 L de HC 2mol  L1 :


1L 2 mol
0,1 L 0,2 mol

n(HC )  0,3  0,2  0,5 mol em 0,4 L (0,3 + 0,1):


0,5
Concentração Molar   1,25 mol / L
0,4
M(início)  Volume(início)  M(final)  Volume(final)
1,25  0,4  1,0  (0,4  VH2O )
VH2O  0,1 L  100 mL

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MÓDULO 04
PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇÕES

1. Introdução
Sob a pressão normal de 1 atm a água pura congela a 0ºC e ferve a 100ºC. No entanto ao dissolvermos, por exemplo,
sal de cozinha em água ela passará a congelar abaixo de 0ºC e a ferver acima de 100ºC, sob pressão de 1 atm.
O mesmo fenômeno pode ser observado com outros solventes e com outros solutos, desde que tais solutos não sejam
voláteis.
Concluímos que a adição de um soluto não-volátil provoca alteração nas propriedades físicas do solvente, sendo que tais
alterações não dependem da natureza do soluto, mas de sua concentração.
Propriedades coligativas das soluções são propriedades que dependem apenas da concentração (número de
partículas, das partículas dispersas na solução, independentemente da natureza dessas partículas).
As principais propriedades coligativas das soluções são as que seguem:
 Diminuição (ou abaixamento) da pressão máxima de vapor do solvente (Tonoscopia ou Tonometria).
 Aumento (ou elevação) da temperatura de ebulição do solvente (Ebulioscopia ou Ebuliometria).
 Diminuição ou abaixamento da temperatura de congelação do solvente (Crioscopia ou Criometria).
 Aumento da Pressão Osmótica do solvente (Osmoscopia ou Osmometria).

Observação:
Algumas vezes veremos a expressão “ponto de ebulição da solução”, no entanto é o solvente que sofre essas mudanças
de fase, ou seja, é o solvente que evapora, ou congela etc.

1.1. Soluções ideais


Tudo que veremos a respeito das propriedades coligativas das soluções levará em consideração que as soluções são
ideais.

Soluções ideais são soluções diluídas, constituídas de solutos não-voláteis, onde não há variação de volume e nem troca
de calor durante a dissolução do soluto no solvente e onde as partículas do soluto não chegam a interferir umas sobre as outras.

Obs. 1: O soluto, sendo não-volátil, terá pressão de vapor desprezível.

Obs. 2: A pressão de vapor será devida unicamente ao solvente.

As soluções reais são soluções que não seguem as exigências das soluções ideais e por isso possuem um
comportamento consideravelmente diferente do comportamento das soluções ideais frente aos fenômenos que estudaremos a
seguir.

1.2 Propriedades coligativas das soluções moleculares


Iremos estudar em primeiro lugar as propriedades coligativas das soluções moleculares de solutos não-voláteis. Nas
soluções moleculares devemos saber que:
O soluto não sofrerá dissociação iônica nem ionização.
As partículas dispersas na solução serão unicamente moléculas.
O número de partículas de soluto existentes na solução é igual ao número de moléculas adicionadas no solvente (as
propriedades coligativas dependem exclusivamente do número de partículas dissolvidas na solução).

Ex.: Se dissolvermos 180 g de glicose C6H12O6 (M1 = 180 g/mol) em água, facilmente descobrimos que
existem 1 mol de moléculas = 6,02 . 1023 moléculas de glicose dissolvidas (6,02 . 1023 partículas dissolvidas).

2. Efeito tonoscópico ou tonometria


É o abaixamento da pressão máxima de vapor de um líquido, que é ocasionado pela dissolução de um soluto não-volátil.

 Antes de estudarmos o efeito tonoscópico, vamos definir pressão máxima de vapor de um líquido e estudar alguns tópicos
relacionados com a mesma.

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2.1. Pressão máxima de vapor de um líquido puro


Consideremos um cilindro munido de um êmbolo totalmente apoiado em um líquido contido no seu interior.

O estabelecimento do equilíbrio líquido – vapor

Ao elevarmos o êmbolo, criaremos um espaço vazio e o líquido começará a vaporizar-se, pois algumas moléculas do
líquido contêm energia cinética suficiente para vencerem as forças de atração intermoleculares e assim conseguem escapar da
fase líquida.
Figura A: inicialmente temos apenas a evaporação do líquido, pois não existiam moléculas do líquido no estado de vapor.
Figura B: enquanto a evaporação continua, começa a ocorrer também a condensação de uma parte do vapor, provocada
pelo choque entre moléculas do gás entre si e contra as paredes do recipiente.
Figura C: A partir de um certo instante o nº- de partículas que evaporam é igual ao número de partículas que se
condensam e o sistema atinge um equilíbrio dinâmico. A partir desse instante tudo se passa como se a evaporação tivesse
parado, no entanto continua ocorrendo evaporação e condensação, porém com igual intensidade (velocidade).
Assim podemos definir pressão máxima de vapor de um líquido como sendo a pressão que o vapor exerce quando
está em equilíbrio dinâmico com o líquido.
Ex.: A pressão de vapor da água, a 25ºC é igual a 23,8 mmHg.

H 2O () H2O (V) 25ºC

Observação:
Os sólidos também apresentam pressões de vapor que, em geral, são menores que as pressões de vapor dos líquidos.

Figura I: ilustração da pressão de vapor em equilíbrio do etanol líquido. Em (a) supomos que não existem
moléculas na fase gasosa; existe uma pressão zero na célula. Em (b) a velocidade na qual as moléculas
deixam a fase gasosa é igual à velocidade na qual as moléculas de gás passam para a fase líquida. Essas
velocidades iguais produzem uma pressão de vapor estável que não varia desde que a temperatura
permaneça constante.

2.2 Pressão de vapor e temperatura

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Quando se aumenta a temperatura de um líquido ou de um sólido ocorre também um aumento na pressão de vapor desse
sólido ou desse líquido, pois há um aumento na formação de vapor.

A pressa de vapor aumenta com a temperatura

Observe o gráfico abaixo que mostra uma curva típica da relação entre pressão de vapor e temperatura.

2.3. Pressão de vapor e volatilidade


Quanto maior a volatilidade de uma substância, mais facilmente esta substância passará para o estado gasoso (estado
de vapor), e maior será a sua pressão de vapor.
Observe a tabela abaixo que mostra a pressão de vapor da água e do bromo a 20ºC.

Pressão de vapor a 20ºC


H 2O 17,5 mmHg
Br2 173,0 mmHg

Concluímos que, a 20ºC, a substância bromo é mais volátil, ou seja, evapora mais facilmente que a água.

2.4. Pressão de vapor e ponto de ebulição


Lembramos que a passagem de um líquido para a fase de gás (ou vapor) chama-se vaporização e esta pode ocorrer
principalmente através de duas maneiras: a evaporação e a ebulição.
A evaporação consiste em uma vaporização lenta, calma e superficial do líquido, onde as moléculas mais velozes, com
maior energia, vencem as forças de atração intermoleculares e passam para o estado de gás (ou vapor).

A evaporação depende da superfície de contato entre o líquido e a fase gasosa, ou seja, quanto maior for a superfície de
contato, mais intensa será a evaporação. É por isso que ao colocarmos uma peça de roupa no varal a colocamos aberta, e não
dobrada.
A ebulição consiste em uma vaporização rápida, tumultuada e que ocorre em toda a extensão do líquido, e não apenas
na sua superfície. Esse tipo de vaporização apresenta a formação de bolhas, isto é, de porções de vapor cercadas por uma
película do líquido.
As bolhas são formadas pela própria substância que passou do estado líquido para o estado de gás (ou vapor). Essas
bolhas só são capazes de se formar se a pressão de seu vapor for igual ou maior que a pressão externa, que é constituída pela
pressão atmosférica mais a pressão da massa líquida, que é comumente desprezível.
Assim concluímos:

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Um líquido entra em ebulição quando a sua pressão de vapor iguala-se à pressão atmosférica.

Exemplo: Ao nível do mar, onde a pressão atmosférica vale 760 mmHg ou 1 atm, a água ferve a 100ºC. Isso quer dizer
que a 100ºC a pressão de vapor da água é igual a 760 mmHg
(1 atm).
O gráfico e a tabela abaixo mostram a variação da pressão de vapor da água com a temperatura.

TEMPERATURA PRESSÃO
(ºC) mmHg
–10 2,149
0 4,579
10 9,209
20 17,535
30 31,824
40 55,324
50 92,510
60 149,380
70 233,700
80 355,100
90 525,760
100 760,000
110 1074,600
120 1489,100

Se variarmos a pressão externa a que o líquido está sujeito, estaremos variando seu ponto de ebulição. Assim, no alto
de uma montanha, onde a pressão atmosférica é menor que 1 atm, a água ferve abaixo de 100ºC, enquanto que em uma panela
de pressão, onde a pressão atmosférica é superior a
1 atm, a água pode ferver acima de 100ºC. Por exemplo, sob uma pressão de 4,579 mmHg a água entra em ebulição a zero
graus celsius.

Observação:
Considerando diversos líquidos, aquele que tiver maior pressão de vapor será o líquido mais volátil e terá, portanto, menor
ponto de ebulição em relação aos demais, isto é, necessitará de menos energia para igualar sua pressão de vapor à pressão
externa local.

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Observação: A temperatura na qual um líquido ferve, sob pressão de 1 atm (760 mmHg), é chamada de temperatura
de ebulição normal ou ponto de ebulição normal.

Exemplo: O ponto de ebulição normal da água = 100ºC.

2.5. Estudo do efeito tonoscópico (Tonometria)


A pressão de vapor de um solvente diminui quando a ele adicionamos um soluto não volátil.
Observe os valores abaixo a 100ºC.
 Pressão de vapor da água pura = 760 mmHg.
 Pressão de vapor de uma solução aquosa com 1 . 10 -2 mol de sacarose/kg de água = 759,7 mmHg.
 Pressão de vapor de uma solução aquosa com 8 . 10 -1 mol de sacarose/kg de água = 749,2 mmHg.

Conclusão:
A pressão de vapor de uma solução é sempre menor que a do respectivo solvente puro. Essa propriedade é denominada
Tonoscopia.

Podemos construir o seguinte gráfico:

Onde:
P0 = pressão de vapor do solvente puro na temperatura t.
P = pressão de vapor do solvente na solução na temperatura t.
P = abaixamento absoluto da pressão de vapor do solvente.
P = P0 – P

Observação:
P
é o abaixamento relativo da pressão de vapor do solvente em relação ao solvente puro. Esse é o efeito Tonoscópico.
P0

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2.6 Lei de Raoult


Em 1887, o químico francês Marie Raoult, enunciou a seguinte lei:

A pressão máxima de vapor de uma solução diluída de soluto não-volátil e não-iônico, é igual ao produto da pressão
máxima de vapor do solvente puro (P0) pela fração molar do solvente, (X2) na solução.

Matematicamente temos: P  P0  X 2

Onde:
P = pressão máxima de vapor da solução,
P0 = pressão máxima de vapor no solvente puro.
X2 = fração molar do solvente na solução.

A partir da expressão anterior podemos deduzir que o abaixamento relativo da pressão de vapor (P/P0), ou seja, o efeito
tonoscópico, é igual à fração molar do soluto.
P  P0  X 2  P  P0  (1  X 1 )
P  P0  P0 X 1
X 1  P0  P0  P
X 1  P0  P
P P P
 X 1 ou 0  X1
P0 P0

Assim temos uma segunda definição para a Lei de Raoult:

Numa solução diluída de um soluto não-volátil e não-iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor é igual
à fração molar do soluto.

Observação:

P 
Constata-se que o abaixamento relativo da pressão de vapor   não varia com a temperatura.
 P0 
Enquanto a pressão de vapor da solução (P), a pressão de vapor do solvente puro (P0) e consequentemente o próprio
P(P0 - P) variam com a temperatura. Essa lei é conhecida como a Lei de Babo.

Pressão máxima de vapor e a molalidade


A Lei de Raoult pode ser expressa em função da molalidade:

P0  P n1
 X1 X1 
P0 n1  n 2

Em soluções bastante diluídas n2 é muito maior que n1, assim:


n1  n2  n2

Então:
m1
P0  P n1 M1 m1 M 2
   
P0 n 2 m 2 M1 m 2
M2

Vamos multiplicar o numerador e o denominador do segundo membro da igualdade por 1.000.

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 
 
P0  P m1 M 2 1000 P0  P  1000 m1   M 2 
      
P0 M1 m 2 1000 P0 M1  m 2   1000 
   
W  Kt 

P0  P P
 Kt  W ou  Kt  W
P0 P0

Kt é a constante tonométrica molal do solvente, e só depende do tipo de solvente (não depende do soluto).

M2
Kt 
1000

Temos assim um terceiro enunciado para a Lei de Raoult.

Numa solução bastante diluída de um soluto qualquer, não-volátil e não iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima
de vapor é diretamente proporcional à molalidade da solução.

Observação :
Em uma solução 1 molal temos:

P P
 Kt  W   Kt
P0 P0

Concluímos que Kt não depende da temperatura.

M2 18
Kt    0,018
1000 1000

Esse valor (0,018) é conhecido como constante tonométrica da água.

Observação :
Outros valores da constante tonoscópica de algumas substâncias:

 Benzeno (C6H6): M2 = 78 Kt = 78/1000 = 0,078


 Etanol (C2H6O): M2 = 46 Kt = 46/1000 = 0,046
 Acetona (C3H6O): M2 = 58 Kt = 58/1000 = 0,058

3. Efeito ebulioscópico ou ebuliometria


É a elevação da temperatura de ebulição de um líquido, ocasionada pela dissolução de um soluto não-volátil.

3.1. Ebulição de um líquido puro


A passagem de uma substância do estado líquido para o estado de vapor é denominada vaporização que se divide em:

 Evaporação: é a passagem lenta do estado líquido para o estado de vapor. Só ocorre na superfície do líquido.
 Ebulição: é a passagem rápida e tumultuada do estado líquido para o estado de vapor ocorre em toda a extensão do líquido.
 Calefação: é a passagem instantânea do estado líquido para o estado de vapor.

Um líquido entra em ebulição quando a pressão máxima de seus valores (P0) torna-se igual à pressão externa (pressão
ambiente).

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A água ao nível do mar (P = 1 atm = 760 mmHg) ferve a 100ºC. Essa temperatura é chamada de temperatura de ebulição
normal.
Em altitudes maiores a pressão atmosférica é menor que 1 atm, e observa-se que a água ferve numa temperatura menor.
Já em altas pressões (pressão maior que 1 atm) a água ferve numa temperatura maior que 100ºC.

Observação:
Observe os valores das pressões de vapor de algumas substâncias à 20ºC.
 da água = 17,5 mmHg
 do álcool = 44,3 mmHg
 do éter = 439,8 mmHg

Quanto mais volátil o líquido, maior será a sua pressão de vapor.

Observação:
Observe os valores dos P.E. de algumas substâncias a
1 atm (ou 760 mmHg).
 da água = 100ºC
 do álcool = 78,5ºC
 do éter = 34,5ºC

Quanto maior a pressão de vapor, menor será a sua temperatura de ebulição.

3.2. Elevação do ponto de ebulição do solvente numa solução (Efeito Ebuliométrico)


Se dissolvermos açúcar em água, sob pressão atmosférica de 760 mmHg, a pressão de vapor da água na solução diminui,
assim a temperatura deverá subir para que a pressão de vapor da água na solução se torne novamente igual a 760 mmHg.

Elevação do PE da água provocado pelo soluto não-volátil.

Observando o gráfico obtemos:


tE = t - t0
tE = efeito ebulioscópico ou ebuliométrico.
t = temperatura de ebulição do solvente na solução.

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t0 = temperatura de ebulição do solvente puro.

3.3. Lei de Raoult


Numa solução diluída de um soluto não-volátil e não-iônico, a elevação da temperatura de ebulição (tE) é diretamente
proporcional à molalidade da solução.

t E  K E  W ou t  t 0  K E  W

Onde KE é a constante de proporcionalidade, chamada constante ebuliométrica e depende só do solvente e não do soluto.
A constante ebuliométrica molal (KE) pode ser calculada pela fórmula:

R  T2
KE 
1000  L V

R = constante geral dos gases = 2 cal/K . mol.


T = temperatura de ebulição do solvente puro em K.
Lv = calor latente de vaporização do solvente puro (cal/g) (quantidade de calor necessária para passar 1g do
solvente da fase líquida para a fase de vapor, sem alteração da temperatura).

Observe os valores de KE para diversos solventes:


– água  KE = 0,52 ºC/mol
– álcool etílico  KE = 1,22 ºC/molal
– ácido acético  KE = 2,93 ºC/molal

KE corresponde à elevação do ponto de ebulição quando a solução tem molalidade igual a 1.

t E  K E  1  t E  K E

Assim considerando o gráfico abaixo e considerando uma solução 1 molal de clorofórmio, o ponto de ebulição dessa
solução é igual a:

t E  K E  t  t 0  K E 
 t  61,2  3,63  t  61,2  3,63  t  64 ,83 º C

Solvente PE normal KE
água 100,0ºC 0,51ºC
benzeno 80,2ºC 2,53ºC
clorofórmio 61,2ºC 3,63ºC

Observação:
Relação entre o efeito ebuliométrico e tonoscópico.
 P 
O efeito ebuliométrico t 1  e o tonoscópico   são diretamente proporcionais, ou seja, quanto maior for o
 P0 
abaixamento da pressão máxima de vapor da solução (tonoscopia), maior será também a elevação de sua temperatura de
ebulição.

4. Crioscopia ou efeito crioscópio ou criometria


É o abaixamento da temperatura de congelação de um líquido, provocado pela dissolução de outra substância.

Diminuição do ponto de congelação do solvente na solução


Observe o gráfico que mostra a curva da pressão de vapor de uma substância pura na fase sólida e na fase líquida:

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O ponto A corresponde ao ponto onde a pressão de vapor do sólido é igual a pressão de vapor do líquido, ou seja, nesse
ponto a fase sólida está em equilíbrio com a fase líquida.
A temperatura do ponto A corresponde ao ponto de fusão (P.F.) e ao ponto de congelação (tC) da substância pura na
respectiva pressão. A adição de um soluto não-volátil diminui a pressão de vapor do solvente, ocasionando uma diminuição do
ponto de congelação do solvente. Esse abaixamento do ponto de congelação de um solvente provocado pela adição de um
soluto não-volátil é chamado de efeito crioscópico.
Observe o gráfico seguinte onde estão assinaladas as curvas da pressão de vapor de um solvente puro e de uma solução
formada por esse solvente e um soluto não volátil.

Observação:
Abaixamento da temperatura de congelação da solução (tc) é a diferença entre a temperatura de congelação do solvente
puro (t0) e a temperatura de início de congelação do solvente na solução (t).
tc é o efeito crioscópico ou criométrico e é calculado pela expressão:
t C  t C0  t C

Lei de Raoult
Numa solução diluída de um soluto qualquer não-iônico, o abaixamento da temperatura de congelação é diretamente
proporcional à molalidade da solução.

t C  K C  W ou t º C  t C  K C  W
KC = constante crioscópica molal

Observação:
Quando a solução é 1 molal (W = 1) temos:

t C  K C  W  t C  K C

Assim KC representa o abaixamento da temperatura de congelação que ocorre numa solução 1 molal. K C só depende do
solvente, e não do soluto.
A constante criométrica molal (KC) pode ser calculada pela expressão:
R  T2
KC 
1000  L f
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Onde:
cal
R = constante universal dos gases perfeitos  2
K  MOL
T = temperatura absoluta de congelação do solvente puro (K).
Lf = calor latente de fusão do solvente puro (cal/g).

Observe o valor de KC para alguns solventes.

SOLVENTE KC (ºC/MOLAL)
Água 1,86
Benzeno 5,12
Álcool etílico 1,99
Tetracloreto de carbono 31,8

Obs.1: Em uma solução diluída de água e sal comum, que está sendo resfriada, as primeiras porções de gelo que se
formam são de gelo puro, ou seja, sem sal. Por esse motivo quando se inicia o congelamento de uma solução, como o solvente
puro congela primeiro, a solução vai ficando cada vez mais concentrada, de modo que a temperatura de congelação da solução
(t) vai diminuindo gradativamente. Por isso a temperatura de congelação da solução é medida no início da congelação da
solução.

Obs. 2: Pelo motivo exposto acima o gelo formado a partir da água do mar não é salgado.

Obs. 3: Aplicações práticas do efeito criométrico:


As fábricas de sorvete adicionam sal à água para resfriá-la muito abaixo de 0ºC, sem que a mesma se solidifique.
Em países frios colocam-se anticongelantes na água dos radiadores dos automóveis para evitar que quando o carro
estiver parado a água congele.
Em países frios coloca-se sal nas rodovias para evitar o acúmulo de gelo.

Resumo
Comparando as leis determinadas na tonometria, na ebuliometria e na criometria, perceberemos uma grande semelhança
entre elas:
P M
Na tonometria:  Kt  W ; Kt  2
P0 1000

R  T2
Na ebuliometria: t e  K e  W ; K e 
1000  L V

R  T2
Na criometria: t C  K C  W ; K C 
1000  L f

5. Diagrama de fases ou de estado


Observe o gráfico a seguir que representa a variação da temperatura de ebulição e a variação da temperatura de
congelação da água em função da variação da pressão:

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O equilíbrio entre um líquido e seu vapor não está apenas no equilíbrio dinâmico que pode existir
entre os estados da matéria. Sob condições apropriadas de temperatura e pressão, um sólido pode ter
equilíbrio com o estado líquido e até mesmo com o gasoso. O diagrama de fase é um gráfico que resume
as condições de equilíbrio existentes entre os diferentes estados da matéria, além de permitir determinar
a fase de uma substância estável em qualquer temperatura e pressão.
A forma geral de um diagrama de fase para uma substância que exibe três fases é mostrada na Figura
11.26. O diagrama é um gráfico bidimensional, com pressão e temperatura como eixos. Ele contém três
importantes curvas, cada qual representando as condições de temperatura e pressão em que as várias
fases podem coexistir em equilíbrio. A mica substância presente no sistema é aquela cujo diagrama de
fase é examinado. A pressão mostrada no diagrama é a aplicada ao sistema ou gerada pela própria
substância. As curvas podem ser descritas da seguinte maneira:

1. A linha que vai de A a B é a curva de pressão de vapor do líquido. Ela representa o equilíbrio
entre as fases líquida e gasosa. O ponto nessa curva onde a pressão de vapor equivale a 1 atm é o ponto
de ebulição normal da substância. A curva de pressão de vapor termina no ponto crítico (B), que equivale
à temperatura e à pressão críticas da substância. Para frente do ponto crítico, as fases gasosa e líquida
se tornam indistinguíveis.
2. A linha AC representa a variação na pressão de vapor do sólido à medida que este se purifica
em diferentes temperaturas.
3. A linha que vai de A a D representa a mudança no ponto de fusão do
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sólido com aumento de temperatura. Em geral, essa linha declina lentamente para a direita
conforme a pressão aumenta. Isso porque, para a maioria das substâncias, o sólido é mais denso que o
líquido. Um aumento na pressão geralmente favorece a fase sólida mais compacta; assim, temperaturas
mais altas são necessárias para a fusão do sólido a pressões mais elevadas. O ponto de fusão de uma
substância é idêntico a seu ponto de congelamento. Esses dois pontos diferem somente na direção. O
ponto de fusão em 1 atm é o ponto de fusão normal.
O ponto A, onde as três curvas se encontram, é conhecido como ponto triplo. As três fases estão
em equilíbrio nessa temperatura e pressão. Qualquer outro ponto nessas três curvas representa um
equilíbrio entre duas fases. E qualquer outro ponto no diagrama que não encontre uma linha corresponde
a condições sob as quais uma única fase está presente. A fase gasosa, por exemplo, é estável a baixas
pressões e elevadas temperaturas, ao passo que a fase sólida é estável a baixas temperaturas e elevadas
pressões. Já a fase líquida á estável na região situada entre as fases sólida e gasosa.

5.1. Diagramas de fases de H2O e CO2


A Figura 11.27 mostra os diagramas de fases H2O e CO2. A linha de equilíbrio sólido-líquido (ponto
de fusão) de CO2 segue o comportamento típico; seu ponto de fusão aumenta com o aumento da pressão.
Em contraste, o ponto de fusão de H2O diminui com o aumento da pressão. Como visto na Figura 11.11,
a água está entre as poucas substâncias cuja forma líquida é mais compacta que a respectiva forma
sólida.
O ponto triplo da água (0,0098 °C e 4,58 torr) está a uma pressão muito mais baixa que CO2 (–
56,4°C e 5,11 atm). Para CO2 existir como um líquido, a pressão deve exceder a 5,11 atm.
Consequentemente, CO2 sólido não se funde, mas sublima-se quando aquecido a 1 atm. Portanto, CO 2
não tem um ponto de fusão normal; ao contrário, ele tem um ponto de sublimação normal, –78,5 °C. Como
CO2 sublima-se em vez de se fundir à medida que ele absorve energia a pressões ordinárias, CO 2 sólido
(Gelo Seco) é um composto refrigerante útil. Entretanto, para a água (gelo) sublimar, sua pressão de
vapor deve estar abaixo de 4,59 torr. Os alimentos são congelados secos quando são colocados
congelados em uma câmara de baixa pressão (abaixo de 4,58 torr) de forma que o gelo nos alimentos
sublime.

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6. Osmose (osmometria)
Quando colocamos hemáceas em água pura, percebemos, utilizando o microscópio, que as mesmas vão inchando
(turgescência), podendo chegar a arrebentar (hemólise). Isso ocorre porque a água atravessa a membrana da hemácea
penetrando na célula, mais rapidamente que os líquidos celulares conseguem sair. Por outro lado, ao colocarmos hemáceas em
água salgada, com alta concentração de sal, elas tendem a murchar (crenação). Isso ocorre porque os líquidos celulares saem
mais rapidamente do que a água consegue entrar.
Esses fenômenos são explicados pela osmometria.
Consideremos um recipiente dividido em dois compartimentos, A e B, por uma membrana semipermeável (MS).

I) Ao colocarmos solvente puro em A e solução do soluto não-volátil no mesmo solvente em B ocorre passagem do solvente
através da membrana semipermeável (MS) do compartimento A em direção ao compartimento B. Isso ocorre devido a maior
pressão de vapor do solvente puro em relação à solução do soluto não-volátil, na tentativa de igualarem-se as pressões de
vapor de ambos os lados da MS.

II) Ao colocarmos uma solução diluída em A e uma solução concentrada do mesmo soluto e do mesmo solvente em B, também
ocorre passagem do solvente através da membrana semipermeável do compartimento A em direção ao compartimento B,
devido à maior pressão de vapor da solução diluída em relação à solução concentrada.

A passagem de solvente através de membranas semipermeáveis é chamada de osmose, palavra que vem do grego
osmos e significa impulso.
Observe as definições:

Osmose é a passagem de solvente através de uma membrana semipermeável.


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Membrana semipermeável é a membrana que permite apenas a passagem do solvente, ou seja, impede a passagem
do soluto.

É possível impedir a osmose, ou seja, impedir a passagem do solvente através da membrana semi-permeável, aplicando-
se uma pressão externa conveniente sobre a solução no sentido inverso ao da osmose, e de intensidade mínima igual à pressão
que o solvente faz atravessar a membrana semipermeável.
A essa pressão mínima, capaz de impedir a osmose damos o nome de pressão osmótica (p).

Pressão Osmótica de uma solução é a pressão mínima que deve ser aplicada sobre ela para impedir a passagem do
solvente puro para a solução, quando ambos estiverem separados por uma membrana semipermeável.
Se a pressão externa exercida for maior que a pressão osmótica da solução, o fenômeno normal se inverterá, ou seja, o
solvente passará da solução para o lado do solvente puro. Esse fenômeno é

Figura: (a) osmose é o movimento espontâneo de


um solvente a partir do solvente puro ou de uma
solução com baixa concentração de soluto
(diluída) para uma solução com alta concentração Figura: a pressão aplicada no braço à esquerda
de soluto (concentrada). (b) a osmose para do aparelho para o movimento líquido de solvente
quando a altura da coluna for tal que a pressão a partir do lado direito da membrana
exercida sobre o lado esquerdo da membrana é semipermeável. Essa pressão aplicada é a
suficiente para opor-se ao mivimento resultante pressão osmótica da solução.
de solvente.
chamado de osmose reversa ou osmose invertida e é usada por exemplo para a obtenção de água potável a partir da
água do mar.

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6.1 Leis e Fórmulas da Osmometria


As leis da osmometria foram determinadas experimentalmente por Van’t Hoff.
Van’t Hoff comprovou que em soluções diluídas de solutos não-iônicos, a pressão osmótica obedece, fundamentalmente,
a duas leis:

Primeira lei da osmometria: em temperatura constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional a molaridade da
solução.

Matematicamente:

n1
  K  M ou   K 
V

Segunda lei da osmometria: em molaridade constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional a temperatura
da solução.

Matematicamente:

  K T

Experiências posteriores levaram a concluir que a equação fundamental da osmometria é idêntica à equação dos gases
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perfeitos:

m1
  V  n1  R  T ou   V  R T
M1

n1
ou    R  T ou   M  R  T
V

Onde:
 = pressão osmótica da solução (atm)
V = volume da solução (L)
n1 = nº de mol do soluto
R = constante universal dos gases perfeitos

 atm  L 
 R  0,082 
 K  mol 

T = temperatura absoluta da solução


M = molaridade da solução
m1 = massa do soluto na solução
M1 = massa molar do soluto

6.2 Classificação das soluções


As soluções podem ser classificadas quanto às suas pressões osmóticas.
Considerando-se duas soluções A e B, de pressões osmóticas respectivamente A e B, a mesma temperatura temos:
A solução A é hipertônica em relação à solução B, quando A > B.
A solução A é hipotônica em relação à solução B, quando A < B.
A solução A é isotônica ou isosmótica em relação à solução B, quando A = B.

7. Propriedades coligativas nas soluções iônicas


Lembramos que tudo o que foi estudado até agora, neste capítulo, só é válido para soluções moleculares.
Vamos estudar agora as propriedades coligativas nas soluções iônicas.
Soluções iônicas são soluções que possuem apenas íons dissolvidos ou íons e moléculas dissolvidos.
Para as soluções moleculares vimos que o número de partículas de soluto existentes na solução é igual ao número de
moléculas adicionadas no solvente. Para as soluções iônicas isso não é verdadeiro. (Lembramos que as propriedades coligativas
dependem exclusivamente do número de partículas dissolvidas na solução).
O número de partículas de soluto existentes numa solução iônica vai depender:
– do número de íons presentes em cada fórmula do composto.

– do grau de ionização ou dissociação () desse composto a uma dada temperatura.

Ex.: Consideremos 100 moléculas de H2SO4 com grau de ionização a = 61% ou a = 0,61 a 18ºC.

2H 3 O   HSO24
1H 2 SO 4  2H 2 O 
  
1MOLÉCULA 3 PARTÍCULAS

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* 61 moléculas se ionizam
 
originando 122 íons H 3 O e
 2-
100 moléculas de H2SO4  61 íons SO 4
* 39 moléculas de H 2 SO 4
permanecem na forma

 não - ionizada.

Total de partículas:
122H O   61SO   39H SO   222 partículas
3
 2
4 2 4

Assim concluímos que a ionização ou dissociação do soluto aumenta o número de partículas na solução, aumentando
assim o efeito coligativo. Ou seja, uma solução iônica sempre tem efeitos coligativos mais intensos que uma solução molecular
de mesma molaridade.

Observe a comparação:

No exemplo anterior concluimos que as propriedades coligativas da solução iônica correspondem numericamente ao
dobro do valor da solução covalente, já que as propriedades coligativas dependem apenas do número de partículas de soluto, e
não da sua natureza.

 P2   P 
  iônica = 2  2  molecular (tonoscopia)
 P2   P2 

(tE) iônica = 2 x (tE) molecular (ebulioscopia)


(tC) iônica = 2 x (tC) molecular (crioscopia)
() iônica = 2 x () molecular (osmose)

Assim Van’t Hoff propôs a criação de um fator de correção (i), que passou a ser chamado de fator de Van’t Hoff.
O fator de Van’t Hoff (i) é o número que mostra quantas vezes o efeito coligativo iônico é maior que o efeito coligativo
molecular para soluções de mesma molaridade.

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efeito coligativo iônico


i ou
efeito coligativo molecular

(efeito coligativo iônico) = (efeito coligativo molecular) x i

No exemplo anterior temos:


(Efeito coligativo do sal) = 2 x (Efeito coligativo do açúcar).

Concluímos assim que o fator de Van’t Hoff traduz, também, o aumento do número de partículas causado pela
dissociação:

número de partículas finais


i
número de partículas iniciais

No exemplo da solução de NaC apresentado anteriormente temos:

12,04  10 22 íons totais (Na   C  )


i
6,02  10 22 " moléculas" de soluto (NaC)

i2

Consequentemente obtemos as seguintes fórmulas:

P
 Kt  W i (tonometria)
P0

t E  K E  W  i (ebuliometria)

t C  K C  W  i (criometria)

  V  n1  R  T  i ou   M  R  T  i (osmometria)

Van’t Hoff demonstrou que o fator de correção i podia ser calculado pela relação:

i  1    q  1

Onde:
 = grau de ionização ou dissociação do composto;
q = número total de íons liberados na ionização de 1 molécula ou na dissociação de 1 agregado iônico do composto;

Variação do fator de Van’t Hoff:


A partir da expressão: i = 1 +  (q - 1), concluímos:
Em uma solução molecular (a = 0), assim temos:

i = 1 + 0 . (q – 1)  i  1

Em uma solução de um composto iônico totalmente ionizado ( = 1); assim temos:

i = 1 + 1 . (q – 1)  i = 1 + q – 1  i  q

Portanto: 0  i  q

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Observação :
Sempre uma solução vai sendo diluída, o valor de  tende a 100% ( = 1) e consequentemente o valor de i tende a se
igualar ao valor de q.

8. Estimativa da dissociação percentual a partir dos dados de abaixamento do ponto de


congelamento
No ácido acético em solução aquosa 1,00 m existe o equilíbrio descrito por

HC2H3O2 (aq) H (aq)  C2H3O2 (aq)

A solução aquosa de ácido acético descrita anteriormente congela a –1,90 °C, que é um valor apenas um
pouco mais baixo o esperado (–1,86 °C), caso não ocorresse ionização. E claro, então, que ocorreu
alguma ionização, mas não muita. Podemos estimar a ionização percentual utilizando o procedimento a
seguir.

Primeiramente usamos os dados para calcular a molalidade aparente da solução, ou seja, a molalidade
de todas as substâncias dissolvidas, HC2H3O2 + C2H3O2– + H+. Usaremos novamente a Equação 12.4
(Tf  Kf m) , mas agora m representará a molalidade aparente; Kf vale 1,86 °C/m.

Tf 1,90C
Molaridade aparente = 
Kf 1,86Cm1
 1,02 m

Se há 1,02 mol de todos os solutos em 1 kg de solvente, ficamos com 0,02 mol de solutos a mais do que
no início, pois começamos com 100 mol de ácido acético. Como obtivemos exatamente uma molécula
extra para cada molécula de ácido acético, que é ionizada, os 0,02 mol adicionais devem ter se originado
da ionização de 0,02 mol de ácido acético. Assim, a ionização percentual é

moles de ácidos ionizados


Ionização percentual =  100%
moles de ácidos disponíveis
0,02
  100%  2%
1,00

Em outras palavras, estimamos por este procedimento a ionização percentual em ácido acético 1,00 m
em 2%. (Outros tipos de medida são mais precisos e, na realidade, a ionização percentual do ácido
acético nesta concentração é menor que 1%.)

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9. Associação de moléculas do soluto e propriedades coligativas


Alguns solutos moleculares produzem efeitos coligativos mais fracos do que seríamos levados a prever
a partir de sua concentração molal. Isto não é observado com frequência, mas indica a existência de outro
fenômeno a que devemos dar um pouco de atenção, ou seja, a associação de partículas do soluto.
Quando dissolvido em benzeno, por exemplo, o ácido benzóico tem suas moléculas associadas formando
dímeros. Estes são ligados por pontes de hidrogênio, indicadas por linhas pontilhadas na equação abaixo.

Por causa da associação, o abaixamento do ponto de congelamento de uma solução 1,00 m de ácido
benzóico em benzeno é apenas a metade do valor calculado. A formação do dímero faz com que o ácido
benzóico passe a ter uma massa molecular efetiva que é o dobro da normal. Esta massa molecular efetiva
maior reduz a concentração molal pela metade, o mesmo acontecendo com o efeito sobre o abaixamento
do ponto de congelamento.

