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Alexandre Oliveira
Físico-Química
1º Semestre
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MÓDULO 01
ESTUDO DAS SOLUÇÕES
1) Dispersão
Dispersão é todo sistema no qual uma ou mais substâncias estão disseminadas (difundidas) sob a
forma de pequenas partículas, em outra substância, de maneira uniforme e em toda a sua extensão.
Observações:
A substância que está disseminada constitui o disperso e a substância que dissolve o disperso é
chamada dispersante ou dispergente.
As dispersões são classificadas, genericamente de acordo com o tamanho médio das partículas
dispersas em: soluções verdadeiras (soluções), dispersões coloidais e suspensões.
Observações:
1 nm = 1 nanômetro
1 nm = 10–9 m
1 Ǻ (Angström) = 10–10m
1 nm = 10 Ǻ
Observações:
Dos três tipos de dispersão, somente a solução é um sistema monofásico (sistema homogêneo),
sendo, por isso, na prática, a mais importante das dispersões.
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Observações:
É o solvente que condiciona o estado de agregação de uma solução.
Soluções moleculares ou não-eletrolíticas: as partículas dispersas são somente moléculas, logo não
conduzem corrente elétrica.
Ex.: Sacarose em água.
C12H22O11( s) H
2O
C12H22 O11(aq)
(DISSOLUÇÃO)
Soluções iônicas ou eletrolíticas: as partículas dispersas são íons e moléculas ou somente íons, logo
conduzem corrente elétrica.
Observações:
Ionização: É a formação de íons que ocorre quando um composto covalente é colocado em
contado com um solvente polar.
H3 O (aq) C ( aq)
HC ( g) H2 O ( )
(Ácidos sofrem ionização)
Muitas soluções apresentam ao mesmo tempo moléculas e íons dispersos; por exemplo, numa
solução aquosa de ácido acético (ácido fraco), existem muitas moléculas do ácido, não-ionizadas
(CH3COOH) e poucos íons (CH3COO– e H+).
Observação:
Um parâmetro para se diferenciar uma solução diluída de uma concentrada é o seguinte:
Solução diluída: É a que possui no máximo 0,1 mol de soluto por litro de solução. Para o NaCl(s) (58,5
g/mol) uma solução com até 5,85 g de NaCl(s) para cada litro de solução é considerada diluída.
Solução concentrada: É a que possui mais que 0,1 mol de soluto por litro de solução. Para o NaCl(s)
uma solução com mais de 5,85 g de NaCl(s) para cada litro de solução é considerada concentrada.
Observações:
1. A capacidade de uma substância se dissolver em outra é chamada solubilidade.
2. Geralmente o solvente utilizado é a água e a quantidade fixa é de 100g de H 2O.
Ex. 1:
Cs(KNO3) = 13,9 g KNO3/ 100g H2O (0ºC)
Cs(KNO3) = 45,8 g KNO3/ 100g H2O (30ºC)
Cs(KNO3) = 245,0 g KNO3/ 100g H2O (100ºC)
Ex. 2:
Cs(Ca(OH)2) = 185.10-3g Ca(OH)2 / 100g H2O (0°C)
Cs(Ca(OH)2) = 106.10-3g Ca(OH)2 / 100g H2O (70°C)
Gráfico de solubilidade de
algumas substâncias
Observações:
1. Em geral, a solubilidade dos sólidos aumenta com a temperatura (curvas ascendentes), mas existem
algumas substâncias que diminuem a sua solubilidade com o aumento de temperatura (curvas
descendentes).
4. Quando a curva de solubilidade apresenta pontos de inflexão, significa que o soluto forma hidratos
definidos, e esses pontos de inflexão correspondem à temperatura de dissociação de sais hidratados.
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5. As soluções, além de serem classificadas quanto à fase de agregação da solução, quanto à fase de
agregação do soluto e do solvente, quanto à natureza das partículas dispersas e quanto à proporção
entre soluto e solvente, podem ser classificadas quanto ao coeficiente de solubilidade em:
I) Soluções não-saturadas (insaturadas): são aquelas onde a quantidade de soluto dissolvido (m 1) não
atinge o coeficiente de solubilidade (Cs) . (m 1 < Cs).
Ex.: Cs(KNO3) = 45,8 g de KNO3/ 100g H2O (30ºC)
Dissolver 40 g de KNO3 em 100g H2O a 30ºC
II) Soluções saturadas: São aquelas onde a quantidade de soluto dissolvida (m 1) é igual ao coeficiente
de solubilidade (Cs) . (m 1 = Cs).
Ex.: Dissolver 45,8 g de KNO3 em 100g de H2O a 30ºC
Observações:
Em soluções saturadas com precipitado (corpo de chão) ocorre um equilíbrio dinâmico entre o corpo
de chão e a solução saturada, ou seja, a velocidade com que o sólido se dissolve é igual à velocidade
com que o sólido se precipita no fundo do recipiente.
Ex.: Dissolver 50 g de KNO3 em 100g de água a 30ºC.
(Não esqueça que o Cs KNO3 = 45,8 g KNO3 em 100g H2O a 30ºC)
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III) Soluções supersaturadas: são aquelas em que a quantidade de soluto dissolvida (m 1) é superior ao
coeficiente de solubilidade (Cs) . (m 1 > Cs). É uma solução instável, podendo por qualquer perturbação
do sistema se tornar uma solução saturada com precipitado.
Observações:
Como se prepara uma solução supersaturada?
Podemos, por exemplo, pegar uma solução saturada de KNO 3 a 30ºC e resfriá-la sob condições
especiais a 20ºC e obteremos uma solução supersaturada de KNO3.
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Para preparar uma solução supersaturada usando uma substância de dissolução exotérmica
devemos preparar uma solução saturada e em seguida aquecê-la em condições especiais.
Observe o seguinte exemplo:
Dissolução exotérmica:
Cs(x) = 50g de X/100g H2O (20°C)
Cs(x) = 40g de X/100g H2O (30°C)
O ponto A representa uma solução não-saturada (insaturada), pois nesse ponto existem 40 g de
X dissolvidos em 100g de água na temperatura t3, portanto a massa de soluto dissolvido é menor que o
Cs de X nessa temperatura, que é 100g de X/100g H 2O (m1 < Cs).
O ponto B representa uma solução saturada, pois nesse ponto existem 60g de X dissolvidos em
100g de H2O na temperatura t2, portanto a massa de soluto dissolvido é igual ao Cs de X nessa
temperatura, que é 60g de X/100g H2O (m1 = Cs).
O ponto C representa uma solução supersaturada, pois nesse ponto existem 50g de X dissolvidos
em 100g de H2O na temperatura t1, portanto a massa de soluto dissolvido é maior que Cs de X nessa
temperatura, que é 20g de X/100g H2O (m1 > Cs).
Conclusões:
I) Qualquer ponto em uma região acima da curva de solubilidade indica que a solução é supersaturada.
II) Qualquer ponto coincidente com a curva de solubilidade indica que a solução é saturada.
III) Qualquer ponto em uma região abaixo da curva de solubilidade indica que a solução é insaturada.
Observações:
1. Um solvente pode estar saturado de um soluto e ainda conseguir dissolver outro soluto.
Ex.: A água saturada de NaCl ainda é capaz de dissolver uma certa quantidade de
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açúcar.
2. Nem sempre se observa a correspondência entre solução diluída e solução insaturada. Observe o
exemplo a seguir:
Uma solução com 2g de CaSO4 em 1 litro de água é considerada diluída, mas já está saturada, pois
o coeficiente de solubilidade do CaSO4 é muito baixo. Cs(CaSO4) = 2g CaSO4/1L H2O.
5) Formação de soluções
Uma solução é uma mistura homogênea na qual todas as partículas são muito pequenas, tipicamente
da ordem de átomos, íons e pequenas moléculas, com diâmetros variando entre 0,05 e 0,25 nm. Quando as
partículas são maiores, as misturas possuem propriedades específicas de dispersões coloidais e
suspensões.
1ª Etapa: quebra do retículo cristalino do sólido. É uma etapa endotérmica, portanto, ocorre com
absorção de calor, pois as ligações do retículo cristalino do sólido precisão ser rompidas. No caso do sal
de cozinha as ligações iôniocas entre o cátion (Na +) e o ânion (Cl-) serão quebradas. Essa energia
absorvida é denominda energia de rede.
2ª Etapa: solvatação das partículas do sóilido. É uma etapa exotérmica, ou seja, ocorre com
liberação de calor, pois serão formadas interações intermoleculares entre as partículas do sólido e do
solvente. No caso do sal e da água, serão formadas interações do tipo íon-dipolo, interações que são
mais fortes que a ligações de hidrogênio. Essa energia liberada é denominada energia de solução ou
energia de dissolução.
Eventos semelhantes explicam por que os sólidos compostos de moléculas polares, como o açúcar,
se dissolvem em água. As atrações entre o solvente e os dipolos do soluto ajudam a destacar as moléculas
do cristal e trazê-las para a solução. Podemos utilizar a regra "igual dissolve igual"; um soluto polar se
dissolve em um solvente polar.
Do mesmo modo podemos explicar por que sólidos não-polares como a cera são solúveis em
solventes não-polares como o benzeno. A cera é uma mistura sólida de longas cadeias de hi-
drocarbonetos. Suas moléculas estão ligadas por fracas forças de London, e dessa forma são facilmente
desagregadas, embora as ligações entre as moléculas do soluto (cera) e do solvente (benzeno)
resultantes também sejam fracas (forças de London).
Quando as forças de atração intermoleculares do soluto e do solvente são suficientemente
diferentes, toma-se impossível a formação de uma solução. Por exemplo, sólidos iônicos ou moléculas
sólidas de alta polaridade (como o açúcar) são insolúveis em solventes não-polares como o benzeno, a
gasolina ou o querosene. As moléculas destes solventes, todos hidrocarbonetos, são incapazes de atrair
íons ou moléculas com alta polaridade com força suficiente para sobrepujar as forças de atração que eles
possuem entre si em seus cristais.
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6) Calores de solução
A troca de entalpia entre o sistema e o meio, quando um mol de soluto se dissolve no solvente, a
uma pressão constante, para formar uma solução diluída é chamada de entalpia molar da
solução , ou somente calor da solução, Hsol.
H é positivo para urna mudança endotérmica, e por isso a seta para o Passo 1 na Fig. 6 aponta
para cima, o sentido positiv o .
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Como podemos observar na figura anterio, o primeiro passo é endotérmico e aumenta a energia
potencial do sistema. As partículas do sólido se atraem, por isso precisamos de energia para separá-
las, a energia da rede. Ao receber a energia necessária da rede, o sólido é convertido para o estado
gasoso.
No segundo passo, as partículas do soluto gasoso entram no solvente e se misturam. A energia
potencial do sistema diminui, pois as partículas de solvente e soluto se atraem. Este passo é, então,
exotérmico e sua energia é chamada de energia de dissolução, o termo geral. O termo específico
energia de hidratação é utilizado para as soluções aquosas.
O calor de solução, a mudança resultante da energia, é a diferença entre a energia necessária para
o Passo 1 e a energia liberada no Passo 2. Quando a energia necessária para o Passo 1 excede a energia
liberada no Passo 2, a solução se forma endotermicamente, mas quando a energia liberada no Passo 2
excede a energia necessária para o Passo 1, a solução se forma exotermicamente.
Podemos comprovar esta análise comparando os calores de solução experimentais de alguns
sais na água com aqueles calculados a partir das energias da rede e de hidratação (Tabela 1). Os cálculos
são descritos nas Figuras seguintes, utilizando diagramas de entalpia para a formação de soluções
aquosas de dois sais, KI e NaBr.
A correspondência entre os valores experimentais e os calculados na Tabela 1 não é muito
precisa. Isto ocorre primeiramente porque as energias da rede e de hidratação não são
conhecidas com precisão e também porque o modelo utilizado em nossa análise é obviamente
muito simples. (O modelo não diz nada, por exemplo, sobre como a tendência na tural à desordem
influencia na formação da solução.) Note, entretanto, que quando a "teoria" prediz valores
relativamente altos para o calor da solução, os valores experimentais seguem esta tendência e
ambos os valores possuem o mesmo sinal (exceto para o NaCl). Observe também que as
mudanças nos valores seguem o mesmo padrão quando comparamos os três sais de cloro — LiCI,
NaCI e KCI — ou os três sais de bromo — LiBr, NaBr e KBr.
Pequenos erros percentuais em quantidades muito grandes podem causar grandes mudanças na diferença
percentual entre estes números.
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Fig. Entalpia de uma solução. Para analisar a variação de entalpia devida à formação de uma solução de
dois líquidos, podemos imaginar a sequência hipotética de etapas ilustrada acima. 1ª Etapa. As moléculas
do líquido designado como solvente são ligeiramente deslocadas para dar lugar às moléculas do soluto,
num processo endotérmico. 2ª Etapa. As moléculas do soluto são forçadas a ocupar um volume maior,
para dar lugar às moléculas do solvente, num processo também endotérmico. 3ª Etapa. As amostras de
solvente e de soluto expandidas misturam-se espontaneamente, aparecendo uma atração entre as
moléculas que torna o processo exotérmico.
A segunda etapa é semelhante à primeira, mas ocorre com o outro líquido (o solvente). No
diagrama de entalpia (Figura seguinte), podemos observar o solvente e o soluto após estas etapas, em
suas condições "expandidas".
A terceira etapa é deixar que a natureza siga seu curso - a tendência natural à desordem.
Conforme as moléculas do solvente e do soluto se aproximam elas se unem e se misturam. Como as
moléculas dos dois líquidos agora experimentam forças mútuas de atração, a energia potencial do
sistema diminui e, portanto, a Etapa 3 é exotérmica. O valor de Hsol, será, novamente, a mudança
resultante na energia para estes passos.
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Fig. Variações de entalpia ao ser formada urna solução ideal. O processo em três etapas e o de
formação direta começam e terminam ambos no mesmo ponto, com idêntica variação total de entalpia. A
soma dos valores positivos de H para as duas etapas endotérmicas, 1 e 2, é igual em módulo ao valor negativo
de H para a etapa exotérmica 3. Logo, a variação total H na formação de uma solução ideal é nula.
A acetona e a água formam uma solução exotermicamente (veja Figura seguinte (a)). Com estes
líquidos, a terceira etapa libera mais energia que a soma das duas primeiras etapas, pois as moléculas de
acetona atraem as moléculas de água com mais intensidade do que atraem as suas próprias moléculas.
O álcool etílico e o hexano formam uma solução endotermicamente (veja Figura seguinte (b)).
Neste caso, a liberação de energia na terceira etapa não é suficiente para compensar a energia
necessária para as etapas 1 e 2 e a solução fica "fria" quando se forma. O motivo aqui é que as
moléculas do álcool etílico se atraem mais intensamente do que atraem as moléculas do hexano. As
moléculas do hexano não podem se "misturar" entre as moléculas do álcool sem que sejam quebradas
algumas das ligações de hidrogênio.
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Fig. Variações de entalpia quando é formada uma solução real. Como Hsol, é uma função de estado,
o caminho em várias etapas e o direto resultam na mesma variação total de entalpia. (a) O processo é
exotérmico. (b) O processo é endotérmico.
A Tabela nos fornece dados para as solubilidades em água de muitos gases comuns, a diferentes
temperaturas e a pressão constante de 1 atm. Podemos observar que a pressão constante, as
solubilidades dos gases em água sempre diminuem com o aumento da temperatura. (Esta generalização
não deve ser estendida para solventes não-líquidos, onde a situação é bem mais complexa.)
A solubilidade de um gás em um líquido é afetada não somente pela temperatura, mas também pela
pressão. Os gases da atmosfera, por exemplo, principalmente o oxigênio e o nitrogênio, não são muito
solúveis em água a baixas pressões, mas quando aumentamos a pressão eles se tomam incrivelmente
solúveis.
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Fig. Solubilidade em água como função da pressão para dois gases. A quantidade de gás dissolvida
é maior, à medida que a temperatura aumenta.
Para gases que não reagem com o solvente. existe uma regra simples relacionando a pressão
do gás e sua solubilidade - a lei de solubilidade e pressão, normalmente chamada de lei de Henry,
em homenagem a William Henry.
Fig. Como o aumento na pressão eleva a solubilidade de um gás em um líquido. (a) A uma dada
pressão. a fase de vapor e a solução ficam em equilíbrio. (b) Um aumento na pressão perturba este equilíbrio.
Há mais moléculas de gás sendo dissolvidas do que deixando a solução. (c) 0 equilíbrio foi restabelecido, com
uma quantidade maior de gás dissolvida no líquido.
C = k . P (T é constante)
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A Equação é verdadeira, pois as duas razões C1/P1 e C 2/P2 são iguais à mesma constante da Lei de
Henry, kg.
EXEMPLO 1
Utilização da Lei de Henry
A solubilidade do N2 em água a 20°C é 0,0150 g L–1 quando a pressão parcial do nitrogênio é de 580 torr. Qual
será a solubilidade do nitrogênio na água se mantivermos a temperatura, mas aumentarmos a pressão parcial
para 800 torr?
Análise: Este problema discute o efeito da pressão do gás em sua solubilidade, assim podemos aplicar a lei de
Henry. Utilizaremos esta lei na forma da Equação estudada, pois desta forma não precisamos saber ou calcular
a constante de Henry.
O aumento da pressão fez com que a solubilidade mudasse para 0,0207 g L–1.
Aplicação:
Doença das bolhas
Quando pessoas, como mergulhadores, trabalham onde a pressão do ar está muito acima do normal,
elas têm que ser cuidadosas e retornar lentamente para a pressão atmosférica normal. Eles sofrem o perigo da
"doença das bolhas", dores nas juntas e nos músculos, paralisia, tontura e morte. Cada 10 m de profundidade
na água aumenta 1 atm na pressão. Trabalhadores que cavam túneis muito profundos também sofrem este
risco.
As bolhas ocorrem porque a solubilidade do nitrogênio e do oxigênio no sangue é maior sob pressões
mais altas, como diz a lei de Henry. Uma vez que o sangue tenha estes gases em abundância, eles não podem
ser retirados subitamente. Se aparecerem micro-bolhas de nitrogênio ou oxigênio nos capilares, irão bloquear o
fluxo de sangue. Isto provoca uma dor muito forte nas articulações e qualquer redução no fluxo sanguíneo para
o cérebro pode ser extremamente perigoso.
É expressamente recomendado cerca de 20 minutos de descompressão para cada atmosfera de
pressão acima do normal. Isto é necessário para que o sistema respiratório possa expelir o nitrogênio em
excesso e para o organismo metabolizar o oxigênio em excesso.
comparadas a gases como O 2 e N 2, que não reagem normalmente com a água. O trióxido de
enxofre é extremamente solúvel em água porque reage quantitativamente para formar ácido
sulfúrico.
SO3(g) H2O H2SO 4(aq)
9) Dispersões coloidais
Tipos de
Disperso Dispersante Exemplos
coloides
Pedras preciosas coloridas (rubi: CrO3 em Al2O3; safira: FeO e
Sol-sólido Sólido Sólido Fe2O3 em Al2O3).
Partículas em dispersão coloidal são em geral muito pequenas para serem retidas pelo papel de filtro comum.
A tendência à não separação das dispersões coloidais em estado fluido é reforçada pelas colisões
sofridas pelas partículas dispersas por causa do movimento constante das moléculas do "solvente". O
movimento aleatório de partículas em dispersão coloidal causado por este bombardeio anisotrópico é
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denominado movimento Browniano, em homenagem ao botânico escocês Robert Brown (1773 - 1858). Ele
observou o fenômeno pela primeira vez quando estudou grãos de pólen em água com o auxílio de uni
microscópio. É claro que partículas em suspensão sofrem o mesmo efeito, mas elas são muito pesadas para
que isto evite sua sedimentação. Isto só pode ser conseguido pela agitação constante da mistura.
Dispersões coloidais de um líquido em outro são chamadas emulsões. São em geral relativamente
estáveis, desde que um terceiro componente, denominado agente emulsificante, esteja presente. A
maionese, por exemplo, é uma emulsão de azeite em água (Fig. seguinte), obtida colocando-se azeite em uma
solução diluída de um ácido orgânico comestível. O agente emulsificante é a lecitina, um componente da clara
de ovo. Suas moléculas fazem com que cada gotícula de azeite fique com a superfície eletricamente
carregada, evitando que se agrupem. No leite homogeneizado, as micropartículas de gordura estão cobertas
com uma proteína chamada caseína.
O amido tem moléculas de grandes dimensões e forma uma dispersão coloidal na água. As
misturas de amido coloidais têm em geral, uma aparência leitosa. podendo até ser opacas, pois as
partículas coloidais são grandes o suficiente para refletir e espalhaa luz visível. Mesmo quando um feixe
luminoso é focalizado sobre uma dispersão de amido tão diluída que parece clara como água a trajetória
da luz é revelada pelo espalhamento lateral da radiação (veja Fig. seguinte). O espalhamento da luz por
dispersões coloidais é chamado efeito Tyndall, homenageando John Tyndall (18201893), um cientista
britânico. Em soluções verdadeiras, no entanto, os solutos são formados por partículas muito pequenas,
que nãco espalham a luz. Assim, o efeito Tyndall não ocorre em soluções.
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Fig. O efeito Tyndall: espalhamento da luz, por dispersões coloidais. O tubo à esquerda contém uma dispersão
coloidal de amido, enquanto o tubo à direita contém uma dispersão coloidal de Fe 2O3 em água. O tubo do meio
contém uma solução de Na2Cr2O7, um soluto colorido. O feixe estreito de luz laser vermelha é parcialmente
espalhado nas duas dispersões coloidais, de modo que podemos vê-lo, mas atravessa a solução sem sofrer nenhum
espalhamento.
O efeito Tyndall é muito comum. Quando você vê "os raios" de Sol nas clareiras da floresta ou
entre as nuvens, está vendo o efeito Tyndall. A luz do Sol é desviada pelas partículas coloidais de
fumaça ou gotículas de líquidos dispersas. Nem todos os comprimentos de onda de luz visível são
igualmente desviados. Como resultado, quando o Sol está próximo ao horizonte e o ar contém
fumaça, observamos cores brilhantes no céu.
Os colóides que têm a água como meio de dispersão são classificados como hidrofóbico e
hidrofílico;
Colóide Hidrofóbico: as forças atrativas entre a água e a superfície coloidal são fracas;
Ex. dispersão de metais e de sais pouco solúveis em água;
Colóide Hidrofílico: as forças atrativas entre a água e a superfície coloidal são fortes; geralmente
existem grupos –OH ou –NH2 nas partículas coloidais;
Peptização e pectização
Adição de água = peptização
GEL SOL
retirada de água = pectização
Tixotropia
É a propriedade que alguns géis possuem de se reverterem temporariamente a sol, ao serem
submetidos à ação de uma força ou agitação. Quando cessa a ação o sol se reverte a gel.
Ex.: algumas tintas são géis tixotrópicos;
Colóide protetor: é um colóide liófilo que se adiciona a um colóide liófobo para aumentar a estabilidade
deste último. O colóide protetor vai atuar como camada de solvatação.
Ex.: As gotículas de gordura se dispersam na água, com o auxílio dos sabões ou detergentes;
Na maionese, as gotículas de óleo de cozinha se dispersam no vinagre, “protegias” por colóides
existentes na gema do ovo;
Na tinta nanquim, as partículas do negro-de-fumo (carvão finamente dividido) se mantêm dispersas na
água, com o auxílio de gomas;
Eletroforese: Como todas as partículas de um disperso possuem a mesma carga, se a dispersão for
submetida a um campo elétrico, todas as partículas do disperso vão migrar para o mesmo pólo;
a) Anaforese: Ocorre quando as partículas do disperso têm carga negativa. As partículas do disperso
migram para o pólo positivo do campo elétrico (ânodo).
b) Cataforese: Ocorre quando as partículas do disperso têm carga positiva. As partículas do disperso
migram para o pólo negativo do campo elétrico (cátodo).
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Anaforese Cataforese
Ponto isoeletrônico: Como a carga elétrica de um colóide depende da quantidade e da natureza dos
íons presentes no sistema, é possível transformar um colóide com partículas coloidais positivas em
negativas e vice-versa. O ponto onde as micelas são neutras é chamado de ponto isoeletrônico;
-
R CH COOH + OH R CH COO - + H2O
NH2 NH2
Proteína negativa
+
R CH COOH + H3O R CH COOH + H2O
NH2 NH3+
Proteína positiva
Purificação de Colóides
a) Diálise: É um método de purificação de colóides usado para separar impurezas altamente solúveis
no dispergente. Baseia-se na diferença de velocidade com que ocorre a difusão de uma solução e de
um colóide através de uma membrana semipermeável.
b) Eletrodiálise: Quando as impurezas que contaminam o colóide são de natureza iônica, é possível
acelerar a difusão dessas impurezas pelo dialisador aplicando-se um campo elétrico na diálise;
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A cauda deste composto, como a de todos os hidrocarbonetos, é não-polar, e assim tem uma
forte tendência a se dissolver em óleo ou gordura. mas não em água. Sua tendência natural é evitar
a água; dizemos que a cauda é hidrófoba (não tem afinidade pela água). O íon como um todo é
arrastado para uma solução em água quente somente por causa da sua cabeça iônica, que pode ser
hidratada. Dizemos que esta cabeça iônica é hidrófila (amiga da água). Para minimizar os contatos
entre as caudas hidrófobas e a água e para maximizar os contatos entre as cabeças hidrófilas e a
água, os ânions do sabão se juntam em grupos de dimensões coloidais denominados micelas de
sabão (veja Fig. seguinte).
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Quando as micelas encontram um filme de gordura, seus ânions encontram algo a mais que
pode acomodar caudas hidrófobas (veja Fig. seguinte). As caudas de um número enorme de ânions do
sabão penetram no filme; em um certo sentido elas se dissolvem na gordura ou no óleo. As cabeças
hidrófilas, no entanto, não serão arrastadas para a gordura; elas permanecem na água. Com uma
pequena agitação produzida, por exemplo, por uma máquina de lavar roupa, a película gordurosa se
fragmenta em incontáveis gotas minúsculas cada uma delas envolvida por um grande número de
cabeças negativamente carregadas. Como as gotas, agora em dispersão coloidal, têrn cargas de
mesmo sinal, elas se repelem e não podem agrupar-se novamente. A película gordurosa foi, para todos
os fins práticos, dissolvida e será enviada para a destruição por bactérias nas estações de tratamento
de água ou no solo.
