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OIARIO no iCUNGRESSn NAC1UNAl

REPUBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DOBRAZIL

ANNO XXII QUINTA-FEIRA 10 DE NOVEMBRO DE 1910 N. 169

zido numero do pessoal operar-lo' de suaactual organização nãO


SENADO FEDERAL pcrmitte que as orâcínas runcelonem simultaneamente.
Por .isso a producção pronnía da fabricn, na confecção se-
-parlcla dos elementos da rnuníeão (estojo, bala e capsula) e na.
SG' SESSÃO E~l o DE NOVE~mR.O DE isto junceão destes pJ,r,t a op -eação do carregamento e preparo final do
I"P.E8lDEt'\CIA D:lSR. FERREIRA CIlAYE" l° SECRETARIO cartucho, tem sido relativamente pequena - o necessarlo apenas
para manter no pessoaloperarío o habito e a pratica do otâcío,
A's 3 horas da tarde, presente numero legal, abre-se a sessão, a. O que o estabelecimento faz em maior escala, cónsístíndo nisso
quo concorrem os 81'S, Senadúre3: Ferreira Chaves, Pedro BoI'- o seu serviço princípal, com relação á munição Mauser, é a opera-
;';-CS, Caudirlo de Abreu, Silverio Nerr, Jonathas Pedrosa, Jorge. de ção do preparo ftaal docartucuo, na offlcinn de carregamento, pela
Mora.es, AI'f,bllr Lvmos, Urbano Santos, Mondos de Almeida, Pires [uncção dos elementos que foram importados já prornptos, para.
F"I'l'cil'<t. Thomaz Accioly, Dorningues Carneiro. Walfredo Leal, forrnat- o nosso ímpresclndível stoctc de guerra. ...
fi 1\'a.1'O Mnchadn, G,m~n.I\'e,Ferreiril, r,omc~ Ribeiro. Coelho e Operando por eSS,L fij~ma, .1 fabl'ic:L pôde prompttãear no anno
Campos,Oli'\"eil':L Valladào, Severino Vieira, Bernardino Monteiro, findo cerca de oito milhões e qninheujos mil ~al'tllchosMa\lSel:e
Muniz Freire, João Luiz Alves, Olivoirn Fi::mcireio,~,t Freire, Au- 20.0 lO p:n11.r~vólvere3 e manutucturar qU<LSI 500.000 estojos
i!llsto de Vasconoellosvl.am-o Sodr~, Alfredo Ellis, Fr-ancisco GIrcc- daquella mumcao, .
l-in, Bra7. Abrantes, .\. Azorerlo.. Generoso- ~larqu~s, .Alencar I l'.~oe resultado. m~ontes(3.velmente u!u eSfo~(}o, oattenta a. SU3.
Guimarâes, Ft'I'pp:! Schmidt,Victorino Momciro, Pinbelro Ma- capacidade de producção, mosua berfol a, ínsurâciencía da fa.brIca ;
cha.lo () Cassiauo do Nascimento, (3ô). ante as necesstdades do consumo ordínarío actual ,
Dvixam de com pareeerv.com c ursa ,i ustí âcada, os Srs, Senadores: .E' provadiss: !} confronto que se fizer dessa pro.du~ção coro O
Qnimino Hocayu\"[t, Arau] ) Góe" Tndio do IkaziJ, Paes do Cal'valho,p!~dldo .de 14 milhões de cartuchos MLuser e- ummítuão ~ 50.000
.lo-é Enzeblc.. Ribeiro Gonçalves, Gervasio Pass,)s, Tavares de Lyra, de l'evÚ1Verpal'iL. o consumo das nossas iorcas do Exel:~lto, Ma-
Antouio do souza, Castro Piuto, Sigismundo (Tonr:alves, ROS3. e rínha e Imitas de tíro neSS:3 mesmo anno, con~umo que ~h11S tende
xilv 1., Joiqutm Malta, Guilher-me Campos, José Marcelllno, Ruy a. augrnentan _com o desenvolvimento das. linhas de ttro cá me-
f:al·bosl. Loureuço Baptista, Bernardo Montoiro, Foliciano Pennu , d.lda que s~va~ fo!'~ando. as diversas unidades ereadas pela ul-
Francisco ;:\:dlr!s, Campos Sallés, Leopoldo Ja.l'.lim, Gonzaga. Jayme, tlma orgamzuçao _do Exercito, .. . .
?oldcllo, .T')tvluim~lurtinh'), Horcillo Luz e Lauro ~Iilllel'. (27). A remodel~ça?, segundo o projecto, é pOIS uma. necessidade.
, . . . _ Do -. contrarío Ir-se-na desfalcando segú-d imente o stock exís-
~ Iida, posta em dlSCU ;S3.0 e sem debate approvada a aeta da tente e ter-,;e-ha.,colUO succe.te, ue rerazel-o de espaço a. es-
scssao antertor, piLÇO, trazendo do estrangeiro, com avulta-Ia...despezas, ajuí llo que
põdepro.luzlr- aqui com senstvel economia, como opportuna-
o 81'. ao Secrciario (rtl,'lJiHrlo dei·) declarn que não se mente scvera,
h \ expediente. No· toca.nte ao fabrico da .munição de· artilhai'ia, a. mesma.
'deficiencia se nota.
O S1". 4° Sccrettlol-io (sel'lJindode 2°) lê o seguinte Nem o c lificio tem esplço pa1':1 a monta.gem das officinas de
estojos para canhões d~D1ontanh'L, campanha, sitio e. cost L.cujas
PARECER macllioas já adq 1lil'idas ainda eStão e_lcaixotadas, nem· aS alIicinas
N. 1~8 -'- 1910 que existem para a.-confecçãu de espolet,Ls de percllssão e de ri uplo-
elfeit·) po 'em produzil-as emquanti lnde que s:Ltisfaça o consumo
Chamada a dizer sobre o pl'ojectIJD. 19 do corrente anno, apre- ordinal'io e mant.\~nh:1 o competentestoek, ao qual já se devem (l.000
s;nta,io ;i consiJel'ação do Senado pelo llOnl':tdo Sr. Ln.l1l'o 80dr(l,a espoiet.:l,s da I" especie e cerca de 5.600 da 2",
Cummbslo de Marinha e .GueI'ra, de quC'. éconspicllo mr.mbro !<},,,as e;polet~s, diga-8e aq1li, são -inteiramente fabricadas no
~Lquelh S mador, vem de;:obrigar-sJ de sua iucumbenci:t,e~'Pon10o estabele~imelltu; mas a officina rlestinaúa ao seu pr'1paN precisa,
qUi) Jlell",a sobre a, materia. como se vê, de maior amplitude para dispensar a importação do
O pro':ecto protcnúe a reorlranização adminisLN;tiva. ea remo- artigo, rroduzindo o suffide!lt13 "9o.ra o consumo de calta. dia eo pro.
delação da actua.1 Fabrica. de Cal'tuchos e Ariificios de Guerra,para Y;LVel dos ..:asos extl'1Lordinarios.
o 11m de SJ poder fabricar no pa.iz tola. a munição y.mraal'llmmento Com 11 officina qiLCse te,n não é possível. produzi!' mais de 20
l)ortatil o metra,lhadol'as.estojo>1, espolétas· e estopilhas de arti- eS;loletas deduplo·e_1f~itopol' sem:\na; no entretanto o c lfisumo or~
iltal'i:l. e demais aJ'telactos de que carl~cem as nossas forç1l.~ arma- dinal'io (lesse u.rtigo e as exigencias de nossa defesa requerem uma.
das pa.ra. o sm co~sumo .0rJin3.rio o para. os casus imprevistos de pro<!lIcção 10 a 12 vezes superior. .
defesa n'Lcional. Recapit1llalldo, vê-s~ que a l'abrJca tem omcinas para0 carro-
Tra ta·so àssim de resol ver o problema que nos virá libert_tr da gamento do cal'tucho e onrep:Lro dos seus elementos componentes.
contingcncia, nliús muit"l inconveniente,em que aindn.n()s achamo~, mas não dispõe de pessoal sulficieLlte para. a movimentaçãJciftl-
intlo buscar ao estrangeiro um dos elementos iudispensaveis á. ct; va dessas officinas ;
noss3. dclcs:1 e segurança-'-a munição de guerrn-que facil e eco- . Que a. ~-u1l.capacidad() de_pi'oducçito em munição Mausol' não
nomica.mente devlJmos e podemcs produzir aqui. satisfaz siquol' as necessida.des -do con ,umo ol'dinario e, em absoluto
Este enuncia'.lo sOpor si evidencia muito cl~ramente a. impor- as (le q ua~quei' con.sumo ext.raordinai'lo qUd -possa sobrevir ; t
taricia capital do projecio e n necessidade de sua arlopção. - Quenao tem alUda offlcLDa para confeccionar a mULlição cspe-
Para pro\'al-o, aCommissão não pr~cisa_mais do que demo:l8' ci:l.l dn. pistola «Pl\rabellum» e que aoffieina de espoleta-> pai'a. ar-
traI' qne a fabrica actun.l, coma or~amzaçao qne tom, as acu'lha- tilll1L!hL tem u~a oal?acidade de. producção muito aquem da re-
das oficinas qUll possue e o insumcientcpeis0al de que dispõe, querIda pela eXlgcnCla do consumo;
jamais logrará O objectivode.sna. fUnllaç.1o. Que uno tem edificio que comporte 3. montagem das officinag
Segundo dadosomciaeo, que a Commissão 'c mhece, a.capacidll.de que lhe flLltam, entre as quaes asdiL «PaI'abellum)t, de estojos para
actual, de producção da labrica em munição Mauser, tambem usa~a a ..t llharia, de_ carre>!adores, .«!e Jalllinadol'e:l com gabinete de pr()•.
nas metralhadora.s Madsen e Maxim, que possuimos, é de 25.000 Vai' metaes etc., pOSSUIndo nao ob<tantc, pal'a quasi toda.s en~s
tiros, . ' . 0 machinism08 completos em deposito. . ...•
A munição da ParabeIl llin, JlistoJa adquirida para .substituir os - E' ~ma8ltu!lçã.o trisante~eDte precái'ia ess~em que & fabrica.
revõ!\'cres Géraril e Nagant, áindanão é produzida-na. fa.brica, por é mantlda. S!l.hlrdella. é medlda que a 'Prudencla aconselha e -que
falta. da. respectiva. omcina., que é preciso montar.· . . . , os poderes publicos não ~evcm-demorar. . . . .- . ,
_o Com aquella capacidade de Jlroducção-, -a fabrica., fazendo, tra- , Os relatorios da Guerra.. solicitam,;;n'a com iDsistencia ali. ore-. .
balhar as suas omcinas em 300. (lias doannoou l1uranteo. anDO ,speito esc~eveuo ex~minlstl'J' Sr: Ma.rechal H.érrilill daFunse,~à ai o'

inteiro, pOde fornecer annualmente aettfa. -nove milhões de ca.rtu- 8P'gu~nk'spalav_rM.. que veem' 'ciin:dàs p"Oló' '~utc?r' do llr-ojecto- õarf
chos comDletos: mas iSIQ abaolJ,lt!,mente QltosQ dá, porque o redu· cohslder.lQoe3 com. ~lle ~rilhantemente o 'ustuicou clatl'ibUDS;.
Disse S. Ex., referindo-se á f'abl'ica:eUrge, portanto,dar-so maior E para custo de producção:
desenvclvímento ás suas oüleinas e tanto mais premente é essa Custeio da rabríea .•...... '. .•.~ • . • • • • • ••.; • •, ••••• 968:770$000·
necessldade quanto o desenvolvimento da. instrncção do tiro, em 43.050 kílosdo polvoraa 6$500 . 2i9:915.iOOO
conseqneucia da loi do sorteio militai' o da creação da confedera-
ção do tiro brazileíro também exigirá um grande consumo de mu- ou. ..••.... 1.248:685,~OOO
nição de Infantaria». isto é, um saldo bruto de 676:315$ . em favol' de Fabrica ou da.
O projecto em estudos responde satisfactoriamente ao plan() que producçãonncíonal, saldo que se elevará. a quantias mais conside-
tem o Ministerioda Guerra do pôr a fabrica em condições de nos ser i-aveís, se Iheaddíeíonarmoa o vator de munição identica, íabricada
util e de competir com as melhores do genero nos paizes de nossa vi- a. mais, para areeoastituíeão de ,flockde guerra, e ode todos os ar-
zinhança.De exoclltat-Ct não- advfr!o excessivas despesas extrnordi- tetactos que serão eonfeccíomdos, durante o auno, para o consuma
nariás, pois. dentro das verbas ordínarías do Minísterio já foram
adq uiridos q uasi todos os machínísmos para as novas omcinas e para. da.artilho.ria, dentro da mesma verba computada. para o custeio
o alargamento das existentes. Assim, a autorização pedída no art.4°
do estabelecímento,
do projecto ficará limitada ao credito índíspensavél ~ara a instaI- A reorganizaçã() d& Fabrica se impõe, portanto, quer attendendo
Iação dessasotllcí.Das. a eonatrucccão de um almQ:,&rlfado,de 11m ás superiores ra.zõos de ordem militar e política, como bem accen-
paiol e de edificio para as nevas omcinas fio installar, credito que. tuou o íllustrado Senador autor do projecto, quer á..l'azão economlea,
segundo. pl'&viiôes orçameDtarias. não attingirá. ialvez, cem contos orno verlâcou u Commíssão ce previu o mesmoSenador nestas pala-
vras suas, postas entro .osconsíderandos com que o apresentou:
de rets. eNão erI'ari&mosp:oevendo queqoalquer augmento de despesa
As despe2&s ordinftl'itt!,porém, serã.o naturalmente acereseídas, será coberto comas vantagens provenientes dosproductos.daqueha
com a elevação da verba pttra. materia prima. e com o augmento Fabrica promptos aeatrarem no mercado, Dentro de nm anno os
de pessoal e dosrespectívós vencimentos consignados nas tabellas fornecimentos de munição. feitos ao Exercito, :I. Polícía Federal, .
de 1900, que o projecto melhora, para attender ás ditDcnIdades de· aos Estados, ao Ministel'ioda Fazenda deixar;':'o patentes asvanta«
correntes da.carestia da vida na. actualidade. gens da reorganiw.ção projectada. que nos pormittirá. fabricai' den·
Presentemente a Fabrica. despende por. anao 351:640$, assim tI'O de casa os materia.~s neeessacíos c essencíaes para a.noss:!.
def~sa.~
distribuidos: Por todosesses motivos, a ocmmíssãc de Mal'ínha e Guerm
Materia prim:t, .etc ;-;. . 8O:00O'~OJO acceita o projecto e é deparecer que o Senado oapprove.
PessoaIa.aministrativo e operario. 271:640",000 Saladas Commissões, 8 de novembro de 1910.-Pü·cs Ferreira;
O plano de reorganização elev <lo essa despeza a 968: 770$, dando presidente-Felippe
MClchado.'-Almprimir.
Schmiclt, relatol'.-Bl·a,; Abl'ctnks. -Al"arIJ
para
Materia prIma,etc........ ~ .... o' 180:000$000 Entra em discussão uníca a. redaecão final do projecto do Sa-
Pessoal techníco, admínístrattvc e nado, n.21, do 1910, que fixa o subsidio do Presidente e do Vice-
operario ••• .••.••.•.•..••.• 7e8:770$000 Presidente da Republíea, no proxímo quatrieanlo, a decorrer dll
1910 <lo 1914.
O aecrescímo verificado. de 617: 130$, na despesa ordínaría, Ninguem pedindo a palavra, encerra-se a discussão '.
l!érá., entretanto, compensado pela. maior prodncção da fabrica, Posta a votos é apprvadà <lo redaeção,
assímramodelada e não constituirá absolutamente novo encargo
para o orçamento da. Guerra. ORDEM no DIA
Prova-o o simples confronto do valor da. producçãode hoje, s6-
mente em muníção de armamento portatíl, com o que vai ser esse
v.1tlor, quando a fabrica, remodelada, puder reconstituir e manter
ostock de guerra e produzir para o consumo ordinario, calculado,
como díesemcs.em 14 mílhões de cartuchos Mausel' e um milhão
e 50.000 para revólveres.
Para esse confronto tomar-se-há o preço do cartucho, como se
fosse importado ao cambio de 15 dinheiros, isto é $130 para o
Mausere $100 para o de revólver, e us,imo valor da producção
daquelles dous artigos em 1909 foi:
8.500.000 cartuchos Metuser a 130 réis .. 'Y,........; 1.105:000$000
20.000 ditos para revólveres a roo réis .• ·....... 2:000::;000
ou 1.lü7:COO$GOO.
Importando-se, porém, os elementos do cartuehc..como se fez
para juntar-os e earregal-os aqui com a polvora íornecida pelas
nossas fabricas de Piquete e da Estrella, tomada esta ao preço de
65::; por tonelada e aquellas aO'pl'eço de $078 para os da primeira
espeeíe e $050 para os da segunda, a despeza elt'ectivacom o pre-
paro da rererida munição attingitl a 1.181:520.::;. assim deduzlda s
Cartucbos Mauser, em elementos ímportadc s
8.500,000 a. $078 . 663:0)0$000
Cartuchos pn.r:\ revolver, idem :20.000 a $050 .. 1:000$000
Polvora25.520 kilos a 6$500 . 165:880::;000
Custeio, da fabríc..~ .••• •.•.•••••,'••••• ",: '.,. ," •••• ••.é~ 331: 640~OOO
.i -.-----
1.181:520$000
. A. di:lferença. entre essesdous valores denuncia. um dejicit de
74 520::; cc.ntra a fall'ictL, dejic-it que tertL certamente desappa-
recido si consideral'lllosque o estabelecimento pl'oduziu tambem.
no mesmo anno•. sem outroaccresciniode despesa, mais 455.380
estojos Mauser. todas as espoletas de percussão, duplo-etreito,
est:>pilllas e mais artefactos consumidos peliLlutilharia e ainda ven-
deu latão e ca.nos de chumbo insel'viveis, no valor de 31':4.87$0:0.
Consideremos agora o que :>e1'ão esses mesmosvaloreli,com a.
Ftlbrica reorganizada como pede o pI'ojecto, isto é, podendo conre-
ccionnr tudo quanto necessitamos em munição de jnf~nto.ria e em
artefactos de al'tilhariA, sem importar outra. materia prima além
do aço, do zinco e 'do coLre, qne ainda niio pl'o.luzlmos no paiz.
Como na primeÍ1'~ hypothese, tomaremossómente a munÍl}ã()
pal'a armamento portatilnecessario ao consumo annual de 14 m:~
lhões de cartuchos ~lauser e um milhão 8 cincoenta mil para revól-
veres. .
" Teremos então para custo da acqutsição:
U.OCo..OOO a J.'l39•• .. ... . . . . . ~ .
l_ .1.050.000 a 100.
. ., ••••' . ,',••••• •'••• .--. . ....•• . _. ...
. . . . ..

ou..'..•••• ,.,~;ii':- •.•;~.".