Di-significa 2, assim, um dímero é o resultado da combinação de duas moléculas.

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PROPRIEDADES COLIGATIVAS periódica.


Exercícios de Aprendizagem

01. (Fuvest) A adição de um soluto à água altera a


temperatura de ebulição desse solvente. Para
quantificar essa variação em função da concentração
e da natureza do soluto, foram feitos experimentos,
cujos resultados são apresentados abaixo. Analisando
a tabela, observa-se que a variação de temperatura de
ebulição é função da concentração de moléculas ou
íons de soluto dispersos na solução.

Quantidade
Volume Temperatura
de
de de
Soluto matéria de
água ebulição
soluto
(L) (°C)
(mol)
1 - - 100,00 a) Defina, em função da pressão de vapor, a temperatura de
1 NaC 0,5 100,50 ebulição.
1 NaC 1,0 101,00 b) Desenhe um gráfico, apresentando o perfil da pressão de
1 sacarose 0,5 100,25
vapor em função da massa molar para esses hidretos.
1 CaC 2 0,5 100,75

Dois novos experimentos foram realizados, 04. (Fuvest) A porcentagem em massa de sais no
adicionando-se 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água sangue é de aproximadamente 0,9%. Em um
(experimento A) e 1,0 mol de glicose a 0,5 L de água experimento, alguns glóbulos vermelhos de uma
(experimento B). Considere que os resultados desses amostra de sangue foram coletados e separados em
novos experimentos tenham sido consistentes com os três grupos. Foram preparadas três soluções,
experimentos descritos na tabela. Assim sendo, as identificadas por X, Y e Z, cada qual com uma diferente
temperaturas de ebulição da água, em °C, nas concentração salina. A cada uma dessas soluções foi
soluções dos experimentos A e B, foram, adicionado um grupo de glóbulos vermelhos. Para
respectivamente, de cada solução, acompanhou-se, ao longo do tempo, o
a) 100,25 e 100,25. volume de um glóbulo vermelho, como mostra o
b) 100,75 e 100,25. gráfico.
c) 100,75 e 100,50.
d) 101,50 e 101,00.
e) 101,50 e 100,50.

02. (Unicamp) Evidências experimentais mostram que


somos capazes, em média, de segurar por um certo tempo um
frasco que esteja a uma temperatura de 60°C, sem nos
queimarmos. Suponha uma situação em que dois béqueres
contendo cada um deles um líquido diferente (X e Y) tenham
sido colocados sobre uma chapa elétrica de aquecimento, que
está à temperatura de 100°C. A temperatura normal de
ebulição do líquido X é 50°C e a do líquido Y é 120°C.
a) Após certo tempo de contato com esta chapa, qual dos Com base nos resultados desse experimento, é correto
frascos poderá ser tocado com a mão sem que se corra o risco afirmar que
a) a porcentagem em massa de sal, na solução Z, é
de sofrer queimaduras? Justifique a sua resposta. menor do que 0,9%.
b) Se a cada um desses frascos for adicionada quantidade b) a porcentagem em massa de sal é maior na solução
igual de um soluto não volátil, mantendo-se a chapa de Y do que na solução X.
aquecimento a 100°C, o que acontecerá com a temperatura c) a solução Y e a água destilada são isotônicas.
d) a solução X e o sangue são isotônicos.
de cada um dos líquidos? Explique.
e) a adição de mais sal à solução Z fará com que ela e
a solução X fiquem isotônicas.
03. (Ufc ) O gráfico a seguir (fig. 1) apresenta os pontos de
ebulição em função da massa molar para as moléculas do 05. (Ita) Considere que sejam feitas as seguintes afirmações
tipo H‚X, onde X é um elemento do grupo 16 da tabela em relação à pressão de vapor saturante de líquidos e/ou
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sólidos: 04) devido às forças intermoleculares, o ponto de


I - As pressões de vapor da água líquida e do gelo têm o ebulição da água é maior que o do H2S.
mesmo valor a -10°C. 08) um líquido entra em ebulição quando sua pressão
de vapor é menor que a pressão atmosférica.
II - Tanto a pressão de vapor de líquidos como a de sólidos 16) uma mistura de água com açúcar tem ponto de
aumentam com o aumento da temperatura. ebulição maior que água pura.
III - A pressão de vapor de um líquido depende das forças de 32) o Mar Morto, na Jordânia, localiza-se a uma
interação intermoleculares. altitude de –395 metros, assim, o ponto de ebulição
IV - No ponto triplo da água pura, a pressão de vapor do gelo da água neste local deve ser maior que 100 °C.
tem o mesmo valor que a pressão de vapor da água líquida. 08. (Uem) Considere as soluções A e B abaixo, a
V - A pressão de um vapor em equilíbrio com o respectivo 25 C, e assinale o que for correto.
líquido independe da extensão das fases gasosas e líquida.
Qual das opções a seguir se refere a todas afirmações A – solução aquosa a 25 C, contendo 90 mols de
CORRETAS? água e 10 mols de glicose.
a) I e II. B – solução aquosa a 25 C, contendo 80 mols de
b) I e IV. água e 20 mols de sacarose.
c) I, II, III e V.
Dados: pressão de vapor da água pura a
d) II, III, IV e V. 25 C  3,8 kPa.
e) I, II, III, IV e V. 01) A pressão de vapor da solução A é menor do que
a pressão de vapor da solução B.
06. (Ita ) Considere as seguintes afirmações relativas aos 02) A pressão de vapor da solução B é menor do que
sistemas descritos a seguir, sob pressão de 1atm: a pressão de vapor de 100 mols de água pura.
04) A pressão de vapor da solução A é igual a pressão
I. A pressão de vapor de uma solução aquosa de glicose
de vapor de 110 mols de água pura.
0,1mol/L é menor do que a pressão de vapor de uma solução 08) Ao se adicionar 50 mols de água à solução B, sua
de cloreto de sódio 0,1mol/L a 25°C. pressão de vapor aumentará.
II. A pressão de vapor do n-pentano é maior do que a pressão 16) Ao se misturar a solução A com a solução B, a
de vapor do n-hexano a 25°C. mistura terá uma pressão de vapor maior do que a
pressão de vapor da água pura.
III. A pressão de vapor de substâncias puras como: acetona,
éter etílico, etanol e água, todas em ebulição, tem o mesmo 09. (Uem) Ao se preparar uma salada de folhas de
valor. alface, utilizando sal e vinagre, devemos temperá-la e
IV. Quanto maior for a temperatura, maior será a pressão de comê-la imediatamente, pois, ao ser deixada em
vapor de uma substância. repouso por alguns minutos, as folhas de alface
murcham, dando à salada um aspecto indesejado.
V. Quanto maior for o volume de um líquido, maior será a
Considerando o exposto, é correto dizer que o fato
sua pressão de vapor. pode ser explicado
Destas afirmações, estão CORRETAS 01) pelo efeito ácido do vinagre, que contém ácido
a) apenas I, II, III e IV. acético, que é um ácido forte que “queima” as
b) apenas I, II e V. folhas do alface fazendo-as murchar.
02) pelo efeito do calor liberado pela dissolução do sal
c) apenas I, IV e V.
no vinagre.
d) apenas II, III e IV. 04) pelo efeito osmótico, no qual ocorre um movimento
e) apenas III, IV e V. da água contida nas folhas da alface para a
solução resultante do tempero.
07. (Ufsc) Chegando ao apartamento dos pais em 08) pelo efeito de tonoscopia, no qual ocorre um
Florianópolis, Carlos resolve fazer um café. Coloca abaixamento da pressão máxima de vapor da água
água para ferver e aguarda. Algum tempo depois contida nas folhas da alface.
comenta: “– Essa água parece que demora mais para 16) pelo aumento da pressão osmótica no interior das
ferver aqui do que em Urubici!”. células da folha da alface, que aumentam de
volume até se romperem, levando ao
Com base nas propriedades físicas das substâncias, é murchamento das folhas.
CORRETO afirmar que:
01) numa altitude menor a camada de ar sobre o local 10. (Ufrgs) Mesmo quando a água destilada é
é maior, logo a temperatura de ebulição da água é extremamente pura, não se pode injetá-la diretamente
maior. no sangue de um paciente, pois há o risco de
02) a pressão de vapor de um líquido não é a) autodissociação da água, produzindo ácido.
dependente da temperatura. b) aumento da concentração de oxigênio do sangue.

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c) aumento súbito do pH do sangue. adoçá-la, por osmose, ele auxilia na extração do


d) precipitação de sais minerais. suco da fruta.
e) ruptura das hemácias, devido à diminuição da III. O fermento biológico utilizado na preparação de
pressão osmótica do sangue. pães, como esse, tem, em sua composição,
bicarbonato de sódio, que libera CO 2 no
aquecimento do produto e faz a massa crescer.
11. (Uftm) Três soluções aquosas de nitrato de sódio, IV. O uso de panela de pressão faz, na produção do
nitrato de alumínio e glicose, com concentrações 0,5 caldinho, o cozimento do feijão ser mais rápido,
mol/L, foram aquecidas em três béqueres, sob as porque, ao se aumentar a pressão do sistema,
mesmas condições ambientes, até a ebulição. As ocorre a redução do ponto de ebulição da água.
temperaturas das três soluções foram monitoradas
com três termômetros devidamente calibrados. Após consumir todos os produtos, o cliente perguntou
ao dono do quiosque:
– Gostou da aula? Como sabe, estou me preparando
para entrar na universidade. (E emendou...) Posso
deixar no pendura, dessa vez?
O dono do bar sorriu de ladinho e disse:
– Eu até poderia deixar no fiado, principalmente pelo
fato de o senhor, como sempre, só ter tomado uma
caipirinha. Mas, como nem todas essas suas
afirmativas estão corretas, ou o senhor paga a conta
ou chamo aquele policial ali! (E deu uma risada)
Depois, pegou uns livros, pediu que uma pessoa da
cozinha assumisse o quiosque e, sorrindo, falou para
o cliente: até mais, te espero na universidade. Boa
sorte!
A solução que a 25 ºC apresenta maior pressão de
vapor e a solução que apresenta maior temperatura de
Quais dos comentários do cliente do quiosque, citados
ebulição são, respectivamente,
acima, estão CORRETOS?
a) glicose e nitrato de alumínio.
a) I e II.
b) glicose e nitrato de sódio.
b) I e III.
c) nitrato de alumínio e glicose.
c) I e IV.
d) nitrato de alumínio e nitrato de alumínio.
d) II e III.
e) nitrato de sódio e glicose.
e) II e IV.
12. Uma solução contém 0,01 mol de sacarose (C12H22O11) e 2. (Ufpr) Em festas e churrascos em família, é costume
0,02 mol de sulfato de sódio (Na2SO4) dissolvidos em 372 g usar geleiras de isopor para resfriar bebidas enlatadas
de água. Sabendo que essa solução congela a -0,34°C, ou engarrafadas. Para gelar eficientemente, muitas
descubra o grau de dissociação do Na2SO4 nessa solução. pessoas costumam adicionar sal e/ou álcool à mistura
gelo/água. A melhor eficiência mencionada se deve ao
(Dado: Kc=1,86°C/1000 g).
fato de que a presença de sal ou álcool:
a) aumenta a taxa de transferência de calor.
PROPRIEDADES COLIGATIVAS b) abaixa a temperatura do gelo.
Exercícios de Fixação c) aumenta a temperatura de ebulição.
d) abaixa a temperatura de fusão.
e) abaixa a dissipa玢o de calor para o exterior.
1. (Upe) Leia.
3. (Uece 2015) A purificação da água através do processo
– Bom dia, disse um senhor ao se sentar em um banco
de osmose é citada, em 1624, na obra Nova Atlântida, de
de um quiosque à beira-mar.
Francis Bacon (1561-1626). A dessalinização de uma
Depois, ele pediu:
solução de sulfato de alumínio pelo processo citado acima
– Um caldinho de feijão, uma porção de salada, uma
ocorre utilizando-se uma membrana semipermeável.
caipirinha e um pão de alho.
Considerando a concentração em quantidade de matéria da
Enquanto saboreava o seu pedido, puxou uma
conversa com o pessoal e, ao longo do papo, fez os solução 0,4 mol / L, 0 admitindo-se o sal totalmente
comentários indicados a seguir: dissociado e a temperatura de 27 C, a diferença da
pressão osmótica que se estabelece entre os lados da
I. As verduras de uma salada temperada com sal membrana no equilíbrio, medida em atmosferas, é
tendem a perder água e a murchar por causa do a) 39,36.
efeito osmótico.
b) 49,20.
II. O açúcar (C12H22O11) adicionado nessa bebida é
batido com cachaça, fatias de limão e gelo. Além de c) 19,68.

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d) 29,52.

4. (Uftm) Construiu-se uma câmara selada (figura 1),


contendo dois béqueres, um deles com solvente puro
e o outro contendo 125 mL de solução saturada com
concentração 148 g L, preparada com o mesmo
solvente. Após algumas horas, verificou-se a
transferência do solvente (figura 2). O fenômeno
observado na câmara é semelhante ao que ocorre
quando duas soluções são separadas por uma
membrana semipermeável.

a) Em A e B, os sais conseguem atravessar a


membrana semipermeável.
b) Em A, o fluxo através da membrana ocorreu no
sentido da água salgada para a água doce.
c) Em A, a concentração de sais na água salgada foi
aumentada.
d) Em B, o fluxo de água, no sentido da água salgada
a) Compare e justifique as diferenças de pressões de para água doce, exigiu aplicação de pressão
vapor dos dois líquidos que estavam na câmara externa.
indicada na figura 1. Dê o nome do fenômeno e) Em A, está representado o processo que ocorre nos
descrito no texto. dessalinizadores.
b) Sabendo-se que o volume de solvente transferido
foi 75 mL, calcule a concentração da solução, em 06. (Ufsc ) A panela de pressão permite que alimentos sejam
g L, que está na câmara indicada na figura 2. cozidos em água muito mais rapidamente do que em panelas
convencionais. Sua tampa possui uma borracha de vedação
5. (Ufpb) A escassez de água própria para o consumo que não deixa o vapor escapar a não ser através de um
humano tem provocado a busca pelo aproveitamento
orifício sobre o qual assenta um peso (válvula) que controla
das águas de oceanos e mares. Para aproveitamento
da água salgada, foram desenvolvidos equipamentos a pressão. O esquema da panela de pressão e um diagrama
de dessalinização que se baseiam na aplicação da de fases da água são apresentados abaixo. A pressão exercida
osmose reversa. Esses equipamentos têm permitido pelo peso da válvula é de 0,4 atm e a pressão atmosférica
que bilhões de litros de água potável sejam produzidos local é de 1,0 atm.
anualmente no mundo inteiro. Por definição, a osmose
é a passagem de um solvente através de uma
membrana semipermeável (MS). Os processos de
osmose e osmose reversa estão representados na
figura ao lado Considerando essas informações e
observando a figura, verifica-se:

De acordo com as informações do enunciado e do gráfico


acima, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
(01) A água, dentro da panela de pressão, entrará em
ebulição a 110°C.
(02) Reduzindo o peso da válvula pela metade, a água entrará
em ebulição a 100°C.
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(04) Aumentando a intensidade da chama sob a panela, a


pressão interna do sistema aumenta.
(08) Se, após iniciar a saída de vapor pela válvula, a
temperatura for reduzida para 60°C, haverá condensação de
vapor d'água até que a pressão caia para 0,5 atm.
(16) Na vaporização da água o principal tipo de interação que
está sendo rompida entre as moléculas são ligações de
hidrogênio.
A solução contida no copo I era mais concentrada que a
07. (Ufscar ) A figura a seguir apresenta as curvas de pressão contida no copo II. A temperatura externa à caixa
de vapor de três líquidos puros, 1, 2 e 3, em função da permaneceu constante durante o experimento. Acerca das
temperatura. observações que poderiam ser feitas a respeito desse
experimento, julgue os itens seguintes.

(1) Após alguns dias, o volume da solução contida no copo I


diminuirá.
(2) As concentrações das soluções nos dois copos não se
alterarão com o tempo porque o soluto não é volátil.
(3) O ar dentro da caixa ficará saturado de vapor d'água.
(4) Após alguns dias, as duas soluções ficarão com a mesma
pressão de vapor.

09. (Unesp) Considere cinco soluções aquosas diferentes,


Considere que os líquidos estão submetidos à mesma pressão todas de concentração 0,1mol/L, de glicose (C†H‚O†) e de
e analise as seguintes afirmações: quatro eletrólitos fortes, NaCØ, KCØ, K‚SO„ e ZnSO„,
respectivamente. A solução que apresenta o maior
I. Quando os líquidos estão em suas respectivas temperaturas abaixamento do ponto de congelação é a de:
de ebulição, a pressão de vapor do líquido 1 é maior que a a) C†H‚O†.
dos líquidos 2 e 3. b) NaCØ.
II. Quando se adiciona um soluto não volátil ao líquido 2, c) KCØ.
observa-se um aumento no seu ponto de ebulição. d) K‚SO„.
III. Na temperatura ambiente, o líquido 3 é o mais volátil. e) ZnSO„.
IV. A maior intensidade das forças intermoleculares no
líquido 3 é uma explicação possível para o comportamento 10. (Enem 2012) Osmose é um processo espontâneo que
observado. ocorre em todos os organismos vivos e é essencial à
Está correto apenas o que se afirma em manutenção da vida. Uma solução 0,15 mol/L de NaC
a) I e II. (cloreto de sódio) possui a mesma pressão osmótica das
b) I e IV. soluções presentes nas células humanas.
A imersão de uma célula humana em uma solução 0,20
c) II e III.
mol/L de NaC tem, como consequência, a
d) II e IV. a) absorção de íons Na+ sobre a superfície da célula.
e) III e IV. b) difusão rápida de íons Na+ para o interior da célula.
c) diminuição da concentração das soluções presentes na
08. (Unb ) Um aluno, interessado em estudar as propriedades célula.
d) transferência de íons Na+ da célula para a solução.
de soluções colocou em uma caixa dois copos contendo
e) transferência de moléculas de água do interior da célula
volumes iguais de soluções aquosas de um mesmo soluto para a solução.
não-volátil, fechando-a hermeticamente, conforme ilustra a
figura a seguir:
11. (Ufrj) O gráfico a seguir representa, de forma
esquemática, curvas de pressão de vapor em função da
temperatura de três líquidos puros - água, etanol, éter

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dietílico - e de uma solução aquosa de uréia. pressão de vapor da solução I.


d) A solução III tem ponto de ebulição mais baixo do que o
ponto de ebulição da solução IV.

14. (Ufsj) Considere as soluções aquosas abaixo a


uma pressão de 1,0 atm

Solução A: 0,6 mol/L de glicose.


Solução B: 0,1 mol/L de ácido nítrico.
Solução C: 0,2 mol/L de cloreto de magnésio.

Sobre essas soluções, é CORRETO afirmar que


a) as soluções A e C apresentam o mesmo ponto de
congelamento.
b) as três soluções apresentam ponto de ebulição
abaixo de 100°C.
Identifique as curvas 1, 2 e 3 representadas no gráfico. c) a solução B apresenta o maior ponto de ebulição.
Justifique a sua resposta. d) a solução C é a que apresenta menor pressão de
vapor.
12. (Unesp) No gráfico a seguir, as curvas I, II, III e IV
15. (Ueg) O gráfico abaixo mostra a pressão de vapor
correspondem à variação da pressão de vapor em função da de dois sistemas diferentes em função da temperatura.
temperatura de dois líquidos puros e das respectivas soluções
de mesma concentração de um mesmo sal nesses dois
líquidos. O ponto de ebulição de um dos líquidos é 90°C.

Após a análise do gráfico, responda aos itens a seguir.

a) se A e B forem compostos diferentes, explique qual


Utilizando os números das curvas respectivas: deles é mais volátil;
a) Indicar quais curvas correspondem aos líquidos puros. b) se A e B forem soluções do mesmo solvente e
Indicar entre os dois qual é o líquido mais volátil e justificar. soluto, em diferentes concentrações, explique o que
irá acontecer se dois compartimentos idênticos
b) Indicar quais curvas correspondem às soluções. Justificar.
contendo quantidade igual das duas soluções forem
separados por uma membrana semipermeável.
13. (Pucmg 2015) Analise as soluções aquosas abaixo.
16. (Uftm) Considere duas soluções aquosas:
I. solução de glicose (C12H22O11) 0,1mo / L. solução I: 500 mL de solução de cloreto de cálcio 0,1
II. solução de sulfato de cobre (CuSO4 ) 0,1mo / L. mol · L–1
solução II: 500 mL de solução de glicose 0,2 mol · L–1
III. solução de cloreto de potássio (KC ) 0,2 mo / L. Na figura está representada a curva de pressão de
IV. solução de nitrato de prata (AgNO3 ) 0,5 mo / L. vapor d’água em função da temperatura.

Considerando que as espécies iônicas estão 100%


ionizadas, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O ponto de congelação da solução IV é o mais baixo de
todas as soluções dadas.
b) O ponto de ebulição da solução I é o mais baixo de todas
as soluções dadas.
c) A pressão de vapor da solução II é mais alta que a
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solvente (efeito ebulioscópico). Faz-se uso destes


fenômenos, por exemplo, nos anticongelantes utilizados nos
radiadores de automóveis e nos sais empregados para fundir
gelo em regiões onde há ocorrência de neve. Os líquidos A,
B, C e D, listados abaixo, estão a 1atm e a 25C e
apresentam, respectivamente, pressões de vapor PA , PB ,
PC e PD.

Líquido A: 100mL de solução 0,01mol / L de NaC em


água.
Líquido B: 100mL de água.
a) Calcule a massa de cloreto de cálcio utilizada na Líquido C: 100mL de solução 0,01mol / L de glicose em
preparação da solução I. água.
b) Inclua no gráfico, representado no espaço destinado Líquido D: 50mL de água.
à resolução, mais duas curvas referentes às
soluções I e II. Assinale a alternativa correta com relação à pressão de
vapor dos líquidos A, B, C e D.
17. (Unesp ) O soro glicosado é uma solução aquosa a) PD  PB  PC  PA
contendo 5% em massa de glicose (C†H‚O†) e isotônica em b) PA  PC  PB  PD
relação ao sangue, apresentando densidade c) PA  PC  PD  PB
aproximadamente igual a 1 g.mL-¢. d) PD  PB  PA  PC
a) Sabendo que um paciente precisa receber 80 g de glicose
e) PD  PA  PC  PB
por dia, que volume desse soro deve ser ministrado
diariamente a este paciente?
b) O que aconteceria com as células do sangue do paciente
20. (Ufrn) Sorvete em cinco minutos.
caso a solução injetada fosse hipotônica? Justifique sua
resposta, utilizando as propriedades coligativas das soluções. Uma receita rápida, prática e que parece mágica para o
preparo de um sorvete de morango recomenda o seguinte
18. (Udesc 2015) A pressão osmótica no sangue humano é procedimento:
de aproximadamente 7,7 atm e os glóbulos vermelhos
Despeje o leite, o açúcar e a essência de morango num saco
(hemácias) possuem aproximadamente a mesma pressão; de plástico de 0,5 litro e certifique-se de que ele fique bem
logo, pode-se afirmar que estas são isotônicas em relação fechado. Coloque 16 cubos de gelo e 6 colheres de sopa de
sal comum NaC  num outro saco plástico de 1 litro. Insira
ao sangue. Sendo assim, o soro fisiológico, que é uma
solução aquosa de cloreto de sódio utilizada para repor o
líquido perdido por uma pessoa em caso de desidratação, o saco de 0,5 litro dentro do saco de 1 litro e feche muito
também deve possuir a mesma pressão osmótica para evitar bem. Agite as bolsas de plástico por 5 minutos e, após esse
danos às hemácias. tempo, remova o saco de 0,5 litro de dentro do outro. Em
seguida, corte um dos bicos inferiores do saco de 0,5 litro e
Em relação à informação, assinale a alternativa correta. despeje o sorvete no recipiente de sua preferência.
a) A pressão osmótica do soro não é afetada quando a
concentração de cloreto de sódio é modificada. O que parece mágica, ou seja, o congelamento do sorvete a
b) A injeção de água destilada no sangue provoca a uma temperatura (-20°C) mais baixa que 0°C, pela solução
desidratação e, consequentemente, a morte das hemácias. aquosa de NaC , é explicado pela propriedade coligativa de
c) O uso de uma solução aquosa saturada de cloreto de diminuição da temperatura de início de solidificação.
sódio não afeta a pressão osmótica do sangue. Outro soluto que pode produzir a mesma diminuição da
d) A injeção de água destilada no sangue provoca uma temperatura que o NaC é
absorção excessiva de água pelas hemácias, provocando a) cloreto de potássio KC  .
um inchaço e, consequentemente, a morte das hemácias.
e) A injeção de uma solução aquosa saturada de cloreto de b) cloreto de cálcio  CaC 2  .
sódio provoca uma absorção excessiva de água pelas c) glicose  C6H12O6  .
hemácias, causando um inchaço e, consequentemente, a
morte das hemácias. d) glicerina  C3H8 O3  .

21. (Ufu) O estudo das propriedades coligativas das


19. (Udesc 2015) A pressão de vapor de um solvente
soluções permite-nos prever as alterações nas propriedades
líquido diminui devido à presença de um soluto não volátil
de seu solvente.
(efeito tonoscópico), afetando a temperatura de fusão
(efeito crioscópico) e a temperatura de vaporização do
A respeito das propriedades coligativas, assinale a
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alternativa correta.
a) Se for colocada água com glutamato de monossódio
dissolvido para congelar em uma geladeira, a temperatura de
fusão da água na solução permanecerá a mesma que a da
água pura.
b) As propriedades coligativas independem do número de
partículas do soluto na solução, da natureza das partículas e
de sua volatilidade.
c) Se forem preparadas duas soluções aquosas de mesma
concentração, uma de glutamato de monossódio e outra de
açúcar, a temperatura de ebulição da água na solução será
maior que a da água na solução de açúcar.
d) Em uma panela tampada, a pressão de vapor da solução
aquosa de glutamato de monossódio é maior do que a pressão
de vapor da água pura porque a presença do sal facilita a
evaporação do solvente. Assinale a alternativa que apresenta soluções em ordem
CRESCENTE de abaixamento da temperatura de
22. (Ufrgs) Assinale a alternativa que completa solidificação.
corretamente as lacunas no texto a seguir, na ordem em que a) IV < I < II < III
aparecem.
b) III < I < II < IV
Dois copos contendo igual volume de líquido são colocados c) IV < II < I < III
sob uma campânula impermeável, como na figura que segue. d) III < II < I < IV

24. (Pucsp) Osmose é a difusão do solvente através de uma


membrana semipermeável do meio menos concentrado para
o meio mais concentrado. A pressão osmótica (™) de uma
determinada solução é a pressão externa a qual essa solução
deve ser submetida para garantir o equilíbrio osmótico com
o solvente puro. A osmose é uma propriedade coligativa, ou
seja, depende somente do número de partículas dispersas em
solução e não da natureza do soluto.
O copo 1 contém água do mar e o copo 2 água pura. Com o Preparou-se as seguintes soluções aquosas:
tempo, o líquido do copo 1 apresentará um volume............... Solução 1 - HCØ(aq) 0,01 mol/L;
líquido do copo 2. Esse fato se explica pelo efeito............... . Solução 2 - HƒCCOOH(aq) 0,01 mol/L;
a) maior que o - tonoscópico Solução 3 - C‚H‚‚O(aq) 0,01 mol/L;
b) menor que o - tonoscópico
Solução 4 - MgCØ‚(aq) 0,01 mol/L.
c) igual ao - osmótico
d) maior que o - osmótico
e) menor que o - osmótico Considerando-se a natureza dessas soluções, pode-se
concluir a respeito de suas pressões osmóticas que
23. (Pucmg ) Certas propriedades físicas de um solvente, tais
a) ™ƒ < ™ = ™‚ < ™„
como temperatura de ebulição e de solidificação, são
b) ™„ < ™ƒ < ™‚< ™
alteradas quando nele dissolvemos um soluto não-volátil.
c) ™‚ = ™ƒ < ™„ = ™
Para se verificar esse fato, quatro sais distintos foram
d) ™ = ™‚ = ™ƒ < ™„
dissolvidos em frascos contendo a mesma quantidade de
e) ™ƒ < ™‚ < ™ < ™„
água, formando as soluções I, II, III e IV, como indica o
esquema a seguir:
25. (Uem ) Considere duas soluções A e B. A solução A é
constituída de 1,0 L de AØ‚(SO„)ƒ(aq) 0,15 mol/L e a solução
B é constituída de 1,0 L de Ba(NOƒ)‚(aq) 0,15 mol/L.
Sabendo-se que os sais estão 100% ionizados nas soluções e
que ambas estão ao nível do mar, assinale o que for correto.

01) A solução A possui menor temperatura de congelação do


que a solução B.
02) A solução B entra em ebulição a uma temperatura menor
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do que a solução A. Dado: R = 0,082 L.atm/mol.K


04) A solução A possui maior pressão osmótica que a a) 1,3 atm
solução B. b) 2,7 atm
08) Misturando-se as duas soluções, a concentração de íons c) 14,8 atm
Ba£® é de 0,30 mol/L. d) 29,5 atm
16) Uma solução de glicose 0,15 mol/L apresentará efeito e) 59,0 atm
coligativo superior ao da solução A.
32) Crioscopia é a propriedade coligativa que corresponde à 29. (Ufrs ) O gráfico a seguir representa os diagramas de
diminuição da pressão de vapor de um líquido. fases da água pura e de uma solução aquosa de soluto não-
volátil.
26. (Ufc ) Durante o processo de produção da "carne de sol"
ou "carne seca", após imersão em salmoura (solução aquosa
saturada de cloreto de sódio), a carne permanece em repouso
em um lugar coberto e arejado por cerca de três dias.
Observa-se que, mesmo sem refrigeração ou adição de
qualquer conservante, a decomposição da carne é retardada.
Assinale a alternativa que relaciona corretamente o processo
responsável pela conservação da "carne de sol".
a) Formação de ligação hidrogênio entre as moléculas de
água e os íons Na® e Cl-.
b) Elevação na pressão de vapor da água contida no sangue
da carne.
c) Redução na temperatura de evaporação da água.
d) Elevação do ponto de fusão da água. Considere as seguintes afirmações a respeito do gráfico.
e) Desidratação da carne por osmose.
I - As curvas tracejadas referem-se ao comportamento
27. (Ufpe ) Por que a adição de certos aditivos na água dos observado para a solução aquosa.
radiadores de carros evita que ocorra o superaquecimento da II - Para uma dada temperatura, a pressão de vapor do líquido
mesma, e também o seu congelamento, quando comparada puro é maior que a da solução aquosa.
com a da água pura? III - A temperatura de congelação da solução é menor que a
a) Porque a água mais o aditivo formam uma solução que do líquido puro.
apresenta pontos de ebulição e de fusão maiores que os da IV - A 0,010 °C e 4,58 mmHg, o gelo, a água líquida e o
água pura. vapor de água podem coexistir.
b) Porque a solução formada (água + aditivo) apresenta V - A temperatura de congelação da solução aquosa é de 0
pressão de vapor maior que a água pura, o que causa um °C.
aumento no ponto de ebulição e de fusão.
c) Porque o aditivo reage com a superfície metálica do Quais estão corretas?
radiador, que passa então a absorver energia mais a) Apenas I e II.
eficientemente, diminuindo, portanto, os pontos de ebulição b) Apenas I, IV e V.
e de fusão quando comparados com a água pura. c) Apenas II, III e V.
d) Porque o aditivo diminui a pressão de vapor da solução d) Apenas I, II, III e IV.
formada com relação à água pura, causando um aumento do e) Apenas II, III, IV e V.
ponto de ebulição e uma diminuição do ponto de fusão.
e) Porque o aditivo diminui a capacidade calorífica da água,
30. (Pucpr 2015) 100 mg de nitrato de cálcio foram
causando uma diminuição do ponto de fusão e de ebulição.
dissolvidos em 50 cm3 de água, à temperatura de 50 C.
28. (Ufpi ) Osmose reversa tem sido utilizada para obter água Assinale a alternativa CORRETA, a qual traz a pressão a ser
aplicada para impedir a osmose. Dado:
doce a partir de água salgada nos últimos períodos de seca
Ma (g mol) : Ca  40, N  14, O  16, R  0,082 atm  mol K.
no Nordeste. Assumindo uma concentração de 0,6M em
a) 0,78 atm.
NaCØ para a água do mar, indique a pressão mínima a ser
b) 0,5 atm.
aplicada para que ocorra este processo a 27°C.
100
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c) 1,25 atm. a) Coloque as soluções I, II, III e IV em ordem crescente de


d) 0,969 atm. abaixamento da temperatura de solidificação que ocorre
e) 0,87 atm. devido à adição do soluto.
b) Sabendo que o volume final da solução do frasco II é de 3
31. (Cefet MG 2015) O Mar Morto corresponde a uma litros, calcule a concentração de K‚SO„, em g/L.
grande extensão de águas localizadas entre Israel e a Jordânia
e apresenta alto teor salino, em torno de 300g de sal por 34. (Pucrs 2015) Tanto distúrbios intestinais graves quanto
litro de água, inviabilizando a vida marinha. Essa a disputa em uma maratona podem levar a perdas
característica é responsável pelo fato de suas propriedades importantes de água e eletrólitos pelo organismo.
serem distintas daquelas pertencentes à água pura, como, por Considerando que essas situações exigem a reposição
exemplo, cuidadosa de substâncias, um dos modos de fazê-lo é por
a) maior pressão de vapor. meio da ingestão de soluções isotônicas. Essas soluções
b) menor pressão osmótica. a) contêm concentração molar de cloreto de sódio igual
c) maior temperatura de fusão. àquela encontrada no sangue.
d) menor condutibilidade elétrica. b) contêm massa de cloreto de sódio igual à massa de
e) maior temperatura de ebulição. sacarose em dado volume.
c) têm solvente com capacidade igual à do sangue para
32. (Ufal ) Tem-se três soluções aquosas à mesma passar por uma membrana semipermeável.
d) apresentam pressão osmótica igual à pressão
temperatura:
atmosférica.
- solução aquosa 0,30 mol/L de glicose (C†H‚O†) e) apresentam pressão osmótica igual à da água.
- solução aquosa 0,15 mol/L de cloreto de sódio (NaCØ)
- solução aquosa 0,10 mol/L de dicromato de potássio 35. (Uern 2015) Um estudante de química, realizando um
(K‚Cr‚O‡) experimento em laboratório, colocou dois copos iguais e nas
mesmas condições de temperatura e pressão, dentro de uma
tampa transparente. No copo 1 continha apenas água e, no
a) O que se pode afirmar em relação à pressão osmótica
copo 2, uma solução de 0,3mol / L de cloreto de sódio.
dessas soluções quando cada uma delas é posta em contato,
através de membrana semi-permeável, com o solvente puro?
Justifique sua resposta.
b) Sob pressão de 1 atm essas soluções fervem à
temperaturas diferentes da água pura, ou seja 100 °C?
Justifique sua resposta.
Com relação ao experimento, é correto afirmar que o
33. (Ufrj) Certas propriedades físicas de um solvente, tais estudante chegou à seguinte conclusão:
como temperatura de ebulição e de solidificação, são a) O ponto de ebulição nos dois copos é igual.
b) A pressão de vapor no copo 1 é menor que a do copo 2.
alteradas quando nele dissolvemos um soluto não volátil.
c) A solução presente no copo 2 congela mais rápido que a
Para verificar esse fato, quatro sais distintos foram do copo 1.
dissolvidos em frascos contendo a mesma quantidade de d) Com o decorrer do tempo, o volume do copo 1 diminui e
água, como indica o esquema a seguir: o do copo 2 aumenta.