Ao lavarmos um prato sujo de óleo, forma-se o que os químicos chamam de micela, uma gotícula
microscópica de gordura envolvida por moléculas de sabão, orientadas com a cadeia apolar direcionada
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para dentro (interagindo com o óleo) e a extremidade polar para fora (interagindo com a água).
A água usada para enxaguar o prato interage com a parte externa da micela, que é constituída pelas
extremidades polares das moléculas de sabão. Assim, a micela é dispersa na água e levada por ela, o
que torna fácil remover, com auxílio do sabão, sujeiras apoiares.
O processo de formação de micelas é denominado emulsificação. O esquema abaixo ilustra esse
processo. Dizemos que o sabão atua como emulsificante ou emulsionante, ou seja, ele tem a
propriedade de fazer com que o óleo se disperse na água, na forma de micelas.
Os detergentes sintéticos atuam da mesma maneira que os sabões, porém diferem deles na
estrutura da molécula. Sabões são sais de ácido carboxílico de cadeia longa, e detergentes sintéticos, na
grande maioria, são sais de ácidos sulfônicos de cadeia longa. Atualmente existem muitos outros tipos
de detergentes com estruturas diferentes, mas que, invariavelmente, possuem uma longa cadeia apoiar
e uma extremidade polar.
Os detergentes sintéticos podem ser aniônicos ou catiônicos, dependendo da carga do íon orgânico
responsável pela limpeza.
Detergentes catiônicos
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Os detergentes catiônicos do tipo sal de amônio quaternário possuem efeito germicida, isto é,
matam microrganismos (germes), tais como bactérias e fungos.
Por esse motivo, ao ler o rótulo de alguns produtos desinfetantes para uso sanitário, você encontrará
inscrições do tipo “ingrediente ativo: quaternário de amônio”.
Outra interessante aplicação dos detergentes catiônicos está nos líquidos para enxaguar e
higienizar a boca. Muitos deles contêm cloreto de cetilpiridínio, que atua como detergente na remoção
das sujeiras que se acumulam nos dentes e têm relação com a formação da placa bacteriana. Sua fórmula
estrutural é:
Diariamente, sabões e detergentes usados nas residências atingem o sistema de esgotos e acabam
indo parar em rios e lagos. Lá, com o movimento das águas, formam uma camada de espuma na
superfície, que impede a entrada de oxigênio, essencial para a vida dos peixes.
As aves aquáticas também são muito prejudicadas com a poluição da água por sabões e
detergentes. Elas possuem um revestimento de óleo em suas penas e bóiam na água graças à
camada de ar que fica presa debaixo delas. Quando esse revestimento é removido, essas aves não
conseguem mais boiar e se afogam.
Após algum tempo, esses resíduos de sabões são decompostos sob a ação dos microrganismos
que vivem no ambiente aquático. A esse processo damos o nome de biodegradação.
Sabões são fabricados a partir de substâncias presentes na natureza viva (os óleos e as gorduras)
e existem muitos microrganismos capazes de degradá-los. Todo sabão é biodegradável.
Já os detergentes sintéticos podem ou não ser biodegradáveis. Experiências mostram que os
detergentes de cadeia carbônica não-ramificada são biodegradáveis, ao passo que os de cadeia
ramificada não são. A legislação atual exige que os detergentes sejam biodegradáveis.
Em certas regiões a água é rica em íons Ca 2+ e/ou Mg2+. Esse tipo de igual é chamado de água
dura. Nela, os sabões não atuam de modo satisfatório, pois ocorre uma reação entre esses cátions e o
ânion do sabão, formando um precipitado (composto insolúvel). Isso pode diminuir ou até mesmo anular
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Para resolver esse problema, os fabricantes adicionam ao produto uma substância conhecida como
agente sequestrante, cuja função é precipitar os íons Ca 2+ e Mg2+ antes que eles precipitem o sabão.
Um dos agentes sequestrantes mais usados é o tripolifosfato de sódio Na 5P3O10.
Há, no entanto, um inconveniente no uso desses agentes. Eles são nutrientes de algas e,
quando vão parar num lago, favorecem a proliferação delas. Esse crescimento exagerado impede
a entrada de luz solar; assim, as algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a apodrecer.
Esse apodrecimento consome oxigênio da água, o que, por sua vez, acarreta a morte dos peixes
Esse processo e chamado de eutrofização do lago (do grego eu, “bem’, e trophein, nutrir”).
Se colocarmos uma pequena agulha com cuidado sobre a superfície da água pura, ela permanecerá
aí. Se, no entanto, adicionarmos uma gota de detergente, imediatamente ela afundará.
A água possui uma alta tensão superficial, ou, em outras palavras, sua superfície possui uma
resistência a ser atravessada. Isso é explicado pelas pontes de hidrogênio quç mantêm as moléculas
fortemente unidas.
A presença de sabões e detergentes diminui a tensão superficial, porque essas substâncias tendem
a se acumular na superfície, diminuindo a força atrativa entre as moléculas. Dizemos que são agentes
tensoativos ou surfactantes, pois atuam sobre a tensão superficial.
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b) em meio ácido
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01. (Unicamp) Ainda sonolentos, saem em direção ao local b) Calcule a porcentagem em massa de sacarose no
da ocorrência e resolvem parar num posto de combustível. - refrigerante comum. Explicite como obteve o resultado.
Complete! - diz Rango ao frentista. Assim que o rapaz
começa a colocar álcool no tanque, Estrondosa grita: - Pare!
Pare! Este carro é a gasolina! - Ainda bem que você percebeu 03. (Ita) A figura abaixo mostra a curva de solubilidade do
o engano - disse Rango. - Amigo! Complete o tanque com brometo de potássio (KBr) em água:
gasolina. O nosso herói procedeu assim porque calculou que,
com o volume de álcool anidro colocado no tanque,
adicionando a gasolina contendo 20% (volume/volume) de
etanol, obteria um combustível com 24% de etanol
(volume/volume), igual àquele vendido nos postos até pouco
tempo atrás.
a) Sabendo-se que o volume total do tanque é 50 litros, qual
é a quantidade total de álcool, em litros, no tanque agora
cheio?
b) Que volume de etanol anidro o frentista colocou por
engano no tanque do carro?
0 180
30 220
a) 20 g.
b) 40 g.
c) 50 g.
d) 64 g.
e) 90 g.
* salmoura = solução aquosa saturada de cloreto de sódio 07. (Fuvest) A recristalização consiste em dissolver uma
substância a uma dada temperatura, no menor volume de
Ao final de uma eletrólise de salmoura, retiraram-se da cuba solvente possível e a seguir resfriar a solução, obtendo-se
eletrolítica, a 90 °C, 310 g de solução aquosa saturada tanto cristais da substância.
de cloreto de sódio quanto de clorato de sódio. Essa amostra Duas amostras de ácido benzóico, de 25,0g cada, foram
foi resfriada a 25 °C, ocorrendo a separação de material recristalizadas em água segundo esse procedimento, a seguir:
sólido. a) Calcule a quantidade de água necessária para a dissolução
de cada amostra.
a) Quais as massas de cloreto de sódio e de clorato de sódio b) Qual das amostras permitiu obter maior quantidade de
presentes nos 310 g da amostra retirada a 90 °C? Explique. cristais da substância? Explique.
b) No sólido formado pelo resfriamento da amostra a 25 °C, Dados: curva de solubilidade do ácido benzóico em água
qual o grau de pureza (% em massa) do composto presente (massa em gramas de ácido benzóico que se dissolve em
em maior quantidade? 100g de água, em cada temperatura).
c) A dissolução, em água, do clorato de sódio libera ou
absorve calor? Explique.
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Descrição ou
Propriedade
valor
Cor Incolor
A massa de soluto necessária, em gramas, para o Inflamabilidade Não inflamável
preparo da solução equivale a: Odor Adocicado
a) 100 Ponto de Fusão - 23 ºC
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12. (ifba)
Com base nestes dados, pode-se afirmar que: 06. (Uepg) A solubilidade do nitrato de potássio em água,
a) a dissolução de KNOƒ em água é um processo
em função da temperatura, é dada na tabela abaixo.
exotérmico. Considerando-se soluções de KNO3 em 100 g de água,
b) a dissolução de Ce‚(SO„)ƒ em água é acompanhada de assinale o que for correto.
absorção de calor do ambiente.
c) os dois sais podem ser purificados pela dissolução de Temperatura (°C) 0 20 40 60 100
cada um deles em volumes adequados de água a 80°C, Solubilidade do
seguido do resfriamento de cada uma das soluções a 10°C. KNO3 (g 100 g de 13,3 31,6 63,9 110 246
d) se 110,1 g de uma solução saturada de Ce‚(SO„)ƒ a 10°C água)
forem aquecidos a 80°C, observa-se a deposição de 2,2 g do
sal sólido. 01) A 20 C, uma solução com 40 gramas está saturada.
e) a adição de 100 g de KNOƒ a 100 g de água a 80°C dá 02) A 0 C, uma solução com 10 gramas está insaturada.
origem a uma mistura homogênea. 04) A 40 C, uma solução com 120 gramas está
supersaturada.
04. (Unifesp ) Uma solução contendo 14g de cloreto de sódio 08) A 100 C, uma solução com 120 gramas está saturada.
dissolvidos em 200mL de água foi deixada em um frasco
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solubilidade do dicromato de potássio na água em função 13. (Ufes) Ao se adicionar cloreto de amônio a uma certa
da temperatura, foi apresentado em uma aula prática sobre quantidade de água a 25°C, observa-se um resfriamento na
misturas e suas classificações. Em seguida, foram solução. Com base nessa informação, pode-se afirmar:
preparadas seis misturas sob agitação enérgica, utilizando a) O processo é exotérmico e a solubilidade do NH„CØ
dicromato de potássio sólido e água pura em diferentes aumenta com o aumento da temperatura.
temperaturas, conforme o esquema: b) O processo é endotérmico e a solubilidade do NH„CØ
aumenta com o aumento da temperatura.
c) O processo é exotérmico e a solubilidade do NH„CØ
diminui com o aumento da temperatura.
d) O processo é endotérmico e a solubilidade do NH„CØ
diminui com o aumento da temperatura.
e) O processo é endotérmico e a solubilidade do NH„CØ
independe da temperatura.
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b) A dissociação iônica do cloreto de cálcio libera c) anfotérica, ou seja, podem comportar-se como ácidos e
calor. bases.
c) A dissociação iônica do nitrato de amônio é d) insaturada, ou seja, possuírem duplas ligações em sua
exotérmica. estrutura.
d) As dissoluções de sais em água são exotérmicas. e) anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofílica e
e) A bolsa fria é constituída de cloreto de cálcio. outra hidrofóbica.
Ao preparar-se uma solução saturada de KC em 500 g 23. (Enem 2011) No processo de industrialização da
de água, a 40C e, posteriormente, ao resfriá-la, sob mamona, além do óleo que contém vários ácidos graxos, é
agitação, até 20C, é correto afirmar que obtida uma massa orgânica, conhecida como torta de
a) nada precipitará. mamona. Esta massa tem potencial para ser utilizada como
b) precipitarão 6 g de KC . fertilizante para o solo e como complemento em rações
c) precipitarão 9 g de KC . animais devido a seu elevado valor proteico. No entanto, a
torta apresenta compostos tóxicos e alergênicos
d) precipitarão 30 g de KC . diferentemente do óleo da mamona. Para que a torta possa
e) precipitarão 45 g de KC . ser utilizada na alimentação animal, é necessário um
processo de descontaminação.
21. (Enem 2012) Quando colocamos em água, os Revista Química Nova na Escola. V. 32, no 1, 2010
(adaptado).
fosfolipídeos tendem a formar lipossomos, estruturas
formadas por uma bicamada lipídica, conforme mostrado na A característica presente nas substâncias tóxicas e
figura. Quando rompida, essa estrutura tende a se reorganizar alergênicas, que inviabiliza sua solubilização no óleo de
em um novo lipossomo. mamona, é a
a) lipofilia.
b) hidrofilia.
c) hipocromia.
d) cromatofilia.
e) hiperpolarização.
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c) III.
d) IV.
e) V.
25. (Fgv ) Na figura, são apresentadas as curvas de 27. (Ufmg) Seis soluções aquosas de nitrato de sódio,
solubilidade de um determinado composto em cinco NaNOƒ, numeradas de I a VI, foram preparadas, em
diferentes solventes. diferentes temperaturas, dissolvendo-se diferentes massas de
NaNOƒ em 100g de água. Em alguns casos, o NaNOƒ não se
dissolveu completamente.
Este gráfico representa a curva de solubilidade de NaNOƒ,
em função da temperatura, e seis pontos, que correspondem
aos sistemas preparados:
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GABARITO
09. [A]
10. [E] 11. [B] 12. F F V V V
13. [B] 14. [C] 15. [B]
16. [A] 17. [D]
18. [C]
20 C
545 g (NaC ) 1500 g de água
20 C
mNaC 100 g de água
mNaC 36,33 g
19. [B]
Conclusão: 36,33 g 36 g (NaC ); 0,33 g a mais; a
Resposta da questão 20: solução é supersaturada.
[D]
21. [E]
Esse arranjo característico se deve ao fato de os
fosfolipídeos apresentarem uma natureza anfifílica, ou seja,
possuírem uma parte polar (hidrofílica) e outra apolar
(hidrofóbica).
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60° c
110 g de soluto - - - - - - - - > 100 g de água
110 g de soluto - - - - - - - - > 210 g de solução
X g de soluto - - - - - - - - > 420 g de solução
X = 220 g de soluto
Massa de água: 420g – 220g = 200g de água
Durante o resfriamento a quantidade de água não muda
40° c
60 g de soluto - - - - - - - - > 100 g de água
X g de soluto - - - - - - - - > 200 g de água
X = 120 g de soluto
Como haviam 220g de soluto dissolvidos
Gabarito: A
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MÓDULO 02
UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES
1) Introdução
Concentração de uma solução é qualquer expressão da proporção entre as quantidades de soluto
e de solvente, ou então, entre as quantidades de soluto e de solução.
Observações:
1. Convenção:
– Índice 1: soluto. Ex.: m1 = massa do soluto
– Índice 2: solvente. Ex.: m 2 = massa do solvente
– Sem índice: solução.
Ex.: m = massa da solução (m = m 1 + m2)
2. 1cm3 = 1mL
1dm3 = 1L
1m3 = 1000L
x 100
L mL
1000
m1
C
V
Geralmente: Soluto, em gramas (g) e solução em litros (L), logo temos a unidade: g/L.
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Observações:
1. % massa/massa (%m/m): Indica a massa de soluto (m 1) em gramas, contida em 100g de solução.
Ex.: 40% m/m indica 40g de soluto em 100g de solução.
0 < TV < 1
Observações:
1. % volume / volume (%v/v)
Indica o volume de soluto (V1), em mL, contido em 100mL de solução.
Ex.: 20% v/v indica 20 mL de soluto em 100 mL de solução.
2. Álcool a 96% (significa 96 volumes de álcool para cada 100 volumes da solução).
concentração em ou concentração em
Observações:
ppm T 10 6 ou ppm T% 10 4
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concentração em ou concentração em
v 1 (em mL) 10 L L
3 6
6 v 1 (em L) 10 6
ppm 3 10 partes ppm 10 partes
3
v (em m ) 10 L v (em L) 1 L
Observações:
L = microlitros = 10–6 L
ppm Tv 10 6 ou ppm TV % 10 4
Ex.: A água contendo 0,05 ppm de Pb2+ é imprópria para o consumo (0,05 mg de Pb 2+ por litro de água)
= (0,05 mg de Pb2+ por kg de água).
Observações:
x 1000
g/mL
g/L
ou ou
g/cm3 g/dm3
1000
O volume, ao ser relacionado com a densidade, deve estar na mesma unidade de volume da
densidade.
Ex.: V = 100 cm3 e d = 1,2g/cm3.
45
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n1 m1
M Como: n1
V M1
Número de mols do soluto (n1) é a razão entre a massa do soluto (m 1) e a massa molar desse soluto
(M1).
Unidade: mol/L ou M ou molar escritas após o valor numérico da concentração.
2
Ex.2: Calcule a molaridade dos íons H +(aq) e SO 4( aq) em uma solução 2,0.10-3 mol/L de H2SO4(aq),
considerando a ionização total nas duas etapas.
H 2O
1 H 2 SO4( aq ) Ionização
2 H( aq ) 1 SO4(2aq ) ( = 100%)
2,0.10-3 mol/L 4,0.10-3 mol/L 2,0.10-3 mol/L
Conclusão
O cálculo da molaridade dos íons deve ser feito a partir da equação de dissociação ou de ionização
do soluto e seguir a proporção estequiométrica.
I) Fração Molar do Soluto (X1): é a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto
(n1) e o número de mols de molécula da solução (n).
n1 n1
X1 Como : n n1 n 2 X1
n n1 n 2
II) Fração Molar do Solvente (X2): é a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do
solvente (n2) e o número de mols de moléculas da solução (n).
n2 n2
X2 Como : n n1 n 2 X2
n n1 n 2
Observações:
1. X1 + X2 = 1
2. A Fração molar não possui unidade
3. 0 < x < 1
4. Não esqueça:
m1 m2
n1 e n2
M1 M2
Onde: M1 = massa molar do soluto
M2 = massa molar do solvente
Observações:
Numa solução aquosa diluída, 1 L de solução contém aproximadamente 1 L de água, ou seja, 1 Kg
de água. Dessa forma, o número de mols de soluto por litro de solução (molaridade) é aproximadamente
igual ao número de mols do soluto por quilograma de água (molalidade). (M W).
Densidade (g/mL)
Concentração comum (g/L)
C M M1
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Analise os dados descritos na questão e assinale a alternativa Suponha que o limite máximo de ingestão diária aceitável
correta. (IDA) de cálcio para um adolescente seja de 1,2 mg/kg de
a) Íons SOƒ£ são oxidados, originando íons SO„£, atuando, peso corporal.
portanto, como agentes oxidantes. Pode-se afirmar que o volume de leite contendo cálcio na
b) A reação não envolve processos de transferência de concentração de 0,6 gL-¢ que uma pessoa de 60 kg pode
elétrons, e se diz que é de substituição eletrofílica. ingerir para que o IDA máximo seja alcançado é:
c) No processo de doseamento de SOƒ£, H‚O‚ é reduzido a a) 0,05 L
H‚O e atua como agente redutor. b) 0,12 L
d) Uma amostra que contém 0,001g de SOƒ£ em 1kg de c) 0,15 L
vinho satisfaz o limite de tolerância estabelecido. d) 0,25 L
e) Uma amostra que contém 10 mols de SOƒ£ por 1kg de e) 0,30 L
vinho é equivalente à concentração 10ppm em SOƒ£.
10. (Ufmg) Estas informações foram adaptadas do rótulo de
07. (Ufes) Em diabéticos, a ingestão de 80g de açúcar um repositor hidroeletrolítico para praticantes de atividade
comum (sacarose) eleva a quantidade de glicose no sangue física:
em 1,0g de glicose para cada litro de sangue. Considerando-
se que a taxa de glicose no sangue dos diabéticos, em
condições normais, é de aproximadamente 1,4g/L, a
concentração de glicose (C†H‚O†) no sangue de uma pessoa
diabética após o consumo de 100g de açúcar será de,
aproximadamente,
Dado: M(C†H‚O†) = 180g/mol
a) 7,8 x 10-¤ mol/L. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar
b) 6,9 x 10-¤ mol/L. que, na porção indicada do repositor hidroeletrolítico,
c) 6,9 x 10-£ mol/L. a) a massa de íons sódio é o dobro da massa de íons cloreto.
d) 1,5 x 10-£ mol/L. b) a concentração de íons sódio é igual a 4×10-¤ mol/L.
e) 1,5 x 10-¢ mol/L c) a massa de íons cloreto é igual a 71 mg.
d) a quantidade de cloreto de sódio é igual a 4×10-¤ mol.
08. (Uff ) Dentre as soluções cogitadas para o problema da
seca no nordeste, pensou-se na perfuração de poços 11. (Enem 2015) A hidroponia pode ser definida como
artesianos de grande profundidade e na dessalinização da uma técnica de produção de vegetais sem necessariamente a
água do mar, processos considerados economicamente presença de solo. Uma das formas de implementação é
manter as plantas com suas raízes suspensas em meio
inviáveis para utilização em larga escala. líquido, de onde retiram os nutrientes essenciais. Suponha
A dessalinização deve remover, entre outros sais, os cerca de que um produtor de rúcula hidropônica precise ajustar a
3,5% de cloreto de sódio presentes na água do mar. Esse concentração de íon nitrato (NO3 ) para 0,009 mol L em
percentual equivale à seguinte concentração de NaCØ:
um tanque de 5.000 litros e, para tanto, tem em mãos uma
a) 0,2 mol L-¢ solução comercial nutritiva de nitrato de cálcio 90 g L.
b) 0,4 mol L-¢
c) 0,6 mol L-¢ As massas molares dos elementos N, O e Ca são iguais a
d) 0,8 mol L-¢ 14 g mol, 16 g mol e 40 g mol, respectivamente.
e) 1,0 mol L-¢
Qual o valor mais próximo do volume da solução nutritiva,
09. (Uff) A osteoporose é uma doença que leva ao em litros, que o produtor deve adicionar ao tanque?
enfraquecimento dos ossos. É assintomática, lenta e a) 26
progressiva. Seu caráter silencioso faz com que, usualmente, b) 41
não seja diagnosticada até que ocorram fraturas, c) 45
principalmente nos ossos do punho, quadril e coluna d) 51
vertebral. As mulheres são mais frequentemente atingidas, e) 82
uma vez que as alterações hormonais da menopausa
12. (Ufrs) Numa determinada área urbana, a concentração
aceleram o processo de enfraquecimento dos ossos. A
média do agente poluente SO‚ no ar atmosférico atingiu o
doença pode ser prevenida e tratada com alimentação rica em
valor de 3,2 x 10-¥ g.m-¤. Essa concentração, expressa em
cálcio.
50
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1,0 102
Solo l c) 2,0% (m / v)
d) 3,0% (m / v)
Solo lI 2,0 102
Água I 7,0 106
23. (Enem 2012) Aspartame é um edulcorante artificial
Água II 8,0 106
(adoçante dietético) que apresenta potencial adoçante 200
Água III 9,0 106 vezes maior que o açúcar comum, permitindo seu uso em
pequenas quantidades. Muito usado pela indústria
O ambiente que necessita de biorremediação é o(a) alimentícia, principalmente nos refrigerantes diet, tem valor
a) solo I. energético que corresponde a 4 calorias/grama. É
b) solo II. contraindicado a portadores de fenilcetonúria, uma doença
c) água I. genética rara que provoca o acúmulo da fenilalanina no
d) água II. organismo, causando retardo mental. O IDA (índice diário
e) água III. aceitável) desse adoçante é 40 mg/kg de massa corpórea.
Disponível em:
21. (Enem 2014) Diesel é uma mistura de hidrocarbonetos http://boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com. Acesso em:
27 fev. 2012.
que também apresenta enxofre em sua composição. Esse
enxofre é um componente indesejável, pois o trióxido de Com base nas informações do texto, a quantidade máxima
enxofre gerado é um dos grandes causadores da chuva ácida. recomendada de aspartame, em mol, que uma pessoa de 70
Nos anos 1980, não havia regulamentação e era utilizado kg de massa corporal pode ingerir por dia é mais próxima
óleo diesel com 13 000 ppm de enxofre. Em 2009, o diesel de
passou a ter 1 800 ppm de enxofre (S1800) e, em seguida, foi
inserido no mercado o diesel S500 (500 ppm). Em 2012, foi Dado: massa molar do aspartame = 294g/mol
difundido o diesel S50, com 50 ppm de enxofre em sua a) 1,3 10–4.
composição. Atualmente, é produzido um diesel com teores b) 9,5 10–3.
de enxofre ainda menores. c) 4 10–2.
d) 2,6.
Os Impactos da má qualidade do óleo diesel brasileiro. e) 823.
Disponível em: www.cnt.org.br.
Acesso em: 20 dez. 2012 (adaptado). 24. (Ufrrj) Antigamente, o açúcar era um produto de preço
elevado e utilizado quase exclusivamente como
A substituição do diesel usado nos anos 1980 por aquele
difundido em 2012 permitiu uma redução percentual de medicamento calmante. No século XVIII, com a expansão
emissão de SO3 de das lavouras de cana-de-açúcar, esse cenário mudou. Hoje, a
a) 86,2%. sacarose é acessível à maior parte da população, sendo
b) 96,2%. utilizada no preparo de alimentos e bebidas. Um suco de
c) 97,2%. fruta concentrado de determinada marca foi adoçado com
d) 99,6%. 3,42 g de açúcar (sacarose: C1‚H‚‚O11) em 200 mL de
e) 99,9%.
solução. Com este suco, foi preparado um refresco,
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: adicionando-se mais 800 mL de água. A concentração em
Para resolver a(s) questão(ões) considere o texto abaixo. mol/L de sacarose no SUCO e a concentração em g/L de
sacarose no REFRESCO são, respectivamente:
No jornal Diário Catarinense, de 20 de agosto de 2014, foi a) 0,05 mol/L e 34,2 g/L.
publicada uma reportagem sobre adulteração em leites no
b) 0,05 mol/L e 3,42 g/L.
Oeste do Estado de Santa Catarina “[...]. Vinte pessoas foram
detidas acusadas de envolvimento com a adulteração do c) 0,5 mol/L e 3,42 g/L.
leite UHT com substâncias como soda cáustica, água d) 0,5 mol/L e 34,2 g/L.
oxigenada e formol […]”. e) 0,05 mol/L e 342 g/L.