attonção das meus honrados collegas (; porque houtem, por circum- torízando o Governo a fazer novo contracto pelo prazo das conces-
.stanclu imprevista, não me foi dado oxpender rapidamente as sões de loterias estadoaes,
razões contrarias a essa emenda. Quero crêr que a. propría honrada Commissão de Finanças,
O que o paragrapho umcodo al't, 3° prescreve, é quo a venda não poderã responderqual o prazo maximo das concessões de lote-
de loterias estaduaes fóra rio terrltorío dos ~stados con-
110 bilhetes rias estadoaes neste momento.
tinüa permitüdn , sujeita á legislação fiscal vígeutev cmquanto Poderá SOl' ele lü, de 20 annos e at.' a votação da lei não é
nouvcr loterias federaes. ímpossível quo se faça uma concessão pOI'40 ou 50 annos, de modo
Sabe.o Senado que as loterias estaduaos não podem ser vendi- que a -uppressão das Ioterlas íedecaesnão subsitírã;
das nesta Capital sem pagar' imposto federal, este éo intuito do Além disto, a emenda. que em principio não impugnaria, tanto
projecto , , mais quanto em 3& discussão o assumpto póde e deve ser mais es-
Supprimido .este paragrnpho, corno quer o honrado Senador. clarecido, a emenda u-eduz o Onl!S tríbutano da actual concessão
as loterias csta-íuaes não poderão ser vcndidasfóra dos territorios de 3 1/2 % para dous e pouco. .
. c1us Estados, ainda mesmo pagindo impostos fedcraes e seria uma
; rcstrtcção Injusta para as Ioterlas estaduaes, cuja supprcssão é OSn. COEr.no E CAlIfros-Mas auzmenta o sello,
I mantida pela emenda. O Sn, JoÃo LUIZ. ALYES -Augmenta o sello, que não é, aliás,
I Par2cC-me,pJI'tanto, que o Senado deve rejeitar a emenda uma contrtbuíção da Empreza, mas do contribuinte que adquire o
suppressíva. bilhete, . .
Faz a concessão com o augmento depeazo e reduz o imposto.
O Sr. Ul-b'tno S:t1l.tOjOl (pela ol'(lem) -SI'. Presidente, Em principio a idéa pôde ser acceíta, moillftcando-se seus
3. commtssão de Finauça.~ cone mio a na i1.P'pl'o\'açiio da emenda termos, de modoa impedir a concessão de Ioterias estadoaes•••
supprossíva do Sr. Severino Vieira, porque julgou que a rnateria
quo contém se encena na emenda substitutiva do art. 6°, por ella O SR., PllSIlEÚio MACHADO-Muito bem!
::: li resentada. O SR.; JOÃo LUIZ ALVES -". a partir de uma data determi-
O SR, JoÃo LUIZ ALYES - E' equivoco. nada.
O SI(, Ur{BA.I\O~ANTOs-D;zendo acommíssão nesta emenda:
: ,~A;; dísposlções dest ~ lei não se npplieam as loterias estadoaes du- O SR.. FRAr-íCrSCO GLYCERrG - Na. emenda substítutíva está ex-
, rauto <L vigcncla dos actuaes contractos» ... presso j referd-se a contraetos aetuaes.
, O S~. ,l')Ã? I;,t:IZ '\1.\'E~- AProhibiçl.IO de venda, que é de O SR., JoÃo LUIZ ALYI::S-Perdão. esta lei volta â camara, ima-
IoutraO lei, contlnüa il. vigorar.
SR. (;IWANO SA"'TúS - A commnsãc não entendeu então a
ginemos que serlÍ votada a 10 de dezem bro e promulgada a 11 ;
quites serão os contractos actuaos '? .'
rlisposiçào com o intuito que teve o honrado senador. Em todo Quem pôde ímnedír que,a.té á data da promulgação da lei, os
caso póde ficar a matcria para ser exummada em 3& discussão. Estados fa'pmconcessões de 30, 4Cl ou 50 annos, burlando assim a
À ocmmissão não attin;.'iu o intuito do nobre Senador, sup- suppressão das loterias'? .
pondo (IUC as loterias estadoaes ficariam em "igJr com os actuaes
co.uractos. .. .. Nessas condlçõas, sem recusar, em principio. a ídéa, espero
O SR. JOÃo Lurz AL"ES-Is;o éno art. 6°. Nestearf.igo trata-se que o Senado. mantendo os princípios fundamentaes do pl'oject:1
(, da permissão da venda de bilhetes fóra. do terrrtorio dos Estados. em 3& discussão, procure obviar os ínccnvenlontes . apontados em
. O sn, Unnvxo ~A~T.)s-PrJponl1o, pois que seja l'ojeLt:1.da a desaecôrdo com o pensamento da honrada Commissão de Finanças,
cmeuda par.1 ser oassumpto estudado na 3' discussão,
OSr, lSevc~;no Vieira n
(pela ();'(lem)-Sr. Presi-
dente, si bem comprehcndí, o pensamento da Commissão foi. de
O Sl-. Sevcl·iuo 'Vieil°a, (pelaordem)";"Sl'. Presidente,
.leante da deelaracõo fl~lh palo honradorelator da Co:n mis:.;iio, re- accôrdo com as ídéas capítaes do honrado ~enadorpelo Espírito
quoiro a l'otira,da da minha emenda, s:dvo o dit'e[to de 1'6,;((I,oele- Santo, manter as loterias federaes emquanto existirem as estadoaes.
I'el-:I. em 3" discuss1i.o. Nessas condil;ões, parece-me que a emenda da. honrada Cllm-
. Consultado, o senado consente na l'otira.dada emenda., mis'ão de Finanças deve prevalecer. sah'o a correcçãoda. redacção
Püsto [L. votos. é appt'ovMio o a/'t. 3°_ na 3a discllssii.o doprojecto.
E' :tllnunciad\L a votação do art. 4°,
O S1°. U1·bano Santos (pela ol'dem)-Sl', Presidente, ~
O Sr. Ph-c.'l F,~r~·eho<'l,. (pela ol'tlem)-Sr. Pl'esidentc, uma ligeira explicação.
1 e'lueit'o <L V. Ex. quo t.:onslIltJo SeuaJo sobro si consente oa l'tlti- O pansamento da Commissão de Finanças es~á bem claro. No
l',IU3, d:t emenda que apre3entei i~ esse ,wtigo. seu pa.rec~r não se lhe afigurou justo extinguil'em-se immerliatao
. Consultado, o Seuauu consente na retira.da da emenda, mClite as loterias fed~raes, porque muitas instituições de bene-
Po"toa vot:>s, (; a)prov,ldo o art. 4". ficanc:a SOccol'l'i<las ficariam sem amp:J.ro e o Thesouro tel'ia cOllsi-
Posto a votos, é appro...a.do o art. 5°. deravel desfalque nas suas rendas, sem quede facto se conseguisse
E' annunciada a vot:l.ção da seguinte emenda da Commissão de o intuito preteodido,dasde que as loterias estadoaespeI'maneceriam
Fina.nÇ<1.s, substitutiva do art. 6° : garantidas pelas concessões actuaes,
«Substitua-se pelo seguinte : A Commissão está de accôr.lo com a extincQão das loteria.s,
Art. As di:>posiçõe; desta lei não seapplicam ás loterias mas de uma voz e em todo o paiz. Portanto, propõe que as fo-
cstadoaes durante a vigencia dos actuaes contI'actos, POr SU:I vez deraes continuem em vigor durante o tempo em que permane-
n?i.o será vedada. a cmis,ão de loterias 1cderaes dUl'ante o tempo' cerem as estadoaes. •
LJ!'eciso para a extiucçã.o dos prazos dos actuaes contractos de lote- Está claro que o sou pensamento nito êque as loterias esta-
rias cstadoaes. doaes se etel'nizem e por ess"razão entende que as federaes devem
P.\ragrapho unico. O Governo fica autorizado a fazer novo sermllntidas emquanto as outras estiverem em vigor.
contracto para a extracçã.o.do loterias felel'aes, durante o temp9 São, pOI'tanto, muito justos e fundados.os receios do honrado
tolerado. moldado. nas mesmas bases do contra do actualmeute Senador pelo Espirito saDtO, DO sentido de Dão se tomar uma me-
\'jgcute, com as seguintes unÍl:as modificações: dida, deixa.ndo margem a possiveis abusos no intervalIo da pas-
a) O capital lle emissão annual será. até. da 45 000:000$ e o
l.Jilhete ou fracção de bilhete nã') poderá. ser inferior a 900 réis; sagem do projecto pelo Congt'esso, quanto âprorogaçlo dos con-
li) o imposto sobre o capital será convertido em uma quota
tractos de loterias estadoaes. . .
A Commissão de Finanç..s, concordando, em principio, com o
lha annual de 1.260:000$, recolhida. ao Thesoul'o em prestaôões pensamento do honrado Senador pelo Espirito Santo, que aliâs já. ê
qllinzenaes de52:500$;'OO; . o da Commissão, agual'da-se plra, na 3& discussão, obvi,',r os
c) o "eUo dos biluetes exp:lstos á. venda será elevado a 10 % ; inconvenientes apontados, casoS. Ex. não tenha. essa iniciativa.,
cl) os 5 % accrescidos da ~eUos. dosbiLhet6sssrão applicadosem Era o que tinha.a. dizer,
mbsidios a outl'as instituições decl1ridade, previdencia e ensino,
conLormedeterminal' o COngresso Nacional. Postt'. ao votos, ê approvadaa emenda_
A c:loUção do ac:tual contracto ~el'á. o destino que o mesmo lhe Fical)rejudicado o art, 6°.
diA. e quo.nto ao da nova, o Governo lIoccordard,nonovo contracto•• Postos a votos, sã.o successivamente approvados ourta. 7' OS-.
A proposiçãoassim emendada passa t 3& diSCUSSÃO, -
O $1·, Joã.o Luiz Alve. (') (pr;la ol'dem)-Sl',Pl'esi-
dente, o art, 6" do projecto tem por tim, ma.ntida. a suppressão das .0 Sr. Preslden'te-Nada mais baVeDdl) a trata.r, vou
lotel'ias uaRepubliclL, garamil' até final a execução dos cOlltractos levantar 'a. sessão. Designo pa.ra ordem do dia. dasl'guinte:
porventul'ílo vigentes ao tempo da. promulgaQão da. lei; e na.da
mais. . . . . Trabalhos de commissõea.
A emenda substitlltiva da Commissiio de Finanoas manda. . pro- Levanta-se a. sessão áS 4 horas da.' tarde.
roga.r virtualmente o prazo da concesdo de lotel'id .ted.erae~. lU- ~ .. ,

~to discurso alo roi roviltopol~ ora.dor. - (*) Elllodi,cllrso aio foi revi.to pelo orador.
. 'r;i,o""·,
e-" ,
.'
,. •

DISCURSO PRONUNCIADO NA SESSÃO DE 17 DEOUTU!RO]}E'HHO Convl:1m recordar ao Senado tttr nos sido notificado por um
~ telegramma traúu.o pelD orador, de' que o cor'>l1ef Bittencourt Dã!)
'0 @r.Jorgo·de Moraes - sr. 'P~esidente,~ntes foi prevenido de acto algum do congresso Legislativo; foi prévia.-
ele começar o men discurso, envio ~ Mosa um proJeo.tg que VISa. a. mente atacado -pel.1. forç:t federal: fJi ínoplmdnmente atacado n30
reorganização da {\.~si~tencia. ~eAllena~o:'t. Na. occasiuo opportuna madrugada de 8, sem quc lhe j;JSS:J commuulcado ao menos o rere-
farei. si necessarío tOr, a. sua justifícacão; rido pretexto para lt llo10siçio longamente tramada! . ..
Agoraseji1-me pCl"l1Jittidotl'atar 3,indi\ dos f,tctos relativos ao O SIto Ju~ATlIAS P~DR.'JSA-.\ dar credito aos telcgrammas que
Ama.zona,. recebemos. tanto elle foi prevenido que deu ordem de prisão contra,
FuicÍ'iticado peja maneira, que reputo correcta, por que tenho o Dr. Sl"L Peixoto e os deputados que votaram a indlcução ,
procedido na. díscussãodo ussumpto , O SR. •.JORGE DE MORAES-:(~Ho~l cst 1l,·"bollClwn.
Pal'a contestar nffü-mativas, para lançar duvidas sobre as O SR. JO~ATIIAS PEDROSA-Oil ! M~s si é acsim ..•
mesmas. não é necessario Invectivar pessoa. alguma, é períelta- O SR. JORGE DE MORAEs-Em prlmelro Jogar é necessario prova.r
mente díspensavel entrar no terreno das descomposturas. que elledeu essa ordem.
Quamlo affi:'n1'ei que. não havia duvidas SObl'C a reunião do Con- O SR.. JO)iATIIAS PEDROSA.,...Ell mo refiro aos telegrammas quo
gresso do meu l<:stado no dia 7 do corrente me», lL vista' do do- telUos. "
cumento telegraphíco que me foi envlado pelo Sr. Dr , Sli. Peixoto, O SR. JORGE DE MORAES - E si fosse verdadeiro esse acto
assim devia proceder. pois não tinha absolutamenté elementos que violento, partido de S. Ex,', rcslariasaiJer de sua chronología ;
contradictassem as suasamrmatívas, quando teve [ognr, rclatívamonte ao ataque das íorçns federaes ~
Logo que ellas apparecernm, trouxe-as ao conhecimento do As Iorcas -atao..ram por ordem do Governo Pederat sem aviso
Senado, lendo um telegranunano qual se demonstrava. que no algum, havendo além disso umucircumstmct., assas intol'essante:
recinto do congresso daquelle Esta.do só podiam estar sete depu- o . capitão do porto deixou acomrmssão em que estava para com.
tados, o que não coustítuía numero legal par., a abertura. da sessão; man iltr o bcmbardeio da cidade, exactarnento na véspera do bar.
e, nesse caso, o Sr. DI' o Sá. Peixoto. teriu recebido e enviado a. nós baro acontccímouto t E, ao que nos consta, jú. esta outra vez no
outros um documento que não exprimia a verdade do que se pa.s- exercício das Iuneções de capitão tlo porto.
sara. .' ' 'O SR. JOXATFlAS PEDR'JSA - Elle teve ordem de embarque,
Para. corroborar esta, consídoraçães, vejo nos documentos Iidos O SR. JORGE DE l\IORAES- Eatretanto já partiu de lá um
pelo meu cOElpalJh~iI'O ~e.banca.r1a, Sr. Silyerio Josd Nery, que a vapor, depois da ordem ...
aeta-da.. sessao do dia 7 fOI approvada no dHL W. '. . . O SR.S!LVERIO .NERY -- O primeiro vapor a partir de.lã é G
No dia 8. como no dia. 9, não houve sessão, porque a. cidade es- Brazit C estc ainda se acha no porto do '"lanáos_
tava sendo bombardeada; no dia lü, segundo, os telegrammas que O SR. ,JORGE DE ;\IORAES -Foi o Balda o primeiro. O Baliía já
trouxe ao conbeeímento da. casa, estava-se em pleno domínio de de lãsahlu d .poís da ordem elo Governoo E' facil verificar. Partiu
pers"l~uíção e fuga; , - . depois um outro:
Citei, nome por nome, dos deputados que estavam i'or;Lgldos, O SR. SILVERIO NERY - Parece que não,
e esse numero, sommado a.,odo!! ausentes, dava como resultado O SR. ,lORGE DE MüRAES - Quanto ao Bahia. não pôde existir
não 'Poder tuncciouar a Assembléa por falt'1 de numero legal, a menor duvida, foi nessepaquete flue ocoroneI Bittcncourt se
Como, pois, conseguiram approvara acta do dia. 7 na. sessão retirou de ~In.ntl.os. Nessa. occasião ,já. tinha ido daqui a. ordem
do dia 10. 1l telegraphlca do Governo Federal, mnndrndo retirar osofilciaes
Posso confirmar ainda este facto com umtelegramma recebido envólvfdos no crímínoso bombardeie. E' facílimo... .
hontem e assignado por cinco deputados. _ O SR. JONATIIAS PEDROSA - Isto é possivel,
«Govel'oador Bíttencourt esperado ancíosamente, População O SR•.JORGE DE MORAES- E' facilimo verífícar', Além do quo
falta. garantias. Cidade famílias receíosas, Jornaes amigos lecha· no dia (:e hojc outro vapor partil'tí do porto de Man:los"
dos. Redactores coactos. Providencias urgentes. Sá Peixoto não dis· O SR. SILYERIO NERY - Talvez os telegrammasf'ossem pel30
põe nem simples maioria Cnngresso. Muitos deputados fOI·agidos.- linln. nacionalo .
Deputados estadoaes, GUCI'I'Cü·o. -BI·asil. -Grangcil·o. -Dias, -Bci- O SR. ,JORGE DE MORAES - },!:ts S. Ex:. o Sr. Presidente da.
etll·!!. ~ Repu!Jli.::a. disse-me que mandn.ri:l.· os despachos pela.Westc;o,.
Exactn.mente, o deputado Gr,\ngeiro, quollgura presente á. pttra chegarem mais rapidamente.
sessão' do dh 7, é aquelle que o Senado sabe, por communicação O SR. SILYERIO NERY- Os teIegrammas do Sr. Presilento
recebida, est:l.r homisiado no COl:Slllaclo allemão. da Republica.; mas os dos ministros. creio que nlio.
Citei oit:) nomes de deputn.dos. numero que é agora. accrescido O SR, JORGE DE MORA.ES -:- S. l~x'o j(L providenciou a este re-
de mais um, com o do Sr. Grangeiro. Allsentes cinco deputados. speito, segundo me tem dtlclarado, desejando a mn.xim::t. rapidez.
+
Teremos, 9 5= 14. E' claro que em UID,t Camarade 24 depu- M1S, Sr. Presidente, atfirmava-se haveI' ordem do Governo
tados, 10 não p:Jdem constitllir maioria, tanto mais quanto é sabido Fedel'ltl para. arrasar a cidade, caS3 o Sr. coronel Bit~encourt não
que por maioria se entende meta.le e mais um. pasSttSSú o governo ao seu substituto, SI'. Dl'• Sá. PelXoto. .
'l\IM admittamos que houvesse n:lmero, sómente para. arguo E não fosse ao solicita~5.o, em nome de ]'Jrinelpios de humn.ni~
mel1tJll·. dade, levJ,da. a S.Ex. pelos consules,qne disio la,-r.l.l'am actlt s;)·
A Constituição do Estado determina. o mod\tpor que & Assem- Iernne. e aintla. opatl'iotismo do Sr. Antonio Clemente Ribairo
bIén.. pode serconvo<:ada • Bittencourt, Manáos seria hoje um montão de rui nas, acç5.o nelll.ndn.
•\ convocaçã.o para a sessã.o extraordinaria é da oxClltSiVc1 com· que procura assentar sobre um acto que considero illegal, injusti-
petencit~ do governador do Estado ; podendo, entretanto, a Assem· ficave!.
blé adiar ou prorogar as suas sessõ~s. .Procuremos demonstraT·oagJra. que o Senador SylverioNery
O Congl'eSS(} do Amazona.s, Sr.. Presidente, devia oncerl'ar. as trouxe ao c)nhecimentoCl.o Senado, e est..1. publicada. no DiUl'io d~
suas sessões justamente no dia 10 e, segundo telegramma recebtdo COI1[fI'CSW, 11. acta da. sllpposta sessã.o do dia7.
pela Mesa desta C::.sa, o Sr. Dr. Sá Peixoto communicava. que do Por elIa. vemos que houve uma deliberaçito do Congresso,
facto o Congresso havia. obedecido ás prescrlpç15es da lei constituo que, realmonte é soberano. Dou de barato que huuvesse effectiva-
ci~~;' .' mente numero .para essa delibera.ção. comquauto já. o contrario
Assim, s. Assembléa. de meu Estado, Dem ao menos por inicia· tenha ficado demonstrado cornos tlocnmentospor mim receb:dos.
tiva. 'propria poderá. funccionar, porque disso não cogitou, tle con. Mesmo assim, parece-me que os interessados na deposição do
formidade com as prarogativas que lhe são faculta.das na lei.. SI'.. Antonio Clemento Ribeiro Bittencourt não teemrazão.
Agora., vejamos : nessas condições, podia. dSr. DI' .Sá Peixoto All~gn.m que S. gx. Incidi0 sobre o que é vedado pelo art. 43
convocar oCongres3o 1 Não. J.urid.icamente S. Ex. nito o poderia da Constituição do Estallo. . .
fazer, porque est.ã. na situaçã.o especia.l de entregar o governo Este artigo diz o se,zuinte : «O Govern:Ldúr não poderá exercer
ao SI'. coronel' Antonio Clemente Ribeiro Bittencourt, conforme outro emprego ou f'ul1cção publica, OCCUp8ol' qualquer cargo de
ordem positiva' do Governo Federal, e isso acontece exacta- eleição do Estado ou.da União, nem tomar parte em qual~~el' em-
mente porque o problema, o caso a (lecidir, ési o Sr. Dl', Sá. pI'eza individual ou commercial como membro da admlnlstraçil:ll
Peixoto é o governadol' que deve estar no poder:. E assim ca.hiria- ou como simples associado,~ ,
mos num circulo vicioso, Logo, não póde convoca.r, e ainda.que lhe Uma.de .luas, admi·ttida a,hypothese : ou S. Ex. se tornou
competisse a referida lacllldade. não a poderia pôr em pratica. por socio da empreza jornalistica O Ama.:ona.f, de'Pois qaeera Gover-
falta -de numero. Tem apenas 10 deputados e esse numero não na.dor, ou antes. Si foi de'Pois de ser Govel'nador, não ha. duvida.
constitue metade e mais um, que é o numero necessario-para o nenhuma c.1ue incide sobre este artigo, hypothese que discutirei
funccionamento do Congresso. '. .. daqui ao poucO. Si S. Ex•. já. era socio daempreza jornalistica.
. Assim sendo, estra.nhei a ordemol1 communicação do Sr. Pro· O Ama.:onas quando foi reconhecido Governador, não me parece
sidenteda Republica, em que affirma.va mandar garantir- ofunc· qUtl tenhaapplicação o ar~igo em questã.o.'. . '
eion::l.mento desse Congresso. Como garlUlt.ir, si ellenão está fuue· En me explico. Não tel~l justificativa. o pretexto ora a.ventado
eiçmando, nem púdofunceionar 11 Não ser,i. fu.cil. compl'ehender P()l'qlll:t o mQment() Oppol'tuno pal'30 que isso fosse verificado. era.
ao or~em emittida parlt garantir o funcciooamento d~ um Congresso exactn.mente qa:mdo o CCfugresso funccionoucomo puder verifi-
já. encerrado. S. Ex. o sabe, o Senn.do tambem, á, VIsto, das com· oadol'; nc,sa oecasião é que elle deveria ter cogita.do do casollal'll
J.nunicações recebidas. ~ . . , - não o reconheoer como Governa.dor;' " - ',
""""'i 'Ir
~o4rS
,- .......
~."' ....
. o congresso não poderia. ~!Ieg&r boa. fé em .~as9 tal, 111M,im~ O ,8ft •.. JoRCIE 'DE MORAES - MM, o c2l'1peachrnent nãl'l 6 AXa.ct,o.': .
quando se tra.tava de uma empresa jornalistica de finBpoliticos mente a prorogatíva -e-pecíat a que me estou refenudo ~ V. bX: v~
°
que publicava. jornal 110 prtrtido a que S. '·;x. pertence; ísto eon-
stituia. um facto do domínio publico.
bem a ísencão daunisno com (1'10 estou dísentíndo oassumnto,
O SR. SILVFJltlO NEIW-Fll.llo por hvpotuese.
Pa.ra. esclarcceivadmittamos um .~imile .. Admíttamos a hypo- O SR..10R(H~J)E MOHAES-l~u mais do que lIinC!'llem!
°
those de que Presidente da Republica. fOI reconhecido e empos-
sado desse cargo e que tempos depois se verifica não ter tido a
OSR.Slr,\'ImlO Nr-;r,.y-)<:ra melhor.do qUA rL Jl~I'da. ,lo mitIHI'LLu.
O SR. JorWE nE MOl'aes-J<.:ra melhor do que IL perda elo man-
idade exigida. pela lei - frizemos bem a hypothese -, mas no dato, caso summarío, liquidado, do que o proce-so s
momento, elfectivamente, possuo o numero dó annos exigidos. O SR. SU.yER10 NERY - MM si não ha leipal'a OUI'ocesiln? ••
Será caso de cassar-lhe o mandato de chefe da Nação ~ O.SR. JORGE DE MOI~AE~ - Nflo i o caso ue pal'da. de JUd.l1t.1:.Lto.
Era. aqui no venado que se devia ter examinado ÚSSi1 círoum- seria summarío, o Governador ficava destituido rfll.R srta!l tunecões, '
staneía om tempoproprlo; nessa hora é que devíamos torcogi- emquanto que eom o processo existiria a esperançe, de que ainda.
tado c discutld i.a fa.lta. desse preceito legal: a occaslão oppórtuna , ehouvesse juizes em Berlim••
índtscnttvelmente, ora no momento da veríncacão de poderes. O sr. S[[.\'ERIO NERY - A elncão só se faz em outubro de 1912.
Accrose: ainda que, si não bastasse a. S. E~. o SI'. coronel justamente quando termina o mandato do S1'. BlttellOOI.ll·t; e do
Antonio Clemente Ribeiro Bittencourt o reconhecimento da as- ::lI'. Dr, S1 Peixoto.
sembléa vpassada, que foi quem o empossou, tinha ainda. um reco-
nhecimento formal, positivo, neto Congresso actua1. O SR. JORGE DE MORAES - Mas dado o C:lSO de renuncia por
Esta assernbléa, rerormac do a Constituição com poderes oonstí- parte do coronel Bittencourt, (Fiem lucrava era o SI'; Dl'. Sá Peí-
tllintes. col1ocouno capitulo das disposições trausitorias um artigo xoto que continuava no poder. Foi ovque acabeí de dizer. Ropíto
... di que estou fallando com toda lscnçlo de animo.
'l;o.que iz : OS S E
« O paríodo governamental occupado pelo Governador Antonio . R. ILYERlO N.:RY - II tenho tanta quanto V. Ex.
Clemente Ribeiro Bittencourt TERMISARÁ .NO DiA 1 DE JANElRO O SR. JORG8 DE MORAES -Mil~, Sr. Presidente, admtttamoa
Df: 1913.» qnn não.possue fundamentos o (;ue acabo de expôr, Nessa. m-s-na
g' uma declaração nom' natiVol. expllclta, ímperlosa e que hypothese os ínteressados na deposição do SI', coronel Rittl'ncollrt
constitue, po;' assim dizer, um reconhecimento feito coastítuínte- não, tE: em rasão, porque affirmam qne S. Ex. se achava Ineom-
mente. patíbíllzado par'a exercer o cargo de 6overnadorpor motivo já in-
E' uma disposição ta.'<ath·a. clara, nominativa. c referente ao existente ha seis meses atraz.
coronel Antonio Clemente Ribetro Bittencourt , Trata-se de um novo ,HaVia: já seis mezes, Sr. Presidente, que o coronel Blttencollrt
roconhecímento TRR~;TRATA\'EI.. havía ced.ldo a parte que tinha nesta emnreza jornali,tica ao
Mas admíttamos que asslm não fosse. Não assistirá razão aos SI'. Adelíno cos~, segundo notas do tabelllão : e tlnto ist'l6
Interessados na deposição, verda.íeíro que o novoproprtetarío já. fez valer 'os seus dírnítos,
Exarulna.ndn o art. 43 diz elIe: e.) Govccnador não porlllrá prop.~udo \' liquidaCã? entre se~s assoeiados, conforme precrtorla
exercer nenhum ontro emprego ou fuueção•.nem tomar parte em que ju estü nesta CJ.pltal em mãos do advogado Evaristo de MOI'aes.
qualquer cmpreza industrial seja como administrador, seja com» Devo dizer ainda qne nunca existiu contrato soeb.ldessa em-
.tmples acclonista ,» preza. Aceresce que a Júrtspru.lenc'a do Superior' Tribunal de Ma-
Si S. Ex. houvesse incidido sO~.lre o queprec::itlia o art. 43, náos, de accôrdo com a do. Supl'.Jmo !ribuna~ ~a Republica, já.
forçoso é convir que ao peua. cumlllin~da uão ahb no texto d:.lei. havia: decidido que o re(el'ldo jornal nao C.o~stLtU1a. empreza com-
No mesmo ca.pitulo, no al,t.4li. "emos que -- o Goverua- m~rcla.I, cvl~lirma.ndo .as~1Ul a sentença. do JUIZ do. clve!. ..
dor c o vice-srovern:tdor não poderãJ ro.idir rúl'a da capitL!-e .. Ma~, o IllCt.) a s:l.lteotal' n~3te_caso. ~o da mcompatlb1lidade
accr(>;:centa immediatamente-sob lJCIW cle lic1'/a rio C:Il·!/O. O art.. 43 IHt\'e~' Sido ,~llegil.úa, quando .lá nao eXIstla, .
preceittla. como O) dem'!.is arti!!os,qne se referem a tolas a, olltrM .1 j<.rnaiJl'Ll doann~ cOL'rent~. <? corone.1 Blttencourt cederJ ~11:L
COl1~a.;: que o Governador não póde f.4zel·, por disposj~i ro IlSP(! ~jal pal·te n~ ~~preza do ./orna.l po,ltlCo..HoJe procuram provar 10-
e que impol':a.l'iamem infrn,cç1io de pI'eceitos coniltitu :1 (lJ1:ws • compatlblbdilde pal'a o cargo. de. governador .cxactamcllte cOJ?l.o
Neste caso,.teri'Lmos de recol~rer ao c Lpitulo da-Re~poos'l.bi- ~ocumento que.prova á luz meledlaoa. a ausencla de incompatIbI-
lidade do Governador _ que, "m seu al't.51, r()za: uSi\) Cl'Í,I1Cs hdadll. de exerClcio ! ! I
d0 rCiponsn.bilillado o~ actos do Govel'nttdoL' que ATTc;roíTARlm C0:-i- A pl'~\'a apresentada·. PRWA EXACTAMENT'E o CO~T~ARJ).
TRA A CON''l'lTUIÇÃO». . Sernnd?-me d~s pa.lilv,ras do f.tmos.o art .. AS. dlre} que o .cn.-
Nest,(' caso, o procassoé uUI,l·O. Não hav.~ndo na lei saJcção rooel Ant"m~ .c. RlbClro BLttencoul't fOI comnder:l.:io lDcom':Jatl"el
(lxplicit.a 011 pena. C!'(\ ulLturtt! c in; ispel,sa,,·el que appJ.rece,s.; uma. para o exe.rCllllO do cal'go de Governador do Amazonas - pOI' n:Io
lei esclarecendo-lI, e esta não podlu deixar li(' sa' a do i.ro~es.,o. T~>M '.R PAUTE e"l nenhuma EMPR!E7.A INDUSTRIAL OU COM1I1ERCIAL.
A~sim. ve;amos ;l.~ ditlic'lldades que ha\'eria para0 Sr~ Auto, "Ciil ,.el·, M,E:'WRO DA AOMINIS'fRAÇAO ou SIMPLES ASSOCIA.DO, de cousa
nio Clemente Hibeil'o Bitteocourt. alguma. ! .
Dir. o neto 5~: «Nestas concli<,ões,o Gove1'Oa.dor Será submettido Pela elCposi~5.o 'lueacabo de fazet:,. fico~ bem.evidencia~o que.
a proce~so e a julfalllento, úe9Qlsque ~L Camal';. ,lecla.rar pi'o.:euen· em tO,lns :l~ hypot'leses f()r~uladl!os, nao assIste ra.zão. aos lUteres-
te a accusação, uel'í1.lIte oSenado. nos crime~ de l'espJIIsi1biliclade.» sn.dos no mOVimento l'evoluclonarlOque .ba.rbara. e. !lolentamente
Admittarnrs (jUd houve nU11leroc foi recJuhecilla CO,l1J pro. a1fn:stou d;" ~o"e~Jl() do Amazonas o honra.do. C1dadao o. SI', An-
cetlente a 1tt'cusaçiio. tO.IHO C. ~l.lbelro Bltte.ncollrt. Não padece duvlda~ qu~ fOI um pre-,
O pl'imtlil'o embaraço está em sel' elle prccessalo 110 SenarIo, texto mUito m!!,l ar;hl~ect~(l'.l e ':ll1e longe estão de Just1ficar.os hor-
porque; !)elI\8 disposiç,ões tl'iLOsitorias, SabJlIICIS que as pl'.rnei;·;I, 1'01'e·g cOI'l:lmettJdos no lnfehz Amaz~~as! (Mudo bem; 'I1W!to bem.)
eleil:ões para Senarlol's~11i.fJ l'oali,r,da.:i a :::0 ,:13 outlll:iL'v de Iv12,
jSto e, não existll 8enado p.-I'ante o qua.l :;. Ex. tle\'.' J'es.1onder. DlSGUll.SO PRONUNCIADO NA SEssI.o DE 31 DE OüTUBRO DE 1910
O Slt.A. A?EkEob-Des:,:", modo )lllIlCiL p;)dl3l'á. SJl' PI·()cJssado.
O SR .•10RGr: l'EMOItAi,;;l-NfcO apoiu.uo.EIlt-:o pa.ra qlU ::1(;1'\"6 a OS1·. Gell.e1'oso l\fa1 (I Ue s .- Sr. P1'83idente, ao
1O