GABARITO

Resposta da questão 1:
[A]

Comentários sobre as afirmativas:

I. Verdadeira. O efeito osmótico ocorre porque o meio


extracelular torna-se hipertônico (mais concentrado)
em função dos temperos, o que provoca a perda de
água das células.
II. Verdadeira. O açúcar torna o meio extracelular
também hipertônico, favorecendo a perda de
líquido pelo limão.
III. Falsa. O bicarbonato de sódio é componente do
fermento químico, e não do biológico que é
constituído por microrganismos (leveduras) que,
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ao realizarem a fermentação, liberam gás π  V  NR  T i


carbônico. 0,4  0,082  300  5
IV. Falsa. O aumento da pressão interna provoca um π
aumento na temperatura de ebulição do líquido, o que 1
acelera o cozimento do feijão. π  49,20 atm

Resposta da questão 2: Resposta da questão 4:


[D] a) Na câmara da figura 1 temos um recipiente com
um líquido puro (maior pressão de vapor) e outro
A presença de soluto altera as propriedades recipiente com uma solução saturada (menor
coligativas da solução. Quanto maior o número de pressão de vapor). Ocorre transferência de
partículas, maior a temperatura de ebulição e menor a solvente do meio de maior pressão de vapor para o
temperatura de congelamento. de menor pressão de vapor; este fenômeno é
denominado osmose.
Observações teóricas: b) Tem-se 125 mL de solução saturada com
concentração 148 g/L.
LEI DE RAOULT: 75 mL da solução foram transferidos, ou seja,

1º) Numa solução muito diluída de um soluto, não 148 g 1L


volátil e não iônico, o abaixamento relativo da msoluto 0,125 L
pressão máxima de vapor é diretamente
proporcional à molalidade da solução. msoluto  18,5 g

2º) Numa solução líquida, que possua um soluto não Vfinal  125  75  200 mL
volátil e não iônico, a elevação da temperatura de Vfinal  0,2 L
ebulição é diretamente proporcional à molalidade
da solução.
18,5 g 0,2 L
3º) Numa solução líquida, que possua um soluto não m'soluto 1L
volátil e não iônico, o abaixamento da temperatura de m'soluto  92,5 g  Concentração (câmara 2)  92,5 g / L
congelamento é diretamente proporcional à
molalidade da solução. Resposta da questão 5:
[D]

Resposta da questão 3: O processo de osmose ocorre quando um líquido


atravessa uma membrana permeável ao mesmo
[B] tempo no sentido da solução menos concentrada
(hipotônica) para a mais concentrada (hipertônica).
A pressão osmótica (π) é dada por: Esse processo é passivo, ou seja, ocorre sem a
necessidade de fornecimento de energia externa.
π  V  NR  T i
Podemos observar a ocorrência deste processo em
A, em que a água salgada é considerada hipertônica
Onde:
em relação à água doce.
V = volume
Entretanto, com fornecimento de energia, é possível
N = número de mol
provocarmos o processo inverso, chamado osmose
R = constante universal dos gases (0,082 atm  L/mol  K) reversa em que o solvente atravessa a membrana no
T = temperatura sentido contrário ao anteriormente citado. Nesse caso
i = fator de Van’t Hoff a água atravessa a membrana na direção do meio
hipotônico (água doce), conforme a figura B. A
Fator de Van’t Hoff: pressão externa provoca a osmose reversa mostrada.
A 2 (SO4 )3  2A 3  3SO42
06. 01 + 16 = 17
07. [D] 08. F F V V 09. [D]
número de part. finais
i
número de part. iniciais 10. [E]
5
i 5
1 Na osmose, o solvente migra da região de maior pressão de
vapor para a de menor pressão de vapor.
Voltando à equação teremos:
Solução 1 de cloreto de sódio (0,15 mol/L; mesma pressão
osmótica das soluções presentes nas células humanas):
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Em 1 litro de solução : O ponto de ebulição da solução [I] é o mais baixo de todas


as soluções dadas, pois possui o menor número de
NaC  Na  C  partículas em relação às outras soluções.
0,15 mol 0,15 mol 0,15 mol
0,30 mol de partículas A pressão de vapor da solução [II] é mais baixa que a
pressão de vapor da solução [I], pois a solução [II] possui
Solução 2 de cloreto de sódio (0,20): maior número de partículas do que a solução [I].

A solução [III] tem ponto de ebulição mais baixo do que o


Em 1 litro de solução :
ponto de ebulição da solução [IV], pois a solução [III]
NaC  Na  C  possui menor número de partículas do que a solução [IV].
0,20 mol 0,20 mol 0,20 mol
0,40 mol de partículas
Resposta da questão 14:
[A]
Conclusão: A pressão de vapor é maior na solução 1, pois Devemos considerar que a intensidade de um efeito
apresenta menor número de partículas, consequentemente o coligativo observado numa solução depende
solvente vai migrar da célula humana para a solução salina diretamente do numero de partículas dispersas.
(0,20 mol/L). Assim, vamos calcular esse número para todas as
soluções.
11.
1 = Éter dietílico Solução A: A glicose não sofre dissociação ou
2 = Etanol ionização. Assim, na solução há 0,6 mol/L de
3 = Solução aquosa de uréia partículas dispersas.

Solução B: O ácido nítrico é um eletrólito forte, que


12. consideraremos 100% ionizado.
a) - Líquidos puros - I e II
- Mais volátil - I (menor PMV) HNO3 (aq)  H (aq)  NO3 (aq)
b) II e IV - adição de solução não volátil diminui a PMV. 0,1mol/L 0,1 mol/L

Resposta da questão 13: Apresenta no total, 0,2 mol/L de partículas dispersas.

Solução C: O cloreto de magnésio é um eletrólito, que


[C]
vamos considerar 100 dissociado.
[I] solução de glicose (C12H22O11) 2 
0,1mo / L  0,1mol de partículas em 1L.
MgC 2 (aq)  Mg (aq)  2C (aq)
0,2mol/L 0,4mol/L

[II] solução de sulfato de cobre (CuSO4 )


Apresenta no total, 0,6 mol/L de partículas dispersas.
0,1mo / L  0,2 mol de partículas em 1 L
(0,1 mol de Cu2 e 0,1 mol de SO24 ). Concluímos que as soluções A e C apresentam
manifestam os efeitos coligativos (abaixamento de
temperatura de congelamento, de pressão de vapor,
[III] solução de cloreto de potássio (KC ) pressão osmótica e aumento de ponto de ebulição)
0,2 mo / L  0,4 mol de partículas em 1 L em mesma intensidade.
(0,2 mol de K  e 0,2 mol de C 
).
Resposta da questão 15:
a) De acordo com o gráfico, o composto A é mais
[IV] solução de nitrato de prata (AgNO3 ) volátil, pois apresenta maior pressão de vapor.
0,5 mo / L  1,0 mol de partículas em 1 L
(0,5 mol de Ag e 0,5 mol de NO3 ).

Conclusão:

O ponto de congelação da solução [IV] é o mais baixo de


todas as soluções dadas, pois possui maior número de
partículas em relação às outras soluções.
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curva II.

.
b) Como a solução B apresenta menor pressão de
vapor, concluímos que possui maior quantidade de 17. a) 1,6 L
partículas de soluto do que a solução A.
b) As células do sangue tem maior pressão osmótica, por
No processo de osmose o solvente migrará do meio isso receberão água da solução injetada. a células inchará
de maior pressão de vapor A, para o meio de menor devido a entrada de solvente.
pressão de vapor B.

Resposta da questão 16:


Resposta da questão 18:
a) Cálculo da massa de cloreto de cálcio utilizada
na preparação da solução I: [D]

A solução I tem 500 mL de volume e concentração A injeção de água destilada no sangue provoca a elevação
de 0,1 mol.L–1. da pressão de vapor do solvente, ou seja, da água e
consequentemente uma absorção excessiva deste composto
1000 mL (solução) 0,1 mol (CaC pelas hemácias, provocando um inchaço e,
2)
consequentemente, a morte das hemácias.
500 mL (solução) nCaC 2
nCaC 2
 0,05 mol Resposta da questão 19:
mCaC 2
 0,05  111  5,55 g
[A]
b) Teremos:
Solução I (500 mL de solução de cloreto de cálcio Líquido A : 0,01M  2  0,02 mol / L
0,1 mol.L–1)
Líquido B : H2O( )
CaC 2  Ca2  2C 
Líquido C : 0,01M  1  0,01 mol / L
0,05 mol 0,05 mol 2  0,05 mol
Líquido D : H2O( )
0,15 mol de partículas

Os líquidos B e D não irão sofrer abaixamento na sua


Solução II (500 mL de solução de glicose 0,2
pressão de vapor, pois o volume não influencia na pressão
mol.L–1)
de vapor. Assim teremos:
1000 mL (solução) 0,2 mol (glicos e)
PD  PB  PC  PA
500 mL (solução) nglicos e
nglicos e  0,10 mol Resposta da questão 20:
(C6H12O6 )1  1 C6H12O6 [A]

0,10 mol 0,10 mol Assumindo que os dois compostos têm 100% de
0,10 mol de partículas solubilidade em água, o KC pode produzir a mesma
Conclusão: a solução II é mais concentrada do que diminuição de temperatura que o NaC , pois
a solução I. apresenta o mesmo número de mols de partículas
(dissolução iônica) e consequentemente o mesmo
Como a solução II é mais concentrada do que a efeito crioscópico.
água, sua curva aparece logo abaixo da curva da
água. Já a solução I é mais concentrada do que a
solução I, por isso sua curva aparece abaixo da

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NaC  Na  C  O item A não está correto, pois se o soro fisiológico tivesse
a mesma concentração molar do sangue em relação ao NaCl,
(2 mols de partículas) o soro teria o dobro da concentração molar do sangue em
KC  K   C  relação aos íons, pois o NaCl se dissocia totalmente em Na+
e Cl-, ou seja, o fator de Van’t Hoff (i) é igual a 2. Como o
(2 mols de partículas)
NaCl é um composto iônico, temos que considerar
.
21. [C] 22. [A] 23. [C] molaridade total dos íons!
24. [E] 25. 07 26. [E]
Resposta da questão 35:
27. [D] 28. [D] 29. [D]
[D]
Resposta da questão 30:
O solvente migra do meio menos concentrado (maior
[D] pressão de vapor) para o meio mais concentrado (menor
pressão de vapor).
π  MR  T i pvapor do copo 1  pvapor do copo 2
M  concentração molar água solução
pura 0,3 mol /L
3
m 100  10
M    1,22  102 mol / L
MM  V 164  50  103 Conclusão: com o decorrer do tempo, o volume do copo 1
diminui e o do copo 2 aumenta.

π  1,22  102  0,082  (273  50)  3


π  0,969 atm

Resposta da questão 31:

[E]

Quanto maior o número de partículas presente na solução,


maior sua temperatura de ebulição, ou efeito coligativo.

32.
a) A pressão osmótica é maior quando o número de
partículas na solução é maior.
Número de partículas na solução de glicose em um litro:
0,30 mol.
Número de partículas na solução de NaCØ em um litro: 0,30
mol.
Número de partículas na solução de K‚Cr‚O‡ em um litro:
0,30 mol.
Como o número de partículas é o mesmo a pressão
osmótica dessas soluções é igual.
b) Sim. Porque a pressão de vapor dessas soluções é menor
do que a da água pura.
33.
a) IV < II < I < III b) C = 5,8 g/L

Resposta da questão 34:

[C]

Soluções isotônicas apresentam a pressão osmótica próxima


a do sangue, por isso podem ser utilizadas para reposição de
eletrólitos perdidos pelo corpo.

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MÓDULO 05
TERMOQUIMICA
1. Natureza da Energia e Tipos de Energia

"Energia" é um termo muito usado, que representa um conceito abstrato. Por exemplo, quando nos
sentimos cansados, podemos dizer que não temos energia; por outro lado, ouvimos falar da necessidade
de encontrarem alternativas para os recursos energéticos não renováveis. Ao contrário da matéria, a
energia é reconhecida por seus efeitos, e não podemos vê-Ia, tocá-la, cheirá-la ou pesá-la.
A energia normalmente é definida como a capacidade de realizar trabalho. Definimos trabalho como
"força X distância", entretanto, veremos, em breve, que há outros tipos de trabalho. Todas as formas de
energia são capazes de gerar trabalho (isto é, de exercer uma força ao longo de uma distância), mas nem
todas são igualmente relevantes para a química. A energia das marés, por exemplo, pode ser controlada
para produzir trabalho útil, porém, a relação entre as marés e a química é pequena. Os químicos definem
trabalho corro a variação de energia diretamente resultante de um processo. A energia cinética - energia
produzida por um objeto em movimento - é uma forma de energia com interesse especial para os
químicos. Outras formas são energia radiante, energia térmica, energia química e energia potencial.
A energia radiante, ou energia solar, provém do Sol e é a fonte de energia primária da Terra. A
energia solar aquece a atmosfera e a superfície da Terra. estimula o crescimento da vegetação pelo
processo conhecido como fotossíntese e influencia os padrões climáticos globais.
Energia térmica é a energia associada ao provimento randômico dos átomos e das moléculas. Em
geral, pode ser calculada a partir de medidas de temperatura. Quanto mais intenso for o movimento dos
átomos e das moléculas em uma amostra de matéria mais quente essa se tornará e maior será sua
energia térmica. Contudo, precisamos fazer uma distinção cuidadosa entre energia térmica e temperatura.
Uma xícara de café a 70°C está a uma temperatura mais elevada que uma banheira cheia de água quente
a X10°C, mas há muito mais energia térmica armazenada na água da banheira porque o seu volume e a
sua massa são muito maiores que os do café, e, consequentemente, se há mais moléculas de água,
maior é o movimento molecular.
Energia química é uma forma de energia ar-mazenzada dentro das unidades estruturais das
substâncias químicas; sua quantidade é determinada pelo tipo e arranjo dos átomos na substância
considerada. Quando as substâncias participam de reações químicas, a energia química é liberada,
armazenada ou convertida em outras formas de energia.
Energia potencial é a energia disponível couro consequência da posição de um objeto. Por
exemplo, por causa da sua altitude, uma rocha no alto de um penhasco tem maior energia potencial e
deve provocar maior impacto ao cair dentro da água do que uma rocha semelhante colocada no meio do
penhasco. A energia química pode ser considerada uma forma de energia potencial porque está
associada às posições relativas e aos arranjos dos átomos que compõem uma dada substância.
Todas as formas de energia podem ser interconvertidas (pelo menos, em princípio). Sentimo-nos
quentes quando estamos expostos ao Sol, pois a energia solar radiante se transforma em energia térmica
na nossa pele. Quando praticamos exercício físico, a energia química armazenada nos nossos corpos é
usada para produzir energia cinética. Quando uma bola começa a rolar ladeira abaixo, a sua energia
potencial é convertida em energia cinética. É possível, sem dúvida. dar muitos outros exemplos. Embora
a energia possa assumir formas diferentes e interconvertíves, os cientistas chegaram à conclusão de que
ela não pode ser destruída nem criada. Quando uma forma de energia desaparece, outra (de igual
grandeza) deve aparecer, e vice-versa. Esse princípio é conhecido como a lei da conservação da energia:
a quantidade total de energia no universo é sempre constante.
À medida que a água passa pela barragem.

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À sua energia potencial é convertida em energia cinética.


Essa energia é usada para gerar eletricidade e denomina-se energia hidroelétrica.

2. Variações de Energia em Reações Químicas

As variações de energia que ocorrem durante as reações químicas frequentemente, apresentam tanto
interesse prático quanto as relações de massa discutidas no Capítulo 3. Por exemplo, na vida cotidiana,
a importância da realização de reações de combustão a partir do gás natural e do petróleo deve-se em
maior parte à liberação de energia térmica do que à formação dos produtos água e dióxido de carbono.
Quase todas as reações químicas absorvem ou produzem (liberam) energia, geralmente na forma
de calor. É importante compreender a distinção entre energia térmica e calor. Calor é a transferência de
energia térmica entre dois corpos que estão a temperaturas diferentes. Falamos muitas vezes em "fluxo
de calor" de um objeto quente para um objeto frio. Embora o termo "calor" implique transferência de
energia, costumamos falar em "calor absorvido" ou "calor liberado" quando descrevemos variações de
energia que ocorrem em um processo. A área de estudo das variações de calor que ocorrera nas reações
químicas chama-se termo química.
Para analisarmos as variações de energia associadas às reações químicas, temos primeiro de
definir o sistema, ou seja, a parte específica do universo que nos interessa. Para os químicos, um sistema
geralmente inclui substâncias envolvidas em transformações químicas e físicas. Por exemplo. em um
experimento de neutralização ácidobase, o sistema pode ser um béquer contendo 50 mL de HCl ao qual
se adicionaram 50 mL de NaOH. O restante do universo fora do sistema designa-se vizinhança.
Há três tipos de sistemas. Um sistema aberto pode trocar massa e energia, geralmente na forma de
calor, com a vizinhança. Por exemplo, um sistema aberto pode consistir em certa quantidade de água
dentro de um recipiente aberto, como mostrado na Figura 1(a). Se fecharmos o frasco, como na Figura
1(b), de modo que o vapor d'água não possa escapar do recipiente nem condensar-se dentro dele,
criamos um sistema fechado que permite transferência de energia (calor), mas não de massa. Se colocar-
mos água em um recipiente totalmente isolado, construímos um sistema isolado que não permite
transferência de massa nem de energia, como mostrado na Figura 1(c).
A combustão do gás hidrogênio em oxigênio é uma das muitas reações químicas que liberam
quantidades consideráveis de energia:

2H2 (g)  O2 (g)  2H2O(l)  energia

Nesse caso, a mistura reacional (moléculas de hidrogênio; oxigênio e água) é chamada de sistema
e o restante do universo, de vizinhança. Uma vez que a energia não pode ser criada nem destruída,
qualquer energia perdida pelo sistema deve ser adquirida pela vizinhança. Então, o calor produzido no
processo de combustão é transferido do sistema para a vizinhança. Essa reação é um exemplo de
processo exotérmico, que é qualquer processo que libera calor, isto é, transfere energia térmica para o
meio exterior.
Considere, agora, outra reação, a decomposição do óxido de mercúrio(II) (HgO) em temperaturas
elevadas:
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energia + 2HgO(s)  2Hg(l) + O2(g)

Três sistemas constituídos por água dentro de um frasco: (a) um sistema aberto que permite
transferência de massa e de energia com a vizinhança; (b) um sistema fechado que permite
transferência de energia, mas não de massa; e (c) um sistema isolado que não permite transferência de
massa nem de energia (aqui o frasco está envolvido por uma câmara de vácuo).

O desastre do Hindenburg. O Hindenburg, um dirigível alemão preenchido com hidrogênio, foi destruído
por um incêndio de grandes proporções em Lakehurst, Nova Jersey, em 1937.

Essa reação é um exemplo de processo endotérmico, no qual calor tem de ser fornecido ao sistema (isto
é, ao HgO) pela sua vizinhança.
Nas reações exotérmicas, a energia total dos produtos é menor do que a energia total dos reagentes.
Essa diferença corresponde ao calor fornecido pelo sistema à vizinhança. Acontece exatamente o
contrário para as reações endotérmicas. Nesse caso, a diferença de energia entre os produtos e os
reagentes é igual ao calor fornecido ao sistema pela vizinhança.
• Endotérmico: absorve calor da vizinhança.
• Exotérmico: transfere calor para a vizinhança.
• Uma reação endotérmica mostra-se fria.

• exemplo de uma reação endotérmica:


• 2 NH4SCN(s) + Ba(OH)2.8H2O(s)  Ba(SCN)2(aq) + 2 NH3(aq) + 10 H2O(l)
• 6CO2 + 6H2O + energia solarC6H12O6 + 6O2
• Uma reação exotérmica mostra-se quente.

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• exemplo de uma reação exotérmica:


• 2Al(s) + Fe2O3(s)  Al2O3(s) + 2 Fe(l).
• CH4(g) + 2O2(g)  CO2(g) + 2H2O(g) + calor

3. Entalpia de Reações

A maior parte das reações consiste em processos que ocorrem a pressão constante; nesses casos,
podemos igualar a troca de calor à variação da entalpia. Para qualquer reação do tipo

reagentes  produtos

definimos a variação de entalpia, denominada entalpia de reação,  H, como a diferença entre as


entalpias dos produtos e às entalpias dos reagentes:

 H = H(produtos) - H(reagentes) (9)

A entalpia de reação pode ser positiva ou negativa, dependendo do processo. Para um processo
endotérmico (em que ocorre absorção de calor peló sistema a partir da vizinhança),  H é positivo (isto
é,  H > 0). Para um processo exotérmico (em que ocorre liberação de calor pelo sistema para a
vizinhança),  H é negativo (isto é,  H < 0).
Por analogia, a variação da entalpia pode ser analisada da mesma forma que a variação de saldo
no extrato de uma conta bancária. Suponha que o saldo inicial seja R$ 100. Depois de uma transação
(depósito ou saque), a variação do saldo bancário, AX, é dada por

 X = Xfinal – Xinicial

em que X representa o saldo bancário. Se for efetuado um depósito de R$ 80 na conta, então  X = R$


180 - R$ 100 = R$ 80. Esse exemplo corresponde ao que ocorre no caso de uma reação endotérmica.
(O saldo aumenta e a entalpia do sistema, também.)
No entanto, um saque de R$ 60 significa  X = R$ 40 - R$ 100 = -R$ 60. 0 sinal negativo de AX indica
que o saldo diminuiu. Analogamente, um valor negativo de  H reflete uma diminuição na entalpia do
sistema, como consequência de um processo exotérmico. A diferença entre essa analogia e a Equação
(9) é que, enquanto o saldo bancário exato é sempre conhecido, não há como saber os valores das
entalpias de cada produto e de cada reagente. Na prática, apenas a diferença entre esses valores pode
ser medida.
Apliquemos agora a ideia de variações de entalpia a dois processos comuns, o primeiro envolvendo
uma transformação física e o segundo, uma transformação química.
• Quando H é positivo, o sistema ganha calor da
vizinhança.
• Quando H é negativo, o sistema libera calor para a
vizinhança.

3.1. Equações Termoquímicas

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A 0°C e à pressão de 1 atm, o gelo se funde, gerando água no estado líquido. Medidas experimentais,
mostram que, nessas condições, para cada mol de gelo convertido em água líquida, o sistema (gelo)
absorve 6,01 quilojoules (kJ) de energia térmica. Sendo a pressão constante, o calor transferido é igual à
variação de entalpia,  H. Além disso, trata-se de um processo endotérmico, conforme é esperado para
uma transformação que envolve absorção de energia como é a fusão do gelo [Figura 5(a)].
Consequentemente, o valor de  H tem sinal positivo. A equação para essa transformação física é

H2O(s)  H2O(l)  H = 6,01 kJ/mol

O aparecimento de "por mol" na unidade de  H significa que se trata de uma variação de entalpia por
mol de reação (ou de processo), tal conto está escrito, isto é, para a conversão de 1 mol de gelo em 1
mol de água no estado líquido.
Um outro exemplo é a combustão do metano (CH4), o componente principal do gás natural:

CH4(g) + 2O2(g)  CO2(g) + 2H2O(l)  H = -890,4 kJ/mol

De acordo com nossa experiência sabemos que a combustão do gás natural libera calor para a
vizinhança, sendo assim é um processo exotérmico. Sob pressão constante esse calor transferido é igual
à variação de entalpia e  H deve ter sinal negativo [(Figura 5(b)]. Mais uma vez, a unidade "por mol" de
reação para  H significa que quando 1 mol de CH4 reage com 2 mol de O2 para gerar 1 mol de CO2, e 2
mol de H2O líquida, são liberados 890,4 kJ de calor para a vizinhança.
As equações para a fusão do gelo e para a combustão do metano são exemplos de equações
terrnoquímnicas, que mostram as variações da entalpia assim como as

Figura 5 - (a) A fusão de 1 mol de gelo a 0°C (processo endotérmico) resulta em um aumento de 6,01 kJ
na entalpia do sistema. (b) A combustão de 1 mol de metano em oxigênio gasoso (processo exotérmico)
resulta em uma diminuição de 890,4 kJ na entalpia do sistema.

relações de massa. É essencial apresentar uma equação já balanceada ao citara variação da entalpia de
uma reação. Os pontos que se seguem são úteis para escrever e interpretar equações termoquímicas:

1. Ao escrevermos equações termoquímicas, devemos sempre especificar os estados físicos de todos


os reagentes e produtos, porque esses ajudam a determinar as variações reais da entalpia. Por
exemplo, na equação da combustão do metano, se indicarmos o vapor d'água em vez de água líquida
como um dos produtos,

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CH4(g) + 2O2(g)  CO2(g) + 2H2O(g)  H = -802,4 kJ/mol

a variação da entalpia será igual a -802,4 kJ em vez de -890,4 kJ, pois são necessários 88.0 kJ para
converter 2 mols de água líquida em vapor d'água, isto é,

2H2O(l)  2H2O(g)  H = 88,0 kJ/mol

2. Se multiplicarmos os membros de ambos os lados de uma equação termoquímica por um fator n,


então o valor de  H também deve variar de acordo com o mesmo fator. Assim, para a fusão do gelo,
se n = 2, temos

2H2O(s)  2H2O(l)  H = 2(6,01 kJ/mol) = 12,0 kJ/mol


3. Quando invertemos uma equação, mudamos os papéis dos reagentes e dos produtos. Como
consequência, o valor de  H para a equação permanece o mesmo, mas o seu sinal muda. Por
exemplo, se uma reação consome energia térmica da vizinhança (é endotérmica), então a reação
inversa deve liberar energia térmica de volta para a vizinhança (isto é, deve ser exotérmica) e a
expressão da variação da entalpia deve também mudar de sinal. Dessa forma, invertendo os
processos da fusão do gelo e da combustão do metano, temos as seguintes equações termoquímicas

H2O(1)  H2O(s)  H = -6,01 kJ/mol


CO2(g) + 2H2O(l)  CH4(g) + 2O2(g)  H = 890,4 kJ/mol

e um processo que era endotérmico passa a ser exotérmico e vice-versa.

EXEMPLO 1
Dada a equação termoquímica

1
SO2(g) + O2(g)  SO3(g)  H = -99,1 kJ/mol
2

calcule o calor liberado quando 74,6 g de SO2 (massa molar = 64,07 g/mol) se convertem em SO3.
Estratégia A equação termoquímica mostra que para cada mol de SO 2 queimado são liberados 99,1 kJ
de calor (observe o sinal negativo). Por conseguinte, o fator de conversão é

99,1kJ
1molSO2

Quantos mols de SO2 existem em 74,6 g de SO2? Qual é o fator de conversão entre gramas e mols?

Solução

Precisamos calcular, em primeiro lugar, o número de mols de SO2 contidos em 74,6 g do composto e
determinar, então, quantos quilojoules são produzidos pela reação exotérmica. A sequência de
conversões é a seguinte:

gramas de SO2  mols de SO2  quilojoules de calor gerado

112
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Consequentemente, o calor produzido é dado por

1molSO2 99,1kJ
74,6g SO2 x x  115kJ
64,07 gSO2 1molSO2

Verificação Uma vez que 74,6 g é maior que a massa molar do SO 2, espera-se que o calor liberado seja
maior que -99,1 kJ. O sinal negativo indica que essa reação é exotérmica.

3.2. Reação Exotérmica


É aquela que produz ou libera calor.
Em uma reação exotérmica, o calor flui do sistema para o meio ambiente.

Reagentes libera
 calor
 produtos + calor
Hr (maior) Hp (menor)
H = Hp – Hr
Hp < H r
H < 0

O sinal negativo no H indica que a reação é exotérmica, portanto libera calor.

1
Ex.: H2(g) + O2(g)  H2O(l) H = – 68,3Kcal
2
1
H2(g) + O2(g)  H2O(l) + 68,3 Kcal
2
1
H2(g) + O2(g) – 68,3 Kcal  H2O(l)
2

3.2.1. Gráfico de uma reação exotérmica

1
Ex.: H2(g) + O2(g)  H2O(l) H = – 68,3 Kcal/mol
2

H = Hp – Hr
Hp < Hr
H < 0
Reação exotérmica.

3.3. Reação Endotérmica


É aquela que absorve calor.
Em uma reação endotérmica, o calor flui do meio ambiente para o sistema.
113
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absorv e calor
Reagentes    produtos – calor
Hr (menor) Hp(maior)
 H = H p – Hr
Hp > H r
H > 0

O sinal positivo no H indica que a reação é endotérmica, portanto absorve calor:

Ex.: N2(g) + O2(g)  2NO(g) H = + 43Kcal


N2(g) + O2(g)  2NO(g) – 43 Kcal
N2(g) + O2(g) + 43 Kcal  2NO(g)

3.3.1. Gráfico de uma reação endotérmica

1
Ex.: H2O(l)  H2(g) + O2(g) H = + 68,3 Kcal/mol
2

H = Hp = Hr
Hp > Hr
H > O
Reação endotérmica

4. Fatores que influenciam o valor de H

4.1. Quantidade de reagentes e produtos


Ex.: 2H2(g) + 1O2(g)  2H2O(i) H = - 571,6 KJ
Multiplicando a equação por 2:

4H2(g) + 2O2(g)  4H2O(l) H = – 1143,2 KJ


Dividindo a equação inicial por 2:

H2(g) + 1/2O2(g)  H2O(l) H = – 285,8 KJ

Conclusão:
Se a equação for multiplicado ou dividido por um número, o mesmo acontecerá com a quantidade
de calor.

4.2. Influências do estado físico de reagentes e produtos


A mudança no estado físico de um ou mais participantes da reação pode alterar o valor de H,
como veremos no exemplo a 25ºC e 1 atm.

114
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H2(g) + ½ O2(g)  H2O(V) H1 = – 58,12 kcal/mol


H2(g) + ½ O2(g)  H2O(l) H2 = – 68,56 kcal/mol
H2(g) + ½ O2(g)  H2O(s) H3 = – 70,00 kcal/mol

• H2O(l)  H2O(v) H° = +44,00 kJ.mol-1


• H2O(s)  H2O(l) H° = +6,01 kJ.mol-1
• H2O(s)  H2O(v) H° = +50,01 kJ.mol-1

4.3. Influência da alotropia (estado alotrópico)


Alotropia: É o fenômeno em que um mesmo elemento químico forma substâncias simples
diferentes.
Elemento Alótropos
Grafite*
Diamante
Carbono Fulerenos
Nanotubos
Grafenos
Oxigênio (O2)*
Oxigênio
Ozônio (O3)
Vermelho *
Fósforo
Branco
Rômbico*
Enxofre
Monoclínico
* Alótropo mais estável, portanto de menor entalpia

Observe a estrutura espacial dos três alótropos do carbono:

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GRAFITE DIAMANTE FULERENO


Ex.; C(grafite) + O2(g)  CO2(g) H1 = – 94,0 Kcal
C(diamante) + O2(g)  CO2(g) H2 = – 94,5 Kcal

4.4. Influência da temperatura na qual a reação ocorre


Mudanças na temperatura influenciam o grau de agitação das
moléculas, ou seja, seu conteúdo de energia (entalpia).
Ex. 1:
H2(g) + 1/2O2(g)  H2O(g) H = – 57,78 Kcal (18ºC)
H2(g) + 1/2O2(g)  H2O(g) H = – 57,79 kcal (25ºC)

Ex. 2:
1Fe2O3(s) + 3H2(g)  2Fe(s) + 3H2O(l) H = – 35,1 Kcal (25ºC)
1Fe2O3(s) + 3H2(g)  2Fe(s) + 3H2O(l) H = – 29,7 KJ (85ºC)

4.5. Influenciam da dissolução


Quando uma substância é dissolvida em uma solvente, essa dissolução é acompanhada de uma
variação no conteúdo energético. O fenômeno pode ser endotérmico ou exotérmico. À medida que se
aumenta a quantidade de solvente (água), o calor liberado ou absorvido tende a se tornar constante, ou
seja, o H correspondente recebe o nome de entalpia ou calor de solução ou entalpia ou calor de
dissolução.
A dissolução de uma substância em um solvente qualquer é acompanhada de liberação ou
absorção de energia. Essa energia envolvida na dissolução é somada a energia envolvida na reação.

H2(g) + Cl2(g)  2HCl(g) ∆Ha = - 184,9 kJ


H2(aq) + Cl2(aq)  2HCl(aq) ∆Hb = - 335,6 kJ

4.6. Influência da pressão

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A influência da pressão sobre o H de reações que envolvem sólidos e líquidos é muito pequena,
praticamente desprezível. Mesmo em reações que envolvem substâncias no estado gasoso, a influência
da pressão é pequena, só tendo importância prática em pressões muitíssimo elevadas. Como de um
modo geral a grande maioria das reações são realizadas sob pressão ambiente, não devemos levar em
consideração a sua influência sobre o H dessas reações.

5. Entalpia-Padrão de Formação e de Reação

• Se existe mais de um estado para uma substância sob condições padrão, o estado mais estável é
utilizado.
• A entalpia padrão de formação da forma mais estável de um elemento é zero.
• H2(g) H=0 C(grafite) H=0 O2(g) H=0 S(rômbico) H=0
• H2(l) H≠0 C(diamante) H ≠0 O3(g) H ≠0 S(monoclínico) H ≠ 0

Exceção:
• P(branco) ; menos estável; estado-padrão; H=0
• P(vermelho); mais estável; H≠0

A Equação (9) nos diz que  H também pode ser calculado se soubermos os valores reais das
entalpias de todos os reagentes e produtos. Porém, como já foi dito, não existe maneira de medir o valor
absoluto da entalpia de uma substância, apenas valores relativos a uma referência arbitrária podem ser
determinados. Esse problema é semelhante ao que os geógrafos encontram quando querem especificar
as altitudes de determinados vales ou montanhas. Em vez de tentarem inventar uma escala "absoluta"
de altitude (baseada talvez na distância a partir do centro da Terra?), eles entraram em acordo para que
todas as alturas e profundidades geográficas sejam expressas em relação ao nível do mar, uma referência
arbitrária cuja altitude é definida como "zero' metro. Do mesmo modo, os químicos concordaram em
admitir um ponto de referência arbitrário para a entalpia.
O ponto de referência equivalente ao "nível do mar" para as expressões de entalpia chama-se
entalpia padrão deformação ( Hf ). Diz-se que as substâncias estão no estado-padrão a 1 atm, e daí se
o

origina o termo "entalpia-padrão. O sobrescrito indica que a medida foi feita nas condições-padrão (1
atm), e o subscrito 'f' significa formação. Por convenção, a entalpia-padrão de foração de qualquer
elemento na sua fornia mais estável é zero. Considere o elemento oxigênio, por exemplo. O oxigênio
molecular (O 2) é mais estável do que sua correspondente forma alotrópica, o ozônio (O 3), a 1 atm e 25°C.
Dessa forma, podemos escrever Hf (O2) = 0, mas Hf (O3)  0. De um modo semelhante, considerando
o o

as formas alotrópicas do carbono, temos que a grafite é mais estável que o diamante, a 1 atm e 25°C, e
desse modo Hf (C, grafite) = 0 e Hf (C, diamante)  0. Com base nessa descrição para os elementos,
o o

podemos agora definir a entalpia-padrão de formação de um composto como a transferência de calor que
ocorre quando 1 rnol do composto é formado a partir de seus elementos à pressão de 1 atm. A Tabela
6.4 apresenta uma lista das entalpias -padrão de formação para vários elementos e compostos. Observe
que embora não haja especificação de temperatura para o estadopadrão, usaremos sempre valores de
Hof medidos a 25°C em nossas discussões, uma vez que a maioria do dados da termodinâmica é
coletada a essa temperatura.

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• Exemplos:
• 2C(grafite) + 3H2(g) + ½ O2(g)  C2H5OH(l) Hf°+ -277,7 kj
• ½ H2(g) + ½ N2(g) + 3/2 O2(g)  HNO3(l) Hf°+ -173,2 kj
• ½ H2(g) + ½ O2(g)  H2O(l) Hf°+ -285,9 kj

• Exemplos: (calores de formação endotérmicos)


• 6C(grafite) + 3H2(g)  C6H6(l) Hf°= +49,0 kj
• 2C(grafite) + H2(g)  C2H2(g) Hf°= +226,8 kj
• 2C(grafite) + 2H2(g)  C2H4(g) Hf°= +52,3 kj

• ½ N2(g) + ½ O2(g)  NO(g) Hf°= +90,4 kj


• ½ N2(g) + O2(g)  NO2(g) Hf°= +33,8 kj
• N2(g) + ½ O2(g)  N2O(g) Hf°= +81,6 kj
• N2(g) + 2O2(g)  N2O4(g) Hf°= +9,7 kj
• N2(g) + 5/2 O2(g)  N2O5(g) Hf°= +11,0 kj

• Exemplos: (calor de formação de substâncias simples)


• C(grafite)  C(diamantte) Hf° > 0
• 2/3O2(g)  O3(g) Hf° > 0
• S(rômbico)  S(monoclínico) Hf° > 0
• (+ estável) (- estável)

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• P(branco)  P(vermelho) Hf°< 0


(- estável) (+ estável)

A importância das entalpias-padrão de formação é que, uma vez conhecidos os seus valores,
podemos prontamente calcular a entalpia-padrão de reação, Hreac , definida como a entalpia de uma
o

reação realizada à pressão de 1 atm. Por exemplo, considere a reação hipotética

aA + bB  cC + dD

em que a, b. c e d são os coeficientes estequiométricos. Para essa reação, Hreac é dado por
o

Hreac
o
 cHof  C   dHof D    aHof  A   bHof B   (17)

Podemos generalizar a Equação (6.17) como:

Hreac
o
  nHof produtos   nHof reagentes (18)

na qual m e n representam os coeficientes estequiométricos para os reagentes e os produtos e  (sigma)


significa "o somatório de". Observe que nos cálculos os coeficientes estequiométricos são apenas
números, desprovidos de unidades.
O valor de Hreac pode ser calculado por meio da Equação (18), somente se os valores de Hf dos
o o

compostos que participam na reação forem conhecidos. Existem dois métodos que podem ser aplicados
para determinar esses valores: o método direto e o método indireto.