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plantas, aos animais e à vida humana. Dentre os metais 27. (Uerj) O volume médio de água na lagoa é igual a
pesados há o chumbo, que é um elemento relativamente 6,2 106 L. Imediatamente antes de ocorrer a mortandade
abundante na crosta terrestre, tendo uma concentração ao dos peixes, a concentração de gás oxigênio dissolvido na
redor de 20 ppm (partes por milhão). Uma amostra de 100 g água correspondia a 2,5 104 mol L1.
da crosta terrestre contém um valor médio, em mg de Ao final da mortandade, a quantidade consumida, em
chumbo, igual a quilogramas, de gás oxigênio dissolvido foi igual a:
a) 20.
b) 10. Dado: O = 16.
a) 24,8
c) 5.
b) 49,6
d) 2. c) 74,4
e) 1. d) 99,2
26. (Unifesp) O índice de gasolina em não-conformidade 28. (Ufrgs) Na combustão do diesel, o enxofre presente é
convertido em dióxido de enxofre (SO2), que é uma das
com as especificações da ANP (Agência Nacional de principais causas de chuva ácida. Até o fim de 2013, o diesel
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) é um dado S1800, que contém 1800 ppm de enxofre (ppm = partes por
preocupante, já que alguns postos estavam vendendo milhão expressa em massa), será totalmente abolido no país.
gasolina com mais de 85 % de álcool anidro. Todo posto de Atualmente, o diesel mais vendido é o diesel S500 (500 ppm
de enxofre).
gasolina deve ter um kit para testar a qualidade da gasolina,
quando solicitado pelo consumidor. Um dos testes mais A emissão de SO2, por tonelada de diesel, para S500 e S1800,
simples, o "teste da proveta", disposto na Resolução ANP n.¡ é, respectivamente, de
9, de 7 de março de 2007, é feito com solução aquosa de a) 500 g e 1800 g.
cloreto de sódio (NaCØ) na concentração de 10 % p/v (100 g b) 640 g e 900 g.
c) 1000 g e 3600 g.
de sal para cada litro de água). O teste consiste em colocar
d) 1600 g e 3200 g.
50 mL de gasolina numa proveta de 100 mL com tampa, e) 2000 g e 7200 g.
completar o volume com 50 mL da solução de cloreto de
sódio, misturar por meio de 10 inversões e, após 15 minutos 29. (Upe) As principais marcas de refrigerante light ou diet
de repouso, fazer a leitura da fase aquosa. O cálculo do teor cítricos se comprometeram a reduzir a quantidade de
benzeno em suas bebidas ao máximo de 5 ppb, o mesmo
de álcool é determinado pela expressão: parâmetro usado para a água potável. O acordo chega dois
T = (A × 2) + 1, onde: anos depois que uma associação de consumidores apontou
T: teor de álcool na gasolina, e para a alta concentração de benzeno em refrigerantes de
A: aumento em volume da camada aquosa (álcool e água). diferentes marcas. Nesses refrigerantes, o benzeno surge da
mistura do benzoato de sódio, um conservante, com a
vitamina C, catalisada por traços de íons metálicos, como
O teste aplicado em uma amostra X de gasolina de um cobre (Cu2+) e ferro (Fe3+), especialmente na presença de luz
determinado posto indicou o teor de 53 %. O volume, em e calor. Nos refrigerantes comuns, esse processo não ocorre
mL, da fase aquosa obtida quando o teste foi realizado por causa do açúcar, que inibe essa reação química. Estudos
corretamente com a amostra X foi de mais de três décadas apontam que a exposição ao benzeno
eleva o potencial de câncer e de doenças no sangue.
a) 76.
b) 53. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-
c) 40. noticias/2011/11/05/ (Adaptado)
d) 26.
e) 24. São feitas três afirmativas sobre essa contaminação em
refrigerantes light ou diet cítricos.
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24. [B]
Conclusão: o ambiente que necessita de biorremediação é o
do solo II.
25. [D]
21. [D]
26. [A]
Nos anos 1980, não havia regulamentação e era utilizado
óleo diesel com 13.000 ppm de enxofre. Em 2012, foi
Resposta da questão 27:
difundido o diesel S50, com 50 ppm de enxofre em sua [B]
composição, então:
O consumo biológico desse material contribuiu para a
13.000 ppm 50 ppm 12.950 ppm (redução) redução a zero do nível de gás oxigênio dissolvido na água,
13.000 ppm 100 % então:
12.950 ppm p
p 0,99615 [O2 ] 2,5 10 4 mol L1
p 99,6 % 1L 2,5 104 mol
6,2 106 L noxigênio
Resposta da questão 22:
[D] noxigênio 15,5 102 mol
Teremos:
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I. Falsa.
Considere que a densidade do refrigerante seja 1000 g/L
(semelhante à da água)
5mg/L equivale a:
0,005g 103 g de refrigerante
m 109 g
ÁGUA: 1 L
SAL: uma colher de chá rasa – equivale a 3,5 g
NaC Na C
58,5 g 1 mol
3,5 g n
Na
n 0,0598 mol
Na
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MÓDULO 03
DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURAS DE SOLUÇÕES
1. Diluição de soluções
Diluir uma solução significa diminuir a sua concentração, o que pode ser feito pela retirada de uma
parcela do soluto ou pelo acréscimo de solvente.
Em geral a diluição ocorre com acréscimo de solvente.
Ao se acrescentar solvente (em geral H2O) a uma solução, temos:
Observações:
1. O volume e a concentração de uma solução são inversamente proporcionais.
2. O volume (V2) ou massa (m 2) ou no de mols (n2) do solvente adicionado em uma diluição pode ser
calculado pelas relações:
V2 = V f – Vi f final
m2 = mf – mi i inicial
n2 = nf – ni
O volume (V2) ou massa (m2) ou no de mols (n2) do solvente evaporado em uma concentração pode
ser obtido pelas relações:
V2 = V i – Vf
m 2 = m i – mf
n2 = ni – nf
i inicial; f final
1. Neste caso onde misturamos soluções de mesmo soluto, com concentrações diferentes, obtemos uma
nova solução com concentração intermediária às concentrações das soluções misturadas.
2. Não apenas neste caso de misturas de soluções, mas também nos outros que veremos a seguir,
estaremos trabalhando com soluções em que o solvente é sempre o mesmo e que as soluções são
relativamente diluídas, pois só dentro dessas condições é que o volume final será igual à soma
dos volumes iniciais das soluções que foram misturadas.
3. Como o soluto é o mesmo, a “quantidade” de soluto na solução resultante é igual à soma das
“quantidades” de soluto que havia em cada uma das soluções iniciais.
4. O volume da solução final (V), nem sempre é igual à soma dos volumes das soluções misturadas, mas
pode ser medido facilmente na prática. Em problemas, não sendo dado o volume final da solução, este
deve ser considerado como sendo igual à soma dos volumes das soluções misturadas. Vejamos a
tabela a seguir:
m1' m1" m1
C' C" C m1 m1' m1"
V' V" V
m1 C ' V '
'
m1 C " V"
"
m1 C V C V C'V 'C"V"
n1' n1" n1
M' M" M n1 n1' n1"
V' V" V
n1' M ' V ' n1" M " V" n1 M V M V M'V 'M"V"
m1' m1" m1
T' T" T m1 m1' m1"
m' m" m
'
m1 T ' m' "
m1 T " m" m1 T m T m T'm'T"m"
n1' n" n1
W' W" " 1 W n1 n1' n1"
V' m 2 (kg) m 2 (kg)
n1' W ' m '2 n1 W " m "2
"
n1 W m 2 W m 2 W 'm '2 W "m "2
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3. Mistura de soluções de solutos diferentes que não reagem entre si (e mesmo solvente)
Neste caso de mistura de duas ou mais soluções de solutos diferentes que não reagem entre si,
tudo se passa como se estivesse ocorrendo uma diluição de cada solução.
Exemplo: misturando 1,0 L de solução NaCl molares 2,0 L de solução de KCl, para calcular a
concentração final do NaCl na mistura, tudo se passa como se tivéssemos adicionado 2 L de água à
mistura do NaCl. Do mesmo modo, para calcular a concentração do KCl na mistura, tudo se passa como
se tivéssemos adicionado 1,0 L de água à solução de KCl.
Observações:
1. Comumente se costuma pedir a concentração da solução resultante em relação aos íons. No exemplo
anterior teríamos (considerando o grau de dissociação dos sais igual a 100%):
2. O mesmo raciocínio visto para a molaridade vale para as outras unidades de concentração vistas até
aqui.
Neste caso o de mistura de soluções os solutos reagem entre si, por isso é necessário examinarmos
a estequiometria da reação. Observe os seguintes passos:
m1 n1
n ou M n1 M V
Mol1 V
III. Verifique se existe excesso de reagente, ou seja, verifique se os reagentes estão em proporções
estequiométricas ou não.
Caso os reagentes estejam em proporções estequiométricas, os dois solutos reagirão integralmente
e não estarão mais presentes na solução resultante.
Caso os reagentes não estejam em proporções estequiométricas, sobrará um excesso de um dos
solutos na solução resultante.
IV. Resolva a questão com o que foi aprendido sobre cálculo estequiométrico (em especial nos casos
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Observações:
Os casos mais comuns desse tipo de mistura de soluções são quando se misturam uma solução
de um ácido com uma base ou solução de um oxidante com solução de um redutor ou outras reações
envolvendo as funções inorgânicas.
5. Titulação
Figura: procedimento para a titulação de ácido com uma solução padronizada de NaOH. (a)
Uma quantidade conhecida de ácido é adicionada ao erlenmeyer. (b) Um indicador ácido-base é
adicionado, e o NaOH padronizado é adicionado a partir da bureta. (c) O ponto de equivalência é
sinalizado pela mudança de cor do indicador.
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DILUIÇÃO E MISTURAS DE SOLUÇÕES volume de cada solução que deverá ser utilizado para o
preparo da solução desejada.
Exercícios de Aprendizagem
05. (Ufc ) Em um balão volumétrico, foram colocados 6 g de
01. (Ita) Para preparar 80L de uma solução aquosa 12% hidróxido de sódio impuro e água destilada até completar um
(massa/massa) de KOH (massa específica da volume de 250 mL. Para a neutralização completa de 50 mL
solução=1,10g/cm¤) foram adicionadas x litros de uma desta solução, foram necessários 60 mL de H‚SO„ 0,1
solução aquosa 44% (massa/massa) de KOH (massa mol.L-¢. Sabendo que as impurezas existentes são inertes na
específica da solução=1,50g/cm¤) e y litros de água presença de H‚SO„, o percentual de pureza do hidróxido de
deionizada (massa específica=1,00g/cm¤). Os valores de x e sódio utilizado é igual a:
de y são respectivamente: a) 10
a) 12L e 68L. b) 20
b) 16L e 64L. c) 40
c) 30L e 50L. d) 60
d) 36L e 44L. e) 80
e) 44L e 36L.
06. (Pucrj) O vinagre utilizado como tempero nas
saladas contém ácido acético, um ácido monoprótico
02. (Unicamp ) Um dos grandes problemas das navegações
muito fraco e de fórmula HC2H3O2. A completa
do século XVI referia-se à limitação de água potável que era neutralização de uma amostra de 15,0 mL de vinagre
possível transportar numa embarcação. Imagine uma (densidade igual a 1,02 g/mL) necessitou de 40,0 mL
situação de emergência em que restaram apenas 300 litros de solução aquosa de NaOH 0,220 mol/L. A partir
(L) de água potável (considere-a completamente isenta de dessas informações, pede-se:
eletrólitos). A água do mar não é apropriada para o consumo a) o número de oxidação médio do carbono no ácido
devido à grande concentração de NaCØ(25g/L), porém o soro acético;
fisiológico (10g NaCØ/L) é. Se os navegantes tivessem b) a porcentagem em massa de ácido acético no
conhecimento da composição do soro fisiológico, poderiam vinagre;
usar água potável para diluir água do mar de modo a obter o c) o volume de KOH 0,100 mol/L que contém
quantidade de íons OH− equivalente ao encontrado
soro e assim teriam um volume maior de líquido para beber. nos 40,0 mL de solução aquosa de NaOH 0,220
a) Que volume total de soro seria obtido com a diluição se mol/L.
todos os 300 litros de água potável fossem usados para este
fim? 07. (Ufc) O ácido oxálico é encontrado, em baixas
b) Considerando-se a presença de 50 pessoas na concentrações, em alguns vegetais importantes na
alimentação humana, tal como o espinafre. Apesar de ser
embarcação e admitindo-se uma distribuição equitativa do
uma substância tóxica, é bem tolerado pelo organismo
soro, quantos gramas de NaCØ teriam sido ingeridos por humano em concentrações abaixo do limite de toxicidade. Os
cada pessoa? sucos concentrados de espinafre, entretanto, podem conter
c) Uma maneira que os navegadores usavam para obter quantidades excessivas do ácido oxálico, que ultrapassem
água potável adicional era recolher água de chuva. tais limites. Por este motivo, a indústria de sucos de espinafre
Considerando-se que a água da chuva é originária, em exerce um controle rigoroso em seus produtos, analisando os
teores de ácido oxálico, através de titulação com o íon
grande parte, da água do mar, como se explica que ela
permanganato, de acordo com a seguinte reação:
possa ser usada como água potável?
5H‚C‚O„ (aq) + 2MnO„ (aq) + 6H® (aq) ë 10CO‚ (g) +
03. (Ufpe) A salinidade da água de um aquário para peixes 2Mn£® (aq) + 8H‚O (Ø)
marinhos expressa em concentração de NaCØ é 0,08M. Para
corrigir essa salinidade, foram adicionados 2 litros de uma a) Represente a configuração eletrônica do manganês, tal
como se encontra nos reagentes e produtos.
solução 0,52M de NaCØ a 20 litros da água deste aquário.
b) Sabendo-se que uma amostra de 20 mL de suco de
Qual a concentração final de NaCØ multiplicada por 100? espinafre reagiu completamente com 24mL de uma
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a) 0,60 M e 0,20 M
6. (Uerj ) O ácido ascórbico (vitamina C) reduz o iodo, b) 0,45 M e 0,15 M
conforme a reação química representada a seguir. c) 0,51 M e 0,17 M
d) 0,75 M e 0,25 M
e) 0,30 M e 0,10 M
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a) A solução mais diluída é a que tem a maior massa de a) Não, pois na mistura as concentrações de ambos os
soluto. produtos foram reduzidas à metade.
b) A solução mais concentrada é a que tem o menor volume. b) Não, pois ácido muriático e soda cáustica não são
c) Se adicionarmos 100 mL de água à solução I, a adequados para remover sujeira.
concentração final será a mesma da solução III. c) Não, pois a mistura resultante é apenas uma solução de
d) Se adicionarmos a solução II à solução III, a concentração cloreto de sódio, podendo ainda conter ácido muriático ou
final será menor que a da solução I. soda cáustica excedente.
d) Sim, pois estarão sendo utilizadas as propriedades de
12. (Cefet MG 2015) Um técnico de laboratório necessita ambos os produtos ao mesmo tempo.
preparar 500mL de uma solução de HNO3 que tenha a e) Sim, desde que as concentrações molares de ambos os
concentração igual a 0,5mol L1. No estoque do produtos sejam idênticas.
laboratório, há uma solução concentrada desse ácido a
63% m m, com uma densidade aproximadamente igual a 16. (Unirio) Misturando-se 25,0ml de uma solução 0,50 M
1 de KOH com 35,0ml de solução 0,30 M de KOH e solução
1,5 g mL . O volume aproximado, da solução
concentrada, que o técnico deve medir, em mL, para 10,0ml de uma solução 0,25 M de KOH, resulta uma solução
preparar a solução de ácido nítrico, é cuja concentração molar, admitindo-se a aditividade de
a) 7. volume, é, aproximadamente igual a:
b) 11. a) 0,24 M.
c) 17. b) 0,36 M.
d) 25. c) 0,42 M.
e) 67. d) 0,50 M.
e) 0,72 M.
13. (Ufrrj) Misturando-se 100mL de solução aquosa 0,1
molar de KCØ, com 100mL de solução aquosa 0,1 molar de
17. (Pucrj 2015) O volume de 25,00 m de uma amostra
MgCØ‚, as concentrações de íons K®, Mg®® e CØ na solução
aquosa de ácido oxálico (H2C2O4 ) foi titulado com
resultante, serão, respectivamente,
a) 0,05 M; 0,05 M e 0,1 M. solução padrão 0,020 mol L1 de KOH.
b) 0,04 M; 0,04 M e 0,12 M.
c) 0,05 M; 0,05 M e 0,2 M. H2C2O4(aq) 20H (aq) C2O42(aq) 2H2O ( )
d) 0,1 M; 0,15 M e 0,2 M.
e) 0,05 M; 0,05 M e 0,1 5 M. A titulação alcançou o ponto de equivalência com
25,00 m de solução titulante; assim, a concentração, em
14. (Ufv) Misturando-se 20mL de solução de NaCØ, de mol L1, de ácido oxálico na amostra original é igual a
concentração 6,0mol/L, com 80mL de solução de NaCØ, de
a) 1,0 10 3
concentração 2,0mol/L, são obtidos 100mL de solução de
b) 2,0 103
NaCØ, de concentração, em mol/L, igual a:
a) 1,4 c) 1,0 102
b) 2,8 d) 2,0 102
c) 4,2 e) 1,0 101
d) 5,6
e) 4,0 18. (Udesc 2015) Considere a determinação da capacidade
antiácida de um medicamento cujo princípio ativo é
15. (Unesp) Um funcionário de uma empresa de limpeza carbonato de sódio, que pode ser feita pela reação com ácido
clorídrico. Um comprimido de 1,8656g foi triturado e
dispunha de dois produtos para o trabalho "pesado": soluções
concentradas de ácido muriático e de soda cáustica. Não dissolvido em água, necessitando de 22,0mL de
conseguindo remover uma "crosta" de sujeira usando estas HC 0,4000molL1 para ser completamente neutralizado.
soluções separadamente, ele preparou uma mistura, usando Assinale a alternativa que corresponde à porcentagem em
volumes iguais das mesmas. Sabendo que ácido muriático e massa de carbonato de sódio no comprimido.
soda cáustica são os nomes comerciais, respectivamente, do a) 12,50%
ácido clorídrico e do hidróxido de sódio, o funcionário terá b) 19,57%
sucesso em sua última tentativa de remover a sujeira? c) 25,00%
d) 14,15%
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HC 2mol L1 . Ao perceber o erro, ele decidiu adicionar intravascular e dissolvidas exclusivamente no plasma, que
representa aproximadamente 60% do sangue em volume,
água para reestabelecer a concentração de 1mol L1 . O sendo que o volume sanguíneo total de 5,0 L.
volume de H2O adicionado a mistura e, em mL, igual a 5,0 L (sangue) 100 %
a) 75. Vsangue 60 %
b) 100.
c) 125. Vsangue 3 L
d) 500. Concentrações plasmáticas superiores a 4,0 mg/L podem
desencadear hemorragias. A varfarina é administrada por
via intravenosa na forma de solução aquosa, com
GABARITO concentração de 3,0 mg/mL, então:
1,8656g 100%
NaOH(aq) HC (aq) H2O( ) Na (aq) C (aq)
0,4664g x
1 mol 1 mol 1 mol
x 25,00%
0,005 mol 0,005 mol 0,005 mol
19. a)Concentração em mol/L = 0,154 mol/L.
b) V(final) = 3L de soro fisiológico. Vtotal 50 50 100 mL 0,1 L
0,005 mol
[C ] 0,05 mol / L
Resposta da questão 20: 0,1 L
[C]
Resposta da questão 23:
Na análise de cloretos numa amostra de água, 50,0 mL de [E]
amostra necessitaram de 20,00 mL de solução 0,1000
mol/L de nitrato de prata, então: Teremos:
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V 0,075 L 75 mL HO OH HO O-Na
400 mL 0,4 L
[H2SO4 ]inicial Vincial [H2SO4 ]final Vfinal
1 3 [H2SO4 ]final 0,4
[H2SO4 ]final 7,5 mol / L
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MÓDULO 04
PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇÕES
1. Introdução
Sob a pressão normal de 1 atm a água pura congela a 0ºC e ferve a 100ºC. No entanto ao dissolvermos, por exemplo,
sal de cozinha em água ela passará a congelar abaixo de 0ºC e a ferver acima de 100ºC, sob pressão de 1 atm.
O mesmo fenômeno pode ser observado com outros solventes e com outros solutos, desde que tais solutos não sejam
voláteis.
Concluímos que a adição de um soluto não-volátil provoca alteração nas propriedades físicas do solvente, sendo que tais
alterações não dependem da natureza do soluto, mas de sua concentração.
Propriedades coligativas das soluções são propriedades que dependem apenas da concentração (número de
partículas, das partículas dispersas na solução, independentemente da natureza dessas partículas).
As principais propriedades coligativas das soluções são as que seguem:
Diminuição (ou abaixamento) da pressão máxima de vapor do solvente (Tonoscopia ou Tonometria).
Aumento (ou elevação) da temperatura de ebulição do solvente (Ebulioscopia ou Ebuliometria).
Diminuição ou abaixamento da temperatura de congelação do solvente (Crioscopia ou Criometria).
Aumento da Pressão Osmótica do solvente (Osmoscopia ou Osmometria).
Observação:
Algumas vezes veremos a expressão “ponto de ebulição da solução”, no entanto é o solvente que sofre essas mudanças
de fase, ou seja, é o solvente que evapora, ou congela etc.
Soluções ideais são soluções diluídas, constituídas de solutos não-voláteis, onde não há variação de volume e nem troca
de calor durante a dissolução do soluto no solvente e onde as partículas do soluto não chegam a interferir umas sobre as outras.
As soluções reais são soluções que não seguem as exigências das soluções ideais e por isso possuem um
comportamento consideravelmente diferente do comportamento das soluções ideais frente aos fenômenos que estudaremos a
seguir.
Ex.: Se dissolvermos 180 g de glicose C6H12O6 (M1 = 180 g/mol) em água, facilmente descobrimos que
existem 1 mol de moléculas = 6,02 . 1023 moléculas de glicose dissolvidas (6,02 . 1023 partículas dissolvidas).
Antes de estudarmos o efeito tonoscópico, vamos definir pressão máxima de vapor de um líquido e estudar alguns tópicos
relacionados com a mesma.
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Ao elevarmos o êmbolo, criaremos um espaço vazio e o líquido começará a vaporizar-se, pois algumas moléculas do
líquido contêm energia cinética suficiente para vencerem as forças de atração intermoleculares e assim conseguem escapar da
fase líquida.
Figura A: inicialmente temos apenas a evaporação do líquido, pois não existiam moléculas do líquido no estado de vapor.
Figura B: enquanto a evaporação continua, começa a ocorrer também a condensação de uma parte do vapor, provocada
pelo choque entre moléculas do gás entre si e contra as paredes do recipiente.
Figura C: A partir de um certo instante o nº- de partículas que evaporam é igual ao número de partículas que se
condensam e o sistema atinge um equilíbrio dinâmico. A partir desse instante tudo se passa como se a evaporação tivesse
parado, no entanto continua ocorrendo evaporação e condensação, porém com igual intensidade (velocidade).
Assim podemos definir pressão máxima de vapor de um líquido como sendo a pressão que o vapor exerce quando
está em equilíbrio dinâmico com o líquido.
Ex.: A pressão de vapor da água, a 25ºC é igual a 23,8 mmHg.
Observação:
Os sólidos também apresentam pressões de vapor que, em geral, são menores que as pressões de vapor dos líquidos.
Figura I: ilustração da pressão de vapor em equilíbrio do etanol líquido. Em (a) supomos que não existem
moléculas na fase gasosa; existe uma pressão zero na célula. Em (b) a velocidade na qual as moléculas
deixam a fase gasosa é igual à velocidade na qual as moléculas de gás passam para a fase líquida. Essas
velocidades iguais produzem uma pressão de vapor estável que não varia desde que a temperatura
permaneça constante.
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Quando se aumenta a temperatura de um líquido ou de um sólido ocorre também um aumento na pressão de vapor desse
sólido ou desse líquido, pois há um aumento na formação de vapor.
Observe o gráfico abaixo que mostra uma curva típica da relação entre pressão de vapor e temperatura.
Concluímos que, a 20ºC, a substância bromo é mais volátil, ou seja, evapora mais facilmente que a água.
A evaporação depende da superfície de contato entre o líquido e a fase gasosa, ou seja, quanto maior for a superfície de
contato, mais intensa será a evaporação. É por isso que ao colocarmos uma peça de roupa no varal a colocamos aberta, e não
dobrada.
A ebulição consiste em uma vaporização rápida, tumultuada e que ocorre em toda a extensão do líquido, e não apenas
na sua superfície. Esse tipo de vaporização apresenta a formação de bolhas, isto é, de porções de vapor cercadas por uma
película do líquido.
As bolhas são formadas pela própria substância que passou do estado líquido para o estado de gás (ou vapor). Essas
bolhas só são capazes de se formar se a pressão de seu vapor for igual ou maior que a pressão externa, que é constituída pela
pressão atmosférica mais a pressão da massa líquida, que é comumente desprezível.
Assim concluímos:
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Um líquido entra em ebulição quando a sua pressão de vapor iguala-se à pressão atmosférica.
Exemplo: Ao nível do mar, onde a pressão atmosférica vale 760 mmHg ou 1 atm, a água ferve a 100ºC. Isso quer dizer
que a 100ºC a pressão de vapor da água é igual a 760 mmHg
(1 atm).
O gráfico e a tabela abaixo mostram a variação da pressão de vapor da água com a temperatura.
TEMPERATURA PRESSÃO
(ºC) mmHg
–10 2,149
0 4,579
10 9,209
20 17,535
30 31,824
40 55,324
50 92,510
60 149,380
70 233,700
80 355,100
90 525,760
100 760,000
110 1074,600
120 1489,100
Se variarmos a pressão externa a que o líquido está sujeito, estaremos variando seu ponto de ebulição. Assim, no alto
de uma montanha, onde a pressão atmosférica é menor que 1 atm, a água ferve abaixo de 100ºC, enquanto que em uma panela
de pressão, onde a pressão atmosférica é superior a
1 atm, a água pode ferver acima de 100ºC. Por exemplo, sob uma pressão de 4,579 mmHg a água entra em ebulição a zero
graus celsius.
Observação:
Considerando diversos líquidos, aquele que tiver maior pressão de vapor será o líquido mais volátil e terá, portanto, menor
ponto de ebulição em relação aos demais, isto é, necessitará de menos energia para igualar sua pressão de vapor à pressão
externa local.
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Observação: A temperatura na qual um líquido ferve, sob pressão de 1 atm (760 mmHg), é chamada de temperatura
de ebulição normal ou ponto de ebulição normal.
Conclusão:
A pressão de vapor de uma solução é sempre menor que a do respectivo solvente puro. Essa propriedade é denominada
Tonoscopia.