;,o1.1spensão? entrar em 3a ili~cussãoo ,projecto lI:.ie sulJmeLti á... considcl'aç:lo do


O SR. A. AZERBDO-E' tL conclu,ão do que V. Ex. acaba de S\1nado, validalldll os casa.mentos e1l'ectuadoS 110 .Est.'l.UO do Paraná.
dizer. . llC!'ante autol'idade. nomeaJos pelo go\-er.ao reVOlllt:ion'u'io .110 pe:-
O SR. JORGE DE MORAES....Não é tal. EUa fic~ria susj:tenso. rio.ln da janeit'o a maio de 1894, o bonr..Ldo S~t::.ldor pelo Distr-h:to
O 5H. A. AZl::RJ,:oo-E' V. Ex. quem assim conclue. F()(l~ra.l, cuja. competencia em aSSi.llUpt08 juridiclls todlls reconhe-
O SR. JOIWl:: nE MORAES - Tira.rei conclusõJS como en- cem..• '
tendeI' o meu raciollinio. O SR. OLIVEIRA: Flt.UEIRElJO-Apoiatlo. .'
O SR. A. Ar.EREoo-Então, quemvae prOCêssn.r o Gove1'oador7 O SR.GENEROSO MARQUE8-... t'IUldamentou um substitutivo qui
O SR. JORGl:: 1>l:: MORAES-V. Ex. não qU:Jr ou\"il'·me. tinh:t pOl' fim dar como interpretativa do art. 75 da lei <lo casa-
O Sl~. A. AZEHEDO-Ao contrario; estou ouvindo a V. Ex. mento civ.il, uma fÓl'ma geoerica que. abt'angeuJo .as 'lHdu,,~es
O SR .•10RGt; Dl:: MORAES-O primeü'u cmbal':J,ço :5er1a. o do Se- p1'evistas pelo projecto primitivo, oomprehendesse tambem outros
nado que não existe, e ose~undo, sel'ia o do proces::lo, julgamento e casos analogos que podia.m ter o;:cofl'ido.. .
Ü11pOSlÇão da pemL nos crime::l de responsabllitlade por lei especial Esse substitutivo foi, na fôrma do Regimento. enviado com o
uo Congresso. Não existindo essa lei, quel'el'éi o facto significar que projecto , commissã.o de Justiça e Legislação. Esta, que já tinha
o Governador pog~a commetter todos oscriroes possiveis, sem ser apl:eseotado o seu parecer favoravel a.o pl'Djecto, aliásjá appro-
procossado ? ' vado em la e 2~ discussão, reconsidera.ndo CI seu primeiro parecer,
. Chego agora ao ponto sobre o qual o honrado Senador por acceitou a 1'61'ma pi'oposta pelo nobre Senador, mas modificada.
Matto 61'OSSO fez a sua observação. '. . em uma outra emendasub.titutiva pur eUa Jorl11ulada., depois du,
Não, pOl'que decretlLda a pl'ooedencia da accusacão, o Gover- ooosideraçõesqu8 lhe fOl'am Mtas pelo novol'cllltor, nosso iUUllt~
nador fica.l'ia suspenso e o seu subltltuto legar tomal'ia. posse do col1ega. DI'. Ta.vares de LY1'a.
ea.rgo. " , . .' . Temos, pois, tl'esifórma,s propostas pal'a, asoluçipdo caso: a.. do
O SI'. SILVERtO NERY-Seria muitomelllor para0 Gover~a.llor Pl'oj(loto, a do substitutivo. do.nC?bl't? $en8~or pelo ~ilil~ricto Fed.el'a~
e pal'a, os lunigosdo.Dr. SlL PeilotofQ,~el' o empeachwml., e a'do lubstitutivo da COm1JUlISlllt Ill) J~"~l~ • Lesl~~~Çi~.... ; .
r
Esta. aimpleuyn0l'S8 'basta para. mostrar a impoptaneia e:.. . ~(lrdigã(t Mf1lheiro.. Teixeil"a de; Freitaa..aou~l'Qs,.porém, e~\.
difficuldade da materIa. e a. coDsequent. nece!sidade que tem o Se.- tendiam que assun .nio era.' e sustentavam qU& aqueUo. lei era
nado de que seja o assumpto.bem eluoid&do JUlj ocoasião em que' vae a.pplicavel aos. filhos naturaes nascidos al!tes della, mas cujos paes.
elIe Pl'oferiro seu ultimo voto sobre alle, filJleceram depols,. nlo sendo, porém, appllcllivel d.quellescu,;os paes
Em um ponto, porém, estamos todos de aocôrdo-éo da. neees- fallecel'am depois, porque estes ,já. não podiam fazer o reconheci-
sidade de uma disposição legislativa que dê remedio ao. mal a quo mento. pelos unícos meios prescríptos .pela. nova lei.
veíu acudir o projecto e para. o qual elIe pediu uma provídencíu Esta. ultíma foi a, interpre&açã() ârmada.pela jurisprudencia dos
que só por meio de uma lei federal podia ser dada. nossos tríbunaes.
A razão pela qual o nobre senador pelo Districto Federal n110 Ora, SI', Presidente, a que factosIría ser applícada a dispo-
deu pleno assentimento :1 redaeção do primitiv:o projecto, foi, siç5.o doprojecto em debate, uma vez convertido em lei 1 . .
segundo aqui longa e proficientemente expoz, o lho pcreccivpelo ouaes eram os factos que essa lei tinha em vistl~ regular?
modo pOl'que estava. redigido o projecto, ter este caracter reiro- Eram os casamentos de que trat'l. o projeeto, cujos conjuges
actívo, se achassem na posse dcssevestado e dos díreitos dello decor-,
. rentes,
Qner me parecer. Sr. Presidente, que o projecto não padece Os que fossem vivos ao. tempo da execucão da lei, ,,"ozal'iaIl1
desse defeito. •
Sabem todos que se dedicam ao. estudo de materias desta das suas disposições, jlL na observancía <lo rogimen matrimonial.
ordem que nãoo basta, para. ter uma lei caracter retroaetivo, q'ue <IUO tivessem adoptado , j(L no exercício do patzlo poder a de todos
os outrcsdíreítos decorrentes do mutrímoulo ,
ella. tenhadereger- factospreteritos. Se assim fosse, retroaetivas O patrirnonío dos quo tivessem fallJcÍllo nesse estado, uma
seriam innumeras leis que sanem incessantemente do Parlamento e vez reconhecidos por le.i validos os casamentos, passaria aos seus
são promulgadas, como as que, ainda csteaono, foram votados I l' , t t· id I b .1
nesta. Casa relevando de prescrípção devedores da nação.rremít- ierueiros como SI os casainen os rvessem S10' ce e raaos perante
tindo dividas e até díspensundo de indemnização empregados ãs- as autoridades legaes, .
caes incursos em desfalques. Onde, nestes casos, a. olfens:1 a dlreítosadqulrldos t
Inconsütucíonaes, por semelhante defeito, seriam igualmente Uma ou outra hvpotheso, é certo, poderla occorrer, como a da
muitas leis do antigo .regimen, como a lei das terras, de 1850, um segundo casamento, Iembrada rpeló nobre Senador, hypotheso
mandando revalídar as posses que reunissem os .requísítos de cul-, 'muito ditllcil de suco -der, mas possivel , Fícurlam outão, conforme
tura elIectiva.·e morada habitual, declarando nullas (cahídas em as circumstanelas, CS5es factos excepcíona-s suiertos à. apreclação
ccmmísso) aquellas que não tivessem estes requisitos. dos tríbunacs sem que a lei produzisse mal algum, porque, si da.
Todos os autores que teem tratado desta matería dizem, e é s~:J. ap~,I,icnçJ.o.a esses casosresultasse oüeasa a. direitos adquiridos,
- I . '. 1 . , . t .. é nuo SBll,t applicada ,
mesmo 1!omanoçao vu gar, ~u~, para q?e. a 61 seja re !:.oact:lv~, Digo, Sr. Presidente, quo essa. hypothese dífâcílmente suece-
neces.sa:r1o que vá otrender dlreltos adqúírldos. Eo que.sao direitos dería porque-não é muito avultado o numero. de casamentos, ao
adqUl!:ldoS1 . 'buscar _. di , cujos coujuges possa aproveitar adispcslcão desta lei. tanto mais
Nao é preCISO ql!e -yamos . uscar a noçao nos trata ístas ate- quanto o lapso de tempo cm que elles íorarn-effe rtuados é m ·t's-
mães, francezes e Italianos; que se teem occupado 'Iongamente . l' . tres ,t . . ., . s , O' ... ct:, . '. UI I
desta questão sobre a qual um dos autores citados pelo nobre simo Jleve ... res ou quu ro !~l~r.eS apenas .• ra, desses casameEitos.
'. . t 1, I o . d' . uma parte .1(~ deve estar l'atlflclcla de :J.ccordo com a. resoluçao do
~enador pelo Dlstrlc o Federa, Las.a11e, escreveu ous grossos "'0- Superior Tribunal do Justiça .do Estado, resaluçfio da. qUtLl dai
lumes. t ' .. '1' ' t . d.·· 'dcouhecimento ao Senn.d~ na oC::lasiãoem que fundamentei o pro-
Temos, en ~e os CIVl;1stas pa.rIos., uma as matores ~utorl a~ jocto. Restam.plJis, sómente aflllcllas que, ou por ignorancia dos
de~, o ~o~selhel:o .Antomo Joaqmm RIbas, que, no seu ew $0 dc.Dz- contrahentes ou por tlesitliaou par' flU íl.hlU 91' c'rcumst' n' da
'·CltO. CIl:tl B"a~zlez:o, trat01!o cx.p)'ore$~() d() assuII!.pto, c~egando:1.,;1 força maior não foram aiuda i'atifica.dos. 1 . <1 ela
$el!umtes c~nclusoe9, depOIS de ex~oras soluçoes ensmadas por QU<1.nto a estes é de pl'esumirqueos conjugeseste}tm satis~
Dalloz, Merlin, Ducaurroy c Ymbert • feitos com o sou estad0, por1lue. nio foram ratitical-as perante a.
1 S · ·t t'd I t I d"'t autoridade legal, seguudl\ aconselham a1u 31la resolução, digo-
«.0· 1 omamos.em sen 1 o. a o as pa ll.vras - WCl 0$ aconsclhou-p.lrquc o tribuQ~~1 nã.o podia oreloll:tl', como fez. Elles
4tllltti)'idO$, isto é, como syuonymas de direitos que possuimos que não fizeram essa rJ.titic.Lçã) é ql10 con~ideral'a,m ossous c:J.sa-
muito deUes- poderão ser modificados 011 abol.idos pela loi mentos v:J.lidos, c neste . ca.so não iriam contra..hir outro casamento.'
no'Va sem quebaja rectroactividade. d
2. o si as tomamos em sentido restricto e technico, isto é, arriscan o,·se a incidir na ::sancção penal, ou antes com receio da
como synonymas de direitos nascidos de factos consummados incidil' nessa s),ncção. .
on de contractos perfeitos e aca.bados, na phrase da Orde- Portanto, é muito de crer <lue nãoba.ja. um sócas:l.mcnto M.
nação, a lei nova uão póde intentar abolil-os, ou moditical-os, condições oscepeiúnaC's lembradu.s pelo nobre Senador. Si, llor2m.
sem incorrer na. pecha. de retroactiva c. conseguintemente, houver, resta pal'a garal1tli~ dos direitos adquiridus o jul"amento
de transgressora da Constituição » . ' dos tl'ibuuaes como aconteca com a citada lei de lt'47 o ()Ufl'aS, que
teem suscitado du vida.s semelhantes lia. sua. oxecução.
E' este ultimo, sem duvida, o sentida em que deve sal' tomac1a POl'estas razões, me parece que. por esse la.Jo, o projecto nito
.. disposição constitucional quevoda, tanto á Unifio como aos Esta- incide en; tiefeitopel0 qua.! deva ser rejeitado.
dos, prescrever leis retroa.ctivas. O no,.re Senador, no intuito muito IOIIvavol, e que lhe a"ra-
Msim entendido esse principio, será. retroa.ctivaa.dispo~ deço, de não deixn.r sem uma providencia os graves intercsses~ da
sição do projecto que diz : Sal) validos e produzem todos os seus ordem publica e particulnr, que o pl'ojecto tem em vista salva-
e:ft'eitos os casamentos effctuados bane (ide no Estado do Paran<1. guaI'dar, estudou l~ materia em faee da le~islaçã.o actualo aclloll
durante o periodo revolucionario (janoiro e mai() do 1894), pOl'ante que por uma disposiç1io da propria lei do casamento civil, são vá-
os cidadllos que occupavam, embora sem investidura legal. os lidos os ca.sa.mentos em questão; com o que nào c..ncordo.
cargos de juiz e eSClrivãode casa.mentos, uma vez quo o respectivo Essa disposição é a do art. 7:5, do n, 181, do 2·1 de janeiro do
acto tenha sido celebrado sem intracção do lU'i. 61 do decreto 1890, que lliz: «Quantlo o casa.mento nuHo ouaonulhwel lar con-
n. 181, de janeiro de 1890» t trallido.de boa fé, produzir~ os seus elfoit~s civis, quer em relação
E' fóra de duvida que para. se investigar si uma lei tem ou não aos COUJllitcS, que om rclaçao aos filhos, alllela que elises 10ssem ha-
caracter retroa.ctivo, istoê, si 01l'ende ()u não direitos aJquil'idos, vidos antes do mesmo casamentu».
deve-se ter em vista os casos a que elta vae ser applioada, em sua Achoque esta dlSposlI.ão não resolve':I, questão, porque ella.so
generalidade e não em um ou outro. caso excepcional, <.lUt:l. como refere~o casa.mento uul10 ou auuu11avel, conflJrme os diJi"ne a pro-
muito bem disse, em a.parte, o iUustre presidente da. Commis,;ã.o de prla leI nos seus arts. 61 e 63, que nã.o compl'ebendem a nullidada
Justiça. e Legislação, s6 :pOde ser toma.do em oonsideraçã.o pelo p()r incompetencia do juiz.
Poder Judicin.rio na ocoasião de ap'Plioar a lei. S. Ex., prevenindo esta. objecção,disse quo el'am nu110s taes
Muitas das nossas leis teem deixado de ser applicadas,con- ca.samentos por força da disposição do art. 108 da citada lei
forme a. interpretação, a certas hypotheses, por obediencia. ao pre- n. 181, quo preceitua:
celto constitucional da não l·etroactividade. . «Esta lei começar<t a ter execução desde o dia 24 do maio
Lembro ao Senado a. lei de :2 dJ setembro de 1847 estabecendo. de 18DO, e desta da.t::'.. em deante Só sal'ii.o considerados válidos 03
como unico meio de prova..para a. legitimação dos filbos naturaes. casamentos celebra.dos no Brazll si forem de accõrdo com as suas.
a escriptura publica. e o testamento. . disposições.» ". .
Entrando em execução, essa lei deu immediatamente logar Acha S. E:t.que por essa. disposição são, nuUos. a.qua11es casa.-
a uma seria- de- duvidas perante o principio da. não ratroca.ti· i mentos. .' '. . .' .
?idacle.. . . I. O SR. SÁ FREIRE-Todos os casa.mentos que não são·feit03 oon-
JurisCoDsultos da. autoridade de Ribas a Paula. Baptis~a. eDten- forme as disposições legaes são nullos. . ,. . •
• a..·cvze., ,esl8 lei. aio JIO.dta .ap~ca.' el a081Uho. ~as~id08. a.ntes '. O S.R. GE~!lROSO MAR~uEs-Penso .que não é .oom fundamento,
ceraçloe DlUICimeDW!i
S81".