5.1. O Método Direto (Calor de Formação das substâncias)


Esse método de medida de Hf aplica-se a compostos que podem ser prontamente sintetizados a partir
o

dos seus elementos. Suponha que queiramos saber qual é a entalpia de formação do dióxido de carbono.
Devemos medir a entalpia da reação que ocorre entre o carbono (grafite) e o oxigênio molecular, nos
seus estados-padrão, produzindo dióxido de carbono. também no estado-padrão:

C(grafite) + O2(g)  CO2(g) Hreac


o
= -393,5 kJ/mol

Conforme sabemos, experimentalmente, essa reação se completa. Assim, com base na Equação (6.17),
podemos escrever

Hreac = Hf (CO2, g) – [ Hf (C, grafite) + Hf (O2, g)]


o o o o

= -393,5 kJ/mol

Como tanto a grafite como o 02 são formas alotrópicas elementares estáveis, Hf (C, grafite) e Hf (O2,g)
o o

são iguais a zero. Portanto,

Hreac = Hf (CO2, g) = -393,5 kJ/mol


o o

ou
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Hof (CO2, g) = -393,5 kJ/mol


Note que o fato de considerarmos o valor arbitrário zero para o âHf de cada elemento na sua forma mais
estável, no estado-padrão, não afeta de modo algum os nossos cálculos. Lembre-se de que em
termoquímica estamos interessados apenas nas variações de entalpia já que esses valores podem ser
determinados experimentalmente, ao contrário dos valores absolutos da entalpia. A escolha do zero como
"nível de referência" do valor de entalpia facilita os cálculos. Referindo-nos novamente à analogia com a
altitude terrestre, verificamos que a altitude do Monte Evereste é 2.654 m maior do que a do Monte
McKinley. Essa diferença não é afetada pela decisão de fixar o nível do mar a 0 m ou a 300 m.
Outros compostos que podem ser estudados pelo método direto são SF 6, P4O10 e CS2. As equações
que representam as suas obtenções são

S(ortorrômbico) + 3F2(g)  SF6(g)


P4(branco) + 5O2(g)  P4O10(s)
C(grafite) + 2S(ortorrômbico)  CS2(l)

Observe que S(ortorrômbico) e P(branco) são as formas alotrópicas mais estáveis, respectivamente, dos
elementos enxofre e fósforo, a 1 atm e 25°C e, portanto, os correspondentes valores de Hf são iguais
o

a zero.

5.2. O Método Indireto (Lei de Hess)


Há muitos compostos que não podem ser sintetizados diretamente a partir dos seus elementos. Em
alguns casos as reações se processam muito lentamente, em outros, ocorrem reações paralelas que
produzem substâncias diferentes do composto desejado. Nesses casos, o Hf pode ser determinado por
o

uma aproximação indireta baseada na lei de Hess do somatório de calores, ou simplesmente lei de Hess,
instituída pelo químico suíço Germain Hess. A lei de Hess pode ser enunciada do seguinte modo: quando
os reagentes são convertidos em produtos, a variação de entalpia é a mesma quer a reação se dê em
uma única etapa ou em uma série de etapas. Em outras palavras, se conseguirmos quebrar a reação de
interesse em uma série de reações cujos valores de Hreac possam ser medidos, poderemos calcular o
o

valor de Hreac para a reação global. A lei de Hess baseia-se no fato de H ser uma função do estado, e
o

assim,  H depende apenas dos estados inicial e final (isto é, apenas da natureza dos reagentes e dos
produtos). A variação da entalpia será a mesma quer a reação total ocorra em uma única etapa ou em
muitas etapas.

Figura 9
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A variação de entalpia para a formação de 1 mol de CO2 a partir de grafite e 0, pode ser quebrada em
duas etapas de acordo com a lei de Hess.

A seguir temos uma analogia para a lei de Hess. Suponha que subamos de elevado] do primeiro ao
sexto andar de um edifício. O ganho na nossa energia potencial gravitacional (que corresponde à variação
de entalpia para o processo global) é o mesmo se fore mos diretamente para o sexto andar ou se pararmos
em cada andar durante o nosso percurso de subida (subdividindo o percurso em uma série de etapas).
Suponha que estejamos interessados na entalpia-padrão de formação do monóxidc de carbono
(CO). Podemos representar a reação como

1
C(grafite) + O2(g)  CO(g)
2

No entanto, a queima da grafite também produz dióxido de carbono (CO2) e por issc não podemos medir
diretamente a variação de entalpia para o CO com base na reaçãc acima. Em vez disso, podemos
empregar uma rota indireta baseada na lei de Hess. E possível realizar separadamente, duas reações
completas,
(a) C(grafite) + O2(g)  CO2(g) Hreac
o
= -393,5 kJ/mol
1
(b) CO(g) + O2(g)  CO2(g) Hreac
o
= -283,0 kJ/mol
2
Primeiro, invertemos a equação (b) para obter
1
(c) CO2(g)  CO(g) + O2(g) Hreac = +283,0 kJ/mol
o
2
Como as equações químicas podem ser adicionadas ou subtraídas da mesma forme que equações
algébricas, podemos realizar as operações (a) + (c), obtendo
(a) C(grafite) + O2(g)  CO2(g) Hreac
o
= -393,5 kJ/mol
1
(c) CO2(g)  CO(g) + O2(g) Hreac = +283,0 kJ/mol
o
2
_______________________________________________
1
(d) C(grafite) + O2(g)  CO(g) Hreac
o
= -110,5 kJ/mol
2

Portanto Hf (CO) = -110,5 kJ/mol. Retomando, vemos que a reação global é a de formação de CO 2
o

[Equação (a)], que pode ser quebrada em duas partes [Equações (d e (b)]. A Figura 9 mostra o esquema
global do nosso procedimento.
A regra geral para a aplicação da lei de Hess é arranjar uma série de equações quími cas
(correspondendo a uma série de etapas) de tal forma que, quando somadas, todas a espécies se
cancelem com exceção dos reagentes e dos produtos que fazem parte d; reação global. Isso significa
que nos interessam os elementos à esquerda da seta e o com posto desejado à direita da seta. Muitas
vezes será necessário multiplicar algumas ou to das as equações que representam as etapas individuais,
por coeficientes apropriados.

EXEMPLO 2
Calcule a entalpia-padrão de formação do acetileno (C2H2) a partir dos seus elementos:

2C(grafite) + H2(g)  C2H2(g)


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As equações para cada etapa e as correspondentes variações de entalpia são


(a) C(grafite) + O2(g)  CO2(g) Hreac
o
= -393,5 kJ/mol
1
(b) H2(g) + O2(g)  H2O(g) Hreac
o
= -285,8 kJ/mol
2
(c) 2C2H2(g) + 5O2(g)  4CO2(g) + 2H2O(l) Hreac
o
= -2598,8 kJ/mol

Estratégia
O nosso objetivo nesse caso é calcular a variação de entalpia para a formação de C 2H2 a partir dos seus
elementos C e H. Porém, a reação não ocorre diretamente, por isso devemos recorrer ao método indireto
usando a informação fornecida pelas Equações (a), (b) e (c).

Solução
Na síntese de C2H2 são necessários 2 mols de grafite como reagente. Assim, multiplicamos a Equação
(a) por 2 para obter
(d) 2C(grafite) + 2O2(g)  2CO2(g) Hreac
o
= 2(-393.5 kJ/mol)
= -787,0 kJ/mol

Em seguida, será necessário 1 mol de H, como reagente. que é fornecido pela Equação (b). Por último,
é preciso produzir 1 mol de C2H2. Na Equação (c) tem-se 2 mols de C2H2 como reagente, então temos de
inverter a equação e dividi-la por 2:
5 1
(e) 2CO2(g) + H2O(l)  C2H2(g) + O2(g) Hreac =
o
(2598,8 kJ/mol)
2 2
= 1299.4 kJ/mol

Adicionando as Equações (d), (b) e (e). obtemos

2C(grafite) + 2O2(g)  2CO2(g) Hreac


o
= -787,0 kJ/mol
1
H2(g) + O2(g)  H2O(l) Hreac
o
= -285,8 kJ/mol
2
5
2CO2(g) + H2O(l)  C2H2(g) + O2(g) Hreac
o
= 1299,4 kJ/mol
2
___________________________________________________________
2C(grafite) + H2(g)  C2H2(g) Hreac
o
= 226,6 kJ/mol

Portanto, o Hf = Hreac = 226,6 kJ/mol. O valor de Hf indica que quando 1 mol de C2H2 é sintetizado
o o o

a partir de 2 mols de C (grafite) e 1 mol de H2. 226.6 kJ de calor são absorvidos pelo sistema reacional a
partir da vizinhança. Consequentemente, o processo é endotérmico.
CS2(l) + 3O2(g)  CO2(g) + 2SO2(g) Hreac
o
= -1073,6 kJ/mol

EXEMPLO 3
O pentaborano-9, B5H9, é um líquido incolor e muito reativo que pode inflamar-se produzindo uma chama
ou até mesmo explodir quando exposto ao oxigênio. A reação é

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2B5H9(I) + 12O2(g)  5B2O3(s) + 9H2O(I)

Nos anos 1950, o pentaborano-9 foi considerado um combustível potencial para foguetes uma vez que
produz grande quantidade de calor por grama. Porém, a ideia foi abandonada porque o B2O3 sólido, que
se forma na combustão do B5H9, é um abrasivo, que poderia destruir rapidamente o tubo de descarga do
foguete. Calcule o calor liberado (em quilojoules) quando um grama de composto reage com o oxigênio.
A entalpia-padrão de formação do B5H9 é 73,2 kJ/mol.

Estratégia
A entalpia de uma reação é a diferença entre o somatório das entalpias dos produtos e o somatório das
entalpias dos reagentes. A entalpia de cada espécie (reagente ou produto) é dada pelo produto do
coeficiente estequiométrico pela entalpia-padrão de formação da espécie.

Solução
Usando os valores de Hf , podemos escrever
o

Hreac = [5 Hf (B2O3) + 9 Hf (H2O)] - [2 Hf (B5H9) + 12 Hf (O2)]


o o o o o

= [5(-1263,6 kJ/mol)+ 9(-285,8 kJ/mol)] - [2(73,2 kJ/mol) + 12(0 kJ/mol)]


= - 6318,0 kJ – 2572,2 kJ – 146,4 kJ
= -9036,6 kJ
Este é o calor lierado na combustão de 2 mols de B5H9 que reagiram.

para converter essa razão em kJ/g B5H9. A massa molar de B5H9 é 63,12 g, então

- 9036,6 kJ -------- 2 mols de B5H9

- 9036,6 kJ ---------2 x 63,12g


X kJ -------------------1g

X= - 71,58 kJ/g B5H9

6. Calor de Combustão
É a energia de envolvida na combustão total de 1,0 mol de um combustível.
O comburente utilizado geralmente é o gás oxigênio.
• 1C3H8(g) + 5O2(g)  3CO2(g) + 4H2O(l) H = -2.220 kJ.mol-1
• 1C4H10(g) + 13/2O2(g)  4CO2(g) + 5H2O(l) H = -2.874 kJ.mol-1
• 1C5H12(g) + 8 O2(g)  5CO2(g) + 6H2O(l) H = -3.537 kJ.mol-1
• 1C2H5OH(l) + 3O2(g)  2CO2(g) + 3H2O(l)H = - 1.368 kJ.mol-1
• 1C(grafite) + O2(g)  CO2(g) H = - 393,5 kJ.mol-1
• 1H2(g) + ½ O2(g)  H2O(l) H = -286 kJ.mol-1

7. Entalpias de Neutralização

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É o calor liberado na reação de 1 mol de íons H +(aq) com 1 mol de íons OH-(aq) na formação de
1 mol de H2O(l);

1 H+(aq) + 1 OH-(aq)  1 H2O(l) H = -58 kj/mol = -13,8 kcal/mol

HCl(aq) + NaOH(aq)  NaCl(aq) + H 2O(l) H = -58 kj/mol


HBr(aq) + KOH(aq)  KBr(aq) + H2O(l) H = -58 kj/mol
H2SO4(aq) + 2 NaOH(aq) Na2SO4(aq) + 2 H2O(l) H = -116 kj
½ H2SO4(aq) + NaOH(aq)  ½Na2SO4(aq) + 1 H2O(l) H = -58 kj/mol
Quando o ácido ou a base ou ambos são fracos, além da reação de neutralização dos íons H +(aq)
com os íons OH-(aq) na formação de H2O(l), ocorrem também outras reações como solvatação e hidrólise.
HCN(aq) + NaOH(aq)  NaCN(aq) + H2O(l) H = -2,8 kcal/mol
H3CCOOH(aq) + NH4OH(aq)  H3CCOONH4(aq) + H2O(l) H = -12,0 kcal/mol

8. Energia de Ligação

• Energia de ligação: é a energia necessária para romper 1 mol de ligações de uma substância na fase
gasosa, sob pressão constante.
• A quebra de uma ligação é sempre um fenômeno endotémico;
• A formação de uma ligação é sempre um fenômeno exotérmico;

Uma medida da estabilidade de uma molécula é a sua energia de ligação, definida como a variação de
entalpia necessária para quebrar uma ligação em 1 mol de moléculas no estado gasoso. (As energias de
ligações em sólidos e líquidos são influenciadas pelas moléculas vizinhas.) Por exemplo a energia de
ligação determinada experimentalmente para a molécula de hidrogênio, diatômica, é a seguinte:

H2(g) → H(g) + H(g) ∆H° = 436,4 kJ/mol

Essa equação indica-nos que a quebra das ligações covalentes em 1 mol de moléculas de H 2 no estado
gasoso requer a energia de 436,4 kJ/mol. Para a molécula de cloro, que é menos estável,

Cl2(g) → Cl(g) + Cl(g) ∆H° = 242,7 kJ/mol

As energias de ligação também podem ser medidas diretamente para moléculas que contêm elementos
diferentes, tal como o HCl,

HCI(g) → H(g) + Cl(g) ∆H° = 431,9 kJ/mol

e para moléculas que apresentam ligações duplas e triplas:

O2(g) → O(g) + O(g) ∆H° = 498,7 kJ/mol


N2(g) → N(g) + N(g) ∆H° = 941,4 kJ/mol

Medir as forças de ligações covalentes em moléculas poliatômicas é mais complicado. Por exemplo, as
medidas mostram que a energia necessária para quebrar a primeira ligação O–H é diferente daquela
necessária para quebrar a segunda ligação O—H na molécula de H2O:

H2O(g) → H(g) + OH(g) ∆H° = 502 kJ/mol

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OH(g) → H(g) + O(g) ∆H°= 427 kJ/mol

Em cada caso, é quebrada uma ligação O – H, mas a primeira etapa é mais endotérmica do que a
segunda. A diferença entre os dois valores de H° sugere que a segunda ligação O – H sofre influência
das variações do ambiente químico.

Podemos compreender agora por que as energias das ligações O – H, em duas moléculas diferentes tais
como o metanol (CH3OH) e a água (H2O) não são iguais: os seus ambientes químicos são diferentes.
Portanto, para moléculas poliatômicas temos de considerar a energia média de ligação. Por exemplo,
podemos medir as energias de ligações O – H para de moléculas poliatômicas diferentes e obter a energia
média da ligação O – H dividindo a soma das energias de ligação por 10. A Tabela 9.2 mostra as energias
médias de ligação de várias moléculas diatômicas e poliatômicas. Como foi afirmado anteriormente, as
ligações triplas são mais fortes do que as ligações duplas, as quais, por sua vez, são mais fortes do que
as ligações simples.

8.1. Utilização de Energias de Ligação em Termoquímica


Comparando as mudanças termoquímicas que ocorrem durante algumas reações, verificamos a
ocorrência de uma grande variação de entalpia ao considerar diferentes reações. Por exemplo, a
combustão do gás hidrogênio na presença de oxigênio gasoso é razoavelmente exotérmica:

H2 (g)  21 O2 (g)  H2O(l) H  285,8kJ/mol

Por outro lado, a formação da glicose (C6H12O6) a partir de água e dióxido de carbono, realizada de modo
eficiente pela fotossíntese, é altamente endotérmica:

6CO2(g) + 6H2O(l) → C6H12O6(s) + 6O2(g) ∆H° = 2801 kJ/mol

Podemos explicar essas variações se considerarmos a estabilidade das moléculas de cada reagente e
de cada produto. Afinal, a maioria das reações químicas envolve a quebra e a formação de ligações.
Dessa forma, o conhecimento das energias de ligação e, portanto, da estabilidade das moléculas nos dá
alguma indicação sobre a natureza termoquímica das reações que as moléculas sofrem.

Em muitos casos, é possível prever a entalpia de reação aproximada, utilizando as energias médias de
ligação. Como toda quebra de ligação química requer energia e toda formação de ligação química é
sempre acompanhada de liberação de energia, podemos estimar a entalpia de uma reação contando o
número total de ligações quebradas e formadas na reação e registrando todas as variações de energia
correspondentes. A entalpia de reação na fase gasosa é dada por

H  EL(reagentes)  EL(produtos)


 energia total fornecida  energia total liberada

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em que EL representa a energia média de ligação e é o somatório. A Equação (9.1), tal como está escrita,
considera a convenção do sinal para ∆H°. Assim, se a energia total fornecida for maior do que a energia
total liberada, ∆H° é positivo e a reação é endotérmica. Por outro lado, se a liberação for maior do que a
absorção de energia, ∆H° é negativo e a reação é exotérmica (Figura 9.6). Se todas as moléculas, dos
126
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reagentes e dos produtos, forem diatômicas, a Equação (9.1) fornecerá resultados precisos porque as
energias de ligação de moléculas diatômicas são conhecidas com precisão. Se algumas ou todas as
moléculas dos reagentes e produtos forem poliatômicas, a Equação (9.1) fornecerá somente resultados
aproximados, uma vez que as energias de ligação usadas nos cálculos são energias médias.

EXEMPLO 4
Calcule a variação de entalpia para a combustão do hidrogênio gasoso:

2H2(g) + O2(g) → 2H2O(g)

Estratégia: Observe que H2O é uma molécula poliatômica e que precisamos utilizar o valor da energia
média para a ligação O – H.
Solução: Construímos a seguinte tabela:

Tipos de ligações Número de ligações Energia de ligação Variação de energia


quebradas Quebradas (Kj/mol) (kJ/mol)
H – H (H2) 2 436,4 872,8
O=O 1 498,7 498,7

Tipos de ligações Número de ligações Energia de ligação Variação de energia


formadas Formadas (Kj/mol) (kJ/mol)
O – H (H2O) 4 460 1840
Em seguida, obtemos a energia total fornecida e a energia total liberada:
energia total fornecida = 872,8 kJ/mol + 498,7 kJ/mol = 1371,5 kJ/mol
energia total liberada = 1840 kJ/mol
Utilizando a Equação (9.1), temos

∆H° = 1371,5 kJ/mol – 1840 kJ/mol = –469 kJ/mol

Esse resultado é apenas uma estimativa, pois a energia da ligação O – H é uma quantidade média.
Alternativamente, podemos utilizar a Equação (6.18) e os dados do Apêndice 2 para calcular a entalpia
de reação:

H  2Hf (H2O)  [2Hf (H2 )  Hf (O2 )]


 2( 241,8kJ/ mol)  0  0
 483,6kJ/ mol

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9. Calorimetria

No laboratório, as trocas de calor em processos físicos e


químicos são medidas com um calorímetro, um recipiente
fechado projetado especificamente para esse fim. Como o
estudo sobre calorimetria, isto é, a medida das trocas de calor,
depende da compreensão dos conceitos de calor específico e
capacidade calorífica, vamos começar por considerar essas
duas grandezas.

9.1. Calor Específico e Capacidade Calorífica


O calor específico (c) de uma substância é a quantidade de calor necessária para elevar de um grau
Celsius a temperatura de um grama da substância. A capacidade calorífica (C) de uma substância é a
quantidade de calor necessária para elevar de um grau Celsius a temperatura de dada quantidade da
substância. O calor específico é uma propriedade intensiva enquanto a capacidade calorífica é uma
propriedade extensiva. A relação que existe entre a capacidade calorífica e o calor específico de uma
substância é

C = ms

em que m é a massa da substância em gramas. Por exemplo, o calor específico da água é 4,184 J/g . °C
e a capacidade calorífica de 60,0 g de água é

(60,0 g)(4,184 Jig . °C) = 251 J/°C

Observe que as unidades do calor específico são J/g . °C e da capacidade calorífica, J/°C. A Tabela 2
mostra os calores específicos de algumas substâncias comuns.
Se conhecermos o calor específico e a massa de uma substância, a variação da temperatura da
amostra (  t) nos indicará a quantidade de calor (q) que foi absorvida ou liberada em determinado
processo. A equação para calcular o calor transferido é a seguinte:

q = ms  t
q=C t

em que nt é a massa da amostra e t é a variação de temperatura:

 t = tfinal – tinicial

Os sinais de q seguem a mesma convenção utilizada para a variação de entalpia: q é positivo para
processos endotérmicos e negativo para processos exotérmicos.

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EXEMPLO 5

Uma amostra de 466 g de água é aquecida de 8,50°C a 74,60°C. Calcule a quantidade de calor (em
quilojoules) absorvida pela água.

Estratégia Sabemos qual a quantidade e qual o calor específico da água. Com essa informação e
considerando o aumento de temperatura, podemos calcular a quantidade de calor absorvida (q).

Solução
Usando a Equação (6.12), podemos escrever

q = ms  t
= (466 g)(4,184 J/g . °C)(74,60°C - 8.50°C)
1kJ
= 1.29 x 105J x
1000J
= 129 kJ

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TERMOQUÍMICA de combustão que ocorre pode ser representada,


Exercícios de Aprendizagem simplificadamente, pela seguinte equação:

01. (Ufc ) O besouro bombardeiro ('Brachinus') repele seus H‚N - NH‚(g) + O‚(g) ë N‚(g) + 2 H‚O(g)
predadores ao expelir substâncias químicas na forma de um
"spray químico". Este inseto possui glândulas na A variação de entalpia dessa reação pode ser estimada a
extremidade do seu abdômen, as quais contêm dois partir dos dados de entalpia das ligações químicas
compartimentos. Um destes contém uma solução aquosa de envolvidas. Para isso, considera-se uma absorção de energia
hidroquinona, C†H„(OH)‚, e peróxido de hidrogênio, H‚O‚, quando a ligação é rompida, e uma liberação de energia
e o segundo compartimento contém uma mistura de enzimas. quando a ligação é formada. A tabela abaixo apresenta dados
Quando ameaçado, o besouro comprime as glândulas, de entalpia por mol de ligações rompidas.
provocando a mistura das substâncias contidas nos
compartimentos, permitindo que se processe a seguinte
reação química exotérmica:

a) Represente as fórmulas moleculares e empíricas,


respectivamente, para os reagentes e produtos químicos
desta reação.

b) Com base nas reações dadas a seguir, calcule a variação a) Calcule a variação de entalpia para a reação de combustão
de entalpia da reação I. de um mol de hidrazina.
b) Calcule a entalpia de formação da hidrazina sabendo-se
II- C†H„(OH)‚(aq) ë C†H„O‚(aq) + H‚(g); ÐH(II)=177kJ que a entalpia de formação da água no estado gasoso é de -
III- H‚O(Ø) + 1/2 O‚(g) ë H‚O‚(aq); ÐH(III)=94,6kJ 242 kJ mol-1.
IV-H‚(g) + 1/2 O‚(g) ë H‚O(Ø) ; ÐH(IV)=-286kJ
04. (Unicamp) A variação de entalpia de uma reação
c) Esboce um gráfico para ilustrar o perfil energético da na fase gasosa, ÐHr, pode ser obtida indiretamente
reação, destacando a função das enzimas na reação I por duas maneiras distintas: 1) pelas diferenças entre
as entalpias de formação, ÐHf, dos produtos e dos
02. (Ufc) Dadas as reações: reagentes; 2) pela diferença entre as entalpias de
I. H‚(g) + CØ‚(g) ë 2HCØ(g) ligação, ÐHØ, das ligações rompidas e das ligações
II. N‚(g) + 3H‚(g) ë 2NHƒ(g) formadas.
e as energias de ligação: Considerando a reação e as tabelas a seguir:

a) Determine o ÐH para as reações I e II.


b) Baseado apenas nos valores de ÐH, qual das reações é
mais favorável.

03. (Unicamp) A hidrazina (H‚N-NH‚) tem sido utilizada


como combustível em alguns motores de foguete. A reação
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Dados:
a) Determine o valor de ÐHr. 2 H2S  g  3 O2  g  2 SO2  s   2 H2O  
b) Calcule a entalpia de formação para o HƒCCØ(g).
H  1124 kJ
3 S  s   2 H2O    2 H2S  g  SO2  g
05. (Ufc) A quantidade de energia liberada na queima de
combustíveis é denominada entalpia de combustão. As H  233 kJ
entalpias de combustão de algumas substâncias são dadas na
tabela I. Para comparar a eficiência da combustão de A seguir, são apresentadas quatro afirmativas associadas à
diferentes combustíveis, são necessárias especificações de contaminação do petróleo e do gás natural brutos com o H2S.
algumas condições.
I. O tipo de processamento dado ao petróleo e ao gás natural
Substância Entalpia de combustão Densidade pode contribuir para a formação da chuva ácida.
(kj.mol-1) (g/mL) II. A oxidação do H2S com agentes oxidantes, como
Hidrogênio, H2 - 286 0,07 (*) oxigênio, no tratamento do petróleo é um dos principais
fatores que tem comprometido a existência da camada de
Metanol, - 726 0,79
ozônio.
CH3OH
III. O sulfato de cálcio (CaSO4) e/ou o sulfato de bário
Etanol, - 1367 0,80
(BaSO4), presente(s) em sedimentos marinhos, serve(m)
C2H5OH
2
Octano, C8H18 - 5470 0,70 como fonte natural de SO 4 para os mecanismos de
(*) calculada com o gás a 0°C geração de H2S que se misturam ao petróleo.
IV. Quando 16 kg de enxofre são produzidos, de acordo com
Identifique, dentre as substâncias relacionadas na tabela I, a a equação I, a variação de entalpia para a reação e a
que teria a maior eficiência nas seguintes situações: quantidade de calor produzido no tratamento oxidativo
a) aplicações nas quais o uso da menor massa do combustível do H2S com o oxigênio são, respectivamente,
é o mais importante requerimento, por exemplo, nos foguetes H  530 kJ e 1,3 x 105 kJ.
espaciais. Justifique.
b) aplicações nas quais o uso do menor volume do Considerando as informações contidas no texto e o
combustível é o mais importante requerimento, conhecimento acerca das temáticas envolvidas, está
por exemplo, nos veículos automotores. Justifique. CORRETO apenas o que se afirma em
a) I e II.
06. (Upe) Um dos contaminantes do petróleo e do gás b) II e III.
natural brutos é o H2S. O gás sulfídrico é originário de c) III e IV.
processos geológicos, baseados em diversos mecanismos d) I, III e IV.
físico-químicos ou microbiológicos, os quais necessitam de: e) II, III e IV.
uma fonte de enxofre, por exemplo, íons sulfato; um
mediador, como as bactérias ou as elevadas temperaturas de 07. (Unifesp) A explosão da nitroglicerina, C3H5(NO3)3,
subsuperfície, e um agente catalisador cuja presença alterará explosivo presente na dinamite, ocorre segundo a reação:
a velocidade da reação de oxi-redução da matéria-orgânica.
Um dos processos tecnológicos para a remoção do H2S no 4C3H5 NO3 3    12CO2  g  10H2O  g  6N2  g  O2  g
petróleo se baseia na sua reação com o oxigênio, conforme
indicado na equação (I).
São fornecidas as seguintes informações:
2 H2S  g  O2  g  2 S  s   2 H2O   l 
–400
Entalpia de formação de CO2 gasoso
No entanto, com base na premissa econômica, é comum o kJ.mol–1
lançamento contínuo de baixos teores de H2S diretamente na –240
Entalpia de formação de H2O gasoso
atmosfera, sem tratamento que acabam reagindo na kJ.mol–1
atmosfera e retornando ao ambiente sob forma de SO2, Entalpia de formação de C3H5(NO3)3 –365
conforme mostra a equação II, indicada a seguir: líquido kJ.mol–1
Volume molar de gás ideal a 0°C e 1 atm
22,4 L
H2S  g  O3  g  SO2  g  H2O   II de pressão

Mainier, F. B.; Rocha, A.A. H2S: novas rotas de remoção Considerando que ocorra a explosão de 1 mol de
química e recuperação de enxofre. 2º Congresso Brasileiro nitroglicerina e que a reação da explosão seja completa,
de P&D em Petróleo & Gás (Adaptado) calcule:
a) o volume de gases, medido nas condições normais de
pressão e temperatura.
b) a entalpia da reação, expressa em kJ.mol–1.

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08. (Ita ) A 25°C e pressão de 1atm, a queima completa a) Complete o esquema da figura com a fórmula estrutural
de um mol de n-hexano produz dióxido de carbono e de cada um dos alcenos que faltam. Além disso, ao lado de
água no ESTADO GASOSO e libera 3883kJ, enquanto cada seta, coloque o respectivo ÐH de hidrogenação.
a queima completa da mesma quantidade de n- b) Represente, em uma única equação e usando fórmulas
heptano produz as mesmas substâncias no ESTADO moleculares, as reações de combustão completa dos três
GASOSO e libera 4498kJ. alcenos isoméricos.
a) Escreva as equações químicas, balanceadas, para c) A combustão total de cada um desses alcenos também leva
as reações de combustão em questão. a uma variação negativa de entalpia. Essa variação é igual
b) Utilizando as informações fornecidas no enunciado para esses três alcenos? Explique.
desta questão, faça uma estimativa do valor do calor
de combustão do n-decano. Deixe claro o raciocínio
utilizado na estimativa realizada.
c) Caso a água formada na reação de combustão do
n-hexano estivesse no ESTADO LÍQUIDO, a
quantidade de calor liberado seria MAIOR, MENOR
OU IGUAL a 3883kJ? Por quê?

09. (Fuvest ) Considere os dados da figura 1:


a) Qual dos alcenos (A ou B) é o mais estável? Justifique. TERMOQUÍMICA
Neste caso, considere válido raciocinar com entalpia. A Exercícios de Fixação
desidratação de álcoois, em presença de ácido, pode produzir
uma mistura de alcenos, em que predomina o mais estável. 01. (Enem 2011) Um dos problemas dos combustíveis que
b) A desidratação do álcool da figura 2 , em presença de
contêm carbono é que sua queima produz dióxido de
ácido, produz cerca de 90% de um determinado alceno. Qual carbono. Portanto, uma característica importante, ao se
deve ser a fórmula estrutural desse alceno? Justifique. escolher um combustível, é analisar seu calor de combustão
( hc o ) , definido como a energia liberada na queima
completa de um mol de combustível no estado padrão. O
quadro seguinte relaciona algumas substâncias que contêm
carbono e seu Hc o .