Onde:
P0 = pressão de vapor do solvente puro na temperatura t.
P = pressão de vapor do solvente na solução na temperatura t.
P = abaixamento absoluto da pressão de vapor do solvente.
P = P0 – P
Observação:
P
é o abaixamento relativo da pressão de vapor do solvente em relação ao solvente puro. Esse é o efeito Tonoscópico.
P0
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A pressão máxima de vapor de uma solução diluída de soluto não-volátil e não-iônico, é igual ao produto da pressão
máxima de vapor do solvente puro (P0) pela fração molar do solvente, (X2) na solução.
Matematicamente temos: P P0 X 2
Onde:
P = pressão máxima de vapor da solução,
P0 = pressão máxima de vapor no solvente puro.
X2 = fração molar do solvente na solução.
A partir da expressão anterior podemos deduzir que o abaixamento relativo da pressão de vapor (P/P0), ou seja, o efeito
tonoscópico, é igual à fração molar do soluto.
P P0 X 2 P P0 (1 X 1 )
P P0 P0 X 1
X 1 P0 P0 P
X 1 P0 P
P P P
X 1 ou 0 X1
P0 P0
Numa solução diluída de um soluto não-volátil e não-iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor é igual
à fração molar do soluto.
Observação:
P
Constata-se que o abaixamento relativo da pressão de vapor não varia com a temperatura.
P0
Enquanto a pressão de vapor da solução (P), a pressão de vapor do solvente puro (P0) e consequentemente o próprio
P(P0 - P) variam com a temperatura. Essa lei é conhecida como a Lei de Babo.
P0 P n1
X1 X1
P0 n1 n 2
Então:
m1
P0 P n1 M1 m1 M 2
P0 n 2 m 2 M1 m 2
M2
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P0 P m1 M 2 1000 P0 P 1000 m1 M 2
P0 M1 m 2 1000 P0 M1 m 2 1000
W Kt
P0 P P
Kt W ou Kt W
P0 P0
Kt é a constante tonométrica molal do solvente, e só depende do tipo de solvente (não depende do soluto).
M2
Kt
1000
Numa solução bastante diluída de um soluto qualquer, não-volátil e não iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima
de vapor é diretamente proporcional à molalidade da solução.
Observação :
Em uma solução 1 molal temos:
P P
Kt W Kt
P0 P0
M2 18
Kt 0,018
1000 1000
Observação :
Outros valores da constante tonoscópica de algumas substâncias:
Evaporação: é a passagem lenta do estado líquido para o estado de vapor. Só ocorre na superfície do líquido.
Ebulição: é a passagem rápida e tumultuada do estado líquido para o estado de vapor ocorre em toda a extensão do líquido.
Calefação: é a passagem instantânea do estado líquido para o estado de vapor.
Um líquido entra em ebulição quando a pressão máxima de seus valores (P0) torna-se igual à pressão externa (pressão
ambiente).
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A água ao nível do mar (P = 1 atm = 760 mmHg) ferve a 100ºC. Essa temperatura é chamada de temperatura de ebulição
normal.
Em altitudes maiores a pressão atmosférica é menor que 1 atm, e observa-se que a água ferve numa temperatura menor.
Já em altas pressões (pressão maior que 1 atm) a água ferve numa temperatura maior que 100ºC.
Observação:
Observe os valores das pressões de vapor de algumas substâncias à 20ºC.
da água = 17,5 mmHg
do álcool = 44,3 mmHg
do éter = 439,8 mmHg
Observação:
Observe os valores dos P.E. de algumas substâncias a
1 atm (ou 760 mmHg).
da água = 100ºC
do álcool = 78,5ºC
do éter = 34,5ºC
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t E K E W ou t t 0 K E W
Onde KE é a constante de proporcionalidade, chamada constante ebuliométrica e depende só do solvente e não do soluto.
A constante ebuliométrica molal (KE) pode ser calculada pela fórmula:
R T2
KE
1000 L V
t E K E 1 t E K E
Assim considerando o gráfico abaixo e considerando uma solução 1 molal de clorofórmio, o ponto de ebulição dessa
solução é igual a:
t E K E t t 0 K E
t 61,2 3,63 t 61,2 3,63 t 64 ,83 º C
Solvente PE normal KE
água 100,0ºC 0,51ºC
benzeno 80,2ºC 2,53ºC
clorofórmio 61,2ºC 3,63ºC
Observação:
Relação entre o efeito ebuliométrico e tonoscópico.
P
O efeito ebuliométrico t 1 e o tonoscópico são diretamente proporcionais, ou seja, quanto maior for o
P0
abaixamento da pressão máxima de vapor da solução (tonoscopia), maior será também a elevação de sua temperatura de
ebulição.
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O ponto A corresponde ao ponto onde a pressão de vapor do sólido é igual a pressão de vapor do líquido, ou seja, nesse
ponto a fase sólida está em equilíbrio com a fase líquida.
A temperatura do ponto A corresponde ao ponto de fusão (P.F.) e ao ponto de congelação (tC) da substância pura na
respectiva pressão. A adição de um soluto não-volátil diminui a pressão de vapor do solvente, ocasionando uma diminuição do
ponto de congelação do solvente. Esse abaixamento do ponto de congelação de um solvente provocado pela adição de um
soluto não-volátil é chamado de efeito crioscópico.
Observe o gráfico seguinte onde estão assinaladas as curvas da pressão de vapor de um solvente puro e de uma solução
formada por esse solvente e um soluto não volátil.
Observação:
Abaixamento da temperatura de congelação da solução (tc) é a diferença entre a temperatura de congelação do solvente
puro (t0) e a temperatura de início de congelação do solvente na solução (t).
tc é o efeito crioscópico ou criométrico e é calculado pela expressão:
t C t C0 t C
Lei de Raoult
Numa solução diluída de um soluto qualquer não-iônico, o abaixamento da temperatura de congelação é diretamente
proporcional à molalidade da solução.
t C K C W ou t º C t C K C W
KC = constante crioscópica molal
Observação:
Quando a solução é 1 molal (W = 1) temos:
t C K C W t C K C
Assim KC representa o abaixamento da temperatura de congelação que ocorre numa solução 1 molal. K C só depende do
solvente, e não do soluto.
A constante criométrica molal (KC) pode ser calculada pela expressão:
R T2
KC
1000 L f
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Onde:
cal
R = constante universal dos gases perfeitos 2
K MOL
T = temperatura absoluta de congelação do solvente puro (K).
Lf = calor latente de fusão do solvente puro (cal/g).
SOLVENTE KC (ºC/MOLAL)
Água 1,86
Benzeno 5,12
Álcool etílico 1,99
Tetracloreto de carbono 31,8
Obs.1: Em uma solução diluída de água e sal comum, que está sendo resfriada, as primeiras porções de gelo que se
formam são de gelo puro, ou seja, sem sal. Por esse motivo quando se inicia o congelamento de uma solução, como o solvente
puro congela primeiro, a solução vai ficando cada vez mais concentrada, de modo que a temperatura de congelação da solução
(t) vai diminuindo gradativamente. Por isso a temperatura de congelação da solução é medida no início da congelação da
solução.
Obs. 2: Pelo motivo exposto acima o gelo formado a partir da água do mar não é salgado.
Resumo
Comparando as leis determinadas na tonometria, na ebuliometria e na criometria, perceberemos uma grande semelhança
entre elas:
P M
Na tonometria: Kt W ; Kt 2
P0 1000
R T2
Na ebuliometria: t e K e W ; K e
1000 L V
R T2
Na criometria: t C K C W ; K C
1000 L f
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O equilíbrio entre um líquido e seu vapor não está apenas no equilíbrio dinâmico que pode existir
entre os estados da matéria. Sob condições apropriadas de temperatura e pressão, um sólido pode ter
equilíbrio com o estado líquido e até mesmo com o gasoso. O diagrama de fase é um gráfico que resume
as condições de equilíbrio existentes entre os diferentes estados da matéria, além de permitir determinar
a fase de uma substância estável em qualquer temperatura e pressão.
A forma geral de um diagrama de fase para uma substância que exibe três fases é mostrada na Figura
11.26. O diagrama é um gráfico bidimensional, com pressão e temperatura como eixos. Ele contém três
importantes curvas, cada qual representando as condições de temperatura e pressão em que as várias
fases podem coexistir em equilíbrio. A mica substância presente no sistema é aquela cujo diagrama de
fase é examinado. A pressão mostrada no diagrama é a aplicada ao sistema ou gerada pela própria
substância. As curvas podem ser descritas da seguinte maneira:
1. A linha que vai de A a B é a curva de pressão de vapor do líquido. Ela representa o equilíbrio
entre as fases líquida e gasosa. O ponto nessa curva onde a pressão de vapor equivale a 1 atm é o ponto
de ebulição normal da substância. A curva de pressão de vapor termina no ponto crítico (B), que equivale
à temperatura e à pressão críticas da substância. Para frente do ponto crítico, as fases gasosa e líquida
se tornam indistinguíveis.
2. A linha AC representa a variação na pressão de vapor do sólido à medida que este se purifica
em diferentes temperaturas.
3. A linha que vai de A a D representa a mudança no ponto de fusão do
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sólido com aumento de temperatura. Em geral, essa linha declina lentamente para a direita
conforme a pressão aumenta. Isso porque, para a maioria das substâncias, o sólido é mais denso que o
líquido. Um aumento na pressão geralmente favorece a fase sólida mais compacta; assim, temperaturas
mais altas são necessárias para a fusão do sólido a pressões mais elevadas. O ponto de fusão de uma
substância é idêntico a seu ponto de congelamento. Esses dois pontos diferem somente na direção. O
ponto de fusão em 1 atm é o ponto de fusão normal.
O ponto A, onde as três curvas se encontram, é conhecido como ponto triplo. As três fases estão
em equilíbrio nessa temperatura e pressão. Qualquer outro ponto nessas três curvas representa um
equilíbrio entre duas fases. E qualquer outro ponto no diagrama que não encontre uma linha corresponde
a condições sob as quais uma única fase está presente. A fase gasosa, por exemplo, é estável a baixas
pressões e elevadas temperaturas, ao passo que a fase sólida é estável a baixas temperaturas e elevadas
pressões. Já a fase líquida á estável na região situada entre as fases sólida e gasosa.
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6. Osmose (osmometria)
Quando colocamos hemáceas em água pura, percebemos, utilizando o microscópio, que as mesmas vão inchando
(turgescência), podendo chegar a arrebentar (hemólise). Isso ocorre porque a água atravessa a membrana da hemácea
penetrando na célula, mais rapidamente que os líquidos celulares conseguem sair. Por outro lado, ao colocarmos hemáceas em
água salgada, com alta concentração de sal, elas tendem a murchar (crenação). Isso ocorre porque os líquidos celulares saem
mais rapidamente do que a água consegue entrar.
Esses fenômenos são explicados pela osmometria.
Consideremos um recipiente dividido em dois compartimentos, A e B, por uma membrana semipermeável (MS).
I) Ao colocarmos solvente puro em A e solução do soluto não-volátil no mesmo solvente em B ocorre passagem do solvente
através da membrana semipermeável (MS) do compartimento A em direção ao compartimento B. Isso ocorre devido a maior
pressão de vapor do solvente puro em relação à solução do soluto não-volátil, na tentativa de igualarem-se as pressões de
vapor de ambos os lados da MS.
II) Ao colocarmos uma solução diluída em A e uma solução concentrada do mesmo soluto e do mesmo solvente em B, também
ocorre passagem do solvente através da membrana semipermeável do compartimento A em direção ao compartimento B,
devido à maior pressão de vapor da solução diluída em relação à solução concentrada.
A passagem de solvente através de membranas semipermeáveis é chamada de osmose, palavra que vem do grego
osmos e significa impulso.
Observe as definições:
Membrana semipermeável é a membrana que permite apenas a passagem do solvente, ou seja, impede a passagem
do soluto.
É possível impedir a osmose, ou seja, impedir a passagem do solvente através da membrana semi-permeável, aplicando-
se uma pressão externa conveniente sobre a solução no sentido inverso ao da osmose, e de intensidade mínima igual à pressão
que o solvente faz atravessar a membrana semipermeável.
A essa pressão mínima, capaz de impedir a osmose damos o nome de pressão osmótica (p).
Pressão Osmótica de uma solução é a pressão mínima que deve ser aplicada sobre ela para impedir a passagem do
solvente puro para a solução, quando ambos estiverem separados por uma membrana semipermeável.
Se a pressão externa exercida for maior que a pressão osmótica da solução, o fenômeno normal se inverterá, ou seja, o
solvente passará da solução para o lado do solvente puro. Esse fenômeno é
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Primeira lei da osmometria: em temperatura constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional a molaridade da
solução.
Matematicamente:
n1
K M ou K
V
Segunda lei da osmometria: em molaridade constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional a temperatura
da solução.
Matematicamente:
K T
Experiências posteriores levaram a concluir que a equação fundamental da osmometria é idêntica à equação dos gases
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perfeitos:
m1
V n1 R T ou V R T
M1
n1
ou R T ou M R T
V
Onde:
= pressão osmótica da solução (atm)
V = volume da solução (L)
n1 = nº de mol do soluto
R = constante universal dos gases perfeitos
atm L
R 0,082
K mol
Ex.: Consideremos 100 moléculas de H2SO4 com grau de ionização a = 61% ou a = 0,61 a 18ºC.
2H 3 O HSO24
1H 2 SO 4 2H 2 O
1MOLÉCULA 3 PARTÍCULAS
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* 61 moléculas se ionizam
originando 122 íons H 3 O e
2-
100 moléculas de H2SO4 61 íons SO 4
* 39 moléculas de H 2 SO 4
permanecem na forma
não - ionizada.
Total de partículas:
122H O 61SO 39H SO 222 partículas
3
2
4 2 4
Assim concluímos que a ionização ou dissociação do soluto aumenta o número de partículas na solução, aumentando
assim o efeito coligativo. Ou seja, uma solução iônica sempre tem efeitos coligativos mais intensos que uma solução molecular
de mesma molaridade.
Observe a comparação:
No exemplo anterior concluimos que as propriedades coligativas da solução iônica correspondem numericamente ao
dobro do valor da solução covalente, já que as propriedades coligativas dependem apenas do número de partículas de soluto, e
não da sua natureza.
P2 P
iônica = 2 2 molecular (tonoscopia)
P2 P2
Assim Van’t Hoff propôs a criação de um fator de correção (i), que passou a ser chamado de fator de Van’t Hoff.
O fator de Van’t Hoff (i) é o número que mostra quantas vezes o efeito coligativo iônico é maior que o efeito coligativo
molecular para soluções de mesma molaridade.
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Concluímos assim que o fator de Van’t Hoff traduz, também, o aumento do número de partículas causado pela
dissociação:
i2
P
Kt W i (tonometria)
P0
t E K E W i (ebuliometria)
t C K C W i (criometria)
V n1 R T i ou M R T i (osmometria)
Van’t Hoff demonstrou que o fator de correção i podia ser calculado pela relação:
i 1 q 1
Onde:
= grau de ionização ou dissociação do composto;
q = número total de íons liberados na ionização de 1 molécula ou na dissociação de 1 agregado iônico do composto;
i = 1 + 0 . (q – 1) i 1
i = 1 + 1 . (q – 1) i = 1 + q – 1 i q
Portanto: 0 i q
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Observação :
Sempre uma solução vai sendo diluída, o valor de tende a 100% ( = 1) e consequentemente o valor de i tende a se
igualar ao valor de q.
A solução aquosa de ácido acético descrita anteriormente congela a –1,90 °C, que é um valor apenas um
pouco mais baixo o esperado (–1,86 °C), caso não ocorresse ionização. E claro, então, que ocorreu
alguma ionização, mas não muita. Podemos estimar a ionização percentual utilizando o procedimento a
seguir.
Primeiramente usamos os dados para calcular a molalidade aparente da solução, ou seja, a molalidade
de todas as substâncias dissolvidas, HC2H3O2 + C2H3O2– + H+. Usaremos novamente a Equação 12.4
(Tf Kf m) , mas agora m representará a molalidade aparente; Kf vale 1,86 °C/m.
Tf 1,90C
Molaridade aparente =
Kf 1,86Cm1
1,02 m
Se há 1,02 mol de todos os solutos em 1 kg de solvente, ficamos com 0,02 mol de solutos a mais do que
no início, pois começamos com 100 mol de ácido acético. Como obtivemos exatamente uma molécula
extra para cada molécula de ácido acético, que é ionizada, os 0,02 mol adicionais devem ter se originado
da ionização de 0,02 mol de ácido acético. Assim, a ionização percentual é
Em outras palavras, estimamos por este procedimento a ionização percentual em ácido acético 1,00 m
em 2%. (Outros tipos de medida são mais precisos e, na realidade, a ionização percentual do ácido
acético nesta concentração é menor que 1%.)
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Por causa da associação, o abaixamento do ponto de congelamento de uma solução 1,00 m de ácido
benzóico em benzeno é apenas a metade do valor calculado. A formação do dímero faz com que o ácido
benzóico passe a ter uma massa molecular efetiva que é o dobro da normal. Esta massa molecular efetiva
maior reduz a concentração molal pela metade, o mesmo acontecendo com o efeito sobre o abaixamento
do ponto de congelamento.
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Quantidade
Volume Temperatura
de
de de
Soluto matéria de
água ebulição
soluto
(L) (°C)
(mol)
1 - - 100,00 a) Defina, em função da pressão de vapor, a temperatura de
1 NaC 0,5 100,50 ebulição.
1 NaC 1,0 101,00 b) Desenhe um gráfico, apresentando o perfil da pressão de
1 sacarose 0,5 100,25
vapor em função da massa molar para esses hidretos.
1 CaC 2 0,5 100,75
Dois novos experimentos foram realizados, 04. (Fuvest) A porcentagem em massa de sais no
adicionando-se 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água sangue é de aproximadamente 0,9%. Em um
(experimento A) e 1,0 mol de glicose a 0,5 L de água experimento, alguns glóbulos vermelhos de uma
(experimento B). Considere que os resultados desses amostra de sangue foram coletados e separados em
novos experimentos tenham sido consistentes com os três grupos. Foram preparadas três soluções,
experimentos descritos na tabela. Assim sendo, as identificadas por X, Y e Z, cada qual com uma diferente
temperaturas de ebulição da água, em °C, nas concentração salina. A cada uma dessas soluções foi
soluções dos experimentos A e B, foram, adicionado um grupo de glóbulos vermelhos. Para
respectivamente, de cada solução, acompanhou-se, ao longo do tempo, o
a) 100,25 e 100,25. volume de um glóbulo vermelho, como mostra o
b) 100,75 e 100,25. gráfico.
c) 100,75 e 100,50.
d) 101,50 e 101,00.
e) 101,50 e 100,50.
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d) 29,52.
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alternativa correta.
a) Se for colocada água com glutamato de monossódio
dissolvido para congelar em uma geladeira, a temperatura de
fusão da água na solução permanecerá a mesma que a da
água pura.
b) As propriedades coligativas independem do número de
partículas do soluto na solução, da natureza das partículas e
de sua volatilidade.
c) Se forem preparadas duas soluções aquosas de mesma
concentração, uma de glutamato de monossódio e outra de
açúcar, a temperatura de ebulição da água na solução será
maior que a da água na solução de açúcar.
d) Em uma panela tampada, a pressão de vapor da solução
aquosa de glutamato de monossódio é maior do que a pressão
de vapor da água pura porque a presença do sal facilita a
evaporação do solvente. Assinale a alternativa que apresenta soluções em ordem
CRESCENTE de abaixamento da temperatura de
22. (Ufrgs) Assinale a alternativa que completa solidificação.
corretamente as lacunas no texto a seguir, na ordem em que a) IV < I < II < III
aparecem.
b) III < I < II < IV
Dois copos contendo igual volume de líquido são colocados c) IV < II < I < III
sob uma campânula impermeável, como na figura que segue. d) III < II < I < IV
GABARITO
Resposta da questão 1:
[A]
2º) Numa solução líquida, que possua um soluto não Vfinal 125 75 200 mL
volátil e não iônico, a elevação da temperatura de Vfinal 0,2 L
ebulição é diretamente proporcional à molalidade
da solução.
18,5 g 0,2 L
3º) Numa solução líquida, que possua um soluto não m'soluto 1L
volátil e não iônico, o abaixamento da temperatura de m'soluto 92,5 g Concentração (câmara 2) 92,5 g / L
congelamento é diretamente proporcional à
molalidade da solução. Resposta da questão 5:
[D]
Conclusão:
curva II.
.
b) Como a solução B apresenta menor pressão de
vapor, concluímos que possui maior quantidade de 17. a) 1,6 L
partículas de soluto do que a solução A.
b) As células do sangue tem maior pressão osmótica, por
No processo de osmose o solvente migrará do meio isso receberão água da solução injetada. a células inchará
de maior pressão de vapor A, para o meio de menor devido a entrada de solvente.
pressão de vapor B.
A solução I tem 500 mL de volume e concentração A injeção de água destilada no sangue provoca a elevação
de 0,1 mol.L–1. da pressão de vapor do solvente, ou seja, da água e
consequentemente uma absorção excessiva deste composto
1000 mL (solução) 0,1 mol (CaC pelas hemácias, provocando um inchaço e,
2)
consequentemente, a morte das hemácias.
500 mL (solução) nCaC 2
nCaC 2
0,05 mol Resposta da questão 19:
mCaC 2
0,05 111 5,55 g
[A]
b) Teremos:
Solução I (500 mL de solução de cloreto de cálcio Líquido A : 0,01M 2 0,02 mol / L
0,1 mol.L–1)
Líquido B : H2O( )
CaC 2 Ca2 2C
Líquido C : 0,01M 1 0,01 mol / L
0,05 mol 0,05 mol 2 0,05 mol
Líquido D : H2O( )
0,15 mol de partículas
0,10 mol 0,10 mol Assumindo que os dois compostos têm 100% de
0,10 mol de partículas solubilidade em água, o KC pode produzir a mesma
Conclusão: a solução II é mais concentrada do que diminuição de temperatura que o NaC , pois
a solução I. apresenta o mesmo número de mols de partículas
(dissolução iônica) e consequentemente o mesmo
Como a solução II é mais concentrada do que a efeito crioscópico.
água, sua curva aparece logo abaixo da curva da
água. Já a solução I é mais concentrada do que a
solução I, por isso sua curva aparece abaixo da
104
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NaC Na C O item A não está correto, pois se o soro fisiológico tivesse
a mesma concentração molar do sangue em relação ao NaCl,
(2 mols de partículas) o soro teria o dobro da concentração molar do sangue em
KC K C relação aos íons, pois o NaCl se dissocia totalmente em Na+
e Cl-, ou seja, o fator de Van’t Hoff (i) é igual a 2. Como o
(2 mols de partículas)
NaCl é um composto iônico, temos que considerar
.
21. [C] 22. [A] 23. [C] molaridade total dos íons!
24. [E] 25. 07 26. [E]
Resposta da questão 35:
27. [D] 28. [D] 29. [D]
[D]
Resposta da questão 30:
O solvente migra do meio menos concentrado (maior
[D] pressão de vapor) para o meio mais concentrado (menor
pressão de vapor).
π MR T i pvapor do copo 1 pvapor do copo 2
M concentração molar água solução
pura 0,3 mol /L
3
m 100 10
M 1,22 102 mol / L
MM V 164 50 103 Conclusão: com o decorrer do tempo, o volume do copo 1
diminui e o do copo 2 aumenta.
[E]
32.
a) A pressão osmótica é maior quando o número de
partículas na solução é maior.
Número de partículas na solução de glicose em um litro:
0,30 mol.
Número de partículas na solução de NaCØ em um litro: 0,30
mol.
Número de partículas na solução de K‚Cr‚O‡ em um litro:
0,30 mol.
Como o número de partículas é o mesmo a pressão
osmótica dessas soluções é igual.
b) Sim. Porque a pressão de vapor dessas soluções é menor
do que a da água pura.
33.
a) IV < II < I < III b) C = 5,8 g/L
[C]
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MÓDULO 05
TERMOQUIMICA
1. Natureza da Energia e Tipos de Energia
"Energia" é um termo muito usado, que representa um conceito abstrato. Por exemplo, quando nos
sentimos cansados, podemos dizer que não temos energia; por outro lado, ouvimos falar da necessidade
de encontrarem alternativas para os recursos energéticos não renováveis. Ao contrário da matéria, a
energia é reconhecida por seus efeitos, e não podemos vê-Ia, tocá-la, cheirá-la ou pesá-la.
A energia normalmente é definida como a capacidade de realizar trabalho. Definimos trabalho como
"força X distância", entretanto, veremos, em breve, que há outros tipos de trabalho. Todas as formas de
energia são capazes de gerar trabalho (isto é, de exercer uma força ao longo de uma distância), mas nem
todas são igualmente relevantes para a química. A energia das marés, por exemplo, pode ser controlada
para produzir trabalho útil, porém, a relação entre as marés e a química é pequena. Os químicos definem
trabalho corro a variação de energia diretamente resultante de um processo. A energia cinética - energia
produzida por um objeto em movimento - é uma forma de energia com interesse especial para os
químicos. Outras formas são energia radiante, energia térmica, energia química e energia potencial.
A energia radiante, ou energia solar, provém do Sol e é a fonte de energia primária da Terra. A
energia solar aquece a atmosfera e a superfície da Terra. estimula o crescimento da vegetação pelo
processo conhecido como fotossíntese e influencia os padrões climáticos globais.
Energia térmica é a energia associada ao provimento randômico dos átomos e das moléculas. Em
geral, pode ser calculada a partir de medidas de temperatura. Quanto mais intenso for o movimento dos
átomos e das moléculas em uma amostra de matéria mais quente essa se tornará e maior será sua
energia térmica. Contudo, precisamos fazer uma distinção cuidadosa entre energia térmica e temperatura.
Uma xícara de café a 70°C está a uma temperatura mais elevada que uma banheira cheia de água quente
a X10°C, mas há muito mais energia térmica armazenada na água da banheira porque o seu volume e a
sua massa são muito maiores que os do café, e, consequentemente, se há mais moléculas de água,
maior é o movimento molecular.
Energia química é uma forma de energia ar-mazenzada dentro das unidades estruturais das
substâncias químicas; sua quantidade é determinada pelo tipo e arranjo dos átomos na substância
considerada. Quando as substâncias participam de reações químicas, a energia química é liberada,
armazenada ou convertida em outras formas de energia.