tu_
. . 8ft. ~lga~o, porqQ8'~ ·dil1&m eUes,· . . . ·toiDba.m OI seus Be8sa-disposiçao'tue elevem 8e1' ·lOflS[demdwlllW101. esses oa.sa.-
'ilireit08lic1t1llrí4i» em lO.IlIIq,uacia. '.0011I11_ _ êa, sua, mentos, porque Mla. se'recem '. evideDtemeDte, ao cuaQleJUa. olYil;
por opposição ao oasa.mento rellgio~o. .
. .
o ~R. SÁ. FRlrntE-Nãoa.poiatlo.
'

. Quando1'andamentei'o meu Jlro~ecto,·solicitei aos meuscol·


o SR.GENER!JSO MARQUES...,...VOU mostrar aY.,Ex. que não é leBasa sua eolIlIibonaoão. pa.ra decretllo1'm08 uma. J.ei r!l~ víesse dar,
o~troo pensamento dolJgislador. O paragra;pho uníeo deste artigo remedio áquelle estado de cousas, que está cla.mando por provi-
dIZ -eque fíea, em todo caso. salvo aos contraheates observar, antes dencia legislativa.
ou depols do casamento civil, as formalídades 011 cerimoniaspre- Resta-me, pois" uma vez que o meu appelln foi tão gentil..
soriptas para. acelebração do matrlmcnío pela religião delles .• mente attenriido pelo honrado Senador pelo Districto Federal e
O ~R, SÁ FRElRE...,...Entij,o a lei não Coivotadapara ser obser- peh honrada Cornrníssão, agr~decer~lhes o concurso com que
vada ~ Desde que não S3 observe a lei o casamento é nuIlo. assím me auxílíaram para a adopção desta medída, ,qae vae am-
O SR. GENEROSO MARCiuEs-Mas o artigo eID que esta lei define paraI' algumas das fa.milías pu-aiaenses nos seus ma.is sagraú~g
a nullidade dos casamentos, 'nfio li esse e sim o art.. '61, interesses periclitantes até o momento em que esta. provídencía
Si fossem, por essa disposição do art. 108, nullos todos os casa- fôrconv:erticla em lei. (11[lI·ito bem; muito bem..)
mento~ em que nã9 se observassem as formalidades prescríptas
pela lei n. 181, então seriam nullos ,os casameut-s em quo tosse
o!:nittida, por exemplo, a publicação dos proclimus, f,Llta estaqne
mzo determina a nullidade do casamento, Portantoessa disposição
nao serve par-, o nosso caso.
CAMARA DOS DEPUTADOS
_ _ _ _ _a._ _

O SR. SÁ. FREIRE-V. Ex. dã-rne licença para um a.parte '~


O SR. GE:\'ER"SD MARQUES--Poís não.
O SA' FREJRE-POI' '11.18 motivo sito nullos o, casamentos ceie-
trnd'Js no Estadodo Paraná ~ Em virtude de que disp03itivo' Presidida pelo Sr. Bueno ,dePaiv.:t, pl'esentesos srs. i 'n.t~ü.o
o sa, GE~ER',SO MAR(JUEs-Respondoa pr:!rg'unta do honrado Carvalh1lol, Erico Coelho, Home;'oBaptista, O'lrdoso de Alm3ida.,
scna.ror com o q ue j(L eu disse quando fundmienteí o proiector São ' . d' b t d I
nullos em virtude do principio ~era.t de direito que declara nuí- Francisco Veiga, Sergio Saroya e Alcín o Guana ara, es eve reuni ai i
los Oi: actos praticados POI' autorulades incompetentes. no dia 5 do corrente, esta ccmrníssão.
O SR,. SÁ. Fn.WtE-Logo, V Ex. não póJeacceit<u" osubstitu- Foi lida e approvada,a aeta da sesir,o anterior.'
tivo da Ccnunissão.
O SR. GE:-:EROS'1 M..U:'QUEs-A~ceito. Lá chegaremos. A Com- Foram apresentados, discutidos e assrgnados os parecel'eS el:t~ ';
missão turnbem reeonh-ce nullos p.esumptlvarnento os casamentos
em questão e nãopo -díspoaícão expressa ({:L lei. borados pelos seguintes relatores:
A f1irmaintel'pretativa, lembrada. pelo nobre Senador. com as SI'. Carâoso de AlmeidCf, com projecto, autorizando o Pl'e-t~-~
modittcaç.ies I'cita,p"l1\ commís-ão, eu não a recuso, Aceeíto-a,
mas não pela. razão que deu S. Ex. dente da Republica a abrir ao Mil ísterío da Justiça e Negocios In-
TCIl'lo havl.íouma resolução do Superíor Tribunn.l ele Justiça teriores o credito de 50:000$. supp'emeatar á verba. n , 37 do
n'l E~t.~,lo U0, P,U':tl1it, ,declat';tnLlo nuuos esses casvmentos, acha
S. Ex. que Ú l1[)::e:s:wia. uma drsnos.eão leg'i·;li~tiYa validando-os. art. 2" da lei orçamentarfa em vigor, para. pagamento de des;eza.
O SR. SÁ. FRllRE- [u não dissesó por esta. razão, mas por com o serviço eleitoral i regulando a emenda offeracidana 2$ dis-
causada duvida que paira.
O :'R. Gr.:-:EIWSO MARl,UES- V. Ex. achavao remedío na pro- cussão do projecto n , 134, de 1910 i cem projecto, a.utúrira~ldo IJ'
prla di-posiçào do a! t. 75, da. lel vaetual. Mas corno o Superior Presidente da Republíca a. abrir ao Ministerio da. Viaçã.o-eObras
Tribunal du meu E$t'>dotinhL declarado nullos os casamentos e
dnhi podiam resultar grandes duvidas sobre o reconhecimento da Publicas o credito extraordíaarlo de 46:516$866, para-o pagamento
valid.ide uosses casamentos, achava conveníente que o Congresso de despezas com a exttneta Comm!slão Cen.tral de Estudos e CO:1~
decretasse uma lei interpretativa duquelle artigo.
O SR. si FHE!RE- Z'ilo foi só pelo motivo da decisão do tl'i- strucção de 'Estradas de Ferl'O i com projecto, autorizando o Pl'eo(
buuil, mas [lela duvida. que paira nos éspiritos em virtude desta sitiente da. Republica. a. abrir ao Ministerio da. Guerra o credito
decisão.
de 2:iOO$, sendo 900$ extraordinario e 1 :800$ supplementar
O SR. GE~F:ROSO ~l\RQtrES- A 'Principal razão mepal'oce que
~ o cSLa,lo ie inc:ertez. em lluO fieamos diNitos da. ià.milia em re· á. vcrlla n. 5, do art. lI, da. lei n. ' .22], de 30 de dezembr()
L\,}àd a nsscs casalllento. ~ de 1909, afim de occorrer ao pagamento dos vencimentos do
Assim. SI'. Presidentp,aclJo pl'eferi'"cl a f6rmub inriicad3, não
porqne o projecto (l.t~ente contra u princi pio da.nãoretroactiviuade, professor de geometria, e desenho, Agripinianno Barro'. do ex..,
mas porqne ella. abr'an~e, em sua genel'a.ld:tllc, outros ca.so., seme- tiucto Arsenal de Guerra. da. Bahia, desde o dia. 6 de julho.,
lhante~, que tenham occorrido ou po'sa.m occorrer. E lembro de
momcnta ao SeDa lo quo é bem possiyel que no Acre se verifiquea de 1909 a.té 31 de dezembro do corrente annno) com pro-:
tall'espei"o a mesma -ituaçã.\) que so deu no Paran:l. O Governo jecto, autorizando o Presidente da Republica a abrir ao Ministeri~
l'CVOlllCioaal'io destituIU, si nio toda.~, aLgumas das autoridades
lo::a('s, a qu 'm compotia. presilllr aos c:asa!ll,~ntose a.s autoridades da Justiça e Negocios Interiores o credito da 3:Ü'l5$714, sendo
qn· as su!Jstit-Jir'al11 eSLãoeivadas uosmesmos uefaitos das autori- 2:285~714 supplementar á verba n. 31, e 730$ á. verba. n, 16, dQ
d~d s elo Pa.r.Lnâ, nomo;l.d:lS p:'lo Governo revolucioD1.rio.
Eis porque a fÚl'ZUltli1 generica, proposta pela Commissão, a art. 2' da lei doorç!l.mento vigonte, pa.ra. o paga.mento de S:l.l!1riofi
cujo (J"tudo a.s~bti, me pa!ece, mais cnnvenÍJnte. E prefiro a dos auxiliares de cat:J.logaçãoda. Bibliotueca.Nacíonal e dos oIJel'arios
omenda substitutiva. da COIDlUís,.i'io á. doh,.nrau! Senador, porque
aqu ..Ua eXIg0, como conelll;·ã.o d'L validnde doss ~s casamentos, que da Casa de Correcção, nos termos do art. 41 da mesma Jei;com prol'!
tcnaam sillo elrec:tuaUl.S perante autcJrida.ue qne, em raz:io do jecto, autorizando o Prasidenteda RepubIíca a abrir ao Ministerió
cargo, et',L competente, posto que. nã.o se achasse deUe investida '
legalllle:Jte. da Fazenda o credito de 40:000$, supplementar â verba. D. 24, do
Esta. con:liç:ioestá. contida no meu projecto quando diz: cITe- art. 37 da lei do orçamento em vigor, para. pagamento de ajudl\~
ctUc!(IOS pel'ante 0$ cidacl,Tos q1/e exe"ciam as funcçües de jtli::;esa de custo até o fim do corrente a.nno. \' _
esc/·it·,;es de casamentos, p01!lo que sem investidm'a legal; além de.
que o SUl.stltutivo d;t Cornmisstio disp(\fi,a sá.bi~mentC a disposição SI'., Gale/io CCll·va17~al, favoravel. 1\ emenda o1l'erecida n~
qO pr"'jecto do honrado Senador, quo exigl) DO'"O l'egistro para. a 3" discussão do projecto n,312, de 1 9 0 9 . .
valiúa'lo desses casamelltO~, uma vez Ilue ao dísposiçãu interpretada
(ar~. 75 da. Lei do Casamento Civil) uãú a exige. Este a.rtigo deixou SI' . Aleillào Guanaõara, com pI'ojecto. autorizando o Go':
a prova. d,L boa m aos mOi os ordin:trios dedh'eito, não determinou, verDO aconcedel' a aposentadoria. a JoséBarboza, ex-servente dÓ:
pur d,ispcsiçto, oxpr~ssa, uID!U0do especial.de ra.z~r·s~ essa p~'ov:::t. Tr';bun"l de cont"s, "com os vencimentos do seu ca,rao. desde, qUlll, '.
E', POIS. logico quo sedClxe a esse$ meIOs OI'diUal'lOS de dIreito ... '" .. ~ 'iI

a prova de queos casl1mentosem quostio foramcolcbrl1.do,~ de seja. prova.da ::t sua invalidez i favoravel ao pl'ojecto ,da Commis~:
~m . , ,
Penso que de ...eser decretn.da a. disposição como interpetrativ3. são de Diplomacia. e Trata.dos, approvando a Convençãoooncer.nant~,\
porque; si o legislador tivesse prevIsto casos semelhantes aos i permutação de encommenda.s postaes entre Os Estados Unidosd~
occorridos no Paraná, para osquaesfoi PI'Opo,ta. a. providencia. do Br~zil.e.o Imperlo, Al1emão, 'assignado no Ri,ode Janeiro ,a 21, dé:,i
art. l",do meu projecto, segurameüio teI-os-illincluldo'Da dispo-' - ..
siç:iodo art. i5, da lei n. 181. :". abril de 1910, podendo, ilIara .a. sua execuçiQ, .a.blir o Gosrarno o~
Assim,p, eDSOqUe,a~c~,ittl'ndo'evotand, oopro,,~ecto~I1bsiitutlVO. neceaBa.rios credito!' lfavora.~.el 800 projecto da. mesma. ~ommi~l-.
apresentado pela.·OOmfnI8Sao,·oSenltdo -r,~ol'Ver,tt perfeita.mente os. _ ~ _ ~ ,
calloINlo'Pa-ranl, , . " ',' _., . ·sao;'tI.pproTando a'COnveD9I01'801'a. a pe1'1D.utaçao de encomm'!\.~J
.....
r·_.--".;Ó~04.i!J'
. "'., ~--~.:-_ ..,',. .',1,r"" ~;.•" .s
Tpostaescntre OS EstadosUnid.os do .Brazil e os Estados Unidos da. ,.daurgencia sl!licitad::L por um Sr. Deputado, para a. diseussãode
uma dada moçao. '.
I, AmericlL do Norte, assignada no Rio de Janeiro a 26 de marco de Eu disso que o ha.Yia feito, no intuito de verificar si eft'ectiv:t-
r,
I ... ,', ',', .
19l0,pa.l'a cuja. execução fica o Poder Executivo at~torizado a abrir mente a interpretação que V, Ex. daria ao Regimento, nesse par-
tíeular, 8eria a de me conceder a palavra. para esse fim.
Los necessarios creditos. O meu intuito, Sr. Presidente, não foi absolutamente verificar
siV. Ex, estava ou não na intenção de dar a devida interpretaçilo
O Sr. Presidente fez a seguintel1istribuição: ao Regimento. Por outra: eu absolutamente não duvidava que
Sr. LY"a Oast1'o, raquel'imanto de D. Anna Lina. de Castro Cor- V.. Ex. desse a interpretação devida ao RegimeOLo.
r rêa, víuva' do lo sargento reformado do Exercito João Alves da Não foi, portanto. por desconfiar do crlterío que presidira li.
I ,. deeísão de V. Ex. que eu pedi a palavra naquelle instante.
; ~ilva. corrêa., pedindo pensão, Alguns eollegas da maioria acercaram-se de mim, naqúella
;r S,,, Galel(o Oa"Mll~al, projecto da Commissão de Marinha e momento, e afflrmar.J.m que V.· E~. t em tal sítuaeão, não me con-
z, cederia a palavra.
~uerra sobre commissariosda Armada. Abs~lutamente não foi para pôr em prova, o criterio, a slzu-
S", Se"gio Saboya, projectodaCommissão de Marinha e Guerra, ~ez, a clrcumspec,ção com que V. Ex. dirige os nossos trabalhos,
~t~rprei& o Regimento, que. pedi a pa.liJ.vra naquelle momento,
.obre a Escola de Guerra. do Rio Grande do S111. sinao . para convencer os coHegas que affirmaram que V. Ex.'
,:;.' S,'. Bueno de Pai1Ja, requerimento do Dl'. .rtrâo Pedro de nio teria esse procedimento. . . .
~tldevia esta.explíeação, para que V.Ex. não.suppuzesse quo
·t Aquino, director do Externato Aquino. eu. tlD)1a o pensamento, que se me poderia attribuir, de duvidar do
11' sr, Oa"dOlO de Almeida, mensagem do Governo, soliciiando os crlterlo com que V. Ex, se conduz nessa eld eira.
São estas as palavras que j ulguel do meu dever tra.zer ao co-
\ oreditos de 22:896$773 e 85:800$ ao Ministerioda Fazenda. nhecimentoda. camaea, para que freasse claro o meu pensamento,
iclf· S,,, .Julio d6 Mello, repres~t1tação 'do gremio da Eioola Poly- naquelleinstante. (Mujto bem.)
Em segaída é apPr.:lva.da a. acta. da 893Sío antecedente.
i technica da Bahiá., pedíndc manutenção elo auxilio que lhe é ~a.do
i....pelo orçamentovi,ente, O l!!h·.Pre.ldente-Pa.ssa·se á. leitnra do expediente.
'~