Substância Fórmula Hc o (kJ/mol)


benzeno C6H6 ( ) - 3 268
etanol C2H5OH ( ) - 1 368
glicose C6H12O6 (s) - 2 808
metano CH4 (g) - 890
octano C8H18 ( ) - 5 471

10. (Fuvest) O 2-metilbutano pode ser obtido pela


hidrogenação catalítica, em fase gasosa, de qualquer dos Neste contexto, qual dos combustíveis, quando queimado
completamente, libera mais dióxido de carbono no
seguintes alcenos isoméricos:
ambiente pela mesma quantidade de energia produzida?
a) Benzeno.
2-metil-2-buteno + H‚ ë 2-metilbutano b) Metano.
ÐH1 = - 113 kJ/mol c) Glicose.
d) Octano.
e) Etanol.
2-metil-1-buteno + H‚ ë 2-metilbutano
ÐH‚ = - 119 kJ/mol
02. (Ufrn) Numa universidade do Nordeste, pesquisadores da
3-metil-1-buteno + H‚ ë 2-metilbutano área de produtos naturais chegaram a uma importante
ÐHƒ = - 127 kJ/mol descoberta: partindo da fermentação do suco de certa espécie
de cacto comum na caatinga, obtiveram álcool isopropílico

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(CHƒCHOHCHƒ) a baixo custo. Em princípio, esse álcool composto, em massa, por 96% da substância etanol e 4%
pode ser convertido em acetona (CHƒCOCHƒ), pelo processo de água, a quantidade aproximada de calor liberada pela
abaixo, com rendimento de 90%, nas condições dadas. combustão completa do combustível deste veículo será de

Dados: massas atômicas: C  12 u ; O  16 u ; H  1u

A partir de 30g de isopropanol, a massa de propanona obtida a) 2,11 105 kJ


e o calor absorvido no processo são, mais aproximadamente: b) 3,45  103 kJ
DADOS: Massas Molares (g/mol)
c) 8,38  105 kJ
H = 1,0
C = 12,0 d) 4,11 104 kJ
O = 16,0 e) 0,99  104 kJ
a) 52 g e 3,2 kJ
b) 29 g e 1,8 kJ 05. (Pucmg) Sejam dados os processos abaixo:
c) 26 g e 1,6 kJ I. Fe(s) ë Fe(Ø)
d) 54 g e 3,6 kJ. II. H‚O(Ø) ë H‚(g) + 1/2 O‚(g)
III. C(s) + O‚(g) ë CO‚(g)
IV. H‚O(v) ë H‚O(s)
03. (Fuvest) Os hidrocarbonetos isômeros antraceno e V. NHƒ(g) ë 1/2 N‚(g) + 3/2 H‚(g)
fenantreno diferem em suas entalpias (energias). Esta A opção que representa somente fenômenos químicos
diferença de entalpia pode ser calculada, medindo-se o calor endotérmicos é:
de combustão total desses compostos em idênticas condições a) I, II e V
de pressão e temperatura. Para o antraceno, há liberação de b) II e V apenas
7060 kJ mol-¢ e para o fenantreno, há liberação de 7040 kJ c) III e IV apenas
mol-¢. d) II, III e V
Sendo assim, para 10 mols de cada composto, a diferença de
entalpia é igual a
a) 20 kJ, sendo o antraceno o mais energético. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
b) 20 kJ, sendo o fenantreno o mais energético. Baseado no texto a seguir responda à(s) questão(ões).
c) 200 kJ, sendo o antraceno o mais energético.
Reações conhecidas pelo nome de Termita são
d) 200 kJ, sendo o fenantreno o mais energético. comumente utilizadas em granadas incendiárias para
e) 2000 kJ, sendo o antraceno o mais energético. destruição de artefatos, como peças de morteiro, por
atingir temperaturas altíssimas devido à intensa
4. (Espcex (Aman) 2016) Quantidades enormes de energia quantidade de calor liberada e por produzir ferro
podem ser armazenadas em ligações químicas e a quantidade metálico na alma das peças, inutilizando-as. Uma
empírica estimada de energia produzida numa reação pode reação de Termita muito comum envolve a mistura
ser calculada a partir das energias de ligação das espécies entre alumínio metálico e óxido de ferro III, na
envolvidas. Talvez a ilustração mais próxima deste conceito proporção adequada, e gera como produtos o ferro
no cotidiano seja a utilização de combustíveis em veículos metálico e o óxido de alumínio, além de calor,
automotivos. No Brasil alguns veículos utilizam como conforme mostra a equação da reação:
combustível o Álcool Etílico Hidratado Combustível,
2 A (s)  Fe2O3 (s)  2 Fe (s)  A 2O3 (s)  calor
conhecido pela sigla AEHC (atualmente denominado
comercialmente apenas por ETANOL). Reação de Ter mi ta
Considerando um veículo movido a AEHC, com um
tanque de capacidade de 40 L completamente cheio, além Dados:
Massas atômicas: A  27 u; Fe  56 u e O  16 u
dos dados de energia de ligação química fornecidos e
admitindo-se rendimento energético da reação de 100%,
densidade do AEHC de 0,80 g / cm3 e que o AEHC é

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Entalpia Padrão de Formação:


0 1 08. (Uerj) As equações químicas a seguir representam
ΔH f A 2O3  1675,7 kJ  mol ;
reações de síntese, realizadas em diferentes condições, para
ΔH0f Fe2O3  824,2 kJ  mol1;
a obtenção de uma substância hipotética XY.
ΔH0f A 0  0 kJ  mol1; ΔH0f Fe0  0 kJ  mol1 I - X‚ (g) + Y‚ (g) ë 2 XY (Ø) + Q1
II - X‚ (g) + Y‚(g) ë 2 XY (s) + Q‚
06. (Espcex (Aman)) Considerando a equação de III - X‚ (g) + Y‚(g) ë 2 XY (g) + Qƒ
reação de Termita apresentada e os valores de Considere Q , Q‚ e Qƒ as quantidades de calor liberadas,
entalpia (calor) padrão das substâncias componentes respectivamente, nas reações I, II e III. A relação entre essas
da mistura, a variação de entalpia da reação de
Termita é quantidades está expressa na seguinte alternativa:
a) Q > Q‚ > Qƒ
0 b) Q‚ > Q > Qƒ
a) ΔH f  2111,2 kJ
c) Qƒ > Q > Q‚
0
b) ΔH f  1030,7 kJ d) Qƒ > Q‚ > Q
0
c) ΔH f  851,5 kJ
0
d) ΔH f  332,2 kJ TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O fosgênio é um gás extremamente venenoso, tendo sido
0
e) ΔH f  1421,6 kJ usado em combates durante a Primeira Guerra Mundial
como agente químico de guerra. É assim chamado porque foi
primeiro preparado pela ação da luz do sol em uma mistura
07. (Uel) No Brasil, são utilizados combustíveis obtidos de
dos gases monóxido de carbono (CO) e cloro (C 2 ),
diferentes fontes. Do petróleo são extraídos, por exemplo, o
conforme a equação balanceada da reação descrita a seguir:
propano, constituinte do gás de botijão, e o n-octano, CO(g)  C 2(g)  COC 2(g).
principal constituinte da gasolina. Da cana de açúcar é obtido
o etanol, empregado como combustível automotor. As
equações termoquímicas de combustão, não balanceadas, 9. (Espcex (Aman) 2015) Considerando os dados
dos combustíveis propano, n-octano e etanol são termoquímicos empíricos de energia de ligação das espécies,
respectivamente representadas por: a entalpia da reação de síntese do fosgênio é
CƒHˆ (g) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø)
Dados:
ÐH¡ = - 2.220 kJ/mol Energia de Ligação
745 kJ / mol
CˆHˆ (g) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø) 1080 kJ / mol
ÐH¡ = - 5.471 kJ/mol
328 kJ / mol
243 kJ / mol
C‚H…OH (Ø) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø)
ÐH¡ = - 1.368 kJ/mol
Com base nas fórmulas dos combustíveis e nas equações,
considere as afirmativas a seguir.
I. A soma dos coeficientes estequiométricos da reação de
combustão do etanol é 8.
a) 522 kJ
II. 50 g de n-octano libera maior quantidade de energia do
b) 78 kJ
que 100 g de propano.
c) 300 kJ
III. O propano e o n-octano são hidrocarbonetos saturados.
d) 100 kJ
IV. O n-octano é aquele que libera maior quantidade de
e) 141kJ
CO‚(g) por mol de combustível.
Estão corretas apenas as afirmativas:
10. (Ufc) Dentre as diversas alternativas de uso da energia
a) I e II.
solar, os denominados "aquecimentos solares ativos"
b) II e III.
baseiam-se nos efeitos térmicos originados das reações
c) III e IV.
químicas. Por exemplo, a reação reversível de formação do
d) I, II e IV.
sulfato de sódio decahidratado pode ser usada para estocar
e) I, III e IV.
energia solar. Em temperaturas acima de 32,3 °C, o sal
134
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hidratado absorve calor, liberando moléculas de água, 1


Composto Hoc (kJ mo )
formando solução concentrada do sal. Quando a temperatura
etanol 1370
cai abaixo de 32,3 °C, o sal é rehidratado e calor é liberado
da reação reversa.
gasolina 5464

A análise dessas informações permite concluir que a(o)


Na‚SO„.10H‚O (s) + calor ë Na‚SO„ (aq) + 10H‚O (Ø) __________ libera mais energia por mol de gás carbônico
produzido, sendo que o valor encontrado é de___________
Na‚SO„ (aq) + 10H‚O (Ø) ë Na‚SO„.10H‚O (s) + calor 1
kJ mo .
Os termos que completam, corretamente, as lacunas são
Assinale a alternativa correta. a) etanol, 685.
a) A eficiência na troca de calor durante o processo será tanto b) etanol, 1370.
maior quanto menores forem as variações de temperatura c) gasolina, 683.
experimentadas, T‚-T (T‚ > 32,3 °C > T). d) gasolina, 685.
b) Em temperaturas acima de 32,3 °C, as ligações químicas e) gasolina, 5464.
H-O são quebradas liberando calor.
c) O calor envolvido nas reações origina-se da quebra das 13. (Ufla) Com base no conceito de entalpia de formação (H)
ligações Na-S, S-O e da formação das ligações do sal e dado o diagrama de entalpia de formação de H‚O a seguir,
hidratado. a alternativa INCORRETA é
d) O processo reversível descrito é exotérmico em valores de
temperatura acima de 32,3 °C, tornando-se endotérmico em
temperaturas abaixo de 32,3 °C.
e) As variações de calor das reações originam-se da liberação
ou da absorção de água da rede cristalina do sal.

11. (Ufc) Dentre as diversas utilidades da água líquida, cita-


se sua elevada capacidade de extinguir incêndios, que é
decorrente, principalmente, do seu elevado calor de
vaporização (ÐH(vap) = 9,72 kcal/mol, a 100°C).
Assinale a alternativa correta.
a) O calor de vaporização de uma substância resulta do
rompimento das interações intermoleculares do estado a) a entalpia de formação de H‚O(s) é 42 kJ.
gasoso. b) o processo de formação de 1 mol de H‚O(l) libera 286 kJ
b) A evaporação de 18 g de água, a 100°C, libera 9.720 de energia.
calorias, acarretando o resfriamento da vizinhança. c) a quantidade de energia envolvida na formação de H‚O(l)
c) A evaporação de 1g de água, a 100°C, pode causar o depende da quantidade de reagente utilizado.
resfriamento da vizinhança, correspondente a 540 calorias. d) as substâncias simples H‚(g) e O‚(g) no estado padrão
d) O elevado calor de vaporização da água resulta do fato de possuem entalpia igual a zero.
ela ocupar maior volume no estado líquido do que no estado e) o calor liberado na solidificação do vapor d'água é 86 kJ.
sólido.
e) A evaporação de um líquido, por se constituir em um 14. (Ufmg) Combustíveis orgânicos liberam CO‚, em sua
fenômeno químico, envolve o rompimento de ligações combustão. O aumento da concentração de CO‚ na atmosfera
químicas. provoca um aumento do efeito estufa, que contribui para o
aquecimento do planeta. A tabela a seguir informa o valor
12. (Cefet MG 2015) Para diminuir o efeito estufa causado aproximado da energia liberada na queima de alguns
pelo CO2, emitido pela queima de combustíveis
combustíveis orgânicos, a 25°C.
automotivos, emprega-se um combustível que produza
menor quantidade de CO2 por kg de combustível
queimado, considerando-se a quantidade de energia liberada.
No Brasil, utilizasse principalmente a gasolina (octano) e o
etanol, cujas entalpias de combustão encontram-se
relacionadas na tabela seguinte.

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cristalino) é exotérmica.
II. O café aquece na reação da substância sólida com a água,
porque a variação da entalpia de hidratação é exotérmica.
III. O café aquece, porque a variação de entalpia da reação
de hidratação é maior do que a variação de entalpia do
reticulado.
Marque a opção correta.
a) apenas I é verdadeira.
O combustível que apresenta o maior quociente energia b) apenas II é verdadeira.
liberada/quantidade de CO‚ produzido é o c) apenas III é verdadeira.
a) metano. d) apenas I e II são verdadeiras.
b) etanol. e) apenas II e III são verdadeiras.
c) n-octano.
d) metanol. 17. (Pucrj 2015) O metanol é um álcool utilizado como
combustível em alguns tipos de competição automotiva, por
15. (Ufmg) A queima de metano na presença de oxigênio exemplo, na Fórmula Indy. A queima completa (ver reação
pode produzir duas substâncias distintas que contêm termoquímica abaixo) de 1 L de metanol (densidade
carbono: 0,80 g mL1) produz energia na forma de calor (em kJ) e
- monóxido de carbono, produzido pela combustão
CO2 (em gramas) nas seguintes quantidades
incompleta do metano; e
respectivamente:
- dióxido de carbono.
As equações químicas dessas reações são: 2 CH3OH( )  3 O2(g)  4 H2O( )  2 CO2(g) ;
Reação I
CH„ (g) + 3/2 O‚ (g) ë 2H‚O (g) + CO (g)
ΔH  1453 kJ
1
Reação II Considere: M(CH3OH)  32 g mol
CH„ (g) + 2O‚ (g) ë 2H‚O (g) + CO‚ (g)
Considerando-se essas reações, é CORRETO afirmar que M(CO2 )  44 g mol1
a) ambas são exotérmicas e a quantidade de calor liberado a) 18,2  103 e 1,1 103
em I é menor que em II. b) 21,3  103 e 0,8  103
b) ambas são endotérmicas e a quantidade de calor absorvido c) 21,3  103 e 1,1 103
em I é menor que em II. d) 18,2  103 e 0,8  103
c) ambas são endotérmicas e a quantidade de calor absorvido e) 36,4  103 e 1,8  103
em II é menor que em I .
d) ambas são exotérmicas e a quantidade de calor liberado 18. (Unicamp 2015) Hot pack e cold pack são dispositivos
que permitem, respectivamente, aquecer ou resfriar objetos
em II é menor que em I .
rapidamente e nas mais diversas situações. Esses
dispositivos geralmente contêm substâncias que sofrem
algum processo quando eles são acionados. Dois processos
16. (Ufpi) "Está chegando ao Brasil o café "hot when you bastante utilizados nesses dispositivos e suas respectivas
want" (quente quando quiser). Basta apertar um botão no energias estão esquematizados nas equações 1 e 2
apresentadas a seguir.
fundo da lata, esperar três minutos e pronto! Café quentinho
(a 60°C) por 20 minutos! Trata-se apenas de um NH4NO3 (s)  H2O( )  NH4  (aq)  NO3  (aq) ΔH  26 kJ mol1 1
compartimento no fundo da lata, que contém, 2  1
CaC 2 (s)  H2O( )  Ca (aq)  2C (aq) ΔH  82 kJ mol 2
separadamente, uma substância sólida de alto conteúdo
energético e água. Ao apertar o botão no fundo da lata, a De acordo com a notação química, pode-se afirmar que as
placa que separa essas duas substâncias se rompe e a reação equações 1 e 2 representam processos de
começa. O calor desprendido nesta é, então, aproveitado para
aquecer o café na parte superior da lata...". a) dissolução, sendo a equação 1 para um hot pack e a
equação 2 para um cold pack.
(Folha de São Paulo, 15/08/2002) b) dissolução, sendo a equação 1 para um cold pack e a
Com base no texto, analise as afirmativas abaixo. equação 2 para um hot pack.
I. A substância sólida possui elevado conteúdo energético, c) diluição, sendo a equação 1 para um cold pack e a equação
porque a variação de entalpia do reticulado (retículo 2 para um hot pack.
d) diluição, sendo a equação 1 para um hot pack e a equação
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2 para um cold pack. condições de pressão e temperatura, qual deles fornecerá


maior quantidade de energia na combustão? Justifique sua
19. (Ufsc) Grande parte da eletricidade produzida em nosso resposta a partir da hipótese de Avogadro para os gases.
planeta é gerada nas usinas termelétricas, que consomem b) Poder calorífico de um combustível pode ser definido
enormes quantidades de combustível para transformar a água como a quantidade de calor liberado por quilograma de
líquida em vapor de água. Esse vapor passa por uma turbina, material queimado. Calcule o poder calorífico do gás
gerando eletricidade. metano.
As equações termoquímicas a seguir representam a Massas molares:
combustão do carvão (C), gás natural (CH„) e gasolina metano = 16 g/mol
(CˆHˆ): butano = 58 g/mol
Calores de combustão (-ÐH):
I. C(s) + O‚(g) ë CO‚(g) + 393 kJ metano = 208 kcal/mol
II. CH„(g) + 2O‚(g) ë CO‚(g) + 2H‚O(l) + 888 kJ butano = 689 kcal/mol
III. CˆHˆ(l) + 25/2 O‚(g) ë 8CO‚(g) + 9H‚O(l) + 5.440 kJ
22. (Uel 2015) Um dos maiores problemas do homem, desde
Em relação aos três processos, assinale a(s) proposição(ões) os tempos pré-históricos, é encontrar uma maneira de obter
CORRETA(S). energia para aquecê-lo nos rigores do inverno, acionar e
(01) As equações I, II e III representam processos desenvolver seus artefatos, transportá-lo de um canto a outro
e para a manutenção de sua vida e lazer. A reação de
exotérmicos. combustão é uma maneira simples de se obter energia na
(02) As equações I, II e III representam processos forma de calor. Sobre a obtenção de calor, considere as
endotérmicos. equações a seguir.
(04) O gás natural deve ser utilizado preferencialmente, pois
polui menos. C(grafite)  O2 (g)  CO2 (g) ΔH  94,1kcal
(08) Para produzir a mesma quantidade de energia, a 1
H2O( )  H2 (g)  O2 (g) ΔH  68,3 kcal
quantidade de CO‚ lançada na atmosfera obedece à ordem 2
crescente: gasolina, carvão, gás natural. C(grafite)  2H2 (g)  CH4 (g) ΔH  17,9 kcal
(16) O gás natural libera maior quantidade de energia por
mol de CO‚ produzido. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o valor
do calor de combustão (ΔH) do metano (CH4 ) na equação
20. (Pucpr 2015) Um automóvel cujo consumo de etanol é a seguir.
de 10 Km / L de combustível roda em torno de 100 Km
CH4 (g)  2O2 (g)  CO2 (g)  2H2O(
por semana. O calor liberado pela combustão completa do )

etanol consumido em um período de 4 semanas é de, a) 212,8 kcal


aproximadamente: b) 144,5 kcal
c) 43,7 kcal
Dados:
d) 144,5 kcal
Calor de formação (KJ / mol)
e) 212,8 kcal
C2H5OH( )  278; H2O( )  286; CO2 (g)  394.
Densidade do etanol  0,8 Kg / L
23. (Fuvest ) As reações, em fase gasosa, representadas pelas
5
a) 1,9  10 KJ. equações I, II e III, liberam, respectivamente, as quantidades
5 de calor Q J, Q‚ J e Qƒ J, sendo Qƒ > Q‚ > Q.
b) 2,8  10 KJ.
I) 2NHƒ + 5/2O‚ ë 2NO + 3H‚O ÐH = - Q1J
5
c) 9,5  10 KJ. II) 2NHƒ + 7/2O‚ ë 2NO‚ + 3H‚O ÐH‚ = - Q‚J
5 III) 2NHƒ + 4O‚ ë N‚O… + 3H‚O ÐHƒ = - QƒJ
d) 5,6  10 KJ. Assim sendo, a reação representada por
4
e) 3,8  10 KJ. IV) N‚O… ë 2NO‚ +1/2O‚ ÐH„ será
a) exotérmica, com ÐH„ = (Qƒ - Q1)J.
21. (Fuvest) Os principais constituintes do "gás de lixo" e do b) endotérmica, com ÐH„ = (Q‚ - Q1)J.
"gás liquefeito de petróleo" são, respectivamente, o metano c) exotérmica, com ÐH„ = (Q‚ - Qƒ)J.
e o butano. d) endotérmica, com ÐH„ = (Qƒ - Q‚)J.
a) Comparando volumes iguais dos dois gases, nas mesmas e) exotérmica, com ÐH„ = (Q - Q‚)J.

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abaixo:
24. (Pucsp ) Dados: Entalpia de ligação
H - H = 435 kJ/mol CaO(s)  H2O( )  Ca(OH)2 (aq)
N - H = 390 kJ/mol H  20,4kcal / mol
A reação de síntese da amônia, processo industrial de grande
Considere que são necessários 0,3kcal de energia para se
relevância para a indústria de fertilizantes e de explosivos, é
representada pela equação elevar em 1C a temperatura de 300mL de água contida
N‚(g) + 3 H‚(g) ë 2 NHƒ(g) ÐH = - 90 kJ numa latinha de café “hot when you want” e que toda
energia liberada seja utilizada para aquecer a bebida.
A partir dos dados fornecidos, determina-se que a entalpia de
ligação contida na molécula de N‚ Qual a massa aproximada de óxido de cálcio (CaO) que
será utilizada na reação para que a temperatura da bebida
passe de 20C para 60C ?
é igual a
a) 33 g
a) - 645 kJ/mol
b) 0,014 g
b) 0 kJ/mol
c) 12 g
c) 645 kJ/mol
d) 0,82g
d) 945 kJ/mol
e) 1125 kJ/mol
27. (Ufpr) O etanol (C‚H…OH) é um combustível
amplamente utilizado no Brasil para abastecer o tanque de
25. (Pucrs 2015) O isoctano líquido (C8H18 ) e o gás
automóveis. Dados:
hidrogênio são importantes combustíveis. O primeiro está
presente na gasolina; o segundo, na propulsão de foguetes.
As entalpias aproximadas de formação do gás carbônico, do 2C(grafite) + 3H‚(g) + 1/2O‚(g) ë C‚H…OH(Ø) ÐH = -
vapor de água e do isoctano líquido (C8H18 ) são, 277,7 kJ
respectivamente, 393, 242 e 259 kJ / mol.
C(grafite) + O‚(g) ë CO‚(g) ÐH = -393,5 kJ
A partir desses dados, o calor liberado na combustão de 1 kg
de hidrogênio gasoso é, aproximadamente, ________ vezes H‚(g) + 1/2O‚(g) ë H‚O(g) ÐH = -285,8 kJ
maior do que o calor liberado na combustão de 1kg de
isoctano líquido. Sobre a combustão completa de 1 mol de etanol em oxigênio
a) 0,4 suficiente para formar CO‚(g) e H‚O(g), de acordo com a
b) 0,9 estequiometria, é correto afirmar:
c) 2,7 I. A variação de entalpia na reação de combustão é ÐH = -
d) 33,0 1366,7 kJ.
e) 53,2 II. A combustão completa de 1 mol de etanol exige 3/2 mol
de O‚(g).
26. (Uemg 2015) “Está chegando ao Brasil, o café “hot when III. Se a combustão for desenvolvida em um meio com
you want” (em português, “quente quando você quiser”), da
excesso de O‚(g), produzirá mais calor do que na presença
Nescafé, desenvolvido na Universidade de Southampton,
Inglaterra. Basta apertar um botão no fundo da lata, esperar de oxigênio estequiométrico.
IV. A variação de volume observada na transformação do
três minutos e pronto! Café quentinho (a 60C ) durante
etanol em água e gás carbônico é positiva nas C.N.T.P.
20 minutos! Mas, afinal, qual será a tecnologia de ponta do
V. A "Lei de Hess" determina que uma reação química pode
“hot when you want”? Apenas um compartimento no fundo
da lata que contém, separadamente, a cal viva (a mesma do ser descrita pela soma de duas ou mais reações adequadas.
fogo grego!) e a água. Ao apertar o botão no fundo da lata, a Assinale a alternativa correta.
placa que separa essas duas substâncias se rompe e a reação a) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
começa. O calor desprendido na reação é então aproveitado b) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
para aquecer o café na parte superior da lata. Simples, mas
c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
genial!”
d) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u1026 e) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
8.shtml. Acesso em 3/7/2014
28. (Ufrn) Alex, jogando futebol, sofreu uma luxação no
A reação e a energia envolvidas estão descritas na equação
tornozelo, sendo obrigado a imobilizá-lo com bota de gesso.
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Durante a aplicação da bandagem ortopédica devidamente moléculas de HBr e HI.


molhada, o estudante observou que, à medida que enxugava, III - Entre as moléculas gasosas H‚, O‚ e CØ‚, a molécula de
o gesso se aquecia. Na convalescença, aproveitando o tempo CØ‚ é a menos estável.
livre, Alex resolveu consultar seus livros de química. Daí IV - A reação H‚(g) + CØ‚(g) ë 2 HCØ(g) deve ser
descobriu que a cristalização do gesso ocorre com aumento endotérmica.
da água de hidratação e diminuição do conteúdo de energia, Quais estão corretas?
conforme a equação abaixo: a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
[CaSO„ . 1/2 H‚O](amorfo) + 3/2 H‚O(Ø) ë [CaSO„ . 2 c) Apenas II e III.
H‚O](cristal); ÐH¡ < 0 d) Apenas I, III e IV.
e) Apenas II, III e IV.
Continuando sua pesquisa bibliográfica, numa tabela
termoquímica, abaixo reproduzida, Alex encontrou os 30. (Uerj ) Mudanças de estado físico e reações químicas são
valores para os calores de formação padrão (ÐH¡ f) do gesso transformações que produzem variações de energia.
cristalizado (endurecido), do gesso amorfo (em pó) e da água As equações termoquímicas a seguir exemplificam algumas
líquida: dessas transformações e suas correspondentes variações de
energia ocorridas a 25°C e 1 atm.

I) H‚O (Ø) ë H‚O (v) ÐH = 44,0 kJ × mol­¢

II) C‚H…OH (Ø) ë C‚H…OH (v) ÐH = 42,6 kJ × mol-¢

Então, Alex calculou corretamente a quantidade de calor III) C‚H…OH (Ø) + 3O‚ (g)ë2CO‚(g) + 3 H‚O (Ø) ÐH =
liberada pelo processo de hidratação do gesso como sendo -x kJ × mol-¢
igual a
a) 733 kJ/mol IV) C‚H…OH (v) + 3O‚ (g)ë2CO‚(g) + 3 H‚O (v) ÐH =
b) 161 kJ/mol -y kJ × mol-¢
c) 18 kJ/mol
d) 876 kJ/mol a) Classifique a equação I quanto ao aspecto termoquímico e
identifique o tipo de ligação intermolecular rompida na
transformação exemplificada pela equação II.
29. (Ufrs ) A seguir é apresentado um quadro com algumas b) Com base na Lei de Hess, calcule a diferença numérica
Energias de Ligação no estado gasoso: entre a quantidade de calor liberada pela reação III e a
quantidade de calor liberada pela reação IV.

31. (Unicamp 2015) Um artigo científico recente relata um


processo de produção de gás hidrogênio e dióxido de
carbono a partir de metanol e água. Uma vantagem dessa
descoberta é que o hidrogênio poderia assim ser gerado em
um carro e ali consumido na queima com oxigênio. Dois
possíveis processos de uso do metanol como combustível
num carro – combustão direta ou geração e queima do
hidrogênio – podem ser equacionados conforme o esquema
abaixo:

CH3OH(g)  3 O2 (g)  CO2 (g)  2 H2O(g) combustã


2
o direta
CH3OH(g)  H2O(g)  CO2 (g)  3H2 (g) geração e
São feitas as seguintes afirmações:
queima de
I - É preciso mais energia para decompor a molécula de H2 (g)  1 O2 (g)  H2O(g) hidrogêni
2
oxigênio do que para decompor a molécula de nitrogênio. o
II - A molécula de HCØ deve ser mais estável do que as
De acordo com essas equações, o processo de geração e
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queima de hidrogênio apresentaria uma variação de energia água.


a) diferente do que ocorre na combustão direta do metanol, III. O etanol tem densidade energética maior que o metano e
já que as equações globais desses dois processos são hidrogênio, tornando-se mais vantajoso, sendo que sua
diferentes. queima libera dióxido de carbono e água.
b) igual à da combustão direta do metanol, apesar de as IV. O etanol tem a menor densidade energética, no entanto,
equações químicas globais desses dois processos serem é de grande interesse comercial e ambiental, pois é
diferentes. derivado de biomassa disponível no Brasil e sua
c) diferente do que ocorre na combustão direta do metanol, combustão libera somente água.
mesmo considerando que as equações químicas globais V. Somente hidrogênio e metano não são combustíveis
desses dois processos sejam iguais. fósseis, o que justifica a menor densidade energética
d) igual à da combustão direta do metanol, já que as equações destas substâncias, quando comparados aos demais
químicas globais desses dois processos são iguais. combustíveis da tabela.

32. (Ufrgs 2015) A reação de cloração do metano, em Assinale a alternativa correta.


presença de luz, é mostrada abaixo. a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Somente a afirmativa I é verdadeira.
CH4  C 2  CH3 C  HC H  25kcal  mol1 c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras.
Considere os dados de energia das ligações abaixo. e) Somente a afirmativa V é verdadeira.

34. (Enem 2015) O aproveitamento de resíduos florestais


C H  105kcal  mol1 vem se tornando cada dia mais atrativo, pois eles são uma
fonte renovável de energia. A figura representa a queima de
C  C  58kcal  mol1
um bio-óleo extraído do resíduo de madeira, sendo ΔH1 a
HC  103kcal  mol1 variação de entalpia devido à queima de 1 g desse bio-óleo,
resultando em gás carbônico e água líquida, e ΔH2, a
A energia da ligação C  C , no composto CH3 C , é variação de entalpia envolvida na conversão de 1 g de água
1
a) 33kcal  mol . no estado gasoso para o estado líquido.
b) 56kcal  mol1.
c) 60kcal  mol1.
d) 80kcal  mol1.
e) 85kcal  mol1.

33. (Udesc 2015) Previsões acerca da diminuição da oferta


de combustíveis fósseis impulsionam o desenvolvimento de
combustíveis alternativos de fácil obtenção, que liberam
grande quantidade de energia por grama de material,
conhecido como densidade energética, e cujos produtos
contribuem para a redução do impacto ambiental.

Entalpia de combustão
Combustível Hreação (kJ / mol)
hidrogênio, H2(g) 241,83
propano,
C3H8(g) 2.043,15
A variação de entalpia, em kJ, para a queima de 5 g desse
metano, CH4(g) 802,30
bio-óleo resultando em CO2 (gasoso) e H2O (gasoso) é:
etanol,
C2H5OH( 1.368,00 a) 106.
)
b) 94.
Com relação à tabela e às informações, analise as c) 82.
proposições. d) 21,2.
e) 16,4.
I. O combustível com maior densidade energética é o
hidrogênio, cuja combustão libera água.
II. O combustível com maior densidade energética é o 35. (Uece 2015) Em um laboratório de Química, foi
propano, cuja combustão libera dióxido de carbono e realizada uma experiência, cujo procedimento foi o seguinte:

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1. Colocou-se 30 m de água destilada em um béquer de 1C6H6 


15
O2  6CO2  3H2O hC  3268 kJ
capacidade de 100 m . 2
6 mols 3268 kJ (liberados)
2. Adicionou-se, neste mesmo béquer, 30 m de álcool
x mols 1000 kJ (liberados)
isopropílico. x  1,84 mol
3. Com um bastão de vidro, fez-se agitação na solução.
4. Em seguida, mergulhou-se uma cédula de R$ 100,00 no
1C2H5 OH  3O2  2CO2  3H2O hC  1368 kJ
béquer contendo a solução, e deixou-se que a cédula 2 mols 1368 kJ (liberados)
embebesse a solução por dois minutos.
y mols 1000 kJ (liberados)
5. Com uma pinça de madeira, retirou-se a cédula do béquer
y  1,46 mol
pinçando-a por uma das pontas.
6. A cédula foi então submetida à chama de uma vela, para
que ela queimasse; essa ação permitiu a combustão do 1C6H12O6  6O2  6CO2  6H2O hC  2808 kJ
álcool isopropílico. 6 mols 2808 kJ (liberados)
7. Observou-se em seguida que, apesar de a cédula ter sido z mols 1000 kJ (liberados)
submetida ao fogo da chama da vela, ela não queimou, z  2,14 mol
ficando da mesma forma que estava antes da experiência.
1CH4  2O2  1CO2  2H2O hC  890 kJ
Com relação a essa experiência, assinale a afirmação
1 mols 890 kJ (liberados)
verdadeira.
t mols 1000 kJ (liberados)
a) A reação de combustão do álcool isopropílico é
e a t  1,12 mol
2C3H7OH( )  9O2(g)  6CO2(g)  8H2O(g) ,
entalpia é: ΔH  1827kJ mol. 25
b) A combustão do álcool isopropílico libera energia na 1C8H18  O2  8CO2  9H2O hC  5471 kJ
2
forma de calor e a vaporização da água também libera 8 mols 5471 kJ (liberados)
energia que apaga as chamas da cédula. w mols 1000 kJ (liberados)
c) Ao mesmo tempo em que ocorre a combustão do álcool w  1,46 mol
isopropílico, ocorre a absorção do calor dessa combustão
pela água, não existindo calor suficiente para que a cédula
Conclusão: Para uma mesma quantidade de energia liberada
se queime.
(1000 kJ) a glicose libera maior quantidade de CO2 .
d) A vaporização da água pode ser demonstrada através da
equação: H2O( )  H2O(g) ΔH  43,7kJ mol. 02. [C] 03. [C]
Resposta da questão 4:
[C]

GABARITO
d  0,80 g / cm3  800 g / L
1L 800 g
01. [C] 40L m
m  32.000 g
Reações de combustão:
32.000 g 100 %
15 me tanol 96 %
1C6H6  O2  6CO2  3H2O hC  3268 kJ
2 me tanol  30.720 g
1C2H5OH  3O2  2CO2  3H2O hC  1368 kJ 30.720
ne tanol   667,826 mols
1C6H12O6  6O2  6CO2  6H2O hC  2808 kJ 46
1CH4  2O2  1CO2  2H2O hC  890 kJ
25
1C8H18  O2  8CO2  9H2O hC  5471 kJ
2

Para uma mesma quantidade de energia liberada (1000 kJ),


teremos; 1 mol (e tanol) 1255 kJ liberados
667,826 mols E
5
E  8,38  10 kJ liberados

05. [B] 06. [C]


07. [C] 08.. [B]

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Resposta da questão 9: Teremos dissoluções:


[B]
Cold pack (processo
A partir das energias de ligação fornecidas, vem: endotérmico; absorção de
calor)
ΔH  26 kJ mol1 1
CO  C 2  CC 2O NH4NO3 (s)  H2O( ) 
1080 kJ 243 kJ (2  328  745) kJ NH4 (aq)  NO3 (aq)
quebra quebra formação
absorção de absorção de liberação de Hot pack (processo
energia energia energia exotérmico; liberação de
ΔH  1080  243  1401  78 kJ calor)
ΔH  82 kJ mol1 2
CaC 2 (s)  H2O( ) 
ΔH  78 kJ
Ca2 (aq)  2C  (aq)
10. [E] 11. [C]
Resposta da questão 12: 19. 01 + 04 + 16 = 21
[A] Resposta da questão 20:
[C]
Para o etanol:
C2H5OH  3O2  2CO2  3H2O C2H5 OH  3O2  2CO2  3H2O

1 mol de etanol forma 2 mols de CO2 se:


ΔH  Hp  Hr
2 mol de CO2 libera 1370kJ
ΔH  [2( 394)  3( 286)]  [ 278]
1 mol de CO2 libera x
ΔH  788  858  278
x  685kJ / mol de CO 2 ΔH  1368 kJ/mol

Para a gasolina:
4 semanas 400km
C8H18  25 O2  8CO2  9H2O
2 10km / 1 L 40L de combustível
m
1 mol de gasolina forma 8 mols de CO2 se: d  0,8  40  m
V
8 mol de CO2 libera 5464 kJ
m  32kg
1 mol de CO2 libera x
x  683kJ / mol de CO2
1 mol de etanol 46g
Assim, a alternativa [A] que completa a frase corretamente. x 32000g
13. [A] 14. [A] 15. [A] x  695,65mol
16. [E]
Resposta da questão 17: 1 mol 1368 kJ
[A]
695,65 y

d
m
 0,8 
m
 m  800g de metanol y  9,5  105kJ
V 1000
21. a) butano
64g 1453kJ b) 13000 kcal
800g x
x  18,2  103kJ Resposta da questão 22:
[A]

64g 88g de CO2 C(grafite)  O2 (g)  CO2 (g) ΔH  94,1kcal


800g x
2H2 (g)  1O2 (g)  2H2O( ) ΔH  68,3 kcal (inverter e  2)
x  1,1 103 g CH4 (g)  C(grafite)  2H2 (g) ΔH  17,9 kcal (inverter)

Resposta da questão 18:


CH4 (g)  2O2 (g)  CO2 (g)  2H2 O(
[B] )

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De acordo com a Lei de Hess, a variação de entalpia final molécula de etanol.


corresponde ao somatório das variações de entalpias das
reações intermediárias, assim teremos:
b) Somando as três equações abaixo obteremos a equação
94,1 2  (68,3)  17,9  212,8 Kcal IV:
I)3 H‚O (Ø) ë3 H‚O (v) ÐH = 132,0 kJ × mol-¢ (mantida)
23. [D] 24. [D]
(x3)
II) C‚H…OH (v) ë C‚H…OH (Ø) ÐH = - 42,6 kJ × mol-¢
Resposta da questão 25:
[C] (invertida)
III) C‚H…OH (Ø) + 3O‚ (g) ë 2CO‚(g) + 3 H‚O (Ø) ÐH =
Teremos: -x kJ × mol-¢ (mantida)

ΔH0f (água)  242 kJ / mol Global: C‚H…OH (v) + 3O‚ (g) ë 2CO‚(g) + H‚O (v) ÐH
1H2  0,5 O2  1H2O ΔH  242 kJ / mol = -y kJ × mol-¢
2g  242 kJ (liberados)
1000 g E
Assim teremos:
E  121.000 kJ
132 + (-42,6) + (-X) = -Y
Ele está pedindo o valor de X - Y
C8H18  12,5 O2  8CO2  9H2O
259 kJ 12,50 kJ 8393 kJ 9242 kJ
132-42,6 = X-Y
ΔH  Hprodutos  Hreagentes X - Y = 89,4 kJ × mol -¢
ΔH  [8  393 kJ  9  242 kJ]  [ 259 kJ  0]
ΔH  5.063 kJ Resposta da questão 31:
[D]
C8H18  12,5 O2  8CO2  9H2O ΔH  5.063 kJ
O processo de geração e queima de hidrogênio apresentaria
114 g  5.063 kJ (liberados) uma variação de energia igual à da combustão direta do
1000 g E' metanol, já que as equações químicas globais desses dois
E '  44.412,28 kJ processos são iguais (Lei de Hess).
E 121.000
  2,724  2,7
E ' 44.412,28 CH3OH(g)  3 O2 (g)  CO2 (g)  2 H2O(g) combustã
2
o direta
Resposta da questão 26:
CH3 OH(g)  H2O(g)  CO2 (g)  3H2 (g)
[A] geração e
3 H2 (g)  3 O2 (g)  3 (2)H2O(g) queima de
2
0,3kcal 1C
Global
CH3 OH(g)  3 O2 (g) 
2
 CO2 (g)  2H2O(g) hidrogêni
o
x 40C
x  12kcal

Resposta da questão 32:


56g de CaO  20,4kcal [E]
x  12kcal
 C   H  25kcal  mol1
x  32,94g  33g CH4 2 CH3C HC
4  C  H C C 3C H C C HC
4  105 kcal  58 kcal  (3  105 kcal  C  C )  103 kcal
27. [D] 28. [C] H  Hreagentes  Hprodutos
29. [C] 25 kcal  4  105 kcal  58 kcal  (3  105 kcal  C  C )  103 kcal
25  420  58  315  C  C  103
30. a) A equação I é endotérmica, ou seja, absorve calor, pois C  C  420  58  315  C  C  103  25
o ÐH é positivo. C  C  85 kcal
Na equação II ocorre vaporização do etanol, ou seja, ligações
de hidrogênio (pontes de hidrogênio) são rompidas nesta Resposta da questão 33:
[B]
mudança de fase. Além as ligações de hidrogênio, que são as
interações mais intensas, são rompidas também forças de O combustível com maior densidade energética é o
dispersões de Londom, pois existe um aparte apolar na hidrogênio, cuja combustão libera água.

