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A estrutura da ONU foi concebida num contexto de Guerra Fria, que foi a maior preocupação
mundial entre 1945 e 1991: era imperativo evitar uma guerra nuclear.
Após o fim da Guerra Fria, a ONU passou por um momento de redefinição de seus objetivos e
funções. Naquele momento, a ONU encontrava-se numa encruzilhada, uma vez que se percebia
uma diminuição da importância de temas relacionados à segurança internacional. Essa
percepção mostrou-se equivocada, já que a década de 1990 foi talvez mais conturbada do que
a década de 1980.
A partir do fim da URSS, a ONU passou a focar nos objetivos universalistas chamados Global
Commons: direitos humanos e meio ambiente, por exemplo. Ao longo da década de 1990, o
mundo verificou uma maior valorização do indivíduo como ator internacional (até então, a ONU
considerava o Estado como o ator internacional fundamental). Ascende a ideia de segurança
humana, considerando-se que o Estado pode ser também uma ameaça para o ser humano.
A concepção de desenvolvimento, por exemplo, sofreu uma mudança de paradigma nos anos
1990. Durante a Guerra Fria, considerava-se o PIB como critério único para medir o
desenvolvimento das nações (enfoque apenas econômico). Com a criação do índice de
desenvolvimento humano (IDH), outras variáveis passaram a ser consideradas, como o acesso à
educação e à saúde, por exemplo.
Em 1945, a ONU foi criada com o objetivo fundamental de garantir a paz e segurança no mundo.
Havia um receio de que, caso a ONU repetisse os erros da Liga das Nações, não seria possível
evitar uma nova guerra mundial, que, dessa vez, seria uma catástrofe nuclear. Por isso, a Carta
da ONU previu a criação de um Estado Maior das Nações Unidas.
A ideia inicial da ONU era, de certa maneira, criar um “exército”, mobilizado pelos 5 membros
permanentes do CSNU, que seria usado para atuar em conflitos específicos. Porém, EUA e URSS
discordavam em relação à constituição dessa força militar. Esse debate não será frutífero e não
será concluído a tempo.
1948: Mandato
- ONU estabelece regras sobre como lidar especificamente sobre a questão Israel x Palestina.
- Monitoramento da ONU: informação como ferramenta na busca de solução.
Critérios:
- Ideia do Estado falido – não é capaz de controlar seu próprio território.
- Soberania tirana – Estado usa sua estrutura para ser a ameaça contra seus cidadãos.
Posição do Brasil:
→ Essas operações banalizariam um tema tão sensível como a violação da soberania, com base
em critérios subjetivos.
→ Qualquer conflito tem motivação econômica e social. Operação estaria apenas maquiando o
problema, em vez de ajudar a resolvê-lo. Quando a ONU sai do país, conflito retorna.
→ Brasil defende que é necessário focar nas operações de peacebuilding.
→ Brasil tem flexibilizado sua posição em relação a operações baseadas no capitulo VII, mas
desde que de acordo com os termos do mandato (garantia de peacebuilding).