O Sr.El1z~blo deA.ndl.·ade (30 Sec/'oCal'io, .sel'vindo


Oomm18sâ.o. de Petl~õe8 e podere. de tO) procede á. leitura. do seguinte .
.;-;. Esh Commissã.o, não se tendo reunido hontem, por falta. de nu- EXPEDIENTE
\-m-ero lega.I, reunir·se-ha. hoje, do 1 hora d~ta.rde, para. tratar de omcio:
!.asl\1mptos que lhe estã.o altectos. .. Do Ministerio das Negocias da. Fazenda, tl'ansmittindo a se-
guinte
MBNSAGElI:
88. SESSÃO EM9 DE NOVE~BRO DE 1910
ses, membros do CongressoNacional-Tenho a 11onra. de passar
itn!:SIDJilSCIA. DOSSRS. sImo LEAL, 2 a SECRETAl\IO, SABISO BARROSO 4s vossas mãos a inclusa exposição de motivos que me foi apreses-
_. , JUNtOR, PRESIDENTE, sumio LE.\L, 2' SECRETARIO, EUSEBIO DB tada pelo Sr. ministro da Fazenda.
ANDRADE, 3~ S&CRBTARIO Julgando da maior proeedencia as considerações ahí adduaídas
submet,to a.ovosso el~':.ado crite~io a emenda proposta ás indicaçõeS
, . A' 1 hora. da tarde pro3ede.ge do .chamada, a que respondem os sugger!das na expo~!çao de motivos que acompanhou minha Men-
'I'SI'Il. Sabino Barroso Junior, Simeão Leal, Eusebio de Andrade, José sagem de 28 de a~rll do corrente anno.
holda.ria, .Ferreira Penaa, LY1'a Castro, PassOI .de Miranda, J ustiniano Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1910,890 da Independeaclae
\~Sel'pa, Deocleeio de Campos, c.osta.. Rodrigues,coelbo Netto, João 22- da. Republica..-Nilo Peçonha,
\Da.yoso,WaJdemiro. Moreira, Sergio Saboya., Bezerril Fontenelle,
\~çalo Souto, Euebdes Barroso,. Juvenal La.martine, Tavares Ca-
·ltvalcanti, Cami1lode Hollanda, Afi'onso Costa, Teixeira de Sá, loão Exposição de mo Li"os
I\Vieira, José Bezerra, pedro Pernambuco, João de Siqueira, Raymun-
1)1 0 de Miranda, Pedro Doria, Gumercindo Bessa, Joviniano de cal'va·
Sr.Presidente-Na exposição que tive a honrado vos dil'jgír
l:lho,
1 Pedro Lago. Francisco .Drummond. Ubaldino .de ABSis, Ber- em data de 22 de abril deste anno, escrevi: «...achamo-nos
I,Dardo Jambeiro, Pedro Vianna, Costa Pinto, Plinio Cosb, Antonio presença de um facto que as.Ieís gera.es illuminam: desde que o
em
1Da.ntas, Pedro Ma.riani, Aristides Spinola, Torquato Moreira, Bar·
affluxo de OU1'O para os córres da Caixa. se retrata. com tamanha
\.bosa Lima, Honorio GU1'gel, Bulhões Marcial, Baltbazar Bernar-
acce~tuação. ê patente que o barateamento do mesmo se ha.via de
/jUno, Araujo Pinheiro, .Toão Ba.ptista, Pereira. Nunes, R3.ul .. Veiga, manifestar e o ca~bio sub!ria, si e"lives3emo! em cOlldiçüe.s tlOI'-
rtl'eixeira. Brandlo,. Fl'aneisco Veiga, Domingos Penna, Sebastião m~e!: A anormalidade, pol~, é consequencla directa da disposição
I'Mascarenhas. Vianna do Castello, Augusto de Lima, Duarte de da. 101, que susta a produccao de um pbenomeno normal.
i Abreu, Joio Penido, Henrique Salles, Calogeras, L'),ndulpho Maga.
Referia-me á.lei de 6 de.d~embro de 1906, coma' sua. taxa
r,lhães, Alvaro Botelbo, Antero Botelho, Franciseo Bressane,.car· de 15 d., para regula.r a. emlssao dos bilhetes da. Caixa..
l,neiro de Rezende, Bueno dePaiva, Christiano Lra.zil. Olegario Maistal'de, em outra. exposiçã.o, p:mderei: «Ineontestavel.
('Maciel,. Alaor Prata, Honorato Alves,. Manoel FUlgencio, Epa.mi- mente, ,a s,ituação actual é pr.:>ducto natural-antes attenuado do
;'nondas Ottoni, .Camillo prates, Galeão Carvalbal, Cllol'dosode AI- q'!e artifiCIalmente favoreCido - das condições economicas do paiz.
1.)Beida. Candido Moth, Carlos Garcia., Eloy- .Cha~es, Alvaro de ~ao ha. comonegal-o, ou procurar .voltll.r a indice3 inferiores de
:Carvalho, Alberto Sarmento. Adolpho Gordo, Valois de Castro, rlqueza.A ta.xa de 16 d. não· ê mais discutivel, e della nãobll.
\Franeisco Romeiro, Eduardo Socrates, Costa Marques. Carvalho rI!CUal'.~
.. V.Chave$, Carlos Cavalcanti, Paula Ramos, João Vespllcio, Diogo
I'Fortuna, Soares dos Santos, José Carlo~, RivadaviaCOrrêa, Antu- que oAinda
;.nes Maciel, Germano Hasslcicher, Nabuoo de Gouvêa,. Homero época, para sustental'
posteriormente, em discurso de 28 de setembl'oaffirmei·
fundamento em quo se ap:>iara meurlloeiocinio. 'naquoUt\
airreductibilidade da taxa de 16,justillcava,
rJJa,ptista, DomingollMasoarenba,s e Pedro Moacyr (98). . no momento" ao defesa. ~a taxa, .~'eglllarrnente conquistada, de 18,
. . .Abre-se a, sess~ (O Sr. Sime60 Leal, 2 Secl'etm'io,dei.a a ea- a q~aldeverla. se~ conslderad~ lrreductivel ta.mbem; e esta deela-
0

deU'a da p"B.s'dencsa, ~ue e oecupada pelo


1~,·"idellte.) .. ..
a", Sabino Barl'o8o Julliol' ra.çao não exprimIa. um concelto pessoa.l, mas a opinião vossa. e de
.... . ' tc?dos os.vossos ministros, manifestt\da. em conferencia de 22 do
; ~.' '
cltado mel,
: o0 Sr. J08é.Marla (Supplente de ao Seel'elal'io, le"llin!lo .. Minbas palavru, portanto,· eram o reflexo do .pensamento do
th .e ) proc~de á leitura da. aota da. sessão antécedente, ao qua.l é Governo; signUlcal'a.m aconvicoio do Executivo de que nenhum
!~ta. em dISCUSSã.O. ~tlfrcio bavia,sido posto e~ pratica paraa.lçar o indice ca.mbial
V1gente; por 18S0 mesmo, lmplicavam o compromisso asBl1mido
" O Sr.• Eduar.doSocrate.-Peço a palavra. perante a.Nação, de s6 lh~ dizermos a verda.de com referenoia· li
valoriz~ cl!'cente ela,suamoe~a., isto é, a vigorização pl'ogres-
,~Sr., Pre.ldente-Temapalavra.o.DObl'e Deputado, 8ivada sltuaçao economlca do palZ... .
. I Em nome de~ta, ~)Orém. e como seus privUegiados interpl'etes.