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1
1 H2 (g)  O2 (g)  H2O( ) ΔH  241,83 kJ / mol
2
2g 241,83 kJ liberados
1g 120,915 kJ liberados

1 C3H8 (g)  5O2 (g)  3CO2 (g)  4H2O( ) ΔH  2.043,15 kJ / mol


44 g 2.043,15 kJ liberados
1g 46,435 kJ liberados

1 CH4 (g)  2O2 (g)  1CO2 (g)  2H2O( ) ΔH  802,30 kJ / mol


16 g 802,30 kJ liberados
1g 50,144 kJ liberados

1 C2H6O(g)  3O2 (g)  2CO2 (g)  3H2O( ) ΔH  1.368,00 kJ / mol


46 g 1.368,00 kJ liberados
1g 29,739 kJ liberados

Resposta da questão 34:


[C]

A partir da análise do diagrama, vem:


Bio  óleo  O2(g)  CO2(g)  H2O( ) H1  18,8 kJ / g
CO2 (g)  H2O(g)  CO2(g)  H2O( ) H2   2,4 kJ / g

Invertendo a segunda equação e aplicando a Lei de Hess,


teremos:
Bio  óleo  O2(g)  CO2(g)  H2O( ) H1  18,8 kJ / g

CO2(g)  H2O( )  CO2(g)  H2O(g) H2   2,4 kJ / g


Global
Bio  óleo  O2(g) 
 CO2(g)  H2O(g) H  H1  H2
H  18,8  2,4  16,4 kJ / g
1g  16,4 kJ (liberados)
5g 5  ( 16,4) kJ (liberados)
82,0 kJ
Variação de entalpia  82,0 kJ

Resposta da questão 35:


[C]

Como a água no estado líquido presente na cédula absorve


o calor liberado na combustão do álcool isopropílico para
passar para o estado gasoso, o calor liberado resultante não
é suficiente para queimar a cédula.

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MÓDULO 06
TERMODINÂMICA

1) Conceitos fundamentais

a) Termodinâmica: é o estudo da energia e suas transformações;


b) Sistema: é a parte do universo que decidimos estudar;
c) ambiente ou ambiente do sistema: são todas as partes do universo que não fazem parte do sistema;
d) fronteira do sistema: é o que separa o sistema do seu ambiente, podendo ser visível, como as paredes de
um béquer ou invisível, como a fronteira que separa a troposfera da estratosfera;
Os sistemas podem ser classificados quanto à troca de matéria e energia em três tipos:
Sistema aberto: é aquele que troca matéria e energia com o ambiente; Ex. um béquer contendo uma solução
aquosa de NaOH;
Sistema fechado: é aquele que não troca matéria, mas troca energia com o ambiente; Ex. uma lâmpada
fluorescente ou incandescente;
Sistema isolado: é aquele que não troca nem matéria nem energia com o ambiente; Ex. uma aproximação de
um sistema isolado é a garrafa térmica;

e) Calor: é uma energia em trânsito; é a energia transferida de um objeto mais quente para um objeto mais
frio;
O calor é uma propriedade extensiva da matéria;
Calor sensível: está relacionado com alterações na temperatura: Q = m.c.t
Calor latente: está relacionado as mudanças de fase: Q = m. L
Propriedade extensiva: depende da quantidade de matéria da amostra (se você dividir ao meio a amostra, a
propriedade terá a metade do valor original). Ex. massa, volume, comprimento;
Propriedade intensiva: não depende da quantidade da amostra (se você dividir ao meio a amostra, as duas
partes ainda terão a mesma propriedade). Ex. temperatura, pressão, densidade, massa molar, cor.
f) Temperatura: é a medida da agitação térmica das partículas do sistema;
g) Trabalho (W) : é uma energia em trânsito; é a troca de energia sem a influência de diferenças na
temperatura;
É o movimento contra uma força oposta: W = F. d

2) Energia interna (E)


Energia interna é a energia total de um sistema;
A energia interna está relacionada com as atrações intermoleculares e com o movimento (rotacional,
translacional e vibracional).
A energia interna é uma função de estado;
Função de estado: é qualquer propriedade que não depende da história do sistema e nem do seu futuro;
Ex.: pressão, temperatura, volume. Para medir essas propriedades de um sistema não precisaríamos saber de
nem uma outra informação além do valor atual.
As variações de valores entre funções de estado podem ser calculadas por uma simples subtração do valor
final e inicial. Assim, esta independência do mecanismo através do qual ocorre uma variação é a característica
marcante de todas as funções de estado;
A energia interna de um sistema é a soma da energia cinética (Ec) com a energia potencial (Ep)

Esistema = Ec + Ep

Como não podemos realmente saber o valor absoluto da energia interna de um sistema, pois o nível zero de
energia potencial é arbitrário, temos interesse somente na variação da energia interna (E) de um sistema onde
ocorre uma transformação.

E = Efinal – Einicial

Tanto a variação da energia interna (E) como a energia interna (E) são funções de estado;
A variação da energia interna de um sistema provocada por uma reação química pode ser representada por:
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E = Eprodutos – Ereagentes

Assim temos:
E > 0: o sistema absorve energia interna;
E < 0: o sistema libera energia interna;

3) Primeira lei da termodinâmica

Na termodinâmica estudamos duas formas pelos quais um sistema pode trocar energia com o seu ambiente:
calor e trabalho;
Primeira lei da termodinâmica:
A energia interna de um sistema isolado é constante;
A variação da energia interna de um sistema (E) é igual à soma entre o calor absorvido pelo sistema e o
trabalho realizado sobre o sistema;

E = Q + W

Q = quantidade de calor absorvido pelo sistema;


W= quantidade de trabalho realizado sobre o sistema;

Convenção de sinais:
Q > 0: calor é absorvido pelo sistema;
Q < 0: calor é liberado pelo sistema;
W > 0: trabalho é feito sobre o sistema;
W < 0: trabalho é feito pelo sistema;
Quando energia (calor ou trabalho) sai do sistema, o sinal é negativo, pois o sistema perde energia interna;
Quando energia (calor ou trabalho) entra no sistema, o sinal é positivo, pois o sistema aumenta a sua energia
interna;
O calor e o trabalho não são funções de estado, embora a sua soma (E) o seja;

4) Trabalho relacionado a expansão ou à compressão de um gás

Pressão é a quantidade de força atuando perpendicularmente a uma superfície, dividida pela área, ou seja, é a
razão entre a força e a área.
força
Pressão =
área
Vamos deduzir uma expressão que permita calcular o trabalho de expansão ou compressão realizado por um
cilindro contendo um embolo móvel e um gás em seu interior:

W = F. d
força F
W = F. h como Pressão = P F P. A
área A

W = P.A. h como o volume de um cilindro: V = A. h


W = P. V

a) Trabalho de expansão (V > 0)

W = - P. V ; V>O ; W<0

O trabalho é negativo (W < 0), pois o sistema realiza trabalho na vizinhança;

b) Trabalho de compressão (V < 0)

W = P. V ; V>O ; W<0

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O trabalho é positivo (W > 0), pois o trabalho é feito sobre o sistema;

4) Transformações do sistema
a) Transformação adiabática: é aquela que ocorre sem que haja troca de calor entre o sistema e o meio
ambiente (Q = 0);

I) Expansão adiabática: (V > 0)

E = Q + W ; Q=0 ; E = W

Como o trabalho é realizado pelo sistema sobre o ambiente W < 0 e assim E < 0;

II) Compressão adiabática: (V < 0)

E = Q + W ; Q=0 ; E = W

Como o trabalho é realizado pelo ambiente sobre o sistema W > 0 e assim E > 0;

b) Transformação isocórica, isométrica ou isovolumétrica: é aquela que ocorre sob volume constante e a
temperatura e a pressão variando do modo diretamente proporcional;

W = P. V ; V = 0; W=0
Assim:
E = Q + W ; W=0 ; E = Qv

Qv = troca de calor sob volume constante;


Numa transformação isocórica a variação da energia interna (E) é igual ao calor trocado à volume
constante (Qv).
P

P2

P1

V1 V2 V

c) Transformação isobárica: é aquela que ocorre sob pressão constante e a temperatura e o volume
variando do modo diretamente proporcional;
E = Qp + W ; Qp = H
Assim:
E = H + W
E = H + P. V
E = H + n.R. T (para um gás ideal)
Qp = troca de calor sob pressão constante;
Obs.: W = P. V ou W = n.R. T

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Numa transformação isobárica a variação da energia interna (E) é igual à soma entre o calor trocado
(absorvido) à pressão constante (Qp) e o trabalho realizado sobre o sistema (P. V).
P

P2

P1

V1 V2 V
d) Transformação isotérmica: é aquela que ocorre sob temperatura constante e a pressão e o volume
variando do modo inversamente proporcional;

T = 0 ; E = 0
Assim:
E = Q + W = 0 ; Q=-W

O calor trocado é igual ao trabalho realizado em módulo;


Em uma transformação isotérmica, a energia interna do sistema permanece constante, pois o trabalho
realizado pelo sistema é cancelado pelo calor absorvido pelo sistema ou o contrário;
P
P2

P1

V1 V2 V

e) Transformação que ocorre com pressão constante e temperatura constante, e com variação do
volume por alteração do número de mols de matéria do sistema;

E = Qp + W ; Qp = H
Assim:
E = H + W
E = H + n.R.T (para um gás ideal)

5) Calorimetria

Calorimetria: é o uso de um calorímetro para estudar as trocas de calor em um sistema;

A quantidade de calor liberado ou absorvido em uma reação química é denominada calor de reação;
A quantidade de calor envolvida em uma reação é geralmente calculada a volume constante ou a pressão
constante;

a) Calorimetria a volume constante (bomba calorimétrica)


Mede a variação da energia interna (E). É usado para calcular os calores de combustão;

W = P. V ; V = 0; W=0

E = Q + W ; W=0 ; E = Qv
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a) Calorimetria a pressão constante


Muitas reações ocorrem sob a pressão atmosférica, ou seja, sob pressão constante;
A expressão que define entalpia é a seguinte:

H = E + P. V
H = E + P. V como: E = Q + W
H = Q + W + P. V como: W = - P. V
H = Q + (- P. V) + P. V
H = Qp

Mede a variação da entalpia (H).

Fig. Calorímetro de copo de café, no qual as reações ocorrem sob pressão constante.

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6 ) Entropia e energia livre – espontaneidade de reações


6.1. Entropia
De uma maneira geral, podemos afirmar que uma reação química é espontânea quando libera calor, e, portanto,
quanto mais exotérmica for uma reação mais espontânea será esta reação.
Princípio de Thompsen e Berthelot: Dentre várias reações químicas possíveis, nas mesmas condições e
mesmos estados de agregação, será mais espontânea, portanto ocorrerá primeiro, aquela que for mais exotérmica.
(Princípio enunciado em 1867).
Realmente, muitas reações exotérmicas são espontâneas, no entanto, existem processos espontâneos que
ocorrem absorvendo calor, como por exemplo a evaporação da água, à temperatura ambiente:

H2O(l)  H2O(v) H = + 10,4 Kcal/mol (endotérmica)

Concluímos assim que o H de uma reação não é o único critério que deve ser utilizado para prever a
espontaneidade de uma reação.
Em 1954, Rudolf Clausius concluiu que as reações químicas espontâneas ocorrem no sentido de uma maior
desordem do sistema, ou seja, uma distribuição cada vez mais uniforme de energia e matéria no sistema.
A medida da desordem de um sistema é chamada de entropia(S).
Entropia(S) de um sistema é a medida da desordem desse sistema.

Quanto maior a desordem  maior a entropia


Quanto maior a ordem  menor a entropia

A variação de entropia (S) é calculada pela expressão:

S = Sfinal – Sinicial S < 0 (processo tende a ser não-espontâneo)

ou

S = Sprodutos – Sreagentes S > 0 (processo tende a ser espontâneo)

6.2 Fatores que alteram a entropia(S)

a) Mudança de estado físico

S SÓLIDO  S LÍQUIDO  S GÁS( VAPOR)

AUMENTO DA DESORDEM (AUMENTO DA ENTROPIA)

PROCESSO ESPONTÂNEO

b) Alteração da temperatura
Quando maior a temperatura de um corpo, maior a entropia do sistema, pois há uma aumento da velocidade
das moléculas e consequentemente, um aumento da desorganização do sistema.

c) Mistura de substâncias
Quando ocorre uma mistura de substâncias, a entropia do sistema aumenta, pois fica mais difícil a identificação
de cada componente.

d) Expansão de um gás
Quando ocorre a expansão de um gás, há um aumento da entropia, pois as moléculas ficam desordenadas em
um espaço maior.

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e) Dissolução de um sólido em um líquido


Quando ocorre a dissolução de um sólido em um líquido, a entropia aumenta, pois as moléculas do sólido
deixam de apresentar uma estrutura cristalina organizada para ficarem distribuídas desordenadamente pelo líquido.

f) Alteração no número de moléculas


Quando moléculas maiores se decompõem em moléculas menores, ocorre um aumento da desorganização do
sistema.

Ex.: CaCO3( s)  CaCO( s)  CO2( g)


  
umaespéciequímica duasespéciesquímicas

Observação:
Além de aumentar o n° de espécies químicas, houve liberação de um gás, contribuindo ainda mais para o
aumento da entropia.
Observe a tabela a seguir que mostra as entropias das substâncias na condição padrão (25°C e 1 atm).

Entropia
Substâncias
Padrão (cal/k.mol)
C(grafite) + 1,36
C(diamante) + 0,58
S(rômbico) + 60,96
Zn(s) + 9,95
Cu(s) + 7,96
Fe(s) + 6,49
F2(g) + 48,60
Cl2(g) + 53,28
Br2(l) + 36,40
I2(s) + 27,90
H2(g) + 31,21
O2(g) + 49,00
N2(g) + 45,76
CO(g) + 47,30
NO(g) + 50,34
H2O(l) + 16,71
H2O(g) + 45,10
O3(g) + 56,80
SO2(g) + 59,40
SO3(g) + 61,24
NO2(g) + 57,47
N2O(g) + 52,58
CO2(g) + 51,06
NH3(g) + 46,01
CH4(g) + 44,50
C2H2(g) + 47,99
C2H4(g) + 52,45
C2H6(g) + 54,85
Na2SO4(s) + 35,73
Fe2O3(s) + 21,50
Fe3O4(s) + 35,00
CaO(s) + 9,50
KCl(s) + 19,76

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Observação:
Com os valores das entropias das substâncias que participam de uma reação, podemos calcular a variação de
entropia (S) dessa reação.

Ex.: 4Fe(s) + 3O2(g)  2 Fe2O3(s)


S = Sfinal – Sinicial
S = (2 x 21,5) – (4 . (6,49) + 3. (49))
S = 43 – 172,96 = – 129,96 p/2 mol de Fe2O3
S = – 64,98 cal/K . mol p/ 1 mol de Fe2O3
S < 0 (a entropia diminui)

6.3. Energia livre (G)

já vimos que:

H < 0 reação exotérmica, a reação tende a ser espontânea (existem muitas exceções).
H > 0 reação endotérmica, a reação tende a ser não-espontânea (existem muitas exceções).

S < 0 diminui a entropia do sistema, geralmente o processo não é espontâneo.


S > 0 aumenta a entropia do sistema, geralmente o processo é espontâneo.

Observamos que em casos onde : H > 0 e S > 0 ou H < 0 e S < 0, torna-se difícil prever a espontaneidade
de uma reação com base nestas duas funções. Surge, assim, a necessidade de uma terceira função.
O físico-químico norte-americano Willard Gibbs, através de estudos bastante complexos, chegou à seguinte
expressão:

G  H  T  S

H = variação de entalpia (P constante)


G = variação de energia livre (T constante)
T . S = energia de organização (T constante)

A expressão acima só é válida à temperatura e pressão constantes.

Observações:
1. Como não é possível calcular o valor absoluto da energia livre (G) de uma substância, calcula-se a variação da
energia livre (G).

G  GPRODUTOS  GREAGENTES

2. O G, na condição padrão de 25°C e 1 atm é chamado de variação padrão da energia livre (G°).

3. G < 0  liberação de energia livre  o processo é espontâneo.


G = 0  o sistema está em equilíbrio
G > 0  absorção de energia livre  o processo é não espontâneo.

6.4. Resumindo

I. Entalpia (H) = calor, energia

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H = HP – HR Hess

H < 0 Reação exotérmica (tende a ser espontânea)

H > 0 Reação endotérmica (tende a ser não-espontânea)

II. Entropia(S) = Desordem

S = SP – SR Clausius

S < 0 Entropia do sistema diminui (tende a ser não-espontânea)

S > 0 Entropia do sistema aumenta (tende a ser espontânea)

H < 0 ; S > 0 (com certeza é espontânea em qualquer temperatura)

H > 0 ; S < 0 (com certeza é não-espontânea em qualquer temperatura)

H < 0 ; S > 0 (pode ser espontânea ou não, depende da temperatura).

H > 0 ; S < 0 (pode ser espontânea ou não, depende da temperatura).

III. Energia Livre (G)

G = GP – GR Gibbs

G = H – T . S

Onde:
G = Variação de energia livre
H = Variação de entalpia
T = Temperatura (Kelvin)
S = Variação de entropia
G < 0: O processo é espontâneo (libera energia livre).
G = 0: O sistema está em equilíbrio.
G > 0: O processo é não-espontâneo (absorve energia livre).

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TERMODINÂMICA
Exercícios de Aprendizagem Com base nos dados acima, pode-se afirmar que:
( ) (I) representa uma reação onde ocorre aumento de
01. (Ufes) Acerca da reação abaixo, entropia.
H‚(g)+CO‚(g)ëH‚O(g)+CO(g) 25°C, 1atm ( ) (II) representa uma reação química espontânea.
( ) todas as equações representam reações de oxi-
são feitas as seguintes afirmações: redução.
I - a reação é espontânea a 25°C e 1atm; ( ) (III) representa uma reação química fortemente
II - um aumento na temperatura torna a reação mais endotérmica, nas condições padrão.
espontânea; ( ) as três equações acima são equações
III - a entropia padrão do H‚ a 25°C é zero; termoquímicas.
IV - a reação ocorre com absorção de calor.
Sendo dados 04. (Ufpe) O gráfico ilustra a variação da energia livre
ao longo de uma reação química, que ocorre em duas
ÐS° (reação) = 42,4 J/mol.K etapas:
ÐHf (CO‚(g)) = - 393,5 kJ/mol
ÐHf (H‚O(g)) = - 241,8 kJ/mol Etapa I: A ë B
ÐHf (CO(g)) = - 110,5 kJ/mol, Etapa II: B ë C
estão CORRETAS as afirmações
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

02. (Ufpe) A variação de entropia de processos físicos


e químicos é importante para a espontaneidade dos
mesmos. Os processos a seguir apresentam variação
positiva de entropia:
( ) cristalização de um sólido a partir da solução
( ) evaporação do metanol
A partir da análise do gráfico julgue as alternativas a
( ) precipitação de AgCØ a partir de uma solução
seguir:
aquosa de AgNOƒ e NaCØ
( ) CaCOƒ(s) + 2HCØ(aq) ë CaCØ‚(aq) + H‚O(Ø) +
( ) a etapa I é espontânea
CO‚(g)
( ) a etapa II é a etapa determinante da velocidade da
( ) fusão do sódio metálico
reação global
( ) a substância B é um intermediário da reação
03. (Ufpe) Considere as equações químicas escritas a
( ) a reação global A ë C é espontânea
seguir.
( ) a reação inversa C ë B apresenta energia livre
de Gibbs de ativação igual a 20 kJ/mol
(I) CØ‚(g) + H‚O(Ø) ë HCØ(aq) + HCØO(aq)
05. Acima de que temperatura a reação:
(II) 4 NHƒ(g) + 5 O‚(g) ë 4 NO(g) + 6 H‚O(g)
ÐG = - 960 KJ . mol-¢ ½ I2(g) + ½ Cl2(g)  ICl(g)

torna-se espontânea?
(III) Fe‚Oƒ(s) + 2 AØ(s) ë AØ‚Oƒ(s) + 2 Fe(s) Dados:
ÐH° = - 851,5 kJ H = 8,4 Kcal/mol
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S = 37 cal/K.mol
c)Calcular a variação de entropia da reação global. Dados os
06. (IME) Calcule o valor da variação da energia livre, a valores aproximados em j/K.mol:
25°C, para a reação representada a seguir: S S8(S) = 255; S H2O(l) = 70; S O2(g = 205;
2 Na2O2(s) + 2 H2O(l)  4 NaOH(s) + O2(g)
S H2SO4(l) = 157
Dados: d) Calcule a variação de energia livre da equação global na
Substância Entalpia de S° a 25°C temperatura de 27°C e indique a espontaneidade da reação.
formação a 25°C (J.mol-1.K-1
(kJ.mol-1)
H2O(l) -286,0 69,69 09. (Ime) Uma fábrica, que produz cal (Ca(OH)‚), necessita
Na2O2(s) -510,9 94,60 reduzir o custo da produção para se manter no mercado com
NaOH(s) -426,8 64,18 preço competitivo para seu produto.
O2(g) 0 205,00 A direção da fábrica solicitou ao departamento técnico o
estudo da viabilidade de reduzir a temperatura do forno de
calcinação de carbonato de cálcio, dos atuais 1500K, para
07. (Ita) Considere as reações representadas pelas seguintes
equações químicas: 800K. Considerando apenas o aspecto termodinâmico,
pergunta-se: o departamento técnico pode aceitar a nova
I. C(s)  2H2 (g)  CH4 (g) temperatura de calcinação?
II. N2O(g)  N2 (g)  1/ 2O2 (g) Em caso afirmativo, o departamento técnico pode fornecer
III. 2NI3 (s)  N2 (g)  3I2 (g) uma outra temperatura de operação que proporcione maior
economia?
IV. 2O3 (g)  3O2 (g)
Em caso negativo, qual é a temperatura mais econômica para
operar o forno de calcinação?
Assinale a opção que apresenta a(s) reação(ões) química(s)
na(s) qual(is) há uma variação negativa de entropia. Dados:
a) Apenas I
b) Apenas II e IV
c) Apenas II e III e IV
d) Apenas III
e) Apenas IV

08. O ácido sulfúrico, H2SO4(l), é uma sustância de grande


importância industrial. Apresenta uma imensa variedade de
aplicações, como, por exemplo, produção de fertilizantes,
plásticos, corantes e detergentes.
O ácido sulfúrico concentrado é muito corrosivo e
desidratante. Em laboratório geralmente é usado diluído. O
processo mais importante de obtenção de ácido sulfúrico é o
chamado método de contato.
As etapas envolvidas no processo são: observações: desconsidere a variação das propriedades com
Queima do enxofre: a temperatura.
1 S8(S) + 8 O2(g)  8SO2(g)
Oxidação do dióxido de carbono:
10. A massa de 1,435 g de naftaleno (C10H8) - uma
2 SO2(g) + 1 O2(g)  2 SO3(g)
substância de odor pungente usada como repelente de traças
Hidratação do trióxido de enxofre:
- foi queimada em uma bomba calormétrica a volume
1 SO3(g) + 1 H2O(l)  1 H2SO4(l)
a) Por meio dos calores de formação das substâncias constante. Em consequência, a temperatura da água elevou-
envolvidas, calcular o H de cada uma das reações do se de 20,28°C para 25,95°C. Considerando que a capacidade
processo em kJ. Dados os valores aproximados dos calores calorífica da bomba mais a da água é 10,17 kJ/°C, calcule o
de formação em Kj/mol: calor de combustão do naftaleno em termos de mol. isto é,
H SO2(g) = - 297; H H2O(l) = - 286; H SO3(g) = - 395; determine o calor molar de combustão.
H H2SO4(l) = - 812
11. Misturou-se 1,00 X 102 mL de HCl. 0,500 M, com 1,00
b) Calcular a variação de entalpia da reação global. X 102 mL de NaOH, 0,500 M, em um calorímetro a pressão
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constante com capacidade calorífica desprezível. A b) diminuição de entalpia e de entropia.


c) diminuição de entropia e aumento de entalpia.
temperatura inicial das soluções de HCl e NaOH era a
d) aumento de entalpia e de entropia.
mesma, 22,50°C. e a temperatura final da mistura foi de
25,86°C. Calcule o calor transferido na reação de
3. (UFCG) O estudo das reações químicas que ocorrem
neutralização em termos de mol. com absorção da radiação solar de alta energia e dos
processos químicos industriais que causam dano ao meio
NaOH(aq) + HCI(aq)  NaCI(aq) + H2O(l) ambiente faz parte da química ambiental. Alguns exemplos
destes tipos de reações são mostrados a seguir. Assinale
dentre as alternativas abaixo aquela na qual não se observa
Suponha que as soluções apresentem densidades e calores um aumento da entropia.
específicos iguais aos da água (1,00 g/mL e 4,184 J/g . °C,
a) Calcinação de calcário: CaCO 3 (s)  CaO (s)  CO 2 (g)
respectivamente).
b) Fotodissociação de oxigênio: O 2 (g)  2 O (g)
TERMODINÂMICA c) Fotodissociação de Freon-12:
CF2 Cl 2 (g)  CF2 Cl (g)  Cl (g)
Exercícios de Fixação d) Obtenção de Ferro a partir de seu minério:
2 Fe 2 O 3 (s)  4 Fe (s)  3 O 2 (g)
1. (Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses e) Formação de ozônio na atmosfera:
O 2 (g)  O (g)  O 3 (g)
a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa.

A queima de combustível no interior de motores pode 4. (Uel) Entre as transformações a seguir, a que deve ocorrer
ocorrer de forma incompleta e produzir monóxido de com maior aumento de entropia, no sentido
carbono, um gás extremamente tóxico, ao invés de CO‚, que reagentesëprodutos é
é produzido na queima completa. Para evitar a emissão desse a) CO (g) + NO‚ (g) ë 4 CO‚ (g) + NO (g)
b) 2 HgO (s) ë 2 Hg (Ø) + O‚ (g)
gás, alguns automóveis são equipados com um catalisador
que promove a queima do monóxido de carbono, c) S (rômbico) ë S (monoclínico)
convertendo-o em dióxido de carbono. Tornando-se como d) H‚O (Ø) ë H‚O (s)
e) C‚H…OH (g) ë C‚H…OH (Ø)
modelo de combustível o n-hexano (C†H„) para o qual o
calor padrão de combustão é de -4163 kJmol-¢ e sabendo-se
que: 5. (Puc RJ) Indique, entre as opções abaixo, a alternativa
correta
C†H„(Ø)+13/2 O‚(g) ë 6CO(g)+7H‚O(g), a) O sinal de S para a condensação do vapor de amônia é
negativo.
ÐH° = -2465kJmol-¢
b) O sinal de S para a separação dos componentes do ar é
positivo.
Pode-se afirmar que:
c) O sinal de S para o óleo queimando é negativo.
( ) A conversão de CO em CO‚ é endotérmica.
( ) O calor liberado na conversão de CO em CO‚ é menor d) O sinal de S para o congelamento do ar é positivo.
que 300 kJmol-¢. e) O sinal de H para a queima da madeira é positivo.
( ) É esperado que a conversão de CO em CO‚, ocorra com
um abaixamento de entropia. 6. (Ufg) Considere o cilindro de um motor de combustão
( ) A queima completa do n-hexano libera mais calor que interna (motor de automóvel) onde o octano, no estado
a queima incompleta. gasoso, sofre combustão, gerando produtos no estado
( ) A combustão completa do n-hexano é exotérmica. gasoso.
A expansão da câmara de combustão, com o consequente
2. (Ufrn) Um béquer de vidro, com meio litro de capacidade, deslocamento do pistão, deve-se
em condições normais de temperatura e pressão, contém 300 a) à energia de vaporização dos produtos.
mL de água líquida e 100 g de gelo em cubos. b) às mudanças de estado físico entre reagentes e produtos.
c) ao deslocamento do equilíbrio, em direção aos produtos.
Durante o processo de fusão do gelo nas condições do d) à diminuição da entropia no processo.
sistema descrito no texto (273 K e 1,0 atm), deve ocorrer e) ao aumento no número de moléculas.
a) aumento de entropia e diminuição de entalpia.

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7. (Ufpi) Compressores são máquinas que, na pressão com a temperatura original do solvente. Trata-se, portanto,
atmosférica local, captam o ar, comprimindo-o até atingir a de um processo:
pressão de trabalho desejada. Ao nível do mar, a pressão a) endotérmico
atmosférica normal é 1,0 bar. Em equipamentos b) exotérmico
pneumáticos, a 25°C, a pressão mais utilizada é a de 6,0 bar. c) isotérmico
Nessas condições, e considerando o oxigênio (O‚) como um d) sem variação de energia livre
gás ideal, calcule a massa aproximada de O‚, em gramas, e) sem variação de entalpia
contida em um compressor de volume igual a 5,0 litros. (A
constante R vale 0,082 bar.L.mol-¢.K-¢) 11. (Uece 2015) A glicose é produzida no intestino pela
a) 8,0 degradação dos carboidratos, e transportada pelo sangue até
b) 16 as células onde reage com o oxigênio produzindo dióxido
de carbono e água. Para entender a formação da glicose, são
c) 39 fornecidas as seguintes equações:
d) 47
e) 55 1. C(s)  O2(g)  CO2(g) ΔH  94,1 kcal

1
8. (Ufg) Atualmente, a maior produtora de ouro de Goiás é a 2. H2(g)  O2(g)  H2O(g) ΔH  68,3 kcal
2
cidade de Crixás. Comercialmente, a pureza de um objeto de 3.
ouro é indicada em quilates, sendo que 1 quilate corresponde C6H12O6(s)  6O2(g)  6CO2(g)  6H2O ΔH  673,0 kcal
a 1/24 da massa da liga em ouro. Embora seja um dos metais
menos reativos, o ouro reage com ácidos segundo a equação Considerando as reações que conduzem à formação da
não-balanceada: glicose e apenas as informações acima, pode-se afirmar
corretamente que o processo é
a) espontâneo.
Au(s) + HNOƒ(aq) + HCl(aq) ë HAuCl„(aq) + H‚O(l) + b) não espontâneo.
NO‚(g) c) endoenergético.
d) exoenergético.
Sobre o ouro e sua reação com ácidos, é correto afirmar que
( ) uma aliança de 4 g e 18 quilates contém 2,03×10-£ mol 12. (Puc-rio) Considere: (i) a variação de entalpia (ÐH) na
de ouro. combustão de 1 mol de etanol é o calor de reação que ocorre
( ) a soma dos coeficientes estequiométricos é 13. em pressão constante (qp), (ii) essa reação, nessas condições,
( ) a formação dos produtos é favorecida, em sistema se dá com expansão de volume (variação de energia na forma
aberto. de trabalho), (iii) a densidade do etanol é 0,79 g mL-¢.
( ) a entropia diminui com a reação.
C‚H…OH(Ø) + 3O‚(g) ë 2CO‚(g) + 3H‚O(g)
9. (Ufpe) A solubilidade da sacarose (C‚H‚‚O) em água ÐH = - 326,7 kcal
aumenta com a temperatura, enquanto a do sulfato de lítio
(Li‚SO„) diminui com o aumento da temperatura. Isto ocorre A esse respeito, está correto afirmar que:
porque: a) o valor de ÐH para a combustão de 5 mol de etanol é igual
a) a sacarose é um composto covalente e o sulfato de lítio é a - 3267 kJ.
um composto iônico. b) a reação é exotérmica e o trabalho de expansão produzido
b) a dissolução da sacarose é endotérmica e a do sulfato de na combustão do etanol não é fundamental para que este seja
lítio é exotérmica. utilizado como combustível em motores a pistão.
c) a água funciona como ácido de Bronsted e reage c) o volume dos gases produzidos pela reação completa de 1
exotérmicamente com o sulfato de lítio. mol de etanol é igual a 44,8 L em condições normais de
d) a sacarose não dissolve facilmente em água por ser um temperatura e pressão (CNTP).
composto covalente e o sulfato de lítio dissolve facilmente d) a reação inversa ao indicado no problema é endotérmica,
em água por ser um composto iônico. e o volume de 1 mol etanol líquido produzido no processo é
e) a dissolução do sulfato de lítio aumenta a entropia. igual a 22,4 L.
e) se o etanol líquido for aquecido até seu ponto de ebulição
10. (Faap) Verifica-se em laboratório que a preparação de (78,3 °C a 1 atm), a mudança de fase, C‚H…OH(Ø) ë
uma solução aquosa de H‚SO„ por adição deste à água, causa C‚H…OH(g), ocorre em temperatura constante.
um aumento na temperatura da solução quando comparada

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13. (Uece) Para avaliar o "grau de desordem" de um sistema,


os cientistas idealizaram uma grandeza denominada
ENTROPIA, usualmente designada por S, tal que:

1. Aumento de DesordemëAumento de Entropia


ÐS > 0, ÐS = S(final) - S(inicial)

2. Aumento de OrdemëDiminuição de Entropia


ÐS < 0, S(final) < S(inicial)
A transformação em que ocorre diminuição de ENTROPIA
é:
Um experimento consiste na combustão completa de 1 mol
de cada um dos combustíveis relacionados na tabela acima,
utilizando 4 câmaras de combustão idênticas à ilustrada, uma
para cada um dos combustíveis. Observe que um pistão
mantém a pressão constante em 1 atm na câmara de
combustão.
Inicialmente, à temperatura de 25°C, cada combustível, no
estado gasoso, é colocado numa câmara juntamente com a
quantidade estequiométrica de oxigênio adequada à reação.
14. (Uece) O conhecimento da energia livre é aplicado na Terminada a combustão, a câmara é resfriada até 25°C e
indústria para a redução de gastos e otimização de alguns verifica-se a presença, apenas, de anidrido carbônico e de um
processos de produção. Considerando a reação: volume desprezível de água no estado líquido. As alturas
inicial e final do pistão são diferentes em cada câmara.
COCØ‚(g) ë CO(g) + CØ‚(g) Considerando o comportamento ideal dos gases, a câmara
onde o pistão realizou o maior trabalho continha o seguinte
e os valores ÐH = -108,28 kJ e ÐS = -131,63 J/K a 25 °C, combustível:
assinale a alternativa que indica a temperatura na qual a a) etino
reação é espontânea. b) etano
a) 549 °C c) eteno
b) 627 °C d) metano
c) 727 °C
d) 823 °C 17. (Uff) A primeira Lei da Termodinâmica, denominada Lei
da Conservação da Energia estabelece: "A energia do
15. (Uel) Das alternativas adiante, qual representa a mudança Universo é constante".
de estado físico que ocorre em consequência do aumento da Num sistema que realiza um trabalho de 125J, absorvendo
entropia do sistema? 75J de calor, a variação de energia é igual a:
a) CO‚(g) ë CO‚(s) a) -125 J
b) CO‚(l) ë CO‚(g) b) - 75 J
c) CHƒOH(l) ë CHƒOH(s) c) - 50 J
d) CHƒOH(g) ë CHƒOH(l) d) 75 J
e) H‚O(g) ë H‚O(l) e) 200 J

16. (Uerj) 18. (Ufg) As equações químicas a seguir representam a


mesma reação em condições experimentais diferentes.

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possibilidade de ocorrer a transformação dessa substância


em metano, em condições normais de temperatura e pressão,
de acordo com a equação a seguir:

CO‚ (g) + 4H‚ (g) ë CH„ (g) + 2H‚O (Ø)

Para avaliar os sinais das variações de entropia (ÐS) e


Essas equações representam reações que
entalpia (ÐH) da reação, o estudante usou as informações
a) ocorrem com v = v‚.
contidas, respectivamente, na equação acima e no quadro
b) ocorrem com variação de entropia.
seguinte:
c) produzem a mesma quantidade de energia.
d) são endotérmicas.
e) sofrem redução de volume.