Energia potencial é a energia disponível couro consequência da posição de um objeto. Por
exemplo, por causa da sua altitude, uma rocha no alto de um penhasco tem maior energia potencial e
deve provocar maior impacto ao cair dentro da água do que uma rocha semelhante colocada no meio do
penhasco. A energia química pode ser considerada uma forma de energia potencial porque está
associada às posições relativas e aos arranjos dos átomos que compõem uma dada substância.
Todas as formas de energia podem ser interconvertidas (pelo menos, em princípio). Sentimo-nos
quentes quando estamos expostos ao Sol, pois a energia solar radiante se transforma em energia térmica
na nossa pele. Quando praticamos exercício físico, a energia química armazenada nos nossos corpos é
usada para produzir energia cinética. Quando uma bola começa a rolar ladeira abaixo, a sua energia
potencial é convertida em energia cinética. É possível, sem dúvida. dar muitos outros exemplos. Embora
a energia possa assumir formas diferentes e interconvertíves, os cientistas chegaram à conclusão de que
ela não pode ser destruída nem criada. Quando uma forma de energia desaparece, outra (de igual
grandeza) deve aparecer, e vice-versa. Esse princípio é conhecido como a lei da conservação da energia:
a quantidade total de energia no universo é sempre constante.
À medida que a água passa pela barragem.
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As variações de energia que ocorrem durante as reações químicas frequentemente, apresentam tanto
interesse prático quanto as relações de massa discutidas no Capítulo 3. Por exemplo, na vida cotidiana,
a importância da realização de reações de combustão a partir do gás natural e do petróleo deve-se em
maior parte à liberação de energia térmica do que à formação dos produtos água e dióxido de carbono.
Quase todas as reações químicas absorvem ou produzem (liberam) energia, geralmente na forma
de calor. É importante compreender a distinção entre energia térmica e calor. Calor é a transferência de
energia térmica entre dois corpos que estão a temperaturas diferentes. Falamos muitas vezes em "fluxo
de calor" de um objeto quente para um objeto frio. Embora o termo "calor" implique transferência de
energia, costumamos falar em "calor absorvido" ou "calor liberado" quando descrevemos variações de
energia que ocorrem em um processo. A área de estudo das variações de calor que ocorrera nas reações
químicas chama-se termo química.
Para analisarmos as variações de energia associadas às reações químicas, temos primeiro de
definir o sistema, ou seja, a parte específica do universo que nos interessa. Para os químicos, um sistema
geralmente inclui substâncias envolvidas em transformações químicas e físicas. Por exemplo. em um
experimento de neutralização ácidobase, o sistema pode ser um béquer contendo 50 mL de HCl ao qual
se adicionaram 50 mL de NaOH. O restante do universo fora do sistema designa-se vizinhança.
Há três tipos de sistemas. Um sistema aberto pode trocar massa e energia, geralmente na forma de
calor, com a vizinhança. Por exemplo, um sistema aberto pode consistir em certa quantidade de água
dentro de um recipiente aberto, como mostrado na Figura 1(a). Se fecharmos o frasco, como na Figura
1(b), de modo que o vapor d'água não possa escapar do recipiente nem condensar-se dentro dele,
criamos um sistema fechado que permite transferência de energia (calor), mas não de massa. Se colocar-
mos água em um recipiente totalmente isolado, construímos um sistema isolado que não permite
transferência de massa nem de energia, como mostrado na Figura 1(c).
A combustão do gás hidrogênio em oxigênio é uma das muitas reações químicas que liberam
quantidades consideráveis de energia:
Nesse caso, a mistura reacional (moléculas de hidrogênio; oxigênio e água) é chamada de sistema
e o restante do universo, de vizinhança. Uma vez que a energia não pode ser criada nem destruída,
qualquer energia perdida pelo sistema deve ser adquirida pela vizinhança. Então, o calor produzido no
processo de combustão é transferido do sistema para a vizinhança. Essa reação é um exemplo de
processo exotérmico, que é qualquer processo que libera calor, isto é, transfere energia térmica para o
meio exterior.
Considere, agora, outra reação, a decomposição do óxido de mercúrio(II) (HgO) em temperaturas
elevadas:
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Três sistemas constituídos por água dentro de um frasco: (a) um sistema aberto que permite
transferência de massa e de energia com a vizinhança; (b) um sistema fechado que permite
transferência de energia, mas não de massa; e (c) um sistema isolado que não permite transferência de
massa nem de energia (aqui o frasco está envolvido por uma câmara de vácuo).
O desastre do Hindenburg. O Hindenburg, um dirigível alemão preenchido com hidrogênio, foi destruído
por um incêndio de grandes proporções em Lakehurst, Nova Jersey, em 1937.
Essa reação é um exemplo de processo endotérmico, no qual calor tem de ser fornecido ao sistema (isto
é, ao HgO) pela sua vizinhança.
Nas reações exotérmicas, a energia total dos produtos é menor do que a energia total dos reagentes.
Essa diferença corresponde ao calor fornecido pelo sistema à vizinhança. Acontece exatamente o
contrário para as reações endotérmicas. Nesse caso, a diferença de energia entre os produtos e os
reagentes é igual ao calor fornecido ao sistema pela vizinhança.
• Endotérmico: absorve calor da vizinhança.
• Exotérmico: transfere calor para a vizinhança.
• Uma reação endotérmica mostra-se fria.
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3. Entalpia de Reações
A maior parte das reações consiste em processos que ocorrem a pressão constante; nesses casos,
podemos igualar a troca de calor à variação da entalpia. Para qualquer reação do tipo
reagentes produtos
A entalpia de reação pode ser positiva ou negativa, dependendo do processo. Para um processo
endotérmico (em que ocorre absorção de calor peló sistema a partir da vizinhança), H é positivo (isto
é, H > 0). Para um processo exotérmico (em que ocorre liberação de calor pelo sistema para a
vizinhança), H é negativo (isto é, H < 0).
Por analogia, a variação da entalpia pode ser analisada da mesma forma que a variação de saldo
no extrato de uma conta bancária. Suponha que o saldo inicial seja R$ 100. Depois de uma transação
(depósito ou saque), a variação do saldo bancário, AX, é dada por
X = Xfinal – Xinicial
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A 0°C e à pressão de 1 atm, o gelo se funde, gerando água no estado líquido. Medidas experimentais,
mostram que, nessas condições, para cada mol de gelo convertido em água líquida, o sistema (gelo)
absorve 6,01 quilojoules (kJ) de energia térmica. Sendo a pressão constante, o calor transferido é igual à
variação de entalpia, H. Além disso, trata-se de um processo endotérmico, conforme é esperado para
uma transformação que envolve absorção de energia como é a fusão do gelo [Figura 5(a)].
Consequentemente, o valor de H tem sinal positivo. A equação para essa transformação física é
O aparecimento de "por mol" na unidade de H significa que se trata de uma variação de entalpia por
mol de reação (ou de processo), tal conto está escrito, isto é, para a conversão de 1 mol de gelo em 1
mol de água no estado líquido.
Um outro exemplo é a combustão do metano (CH4), o componente principal do gás natural:
De acordo com nossa experiência sabemos que a combustão do gás natural libera calor para a
vizinhança, sendo assim é um processo exotérmico. Sob pressão constante esse calor transferido é igual
à variação de entalpia e H deve ter sinal negativo [(Figura 5(b)]. Mais uma vez, a unidade "por mol" de
reação para H significa que quando 1 mol de CH4 reage com 2 mol de O2 para gerar 1 mol de CO2, e 2
mol de H2O líquida, são liberados 890,4 kJ de calor para a vizinhança.
As equações para a fusão do gelo e para a combustão do metano são exemplos de equações
terrnoquímnicas, que mostram as variações da entalpia assim como as
Figura 5 - (a) A fusão de 1 mol de gelo a 0°C (processo endotérmico) resulta em um aumento de 6,01 kJ
na entalpia do sistema. (b) A combustão de 1 mol de metano em oxigênio gasoso (processo exotérmico)
resulta em uma diminuição de 890,4 kJ na entalpia do sistema.
relações de massa. É essencial apresentar uma equação já balanceada ao citara variação da entalpia de
uma reação. Os pontos que se seguem são úteis para escrever e interpretar equações termoquímicas:
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a variação da entalpia será igual a -802,4 kJ em vez de -890,4 kJ, pois são necessários 88.0 kJ para
converter 2 mols de água líquida em vapor d'água, isto é,
EXEMPLO 1
Dada a equação termoquímica
1
SO2(g) + O2(g) SO3(g) H = -99,1 kJ/mol
2
calcule o calor liberado quando 74,6 g de SO2 (massa molar = 64,07 g/mol) se convertem em SO3.
Estratégia A equação termoquímica mostra que para cada mol de SO 2 queimado são liberados 99,1 kJ
de calor (observe o sinal negativo). Por conseguinte, o fator de conversão é
99,1kJ
1molSO2
Quantos mols de SO2 existem em 74,6 g de SO2? Qual é o fator de conversão entre gramas e mols?
Solução
Precisamos calcular, em primeiro lugar, o número de mols de SO2 contidos em 74,6 g do composto e
determinar, então, quantos quilojoules são produzidos pela reação exotérmica. A sequência de
conversões é a seguinte:
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1molSO2 99,1kJ
74,6g SO2 x x 115kJ
64,07 gSO2 1molSO2
Verificação Uma vez que 74,6 g é maior que a massa molar do SO 2, espera-se que o calor liberado seja
maior que -99,1 kJ. O sinal negativo indica que essa reação é exotérmica.
Reagentes libera
calor
produtos + calor
Hr (maior) Hp (menor)
H = Hp – Hr
Hp < H r
H < 0
1
Ex.: H2(g) + O2(g) H2O(l) H = – 68,3Kcal
2
1
H2(g) + O2(g) H2O(l) + 68,3 Kcal
2
1
H2(g) + O2(g) – 68,3 Kcal H2O(l)
2
1
Ex.: H2(g) + O2(g) H2O(l) H = – 68,3 Kcal/mol
2
H = Hp – Hr
Hp < Hr
H < 0
Reação exotérmica.
absorv e calor
Reagentes produtos – calor
Hr (menor) Hp(maior)
H = H p – Hr
Hp > H r
H > 0
1
Ex.: H2O(l) H2(g) + O2(g) H = + 68,3 Kcal/mol
2
H = Hp = Hr
Hp > Hr
H > O
Reação endotérmica
Conclusão:
Se a equação for multiplicado ou dividido por um número, o mesmo acontecerá com a quantidade
de calor.
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Ex. 2:
1Fe2O3(s) + 3H2(g) 2Fe(s) + 3H2O(l) H = – 35,1 Kcal (25ºC)
1Fe2O3(s) + 3H2(g) 2Fe(s) + 3H2O(l) H = – 29,7 KJ (85ºC)
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A influência da pressão sobre o H de reações que envolvem sólidos e líquidos é muito pequena,
praticamente desprezível. Mesmo em reações que envolvem substâncias no estado gasoso, a influência
da pressão é pequena, só tendo importância prática em pressões muitíssimo elevadas. Como de um
modo geral a grande maioria das reações são realizadas sob pressão ambiente, não devemos levar em
consideração a sua influência sobre o H dessas reações.
• Se existe mais de um estado para uma substância sob condições padrão, o estado mais estável é
utilizado.
• A entalpia padrão de formação da forma mais estável de um elemento é zero.
• H2(g) H=0 C(grafite) H=0 O2(g) H=0 S(rômbico) H=0
• H2(l) H≠0 C(diamante) H ≠0 O3(g) H ≠0 S(monoclínico) H ≠ 0
Exceção:
• P(branco) ; menos estável; estado-padrão; H=0
• P(vermelho); mais estável; H≠0
A Equação (9) nos diz que H também pode ser calculado se soubermos os valores reais das
entalpias de todos os reagentes e produtos. Porém, como já foi dito, não existe maneira de medir o valor
absoluto da entalpia de uma substância, apenas valores relativos a uma referência arbitrária podem ser
determinados. Esse problema é semelhante ao que os geógrafos encontram quando querem especificar
as altitudes de determinados vales ou montanhas. Em vez de tentarem inventar uma escala "absoluta"
de altitude (baseada talvez na distância a partir do centro da Terra?), eles entraram em acordo para que
todas as alturas e profundidades geográficas sejam expressas em relação ao nível do mar, uma referência
arbitrária cuja altitude é definida como "zero' metro. Do mesmo modo, os químicos concordaram em
admitir um ponto de referência arbitrário para a entalpia.
O ponto de referência equivalente ao "nível do mar" para as expressões de entalpia chama-se
entalpia padrão deformação ( Hf ). Diz-se que as substâncias estão no estado-padrão a 1 atm, e daí se
o
origina o termo "entalpia-padrão. O sobrescrito indica que a medida foi feita nas condições-padrão (1
atm), e o subscrito 'f' significa formação. Por convenção, a entalpia-padrão de foração de qualquer
elemento na sua fornia mais estável é zero. Considere o elemento oxigênio, por exemplo. O oxigênio
molecular (O 2) é mais estável do que sua correspondente forma alotrópica, o ozônio (O 3), a 1 atm e 25°C.
Dessa forma, podemos escrever Hf (O2) = 0, mas Hf (O3) 0. De um modo semelhante, considerando
o o
as formas alotrópicas do carbono, temos que a grafite é mais estável que o diamante, a 1 atm e 25°C, e
desse modo Hf (C, grafite) = 0 e Hf (C, diamante) 0. Com base nessa descrição para os elementos,
o o
podemos agora definir a entalpia-padrão de formação de um composto como a transferência de calor que
ocorre quando 1 rnol do composto é formado a partir de seus elementos à pressão de 1 atm. A Tabela
6.4 apresenta uma lista das entalpias -padrão de formação para vários elementos e compostos. Observe
que embora não haja especificação de temperatura para o estadopadrão, usaremos sempre valores de
Hof medidos a 25°C em nossas discussões, uma vez que a maioria do dados da termodinâmica é
coletada a essa temperatura.
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• Exemplos:
• 2C(grafite) + 3H2(g) + ½ O2(g) C2H5OH(l) Hf°+ -277,7 kj
• ½ H2(g) + ½ N2(g) + 3/2 O2(g) HNO3(l) Hf°+ -173,2 kj
• ½ H2(g) + ½ O2(g) H2O(l) Hf°+ -285,9 kj
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A importância das entalpias-padrão de formação é que, uma vez conhecidos os seus valores,
podemos prontamente calcular a entalpia-padrão de reação, Hreac , definida como a entalpia de uma
o
aA + bB cC + dD
em que a, b. c e d são os coeficientes estequiométricos. Para essa reação, Hreac é dado por
o
Hreac
o
cHof C dHof D aHof A bHof B (17)
Hreac
o
nHof produtos nHof reagentes (18)
compostos que participam na reação forem conhecidos. Existem dois métodos que podem ser aplicados
para determinar esses valores: o método direto e o método indireto.
dos seus elementos. Suponha que queiramos saber qual é a entalpia de formação do dióxido de carbono.
Devemos medir a entalpia da reação que ocorre entre o carbono (grafite) e o oxigênio molecular, nos
seus estados-padrão, produzindo dióxido de carbono. também no estado-padrão:
Conforme sabemos, experimentalmente, essa reação se completa. Assim, com base na Equação (6.17),
podemos escrever
= -393,5 kJ/mol
Como tanto a grafite como o 02 são formas alotrópicas elementares estáveis, Hf (C, grafite) e Hf (O2,g)
o o
ou
119
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Observe que S(ortorrômbico) e P(branco) são as formas alotrópicas mais estáveis, respectivamente, dos
elementos enxofre e fósforo, a 1 atm e 25°C e, portanto, os correspondentes valores de Hf são iguais
o
a zero.
uma aproximação indireta baseada na lei de Hess do somatório de calores, ou simplesmente lei de Hess,
instituída pelo químico suíço Germain Hess. A lei de Hess pode ser enunciada do seguinte modo: quando
os reagentes são convertidos em produtos, a variação de entalpia é a mesma quer a reação se dê em
uma única etapa ou em uma série de etapas. Em outras palavras, se conseguirmos quebrar a reação de
interesse em uma série de reações cujos valores de Hreac possam ser medidos, poderemos calcular o
o
valor de Hreac para a reação global. A lei de Hess baseia-se no fato de H ser uma função do estado, e
o
assim, H depende apenas dos estados inicial e final (isto é, apenas da natureza dos reagentes e dos
produtos). A variação da entalpia será a mesma quer a reação total ocorra em uma única etapa ou em
muitas etapas.
Figura 9
120
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A variação de entalpia para a formação de 1 mol de CO2 a partir de grafite e 0, pode ser quebrada em
duas etapas de acordo com a lei de Hess.
A seguir temos uma analogia para a lei de Hess. Suponha que subamos de elevado] do primeiro ao
sexto andar de um edifício. O ganho na nossa energia potencial gravitacional (que corresponde à variação
de entalpia para o processo global) é o mesmo se fore mos diretamente para o sexto andar ou se pararmos
em cada andar durante o nosso percurso de subida (subdividindo o percurso em uma série de etapas).
Suponha que estejamos interessados na entalpia-padrão de formação do monóxidc de carbono
(CO). Podemos representar a reação como
1
C(grafite) + O2(g) CO(g)
2
No entanto, a queima da grafite também produz dióxido de carbono (CO2) e por issc não podemos medir
diretamente a variação de entalpia para o CO com base na reaçãc acima. Em vez disso, podemos
empregar uma rota indireta baseada na lei de Hess. E possível realizar separadamente, duas reações
completas,
(a) C(grafite) + O2(g) CO2(g) Hreac
o
= -393,5 kJ/mol
1
(b) CO(g) + O2(g) CO2(g) Hreac
o
= -283,0 kJ/mol
2
Primeiro, invertemos a equação (b) para obter
1
(c) CO2(g) CO(g) + O2(g) Hreac = +283,0 kJ/mol
o
2
Como as equações químicas podem ser adicionadas ou subtraídas da mesma forme que equações
algébricas, podemos realizar as operações (a) + (c), obtendo
(a) C(grafite) + O2(g) CO2(g) Hreac
o
= -393,5 kJ/mol
1
(c) CO2(g) CO(g) + O2(g) Hreac = +283,0 kJ/mol
o
2
_______________________________________________
1
(d) C(grafite) + O2(g) CO(g) Hreac
o
= -110,5 kJ/mol
2
Portanto Hf (CO) = -110,5 kJ/mol. Retomando, vemos que a reação global é a de formação de CO 2
o
[Equação (a)], que pode ser quebrada em duas partes [Equações (d e (b)]. A Figura 9 mostra o esquema
global do nosso procedimento.
A regra geral para a aplicação da lei de Hess é arranjar uma série de equações quími cas
(correspondendo a uma série de etapas) de tal forma que, quando somadas, todas a espécies se
cancelem com exceção dos reagentes e dos produtos que fazem parte d; reação global. Isso significa
que nos interessam os elementos à esquerda da seta e o com posto desejado à direita da seta. Muitas
vezes será necessário multiplicar algumas ou to das as equações que representam as etapas individuais,
por coeficientes apropriados.
EXEMPLO 2
Calcule a entalpia-padrão de formação do acetileno (C2H2) a partir dos seus elementos:
Estratégia
O nosso objetivo nesse caso é calcular a variação de entalpia para a formação de C 2H2 a partir dos seus
elementos C e H. Porém, a reação não ocorre diretamente, por isso devemos recorrer ao método indireto
usando a informação fornecida pelas Equações (a), (b) e (c).
Solução
Na síntese de C2H2 são necessários 2 mols de grafite como reagente. Assim, multiplicamos a Equação
(a) por 2 para obter
(d) 2C(grafite) + 2O2(g) 2CO2(g) Hreac
o
= 2(-393.5 kJ/mol)
= -787,0 kJ/mol
Em seguida, será necessário 1 mol de H, como reagente. que é fornecido pela Equação (b). Por último,
é preciso produzir 1 mol de C2H2. Na Equação (c) tem-se 2 mols de C2H2 como reagente, então temos de
inverter a equação e dividi-la por 2:
5 1
(e) 2CO2(g) + H2O(l) C2H2(g) + O2(g) Hreac =
o
(2598,8 kJ/mol)
2 2
= 1299.4 kJ/mol
Portanto, o Hf = Hreac = 226,6 kJ/mol. O valor de Hf indica que quando 1 mol de C2H2 é sintetizado
o o o
a partir de 2 mols de C (grafite) e 1 mol de H2. 226.6 kJ de calor são absorvidos pelo sistema reacional a
partir da vizinhança. Consequentemente, o processo é endotérmico.
CS2(l) + 3O2(g) CO2(g) + 2SO2(g) Hreac
o
= -1073,6 kJ/mol
EXEMPLO 3
O pentaborano-9, B5H9, é um líquido incolor e muito reativo que pode inflamar-se produzindo uma chama
ou até mesmo explodir quando exposto ao oxigênio. A reação é
122
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Nos anos 1950, o pentaborano-9 foi considerado um combustível potencial para foguetes uma vez que
produz grande quantidade de calor por grama. Porém, a ideia foi abandonada porque o B2O3 sólido, que
se forma na combustão do B5H9, é um abrasivo, que poderia destruir rapidamente o tubo de descarga do
foguete. Calcule o calor liberado (em quilojoules) quando um grama de composto reage com o oxigênio.
A entalpia-padrão de formação do B5H9 é 73,2 kJ/mol.
Estratégia
A entalpia de uma reação é a diferença entre o somatório das entalpias dos produtos e o somatório das
entalpias dos reagentes. A entalpia de cada espécie (reagente ou produto) é dada pelo produto do
coeficiente estequiométrico pela entalpia-padrão de formação da espécie.
Solução
Usando os valores de Hf , podemos escrever
o
para converter essa razão em kJ/g B5H9. A massa molar de B5H9 é 63,12 g, então
6. Calor de Combustão
É a energia de envolvida na combustão total de 1,0 mol de um combustível.
O comburente utilizado geralmente é o gás oxigênio.
• 1C3H8(g) + 5O2(g) 3CO2(g) + 4H2O(l) H = -2.220 kJ.mol-1
• 1C4H10(g) + 13/2O2(g) 4CO2(g) + 5H2O(l) H = -2.874 kJ.mol-1
• 1C5H12(g) + 8 O2(g) 5CO2(g) + 6H2O(l) H = -3.537 kJ.mol-1
• 1C2H5OH(l) + 3O2(g) 2CO2(g) + 3H2O(l)H = - 1.368 kJ.mol-1
• 1C(grafite) + O2(g) CO2(g) H = - 393,5 kJ.mol-1
• 1H2(g) + ½ O2(g) H2O(l) H = -286 kJ.mol-1
7. Entalpias de Neutralização
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É o calor liberado na reação de 1 mol de íons H +(aq) com 1 mol de íons OH-(aq) na formação de
1 mol de H2O(l);
8. Energia de Ligação
• Energia de ligação: é a energia necessária para romper 1 mol de ligações de uma substância na fase
gasosa, sob pressão constante.
• A quebra de uma ligação é sempre um fenômeno endotémico;
• A formação de uma ligação é sempre um fenômeno exotérmico;
Uma medida da estabilidade de uma molécula é a sua energia de ligação, definida como a variação de
entalpia necessária para quebrar uma ligação em 1 mol de moléculas no estado gasoso. (As energias de
ligações em sólidos e líquidos são influenciadas pelas moléculas vizinhas.) Por exemplo a energia de
ligação determinada experimentalmente para a molécula de hidrogênio, diatômica, é a seguinte:
Essa equação indica-nos que a quebra das ligações covalentes em 1 mol de moléculas de H 2 no estado
gasoso requer a energia de 436,4 kJ/mol. Para a molécula de cloro, que é menos estável,
As energias de ligação também podem ser medidas diretamente para moléculas que contêm elementos
diferentes, tal como o HCl,
Medir as forças de ligações covalentes em moléculas poliatômicas é mais complicado. Por exemplo, as
medidas mostram que a energia necessária para quebrar a primeira ligação O–H é diferente daquela
necessária para quebrar a segunda ligação O—H na molécula de H2O:
124
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Em cada caso, é quebrada uma ligação O – H, mas a primeira etapa é mais endotérmica do que a
segunda. A diferença entre os dois valores de H° sugere que a segunda ligação O – H sofre influência
das variações do ambiente químico.
Podemos compreender agora por que as energias das ligações O – H, em duas moléculas diferentes tais
como o metanol (CH3OH) e a água (H2O) não são iguais: os seus ambientes químicos são diferentes.
Portanto, para moléculas poliatômicas temos de considerar a energia média de ligação. Por exemplo,
podemos medir as energias de ligações O – H para de moléculas poliatômicas diferentes e obter a energia
média da ligação O – H dividindo a soma das energias de ligação por 10. A Tabela 9.2 mostra as energias
médias de ligação de várias moléculas diatômicas e poliatômicas. Como foi afirmado anteriormente, as
ligações triplas são mais fortes do que as ligações duplas, as quais, por sua vez, são mais fortes do que
as ligações simples.
Por outro lado, a formação da glicose (C6H12O6) a partir de água e dióxido de carbono, realizada de modo
eficiente pela fotossíntese, é altamente endotérmica:
Podemos explicar essas variações se considerarmos a estabilidade das moléculas de cada reagente e
de cada produto. Afinal, a maioria das reações químicas envolve a quebra e a formação de ligações.
Dessa forma, o conhecimento das energias de ligação e, portanto, da estabilidade das moléculas nos dá
alguma indicação sobre a natureza termoquímica das reações que as moléculas sofrem.
Em muitos casos, é possível prever a entalpia de reação aproximada, utilizando as energias médias de
ligação. Como toda quebra de ligação química requer energia e toda formação de ligação química é
sempre acompanhada de liberação de energia, podemos estimar a entalpia de uma reação contando o
número total de ligações quebradas e formadas na reação e registrando todas as variações de energia
correspondentes. A entalpia de reação na fase gasosa é dada por
125
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em que EL representa a energia média de ligação e é o somatório. A Equação (9.1), tal como está escrita,
considera a convenção do sinal para ∆H°. Assim, se a energia total fornecida for maior do que a energia
total liberada, ∆H° é positivo e a reação é endotérmica. Por outro lado, se a liberação for maior do que a
absorção de energia, ∆H° é negativo e a reação é exotérmica (Figura 9.6). Se todas as moléculas, dos
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reagentes e dos produtos, forem diatômicas, a Equação (9.1) fornecerá resultados precisos porque as
energias de ligação de moléculas diatômicas são conhecidas com precisão. Se algumas ou todas as
moléculas dos reagentes e produtos forem poliatômicas, a Equação (9.1) fornecerá somente resultados
aproximados, uma vez que as energias de ligação usadas nos cálculos são energias médias.