~
, :' "O 111'. Eduard~ Soorate. (Sobr,ca acfa)~r. Preli- .po ltioos e pl1bliclst&8pregaram que a. taxa de 18 nio· lhe é ada··
41_ .. ceder-me, a .pa- quada; ~asaté Mora Dingllem tor.Dec~ll li. ancledade publica.. elo-'
.. te.,..aDt8-.h.ontem. V.Ex•. teve. a. ndade deCGll
. p,u!" p~~~ ~~~~Jlli~ar a ~~~~. ~e ~ ~qllerim~to a propoai~ oumento oomPNbi.wl'1o de tiO peregrmo asse:to, q~e ellvolve :.
bo.
Te
Amputação, Jeita. ao vosso ministro da. Fazenda, do manter, por .lo 0'.11'0 galg-ou as a.lf.·11"11S vertlglnosas <los 33) %, com uma rle.
..
vaidade ou caprícho, um eambío que a. referida situa.çã.o não lilreClaça~ do papel coeresponde.ite a 77;7 %, a ecoaomla publica.
comporta. estalou. Graças 801 esCorçl,) hevoíca da administração Campos
J<.;' de númr que os que assim se pronunciam esmeram-se em uma S:Llles, energicamente su .tído na adminístruç ío Rodrlgues Alves.
espocíe de propaganda de deseredíto, que os snccessos não tardarão a. economia. nacional se foi recuperando a pouco c pouco, até attlu-
em oondemnar , visto como protligam,a um tempo, o cambio alto, i~irmos,em 1006, ao cambio de 18 (plss!l.geil'ama:lte), com o a:;i()
ou a valorização da moedaçâlíada na realidade' aJ nosso progresso de 50 %. Foi nesse per-íodo do lil'me e Jaboriosa elevação das
economíco, e a. lealdade do Governo, exhibído ácel1sura nacional taxas que cousezuímos curar-nos, parcíalmente, da grave eníer-
como inventor de uma. âctlcía prosperidade. mídade reeonomlca de que o agio exorbitaute era sy.n:. toma ;
E' de notar, íguaírnente, que esses defensores de taxasmenores E, porque ninguem ousara neznr que aelevação dis taxas Indicava
se re.lubllamcomo exíto da Caixa de Conversão, averbada de ma- a attenuução do mal e a evolução da convalescença-somos obrf..
ravilhosa, por haver, em cerca de quatro annos, ín.ectado na jzados a 1'.'conhOCI:1' que o .movimento ascencíonal do cambio pho..
economia publica est.muíos, aperfeiçoamentosvc-lquexa-, urna lJl'i- tographava a reconquis.a da suüde, como a sua queda h,~vi<r.
lhante inturnesceucia da actividade productora, uma lüliz expansão photographado o resvalamento pelo declive que nos levou ao
da fortuna lndustria.l, o bem estar crescentc.esperauças renascidas, desastre.
prenuncies de íucomparavel grandeza : e, após semelhantecon- Nem poderia ser de outro modo. A taxa cambial é a expre 'sãa
fissão de pujança, da qual o deposito devínto milhões esterlinos é natural, e uníca, da situação econorníca dos paízes de papel-rncc la.
apontado como fulcro e monumento, mergulham na tristeza do POl' elle o barn estar se extertoríza nas rélacõ )smonetari,~s como
cambio baixo pa.ra ensinar ao povo que nossa situação economíca, por ella se exteríoríza o soürtmento. E' o pl'olucto de imJ;10USOS
mesmo assim estrondosamente melnoradn, não teve ainda virtude Iactores, visiveís e invisivels, conhecidos e anonyrnos, de .wção
para. emprestar á rnoodacírculante leves toques de ouro... vãría, de indolo das mais diversas e mais oppostas : Iactores que
A ~ittwçlioecoltomica do paiz esut, conseguíntemente, transfor- representam a inllnidale dos i:lt,~re5s's ern presença e a infinid.da.
muda em clava para derruir a taxa cambíaldo lf', ,e della se íalla dos cálculos mercantis em permanente vígilíu ; que abrangnn t:lào
como de uma entidade mysteríosa, severa e taciturna, rubra da quanto, em ponto de lucro ou da sua defesa, podem o estudo, a pru-'
indignação que lhe. provoca o .artiâcío do Thcsouro, a seu turno dencia, ,1 sagacidade, a arnbíção, oal'rojo estabelecer como b'186
trunsformado em especulador da alta, de transacções rondadas, direct::. ou índírectamente, no V:tl01' da:
• moeda; .por maneira que o concerto ou accôr.ío .de miíhuras e
Seria uma vantagem p:l.ra o'l~tore~sc naciorialquc os deposi- milhares de pensamentcs no sentidode -sa attríbulr, nas tabollas
tarios dos segredos fin. nossa situação economlca houvessem por do camblobaacarío, cert·~ porção de ouro suppostoao papel moe-la
bem des.nrranhar do seu silencio al:.;uma prla \'1',1 audível. com deve derivar ínílludívelmente du verifícação tacíta de um facto-=
relacão á. taxacambíul, a. não ser a. taxa, mesmo; porquanto, 0;1 que a situação economíca gerl1.1 exiga determíuado cambio e nãIJ
ausencía de revelação especial, não se conhece, nos paízcs de papel- ouro.
moedaroutra voz arttculada pela dita situação. E' apropria eeodomía, pois, repre';entarla pela univcrsitladedo&
E' sabido que, onde a c.ircul:1.ç(io met'Ll1ica. ell.iste. 3. si'llaçào interesses divergentes, maS que, elll um ponto, conver.:~iram, quem
economica dCtlllC as suas mutaçües pela taxa d"s descontos e pelo cria e fixa, nLS talJellas, a ta.xa cambiai; on, 'POI' outras l)::.l[l,\·l·a~.
jUl'(1 do dinheiro, nos mercados da moeda. E,tcs ref1cctem nit.ida· a taxa cambial é a fúrma monetaria visivel d:~ s.tuação economic~
ment·~ a condir;ão em que se achamos intere~sc" geraes e negocias, do paiz
a. confiança., a tl'an1lllilidade politico.. Assim, não se concebe maior absurdo. DO caso de erro de juizo,'
Alli, o cambio tem espeCl~d leição ; poder-si}-hia dizer que a ou ma,;ol' insinceridade, na hypotl1ese di-' suggiJstões da ma!itJia,
noç"fio rle cambio se confundo com a. de-rl'cte-;~ pagar pela expor- que o de seinvocllir a situaçtlo economica para impugn.tção d,~ t,.xa'
t:1r;ão da merca.doria ouro, em busca de collocução mais lucrativa. como si fosse 1'azoavelabstrallirdo corpo para fazer o dese:Jho dÔ
e mJ.is segura, lora. do paiz onde uma commoç5.o qualqner aba.la os seu contorno.
animos e intimida os capitaes, 81 os bJlhetes conversiveissub,ti· A argumentação dos criticos des'la escola sinQ'ubrissim:t aS'-
tuem, na circuhtção. a moeda de ouro, aopera~ão do troco a.uto- senh na apreciaçã.o de alguns (impossivel é a de todos) do, factürcs
m:l,tic:tmente l'eshbelece o nivel normal da rehcão entre o nume da. taxa cambial,
l'ario preciso e a. exten;ão dastrans,Lcções liqltidadas a dinheiro; Mas, a.cima do merito quo pos;;a ter essa analyse pessJl.I, ,,'",1
por m'l.Ueira que o regim~n da conversibilidade serve de freio ha- condições de (leba~e nem sempre liso e desillieI'e~saio, ~ de mi ,ter' .
lJitual ás demasias da. emissão e ao perigo do e~cesso de meiocir- collocaroalto merito da analJ'se collectiva,elTectuad:t com im-'
culaute. mensoLlscrupulo, pela totalidade dos interesses communs, que, no'
Cumpre, entretanto, reflectir que a acção eorrectoria. ou uive- terreno do apreç~'amentoda moeda, disputam, millimetro a. milli-
la.dol"1 do troco de bilhetes não t~m e1f~ito ab,oluto, como infeliz.. metl'o, a sna pl'opria deresa, ou a sua propria exbtencia,
monte se proolama ent.renós; notacante á., emissões d,LCaixa ; não Por isso, Sr. Presidente da Republlca, na data emqne o Banco'
só llorlluo ha. nota,s conversiveis, que não são convertida.5 por não do Brazil alço II a sua tax!'. a 18 1(4 nas praças nacionaes, o cambio'
ha ver prov.eito em as couverter (taxacambia.l superior (t que 1'e- de 18 era o .atflxado pelo, estabelecimentos. sacadores; e o facto teva:
gula as em:ssões), como aindaéinexpugnavel a lei economica que tão valiosa importancia que, na conferencia de ~2 de setembro.'
nos instrúe sobre a possibilidade de uma circulação, indefinilia- reconhecemostodGsqllees,ataxa represebva fielmente a ver-'
mente crescl'nte, de bilhetes conversiveis,-sem troco e sem expor- dadeira situacão economica. do .pltiz. .. .
tll.ç::o do metal- com tanto que o excesso de emis"ão semodalise Teria o,Thesouro, a.caso,custeado com recursOs extra·legaes, to-o
Mil crJscimento indefinido dos preços:custa.r(~ 2, 3, 5 etc" o que' mados á renda publica, a alta do cambio flue o Banco do Brazil foi
anteriormente custa:va I, apenas. 'obrigado aaoompanhar! Mas, nessa conjunctl1l'a" parece estranho.
. Disto resulta. que o simples f,loto de sepos~uir uma circulação que cs demais banc:s nao hoU\'essemreclamado Igual amparo, e
convel'sivel nio constitue argumento valido contra o excesso pos.' :trabalhassem,doudamente, para perder dinheiro ; como parece
sivel de emis ti.o. A eaonomia nacional pôde absorver quantidi1d('s estranho se ·presumisse no Governoa. inconscitlncia da sua respon';'
demasiadas de bilhetes, compensando. sinistramente a. demasia sa.btlidade, levada ao ponto de affil'mal' - como o fez e faz·-que 80' .
Q\'ontual com a carestia. correspondente da vida. taxa énatu1'td, si fosse elIa, conlbrmese grita, artificia.l e ludi"'l:
Nos pai: e.s de papel-moeda, porém, o cambio. é cousa. diversa: b r i o s a . . . · ~ .
indica. o va.lor acl'Ua~ da cedula fidocia.ria, pa.tenteia uma. estima- . , •
tiva do ouro suppost(), que cadacedulacontém no seu nomina.l in- ,Certo' que, no mesmomez·de •setembro, os bancos estrangei J ..
5cripto. Nesses }Jaizes, a moeda de ·ourodeixa. de ser moeda.,pal'a rosbaixaramsuas taxas, deixando o do BNZil isolado na suste~ta­
se tornar merl1iLdoria só, de pl'eco vll.riave1; de tal sorte que,. nas ção 'do ·cambio.Ophenomeno precisa de explica.ção, e já. abol'a.~·
operaçõ~s cambiaes, a me(li.la nacional dos valores; oua cedula indispensa'Vel queeUa seja. pre;st:lda, receblda.e ponder.1da por.
e: c:lh\nte. é metrollo'bsardo, 'que 'se encu1'tlt ou se alonga, e por quem de direito.
i;80 mesmo não é metro. Para '08 productores de generosexpor- A-exposiçãode 22 de abril, tl':tn~mitt'id!\, por mensagem vossi.·
t:l.Vel9, pagos em·ouro,ac'nver.siodo metal·era pa.pd enche-lhes ao Congresso Nacional,coucluiu pela prop~sta de um cel'tO numoro
\1 boha comestre, .depreciado pelo .ca.mbio baixo; e, porl],ue com de. providencias solioitadas ao legislarfor,coml'espei tosa indicü.çJ.o·
~ste são pagosos.su.larios e solvidas as dividas ordinar:a!l, oagio de urgencia. Não hO!l'Ve delibeNção a respeito, e porque, cessa.-
<10 ouro se lhesa.flgura. appeteciveJ, ou, e:11 outros termos, a des- das as emissões da Ca.ixa em meiados de lU,~io, e deso.ppal'ecida a.'
YalorizaQão lia. moedacir.c.uIll.Ote .110 lhes a;1l~ura. ,oobiçavei. Esque- condição legal da ta.xa de 15, instituida ps1:J. lei de6. de dezem . b,,"O.
cem, -porém, que o agio é. qUit.ntirlade negativa, que a nenhum de 1905, ficasse o cambio U",,.e, oumelhor-'Ilforriado-- o Bau ,.
pa.tl'imonio se incorpOl'a'; .que não traz riqueza" mlls unicamentc do Brazil tentou manter a sua tabella dentro dos limitos dacl\;;....
um espectro de1!lqueza. entontecedor e .escarninho; como·esque-dosiI6 d.,afim deprJpol'cional' aoCongressoaju tificativa necos..,
cem que foi &tactamentena. época. de maior agi(), que a. producQão saria para ado1)Qão dessataxl,.que a'Exposiç-ão l'aferida snggel'ia!~
nacional decahi u ,do seu vigo~ autigo, e a economm publica,' Releva observar que,uoperiodoque decorreu ,de 22 de abril a. 9 da.
de que é elia J~otor lproeminente,se .afundou no vexame ·da 'mo- junho, em que a tl~bal1a 'do a:Janoose conservoullOS limites pl'edi-
rll.torÍit. ' .' .. . .. .. 'tos/nlo temou o estabelecimento '(I, 'inicill.ti:va ,da li.lta~:aco?11p:::n71o~
, A h:istC'rin.das :tiuallÇas 1l'epl1tbl,ioaónllós;dá bI'i9.b:am-ire .destaque'!: o 'movimento geral ,das ta;xa5l,que'lle'desanhavaespO!lianeameI?:ta
vCl'dade.desta.s~oçê.ie3,.ailllLs:abfiloedli.l'ia1h :Ao temlflo em -que -O' rl!fto em 'Moen'ião. Â:8ljiln tem ·procedido 1!lemp.re, no ·ae3empenho illl'"
o ._0_ .....
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: ~o:;o'
sua funcção regulador., ; c, si as suas tabellas não ise harmoalsam I e munícípaes, fundos de ínstallaçãode bancos (Fl'ancez, 4gricolade
quotidianamente com as outras atrixadas pelos bancos particulares. I S, Paulo,Crédit Foncier, Itillo-BraziJiano, etc.).
cumpro-nos bonrar a sua decisão de ná'). perder o terr0I!-0 eonquís- I T~es valores lhe teem, ser vida cobertura prop_orcionada a S1;lllS
tado nem desrespeítar as suas J'e3ponsabd1dados do. instituto semi- cambiaes, procuradas 1I1tl1Jl~mente com avidoz , nao só por motivo
offlclal, para se entregar, como tal vez fosse deselo de alguns, ás da taxa favorável, como alnuu porque o r,1L:ClO du baIxa decl'elaf,
precariedades de uma pnsj9ãosubalternu.'!luelh~ não convém, nem tem aconsclhudo muitos tomadores a se munirem de si1q~es ex-
quadra, A marcha mencionada ao cambio reaüz.iu-se sem trope- tomporaneos para ulteriores remessas, 0\1 a sacarem anteeipada-
~os, até setembro, sllppl'indo o Banco ao publico 03 saques polidos, mente, Certo, taes necessidades satísícitus mo.Ierarão a. procura
~,nteriormente cobertos por Iettras de mercadorias adquirldas-« porvíndoura,
,cJ lettras âe ?llCl'catlol'ias, l"{ão recorrera. portanto, nem ás caber- Em breve, porém, as lettras da represa aflluirão ao mercado;
tllras que as lei, vj~e!ltes Ihe asseguraram, nem ao seu avultado como prevê opubhcísta citado, nos trechos acima transcrípto«, o a-
fundo ouro- depositado na Caixa de Conversão. Para governar ínquestlonavel. tendencía parJ. a alb se prcnunclurã decídlda-
suas operações, o Banco de .nenhuma vantagem especial se :utílí- mente; de modo que. tel1110 os outros bancos sacado pouco e precl-
zara. comprou e vendeu Iettras, sando, portanto, comprar turnbem pOIlCO-. flearã o do Bl'ltzil em
Em setembro, divulgou-se a noticia de que a honrada Oommís- posição de debater o preço da mercadoria em oflerta, mun tendo
são de Finanças do Senado havia resolvido occupar-se da. questão desassombradamente a taxa de IS, sínão ncompánliando novas alt:l.s
cambjpJ, e a maioria dos seus illustres membros opinaria 'por taxa perfeitamente legitimas,
inferior á de 18, .. . .1 E assim po.lerã fazer, sem amínina apprelicnsão, As cobertu-
A perturbação dos esplrltos fji oxtraordínarla. Os demais ban- Iras que as leis lhe oüerecom, e o seu dóp.síto de ouro da Caixa,
eos moveram suas tabellas para a baixa, o que stgnífíca urnaab- lho facultam capacldade .para sacar por alguns mezes, Indepan-
stenção,quasi,da venda decámblaes.desde que o do Brazil se conser- dentemente do reeursoüs 1ltras de cJ.féde Santos, oudo :3mi-
vava com u tax,\' iClscripta'precedentemcnte e se promptíãcava a Ihões de suecas, no valor approxírnado de ~ 8.000.000, estão. deti·
supprir o mercado de saques, E' interessante a demonstração das 'polas solicltações (lo plano baixista; Demais, o ínquerrto a. que
dessa nota. No mez de agosto, o Banco vendeu ~ 3511.373, ou procedeu sobre os valores cambiaes, com que pOllel';j; eobrlr se, lhe
pouco mais da méd.a mensalde ~ 3,460.000. dos oito mezes decor- annuncia,. atéSO de junho de 1911, UlU1L disponibltídude do cerca de
ridos. Nos 13 primeiros dias de setembro, vendeu t: 1,938.R93, com ~ 58,537.00J, ou, par,t oito mezes, lima mé ííu mensal de
a médía díártáde cerca dee 149.000, A t4,vendou.eS73.72i; a 15, i: 7.300.00:>, muito supei-ior ãs médías rneasaes dos saquesdo pe·
(reunião da commíssão) vendeu e 62S,369, a 16 teve de supprir, riodo de janeiro a outubro de 1010,
nesse dia só, f I, HiO.299," . As cií'ras, que se acham indicadas, serão naturalmente objecto
Assim, nos tres dias de perturbação, o Banco resistiu ao movi- de verificação mettcu'osa por quem me succeder nilp:tl:ita. (h Fa-
•mento de baixa, suppríndo o. mercado de .l: 2.65.2,395, ou a média zenda, que as conürmarã, sem duvida,
•díarla de i884,OOOcontra a de z 149.000, dos 13 dias ímmediata- Si, portanto, a. taxa de 18 d.,:J.lcanç,ada sem artificio, sem soe-
mente anteriores. Aespeculação baixista, aproveitou oense,io de .corro do Thesouro ~ nem um real retlrado de sua renda, 011 dos
activara procura de saques, obrigando o Banco do Brazil atom:l.r vales ouro-não exprime actllalmente a « fül'ma visivel dasitulçli()
medidas de defesa, sem prejuizo· do commercio lcgitim(), A par economica do paiz l>, nãosei clue outl'a argumentaçã.o documentada.
· c1easa procura exag.;erada de ca.mbiaes, pl'olluziu·se uma. notavel possa o Govel'no apresenr,a.r a.élS que S? escutam os conselllos do seu
• escassez de lettras de expol'tação, H:.l.Vel'ia falta l'aal desses titulos interesse, memlO em hostili,;n,;!efl'J,llcl aos d:1 l1011ectivid ~dp, que
) ou coberturas? Não, absolutamente. Um dos mais tenazes propu- s:1spil'a, de.,demnito, pc!.L ,·alo:'iz'l.ç'i.o da noss:t, moeü,. para. a
~ gnadores da. baixa cambial escrevia, ha. poucos dias: qual...;. como dis,:e o Sr. Da.vid C.lIUllista- «acllumulaa Naçã.o 11a-
: c Si a favor de 15 ou 16 (aUudia. á esperada fixa.ção da taxa ciente3 sacriliciou,
: pelo Congresso), a taxa do Banco do Brazil declinará nessa. contor-
: midade, e nume"osas lelh'as aflluÍl'(70 ao mel'cado em Sanlos, lIfallàos Dl discussão travada no CO'~gl'és 0.8)hre a. lei de 6de dr.zambro
1,',Pa"à,~ Existem, pois, Bslettras ; simplesmente - ?Itio a/fluem, de 1906, dos l'elatJl'iJs do meu i1ll1sr,l'e antE'CeSSOI', bem. CO:l1J das
':... prosegue o mesmo escriptol': declal'ações do bom senso, depI'ilhenJe-s'! que, ~i a Caixa de ConveI'·
I eNão deve entl'elanto ser longamente dilfel'ida aapprovação I são não servi::!se pal'J. ar,nazenal' o ouro dos saldos ou de qllnesq '101'
\ pelo Congresso da nova lei da «convel',;âOJ, porque, deoutl'a. forma, .1 origens efornccel·o ao mOl'ca,do que elle se tornas;;e necessario,
, aimla que dispostos a "esisti,', os deten!'OI'esdo cate podel'iam achlJ,;'·se· para. nada serviria, Comt'.ldo,h), entl'e nós fetichistas do metaLaOla-
em condições de "ao manlel'essa,·.:sistencia, e assim as taxas dal'tlo /1'0110, que ima:;inam intallgivel o deposito da Caixa, e por essa.
outm ",e: Ulllpulo pttl'a cima,» . . 1 intangibilid<~de se batem com tanto ma.ior ardor quanto maior o
Existom, conseguintemente, detentores do café, que resistemâ intero'!sse que teem de que as taxas o.'l.mbiaes Se mov!\rn em detel··
i taxa de 18, e possuem meios de resistil'; isto é, que não exportam minadJ sentido,
o producto para que as lettras não venham ao mercado, sirvam de Claro é que. si um l)al'ticular retirassJda.Caixa. a somm.a.. de
· cobertura aos saques e permittam a roanutenc;ãoda taxa, São I, ou muit~s milhõ3s e,terHnos,e os exportasse, ninguem se lembra-
elles, os baixistas-que falsillcama situaçãoeconomica, fingindo ria de ocolldemnar por teL' usado de um direito sou; e, em\Jol'll. a.
uma insutJiciencia de eXPort:lção. quando ha, sómente. uma l'epreza taxaba.ncaria de cambio fosse a 18 1/4,e houvessem sido emittidos a
ou sequestração especulativa do pl'oducto exportavel, e que tem de 15 oSbilhetes apl'es~ntados <lo tl'OCO, ninguem se lembraria ainda.. de
seI' exportado; são os mesmos que contra. a taxa de 18 argumen- affirlUar ared.lidado de um pI'ejuizo carnbial, calculado sobre o
tam, invoca,ndoanossa situac;ão economica,. adrede mascarada valor da libra, tllsci'ipfo '10 bil1~clc, e o acceito no mel'cado,ao tempo
:para commover a sensibilidade do COngresso e delle arrancar um da retirada, A libra esterlina só tom o valor da libra elterlina., e
lndiceinf'erior da. situac;ão economica verdadeira, honesta.mente o depo.,ito e1fectuado não cresce nem diminue de valor em conse-
patenteada, . . . quencla da. vari11ção cambial do bilhete, fOI'a das condiçõc$ do
E tanto que aiuda. o allmlido esoriptor accrescenta:. h'uco,. E' bem de ver que aO cambio de 18 1/4, o biihete da. C:l.ixa.
«POl' outro lado, si a decisão lor no sentido de uma..taxa. mais pOde comprar maior qU;LUtidadede ouro no merca,rlo; mas igual-
elevada-IS d, ou talvez mais-tcl·aO afinal de vil' para o mercado mente é de ver que ao possuidor do bilhete .assiste o direito de
as leltl'as. de card, e:ractamcnte as mesmas, e habilitar o Banco ou exa.mina.r- o que mais Ule convém, si preferir o ouro do merCll.do, si
o Thesollro a liquidar o seu excesso d. sagues e al·estaUI·al' os saldos o da. Ca.ixa, conforme a operac;ão que planeou, o .a facilidade. de a.
em Landl'es,» . roaliz1.rO Banco do Brazil é depositante de mais de um. qllinto do
Manifestamente, aslettras detidas terão de vir ao mercado em ouro reeolhido á Caixa, e. e1fectuou tã'J avultado deposito pl'ceita-
tal proporção, qllehão de fornecer valores sufflcientes para a. H- mente pm'a tel'.a ran!agem de mo"cl',quandoentenrlesse, 9 j 'alldes
quidação dOI saclues e restauração dos saldos; manifestamente-a sommas de metat,selll "eeOfl'el' a tl'allsQcçõesde cambio, " sem ln'O-
c:ampanha ba.i~istllo está. inspirada pelaestrategia de cercear ao curm' OIWO ?la pl'a7a,
:Banco do Brazll as coberturas de que precisa e t'orc;a.l-olL l'eduzir Esta procura. influh~ia. nopreço do metal e no. ta.xa, Ultima-
a. sua taxa. para.favo!'ecer a. especulação, que inchou com a noticia. mente,julgou o Ba.noo acerbdoretirar a som ma. de um milhão
de estar o Congrea.3o .lOclinado a adoptarumataxa inferior li vi· esterlino e expedU-o aos seus correspondentes no estrangeiro. Foi
gente. Nestas condlções, cl\ega·sea reputar astuciosa. a. censura., ensUl'deCledora. a grita provocada. pelo facto,aliás singelo, de dispor
tr~qucntemente intligidlL&O Banco, do BI'azil,. de aeha~·se só, em livremente o Ba.nco do que lhe pertencia. e dlU' á SUa propried!tdo
ea.mpo, pa.ra sustentar o valor cambial da moeda cirolllante, Faz o destino que l'eputou conveniente, Fizeram-se. calculos de pl'ejui-
elle o que deve,e continuará, provavelmente, a fazer o que lhe zosverificados,quRondo.na. peior hypothese. só. sel'iam admissiveis
cumpre, De facto, addiciona.ndo·se ás lettras compradas pelo Banco calculos de. lucros cessantes; e, á. conta. do ministro da. Fazenda.
até 3i de agOEto as que foram adquiridaBem setembro, tem-se - empenhado, ao qne se dizia., em manter um cz.mbio artttlciILl, foi
.total de ~ ::12,098.060, sU}>erior por ~. 5.2115.280 ao total. das como levlLda. a perda lamentavel de oerca. de tres mUcontos. Entretanto.·
1)r8os em igual 'P6riodo de 1909, Naquelleperlodo não comprou o si os detentores do café» se houvessem abstido de organizara
BancopaPe1 bancario, ma.s unicamente lettras de elp'ortaçlto, tendi repreza. das lettrasde exportaOão, não teria. cogitado o Banco de,
então aconculTencia d03 bancos estrangell'08, que Azeram a alta, em vez deUas, expol'tar o seu OUl'() ; como, ao ter logar O catUulCo~.
~candocontra ClIoPitlloeS. que. procuraVllom collocaoão. n() plLizem ao que ae. refere. 0Jorna.lí8t& já. citlido., o m.esmo .Banco pOder'
.,estra.das de terro, portos,"oompanhiaa naclona.es (Monana,Pau. reaUaar.o valor de' gUIIl. . das que adquirIr e o importar de novo.
IJsta. Docas de Sa.DtoS, etc,). e mainontra empreatlmo.'J eatãd.ow Par~ i8Bo~ssue elleem calxa o preoo dos saqueaqt18 ~eDd8u~n...
...
somma do milhão referido, no cambio do 18 1/4, o só terá preiutzo, nomlca» de então, fTOJI', a meti v-r, ,L;'I)l';t attender ;"t inllicaçãCJ
por SOl' obrigado a entrar com a díílerença, si a taxa. cambial deíxar da mesma situação. quo lhe aponta a taxa de 18 ti. O 'lue se poderw.
de exprimir ti. «situação ceonomíeu» do paíz, e t'ór recalcada por dizer é que, de a.bril a novembro, a sítuação economica se definiu
en'eito de alguma vlotenta compressão legal. Em todo o caso, a com clareza, por maneira que a traduzimos com maís acerto hoje,
retírada, do OUI'O obedoceullelmente a um dos oblectl vos funda- quo naquella data. O cambio livre e vo tveu naturalmente para.'
I
mentaes da Caixn qual o de fornecor coberturas em épocas de uma taltlt superior'? Bastara que reconheçamos o íacto, e nos
esca-sez de Icuras ; -comquaotoa1l11dis~eo legislador. á.. eSCtl.S5ez curvemos á SU<1. força in lísputavel, . . .
natural, e nunca á artificial. queneste .m-unento S'J produziu. . . Mas, em abril, a Exp:>~iOã.o subrnettia á a.precia.ção doCongreBSO
A ímportaneía do deposito ['cito pelo Baneo permírtle-Ihe-ha a um plano, que não deve, sem íovíaa ía íe, ser' mutíludo , Pl'OpUZ a
expol'tn.r:lI.o do outras somrnas íguaes, que volverão aos seus c ,fres, Illímítação dos deposltosdaOaixa, exactamente para não condelllll~
sem perda apreciavel- salvo a que uma nova. lei lhe possa, acaso, a economia publica a metter-ss, con,;tran:sid~,. em . um estojo . df:.
inflingil', por te!' susten Lati o o Vi1101' da moeda nacional, nos termos dimensões proestabetecldas e ínamplíavoís, medidas por qualquer
estríctos 110 ar't. 2·, da de 1845, que atada vigora, somma al'bitra.r'ia de ouro, sern'apóío ela 1'J.Zii.O scíentíâea, e até n~
.', razãccomrnum ;e fiz semeíaante proposta; porque, determinada
Não poderei eximir-me ao dever de encarar a fac3polWca. a. illimitacão do deposito, - nos tecmos da miaha ,suggastão - .
desta atormentada questão cambial. Na. concun-encía da vida, não bato poderia ser movíd, a taxa. plliracima. quando oapparelha
ha maior estlrnulu da perseverança, nem maía forte esteio subje- . ,emiss:>r guardasse 20 milhões, como quandoguardasse apenas lC~
ctívodo exito ,que a conscieocia da torça,. . ,. [ouê. O movimento d:a. tala tieariasubJrdina,clo a criterlomaI~
Desde que, para a integral observaneia do accõrdo - rttndú~g. inteIligente que o do cego qua.ntibtiv.o prefiltal0 do deposito',
ZOali - tivemos, 08 brazileirts, de emprehender Iougae admll':wel porque a,\-a.toI·izaA;ã.Ç)eJ.'escente da moeda. uÍÍiG p(lde. ou nio deV:Q
viagem pela estrada dos sacrifícíosvpropuzemo-ncs, de um I./l.do, a. escravísar-se ao imper';o doslla.lpite15.
demonstiarao mundo a nossa probidade, e ao povo, de outro Iado, Baseado l1eSUS persuasões, lembrei ao ,oonveIÚencia de seI' Õ
o llOSW p a t l ' i o t i s m o , . . Executivo autortsado a «proceder. sueeesslvas ele~aç:ie~data.'ta.
Tudo quanto o Goveroo -. Executivo e Legíslatlvo - pediu ao eambíalestabelecida na ·C:J.ixa, de aeeõrdo com as condícões geraes
eontríbutnte para a l'est:t.uração do credito nacional, Ihe foi abne- do paãz, o desen volvlmento da actívídade Industría] em tOd03. os
gadamente concedido; e, comquanto asprovações fossem mui tas, a : seus ramos, a valoriza.çã.o crescente do papel-moeda ea. massa da
santidade da causa defendida teve bastaute virtude para. ab.•far c ouro, que procurar deposito" Isto é, Bug~eri uma providencia
gemido popular. . . '. . DO\'a, de modo algum exorbícante, porquauto não mo pareca aven-;
I
Augrnentãmcs os impostos e creãrnos tríbutaçêes novas; impu- turoso se connra ao Exeeunvo aque.I., attl'lbuição, quando outras.
zemos á Nação uma especie de dieta, com dilferimen to daatten.j mais grayes,lhe eommette a constituição. E, evi dentemente, si
cão Cl uo mereciam seus dese.,;os de progresso e de goso ; cortãmoslo BxeC'utivonão tem capacidade bastante para aprecia.I' ·a csltaa.
fundamente nas desposas; avolumãmos notavelmente a renda, e ção eeonomíca do paiz.:.,atlm de cumprir' ao lei de 1846, torna-se
fomos, com impa,\'idez, cumprindo todas as clausutas do doloroso duvidoso que a possua pa.l-.ades:Jbrigur-sedos seus outros encargos,
cont!·a.eto, . . I Em rCSllml)~ tenho a 1I0m'a de propol' emenda á. indicação a);
POL' fim, eshatou-se de todo o vexame daquelle a.just'3 no reli- I da minha ExpOSição de 22 de Uhl'H, s:lllstituindo-se a. taxa. de 16 d.,
gioso de.sempenho da patWl'a. c.ompromettida: tão certo é qu. e as I' então lem.brada, pela de 18 d" aetualment13. prefel'ida.pe:a ooss~
na~:ües não se degradam tanto pelo erro,eomo pela ausencia de situaç.-ão ecooomica, . . ':;.
es!·orço Jlara o emendar • O esforço foi maximo e, por isso,a emenda I I:io dt.! Janeir~, _ 8 de .noyembrade 1910. - Leopoldo d,-cl
fOI glol'lOsa. .... I
Bul1we:, - A' CommI-sao de Fmanças, "
,.. De .<:~t:-:o p~ra cá: tem~:eoverod11~o pelo caminho da.recon:;ru- Requerimeot:J:
cccrO .n~,u~ raplúa., e, elfectl·\ amen.te e",malt:l.m o nosso actlvo al" uns Do Dr. Antonio da Gama. Rorl!'igues iospectol' sanHario da
pro~I~I~S, q~lO n~s e.llcrLr.tlc.em o ;v.lgOr•.po~'tos, eSTl'a~as.?e !:,erro nll~ I iredoT'Ía Geral de Sa. uJe Pu.blica, pe.dindo um alln,) ,de licen.ça
1?,eIo:sa, melhol.amento~ mat~rHl.~S ~e_reaIce, reor"aUlz~cao aper com ordenado para tratamento da sauJ.e.-.\' Com:n;~~ú.o de Pe-
D.