19. (Ufpe) Considere as afirmações abaixo:

1. A areia molhada possui entropia maior que a areia seca.


2. A condensação do vapor-d'água é um processo
exotérmico.
3. A fusão do gelo é um processo endotérmico.
4. A evaporação da água é um processo endotérmico Após esses procedimentos, concluiu corretamente que:
a) ÐS < 0 e ÐH < 0
Qual(is) da(s) afirmação(ões) acima melhor explica(m) o b) ÐS < 0 e ÐH > 0
fato de que, numa praia do Recife, PE, a areia molhada é c) ÐS > 0 e ÐH > 0
mais fria que a areia seca. d) ÐS > 0 e ÐH < 0
a) 1 e 3 apenas
b) 2 e 3 apenas 22. (Ufpe) A determinação da espontaneidade de
c) 4 apenas transformações químicas é importante para a viabilização
d) 3 apenas econômica de processos químicos, bem como para a
e) 2 apenas compreensão de fenômenos naturais, em particular,
processos biológicos. A reação de quantidades
20. (Ufpi) Além de aumentar a estabilidade térmica da estequiométricas de hidróxido de bário sólido com nitrato de
alumina (Al‚Oƒ), o cério (Ce), quando presente na amônio sólido, descrita pela equação química a seguir, é
composição de catalisadores automotivos, tem uma grande capaz de resfriar, até cerca de -20°C, o recipiente que contém
importância de proteção ambiental. Nesse caso, o elemento as espécies químicas.
Ce tem a capacidade de estocar oxigênio (O‚), reduzindo a
emissão de gases tóxicos. Com base na informação acima, Ba(OH)‚(s) + 2NH„NOƒ(s) ë
marque a alternativa correta.
a) A estabilidade térmica da alumina é devido ao baixo ponto ë Ba(NOƒ)‚(s) + 2H‚O(Ø) + 2NHƒ(aq)
de fusão do Ce.
b) A emissão dos gases tóxicos provoca um decréscimo de Esta reação é espontânea porque ocorre:
entropia do ambiente. a) um aumento da energia de Gibbs (energia livre).
c) A reação de combustão formadora dos gases tóxicos é b) um aumento da entropia.
endotérmica. c) uma diminuição da entropia.
d) A estabilidade térmica aumenta quando a energia livre d) uma diminuição da entalpia.
diminui.
e) O trabalho realizado pelo catalisador será igual à variação 23. (Ufpr 2015) A análise dos dados termodinâmicos de
de energia interna. reações permite a previsão da espontaneidade. Na tabela a
seguir estão apresentados os dados termodinâmicos de duas
21. (Ufrn) Um estudante deveria propor, como tarefa escolar, reações químicas.
um processo de reciclagem de gás carbônico (CO‚), um dos
responsáveis pelo efeito estufa. Admitiu, então, a
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III. Mistura de água e álcool  S  0 


IV. ferro (s)  ferro ( )
fusão
(S  0)

V. ar 
 ar comprimido
compreensão
 S  0 
A partir dos dados apresentados, identifique as seguintes
afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F): As variações de entropia indicadas nos processos que estão
corretas são:
( ) A diminuição da temperatura desfavorece a a) I, III e IV.
espontaneidade da reação (i). b) III, IV e V.
( ) O aumento da temperatura favorece a espontaneidade c) II, III e V.
da reação (ii). d) I, II e IV.
( ) Na temperatura de 400 K, a reação (i) será e) II, IV e V.
espontânea.
( ) Na temperatura de 4000 K, a reação (ii) será
espontânea. GABARITO
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de
cima para baixo. 1. F V V V V
a) V – V – V – F.
b) V – F – V – F.
c) F – V – F – V. 2. [D]
d) F – V – V – F.
e) V – F – F – V. 3. [E]
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Contrastes de Várzea Alegre 4. [B]
(Composição: Zé Clementino e Luiz Gonzaga)

Elegeram pra prefeito 5. [A]


Numa só semana
Quatro nobres cidadãos
Meu amigo em minha terra 6. [E]
Já pegou fogo no gelo
Apagaram com carbureto 7. [C]
Foi o maior desmantelo

A partir do texto, extrato da música “Contrastes da Várzea 8. F F V F


Alegre”, responda à(s) questão(ões).
9. [B]
24. (Uepb) Considerando que o carbeto de cálcio, em sua
forma cristalina, possui uma entalpia padrão de formação de 10. [B]
– 60,0 kJ/mol e uma entropia padrão de 300,0 J/(mol.K), qual
deve ser a temperatura, em °C, em que o processo está em
equilíbrio energético ( G  0 ), considerando a equação Resposta da questão 11:
química representada abaixo? [D]

Ca(s)  2 C(s)  CaC2 (s) A partir da Lei de Hess, conclui-se que a formação da
glicose é um processo exotérmico ou exoenergético, ou
a) – 473 °C
seja, a variação de entalpia é negativa.
b) 473 °C
c) 200 °C
d) – 200 °C 12. [E] 13. [B] 14. [A]
e) 273 °C
15. [B] 16. [B] 17. [C]
25. (Ime) Considere as supostas variações de entropia ( S)
nos processos abaixo:
18. [B] 19. [C] 20. [D]
I. Cristalização do sal comum (S  0)
II. Sublimação da naftalina  S  0  21. [A] 22. [B]
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Resposta da questão 23: ΔG  ΔH  TΔS


[D] ΔH  30 kJ / mol
Análise das afirmativas: T  4000 K
ΔS   5 J / mol  5  10 3 kJ
(Falsa) A diminuição da temperatura favorece a
espontaneidade da reação (i), pois se verifica uma ΔG  30  4000  ( 5  10 3 )
diminuição do valor da energia livre de Gibbs (ΔG) . ΔG  10 kJ / mol
Temperatura 200 K (diminuição da ΔG  0 (processo não espontâneo)
2800 K
temperatura)
ΔGr  , Resposta da questão 24:
50,0 15,0 (diminuição de ΔG )
kJ / mol [A]

(Verdadeira) O aumento da temperatura favorece a Como a reação está em equilíbrio a energia livre de
espontaneidade da reação (ii), pois a variação da energia Gibbs (ΔG) é igual a zero.
livre de Gibbs diminui. Sabemos que ΔG  ΔH  T  ΔS .
(Verdadeira) Na temperatura de 400 K, a reação (i) será Então:
espontânea. ΔG  ΔH  T  ΔS
Teremos:
0  ΔH  T  ΔS
Δ G  Δ H  T ΔS
ΔH  T  ΔS
ΔH  20 kJ / mol
T  400 K 60  1000 J  mol1  T  300 J  mol1  K 1
T  200 K  TC  200  273  473 C
ΔS   25 J / mol  25  10 3 kJ
TC  473 C (extrapola o zero absoluto).
ΔG  20  400  ( 25  10 3 )
ΔG  10 kJ / mol
25. [E]
ΔG  0 (processo espontâneo)

(Falsa) Na temperatura de 4000 K, a reação (ii) será


espontânea.
Teremos:

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MÓDULO 07
CINÉTICA QUÍMICA – O ESTUDO DA VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Introdução

Algumas reações químicas ocorrem lentamente, como por exemplo, a formação da ferrugem; outras reações
químicas são rápidas, como por exemplo, a combustão da madeira. A velocidade das reações químicas e os fatores
que nela influem são alguns dos assuntos que serão estudados nas aulas seguintes.

1. Cinética química
É o estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que nela influem.
No nosso cotidiano, observamos processos químicos lentos e rápidos:
Ex.:
 A explosão da dinamite ocorre em frações de segundo;
 A formação de ferrugem é uma reação lenta;
 Numa vela, a combustão do material é uma reação lenta.

2. Velocidade média de reação


É a medida da rapidez com que são consumidos os reagentes e são formados os produtos da reação, num
determinado tempo.
Para medir a velocidade de uma reação devemos medir a quantidade de reagente que é consumida ou a
quantidade de produto que se forma, por unidade de tempo.
Consideremos a reação hipotética:

aA + bB  cC + dD

Sendo:
nA = número de mols de A consumidos num intervalo de tempo t.
nB = número de mols de B consumidos num intervalo de tempo t.
nC = número de mols de C consumidos num intervalo de tempo t.
nD = número de mols de  formados num intervalo de tempo t.

Temos:
n A
velocidade média de consumo de A  Vm 
t
nB
velocidade média de consumo de B  Vm 
t
Δn
velocidade média de formação de C  Vm = C
Δt
Δn D
velocidade média de formação de D  Vm 
Δt

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As quantidades dos reagentes ou dos produtos podem ser expressas em gramas, em litros (para gases), em mol
ou em mol/L (molaridade). A molaridade é a melhor maneira de se exprimir a velocidade de uma reação, ou seja,
calculando-se a variação da molaridade, por unidade de tempo, de um dos reagentes ou de um dos produtos.
Para a mesma reação hipotética anterior consideremos:

[A] = variação da molaridade de A no intervalo de tempo t.


[B] = variação da molaridade de B no intervalo de tempo t.
[C] = variação da molaridade de C no intervalo de tempo t.
[D] = variação da molaridade de D no intervalo de tempo t.

temos:
  A
velocidade média de consumo de A
t
  B
velocidade média de consumo de B
t
 C 
velocidade média de formação de C
t
  D
velocidade média de formação de D
t

Observações:
1. O valor em módulo, colocado na expressão de velocidade para os reagentes, deve-se ao fato da variação da
molaridade ser negativa, pois as molaridades dos reagentes diminuem com o passar do tempo. Procedendo assim,
a velocidade de uma reação em relação a um reagente de uma reação será sempre positiva.
2. Quando a fórmula da substância vem entre colchetes, isso indica a molaridade (mol/L) dessa substância.

A velocidade média de uma reação, sem especificar o reagente ou o produto, é dada pela velocidade de
consumo de um dos reagentes ou pela velocidade de formação de um dos produtos, dividida pelo respectivo
coeficiente da equação química balanceada.
Para a mesma reação hipotética:

aA + bB  cC + dD

VA VB VC VD
VmREAÇÃO    
a b c d
ou
  A   B   C    D 
VmREAÇÃO    
a  t b  t c  t d  t
pois:
VA VB VC VD
   
A  B C D
VmREAÇÃO    
a  t b  t c  t d  t

Observação:
A velocidade dos participantes de uma reação é diretamente proporcional aos seus respectivos coeficientes na
equação química balanceada.

2.1. Velocidade instatânea de uma reação


A velocidade instantânea da reação é a velocidade a cada instante da reação, ou seja é a velocidade da reação para
um intervalo de tempo com t tendendo a zero.

A velocidade instantânea de uma reação é numericamente igual ao coeficiente angular da reta traçada no gráfico de
concentração versus tempo em um determinado instante.
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À medida que o tempo passa o coeficiente angular da reta vai diminuindo, consequentemente a velocidade instantânea
da reação vai diminuindo com o tempo.

Dada a reação:
Br2(aq) + HCOOH(aq)  2H+(aq) + 2Br–(aq) + CO2(g)

As velocidades instantâneas da reação entre o bromo molecular e o ácido fórmico em t = 100 s, 200 s e
300 s são determinadas pelas inclinações das tangentes nesses valores de tempo.

Veja este outro exemplo:


Considere: C4H9Cl(aq) + H2O(l)  C4H9OH(aq) + HCl(aq)

A concentração de cloreto de butila (C 4H9Cl)


em função do tempo:
A velocidade da reação a qualquer momento está
relacionada à inclinação da reta tangente à curva
naquele momento. Como (C4H9Cl) está
desaparecendo, a velocidade é igual ao negativo
da inclinação.

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3. Condições para a ocorrência de reações

I) Natureza dos Reagentes ou Afinidade Química


Ex.1: 2 CO(g) + 1 O2(g)  2 CO2(g)

A reação ocorre, pois o CO(g) possui afinidade pelo O2(g).

Ex.2: CO2(g) + 1 O2(g)  não reage

A reação não ocorre, pois o CO2(g) não possui afinidade pelo O2(g).
A afinidade química é uma propriedade que depende da própria natureza das substâncias envolvidas na reação.

II) Contato entre os Reagentes


Para que a reação ocorra, deve haver o contato entre os reagentes para que aconteçam interações entre esses
reagentes que possam originar os produtos.

III) Formação do Complexo Ativado


Consideremos a seguinte reação:

2 Hl(g)  H 2( g)  I 2( g)

Para que essa reação ocorra, é necessário que haja colisão entre as moléculas dos reagentes. Nessa colisão as
ligações covalentes das moléculas de H – I devem ser quebradas para que as ligações covalentes das moléculas H –
H e I – I sejam formadas. Entre esse processo, de quebra de ligações e formação de novas ligações, ocorre a formação
de uma estrutura de transição, com ligações intermediárias entre as ligações das moléculas dos reagentes e as ligações
das moléculas dos produtos.
Essa estrutura intermediária é chamada de complexo ativado. Vejamos:

a = Ligações sendo quebradas


b = Ligações sendo formadas

Complexo ativado de uma reação: É uma estrutura intermediária entre os reagentes e os produtos, com
ligações químicas intermediárias entre as ligações dos reagentes e as ligações dos produtos.
Para que haja a formação do complexo ativado, é necessário que as colisões entre as moléculas sejam efetivas.
Colisões efetivas ou eficazes: São aquelas em que ocorre quebra de ligações e consequente formação de novas
ligações. Nesse caso a reação ocorre.
Colisões não-efetivas ou não-eficazes: São aquelas em que não ocorre quebra de ligações e consequentemente
não há formação de novas ligações. Nesse caso a reação não ocorre.
Para que uma colisão seja efetiva, duas condições são necessárias:

I) A colisão entre as moléculas deve ocorrer numa orientação favorável.


As três colisões seguintes não são efetivas, pois as posições geométricas das colisões não são favoráveis:

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A colisão a seguir é favorável quanto à posição geométrica:

II) A colisão entre as moléculas deve ocorrer com energia igual ou superior à energia de ativação da reação.

Energia de ativação de uma reação: É o valor mínimo de energia que as moléculas dos reagentes devem
possuir para que uma colisão entre elas seja eficaz.

Observação:
Quando maior for a energia de ativação de uma reação, mais lenta será a reação. Portanto, a energia de ativação
(Ea) é comparada a uma barreira que os reagentes devem vencer para que a reação ocorra.

H (entalpia)
Complexo ativado

Ea Eai
H2(g) + I2(g)

H < 0

Hf(g) + HI(g)

Caminho da reação

Ea = energia de ativação
Eai = energia de ativação da reação inversa
Reação: H2(g) + I2(g)  2 HI(g)
(exotérmica)

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H (entalpia)
Complexo ativado

Eai

H2(g) + I2(g)
Ea
H > 0

HI(g) + HI(g)

Sentido da reação

Ea = energia de ativação
Eai = energia de ativação da reação inversa
Reação: 2 HI(g)  H2(g) + I2(g)
(endotérmica)

Obs1.:
O número de colisões efetivas é mínimo em relação ao número de colisões não-efetivas

Obs2.:
Quanto menor a energia de ativação (Ea), maior será a velocidade da reação. Isso é válido tanto para reações
endotérmicas como exotérmicas.

4. Fatores que influem na velocidade de uma reação

I. Superfície de contato do reagente sólido


Quando um reagente está no estado sólido, a reação ocorre apenas na sua superfície. Por isso, quanto maior
for a superfície de contato desse sólido, maior será a velocidade da reação.

Quanto maior for a superfície de contato do reagente, maior a velocidade da reação.

Ex. 1:
O bombril enferruja muito rapidamente do que uma lâmina de ferro, na presença do ar úmido.

Ex. 2:
Os comprimidos efervescentes na forma de pó reagem muito mais rapidamente com a água do que os na forma
de comprimidos.

II. Influência de temperatura


Aumentar a temperatura significa aumentar a energia cinética das moléculas e consequentemente fazer com
que elas colidam com mais frequência e com mais energia, logo a velocidade da reação aumenta.

Regra de Van't Hoff: “um aumento de 10°C na temperatura duplica a velocidade de uma reação.”
Ex.: 20°C  V
30°C  2V
40°C  4V
50°C  8V
Observação:
A regra de Van't Hoff é uma regra muito geral e portanto muito limitada.

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Distribuição das energias cinéticas em uma


amostra de moléculas de gás a duas
temperaturas diferentes.

III. Influência da concentração dos reagentes:


Um aumento na concentração dos reagentes, provoca um aumento na velocidade das reações em virtude do
aumento do número de colisões entre as moléculas dos reagentes.

IV. Influência da pressão na velocidade da reação:


A pressão só exerce influência significativa nos reagentes gasosos, e nesse caso o que ocorre com o aumento
da pressão é uma diminuição do volume e portanto um aumento da concentração dos reagentes e consequentemente
a velocidade da reação aumenta.

Observação:
A pressão só influi de maneira significativa na velocidade de uma reação quando pelo menos um dos reagentes gasoso
e pressão praticamente não altera a velocidade da reação.

Para os reagentes gasosos temos:


P.V = n . R . T
n
P  .R.T  P m.R.T
V
ou seja para um reagente X(g) temos:
P = [X] . R. T a uma temperatura (T) constante temos
R . T constante.

Conclusão:
A pressão de um gás é diretamente proporcional à sua concentração molar (mol/L).

V. Influência do catalisador

Catalisador: é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química, sem sofrer alteração
qualitativa nem quantitativa no fim da reação.
Catálise: é o nome dado ao aumento da velocidade de uma reação provocada pelo catalisador.
Um catalisador aumente a velocidade de uma reação porque diminui a energia de ativação da reação.

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Entalpia (H)

Ea1

Produtos
Ea2
H > 0
Reagentes

Sentido da reação

Ea1 = energia de ativação sem catalisador


Ea2 = energia de ativação com catalisador
H = variação de entalpia (permanece inalterado) (reação exotérmica)

Entalpia (H)

Ea1

Ea2
Reagentes

H < 0
Produtos

Caminho da reação

Ea1 = energia de ativação sem catalisador


Ea2 = energia de ativação com catalisador
H = variação de entalpia
(permanece inalterado)
(reação endotérmica)

Catálise homogênea: é aquela em que o catalisador e os reagentes formam uma mesma fase. (sistema
homogêneo).
C
Ex. 1 : 2N 2 O ( g) 2
( g)
 N 2( g)  O 2( g)

Catalisador e reagente na fase gasosa (sistema homogêneo)


I
Ex. 2 : 2H 2 O 2( aq) 
( aq )
2H 2 O (  )  O 2( g)

Catalisador e reagente na fase aquosa (sistema homogêneo)

Catálise heterogênea: É aquela em que o catalisador e os reagentes formam duas ou mais fases. (sistema
heterogêneo)
MnO
Ex. 1 : 2H 2 O 2( aq) 
 2H 2 O ( )  O 2( g)
2( s )

Catalisador na fase sólida e reagentes na fase aquosa. (sistema heterogêneo).

MnO
Ex. 2 : 2KCO 3( s) 
 2KC ( s)  3O 2( g)
2( s )

Catalisador e reagentes na fase sólida. (sistema heterogêneo)

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Os catalisadores de automóveis são formados por ligas metálicas. Como o catalisador é sólido e os
reagentes são gasosos, a catálise é heterogênea.

Observações:
Obs.1:
O catalisador não altera o H da reação

Obs.2:
A Luz, a eletricidade, o calor, etc., em alguns casos podem aumentar a velocidade de uma reação, mas não devem
ser considerados como catalisadores, pois não são substância, mas sim formas de energia.

Obs.3:
O catalisador acelera a reação, mas não aumenta o seu rendimento, isto é, ele produz a mesma quantidade de produto,
porém, num período de tempo menor.

Quantidade de produto [ ]

t1 t2 Tempo

Autocatálise: é um caso particular de catálise, no qual o catalisador é um dos produtos da própria reação.

3Cu(s) + 8 HNO3(aq)  3 Cu(NO3)2(aq) + 4 H2O(l) + 2 NO(g) (catalisador)

Inicialmente a reação é lenta. À medida que o catalisador vai sendo formado, a velocidade da reação vai
aumentando.

Enzimas: são catalisadores (proteínas complexas) produzidos pelos vivos, que aceleram reações importantes
para o metabolismo do próprio ser vivo (as enzimas são catalisadores específicos)

Lipídio + água lipase


 ácido graxo + álcool
(reação que ocorre no nosso tubo digestivo)

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Modelo chave-e-fechadura que procura explicar a especificidade de urna enzima pelas moléculas de
substrato

Ativador ou promotor de catalisador: são substâncias que, isoladamente, não possuem ação catalítica, mas
numa reação ativam o catalisador.

Fe
Ex.: N2(g) + 3 H2(g)  2 NH3(g)
ativadores: Al2O3 e K2O.

Veneno ou inibidor de catalisador: é uma espécie química que, presente numa reação catalítica, diminui ou
mesmo anula totalmente a ação do catalisador.

Fe
Ex.: N2(g) + 3 H2(g)  2 NH3(g)
inibidor de catalisador ou veneno: Arsênio (As)

Inibidor ou Inibidor de Reação: é uma espécie química que possui ação inversa a de um catalisador, ou seja,
aumenta a energia de ativação da reação.

Ex.: 2 H2O2(aq)  2H2O(l) + O2(g) velocidade: v1



2 H2O2(aq) H3O (aq) 2H2O(l) + O2(g) velocidade: v2

V2 < V1

H3O+ = inibidor da reação.

4.1. Mecanismo das catálises homogênea e heterogênea


a) catálise homogênea
Na catálise homogênea o catalisador propõe um novo mecanismo para a reação. A reação passa a ocorrer em mais
de uma etapa. Neste novo mecanismo a energia de ativação da reação é menor que sem o uso do catalisador.
Na catálise homogênea o catalisador é consumido em uma etapa, mas é integralmente restituído em uma etapa
seguinte.
O catalisador faz parte da lei de velocidade da reação na catálise homogênea.

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Comparação entre uma reação não catalisada (a) e a mesma reação catalisada por uma enzima (b). A
representação gráfica em (b) admite que a reação catalisada segue um mecanismo em duas etapas e
que a segunda etapa (ES  E + P) é a que controla a velocidade da reação.

Veja agora o exemplo do peróxido de hidrogênio decompõe-se muito devagar:


2H2O2(aq)  2H2O(l) + O2(g)

Na presença do íon de bromo, a decomposição ocorre rapidamente:


2Br-(aq) + H2O2(aq) + 2H+(aq)  Br2(aq) + 2H2O(l).
Br2(aq) + H2O2(aq)  2Br-(aq) + 2H+(aq) + O2(g).

O Br- é um catalisador porque ele pode ser recuperado no final da reação.

Perfil de energia para a decomposição não-


catalisada de peróxido de hidrogênio e para a
reação catalisada por Br-.

b) catálise heterogênea
Na catálise heterogênea, os reagentes e o catalisador encontram-se em fases diferentes. Geralmente o
catalisador é um sólido e os reagentes são gases ou líquidos. A catálise heterogênea é de longe o tipo
mais importante na indústria química, especialmente na síntese de produtos químicos essenciais.
Descrevemos a seguir três exemplos específicos de catálise heterogênea responsáveis por milhões de
toneladas de produtos químicos produzidos anualmente em escala industrial.

Na catálise heterogênea o catalisador adsorve as moléculas dos reagentes, enfraquecendo as suas


ligações e consequentemente a energia necessária para a formação do complexo ativado será menor
que sem o uso do catalisador. A reação acontece na superfície do catalisador.
Na catálise heterogênea o catalisador não reage e não faz parte da lei de velocidade da reação.

Ação catalítica durante a síntese da amônia. Em primeiro lugar, as moléculas de N2 e H2 ligam-se à


superfície do catalisador. Essa interação com a superfície enfraquece as ligações covalentes no H 2 e N2
e acaba por causar a dissociação dessas moléculas. Os átomos H e N são muito reativos e se
combinam para formar a molécula de NH3, que deixa então a superfície.

5. Estudo da influência da concetração na velocidade de uma reação química

Considere a reação:

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H2(g) + I2(g)  2 HI(g)

Se num dado volume temos uma molécula de H 2 e uma molécula de I2, elas têm certa probabilidade de se
chocarem de forma efetiva e, portanto, a reação terá uma certa velocidade.
Dobrando-se agora a concentração do hidrogênio, ou seja, colocando-se duas moléculas de H2 a probabilidade
de uma molécula de H2 chocar-se com uma molécula de I2 dobra e, portanto, a velocidade da reação dobra.
Duplicando-se as concentrações de H2 e de I2 simultaneamente, a probabilidade fica quatro vezes maior e,
portanto, a velocidade da reação quadruplica.

Conclusão:
A velocidade dessa reação é diretamente proporcional às concentrações molares (mol/L) dos reagentes.

V  K  H2  I2 

K = constante de velocidade ou constante cinética da reação na referida temperatura.

Consideremos que a equação geral abaixo seja uma reação elementar.


Reação elementar: é a reação química que ocorre em uma única etapa (são poucas as reações químicas que
ocorrem em uma única etapa).
aA + bB  cC + dD, temos:

V  K  A a  Bb

v = velocidade da reação numa dada temperatura.


K = constante de velocidade na referida temperatura.
[A] = concentração molar ou molaridade de A.
[B] = concentração molar ou molaridade de B.

a e b coeficientes de A e B na equação balanceada.

Ex.: SO 2( g)  O 2( g)  SO 3( g)
V  K  SO2  O2 

Na prática, a grande maioria das reações não são elementares, ou seja, ocorrem em duas ou mais etapas, cada
uma com a sua velocidade. Nesses casos, as equações que deduzimos até aqui são válidas para cada etapa da reação,
mas não são válidas para a reação global.
Para a reação geral abaixo, considerando que não seja elementar, temos:
aA + bB + ...  cC + dD

V  K  A m  Bn 

onde: m e n são determinados experimentalmente.

“A velocidade de uma reação é proporcional às concentrações molares dos reagentes, elevados a


expoentes que são determinados experimentalmente, em cada temperatura considerada.”

Essa lei é conhecida como lei da ação das massas e foi estabelecida pelos cientistas Guldberg e Waage.
A velocidade de uma reação é determinada pela etapa mais lenta da reação, ou seja, a velocidade da reação é
a velocidade da etapa lenta e portanto os coeficientes m e n na equação da velocidade da reação são os coeficientes
dos reagentes na equação da etapa lenta.
Consideramos a reação:

4HBr(g) + O2(g)  2H2O(g) + 2Br2(g)


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Sabendo que ela ocorre segundo o mecanismo:

HBr + O2  HBrO2 (etapa lenta)


HBrO2 + HBr  2 HBrO (etapa rápida)
2 HBrO + 2 HBr  2 H2O + 2 Br2 (etapa rápida)

4 HBr(g) + O2(g)  2 H2O(g) + 2 Br2(g) (equação global)

A velocidade da reação será :

v = K. [HBr] .[O2], pois a etapa lenta é que determina a velocidade da reação.

Mecanismo de reação: é o conjunto de reações elementares que compõem uma reação química.

Observações:
Obs.1:
A cada etapa de uma reação que se processa em mais de uma etapa é considerada como elementar.
Obs.2:
A concentração de um sólido ou de um líquido em uma solução diluída, é considerada constante, por isso não deve
fazer parte diretamente da equação da velocidade e da reação, devendo ser considerado só o estado gasoso e
substâncias no estado aquoso.

Ex.1:
Fe ( s )  2HC ( aq )  FeC  2( aq )  H 2( g)
V  K  [HC] 2
(considerando a reação como elementar)

Ex.2:
HC ( g)  H2O (  )  H3O (aq)  C ( aq)
V  K  HC

6. Estudo da influência da pressão na velocidade de uma reação química


Como vimos, numa mistura gasosa, o aumento da pressão total reduz o seu volume e consequentemente
aumenta a concentração dos reagentes e, também, a velocidade da reação.

Observações:
Obs.1:
Em uma mistura gasosa chama-se pressão parcial de um dos reagentes à pressão que ele exerceria se estivesse
sozinho, ocupando o volume total da mistura, na temperatura considerada.

Obs.2:
Como já vimos: numa mistura gasosa, a pressão parcial de cada gás é proporcional a sua concentração molar.
Relembrando:
Para um gás A(g) temos:

NA
PA V  N A RT  PA  RT  PA  [ A]  RT
V

Devido a essa proporcionalidade, a lei cinética também pode ser escrita, para sistemas gasosos, da seguinte
maneira:

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aA(g) + bB(g) + …  cC(g) + dD(g)

V = K.(pA)m.(pB)n...

pA = pressão parcial de A(g)


pB = pressão parcial de B(g)

Na expressão da velocidade da reação em função das pressões parciais só devem ser considerados os reagentes
gasosos.
Ex.: H2(g) + I2(s)  2HI(g)
V = K.(pH2)1

7. Ordem de uma reação

Dada a reação:

aA + bB  xX + yY

Temos a seguinte equação de velocidade:

V = K.[A]m . [B]n

Assim temos:
m = ordem da reação em relação ao reagente A;
n = ordem da reação em relação ao reagente B;
(m + n) = ordem da reação ou ordem geral da reação;

A ordem de uma reação é sempre determinada experimentalmente, pois é deduzida da equação da velocidade
da reação e pode ser igual a zero ou ter um valor positivo inteiro ou fracionário.

A ordem de um reagente na expressão da velocidade de uma reação indica a dependência existente


entre a concentração molar desse reagente e a velocidade da reação global.

Observações:
Quanto à ordem, as reações podem ser:
 de ordem zero;
 de ordem igual a 1 ou de primeira ordem;
 de ordem igual a 2 ou de segunda ordem;
 de ordem igual a 3 ou de terceira ordem.

Considere a seguinte reação elementar:

2 NO(g) + H2(g)  N2O(g) + H2O(g)

V = K . [NO]2 . [H2]
Ordem do NO(g): 2a ordem
Ordem do H2(g): 1a ordem
Ordem da reação: 3a ordem

8. Molecularidade de uma reação


Molecularidade: é o número mínimo de moléculas ou íons dos reagentes que precisam colidir
simultaneamente para que se forme o complexo ativado e ocorra uma reação elementar ou uma etapa de uma reação
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não-elementar.

Ex.:
C12H22O11(aq) + H2O(l)  C6H12C6(aq) + C6H12O6(aq)
sacarose água glicose frutose

A molecularidade da reação é igual a 2(reação bimolecular), pois essa reação se efetua pelo choque de 2
moléculas C12 H22 O11 e H2O.
A ordem da reação é igual a 1 (reação de primeira ordem), pois a velocidade só depende da concentração de
uma substância (C12H22O11) elevada a expoente 1:

V  K  C12H22O11

Observações:
1. Quando à molecularidade, as reações podem ser: monomoleculares (ou unimoleculares), bimoleculares e
trimoleculares.
2. Numa reação não-elementar, não se define molecularidade para a reação global, mas sim, para cada uma de suas
etapas.

9. Aprofundamento
9.1. Determinação da lei de velocidade de uma reação

1.1. Uma lei de velocidade é uma característica da reação determinada experimentalmente e não pode,
em geral, ser escrita a partir da estequiometria da equação química balanceada.

1.2. Existem reações de ordem zero:


Os experimentos mostram que a reação de decomposição da amônia na presença de platina como
catalisador, ocorre com velocidade constante até que toda a amônia seja consumida:

1.3. As ordens podem ser negativas e uma lei de velocidade pode depender da concentração dos
produtos:
Observa-se experimentalmente que na reação de transformação do gás ozônio em gás oxigênio,
o aumento da concentração de O2(g) desacelera a reação, pois ele participa da reação inversa:

1.4. Algumas reações podem ter ordens fracionárias:


Observe a lei de velocidade da reação abaixo determinada experimentalmente:

Ordem da reação: 1 + (–1/2) = 1/2

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9.2. Equação de Arrhenius

Onde:
A = parâmetro de Arrhenius = fator pré-exponencial (determinado experimentalmente), também chamado
de fator de frequência, ele está relacionado com a frequência das colisões e a probabilidade com que as
colisões são orientadas de maneira favorável. Esse fator é expresso na unidade L.mol–1.s–1.
Ea = parâmetro de Arrhenius = energia de ativação (determinado experimentalmente).
A e Ea são praticamente independentes da temperatura e variam de reação para reação.
R = constante dos gases = 8,314 J.mol–1K–1.
T = temperatura absoluta.
Observe que a equação abaixo possui a forma de uma reta (y = a + bx). Essa equação mostra que em
um gráfico de ln k (eixo y) versus 1/T (eixo x) será uma reta com inclinação igual a –Ea/R, assim a energia
de ativação pode ser calculada a partir da inclinação da reta resultante no referido gráfico.

y = a + bx (a = coeficiente linear; b = coeficiente angular)

O fator exponencial e –Ea/RT é sempre menor que 1 e se interpreta como a fração de moléculas com
a energia mínima necessária para que a reação ocorra.

9.3. Estudo das equações de velocidade


Considere a reação: R  P
Onde:
[R]0 = Concentração molar do reagente no instante t = 0 (instante inicial)
[R]t = Concentração molar do reagente no instante t (instante qualquer)
t1/2 = meia-vida
y = a + bx (a = coeficiente linear; b = coeficiente angular)

Ordem da
0 1 2
reação
Equação de
V=k.[R]0 V=k.[R]1 V=k.[R]2
velocidade
Unidades de
Mol.L-1.s-1 s-1 L.mol-1.s-1
k
[R]t = [R]0 – kt ln[R]t = ln[R]0 – kt 1/[R]t = 1/[R]0 + kt
Equação
(y = a + bx) (y = a + bx) (y = a + bx)
integrada de
ou ou ou
velocidade
[R]0 – [R]t = kt ln([R]t / [R]0) = – kt 1/[R]t – 1/[R]0 = kt
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Coeficiente
-k -k k
angular
Gráfico
[R]t versus t (tempo) ln [R]t versus t (tempo) 1/[R]t versus t (tempo)
retilíneo
[R] ln [R]
1/[R]

Gráfico
retilíneo

Tempo, t Tempo, t Tempo, t


t1/2 = ln2 / k
Meia-vida t1/2 = [R]0 / 2k t1/2 = 1 / k[R]0
ou t1/2 = 0,693 / k

9.4. Cálculo da constante de velocidade da reação em diferentes temperaturas:


A equação seguinte permite que se possa calcular a constante de velocidade k 2 a qualquer
temperatura T2, quando se conhece a energia de ativação da reação Ea e a constante de velocidade k 1 em
determinada temperatura T1.

Essa equação foi deduzida a partir da equação de Arrhenius.

9.5. Meia Vida


A meia-vida de uma reação, t 1 , corresponde ao tempo necessário para que a concentração de um
2

reagente diminua para metade do seu valor inicial.

Representação gráfica de [A], em função do tempo, para a reação de primeira ordem A  produtos. A
meia-vida para a reação é de 1 minuto. Após expirar cada meia-vida, a concentração de A é reduzida à
metade.

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CINÉTICA QUÍMICA Dado: ln2 = 0,693.


Exercícios de Aprendizagem

01. (Ita) A figura a seguir representa o resultado de dois


experimentos diferentes (I) e (II) realizados para uma mesma
reação química genérica (reagentes ë produtos). As áreas
hachuradas sob as curvas representam o número de
partículas reagentes com energia cinética igual ou maior que
a energia de ativação da reação (Eat). Baseado nas
informações apresentadas nesta figura, é correto afirmar que
a) a constante de equilíbrio da reação nas condições do
experimento I é igual à da reação nas condições do a) Qual é o valor da constante de velocidade?
experimento II. b) Em qual dos estágios - I, II ou III -, indicados na figura
b) a velocidade medida para a reação nas condições do anterior, detecta-se a maior velocidade instantânea para essa
experimento I é maior que a medida nas condições do reação? Justifique sua resposta.
experimento II.
c) a temperatura do experimento I é menor que a temperatura 03. (Ita) Certa reação química exotérmica ocorre, em dada
do experimento II. temperatura e pressão, em duas etapas representadas pela
d) a constante de velocidade medida nas condições do seguinte sequência de equações químicas:
experimento I é igual à medida nas condições do A + Bë E + F + G
experimento II. E+F+GëC+D
e) a energia cinética média das partículas, medida nas Represente, em um único gráfico, como varia a energia
condições do experimento I, é maior que a medida nas potencial do sistema em transformação (ordenada) com a
condições do experimento II. coordenada da reação (abscissa), mostrando claramente a
variação de entalpia da reação, a energia de ativação
envolvida em cada uma das etapas da reação e qual destas
apresenta a menor energia de ativação. Neste mesmo gráfico,
mostre como a energia potencial do sistema em
transformação varia com a coordenada da reação, quando um
catalisador é adicionado ao sistema reagente. Considere que
somente a etapa mais lenta da reação é influenciada pela
presença do catalisador.