EXEMPLO 4
Calcule a variação de entalpia para a combustão do hidrogênio gasoso:
Estratégia: Observe que H2O é uma molécula poliatômica e que precisamos utilizar o valor da energia
média para a ligação O – H.
Solução: Construímos a seguinte tabela:
Esse resultado é apenas uma estimativa, pois a energia da ligação O – H é uma quantidade média.
Alternativamente, podemos utilizar a Equação (6.18) e os dados do Apêndice 2 para calcular a entalpia
de reação:
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9. Calorimetria
C = ms
em que m é a massa da substância em gramas. Por exemplo, o calor específico da água é 4,184 J/g . °C
e a capacidade calorífica de 60,0 g de água é
Observe que as unidades do calor específico são J/g . °C e da capacidade calorífica, J/°C. A Tabela 2
mostra os calores específicos de algumas substâncias comuns.
Se conhecermos o calor específico e a massa de uma substância, a variação da temperatura da
amostra ( t) nos indicará a quantidade de calor (q) que foi absorvida ou liberada em determinado
processo. A equação para calcular o calor transferido é a seguinte:
q = ms t
q=C t
t = tfinal – tinicial
Os sinais de q seguem a mesma convenção utilizada para a variação de entalpia: q é positivo para
processos endotérmicos e negativo para processos exotérmicos.
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EXEMPLO 5
Uma amostra de 466 g de água é aquecida de 8,50°C a 74,60°C. Calcule a quantidade de calor (em
quilojoules) absorvida pela água.
Estratégia Sabemos qual a quantidade e qual o calor específico da água. Com essa informação e
considerando o aumento de temperatura, podemos calcular a quantidade de calor absorvida (q).
Solução
Usando a Equação (6.12), podemos escrever
q = ms t
= (466 g)(4,184 J/g . °C)(74,60°C - 8.50°C)
1kJ
= 1.29 x 105J x
1000J
= 129 kJ
129
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01. (Ufc ) O besouro bombardeiro ('Brachinus') repele seus H‚N - NH‚(g) + O‚(g) ë N‚(g) + 2 H‚O(g)
predadores ao expelir substâncias químicas na forma de um
"spray químico". Este inseto possui glândulas na A variação de entalpia dessa reação pode ser estimada a
extremidade do seu abdômen, as quais contêm dois partir dos dados de entalpia das ligações químicas
compartimentos. Um destes contém uma solução aquosa de envolvidas. Para isso, considera-se uma absorção de energia
hidroquinona, C†H„(OH)‚, e peróxido de hidrogênio, H‚O‚, quando a ligação é rompida, e uma liberação de energia
e o segundo compartimento contém uma mistura de enzimas. quando a ligação é formada. A tabela abaixo apresenta dados
Quando ameaçado, o besouro comprime as glândulas, de entalpia por mol de ligações rompidas.
provocando a mistura das substâncias contidas nos
compartimentos, permitindo que se processe a seguinte
reação química exotérmica:
b) Com base nas reações dadas a seguir, calcule a variação a) Calcule a variação de entalpia para a reação de combustão
de entalpia da reação I. de um mol de hidrazina.
b) Calcule a entalpia de formação da hidrazina sabendo-se
II- C†H„(OH)‚(aq) ë C†H„O‚(aq) + H‚(g); ÐH(II)=177kJ que a entalpia de formação da água no estado gasoso é de -
III- H‚O(Ø) + 1/2 O‚(g) ë H‚O‚(aq); ÐH(III)=94,6kJ 242 kJ mol-1.
IV-H‚(g) + 1/2 O‚(g) ë H‚O(Ø) ; ÐH(IV)=-286kJ
04. (Unicamp) A variação de entalpia de uma reação
c) Esboce um gráfico para ilustrar o perfil energético da na fase gasosa, ÐHr, pode ser obtida indiretamente
reação, destacando a função das enzimas na reação I por duas maneiras distintas: 1) pelas diferenças entre
as entalpias de formação, ÐHf, dos produtos e dos
02. (Ufc) Dadas as reações: reagentes; 2) pela diferença entre as entalpias de
I. H‚(g) + CØ‚(g) ë 2HCØ(g) ligação, ÐHØ, das ligações rompidas e das ligações
II. N‚(g) + 3H‚(g) ë 2NHƒ(g) formadas.
e as energias de ligação: Considerando a reação e as tabelas a seguir:
Dados:
a) Determine o valor de ÐHr. 2 H2S g 3 O2 g 2 SO2 s 2 H2O
b) Calcule a entalpia de formação para o HƒCCØ(g).
H 1124 kJ
3 S s 2 H2O 2 H2S g SO2 g
05. (Ufc) A quantidade de energia liberada na queima de
combustíveis é denominada entalpia de combustão. As H 233 kJ
entalpias de combustão de algumas substâncias são dadas na
tabela I. Para comparar a eficiência da combustão de A seguir, são apresentadas quatro afirmativas associadas à
diferentes combustíveis, são necessárias especificações de contaminação do petróleo e do gás natural brutos com o H2S.
algumas condições.
I. O tipo de processamento dado ao petróleo e ao gás natural
Substância Entalpia de combustão Densidade pode contribuir para a formação da chuva ácida.
(kj.mol-1) (g/mL) II. A oxidação do H2S com agentes oxidantes, como
Hidrogênio, H2 - 286 0,07 (*) oxigênio, no tratamento do petróleo é um dos principais
fatores que tem comprometido a existência da camada de
Metanol, - 726 0,79
ozônio.
CH3OH
III. O sulfato de cálcio (CaSO4) e/ou o sulfato de bário
Etanol, - 1367 0,80
(BaSO4), presente(s) em sedimentos marinhos, serve(m)
C2H5OH
2
Octano, C8H18 - 5470 0,70 como fonte natural de SO 4 para os mecanismos de
(*) calculada com o gás a 0°C geração de H2S que se misturam ao petróleo.
IV. Quando 16 kg de enxofre são produzidos, de acordo com
Identifique, dentre as substâncias relacionadas na tabela I, a a equação I, a variação de entalpia para a reação e a
que teria a maior eficiência nas seguintes situações: quantidade de calor produzido no tratamento oxidativo
a) aplicações nas quais o uso da menor massa do combustível do H2S com o oxigênio são, respectivamente,
é o mais importante requerimento, por exemplo, nos foguetes H 530 kJ e 1,3 x 105 kJ.
espaciais. Justifique.
b) aplicações nas quais o uso do menor volume do Considerando as informações contidas no texto e o
combustível é o mais importante requerimento, conhecimento acerca das temáticas envolvidas, está
por exemplo, nos veículos automotores. Justifique. CORRETO apenas o que se afirma em
a) I e II.
06. (Upe) Um dos contaminantes do petróleo e do gás b) II e III.
natural brutos é o H2S. O gás sulfídrico é originário de c) III e IV.
processos geológicos, baseados em diversos mecanismos d) I, III e IV.
físico-químicos ou microbiológicos, os quais necessitam de: e) II, III e IV.
uma fonte de enxofre, por exemplo, íons sulfato; um
mediador, como as bactérias ou as elevadas temperaturas de 07. (Unifesp) A explosão da nitroglicerina, C3H5(NO3)3,
subsuperfície, e um agente catalisador cuja presença alterará explosivo presente na dinamite, ocorre segundo a reação:
a velocidade da reação de oxi-redução da matéria-orgânica.
Um dos processos tecnológicos para a remoção do H2S no 4C3H5 NO3 3 12CO2 g 10H2O g 6N2 g O2 g
petróleo se baseia na sua reação com o oxigênio, conforme
indicado na equação (I).
São fornecidas as seguintes informações:
2 H2S g O2 g 2 S s 2 H2O l
–400
Entalpia de formação de CO2 gasoso
No entanto, com base na premissa econômica, é comum o kJ.mol–1
lançamento contínuo de baixos teores de H2S diretamente na –240
Entalpia de formação de H2O gasoso
atmosfera, sem tratamento que acabam reagindo na kJ.mol–1
atmosfera e retornando ao ambiente sob forma de SO2, Entalpia de formação de C3H5(NO3)3 –365
conforme mostra a equação II, indicada a seguir: líquido kJ.mol–1
Volume molar de gás ideal a 0°C e 1 atm
22,4 L
H2S g O3 g SO2 g H2O II de pressão
Mainier, F. B.; Rocha, A.A. H2S: novas rotas de remoção Considerando que ocorra a explosão de 1 mol de
química e recuperação de enxofre. 2º Congresso Brasileiro nitroglicerina e que a reação da explosão seja completa,
de P&D em Petróleo & Gás (Adaptado) calcule:
a) o volume de gases, medido nas condições normais de
pressão e temperatura.
b) a entalpia da reação, expressa em kJ.mol–1.
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08. (Ita ) A 25°C e pressão de 1atm, a queima completa a) Complete o esquema da figura com a fórmula estrutural
de um mol de n-hexano produz dióxido de carbono e de cada um dos alcenos que faltam. Além disso, ao lado de
água no ESTADO GASOSO e libera 3883kJ, enquanto cada seta, coloque o respectivo ÐH de hidrogenação.
a queima completa da mesma quantidade de n- b) Represente, em uma única equação e usando fórmulas
heptano produz as mesmas substâncias no ESTADO moleculares, as reações de combustão completa dos três
GASOSO e libera 4498kJ. alcenos isoméricos.
a) Escreva as equações químicas, balanceadas, para c) A combustão total de cada um desses alcenos também leva
as reações de combustão em questão. a uma variação negativa de entalpia. Essa variação é igual
b) Utilizando as informações fornecidas no enunciado para esses três alcenos? Explique.
desta questão, faça uma estimativa do valor do calor
de combustão do n-decano. Deixe claro o raciocínio
utilizado na estimativa realizada.
c) Caso a água formada na reação de combustão do
n-hexano estivesse no ESTADO LÍQUIDO, a
quantidade de calor liberado seria MAIOR, MENOR
OU IGUAL a 3883kJ? Por quê?
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(CHƒCHOHCHƒ) a baixo custo. Em princípio, esse álcool composto, em massa, por 96% da substância etanol e 4%
pode ser convertido em acetona (CHƒCOCHƒ), pelo processo de água, a quantidade aproximada de calor liberada pela
abaixo, com rendimento de 90%, nas condições dadas. combustão completa do combustível deste veículo será de
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cristalino) é exotérmica.
II. O café aquece na reação da substância sólida com a água,
porque a variação da entalpia de hidratação é exotérmica.
III. O café aquece, porque a variação de entalpia da reação
de hidratação é maior do que a variação de entalpia do
reticulado.
Marque a opção correta.
a) apenas I é verdadeira.
O combustível que apresenta o maior quociente energia b) apenas II é verdadeira.
liberada/quantidade de CO‚ produzido é o c) apenas III é verdadeira.
a) metano. d) apenas I e II são verdadeiras.
b) etanol. e) apenas II e III são verdadeiras.
c) n-octano.
d) metanol. 17. (Pucrj 2015) O metanol é um álcool utilizado como
combustível em alguns tipos de competição automotiva, por
15. (Ufmg) A queima de metano na presença de oxigênio exemplo, na Fórmula Indy. A queima completa (ver reação
pode produzir duas substâncias distintas que contêm termoquímica abaixo) de 1 L de metanol (densidade
carbono: 0,80 g mL1) produz energia na forma de calor (em kJ) e
- monóxido de carbono, produzido pela combustão
CO2 (em gramas) nas seguintes quantidades
incompleta do metano; e
respectivamente:
- dióxido de carbono.
As equações químicas dessas reações são: 2 CH3OH( ) 3 O2(g) 4 H2O( ) 2 CO2(g) ;
Reação I
CH„ (g) + 3/2 O‚ (g) ë 2H‚O (g) + CO (g)
ΔH 1453 kJ
1
Reação II Considere: M(CH3OH) 32 g mol
CH„ (g) + 2O‚ (g) ë 2H‚O (g) + CO‚ (g)
Considerando-se essas reações, é CORRETO afirmar que M(CO2 ) 44 g mol1
a) ambas são exotérmicas e a quantidade de calor liberado a) 18,2 103 e 1,1 103
em I é menor que em II. b) 21,3 103 e 0,8 103
b) ambas são endotérmicas e a quantidade de calor absorvido c) 21,3 103 e 1,1 103
em I é menor que em II. d) 18,2 103 e 0,8 103
c) ambas são endotérmicas e a quantidade de calor absorvido e) 36,4 103 e 1,8 103
em II é menor que em I .
d) ambas são exotérmicas e a quantidade de calor liberado 18. (Unicamp 2015) Hot pack e cold pack são dispositivos
que permitem, respectivamente, aquecer ou resfriar objetos
em II é menor que em I .
rapidamente e nas mais diversas situações. Esses
dispositivos geralmente contêm substâncias que sofrem
algum processo quando eles são acionados. Dois processos
16. (Ufpi) "Está chegando ao Brasil o café "hot when you bastante utilizados nesses dispositivos e suas respectivas
want" (quente quando quiser). Basta apertar um botão no energias estão esquematizados nas equações 1 e 2
apresentadas a seguir.
fundo da lata, esperar três minutos e pronto! Café quentinho
(a 60°C) por 20 minutos! Trata-se apenas de um NH4NO3 (s) H2O( ) NH4 (aq) NO3 (aq) ΔH 26 kJ mol1 1
compartimento no fundo da lata, que contém, 2 1
CaC 2 (s) H2O( ) Ca (aq) 2C (aq) ΔH 82 kJ mol 2
separadamente, uma substância sólida de alto conteúdo
energético e água. Ao apertar o botão no fundo da lata, a De acordo com a notação química, pode-se afirmar que as
placa que separa essas duas substâncias se rompe e a reação equações 1 e 2 representam processos de
começa. O calor desprendido nesta é, então, aproveitado para
aquecer o café na parte superior da lata...". a) dissolução, sendo a equação 1 para um hot pack e a
equação 2 para um cold pack.
(Folha de São Paulo, 15/08/2002) b) dissolução, sendo a equação 1 para um cold pack e a
Com base no texto, analise as afirmativas abaixo. equação 2 para um hot pack.
I. A substância sólida possui elevado conteúdo energético, c) diluição, sendo a equação 1 para um cold pack e a equação
porque a variação de entalpia do reticulado (retículo 2 para um hot pack.
d) diluição, sendo a equação 1 para um hot pack e a equação
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abaixo:
24. (Pucsp ) Dados: Entalpia de ligação
H - H = 435 kJ/mol CaO(s) H2O( ) Ca(OH)2 (aq)
N - H = 390 kJ/mol H 20,4kcal / mol
A reação de síntese da amônia, processo industrial de grande
Considere que são necessários 0,3kcal de energia para se
relevância para a indústria de fertilizantes e de explosivos, é
representada pela equação elevar em 1C a temperatura de 300mL de água contida
N‚(g) + 3 H‚(g) ë 2 NHƒ(g) ÐH = - 90 kJ numa latinha de café “hot when you want” e que toda
energia liberada seja utilizada para aquecer a bebida.
A partir dos dados fornecidos, determina-se que a entalpia de
ligação contida na molécula de N‚ Qual a massa aproximada de óxido de cálcio (CaO) que
será utilizada na reação para que a temperatura da bebida
passe de 20C para 60C ?
é igual a
a) 33 g
a) - 645 kJ/mol
b) 0,014 g
b) 0 kJ/mol
c) 12 g
c) 645 kJ/mol
d) 0,82g
d) 945 kJ/mol
e) 1125 kJ/mol
27. (Ufpr) O etanol (C‚H…OH) é um combustível
amplamente utilizado no Brasil para abastecer o tanque de
25. (Pucrs 2015) O isoctano líquido (C8H18 ) e o gás
automóveis. Dados:
hidrogênio são importantes combustíveis. O primeiro está
presente na gasolina; o segundo, na propulsão de foguetes.
As entalpias aproximadas de formação do gás carbônico, do 2C(grafite) + 3H‚(g) + 1/2O‚(g) ë C‚H…OH(Ø) ÐH = -
vapor de água e do isoctano líquido (C8H18 ) são, 277,7 kJ
respectivamente, 393, 242 e 259 kJ / mol.
C(grafite) + O‚(g) ë CO‚(g) ÐH = -393,5 kJ
A partir desses dados, o calor liberado na combustão de 1 kg
de hidrogênio gasoso é, aproximadamente, ________ vezes H‚(g) + 1/2O‚(g) ë H‚O(g) ÐH = -285,8 kJ
maior do que o calor liberado na combustão de 1kg de
isoctano líquido. Sobre a combustão completa de 1 mol de etanol em oxigênio
a) 0,4 suficiente para formar CO‚(g) e H‚O(g), de acordo com a
b) 0,9 estequiometria, é correto afirmar:
c) 2,7 I. A variação de entalpia na reação de combustão é ÐH = -
d) 33,0 1366,7 kJ.
e) 53,2 II. A combustão completa de 1 mol de etanol exige 3/2 mol
de O‚(g).
26. (Uemg 2015) “Está chegando ao Brasil, o café “hot when III. Se a combustão for desenvolvida em um meio com
you want” (em português, “quente quando você quiser”), da
excesso de O‚(g), produzirá mais calor do que na presença
Nescafé, desenvolvido na Universidade de Southampton,
Inglaterra. Basta apertar um botão no fundo da lata, esperar de oxigênio estequiométrico.
IV. A variação de volume observada na transformação do
três minutos e pronto! Café quentinho (a 60C ) durante
etanol em água e gás carbônico é positiva nas C.N.T.P.
20 minutos! Mas, afinal, qual será a tecnologia de ponta do
V. A "Lei de Hess" determina que uma reação química pode
“hot when you want”? Apenas um compartimento no fundo
da lata que contém, separadamente, a cal viva (a mesma do ser descrita pela soma de duas ou mais reações adequadas.
fogo grego!) e a água. Ao apertar o botão no fundo da lata, a Assinale a alternativa correta.
placa que separa essas duas substâncias se rompe e a reação a) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
começa. O calor desprendido na reação é então aproveitado b) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
para aquecer o café na parte superior da lata. Simples, mas
c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
genial!”
d) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u1026 e) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
8.shtml. Acesso em 3/7/2014
28. (Ufrn) Alex, jogando futebol, sofreu uma luxação no
A reação e a energia envolvidas estão descritas na equação
tornozelo, sendo obrigado a imobilizá-lo com bota de gesso.
138
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Então, Alex calculou corretamente a quantidade de calor III) C‚H…OH (Ø) + 3O‚ (g)ë2CO‚(g) + 3 H‚O (Ø) ÐH =
liberada pelo processo de hidratação do gesso como sendo -x kJ × mol-¢
igual a
a) 733 kJ/mol IV) C‚H…OH (v) + 3O‚ (g)ë2CO‚(g) + 3 H‚O (v) ÐH =
b) 161 kJ/mol -y kJ × mol-¢
c) 18 kJ/mol
d) 876 kJ/mol a) Classifique a equação I quanto ao aspecto termoquímico e
identifique o tipo de ligação intermolecular rompida na
transformação exemplificada pela equação II.
29. (Ufrs ) A seguir é apresentado um quadro com algumas b) Com base na Lei de Hess, calcule a diferença numérica
Energias de Ligação no estado gasoso: entre a quantidade de calor liberada pela reação III e a
quantidade de calor liberada pela reação IV.
Entalpia de combustão
Combustível Hreação (kJ / mol)
hidrogênio, H2(g) 241,83
propano,
C3H8(g) 2.043,15
A variação de entalpia, em kJ, para a queima de 5 g desse
metano, CH4(g) 802,30
bio-óleo resultando em CO2 (gasoso) e H2O (gasoso) é:
etanol,
C2H5OH( 1.368,00 a) 106.
)
b) 94.
Com relação à tabela e às informações, analise as c) 82.
proposições. d) 21,2.
e) 16,4.
I. O combustível com maior densidade energética é o
hidrogênio, cuja combustão libera água.
II. O combustível com maior densidade energética é o 35. (Uece 2015) Em um laboratório de Química, foi
propano, cuja combustão libera dióxido de carbono e realizada uma experiência, cujo procedimento foi o seguinte:
140
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GABARITO
d 0,80 g / cm3 800 g / L
1L 800 g
01. [C] 40L m
m 32.000 g
Reações de combustão:
32.000 g 100 %
15 me tanol 96 %
1C6H6 O2 6CO2 3H2O hC 3268 kJ
2 me tanol 30.720 g
1C2H5OH 3O2 2CO2 3H2O hC 1368 kJ 30.720
ne tanol 667,826 mols
1C6H12O6 6O2 6CO2 6H2O hC 2808 kJ 46
1CH4 2O2 1CO2 2H2O hC 890 kJ
25
1C8H18 O2 8CO2 9H2O hC 5471 kJ
2
141
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Para a gasolina:
4 semanas 400km
C8H18 25 O2 8CO2 9H2O
2 10km / 1 L 40L de combustível
m
1 mol de gasolina forma 8 mols de CO2 se: d 0,8 40 m
V
8 mol de CO2 libera 5464 kJ
m 32kg
1 mol de CO2 libera x
x 683kJ / mol de CO2
1 mol de etanol 46g
Assim, a alternativa [A] que completa a frase corretamente. x 32000g
13. [A] 14. [A] 15. [A] x 695,65mol
16. [E]
Resposta da questão 17: 1 mol 1368 kJ
[A]
695,65 y
d
m
0,8
m
m 800g de metanol y 9,5 105kJ
V 1000
21. a) butano
64g 1453kJ b) 13000 kcal
800g x
x 18,2 103kJ Resposta da questão 22:
[A]
142
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ΔH0f (água) 242 kJ / mol Global: C‚H…OH (v) + 3O‚ (g) ë 2CO‚(g) + H‚O (v) ÐH
1H2 0,5 O2 1H2O ΔH 242 kJ / mol = -y kJ × mol-¢
2g 242 kJ (liberados)
1000 g E
Assim teremos:
E 121.000 kJ
132 + (-42,6) + (-X) = -Y
Ele está pedindo o valor de X - Y
C8H18 12,5 O2 8CO2 9H2O
259 kJ 12,50 kJ 8393 kJ 9242 kJ
132-42,6 = X-Y
ΔH Hprodutos Hreagentes X - Y = 89,4 kJ × mol -¢
ΔH [8 393 kJ 9 242 kJ] [ 259 kJ 0]
ΔH 5.063 kJ Resposta da questão 31:
[D]
C8H18 12,5 O2 8CO2 9H2O ΔH 5.063 kJ
O processo de geração e queima de hidrogênio apresentaria
114 g 5.063 kJ (liberados) uma variação de energia igual à da combustão direta do
1000 g E' metanol, já que as equações químicas globais desses dois
E ' 44.412,28 kJ processos são iguais (Lei de Hess).
E 121.000
2,724 2,7
E ' 44.412,28 CH3OH(g) 3 O2 (g) CO2 (g) 2 H2O(g) combustã
2
o direta
Resposta da questão 26:
CH3 OH(g) H2O(g) CO2 (g) 3H2 (g)
[A] geração e
3 H2 (g) 3 O2 (g) 3 (2)H2O(g) queima de
2
0,3kcal 1C
Global
CH3 OH(g) 3 O2 (g)
2
CO2 (g) 2H2O(g) hidrogêni
o
x 40C
x 12kcal
143
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1
1 H2 (g) O2 (g) H2O( ) ΔH 241,83 kJ / mol
2
2g 241,83 kJ liberados
1g 120,915 kJ liberados
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MÓDULO 06
TERMODINÂMICA
1) Conceitos fundamentais
e) Calor: é uma energia em trânsito; é a energia transferida de um objeto mais quente para um objeto mais
frio;
O calor é uma propriedade extensiva da matéria;
Calor sensível: está relacionado com alterações na temperatura: Q = m.c.t
Calor latente: está relacionado as mudanças de fase: Q = m. L
Propriedade extensiva: depende da quantidade de matéria da amostra (se você dividir ao meio a amostra, a
propriedade terá a metade do valor original). Ex. massa, volume, comprimento;
Propriedade intensiva: não depende da quantidade da amostra (se você dividir ao meio a amostra, as duas
partes ainda terão a mesma propriedade). Ex. temperatura, pressão, densidade, massa molar, cor.
f) Temperatura: é a medida da agitação térmica das partículas do sistema;
g) Trabalho (W) : é uma energia em trânsito; é a troca de energia sem a influência de diferenças na
temperatura;
É o movimento contra uma força oposta: W = F. d
Esistema = Ec + Ep
Como não podemos realmente saber o valor absoluto da energia interna de um sistema, pois o nível zero de
energia potencial é arbitrário, temos interesse somente na variação da energia interna (E) de um sistema onde
ocorre uma transformação.