1elço.ad'L de S?~V.IÇI)S a.n~I~os ~ :.n:tltul~aoJ.~ no~os, ereSClmento do tiçi:.ies II Poder' s . .


credIto no ex.crlOr, uma !Un,e;,~ \ el seducç.ao exere.da, em toda a E' lido c fica. sobre a. Mesa até ulterior delibol'Sol;ão o seguinte
p;~rtc, pela. cre::c;;a na. grandlOSl\latle do nossa futuro, uma. e,qlladra ' ' •.
ped"I'oS:!, um tlxel'cito renasceute, uma. republica que 11oresco,- PROJECTO
tudo qllanto, no moment.o pódeat':Lgar o orgulhl) naeiomd se vae
desenll,~ouo l:om felicidade e nos augurando melhores dias a;nda. O Congrc·sso Na.cionalresolve:
Os capib,es estr<lJlgeiros pr"cul'am-nos, anciosos por collaborar Art, 1.. Fica o Pre:;irlen~e da Reouhlica autol'izado a coota.r
n:!. llOSS:L prospcl'ÍLlade ; mas os imposLOs são 1Linda pesados, a vida ao contra-almirante, chefe do corpo de srl.Urle na\'al,Or. José Pe.'
é dillicil e dur:l, as populaçõe, n1.osentem alegrias. Ous:J exprimh' reira. Guimarães o tempo de serviço que pL'estou oa Escula de Me-
a con dcCão de 'lUe essa dissemelhanctl. elltre o cortex e o cerne pro· dicina do Rio de Janeiro, afim de juntal·o ao do serviço militar, na
c~tle da naturem daaossa moeda, (1'113 entrav,l. 11 marcha commum intUiLO de obter melhorb -de refol'ma. . . . 'i
para a frerne, divi indo o:; brazlleiros em dous grupo s, dos qU;1es o
mC;lOS numeroso é.o d:l. d~anteira, . I . Art, 2:· CJneellitIa. tt ~elhol'!a. da r.efor'!.la, per:de1'<i.o. l~eferida'
contl'a.·'l.lmll'ante Dl'. JOSI) PdreJ.ra. Gmmaraes o dl1'81tO as Yan.ta.~
A va!oriza.~'ão progressiva ilo p:l.pol seria um meio indirec&ogens pecuniu.rias aque tA:ll jtlll, como, lentej nbilado, que foi. d~
de abranda.,: a sC\·er:dadedos. impostes E miti.gar graudes attlie~'ües I dita Escola, ist? é, da qu~ntla de 6:·10D$ annuéLlme!\te, ,'.
quc~, por naoserem csb:'a\'("ladoras, llao delxé~m de ser respeita· l AL't. 3,,· FlCa. o P~~e5l11eute d:1. RepubLcu. i.l.ut0l;:.lZlLUQ a. re~liza~,
ve:s, e até temivei$. O exemplo de uma republicJ. visinha deve aos as neccos:u'lasOperaçGes ilecreJlto para a execuçao desta leI.
SeL'Ylr de ensiuo. Tambem 'lUi se Impoz á. Nação o cambio baixo em Al't, 4. o Revogam-se ,tIO disposições em l'ontraria; .
pleno movimento a5cencion;ü da~ ta.xas. Surdil'am grandes fOl'ttl- S~I:1 dus S~ssües, 9 d~ nover~bro?c J9lO:-!Ju(,rte ~le ,Aul'cte.j
na~, ol'rtanizou-se a prepouderanci:1 da plutocracia, colligaram-se Sao suceessl"ament,e lidos c vao u. Imprlillu' os segumtes ,.;
0:5 gl'UpOS exp!orad?res dalogica do diohei,l'o ,e da oratoria da ri- PIWJECTOS
quez:1. O povo, pOI'em, tombou DO sooho socmhsLa e Das medonhas
desforras do a.nal'chbmo. N. 209 - 1910 "
, ~llanto, ~o b)IU. co~cejto m~ndial, a pre:~nte cam~anha~ .em Al!to"i~a o P,'esic1entedce Republica a .despendcl' ate a quantia àlil
fn \ ?~ (~<lo b~lxa d~ ~amb,o é protl1ndamellto.perJ~o~a. RO."a;.~,~:" dos 100: 000$, papel, coma l'e~'epç{;;) e h~szled:r-gem de j"epl'esel~i,l
centro~ m(,net:u;LOlS o concurso de suas eCOnUmIa.lS e o pr~:st~oIO da temtes d..: gOVlJi'/IUS estl"ClIlgell'os e hospedes tUt!stres em 'llisitCt ao!
sua confia.ll~:a,hstamos. a mostrar~lh(:s o pr~gre3so brastleu'o e a. B"(l.;it . . .' .~.'
ace:lar-Ihes com os lu crus da. s!l'~ culI11borac;ao,. Levamos a,pi'os- .. ., .. . . . .)
sadamen~e, aqui e além, ao notICIa da nossa. euerglll.. e do meuto do CO!.lVlUdo .ha.blhtat' o~0del' Executn:.,o a prep.ara.rcondlgna.'
nos~o.tl'abalho,. .'. . I recepr:aJ . a dlVOI'SaS embalxa.ilas e m,ssoes aSpeClu,es e hospede~
Mas, em se tratando do expoente de tudo isso, do srmbolo de il!ustr.c~, 'ct(i1 yinda ao B.ra:m escá a.nnunci.ada, e elp- ;'e~ribuição d~
toda o,-sa rtrandezada. prova de toda essa. fundada esperança de IcorteZli1S recebld:.LS pO.i' dI versas represent1lçõas bra.zl1eu'us no e~
um.porvir "ventul\,S'(), .apresoo.ta.mos.a nossa moeda d~P. rimida pela.I'·tran g.eü'o.!,a. c.omml~'~ão de F. il~anr:as t~ILl a.. l:oora. d.e. .sUbmet.t.er "
lei, isto ~, declaramús, pe1<L voz uu~ol'iza.dtl. dos leglslado~es, gue a.ppl'ovaçao dlL ,clU~,\I"1 o seguln~oproJecto:, . ;
nos 1',\11oco a. eonseiencia da. nossa t\.'rça, c, n. a .con.currenClll.. 'VJt!l.l . ÂI':t.. 1..• ,h.. o GO.v,ern.oaa LOI'lZ~Ldo a d.espender. a.té a. quantl~
das ua.~,ües 011 estamos engana.d03,ou pretendemos oug'\lHll'. ode lOO~OO~, pa:pe.l,co:ll a l'l)<'epçao-e .11o~peda~"6lUderepl'esen...il
De tai culpa, Sr. Pr,1sidente, não ter1í . vo~so gov(;rnoque se taat~s de governos es.t1~'lJlgeiro:l e hos.pede~ ültlst!'e~em visita. '\~
'peniLencia.l' perílllteamag-esta.de do pa.u'wtismo. . Braz!l.. .
". ',.*"" '. ..•.
1'01' fim, Sr. Prosidente, peço venxll para. Justlfi~ar-tn.o .da.
.. Art., 2,~ RevQga.~~e as disposições etn~ontrario..
• Saia.c!A.sCOIDTl11l;:-.oes d d~ ~oVembl'Qde 191.o.-BtcBtI~
~pparente incoheren,lia, tantas vez)s chama.daa.terl'ell'o• .de ter . Pa~r,a, pretudente.- .Fre!nCuco
"

' Ve~,a. rela.tol'. - CardO.to. de, AI'!";