04. (Ufpe) Quando a concentração de 2-bromo-2-


metilpropano, C„H‰Br dobra, a velocidade da reação:

C„H‰Br (aq) + OH­(aq)ëC„H‰OH (aq) + Br­(aq)


02. (Ufc) O gráfico adiante expressa a variação de

concentração de uma determinada espécie em função do aumenta por um fator de 2. Se as concentrações de C„H‰Br e
tempo de experimento, a uma temperatura constante, OH- são dobradas, o aumento da velocidade é o mesmo: um
fator de 2. Com relação a esses dados, analise as afirmativas
segundo uma cinética de primeira ordem. a seguir.
1) A lei de velocidade da reação pode ser escrita como: v =
k [C„H‰Br] [OH­] e, portanto, a reação é de segunda ordem.
2) A lei de velocidade da reação pode ser escrita como: v =
k [C„H‰Br] e, portanto, a reação é de primeira ordem.
3) A lei de velocidade da reação pode ser escrita como: v =
k [C„H‰Br] e, portanto, a reação é de primeira ordem, com
relação ao C„H‰Br, e de ordem zero, com relação ao íon OH­.
4) Se a concentração de íons OH- triplicar, a velocidade da
reação não se altera.
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5) A meia-vida, t(1/2), independe da concentração inicial dos de transição existem? Qual etapa é a mais rápida? A reação
reagentes. A  C é exotérmica ou endotérmica?
Estão corretas:
a) 1, 2, 4 e 5 apenas
b) 1, 3, 4 e 5 apenas
c) 2, 3, 4 e 5 apenas
d) 1 e 5 apenas
e) 1, 2, 3, 4 e 5

05. (Unesp) A cinética da reação


2HgCØ‚+C‚O„£­ë2CØ­ + 2CO‚(g) + Hg‚CØ‚(s)
Foi estudada em solução aquosa, seguindo o número de mols
de Hg‚CØ‚ que precipita por litro de solução por minuto. Os
dados obtidos estão na tabela. 10. Com base no seguinte perfil de reação, quantos inter-
mediários são formados na reação A  D? Quantos estados
de transição existem? Qual etapa é mais rápida? A reação A
 D é exotérmica ou endotérmica?

Pede-se:
a) Determinar a equação de velocidade da reação.
b) Calcular o valor da constante de velocidade da reação. 11. O seguinte mecanismo foi proposto para a reação na
c) Qual será a velocidade da reação quando [HgCØ‚]=0,010M fase gasosa de H2 com ICl:
e [C‚O„£­]=0,010M? H 2(g) + ICl(g)  HI(g) + HCl(g)
Hl(g) + ICl(g) l2(g) + HCl(g)
06. (a) Qual o significado do termo molecularidade?
(b) Por que as etapas elementares termoleculares são tão raras? (a)Escreva a equação balanceada para a reação total.
(c) O que é um intermediário em um mecanismo? (b)Identifique quaisquer intermediários no mecanismo.
(c) Escreva as leis de velocidade para cada etapa no mecanismo.
07. Qual é a molecularidade de cada um dos seguintes pro- (d) Se a primeira etapa é lenta e a segunda é rápida, qual a lei
cessos elementares? Escreva a lei de velocidade para cada de velocidade que você esperaria ser observada para a reação
um. como um todo?
(a) Cl2(g )  2Cl ( g )
(b) OCl-(g) + H2O (g)  HOCI(g) + OH-(g)
(c) NO(g) + Cl2(g)  NOCl2(g) CINÉTICA QUÍMICA
Exercícios de Fixação
08. Qual é a molecularidade de cada um dos seguintes pro-
cessos elementares? Escreva a lei de velocidade para cada 01. (Puccamp) O fósforo branco P„ é tão reativo que
um. deve ser guardado em água para não se inflamar
(a) 2NO(g)  N2O2(g)
espontaneamente:
(b) H2C-CH2(g)  CH2 = CH-CH3(g)
(c) SO3(g)  SO2(g) + O(g) P„ + 5 O‚ ë P„O³ + calor.
O fósforo vermelho, muito mais seguro, encontra-se na
09. Com base no seguinte perfil de reação, quantos inter- lixa da caixinha de fósforos. Quando riscado,
mediários são formados na reação A  C. Quantos estados transforma-se em P„ que pega fogo.

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O calor gerado inicia a reação entre as substâncias impulsos nervosos nos seres vivos. A reação é promovida
presentes na cabeça do palito. A reação global é: pela enzima acetilcolinesterase (AChE).

P„ + 5 O‚ + 3 S + 2 KCØOƒ ë P„O³ + 3 SO‚ + 2 KCØ


+ calor

(Adaptado de Luis Fernando Pereira. "Folha Considere as seguintes afirmativas sobre o papel de AChE
de S. Paulo". 10/06/2004) nessa reação:
O fato do fósforo branco pegar fogo imediatamente,
quando exposto ao ar, indica que esta transformação I. AChE é catalisador da reação.
II. AChE aumenta a energia de ativação da reação.
química
III. AChE promove caminhos reacionais alternativos.
a) é muito endotérmica. IV. AChE inibe a formação de intermediários.
b) é catalisada pelo O‚ do ar.
c) forma produtos com maior conteúdo energético do Assinale a alternativa correta.
que os reagentes. a) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
d) tem baixa energia de ativação.
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
e) atinge rapidamente o equilíbrio. d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
02. (Fuvest) Foram realizados quatro experimentos.
04.. (Ita ) Considere uma reação química representada
Cada um deles consistiu na adição de solução aquosa
pela equação: Reagentes ë Produtos. A figura a
de ácido sulfúrico de concentração 1 mol/L a certa
massa de ferro. A 25°C e 1atm, mediram-se os seguir mostra esquematicamente como varia a energia
volumes de hidrogênio desprendido em função do potencial (Ep) deste sistema reagente em função do
tempo. No final de cada experimento, sempre sobrou avanço da reação química. As letras a, b, c, d e e
ferro que não reagiu. A tabela mostra o tipo de ferro representam diferenças de energia.
usado em cada experimento, a temperatura e o volume
da solução de ácido sulfúrico usado. O gráfico mostra
os resultados.

Com base nas informações apresentadas na figura é


CORRETO afirmar que
a) a energia de ativação da reação direta é a diferença
de energia dada por c - a + d.
b) a variação de entalpia da reação é a diferença de
As curvas de 1 a 4 correspondem, respectivamente, energia dada por e - d.
aos experimentos. c) a energia de ativação da reação direta é a diferença
a) 1-D; 2-C; 3-A; 4-B de energia dada por b + d.
b) 1-D; 2-C; 3-B; 4-A d) a variação de entalpia da reação é a diferença de
c) 1-B; 2-A; 3-C; 4-D energia dada por e - (a + b).
d) 1-C; 2-D; 3-A; 4-B e) a variação de entalpia da reação é a diferença de
e) 1-C; 2-D; 3-B; 4-A energia dada por e.

3. (Ufpr 2015) A reação de hidrólise da acetilcolina, 05. (Pucrs) Uma forma de ingerirmos a vitamina C é
esquematizada abaixo, é fundamental na transmissão de
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através do consumo de sucos de frutas. O suco deve


ser consumido logo após ser preparado, pois essa
vitamina sofre oxidação e perde sua ação em pouco
tempo.
O gráfico a seguir apresenta a curva de decomposição
da vitamina C, presente no suco de acerola, em função
do tempo.

Sobre a decomposição do peróxido de hidrogênio em


solução aquosa é INCORRETO afirmar que
a) independentemente da ação do catalisador, a
reação é exotérmica.
b) apesar de o bromo (Br‚) reagir com o H‚O‚ na
primeira etapa do mecanismo proposto, ele é
totalmente regenerado durante a segunda etapa, não
sendo consumido durante o processo.
Pela análise do gráfico, é correto afirmar que a c) a presença do bromo altera a constante de equilíbrio
velocidade média de decomposição da vitamina C, em do processo, favorecendo a formação do oxigênio e da
molar/min, nas duas primeiras horas após o preparo do água.
suco, é de, aproximadamente, d) na primeira etapa do mecanismo proposto, o Br‚(Ø)
a) 2,5 × 10-¥ é reduzido a Br-(aq) e na segunda etapa, o ânion
b) 6,0 × 10-¥ Br­(aq) é oxidado a Br‚(Ø).
c) 3,0 × 10-£ e) a ação do catalisador possibilita um novo
d) 4,0 × 10-£ mecanismo de reação, que apresenta menor energia
e) 7,0 × 10-£ de ativação, aumentando a velocidade o processo.

06. (Pucsp) A decomposição do peróxido de 07. (Ufal) Analise as afirmações seguintes, sobre
hidrogênio (H‚O‚) em solução aquosa (água CINÉTICA QUÍMICA.
oxigenada) é catalisada pela adição de uma gota de ( ) A etapa determinante da rapidez de uma reação
bromo (Br‚) à solução. química é a mais lenta.
( ) Catalisadores não participam das etapas de uma
Br‚ reação química.
2H‚O‚(aq) ë 2H‚O(Ø) + O‚(g) ( ) Uma porção de maionese deteriora-se mais
rapidamente do que os seus componentes
O mecanismo proposto para o processo ocorre em considerados separadamente, pois, entre outros
duas etapas: fatores, a superfície de contato de cada um é maior.
Br‚(aq)+H‚O‚(aq) ë 2Br­(aq)+2H®(aq)+O‚(g) ( ) A frequência de colisões efetivas entre reagentes
2Br­(aq)+2H®(aq)+H‚O‚(aq)ëBr‚(aq)+2H‚O(Ø) diminui com o aumento de temperatura.
O caminho da reação na presença e na ausência de ( ) Alumínio em pó pode ser "queimado" mais
catalisador é representado no gráfico a seguir: facilmente do que alumínio em raspas.

08. (Ufc) O monóxido de carbono (CO), um veneno


metabólico, é incolor, inodoro e se apresenta no estado
gasoso, à temperatura ambiente. Isto confere ao CO a
denominação de "poluente imperceptível". Quando
inalado, o CO interfere no transporte de O‚ no sangue,
ao combinar-se com a hemoglobina, para formar a
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carboxihemoglobina. de agregação das substâncias, conforme descrito a


seguir:

Reação I CO (g) + NO‚ (g) ë CO‚ (g) + NO (g)


Experimento 1 - Temperatura igual a 25 °C.
Experimento 2 - Temperatura igual a 250 °C.
(As demais condições são idênticas nos dois
experimentos.)

Reação II Pb(NOƒ)‚ + 2KI ë PbI‚ + 2KNOƒ


Dado que a cinética da reação de formação da
Experimento 3 - Os dois reagentes foram utilizados na
carboxihemoglobina é de primeira ordem em relação a
forma de pó.
cada um dos reagentes, assinale a alternativa correta.
Experimento 4 - Os dois reagentes foram utilizados em
a) A expressão que representa corretamente a lei de
solução aquosa.
velocidade da reação inversa é v = k÷ 1
(As demais condições são idênticas nos dois
[carboxihemoglobina] / [O‚], e k÷1 é adimensional.
experimentos.)
b) A lei de velocidade da reação direta é dada por v =
k1 [oxihemoglobina][CO], e as dimensões de k 1 serão
Comparando-se as velocidades de reação em cada
L.mol-¢.s-¢.
par de experimentos (V com V‚; Vƒ com V„ ), é
c) Quando os valores das concentrações iniciais da
CORRETO afirmar que
oxihemoglobina e do CO forem idênticos e diferentes
a) V‚ > V e Vƒ = V„.
de 1M, a expressão v = k1 representará corretamente
b) V > V‚ e Vƒ > V„.
a lei de velocidade da reação.
c) V‚ > V e V„ > Vƒ.
d) A reação descrita é dita de segunda ordem com
d) V > V‚ e Vƒ = V„.
relação aos reagentes, e a constante de velocidade k 1
assume a dimensão L£.mol-£.s.
e) A etapa lenta da reação não é influenciada pelas
11. (Pucpr 2015) Analisando as reações abaixo, as quais
concentrações da oxihemoglobina e de monóxido de
produzirão gás nitrogênio e água líquida, assinale a
carbono. alternativa CORRETA.

09. (Ufmg) Em um antigo método para a fabricação do Etapa 1) H2(g)  NO(g)  N2O(g)  H2O( ) (lenta)
ácido sulfúrico, H‚SO„, uma das etapas consistia numa Etapa 2) H2(g)  N2O(g)  N2(g)  H2O( ) (rápida)
sequência de reações, representadas por estas a) A reação global é dada pela seguinte reação balanceada:
equações: 2H2(g)  2NO(g)  3N2(g)  2H2O( )  N2O(g) .
b) Se mantivermos a concentração do H2(g) em quantidade
I) SO‚(g) + NO‚(g) ë SOƒ(g) + NO(g) de matéria e duplicarmos a concentração em quantidade
II) NO(g) + 1/2 O‚(g) ë NO‚(g) de matéria do NO(g) , a velocidade da reação duplicará.
c) Colocando-se na reação um catalisador, este aumentará a
Considerando-se essas equações e a produção de velocidade da reação e será consumido durante a reação.
H‚SO„, é INCORRETO afirmar que d) A lei da velocidade é dada por: V  K  [H2(g) ]  [NO(g) ]
a) a obtenção do H‚SO„ pode ser realizada por meio e) Se triplicarmos a concentração em quantidade de matéria
da reação de SOƒ com a água. do H2(g) e duplicarmos a concentração do NO(g) , a
b) a equação da reação global da etapa descrita não velocidade da reação ficará 12 vezes maior.
inclui os compostos nitrogenados.
c) o nitrogênio é reduzido e o enxofre é oxidado na 12. (Ufpe) No início do século XX, a expectativa da
primeira reação. Primeira Guerra Mundial gerou uma grande
d) o oxigênio molecular catalisa a conversão do NO em necessidade de compostos nitrogenados. Haber foi o
NO‚. pioneiro na produção de amônia, a partir do nitrogênio
do ar. Se a amônia for colocada num recipiente
10. (Ufmg) Duas reações químicas foram realizadas fechado, sua decomposição ocorre de acordo com a
em condições diferentes de temperatura e de estado seguinte equação química não balanceada:

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NHƒ(g) ë N‚(g) + H‚(g). da reação global


( ) a substância B é um intermediário da reação
As variações das concentrações com o tempo estão ( ) a reação global A ë C é espontânea
ilustradas na figura a seguir: ( ) a reação inversa C ë B apresenta energia livre
de Gibbs de ativação igual a 20 kJ/mol

14. (Ufpr) No gráfico abaixo, estão representadas as


concentrações, ao longo do tempo, de quatro
substâncias - A, B, C e D - que participam de uma
reação hipotética.

A partir da análise da figura acima, podemos afirmar


que as curvas A, B e C representam a variação
temporal das concentrações dos seguintes
componentes da reação, respectivamente:
a) H‚, N‚ e NHƒ
b) NHƒ, H‚ e N‚
c) NHƒ, N‚ e H‚ A partir destas informações, é correto afirmar:
d) N‚, H‚ e NHƒ (01) As substâncias A e B são reagentes da reação.
e) H‚, NHƒ e N‚ (02) A velocidade de produção de C é menor que a
velocidade de produção de A.
13. (Ufpe) O gráfico ilustra a variação da energia livre (04) Transcorridos 50 s do início da reação, a
ao longo de uma reação química, que ocorre em duas concentração de C é maior que a concentração de B.
etapas: (08) Nenhum produto se encontra presente no início da
reação.
Etapa I: A ë B (16) A mistura das substâncias A e D resulta na
Etapa II: B ë C produção de B.
(32) As substâncias A, B e D estão presentes no início
da reação.
Soma ( )

15. (Ufpr) A velocidade média da reação a A + b B ë


c C + d D pode ser definida pela expressão I, a seguir:

A partir da análise do gráfico julgue as alternativas a


seguir:
( ) a etapa I é espontânea
( ) a etapa II é a etapa determinante da velocidade

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Considere agora a reação de decomposição da água


oxigenada.
2 H‚O‚(aq) ë 2 H‚O(líq) + O‚(g)
A tabela fornece as concentrações, em mol por litro, da
água oxigenada, em função do tempo da reação.
Com base nas informações acima, é correto afirmar:
(01) A velocidade média da reação é constante em
todos os intervalos de tempo considerados.
(02) No intervalo de tempo entre 20 e 30 minutos, a
velocidade média de formação do gás oxigênio é As curvas que representam as concentrações de SO‚,
5,0x10-¤ mol L-¢ min-¢. SOƒ, O‚ e NO são, respectivamente:
(04) Em valores absolutos, a velocidade média de a) I, II, III, IV.
decomposição da água oxigenada é igual à velocidade b) II, I, III, IV.
média de formação da água, qualquer que seja o c) III, I, II, IV.
intervalo de tempo considerado. d) III, II, I, IV.
(08) Entre 0 e 10 minutos, a velocidade média da e) IV, III, II, I.
reação, definida pela expressão I acima, é de 1,5x10-£
mol L-¢ min-¢.
17. (Fuvest 2015) O eugenol, extraído de plantas, pode ser
(16) No intervalo de 10 a 20 minutos, a velocidade transformado em seu isômero isoeugenol, muito utilizado na
média de decomposição da água oxigenada é de 0,30 indústria de perfumes. A transformação pode ser feita em
mol L-¢ min-¢. solução alcoólica de KOH.
(32) A velocidade média, definida pela expressão I, é
sempre um número positivo.
Soma ( )

16. (Ufscar) Um dos produtos envolvidos no fenômeno


da precipitação ácida, gerado pela queima de Foram feitos três experimentos de isomerização, à mesma
combustíveis fósseis, envolve o SO‚ gasoso. Ele reage temperatura, empregando-se massas iguais de eugenol e
com o O‚ do ar, numa reação no estado gasoso volumes iguais de soluções alcoólicas de KOH de diferentes
catalisada por monóxido de nitrogênio, NO. No concentrações. O gráfico a seguir mostra a porcentagem de
conversão do eugenol em isoeugenol em função do tempo,
processo, é gerado SOƒ, segundo a reação global para cada experimento.
representada pela equação química balanceada

NO(g)
2SO‚ + O‚ ë 2SOƒ

No gráfico a seguir estão representadas as variações


das concentrações dos componentes da reação em
função do tempo de reação, quando a mesma é
estudada em condições de laboratório, em recipiente
fechado contendo inicialmente uma mistura de SO‚, O‚
e NO gasosos.

Analisando-se o gráfico, pode-se concluir corretamente que


a) a isomerização de eugenol em isoeugenol é exotérmica.
b) o aumento da concentração de KOH provoca o aumento
da velocidade da reação de isomerização.
c) o aumento da concentração de KOH provoca a
decomposição do isoeugenol.
d) a massa de isoeugenol na solução, duas horas após o
início da reação, era maior do que a de eugenol em dois
dos experimentos realizados.
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e) a conversão de eugenol em isoeugenol, três horas após o a) I, II, III.


início da reação, era superior a 50% nos três b) II, I, III.
experimentos. c) III, I, II.
d) II, III, I.
18. (Unesp) Duas fitas idênticas de magnésio metálico
e) III = I, II.
são colocadas, separadamente, em dois recipientes.
No primeiro recipiente adicionou-se solução aquosa de
20. (Pucsp 2015) Considere uma reação genérica em que os
HCØ e, no segundo, solução aquosa de CHƒCOOH,
reagentes D e G transformam-se no produto J. A cinética
ambas de concentração 0,1mol/L. dessa reação pode ser estudada a partir do gráfico a seguir
Foram feitas as seguintes afirmações: que representa a entalpia de reagentes e produtos, bem como
I - As reações se completarão ao mesmo tempo nos das espécies intermediárias formadas durante o processo. No
dois recipientes, uma vez que os ácidos estão gráfico, estão representados os caminhos da reação na
presença e na ausência de catalisador.
presentes na mesma concentração.
II - O magnésio metálico é o agente oxidante nos dois
casos.
III - Um dos produtos formados em ambos os casos é
o hidrogênio molecular.
IV - As velocidades das reações serão afetadas se as
fitas de magnésio forem substituídas por igual
quantidade deste metal finamente dividido.
São verdadeiras as afirmações:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas. Um aluno ao analisar esse gráfico fez algumas afirmações a
respeito da reação D  G  J :
19. (Unifesp) Para investigar a cinética da reação
I. z representa a variação de entalpia ( H) dessa reação.
representada pela equação a seguir, foram realizados
II. y representa a energia de ativação dessa reação na
três experimentos, empregando comprimidos de
presença de catalisador.
antiácido efervescente, que contêm os dois reagentes
III. x  z representa a energia de ativação dessa reação na
no estado sólido. As reações foram iniciadas pela ausência de catalisador.
adição de iguais quantidades de água aos IV. Essa reação corresponde a um processo endotérmico.
comprimidos, e suas velocidades foram estimadas
observando-se o desprendimento de gás em cada Estão corretas apenas as afirmações
a) I e II.
experimento. O quadro a seguir resume as condições b) I e III.
em que cada experimento foi realizado. c) II e III.
d) II e IV.
e) I, III e IV.

21. (Ufes) A 383°C o dióxido de nitrogênio (NO‚) se


decompõe em óxido de nitrogênio (NO) e oxigênio (O‚)
a uma velocidade média de 4,8×10-¤mol s-¢ L-¢.
a) Qual o tempo necessário para que 4,8mols de NO‚
sejam reduzidos à metade do seu valor?
b) Sabendo-se que a constante de velocidade da
reação é 10L mol-¢ s-¢, qual será a velocidade inicial
da reação, se a concentração inicial de NO‚ for
0,25mol L-¢?

Assinale a alternativa que apresenta os experimentos 22. (Ufrn) Foram obtidos os seguintes dados
em ordem crescente de velocidade de reação. experimentais para a velocidade de hidrólise da
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sacarose em solução diluída, a temperatura constante. entre eteno e hidrogênio, ambos gasosos, é
exotérmica. A reação é muito lenta, mas pode ser
C‚H‚‚O + H‚O ë C†H‚O† + C†H‚O† acelerada quando se adiciona um metal em pó, como
(sacarose) (glicose) (frutose) níquel, paládio ou platina.
a) Escreva a equação química balanceada da reação
que ocorre e explique por que a reação é acelerada
pela adição do metal.
b) Esquematize um diagrama de energias, indicando
as entalpias de reagentes e produto, relacionando-as
com o calor de reação. Localize no diagrama a energia
de ativação antes e depois da adição do metal.

25. (Unesp) A fonte energética primária do corpo


humano vem da reação entre a glicose (C†H‚O†) em
solução e o oxigênio gasoso transportado pelo sangue.
Com base nos dados anteriores, determine o(a) São gerados dióxido de carbono gasoso e água líquida
a) molecularidade da reação. como produtos. Na temperatura normal do corpo
b) equação da velocidade. (36,5°C), a interrupção do fornecimento energético
c) ordem da reação. para certos órgãos não pode exceder 5 minutos. Em
d) valor da constante de velocidade. algumas cirurgias, para evitar lesões irreversíveis
nestes órgãos, decorrentes da redução da oxigenação,
23. (Ufrgs 2015) Para a obtenção de um determinado o paciente tem sua temperatura corporal reduzida para
produto, realiza-se uma reação em 2 etapas. 25°C, e só então a circulação sanguínea é
O caminho dessa reação é representado no diagrama interrompida.
abaixo. a) Escreva a equação química balanceada que
representa a reação entre a glicose e o oxigênio.
b) Explique por que o abaixamento da temperatura do
corpo do paciente impede a ocorrência de lesões
durante a interrupção da circulação.

26. (Uepa 2015) De um modo geral, a ordem de uma reação


é importante para prever a dependência de sua velocidade em
relação aos seus reagentes, o que pode influenciar ou até
mesmo inviabilizar a obtenção de um determinado
composto. Sendo assim, os dados da tabela abaixo mostram
uma situação hipotética da obtenção do composto "C", a
partir dos reagentes " A " e "B".
Velocidade
Considere as afirmações abaixo, sobre essa reação. [A] [B] inicial
Experimento
mol  L1 mol  L1 (mol  L1 s1)
I. A etapa determinante da velocidade da reação é a etapa 2.
II. A reação é exotérmica. 01 0,1 0,1 4,0  105
III. A energia de ativação da etapa 1 é maior que a energia 0,1 0,2 4,0  105
02
de ativação da etapa 2.
03 0,2 0,1 16,0  105
Quais estão corretas?
a) Apenas I. A partir dos dados da tabela acima, é correto afirmar que a
b) Apenas II. reação: A  B  C, é de:
c) Apenas III. a) 2ª ordem em relação a " A " e de ordem zero em relação
d) Apenas II e III.
e) I, II e III. a "B"
b) 1ª ordem em relação a " A " e de ordem zero em relação
24. (Ufscar) À temperatura ambiente, a reação química a "B"

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c) 2ª ordem em relação a "B" e de ordem zero em relação um processo chamado catálise, oxidar ou decompor
a "A" esses gases, como mostra o exemplo abaixo. Para a
d) 1ª ordem em relação a "B" e de ordem zero em relação reação global 2 NO(g) + O‚(g) ë 2 NO‚(g), na qual
NO‚ atmosférico é gerado a partir de NO expelido dos
a "A"
escapamentos de automóveis, é proposto o seguinte
e) 1ª ordem em relação a " A " e de 1ª ordem em relação a
mecanismo, em duas etapas:
"B"
2 NO(g) Ï N‚O‚(g) (etapa rápida)
27. (Ufsm 2015) Os sais estão presentes nos shows N‚O‚(g) + O‚(g) ë 2 NO‚(g) (etapa lenta)
pirotécnicos. Os fogos de artifício utilizam sais pulverizados Considerando essas afirmações, assinale o que for
de diferentes íons metálicos como, por exemplo, o sódio (cor correto.
amarela) e o potássio (cor violeta), misturados com material
01) A lei de velocidade da etapa lenta é igual a
explosivo, como a pólvora. Quando a pólvora queima,
elétrons dos metais presentes sofrem excitação eletrônica, v=k[O‚][NO]£.
liberando a energia na forma de luz. 02) As reações das etapas rápida e lenta podem ser
chamadas de reações bimoleculares.
Sobre a cinética da reação, é correto afirmar: 04) A catálise descrita acima é um exemplo de catálise
a) Quanto maior a superfície de contato entre os reagentes,
mais rápida é a reação; assim, quanto mais dividido o homogênea.
reagente sólido, mais a reação será acelerada. 08) À temperatura e à concentração de NO(g)
b) A queima dos fogos de artifício é facilitada pelo uso de constantes, se a concentração de O‚(g) duplicar, a
sais pulverizados, pois estes diminuem a energia de reação global será 4 vezes mais rápida.
ativação da reação.
16) Sendo a lei de velocidade da etapa lenta, obtida
c) A temperatura gerada na queima de fogos de artifício
reduz a frequência dos choques entre as partículas de experimentalmente, igual a v=k[N‚O‚][O‚], sua ordem
reagentes, tornando a reação mais rápida. de reação é igual a 2.
d) A reação é mais rápida, pois, ao se utilizar o sal
pulverizado, a frequência das colisões é menor, 30. (Ufpe) Em determinadas condições de temperatura
favorecendo, assim, a reação.
e pressão, a decomposição térmica do éter dimetílico
e) A pólvora age como um catalisador, diminuindo a energia
de ativação total da reação química. (ou metoxietano ou oxibismetano), dada pela equação
(CHƒ)‚O(g) ë CH„(g) + H‚(g) + CO(g)
28. (Pucsp) A reação 2NO(g) + 2H‚(g) ë N‚(g) + exibe a seguinte dependência da velocidade com a
2H‚O(g) foi estudada a 904 °C. Os dados da tabela concentração:
seguinte referem-se a essa reação.

A respeito dessa reação é correto afirmar que sua Considerando que a concentração da espécie química
expressão da velocidade é X seja denominada como [X], a velocidade (v) para
a) v = k[NO] [H‚]. essa reação será expressa como:
b) v = k[NO]£ [H‚]. a) v = k [(CHƒ)‚O]
c) v = k[H‚]. b) v = k [CH„][H‚][CO]
d) v = k[NO]¥ [H‚]£. c) v = k
e) v = k[NO]£ [H‚]£. d) v = k [(CHƒ)‚O]‚
e) v = k{[CH„][H‚][CO]}/[(CHƒ)‚O]
29. (Uem ) Os conversores catalíticos automotores,
baseados em ligas metálicas sólidas contendo ródio, 31. (Ufc) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no
paládio ou molibdênio, são dispositivos antipoluição espaço apropriado a soma dos itens corretos.
existentes na maioria dos carros. Sua função é
absorver moléculas de gases poluentes e, através de O óxido nítrico (NO), produzido pelo sistema de

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exaustão de jatos supersônicos, atua na destruição da molar de um dos reagentes e mantendo-se a do outro
camada de ozônio através de um mecanismo de duas constante. Os resultados obtidos estão representados
etapas, a seguir representadas: no gráfico adiante:
(1) NO(g) + Oƒ(g) ë NO‚(g) + O‚(g); ÐH= - 199,8 kJ

(2) NO‚(g) + O(g) ë NO(g) + O‚(g); ÐH = -192,1 kJ


Assinale as alternativas corretas:
01. A reação total pode ser representada pela
equação: Oƒ(g)+O(g)ë2O‚(g).
02. No processo total, o NO é um catalisador da
reação.
04. Sendo V = k [Oƒ][O] a expressão de velocidade
para o processo total, a reação é dita de primeira
ordem com relação ao ozônio.
08. Ambas as reações correspondentes às etapas do Em função dos dados apresentados,
processo são endotérmicas. a) determine a ordem da reação em relação aos
16. A reação total fornecerá 391,1 kJ por mol de reagentes X e Y, respectivamente.
oxigênio formado. b) calcule o número de vezes em que a velocidade da
Soma ( ) reação aumenta quando se duplica a concentração
molar de Y e se triplica a concentração molar de X.
32. (Pucsp) Os dados a seguir referem-se a cinética da
reação entre o monóxido de nitrogênio (NO) e o 34. (Ufc ) Considere as seguintes reações
oxigênio (O‚), produzindo o dióxido de nitrogênio elementares:
(NO‚). etapa lenta
etapa I: HOOH + I- ë HOI + OH-

etapa rápida
etapa II: HOI + I­ ë I‚ + OH­

etapa rápida
etapa III: 2OH­ + 2HƒO® ë 4H‚O
-------------------------------------------------------------
reação global: 2I­+HOOH+2HƒO® ë I‚+4H‚O
Analisando a tabela é correto afirmar que
a) a expressão da velocidade da reação é v=k[NO][O‚]. a) Qual a etapa determinante da velocidade da
b) a temperatura no último experimento é maior que reação?
400°C. b) Apresente a expressão da lei de velocidade para a
c) a velocidade da reação independe da concentração reação global.
O‚.
d) o valor da constante de velocidade (k) a 400°C é 35. (Ufrj) A expressão da velocidade de uma reação
1L/mol. deve ser determinada experimentalmente, não
e) o valor da constante de velocidade (k) é o mesmo podendo, em geral, ser predita diretamente a partir dos
em todos os experimentos. coeficientes estequiométricos da reação.
O gráfico a seguir apresenta dados experimentais que
33. (Uerj) A reação expressa pela equação possibilitam a obtenção da expressão da velocidade
da seguinte reação:
x X +y Y ë z Z + w W
2 ICØ(g) + H‚(g) ë I‚(g) + 2 HCØ(g).
foi realizada em diversas experiências nas quais se
manteve constante a temperatura. As velocidades de
reação foram medidas, variando-se a concentração
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[B] Incorreta.
Etapa lenta :
H2(g)  2NO(g)  N2O(g)  H2O( )
2
v  k [H 2 ]  [NO]
v  k (1)  (1)2  1
v  k (1)  (2)2  4k

[C] Incorreta. Uma das principais características do


catalisador é aumentar a velocidade da reação sem ser
a) Escreva a expressão da velocidade desta reação. consumido no final.
b) Calcule o número de mols de cada produto ao final [D] Incorreta. A lei de velocidade é dada pela etapa lenta da
da reação apresentada se, no início, há 3 mols de cada reação:
reagente. H2(g)  2NO(g)  N2O(g)  H2O( )

v  k [H 2 ]  [NO]2

GABARITO [E] Correta.


H2(g)  2NO(g)  N2O(g)  H2O( )
01. [D] 02. [E] v  k [H 2 ]  [NO]2
Resposta da questão 3: v  k (1)  (1)2  1
[E]
v  k (3)  (2)2  12k
Análise das afirmativas:
12. [D]
[I] Verdadeira. AChE é catalisador da reação. 13. F V V V F 14. 02 + 04 + 32 = 38

15. 02 + 04 + 08 + 32 = 46 16. [C]

Resposta da questão 17:


[B]

De acordo com o gráfico, o aumento da concentração de


[II] Falsa. O catalisador (AChE) diminui a energia de KOH provoca o aumento da velocidade da reação de
ativação da reação. isomerização.

[III] Verdadeira. AChE promove caminhos reacionais


alternativos, consequentemente a energia de ativação
diminui.

[IV] Falsa. AChE não inibe a formação de intermediários,


pelo contrário, cria caminhos alternativos.

04. [A] 05. [B] 06. [C]


07. V F F F V 08. [B] 09. [D]
10. [C]
Resposta da questão 11:
[E]

[A] Incorreta.
H2(g)  2NO(g)  1N2O(g)  H2O( ) (lenta)

H2(g)  1N2O(g)  N2(g)  H2O( ) (rápida)

2H2(g)  2NO(g)  N2(g)  2H2O( )


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18. [D] 19. [B]

Resposta da questão 20:


[A]

Analisando o gráfico, vem:

[II] Correta. A reação é exotérmica, pois a entalpia dos


produtos é menor do que a dos reagentes.

21. a) Ácido clorídrico


b) Pela velocidade de diminuição de líquido e pela
produção de gás na proveta.

22 . a) NO‚(g) + CO(g) ë NO(g) + CO‚(g)


v = k [NO‚]£

b) I: Falsa, pois, pelo gráfico observa-se que é


exotérmica (ocorre com liberação de calor), sendo
que os produtos têm menor energia que os
reagentes.
II: Falsa, pois o catalisador não desloca o equilíbrio; [III] Correta. A energia de ativação da etapa 1 é maior que a
energia de ativação da etapa 2.
não afeta o rendimento. Quando colocado no início,
faz com que o equilíbrio seja atingido mais
rapidamente. 24. a) CH‚=CH‚(g)+H‚(g)ëCHƒ-CHƒ(g) ÐH < 0
A reação é acelerada pela adição de níquel, paládio
21. a) 500 s ou platina, pois esses metais promovem a catálise do
b) 0,625 mol . s-¢ . L-¢ processo, abaixando a energia de ativação da reação.
b) Observe o gráfico a seguir:
22. a) 2
b) v = k[C‚H‚‚O]
c) 1ò ordem
d) k = 1,01 × 10-¦ min-¢

Resposta da questão 23:


[D]

Análise das afirmações:

[I] Incorreta. A etapa determinante da velocidade da reação


é a mais lenta (maior energia de ativação), ou seja, etapa
1.

25. a)
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C†H‚O†(aq) + 6 O‚(g) ë 6 CO‚(g) + 6 H‚O(Ø)


b) O abaixamento da temperatura diminui o 33.
metabolismo celular, abaixando a necessidade de a) Reagente X = reação de 2ò ordem
oxigênio, ou seja, diminui a velocidade das reações Reagente Y = reação de 1ò ordem
químicas. Além disso, o abaixamento da temperatura b) A velocidade da reação aumenta 18 vezes.
aumenta a solubilidade do oxigênio no sangue.
34. a) A etapa determinante da velocidade da reação
Resposta da questão 26: é a etapa lenta. Portanto, etapa I.
[A] b) v = k[HOOH][ I- ]

35.
a) v = k [H‚] [ICØ]
b) n° de mols de HCØ = 3

No experimento 01 para 02 ao se dobrar a concentração de


B, a velocidade da reação não se altera, portanto, a
concentração de B, não influencia na velocidade da reação.

No experimento 02 para 03, ao se dobrar a concentração de


A, a velocidade da reação irá quadruplicar.

Assim, a lei de velocidade será dada por:


v  k  [A]2 [B]0

Conclusão: A reação será de segunda ordem em relação a A


e de ordem zero em relação a B.

Resposta da questão 27:


[A]

[A] Correta. Quanto maior a superfície de contato entre os


reagentes, mais rápida é a reação; assim, quanto mais
dividido o reagente sólido estiver, mais a reação será
acelerada.
[B] Incorreta. A queima dos fogos de artifício é facilitada
pelo uso de sais pulverizados, pois aumenta a superfície
de contato, aumentando a frequência de choques
efetivos.
[C] Incorreta. A temperatura gerada na queima de fogos de
artifício aumenta a frequência de choques efetivos das
partículas tornando a reação mais rápida.
[D] Incorreta. O sal pulverizado aumenta superfície de
contato, com isso a frequência das colisões é maior, o
que favorece a reação.
[E] Incorreta. A pólvora não age como catalisador, pois é
consumida durante o processo de queima.

28. [B]
29. 18
30. [D]

31. 01 + 02 + 04 = 07

32. [B]
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