E = Efinal – Einicial
Tanto a variação da energia interna (E) como a energia interna (E) são funções de estado;
A variação da energia interna de um sistema provocada por uma reação química pode ser representada por:
145
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E = Eprodutos – Ereagentes
Assim temos:
E > 0: o sistema absorve energia interna;
E < 0: o sistema libera energia interna;
Na termodinâmica estudamos duas formas pelos quais um sistema pode trocar energia com o seu ambiente:
calor e trabalho;
Primeira lei da termodinâmica:
A energia interna de um sistema isolado é constante;
A variação da energia interna de um sistema (E) é igual à soma entre o calor absorvido pelo sistema e o
trabalho realizado sobre o sistema;
E = Q + W
Convenção de sinais:
Q > 0: calor é absorvido pelo sistema;
Q < 0: calor é liberado pelo sistema;
W > 0: trabalho é feito sobre o sistema;
W < 0: trabalho é feito pelo sistema;
Quando energia (calor ou trabalho) sai do sistema, o sinal é negativo, pois o sistema perde energia interna;
Quando energia (calor ou trabalho) entra no sistema, o sinal é positivo, pois o sistema aumenta a sua energia
interna;
O calor e o trabalho não são funções de estado, embora a sua soma (E) o seja;
Pressão é a quantidade de força atuando perpendicularmente a uma superfície, dividida pela área, ou seja, é a
razão entre a força e a área.
força
Pressão =
área
Vamos deduzir uma expressão que permita calcular o trabalho de expansão ou compressão realizado por um
cilindro contendo um embolo móvel e um gás em seu interior:
W = F. d
força F
W = F. h como Pressão = P F P. A
área A
W = - P. V ; V>O ; W<0
W = P. V ; V>O ; W<0
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4) Transformações do sistema
a) Transformação adiabática: é aquela que ocorre sem que haja troca de calor entre o sistema e o meio
ambiente (Q = 0);
E = Q + W ; Q=0 ; E = W
Como o trabalho é realizado pelo sistema sobre o ambiente W < 0 e assim E < 0;
E = Q + W ; Q=0 ; E = W
Como o trabalho é realizado pelo ambiente sobre o sistema W > 0 e assim E > 0;
b) Transformação isocórica, isométrica ou isovolumétrica: é aquela que ocorre sob volume constante e a
temperatura e a pressão variando do modo diretamente proporcional;
W = P. V ; V = 0; W=0
Assim:
E = Q + W ; W=0 ; E = Qv
P2
P1
V1 V2 V
c) Transformação isobárica: é aquela que ocorre sob pressão constante e a temperatura e o volume
variando do modo diretamente proporcional;
E = Qp + W ; Qp = H
Assim:
E = H + W
E = H + P. V
E = H + n.R. T (para um gás ideal)
Qp = troca de calor sob pressão constante;
Obs.: W = P. V ou W = n.R. T
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Numa transformação isobárica a variação da energia interna (E) é igual à soma entre o calor trocado
(absorvido) à pressão constante (Qp) e o trabalho realizado sobre o sistema (P. V).
P
P2
P1
V1 V2 V
d) Transformação isotérmica: é aquela que ocorre sob temperatura constante e a pressão e o volume
variando do modo inversamente proporcional;
T = 0 ; E = 0
Assim:
E = Q + W = 0 ; Q=-W
P1
V1 V2 V
e) Transformação que ocorre com pressão constante e temperatura constante, e com variação do
volume por alteração do número de mols de matéria do sistema;
E = Qp + W ; Qp = H
Assim:
E = H + W
E = H + n.R.T (para um gás ideal)
5) Calorimetria
A quantidade de calor liberado ou absorvido em uma reação química é denominada calor de reação;
A quantidade de calor envolvida em uma reação é geralmente calculada a volume constante ou a pressão
constante;
W = P. V ; V = 0; W=0
E = Q + W ; W=0 ; E = Qv
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H = E + P. V
H = E + P. V como: E = Q + W
H = Q + W + P. V como: W = - P. V
H = Q + (- P. V) + P. V
H = Qp
Fig. Calorímetro de copo de café, no qual as reações ocorrem sob pressão constante.
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Concluímos assim que o H de uma reação não é o único critério que deve ser utilizado para prever a
espontaneidade de uma reação.
Em 1954, Rudolf Clausius concluiu que as reações químicas espontâneas ocorrem no sentido de uma maior
desordem do sistema, ou seja, uma distribuição cada vez mais uniforme de energia e matéria no sistema.
A medida da desordem de um sistema é chamada de entropia(S).
Entropia(S) de um sistema é a medida da desordem desse sistema.
ou
PROCESSO ESPONTÂNEO
b) Alteração da temperatura
Quando maior a temperatura de um corpo, maior a entropia do sistema, pois há uma aumento da velocidade
das moléculas e consequentemente, um aumento da desorganização do sistema.
c) Mistura de substâncias
Quando ocorre uma mistura de substâncias, a entropia do sistema aumenta, pois fica mais difícil a identificação
de cada componente.
d) Expansão de um gás
Quando ocorre a expansão de um gás, há um aumento da entropia, pois as moléculas ficam desordenadas em
um espaço maior.
150
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Observação:
Além de aumentar o n° de espécies químicas, houve liberação de um gás, contribuindo ainda mais para o
aumento da entropia.
Observe a tabela a seguir que mostra as entropias das substâncias na condição padrão (25°C e 1 atm).
Entropia
Substâncias
Padrão (cal/k.mol)
C(grafite) + 1,36
C(diamante) + 0,58
S(rômbico) + 60,96
Zn(s) + 9,95
Cu(s) + 7,96
Fe(s) + 6,49
F2(g) + 48,60
Cl2(g) + 53,28
Br2(l) + 36,40
I2(s) + 27,90
H2(g) + 31,21
O2(g) + 49,00
N2(g) + 45,76
CO(g) + 47,30
NO(g) + 50,34
H2O(l) + 16,71
H2O(g) + 45,10
O3(g) + 56,80
SO2(g) + 59,40
SO3(g) + 61,24
NO2(g) + 57,47
N2O(g) + 52,58
CO2(g) + 51,06
NH3(g) + 46,01
CH4(g) + 44,50
C2H2(g) + 47,99
C2H4(g) + 52,45
C2H6(g) + 54,85
Na2SO4(s) + 35,73
Fe2O3(s) + 21,50
Fe3O4(s) + 35,00
CaO(s) + 9,50
KCl(s) + 19,76
151
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Observação:
Com os valores das entropias das substâncias que participam de uma reação, podemos calcular a variação de
entropia (S) dessa reação.
já vimos que:
H < 0 reação exotérmica, a reação tende a ser espontânea (existem muitas exceções).
H > 0 reação endotérmica, a reação tende a ser não-espontânea (existem muitas exceções).
Observamos que em casos onde : H > 0 e S > 0 ou H < 0 e S < 0, torna-se difícil prever a espontaneidade
de uma reação com base nestas duas funções. Surge, assim, a necessidade de uma terceira função.
O físico-químico norte-americano Willard Gibbs, através de estudos bastante complexos, chegou à seguinte
expressão:
G H T S
Observações:
1. Como não é possível calcular o valor absoluto da energia livre (G) de uma substância, calcula-se a variação da
energia livre (G).
G GPRODUTOS GREAGENTES
2. O G, na condição padrão de 25°C e 1 atm é chamado de variação padrão da energia livre (G°).
6.4. Resumindo
152
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H = HP – HR Hess
S = SP – SR Clausius
G = GP – GR Gibbs
G = H – T . S
Onde:
G = Variação de energia livre
H = Variação de entalpia
T = Temperatura (Kelvin)
S = Variação de entropia
G < 0: O processo é espontâneo (libera energia livre).
G = 0: O sistema está em equilíbrio.
G > 0: O processo é não-espontâneo (absorve energia livre).
153
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TERMODINÂMICA
Exercícios de Aprendizagem Com base nos dados acima, pode-se afirmar que:
( ) (I) representa uma reação onde ocorre aumento de
01. (Ufes) Acerca da reação abaixo, entropia.
H‚(g)+CO‚(g)ëH‚O(g)+CO(g) 25°C, 1atm ( ) (II) representa uma reação química espontânea.
( ) todas as equações representam reações de oxi-
são feitas as seguintes afirmações: redução.
I - a reação é espontânea a 25°C e 1atm; ( ) (III) representa uma reação química fortemente
II - um aumento na temperatura torna a reação mais endotérmica, nas condições padrão.
espontânea; ( ) as três equações acima são equações
III - a entropia padrão do H‚ a 25°C é zero; termoquímicas.
IV - a reação ocorre com absorção de calor.
Sendo dados 04. (Ufpe) O gráfico ilustra a variação da energia livre
ao longo de uma reação química, que ocorre em duas
ÐS° (reação) = 42,4 J/mol.K etapas:
ÐHf (CO‚(g)) = - 393,5 kJ/mol
ÐHf (H‚O(g)) = - 241,8 kJ/mol Etapa I: A ë B
ÐHf (CO(g)) = - 110,5 kJ/mol, Etapa II: B ë C
estão CORRETAS as afirmações
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
torna-se espontânea?
(III) Fe‚Oƒ(s) + 2 AØ(s) ë AØ‚Oƒ(s) + 2 Fe(s) Dados:
ÐH° = - 851,5 kJ H = 8,4 Kcal/mol
154
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S = 37 cal/K.mol
c)Calcular a variação de entropia da reação global. Dados os
06. (IME) Calcule o valor da variação da energia livre, a valores aproximados em j/K.mol:
25°C, para a reação representada a seguir: S S8(S) = 255; S H2O(l) = 70; S O2(g = 205;
2 Na2O2(s) + 2 H2O(l) 4 NaOH(s) + O2(g)
S H2SO4(l) = 157
Dados: d) Calcule a variação de energia livre da equação global na
Substância Entalpia de S° a 25°C temperatura de 27°C e indique a espontaneidade da reação.
formação a 25°C (J.mol-1.K-1
(kJ.mol-1)
H2O(l) -286,0 69,69 09. (Ime) Uma fábrica, que produz cal (Ca(OH)‚), necessita
Na2O2(s) -510,9 94,60 reduzir o custo da produção para se manter no mercado com
NaOH(s) -426,8 64,18 preço competitivo para seu produto.
O2(g) 0 205,00 A direção da fábrica solicitou ao departamento técnico o
estudo da viabilidade de reduzir a temperatura do forno de
calcinação de carbonato de cálcio, dos atuais 1500K, para
07. (Ita) Considere as reações representadas pelas seguintes
equações químicas: 800K. Considerando apenas o aspecto termodinâmico,
pergunta-se: o departamento técnico pode aceitar a nova
I. C(s) 2H2 (g) CH4 (g) temperatura de calcinação?
II. N2O(g) N2 (g) 1/ 2O2 (g) Em caso afirmativo, o departamento técnico pode fornecer
III. 2NI3 (s) N2 (g) 3I2 (g) uma outra temperatura de operação que proporcione maior
economia?
IV. 2O3 (g) 3O2 (g)
Em caso negativo, qual é a temperatura mais econômica para
operar o forno de calcinação?
Assinale a opção que apresenta a(s) reação(ões) química(s)
na(s) qual(is) há uma variação negativa de entropia. Dados:
a) Apenas I
b) Apenas II e IV
c) Apenas II e III e IV
d) Apenas III
e) Apenas IV
A queima de combustível no interior de motores pode 4. (Uel) Entre as transformações a seguir, a que deve ocorrer
ocorrer de forma incompleta e produzir monóxido de com maior aumento de entropia, no sentido
carbono, um gás extremamente tóxico, ao invés de CO‚, que reagentesëprodutos é
é produzido na queima completa. Para evitar a emissão desse a) CO (g) + NO‚ (g) ë 4 CO‚ (g) + NO (g)
b) 2 HgO (s) ë 2 Hg (Ø) + O‚ (g)
gás, alguns automóveis são equipados com um catalisador
que promove a queima do monóxido de carbono, c) S (rômbico) ë S (monoclínico)
convertendo-o em dióxido de carbono. Tornando-se como d) H‚O (Ø) ë H‚O (s)
e) C‚H…OH (g) ë C‚H…OH (Ø)
modelo de combustível o n-hexano (C†H„) para o qual o
calor padrão de combustão é de -4163 kJmol-¢ e sabendo-se
que: 5. (Puc RJ) Indique, entre as opções abaixo, a alternativa
correta
C†H„(Ø)+13/2 O‚(g) ë 6CO(g)+7H‚O(g), a) O sinal de S para a condensação do vapor de amônia é
negativo.
ÐH° = -2465kJmol-¢
b) O sinal de S para a separação dos componentes do ar é
positivo.
Pode-se afirmar que:
c) O sinal de S para o óleo queimando é negativo.
( ) A conversão de CO em CO‚ é endotérmica.
( ) O calor liberado na conversão de CO em CO‚ é menor d) O sinal de S para o congelamento do ar é positivo.
que 300 kJmol-¢. e) O sinal de H para a queima da madeira é positivo.
( ) É esperado que a conversão de CO em CO‚, ocorra com
um abaixamento de entropia. 6. (Ufg) Considere o cilindro de um motor de combustão
( ) A queima completa do n-hexano libera mais calor que interna (motor de automóvel) onde o octano, no estado
a queima incompleta. gasoso, sofre combustão, gerando produtos no estado
( ) A combustão completa do n-hexano é exotérmica. gasoso.
A expansão da câmara de combustão, com o consequente
2. (Ufrn) Um béquer de vidro, com meio litro de capacidade, deslocamento do pistão, deve-se
em condições normais de temperatura e pressão, contém 300 a) à energia de vaporização dos produtos.
mL de água líquida e 100 g de gelo em cubos. b) às mudanças de estado físico entre reagentes e produtos.
c) ao deslocamento do equilíbrio, em direção aos produtos.
Durante o processo de fusão do gelo nas condições do d) à diminuição da entropia no processo.
sistema descrito no texto (273 K e 1,0 atm), deve ocorrer e) ao aumento no número de moléculas.
a) aumento de entropia e diminuição de entalpia.
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7. (Ufpi) Compressores são máquinas que, na pressão com a temperatura original do solvente. Trata-se, portanto,
atmosférica local, captam o ar, comprimindo-o até atingir a de um processo:
pressão de trabalho desejada. Ao nível do mar, a pressão a) endotérmico
atmosférica normal é 1,0 bar. Em equipamentos b) exotérmico
pneumáticos, a 25°C, a pressão mais utilizada é a de 6,0 bar. c) isotérmico
Nessas condições, e considerando o oxigênio (O‚) como um d) sem variação de energia livre
gás ideal, calcule a massa aproximada de O‚, em gramas, e) sem variação de entalpia
contida em um compressor de volume igual a 5,0 litros. (A
constante R vale 0,082 bar.L.mol-¢.K-¢) 11. (Uece 2015) A glicose é produzida no intestino pela
a) 8,0 degradação dos carboidratos, e transportada pelo sangue até
b) 16 as células onde reage com o oxigênio produzindo dióxido
de carbono e água. Para entender a formação da glicose, são
c) 39 fornecidas as seguintes equações:
d) 47
e) 55 1. C(s) O2(g) CO2(g) ΔH 94,1 kcal
1
8. (Ufg) Atualmente, a maior produtora de ouro de Goiás é a 2. H2(g) O2(g) H2O(g) ΔH 68,3 kcal
2
cidade de Crixás. Comercialmente, a pureza de um objeto de 3.
ouro é indicada em quilates, sendo que 1 quilate corresponde C6H12O6(s) 6O2(g) 6CO2(g) 6H2O ΔH 673,0 kcal
a 1/24 da massa da liga em ouro. Embora seja um dos metais
menos reativos, o ouro reage com ácidos segundo a equação Considerando as reações que conduzem à formação da
não-balanceada: glicose e apenas as informações acima, pode-se afirmar
corretamente que o processo é
a) espontâneo.
Au(s) + HNOƒ(aq) + HCl(aq) ë HAuCl„(aq) + H‚O(l) + b) não espontâneo.
NO‚(g) c) endoenergético.
d) exoenergético.
Sobre o ouro e sua reação com ácidos, é correto afirmar que
( ) uma aliança de 4 g e 18 quilates contém 2,03×10-£ mol 12. (Puc-rio) Considere: (i) a variação de entalpia (ÐH) na
de ouro. combustão de 1 mol de etanol é o calor de reação que ocorre
( ) a soma dos coeficientes estequiométricos é 13. em pressão constante (qp), (ii) essa reação, nessas condições,
( ) a formação dos produtos é favorecida, em sistema se dá com expansão de volume (variação de energia na forma
aberto. de trabalho), (iii) a densidade do etanol é 0,79 g mL-¢.
( ) a entropia diminui com a reação.
C‚H…OH(Ø) + 3O‚(g) ë 2CO‚(g) + 3H‚O(g)
9. (Ufpe) A solubilidade da sacarose (C‚H‚‚O) em água ÐH = - 326,7 kcal
aumenta com a temperatura, enquanto a do sulfato de lítio
(Li‚SO„) diminui com o aumento da temperatura. Isto ocorre A esse respeito, está correto afirmar que:
porque: a) o valor de ÐH para a combustão de 5 mol de etanol é igual
a) a sacarose é um composto covalente e o sulfato de lítio é a - 3267 kJ.
um composto iônico. b) a reação é exotérmica e o trabalho de expansão produzido
b) a dissolução da sacarose é endotérmica e a do sulfato de na combustão do etanol não é fundamental para que este seja
lítio é exotérmica. utilizado como combustível em motores a pistão.
c) a água funciona como ácido de Bronsted e reage c) o volume dos gases produzidos pela reação completa de 1
exotérmicamente com o sulfato de lítio. mol de etanol é igual a 44,8 L em condições normais de
d) a sacarose não dissolve facilmente em água por ser um temperatura e pressão (CNTP).
composto covalente e o sulfato de lítio dissolve facilmente d) a reação inversa ao indicado no problema é endotérmica,
em água por ser um composto iônico. e o volume de 1 mol etanol líquido produzido no processo é
e) a dissolução do sulfato de lítio aumenta a entropia. igual a 22,4 L.
e) se o etanol líquido for aquecido até seu ponto de ebulição
10. (Faap) Verifica-se em laboratório que a preparação de (78,3 °C a 1 atm), a mudança de fase, C‚H…OH(Ø) ë
uma solução aquosa de H‚SO„ por adição deste à água, causa C‚H…OH(g), ocorre em temperatura constante.
um aumento na temperatura da solução quando comparada
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V. ar
ar comprimido
compreensão
S 0
A partir dos dados apresentados, identifique as seguintes
afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F): As variações de entropia indicadas nos processos que estão
corretas são:
( ) A diminuição da temperatura desfavorece a a) I, III e IV.
espontaneidade da reação (i). b) III, IV e V.
( ) O aumento da temperatura favorece a espontaneidade c) II, III e V.
da reação (ii). d) I, II e IV.
( ) Na temperatura de 400 K, a reação (i) será e) II, IV e V.
espontânea.
( ) Na temperatura de 4000 K, a reação (ii) será
espontânea. GABARITO
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de
cima para baixo. 1. F V V V V
a) V – V – V – F.
b) V – F – V – F.
c) F – V – F – V. 2. [D]
d) F – V – V – F.
e) V – F – F – V. 3. [E]
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Contrastes de Várzea Alegre 4. [B]
(Composição: Zé Clementino e Luiz Gonzaga)
Ca(s) 2 C(s) CaC2 (s) A partir da Lei de Hess, conclui-se que a formação da
glicose é um processo exotérmico ou exoenergético, ou
a) – 473 °C
seja, a variação de entalpia é negativa.
b) 473 °C
c) 200 °C
d) – 200 °C 12. [E] 13. [B] 14. [A]
e) 273 °C
15. [B] 16. [B] 17. [C]
25. (Ime) Considere as supostas variações de entropia ( S)
nos processos abaixo:
18. [B] 19. [C] 20. [D]
I. Cristalização do sal comum (S 0)
II. Sublimação da naftalina S 0 21. [A] 22. [B]
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(Verdadeira) O aumento da temperatura favorece a Como a reação está em equilíbrio a energia livre de
espontaneidade da reação (ii), pois a variação da energia Gibbs (ΔG) é igual a zero.
livre de Gibbs diminui. Sabemos que ΔG ΔH T ΔS .
(Verdadeira) Na temperatura de 400 K, a reação (i) será Então:
espontânea. ΔG ΔH T ΔS
Teremos:
0 ΔH T ΔS
Δ G Δ H T ΔS
ΔH T ΔS
ΔH 20 kJ / mol
T 400 K 60 1000 J mol1 T 300 J mol1 K 1
T 200 K TC 200 273 473 C
ΔS 25 J / mol 25 10 3 kJ
TC 473 C (extrapola o zero absoluto).
ΔG 20 400 ( 25 10 3 )
ΔG 10 kJ / mol
25. [E]
ΔG 0 (processo espontâneo)
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MÓDULO 07
CINÉTICA QUÍMICA – O ESTUDO DA VELOCIDADE DAS REAÇÕES
Introdução
Algumas reações químicas ocorrem lentamente, como por exemplo, a formação da ferrugem; outras reações
químicas são rápidas, como por exemplo, a combustão da madeira. A velocidade das reações químicas e os fatores
que nela influem são alguns dos assuntos que serão estudados nas aulas seguintes.
1. Cinética química
É o estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que nela influem.
No nosso cotidiano, observamos processos químicos lentos e rápidos:
Ex.:
A explosão da dinamite ocorre em frações de segundo;
A formação de ferrugem é uma reação lenta;
Numa vela, a combustão do material é uma reação lenta.
aA + bB cC + dD
Sendo:
nA = número de mols de A consumidos num intervalo de tempo t.
nB = número de mols de B consumidos num intervalo de tempo t.
nC = número de mols de C consumidos num intervalo de tempo t.
nD = número de mols de formados num intervalo de tempo t.
Temos:
n A
velocidade média de consumo de A Vm
t
nB
velocidade média de consumo de B Vm
t
Δn
velocidade média de formação de C Vm = C
Δt
Δn D
velocidade média de formação de D Vm
Δt
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As quantidades dos reagentes ou dos produtos podem ser expressas em gramas, em litros (para gases), em mol
ou em mol/L (molaridade). A molaridade é a melhor maneira de se exprimir a velocidade de uma reação, ou seja,
calculando-se a variação da molaridade, por unidade de tempo, de um dos reagentes ou de um dos produtos.
Para a mesma reação hipotética anterior consideremos:
temos:
A
velocidade média de consumo de A
t
B
velocidade média de consumo de B
t
C
velocidade média de formação de C
t
D
velocidade média de formação de D
t
Observações:
1. O valor em módulo, colocado na expressão de velocidade para os reagentes, deve-se ao fato da variação da
molaridade ser negativa, pois as molaridades dos reagentes diminuem com o passar do tempo. Procedendo assim,
a velocidade de uma reação em relação a um reagente de uma reação será sempre positiva.
2. Quando a fórmula da substância vem entre colchetes, isso indica a molaridade (mol/L) dessa substância.
A velocidade média de uma reação, sem especificar o reagente ou o produto, é dada pela velocidade de
consumo de um dos reagentes ou pela velocidade de formação de um dos produtos, dividida pelo respectivo
coeficiente da equação química balanceada.
Para a mesma reação hipotética:
aA + bB cC + dD
VA VB VC VD
VmREAÇÃO
a b c d
ou
A B C D
VmREAÇÃO
a t b t c t d t
pois:
VA VB VC VD
A B C D
VmREAÇÃO
a t b t c t d t
Observação:
A velocidade dos participantes de uma reação é diretamente proporcional aos seus respectivos coeficientes na
equação química balanceada.
A velocidade instantânea de uma reação é numericamente igual ao coeficiente angular da reta traçada no gráfico de
concentração versus tempo em um determinado instante.
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À medida que o tempo passa o coeficiente angular da reta vai diminuindo, consequentemente a velocidade instantânea
da reação vai diminuindo com o tempo.
Dada a reação:
Br2(aq) + HCOOH(aq) 2H+(aq) + 2Br–(aq) + CO2(g)
As velocidades instantâneas da reação entre o bromo molecular e o ácido fórmico em t = 100 s, 200 s e
300 s são determinadas pelas inclinações das tangentes nesses valores de tempo.
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A reação não ocorre, pois o CO2(g) não possui afinidade pelo O2(g).
A afinidade química é uma propriedade que depende da própria natureza das substâncias envolvidas na reação.
2 Hl(g) H 2( g) I 2( g)
Para que essa reação ocorra, é necessário que haja colisão entre as moléculas dos reagentes. Nessa colisão as
ligações covalentes das moléculas de H – I devem ser quebradas para que as ligações covalentes das moléculas H –
H e I – I sejam formadas. Entre esse processo, de quebra de ligações e formação de novas ligações, ocorre a formação
de uma estrutura de transição, com ligações intermediárias entre as ligações das moléculas dos reagentes e as ligações
das moléculas dos produtos.
Essa estrutura intermediária é chamada de complexo ativado. Vejamos:
Complexo ativado de uma reação: É uma estrutura intermediária entre os reagentes e os produtos, com
ligações químicas intermediárias entre as ligações dos reagentes e as ligações dos produtos.
Para que haja a formação do complexo ativado, é necessário que as colisões entre as moléculas sejam efetivas.
Colisões efetivas ou eficazes: São aquelas em que ocorre quebra de ligações e consequente formação de novas
ligações. Nesse caso a reação ocorre.
Colisões não-efetivas ou não-eficazes: São aquelas em que não ocorre quebra de ligações e consequentemente
não há formação de novas ligações. Nesse caso a reação não ocorre.
Para que uma colisão seja efetiva, duas condições são necessárias:
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II) A colisão entre as moléculas deve ocorrer com energia igual ou superior à energia de ativação da reação.
Energia de ativação de uma reação: É o valor mínimo de energia que as moléculas dos reagentes devem
possuir para que uma colisão entre elas seja eficaz.
Observação:
Quando maior for a energia de ativação de uma reação, mais lenta será a reação. Portanto, a energia de ativação
(Ea) é comparada a uma barreira que os reagentes devem vencer para que a reação ocorra.
H (entalpia)
Complexo ativado
Ea Eai
H2(g) + I2(g)
H < 0
Hf(g) + HI(g)
Caminho da reação
Ea = energia de ativação
Eai = energia de ativação da reação inversa
Reação: H2(g) + I2(g) 2 HI(g)
(exotérmica)
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H (entalpia)
Complexo ativado
Eai
H2(g) + I2(g)
Ea
H > 0
HI(g) + HI(g)
Sentido da reação
Ea = energia de ativação
Eai = energia de ativação da reação inversa
Reação: 2 HI(g) H2(g) + I2(g)
(endotérmica)
Obs1.:
O número de colisões efetivas é mínimo em relação ao número de colisões não-efetivas
Obs2.:
Quanto menor a energia de ativação (Ea), maior será a velocidade da reação. Isso é válido tanto para reações
endotérmicas como exotérmicas.
Ex. 1:
O bombril enferruja muito rapidamente do que uma lâmina de ferro, na presença do ar úmido.
Ex. 2:
Os comprimidos efervescentes na forma de pó reagem muito mais rapidamente com a água do que os na forma
de comprimidos.
Regra de Van't Hoff: “um aumento de 10°C na temperatura duplica a velocidade de uma reação.”
Ex.: 20°C V
30°C 2V
40°C 4V
50°C 8V
Observação:
A regra de Van't Hoff é uma regra muito geral e portanto muito limitada.
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Observação:
A pressão só influi de maneira significativa na velocidade de uma reação quando pelo menos um dos reagentes gasoso
e pressão praticamente não altera a velocidade da reação.
Conclusão:
A pressão de um gás é diretamente proporcional à sua concentração molar (mol/L).
V. Influência do catalisador
Catalisador: é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química, sem sofrer alteração
qualitativa nem quantitativa no fim da reação.
Catálise: é o nome dado ao aumento da velocidade de uma reação provocada pelo catalisador.
Um catalisador aumente a velocidade de uma reação porque diminui a energia de ativação da reação.
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Entalpia (H)
Ea1
Produtos
Ea2
H > 0
Reagentes
Sentido da reação
Entalpia (H)
Ea1
Ea2
Reagentes
H < 0
Produtos
Caminho da reação
Catálise homogênea: é aquela em que o catalisador e os reagentes formam uma mesma fase. (sistema
homogêneo).
C
Ex. 1 : 2N 2 O ( g) 2
( g)
N 2( g) O 2( g)
Catálise heterogênea: É aquela em que o catalisador e os reagentes formam duas ou mais fases. (sistema
heterogêneo)
MnO
Ex. 1 : 2H 2 O 2( aq)
2H 2 O ( ) O 2( g)
2( s )
MnO
Ex. 2 : 2KCO 3( s)
2KC ( s) 3O 2( g)
2( s )
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Os catalisadores de automóveis são formados por ligas metálicas. Como o catalisador é sólido e os
reagentes são gasosos, a catálise é heterogênea.
Observações:
Obs.1:
O catalisador não altera o H da reação
Obs.2:
A Luz, a eletricidade, o calor, etc., em alguns casos podem aumentar a velocidade de uma reação, mas não devem
ser considerados como catalisadores, pois não são substância, mas sim formas de energia.
Obs.3:
O catalisador acelera a reação, mas não aumenta o seu rendimento, isto é, ele produz a mesma quantidade de produto,
porém, num período de tempo menor.
Quantidade de produto [ ]
Autocatálise: é um caso particular de catálise, no qual o catalisador é um dos produtos da própria reação.
Inicialmente a reação é lenta. À medida que o catalisador vai sendo formado, a velocidade da reação vai
aumentando.
Enzimas: são catalisadores (proteínas complexas) produzidos pelos vivos, que aceleram reações importantes
para o metabolismo do próprio ser vivo (as enzimas são catalisadores específicos)
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Modelo chave-e-fechadura que procura explicar a especificidade de urna enzima pelas moléculas de
substrato
Ativador ou promotor de catalisador: são substâncias que, isoladamente, não possuem ação catalítica, mas
numa reação ativam o catalisador.
Fe
Ex.: N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g)
ativadores: Al2O3 e K2O.
Veneno ou inibidor de catalisador: é uma espécie química que, presente numa reação catalítica, diminui ou
mesmo anula totalmente a ação do catalisador.
Fe
Ex.: N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g)
inibidor de catalisador ou veneno: Arsênio (As)
Inibidor ou Inibidor de Reação: é uma espécie química que possui ação inversa a de um catalisador, ou seja,
aumenta a energia de ativação da reação.
V2 < V1
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Comparação entre uma reação não catalisada (a) e a mesma reação catalisada por uma enzima (b). A
representação gráfica em (b) admite que a reação catalisada segue um mecanismo em duas etapas e
que a segunda etapa (ES E + P) é a que controla a velocidade da reação.
b) catálise heterogênea
Na catálise heterogênea, os reagentes e o catalisador encontram-se em fases diferentes. Geralmente o
catalisador é um sólido e os reagentes são gases ou líquidos. A catálise heterogênea é de longe o tipo
mais importante na indústria química, especialmente na síntese de produtos químicos essenciais.
Descrevemos a seguir três exemplos específicos de catálise heterogênea responsáveis por milhões de
toneladas de produtos químicos produzidos anualmente em escala industrial.
Considere a reação:
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Se num dado volume temos uma molécula de H 2 e uma molécula de I2, elas têm certa probabilidade de se
chocarem de forma efetiva e, portanto, a reação terá uma certa velocidade.
Dobrando-se agora a concentração do hidrogênio, ou seja, colocando-se duas moléculas de H2 a probabilidade
de uma molécula de H2 chocar-se com uma molécula de I2 dobra e, portanto, a velocidade da reação dobra.
Duplicando-se as concentrações de H2 e de I2 simultaneamente, a probabilidade fica quatro vezes maior e,
portanto, a velocidade da reação quadruplica.
Conclusão:
A velocidade dessa reação é diretamente proporcional às concentrações molares (mol/L) dos reagentes.
V K H2 I2
V K A a Bb
Ex.: SO 2( g) O 2( g) SO 3( g)
V K SO2 O2
Na prática, a grande maioria das reações não são elementares, ou seja, ocorrem em duas ou mais etapas, cada
uma com a sua velocidade. Nesses casos, as equações que deduzimos até aqui são válidas para cada etapa da reação,
mas não são válidas para a reação global.
Para a reação geral abaixo, considerando que não seja elementar, temos:
aA + bB + ... cC + dD
V K A m Bn
Essa lei é conhecida como lei da ação das massas e foi estabelecida pelos cientistas Guldberg e Waage.
A velocidade de uma reação é determinada pela etapa mais lenta da reação, ou seja, a velocidade da reação é
a velocidade da etapa lenta e portanto os coeficientes m e n na equação da velocidade da reação são os coeficientes
dos reagentes na equação da etapa lenta.
Consideramos a reação:
Mecanismo de reação: é o conjunto de reações elementares que compõem uma reação química.
Observações:
Obs.1:
A cada etapa de uma reação que se processa em mais de uma etapa é considerada como elementar.
Obs.2:
A concentração de um sólido ou de um líquido em uma solução diluída, é considerada constante, por isso não deve
fazer parte diretamente da equação da velocidade e da reação, devendo ser considerado só o estado gasoso e
substâncias no estado aquoso.
Ex.1:
Fe ( s ) 2HC ( aq ) FeC 2( aq ) H 2( g)
V K [HC] 2
(considerando a reação como elementar)
Ex.2:
HC ( g) H2O ( ) H3O (aq) C ( aq)
V K HC
Observações:
Obs.1:
Em uma mistura gasosa chama-se pressão parcial de um dos reagentes à pressão que ele exerceria se estivesse
sozinho, ocupando o volume total da mistura, na temperatura considerada.
Obs.2:
Como já vimos: numa mistura gasosa, a pressão parcial de cada gás é proporcional a sua concentração molar.
Relembrando:
Para um gás A(g) temos:
NA
PA V N A RT PA RT PA [ A] RT
V
Devido a essa proporcionalidade, a lei cinética também pode ser escrita, para sistemas gasosos, da seguinte
maneira:
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V = K.(pA)m.(pB)n...
Na expressão da velocidade da reação em função das pressões parciais só devem ser considerados os reagentes
gasosos.
Ex.: H2(g) + I2(s) 2HI(g)
V = K.(pH2)1
Dada a reação:
aA + bB xX + yY
V = K.[A]m . [B]n
Assim temos:
m = ordem da reação em relação ao reagente A;
n = ordem da reação em relação ao reagente B;
(m + n) = ordem da reação ou ordem geral da reação;
A ordem de uma reação é sempre determinada experimentalmente, pois é deduzida da equação da velocidade
da reação e pode ser igual a zero ou ter um valor positivo inteiro ou fracionário.
Observações:
Quanto à ordem, as reações podem ser:
de ordem zero;
de ordem igual a 1 ou de primeira ordem;
de ordem igual a 2 ou de segunda ordem;
de ordem igual a 3 ou de terceira ordem.
V = K . [NO]2 . [H2]
Ordem do NO(g): 2a ordem
Ordem do H2(g): 1a ordem
Ordem da reação: 3a ordem
não-elementar.
Ex.:
C12H22O11(aq) + H2O(l) C6H12C6(aq) + C6H12O6(aq)
sacarose água glicose frutose
A molecularidade da reação é igual a 2(reação bimolecular), pois essa reação se efetua pelo choque de 2
moléculas C12 H22 O11 e H2O.
A ordem da reação é igual a 1 (reação de primeira ordem), pois a velocidade só depende da concentração de
uma substância (C12H22O11) elevada a expoente 1:
V K C12H22O11
Observações:
1. Quando à molecularidade, as reações podem ser: monomoleculares (ou unimoleculares), bimoleculares e
trimoleculares.
2. Numa reação não-elementar, não se define molecularidade para a reação global, mas sim, para cada uma de suas
etapas.
9. Aprofundamento
9.1. Determinação da lei de velocidade de uma reação
1.1. Uma lei de velocidade é uma característica da reação determinada experimentalmente e não pode,
em geral, ser escrita a partir da estequiometria da equação química balanceada.
1.3. As ordens podem ser negativas e uma lei de velocidade pode depender da concentração dos
produtos:
Observa-se experimentalmente que na reação de transformação do gás ozônio em gás oxigênio,
o aumento da concentração de O2(g) desacelera a reação, pois ele participa da reação inversa:
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Onde:
A = parâmetro de Arrhenius = fator pré-exponencial (determinado experimentalmente), também chamado
de fator de frequência, ele está relacionado com a frequência das colisões e a probabilidade com que as
colisões são orientadas de maneira favorável. Esse fator é expresso na unidade L.mol–1.s–1.
Ea = parâmetro de Arrhenius = energia de ativação (determinado experimentalmente).
A e Ea são praticamente independentes da temperatura e variam de reação para reação.
R = constante dos gases = 8,314 J.mol–1K–1.
T = temperatura absoluta.
Observe que a equação abaixo possui a forma de uma reta (y = a + bx). Essa equação mostra que em
um gráfico de ln k (eixo y) versus 1/T (eixo x) será uma reta com inclinação igual a –Ea/R, assim a energia
de ativação pode ser calculada a partir da inclinação da reta resultante no referido gráfico.
O fator exponencial e –Ea/RT é sempre menor que 1 e se interpreta como a fração de moléculas com
a energia mínima necessária para que a reação ocorra.
Ordem da
0 1 2
reação
Equação de
V=k.[R]0 V=k.[R]1 V=k.[R]2
velocidade
Unidades de
Mol.L-1.s-1 s-1 L.mol-1.s-1
k
[R]t = [R]0 – kt ln[R]t = ln[R]0 – kt 1/[R]t = 1/[R]0 + kt
Equação
(y = a + bx) (y = a + bx) (y = a + bx)
integrada de
ou ou ou
velocidade
[R]0 – [R]t = kt ln([R]t / [R]0) = – kt 1/[R]t – 1/[R]0 = kt
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Coeficiente
-k -k k
angular
Gráfico
[R]t versus t (tempo) ln [R]t versus t (tempo) 1/[R]t versus t (tempo)
retilíneo
[R] ln [R]
1/[R]
Gráfico
retilíneo
Representação gráfica de [A], em função do tempo, para a reação de primeira ordem A produtos. A
meia-vida para a reação é de 1 minuto. Após expirar cada meia-vida, a concentração de A é reduzida à
metade.
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concentração de uma determinada espécie em função do aumenta por um fator de 2. Se as concentrações de C„H‰Br e
tempo de experimento, a uma temperatura constante, OH- são dobradas, o aumento da velocidade é o mesmo: um
fator de 2. Com relação a esses dados, analise as afirmativas
segundo uma cinética de primeira ordem. a seguir.
1) A lei de velocidade da reação pode ser escrita como: v =
k [C„H‰Br] [OH] e, portanto, a reação é de segunda ordem.
2) A lei de velocidade da reação pode ser escrita como: v =
k [C„H‰Br] e, portanto, a reação é de primeira ordem.
3) A lei de velocidade da reação pode ser escrita como: v =
k [C„H‰Br] e, portanto, a reação é de primeira ordem, com
relação ao C„H‰Br, e de ordem zero, com relação ao íon OH.
4) Se a concentração de íons OH- triplicar, a velocidade da
reação não se altera.
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5) A meia-vida, t(1/2), independe da concentração inicial dos de transição existem? Qual etapa é a mais rápida? A reação
reagentes. A C é exotérmica ou endotérmica?
Estão corretas:
a) 1, 2, 4 e 5 apenas
b) 1, 3, 4 e 5 apenas
c) 2, 3, 4 e 5 apenas
d) 1 e 5 apenas
e) 1, 2, 3, 4 e 5
Pede-se:
a) Determinar a equação de velocidade da reação.
b) Calcular o valor da constante de velocidade da reação. 11. O seguinte mecanismo foi proposto para a reação na
c) Qual será a velocidade da reação quando [HgCØ‚]=0,010M fase gasosa de H2 com ICl:
e [C‚O„£]=0,010M? H 2(g) + ICl(g) HI(g) + HCl(g)
Hl(g) + ICl(g) l2(g) + HCl(g)
06. (a) Qual o significado do termo molecularidade?
(b) Por que as etapas elementares termoleculares são tão raras? (a)Escreva a equação balanceada para a reação total.
(c) O que é um intermediário em um mecanismo? (b)Identifique quaisquer intermediários no mecanismo.
(c) Escreva as leis de velocidade para cada etapa no mecanismo.
07. Qual é a molecularidade de cada um dos seguintes pro- (d) Se a primeira etapa é lenta e a segunda é rápida, qual a lei
cessos elementares? Escreva a lei de velocidade para cada de velocidade que você esperaria ser observada para a reação
um. como um todo?
(a) Cl2(g ) 2Cl ( g )
(b) OCl-(g) + H2O (g) HOCI(g) + OH-(g)
(c) NO(g) + Cl2(g) NOCl2(g) CINÉTICA QUÍMICA
Exercícios de Fixação
08. Qual é a molecularidade de cada um dos seguintes pro-
cessos elementares? Escreva a lei de velocidade para cada 01. (Puccamp) O fósforo branco P„ é tão reativo que
um. deve ser guardado em água para não se inflamar
(a) 2NO(g) N2O2(g)
espontaneamente:
(b) H2C-CH2(g) CH2 = CH-CH3(g)
(c) SO3(g) SO2(g) + O(g) P„ + 5 O‚ ë P„O³ + calor.
O fósforo vermelho, muito mais seguro, encontra-se na
09. Com base no seguinte perfil de reação, quantos inter- lixa da caixinha de fósforos. Quando riscado,
mediários são formados na reação A C. Quantos estados transforma-se em P„ que pega fogo.
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O calor gerado inicia a reação entre as substâncias impulsos nervosos nos seres vivos. A reação é promovida
presentes na cabeça do palito. A reação global é: pela enzima acetilcolinesterase (AChE).
(Adaptado de Luis Fernando Pereira. "Folha Considere as seguintes afirmativas sobre o papel de AChE
de S. Paulo". 10/06/2004) nessa reação:
O fato do fósforo branco pegar fogo imediatamente,
quando exposto ao ar, indica que esta transformação I. AChE é catalisador da reação.
II. AChE aumenta a energia de ativação da reação.
química
III. AChE promove caminhos reacionais alternativos.
a) é muito endotérmica. IV. AChE inibe a formação de intermediários.
b) é catalisada pelo O‚ do ar.
c) forma produtos com maior conteúdo energético do Assinale a alternativa correta.
que os reagentes. a) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
d) tem baixa energia de ativação.
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
e) atinge rapidamente o equilíbrio. d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
02. (Fuvest) Foram realizados quatro experimentos.
04.. (Ita ) Considere uma reação química representada
Cada um deles consistiu na adição de solução aquosa
pela equação: Reagentes ë Produtos. A figura a
de ácido sulfúrico de concentração 1 mol/L a certa
massa de ferro. A 25°C e 1atm, mediram-se os seguir mostra esquematicamente como varia a energia
volumes de hidrogênio desprendido em função do potencial (Ep) deste sistema reagente em função do
tempo. No final de cada experimento, sempre sobrou avanço da reação química. As letras a, b, c, d e e
ferro que não reagiu. A tabela mostra o tipo de ferro representam diferenças de energia.
usado em cada experimento, a temperatura e o volume
da solução de ácido sulfúrico usado. O gráfico mostra
os resultados.
3. (Ufpr 2015) A reação de hidrólise da acetilcolina, 05. (Pucrs) Uma forma de ingerirmos a vitamina C é
esquematizada abaixo, é fundamental na transmissão de
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06. (Pucsp) A decomposição do peróxido de 07. (Ufal) Analise as afirmações seguintes, sobre
hidrogênio (H‚O‚) em solução aquosa (água CINÉTICA QUÍMICA.
oxigenada) é catalisada pela adição de uma gota de ( ) A etapa determinante da rapidez de uma reação
bromo (Br‚) à solução. química é a mais lenta.
( ) Catalisadores não participam das etapas de uma
Br‚ reação química.
2H‚O‚(aq) ë 2H‚O(Ø) + O‚(g) ( ) Uma porção de maionese deteriora-se mais
rapidamente do que os seus componentes
O mecanismo proposto para o processo ocorre em considerados separadamente, pois, entre outros
duas etapas: fatores, a superfície de contato de cada um é maior.
Br‚(aq)+H‚O‚(aq) ë 2Br(aq)+2H®(aq)+O‚(g) ( ) A frequência de colisões efetivas entre reagentes
2Br(aq)+2H®(aq)+H‚O‚(aq)ëBr‚(aq)+2H‚O(Ø) diminui com o aumento de temperatura.
O caminho da reação na presença e na ausência de ( ) Alumínio em pó pode ser "queimado" mais
catalisador é representado no gráfico a seguir: facilmente do que alumínio em raspas.
09. (Ufmg) Em um antigo método para a fabricação do Etapa 1) H2(g) NO(g) N2O(g) H2O( ) (lenta)
ácido sulfúrico, H‚SO„, uma das etapas consistia numa Etapa 2) H2(g) N2O(g) N2(g) H2O( ) (rápida)
sequência de reações, representadas por estas a) A reação global é dada pela seguinte reação balanceada:
equações: 2H2(g) 2NO(g) 3N2(g) 2H2O( ) N2O(g) .
b) Se mantivermos a concentração do H2(g) em quantidade
I) SO‚(g) + NO‚(g) ë SOƒ(g) + NO(g) de matéria e duplicarmos a concentração em quantidade
II) NO(g) + 1/2 O‚(g) ë NO‚(g) de matéria do NO(g) , a velocidade da reação duplicará.
c) Colocando-se na reação um catalisador, este aumentará a
Considerando-se essas equações e a produção de velocidade da reação e será consumido durante a reação.
H‚SO„, é INCORRETO afirmar que d) A lei da velocidade é dada por: V K [H2(g) ] [NO(g) ]
a) a obtenção do H‚SO„ pode ser realizada por meio e) Se triplicarmos a concentração em quantidade de matéria
da reação de SOƒ com a água. do H2(g) e duplicarmos a concentração do NO(g) , a
b) a equação da reação global da etapa descrita não velocidade da reação ficará 12 vezes maior.
inclui os compostos nitrogenados.
c) o nitrogênio é reduzido e o enxofre é oxidado na 12. (Ufpe) No início do século XX, a expectativa da
primeira reação. Primeira Guerra Mundial gerou uma grande
d) o oxigênio molecular catalisa a conversão do NO em necessidade de compostos nitrogenados. Haber foi o
NO‚. pioneiro na produção de amônia, a partir do nitrogênio
do ar. Se a amônia for colocada num recipiente
10. (Ufmg) Duas reações químicas foram realizadas fechado, sua decomposição ocorre de acordo com a
em condições diferentes de temperatura e de estado seguinte equação química não balanceada:
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NO(g)
2SO‚ + O‚ ë 2SOƒ
Assinale a alternativa que apresenta os experimentos 22. (Ufrn) Foram obtidos os seguintes dados
em ordem crescente de velocidade de reação. experimentais para a velocidade de hidrólise da
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sacarose em solução diluída, a temperatura constante. entre eteno e hidrogênio, ambos gasosos, é
exotérmica. A reação é muito lenta, mas pode ser
C‚H‚‚O + H‚O ë C†H‚O† + C†H‚O† acelerada quando se adiciona um metal em pó, como
(sacarose) (glicose) (frutose) níquel, paládio ou platina.
a) Escreva a equação química balanceada da reação
que ocorre e explique por que a reação é acelerada
pela adição do metal.
b) Esquematize um diagrama de energias, indicando
as entalpias de reagentes e produto, relacionando-as
com o calor de reação. Localize no diagrama a energia
de ativação antes e depois da adição do metal.
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c) 2ª ordem em relação a "B" e de ordem zero em relação um processo chamado catálise, oxidar ou decompor
a "A" esses gases, como mostra o exemplo abaixo. Para a
d) 1ª ordem em relação a "B" e de ordem zero em relação reação global 2 NO(g) + O‚(g) ë 2 NO‚(g), na qual
NO‚ atmosférico é gerado a partir de NO expelido dos
a "A"
escapamentos de automóveis, é proposto o seguinte
e) 1ª ordem em relação a " A " e de 1ª ordem em relação a
mecanismo, em duas etapas:
"B"
2 NO(g) Ï N‚O‚(g) (etapa rápida)
27. (Ufsm 2015) Os sais estão presentes nos shows N‚O‚(g) + O‚(g) ë 2 NO‚(g) (etapa lenta)
pirotécnicos. Os fogos de artifício utilizam sais pulverizados Considerando essas afirmações, assinale o que for
de diferentes íons metálicos como, por exemplo, o sódio (cor correto.
amarela) e o potássio (cor violeta), misturados com material
01) A lei de velocidade da etapa lenta é igual a
explosivo, como a pólvora. Quando a pólvora queima,
elétrons dos metais presentes sofrem excitação eletrônica, v=k[O‚][NO]£.
liberando a energia na forma de luz. 02) As reações das etapas rápida e lenta podem ser
chamadas de reações bimoleculares.
Sobre a cinética da reação, é correto afirmar: 04) A catálise descrita acima é um exemplo de catálise
a) Quanto maior a superfície de contato entre os reagentes,
mais rápida é a reação; assim, quanto mais dividido o homogênea.
reagente sólido, mais a reação será acelerada. 08) À temperatura e à concentração de NO(g)
b) A queima dos fogos de artifício é facilitada pelo uso de constantes, se a concentração de O‚(g) duplicar, a
sais pulverizados, pois estes diminuem a energia de reação global será 4 vezes mais rápida.
ativação da reação.
16) Sendo a lei de velocidade da etapa lenta, obtida
c) A temperatura gerada na queima de fogos de artifício
reduz a frequência dos choques entre as partículas de experimentalmente, igual a v=k[N‚O‚][O‚], sua ordem
reagentes, tornando a reação mais rápida. de reação é igual a 2.
d) A reação é mais rápida, pois, ao se utilizar o sal
pulverizado, a frequência das colisões é menor, 30. (Ufpe) Em determinadas condições de temperatura
favorecendo, assim, a reação.
e pressão, a decomposição térmica do éter dimetílico
e) A pólvora age como um catalisador, diminuindo a energia
de ativação total da reação química. (ou metoxietano ou oxibismetano), dada pela equação
(CHƒ)‚O(g) ë CH„(g) + H‚(g) + CO(g)
28. (Pucsp) A reação 2NO(g) + 2H‚(g) ë N‚(g) + exibe a seguinte dependência da velocidade com a
2H‚O(g) foi estudada a 904 °C. Os dados da tabela concentração:
seguinte referem-se a essa reação.
A respeito dessa reação é correto afirmar que sua Considerando que a concentração da espécie química
expressão da velocidade é X seja denominada como [X], a velocidade (v) para
a) v = k[NO] [H‚]. essa reação será expressa como:
b) v = k[NO]£ [H‚]. a) v = k [(CHƒ)‚O]
c) v = k[H‚]. b) v = k [CH„][H‚][CO]
d) v = k[NO]¥ [H‚]£. c) v = k
e) v = k[NO]£ [H‚]£. d) v = k [(CHƒ)‚O]‚
e) v = k{[CH„][H‚][CO]}/[(CHƒ)‚O]
29. (Uem ) Os conversores catalíticos automotores,
baseados em ligas metálicas sólidas contendo ródio, 31. (Ufc) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no
paládio ou molibdênio, são dispositivos antipoluição espaço apropriado a soma dos itens corretos.
existentes na maioria dos carros. Sua função é
absorver moléculas de gases poluentes e, através de O óxido nítrico (NO), produzido pelo sistema de
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exaustão de jatos supersônicos, atua na destruição da molar de um dos reagentes e mantendo-se a do outro
camada de ozônio através de um mecanismo de duas constante. Os resultados obtidos estão representados
etapas, a seguir representadas: no gráfico adiante:
(1) NO(g) + Oƒ(g) ë NO‚(g) + O‚(g); ÐH= - 199,8 kJ
etapa rápida
etapa II: HOI + I ë I‚ + OH
etapa rápida
etapa III: 2OH + 2HƒO® ë 4H‚O
-------------------------------------------------------------
reação global: 2I+HOOH+2HƒO® ë I‚+4H‚O
Analisando a tabela é correto afirmar que
a) a expressão da velocidade da reação é v=k[NO][O‚]. a) Qual a etapa determinante da velocidade da
b) a temperatura no último experimento é maior que reação?
400°C. b) Apresente a expressão da lei de velocidade para a
c) a velocidade da reação independe da concentração reação global.
O‚.
d) o valor da constante de velocidade (k) a 400°C é 35. (Ufrj) A expressão da velocidade de uma reação
1L/mol. deve ser determinada experimentalmente, não
e) o valor da constante de velocidade (k) é o mesmo podendo, em geral, ser predita diretamente a partir dos
em todos os experimentos. coeficientes estequiométricos da reação.
O gráfico a seguir apresenta dados experimentais que
33. (Uerj) A reação expressa pela equação possibilitam a obtenção da expressão da velocidade
da seguinte reação:
x X +y Y ë z Z + w W
2 ICØ(g) + H‚(g) ë I‚(g) + 2 HCØ(g).
foi realizada em diversas experiências nas quais se
manteve constante a temperatura. As velocidades de
reação foram medidas, variando-se a concentração
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[B] Incorreta.
Etapa lenta :
H2(g) 2NO(g) N2O(g) H2O( )
2
v k [H 2 ] [NO]
v k (1) (1)2 1
v k (1) (2)2 4k
v k [H 2 ] [NO]2
[A] Incorreta.
H2(g) 2NO(g) 1N2O(g) H2O( ) (lenta)
25. a)
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35.
a) v = k [H‚] [ICØ]
b) n° de mols de HCØ = 3
28. [B]
29. 18
30. [D]
31. 01 + 02 + 04 = 07
32. [B]
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