tI.
proposto, na. ElCposiC;ão de 22d:B, lItbril. lIotl,lta.de 16, e.detender, .meida. - Jicliode .1I}etlQ.~.Ga:tel!Q ,~'ia1k.1II.- Ly,'" ::CCtst1'G~-:-:;
a~ol'a, a de 18, Incoherencia. Dlo 11a.,. Naiu'rla (fata, o CongreSSG Patl~~ .Ram"•.
, .:t~C~QA~lt1x~~ia. ~ ~~Sl\ 40,16.. de a~oôrdo com a; csit.uação eco- S.abolla~
=- .!r1CQ Coel1~o,. - AlçUldo GtcClnalxU'4I.- a.ri!l.
. '" .~.
N, 210- 1910 , lhe convler, independente de passaporte. (At't.72, § 30, 10, da.
\. , , , . \ Constituiçã,o da Republíea.) ,
Manda contai', p(m~ os atreitos da aposellt:ldo/:ICl, o tempo, ,ele sel- I O orador POI' ostu seu procedimento Só tem motivos de conten-
'Viç~ publico elll COmmisSl(O de ol'(~cm SClelttt(ica aos aumiliares de , tamsnto. o .i"~ agora o tem de orgnllJo, pcrqun se confundem as
janeiro de 1901..
I
ellSií!O a que se refere o art. :LOS do decreto n. 3.1>90, de 1 de paluítacõ « do sou COl':LQão c im o p'L1pitotr seznro, nobre, alevan-
tado c vordadelramentc repulieano elo glorioso povo dos pampas
, . O Dl'. Henriquo de To1edo Dodsworth,prepar,ador da ~adeira. de, do SuL (Muito belll..) . , .,
· operações e apparelhos da Faculrlade de Mellictna do RIO de Ja- . C:Lt'lO; B u-bosu, B:l1'~'1~ c!tJ Metleiros e tolo o RIO ~r:tnde do Sul
neiro,requereu ao Cong1'asso.Nacion~l, que este mandasse lhe p:'~test[\m contra ;LPI'Oh~l.Jlçao do desel1lb1Lt'<llle, de I!'a~les est:r1l.n.-.
contar, 'P(U',~ os otreitos da aposentadoría, o tempo de serviço pu- g'OIt'OS na, CiLplta,1 Fellel'a,: medida ~{IW a p;Ltrl~ de Julio de Ca"tt-
blíco, prestado pelo snpplíeante, em diíferentss épocas e -cou- Ihos coasídera a~tent<Ltl)t'H~ do l'r;~l!nen republlcauo, deslmmana,
stanto dos documentos. 'lue ofl'el'~c,eu. , . vexatoría P. i nutil , (Aj)o•. atl.oe; illHllo I~/:I/! )
POI' esses documentos se verlfíca que o supplicante, além de A CJ,US:J. santa dos I11IUISLI'O~ de CllI'lstO na terl'a, c nestn.terI'a
ter s rví.lo cratuitamente cOIno'pratiftante do Hospital do Corpo santa do CruzeirJ do Rt"ZI!, e:'itü, vencedor.r, (apoíll'los) porque está
Militar de P~licia da Côrte,e preparador interino de anatomia de- amnru-ada pela constituiç;'i,I) d.lo kepubhca e ('UU,)rLa pela ban leira
scrípríva da Faculdade de Medicina do RIO do Janeiro, prestou vlotor.osa ue lH89,tl'.,nsfol'ma.d" h Jje em abençoado escudo para
releva,ntei'\ servícos de vaccínação, cultura e propagação da vacclna defender os fracos contra a" tyranlli,\s do poder, "
nnil;1al, el1;1 ccmmíssão do GovernoF~dAt'al, em ll?ll,lt?S d~sEst,ados «A gloria do.ehistâo consiste no testemunho da sua boa
da Republíca, em !!ran~e parte gr.atll~tos e em lOCO:> epldemícos, consclcncia (lmitaçt70 ele Clt.vi-Io liv II cap VI)l)
O decreto n, 3.89C1, de 1 de [aneírode 1901, que c.insldera os ' , Y , ., ,..
preparadorea.eassistentes de.elíntcasrmeroaauxlltares.de ensino, ,Ooradorc..mpl'illn.i~r1a tlmavcz oseudevC1 de homemvpu-
reservou aos membros do rnaglsterio superror, para os efleitos da blíco e de catholico, (2\llldo bem,)
jubilação, o di~'eito á contagem 110 tempo em que serviram em com- Deus seja. sC',npre, eomsr.r«. (Jltlito lam ; ~iHi'lo bem. O ol'Cldal' e
missões sclentífícas, abraçado liO/' nlH!tos Srs , Dcput ;(Ls,)
Só escapam dessa. regra aquelles pre-iaradores quo, antes do
citado decreto, fizeram concurso para adjuntos c foramclas-tâ- OS!.·, Presidente - Tem a p ',h.Yl'n. o Sr, Duarte de
cados, 'Pois, nos termos do 3,1'1., lo do decreto n . 1,18. de 21 do junho Abreu,
de 18P3, taos preparadores eram icoustderados substitutos dasIa-
culdades de medicina e, portantc.rmembros dos respectivos corpos O Sl-.Da;:u-te de j\.ln-eu - (') SI', PJ'c;ident~, serei
docentes. breve ]'Ia1'a t(ll'.l1in .L' <LS miIl1H'LsHI't<lS ernpir:a'\ obsel'v;~I:üe',';ci-
A execução, porém, dos serviços de ordem sclentiâca, prestados xando tempo aín.Ia ao mim illu;;írc cJllegll. SI', Alfonso c.stu,
pelos auxiliares (lo ensino, no computo do tempo para a aposenta- para occupar a tribun \ durn ite o exordientt.
doria, não parece oousa que iobedcça acon-idCl'açi.íes de urdem Deve ter causa lo a. V. l~)(. gl'n.n 1 J surproz I, como a toda li Ga.-
superior o aos díctimes ela ,iustiç Le da equídade, principalmente mara e ao páiz. (1Il'W'!O (le![;L tiver conhecirnentu, <lo mon-a .c:n,
quando taes serviços foram, como os do supplicante, emgran . lo ou que melhor no:no tr.z:1ha, do Go\'crno, dil'lg't,l1L a esta. Camara., a-
parte gratuitos, pOl' devota.men&o á caus], ptlbltc,\ e mu época.s da proposito da t·\.xa Clom Inal.
calamidade. . . ) O SR, G~R~!,\~.o l'IMsr.')c[JEr.-~ii.o apJiado; não foi SUl'pl'CZ1; a.
:. Si ao Congresso Naciona.l fosse licito f<~zer leis de oaracterpes-l imprensa j1t tt';Ltolll1o a~stlmpto.
soaI, a C:Jmmissão não trepid'l.l'ia om ofrcrect>l' umpl'ojecto quo, O'-;R, DUART8 lJE AllItEU - Paraco Ilno o 11ont'a,(lo c illu,tre
attendesse ao j'.!sto pedi·lo do Dl'. HeUl'iqlU\ DOIIs\Yorth; masaL(\m Ministro da F01zen.ln. teve em vist,. procurar sc' ja;tifical' do salto
I
de não seris,;o regula,1'. embor.L precedentes podasselll justifica1' mor'tal quc delt de abril atê e:tl diltn.: de a.bril, em qllC S. I~:\:"
um ta.l procedim,mto, ú muito pl'JvavelqllC existam outros [UI1- [em mons:Lgenl dit'igída a csta. C LS:!., pcJi.'~ a fixação da taxa a 16 o
ccionarios n"ts me.;;mas condiç<!s; <J assim sendo, pens:!. a Commis- 1 a",wa "Ped(\ a. tlxac;io t1. 18
são de Instz'ucção Publícn., qne a melhor solução para o caso será o 01'11., SI', Presidente. pouco; são os dia;; que l'cstn.m de Governo
· a .L'iaptfl.ç'.ão de um projeeto de lei, quo n'io tenha o caracter de :lO SI'; Leopoldo de Blllhõe~; u5.0 ~ po,si vel, POI'ta.11to; que ~. gx.
cxccpção, om beneficio de determinarIa pessoa, pretenda in/luír, (:omo disse uma follHLd'1 manhil, c lm oemmn.ra-
P01' est.es motivos aCommissão oU'ercce á considel'ação da Ca- nh'1do da.SU<I. argument'1Qão, no eS;Jirito do seusuc(Jc's;)r; .
nlarao seguinte pl'ojeet'l: Todos CJ.11e tivel'em COJhecimcnto dcs;1\, mensagem hão sa con-
O Congresso Nacional decr~ta: oç-encer .10 que S, Ex, teve um duplo motivo' primeiro, ju,tificL!'-
Art. l.Q Osauxilill.res de ensino a que se refere o art. 108 do se do salto mortll.1e en se;undo 1):!at', pretender creal' na opinUio
decreton. 3.8:·)0, de 1 de janeiro d 1901, contarão tambem, para publicadi(IlculdaJes para a. gest!ío do futurJ Ministro da 1"a-
'os eJfeitos da aposentadoria. o tempo de serviço publico em com- zenda.. .•
'niissões de o1'(le01 scientifica. . O SR. GERMANO HASSLO~l1ER-Nã.o apoiado •. S, Ex, Não tem.
Art. 2,0 Revogadas as disposições em contrario. essa. intenção.
Em Commi;:sãa, aos 8 de novembro de 1910.- Josê BOllifacio, O SR. EDUARDOSOCRAT_ES - ;\-poindo; 1110 é ontro o Intuito.
}ll'esidentn. - Candido 1I-'Iolto" rolatol'. - NabHco de GOUlJ1!ec, __ UlIt SR.. DEPUTADO - Naoesh nos pro(Jessos de S. El:. (Ha
Tctl:al'es Cavalcanti. - D, de Ab}'eu. . Outl'OS ap!ll'!?e,) . '
O SR, GERMAN'O .HASSLOCUEP. .,... EUe está reagindo contra. a
o S1~. P.L-esidente- Estl finda a leitul'a.do el'pe- especulação.. .. . .. .
diente. O SR,. DUARTE DE AnREU - Mas, Sl'. Presidente, que honve-
e nesse ponto respondo au aparte do nobre Deputado pelo Rio
O S1~. José CtLrlos-Peço 3, palavra. pela ol'dem. Gl'Uondo do Sul" .
O SR, Gl>RMAN'O HASSLOCllER - O tempo ê quo vae l'espondel'.
O 81- AU·onso Costa-Peço a .palavl'a pela ordem. Não podem03 dizor a. ulti ma palavra.. (IIe, Ol/h'os apClI'tes).
o 151-,. Presidente (con.wztando o liVl'O de illsc/'ipçúes)- estãoO certos SR, DUARTE DE ABREU .... que hOllve especltlaoão, todos
dist I, e eu, como muitos dos Sl'S. Deputildos, 'Poderia.
EStli. inscripto pa.ra falar na hora do expediente o Sr. Duarte de trazer ao conhecimento da Cama.l'a f,LCtO'> materiaes que provam
Abreu. que a tabella tlxada.dial'ia.mente ao Banco do BrazU é apenas para
Tem a palana pela. ordem o Sl'. José Ca.rlos. inylc; 1181', ... .
O SR. GERMANO HASSLOCIJER- Não apoiado,
o SJ.~ JOl!lé Oarlos (pela ol·dem)-Sl'. Presidente, sendo O SR. CÀNlllDO MOTTA - Apoiado; essa é a verdade.
catbolico não podia deixar deacompJ.nhar aqllelles que protestam .:: SR, DUARTE DE AnREU - E eu, Si'. Pl'esídente, si tiver· au-
contra. o !teto lUqualitiea;vel do Governo, rore1'l~nte aolt religiosos . torizaçii.o trarei a.o conhecimento da Camarao nome do uma. das
portuguezes que aqui deveriam ehegar,aeto praticado nos ultimos mais respeitaveis firmas desta praça".
momentos de uma agonia al1ucinada., ra.sgando-se com mãos já. . O SR GERMAN'O H:ASSLOCHER - Isto não adeanta. nada •
.regeladas pela morte, que se approxima, alguns dos mais su- O SR.. CANDIDOMoTTA- Como não adianta ~
blimes o sagrados mandamental! da Constituiçã.o da ~ .epubliea. O.SR. DUARTI;lDEAsREU - ... que, pretendendo saecar 50,000
(lIluito bem) libras, sá. conseguiu 50 ltbras I (T1'ocam-se diveÍ'808 aparte8 qtle in-
<Resiste no prinei'pio, .porque vem tarde o remedi!), tCI'1'ompcmo 01'ador.)
qU'1nrlo os males teem cobrado forcas com as detenças •• E~tou na tribuna. mas não posso continuarem vista dos
(Imitação de Ch1'isto, livro I, capo xm). a.pa.rtes,
Todos os individuos e contlssões religlosasp:>dem exercer pu- Peço a attençãodo meu .prezado amigo e illustre compa.nheiro
blica. e .~vl'einente o seu culto, associa.ndo-se P&l'a. esse 11m, adqui- de ba.nca.da., o Sr. Calogeras,quetão ardorosamente. me. apar-
teia. . '
1'111"10 bens; observa'las as disposições do direito oommum.
. .~m~~empode:·p&z, .qualquer 'p'óde' enti'.,l' no té~itorio na- ..
.clo~aI' ou· delle sa.hir com a. sua.
· .' . " . ~. fortuna. e bens," .qualldo
~.' ' .' ~ como . '(·)B.,. cI1ICUfIODI.'ol 'lfl.,o plloor'" '
..
Vem muito a prcposíto o que acabo de ler, neste folheto, hil. pardo o undamento do projeeto. Levou-mo a dar esse passo, além.
pouco dístribuldo aos Srs. Deputados. DiI. o autor que cada um tia, razões acima referltHLd, <t uoticladc que em Santa Catharina
tem o direito de emíttn- sua opinião: si ella é proveitosa. sensata" appnreceu uma nov:J.cpizoa'\ia,a que ainda. hontern O Pai: se
a collectividade tira. d'ahi provetto; si alia é nocíva.rerrouea, sorrre releria" a proposito da Ida de f'mccionttrÍos do Ministel'io da Agri-
a correcção no espír-ito -e quem a emltte, cultura para aquelle Estado.
EStOll fundamentalmente convencido que advogo os interesses Appellando para os meus eollegas medíeos, que aquíteem
das classes couservadoras. assento, e para todos quantos se Interessampelo assumpto e deIle
OS. G_l~MASO HASSLI)CIlER-Advoga os interesses das classes cogitam, pergunto: o reznlamento expedido pelo Minísterlo da
conservadoras, mas não os Interesses goraes do paía. \gricultura pode de alguma fórma. satisfazer o seu obiecttvo,
O SI{. DUAfl.T' DE ABREu-Onde esta esse PiÜZ que vive sem a que vem a ser o combate fvrmal e scíentiâco á,; epizuotias 1
prosperidade e () a noío das classes conservadoras? (Pausa.) .
O s... ,TOSI~ BI':ZICRR. . dá um aparte. Não haverá um medico que subscreva ta! regulamento, que,
O Si., DUAIt, ~ D' ABIt.U-Já me referi ao caso de uma casa além das grandes falhas, das seusivais lacunas que apresenta,
eomrnercinl desta Capitd, que quiz saccar no Banco do Braxil á contém-peço a attencão da Carnara-e-erros, entre os quaes avulta
taxa fixada e como esi.o puderíu citar outros casos. AIUrmo à o relativo aoperíodo do reaeção da tuberculina nos bovinos
Camura a veracidade da informação, Qual a solução que deu o Trata-se ([1, ígnoruncia de um facto ; rnportantísslmo, de que
Banco? me não esqueLquando apresentei meu trabalho. fa. l1to que deu
crear dífllculdades, extgíndo provas elo sec para o commereio lagar a q!le os camposda Repnblica Argentina ficassem contami-
legitimo, terminando por vender a qulnqnagesslma parto. nados pela tubereulose , .
ISSJ não é sei-to. A ínjecçfio de tuberculina ímmuntza a rez por 30 dias, o nós
8 i a taxa fixada fusse uma realidade da nossa situação econo- sabemos que os animaes que ímportamos veem da Europa aquí em
mica, não r!eve 'ia ser Une a qua lquer individuo comprar carn- meuos de 15.
biaes, sem aq uelles ernbaraços e E,tá claro que, noporto de desernbaequa.appltcado o processo
Quero ter/ninar esin parte e vou fazcl-o dlzendo que.apezm- de adoptadopelo Mtnisterlo da Agl'icllltura, IcitLa nova. ínlecção de
todo o empenho do ítlustro (j o.nínente SI'. Leopoldo de Rulliões, tubercullriu, o animal não mauifost , reacçâo : e, não a manifes-
de toda u sua argu:ncntaçil'),está vlscoralrnente l'i~dicada na opinião tando. a prova qne se tir.t é que não é tuberculoso ! Ha ainda a
pu Iica, a convicção de urtrfleio, quo tem mauudo o sanco do questão da febre ·10 Texus ; o animal na apparezcía, não .' portado»
Braztl, do Peroplorrna para propagar a rnolestia.
O SR. CICINATO RR'(H-E a prova é que a mensacem não ex- Appell'l paru os meus distinctos collegas, rs. Drs, Penídoe
pllca onde f'll p:1I',~I' o Iundo d,J g;LI·a.ntia, (TI'oca,n,sc 'apa..tes).. Perelra Nun .s, NabII?O de Gouvê,~ e Seb~stlãoMf tarenhas, Que se
O SR. DU;\Rl'E DE ABR.I~L:-ApCzar de a-lvers '1'10 na pohtica do . .charn a meu lado afim de qne dIg,Lm SI (l ou U, ! verdade (IUO a
I
Estudo de ~lilJ<L:::, do SI'. Francls 'o Saltes, não me repugna absoluta- .tubercullna immuniza por 30 dias, e que. durante este portodo,
mente dcel,tl':1!' :i Camat-a que eu, corno todos os braztletros, reco- nn,a OOVlL injecç íu não provoca reacção, (Apoilt los). Assim, os
nli-ço em S. :.':X. qU;tlirlaole.'.\''l..1 i(jS'l..'. de horn -rn de G').vel"w, entre 'Lnim:1es aq'li ehegarl.)s pMem deix.ar de .relLgil'.. a essa infc}çào
LI. hunestiJ'.é1.dü ,illllnaculada e 0. pittrjotislUO COl.U que resolv.e as
qllCSt,iil1s Pl11Jltc:J.s.
I
as qUiLe.<,pre.:liso e devo salienbl', Sobl'csac a lirm~/,a. de vonMtile, slimente em cOlscquenc!a d"ssa. immunizaçií.o te .poraria.; de
~lIJO qne~ Pítl'a. for ilar um criterio perfeIto, éneeessal'IO que se
taç'l com qle elles pel'maneçam certo tempo no porto de desem-
O:oi " GE~~~IA::-;O H.\SSL0r:lIJ':R-~ingllem e;;t,ádiseut:nllo isto, bal'que, Por is;o,tendo em vIsta preencher a lacuna que se fez
O S.;. DUAR'l't:: D~Aillt1::O- ,las me Ul)l':J.z dizei-o,.. ':"ntir na Republica. AI'gentLla e quet,mtos pl'ejuizos.ca'lsou
De mo,lo que, Sr. Pr,!sitli'llt'), ClI, cono tLtÚOS os brazileiros ,il)llêlle p1.iz, deverão e'<SllS lmimaes ficar em obserl"ltç1iv e som'el
cstamosce!'to': do lj lia o Sl', I?rilucis;o S'.iles não desviH.r,i um cei r.il oatras pesq ,IZllS,
lln ThcsJul'o para ltIantm' uma t_tX<l, al,tilidal, com grande pL'ejuizo OregulaL1eato do Ministerio da Agriculttlra absolutamente
pal'a a Naçi'b. (T,.oca'n-se mt-(it,)s l!]l!lI"Jcs). nn.o dá o valol' preciso á p!'opbylaxia, base em que tem de assentar
Virei, Sr. Prólslrlente. em occaslá.) oPIIortuna, sustentaor mais todo o serviço, para. sorelflcaz,
lal'::amente, com dados irNCl1~il.v,~:s de 'llg.trbUliJS, o que agOl',t Pari!. s.ttlsfltZe,' o compl'llmls30ql1e tomei eom o Sr. AU'llnso
muit". ligeiramente afl1rmci.(.4,pm·te.•.) .. C03ta, Se. Prdsldente. VOll deixar a tribana, e3pCL'andJ qlle o meu
~l'. Pl'e!idcnte, p L~s'll'ei a 1,1'at:LI' de um outrJ assumpto muito PI'OjcctJ venha á ulSclssão para entã.) e.clal'e~Ol' htr;a.mJilte 1) ln·
import:J.nt(} e que intel'Cs';;I, l'tlnda.m _nhl mente ao paiz,:\ U1aterl11 a tos q\le porventura pareçam obscuros, espEll'a.ndo ainda ·que algllJ1l
quo me refiro peje .<1 ;nten~ão (los i1lmr,res collegas e concerne dos IHu.tres Deputit,.los venha em llefesa.· do serviço cl'611.do pelo
aO) regulamento expedido pr'lo Mi:Ii,;tel'ia da Agricultl1l'a, sob o Sr. R'»!olpllo Miranda., em q'Iem l'ec mheço operusidade e desejo ele
serviço de vcterinaria, O 1Ji{l,)':o Official a·,ab.L (le publicar, S:', Pre· acertar, ma; que não tem, alflr no·o con o deVido l'espeito, com·
sideni.c, o re/ula,mento para ess·.~ serviço. E' (le lastimaI' que o petencla pal'd. re.ol\'er assumpto de t:tmanha. importanda..
SI'. Rololplto Mll'anda nilo tenha. comprehen.liJo que um 30'>- Até tri,Sr, Pre{ldente. ltppelhU'oi pa.ra .o patriotismo do fu.
SUl11pto tão sel'io, cúmo este, d-L industri;l3.n:mlLl não :;e resolvo .turo Governo e do Congress I, emnome.poJel'ilL dizer, porque era
I
por meio de u:n regulament '. Elle depentle de medidas (lomplexat>, .b:tst;lote, do distrlcto que tenuo ,L hO.lI'a de representlLl', em n·Jme,
flUO por SIUt vez estflo dependeutes de autOI'izacão legisla.tiva, com poderia dizer aiuda. do m!m~~sta.do; mas como essas epil.ootras
as qltaes o GO\,CI'no po~sa ltgll', de modo q!le ella.s proJ.uz:tm os re· que ote m1 ia va1idJ te.'lll t: l1u.lmen te assola.do olItros Estados, CJtUO
sultados desejauo,;. SI'. Presidente, o SI'. RoJ.olnhJ Miri\nda Rio de Janeiro, M,LttO Grosso, RIO GranJe, Goy:tze tantos olltros,
pal'ece que descollhece esttt pal't~ e o v<tlor da pl:ophylaxi:l. dasappelLo em nome do interesse nacional, na e3peranç ~ d~ que o
cpizootia;;, sem a (IUal nito é p:)Ssivel conseguir exünguil·as. SI'. Pedro de Toledovenha inspil'a.fo p~lo desejo de bem servir a
Sr. Presidente. sem a prophyla.xiacom todo o rig'vr scientifico, Patl'ia e não pelo de CI'elll' logares para. bem servil' a. afilhados.
o ü\ttameuto das epizootias é um tra1lalho inteíra.ú1AnLe improfi. Neste appello \Tai um outro, p<l.ra. ql1e S, Ex. ag'Iarde n.omenos
cuo; é despender dinheiro sem vanta~em3.l~uma. a discussiio do· meu projec\;fI, e a crItic;t que naturalmente hi:l. de
Assim, o GO\'OI'IlO, por não tet' tido esb comprehenslo, 1:en.- apparecer doserviço creado'Lue cünsi,lero alt'1mente nJcivo ao
taudo conseguir, por meio de wata.montos val'ios, empiricos e p~üz. porque virá. iIll1dll' os .cria.dores e o publico. Parece-me,
absurdos, a extiacção de alguma,; deths, entre as quaes a febro Sr. Presidellte, q _e de todo. os serviços quo O Congresso pódl3 pre·
aplitosa, tem despelldido inutilmente gl'aade.i llllantius, deixando, star ao pai?, nenbum será mll.is relevante do que este, que diz re-
atinai, os campos contaminados por ·gcrmens aptos a se propa- speito a uma grande fonte de riqueZlt nacional.
~aI'em como tem acontecido. . Não é o seatimento d<:l partidal'ismo que me move, lUas o de
~ O annu 11as::mdo, imprmolsionado com a. devastação enorme que bem servir a Patritt e defender interdsses valiosos, dignos de toda
produziam as epizootias, alastrando-se pelo paiz, com os grandes nosso esforço.
preiuizoscau8ado.i aOs criadores, procurei estudar .detidamente o O SR. J .ÃOPI':NIDo-Neste assumpto l,tamos com uma gra.nde
'lSslImpto.·· ... .' diffieuldade, que é <.L falta. de veterinarios competentes, Não temos
Examinei o que se tem feito do ma.isimportante nas vat'ias oscola. .de veterinM'ia. ,
nações do mundo, ouv; a opiniã? dos competentes, estudei como se O SR. DUARTE DE ABREu-Responderei a V.Ex.
Jlrocede na. AmericJ. do Node.onllo o aS3umpto é attendido de Ha. d,ias, QuanJo,nulD bellomovimen~o depat!'iotismo e huma.-
modo que sepóde qua.lilicar de prodigioso e, inspira.ndo.me noque nidad.... o operoso e distinct.J representaute de Minas o Sr, Camil!o
l<t existe, apl'esentei então a· e;ta. Camaraum trab~tlho, que me Pl'<Ites. espirito culto, pratico e patriotico (apotado$), apresentou
parecia, como ainda. me pa.roce, resolver definitivamente a áconsidel'ação da Camara uma. indicação ql1e foi á Commissão de
questão. . . Saude Public.L,para que e.:itll.se ma.nifestasse quanto aos meios
Esse trabalho a.inda não logroll parecer por parte da. Com- praticos de combater a. molestia estudada. prollcientemente pelo
missão de Sa.llJe Pllblioa. .. .. distinoto scientista Dl'. Carlos Chag1lo8, o honra.do Zeade"da bancada
. O SR. JoÃo PE~iDo"':'Ainda não chegou áquella.Commissão. dO.Pa.l'~,O S~. Ly~a. C~tr~,co~.vl~vu:me.pa.,ra.,emacção conjuncta,
, o SR.· PEREIRA· NtlNES- Apoia.do., . . . tormJarmos um proJ..;ctocom o lirtláe combater' aqueUatlll)lestia.
O SR. DUARTE DE ABREti -:-: Ha. dias, pedi aom'ellUlustre e todas as outrastransmisiivel8 pelo bcu'bei1'o. projecto queconsul-
eollega e companheiro de bancada que, na qualidnde de presidente tasse o interesse de tl)(iosos Estados, pllol'a,ftlitl) isto, ,tl'oo",l'mos
'·interino da referIda. Commissil). tnterpuzesse seus bODS 01l10i08 ide~'lnespeito-e ser·a.presentado ao estudo da Ca.mara: .
.,.'
Tenho este trabalho em andamento G, logo quo conclüa, apre- Comparecem mals os Srs, João Lopes, Antonio Nogueiru, :-'10D !
sentat-c-heí ao illustre colloga que me di,tingui!1 com t1i~ ho~ro~o teirode Souzol" Aurelio Amorím, Hosannab de Oliveira, Rogerio de
convite, esperando que ti. Camara prestará a devida ~tt(lnçao, SI nao Miranda, Cunha Machado, Agripino Azevedo, Dunshec de Abran..
aoproleeto propriamente, ao que elíe tem em VIS~t\. consultar, alies, Chl'illtino Cruz, . Joaquim Cruz, Felix Pacheco, Eduardo Sa.- ,
(J.lIuito bem; muito bem.) boya, Graccho Cll.l'doso,Fredel'ico Borges. Sergio Barreto, Sera':"
phico da Nobrega, Prllfloncio Mllanes, Simões Barbosa, Julio da
O Sr•. P1'esldente - Tem â palavra. o Sr. Alfono Mello, Farias Neves Sobrinho, Arthul' Orlando, Natalicio Camboirrr,"
Costa. Mangabeíea, Alfl'eclo Ruy, José Jgnacío, Palma, Leão Velloso,Mon-
.iardlm , Irlneu MacbRdo, Bithencourt da Silva Filho, Monteiro
O !S1·. AfI"onso COelta. .diz que o aeto do Poder Execu. Lopes, Alciario Guanabara, Lobo Jurumenha, Eríco Coelho, Aunibal'
tivo prohíbíndo por seus agentes ímmsdíatos a entrada. de estran- de Carvalho, Faria Souto, Franci~co Botelho, Raul Fernandes,
geiros, membros de ordens relígíosasç expulsos de Portugal, melin- Pa.~l!no de Souza.Laruounlcr Godofredc.Josino de Araujo, Rodolpho
drou vivamente a piedade christã e o coração tão tradicionalmente Puíxão, Mello Franco. Ferreira Beaga, José Lobo, Rodrigues Alves
aft'ectivo dos brazllcíros, r1espertando Da camara, pelas voze, dos Filho, Ram~s Caiado, Marcello Silva, José Muvtinho, Luiz Adotpho;
Srs. Barbosa Lima, Valois de Castro e Pedro Moacyr e. na imo Lsmenha LIns, Henrique Valga. Campos Cartier, Angelo Pinheiro
prensa, os mais solemnes protestos com os quaes se procura prova.r o Jo:ío Simplicio (57).
queelle foi illega), inconsciente e até insensa.to. . Deixam de comparecer com causa. pal'ticipada. os 51'S. Esil\CíG
Membro da bancada pernambucana da qual sahíu para o alto cotmbra, Pereira Braga, Antonio Bastos, Al'thur Moreira, Alvaro
posto de Ministro da Justiça, o eminente Sr. Esmera.ldino Bandeira, Mendes, Gonçalo Souto, Euelydes B11.r1'080, Eloy do Souza, LindolVho
cujo talento, illustração, criterio e amor á. C1USa. da. justiça, de- Camaea, pereira de Lyra, Anníbal Freire, Jo;é Marcellino, Loo..
viam servir broquei contra. as gravesaccusações assacadasaS.Ex., poldo Lins, Domingos Gonl;alves, Modeiros o Albuquerque, Paes
o orador não se julgaria no devel' de fazer a. defesa do acto do !-Jarreto, Sampaio Marques, Epaminondas Graclndo, Felisbel10
Governo, si não estivesse convencido de que esse actc do Poder Freire, Antonio Oalmon, Seabra, Domingos Guimarães, Elpidio
Executivo encontra assento nas disposições claras da. lei de 7 de ja- Mesquita., Rodrigues Lima, Bemardo Horta, Paulo do Mello, Raul
netro de 1907. Barroso, Penoa!ort Caldas, Porto Sobrinho, Francisco Portella.
Nem se diga que li inimigo da igreja catholica, antes confessa, Luiz Mura], Henrique Borges, AugustO de Lima, Ribeiro Junqueíra,
que desse credo lhe vieram as ínsptz-ações quo formaram o seu Carlos Peixoto Filho, Astol]:,hO Dutra, José Bonlfaclo, João Luia
espírito, e não hesita em proclamar o seu respeito pelo clero, de Campos, Leite de Castro, Delphím Moreira, Adjuto, Nogueira.
achando que são dignos de todo apreço os adeptos ouniembrosde Jesuíno Cardoso, Paulo de Moraes, Joacluim AuguSLO. Cíneínato
todas as l'elig;õ~s, como de todas as correntes politica5 porque a Braga, Altino Arantes, Palmeira Rtpper, Bueno de Andrada, Ar-
manifestaçào de pensamento deve ser üvre como as aves do céo, nolpho Azevedo, Costa Junior, Herrncneglhlo .de :\Ioraes, Generoso.
Não ccmprefiende, portanto, porque uma simples provídencíá Púnce,Corl'êa Do!i'citas, Celso Bayma, Evansto do Amaral e .Ioã,1)
de policia. administrativa venha a. tru.nsformaNe em uma que~tã.o Abott. .
religiosa, Ievantando tão rumorosa celeuma.
Todos os reparos 1eitos nesta. Camarae na. imprensa contra o ORDSM no DIA
actc do Poder Executivo gyram em torno da dous pontos:
l°) A lei n, 1.641, de 7 de janeiro da 1907, inconstitucional
é
o 81·. Ednu1'do 80C1'at.es - Peço a palavra J?ara.
.em face do n. 10 do art. 72 do pacto rundamcntal, que pormítte a neb.~jo urgente .
todobrazileiro ou estrangeíro, ao quem quer que seja, a sabida ou
entra.da no tl3rritorio nacional em tempo ele paz, independente de o 8r. Pre~idente- Tem ~ palavra o nobre Deputauci.~
passaporte, e, como com essa lei o Poder Executivo impede a en-
trada ou promovea expulsão. daquelles que aqul constltuiratn sua, 081'. Edua1'do Socl."ates (pCtl'a neqocio u;'[jcllle)
urbi, se diz que a. loijá citada o inconstitucional em face do disposi- pede a palavra para. tratar' dosgraves acontocimentos que se estão'
tivo da Constituição a que se referiu. desenrolando no seu Estado, onde julga que os processos amazo-
2°) A lei é inconstitucional, mas o acto do Govel'no· não en- ncnses começam de ser postos em pratlca , A prova está nas noticias
contra apoio na lei. que Ihe chegam de Catalão. onde os situacionistas pretendem'.
Referindo-se ao caso do habeas.co;·pt!~, Impetrado em [30vor dos a1fi~star víolcntam.nie o Intendente, exercendo pressão sobre Q.
religiosos, o orador diz que a Camara deve vel'ifica.r, que o acto do cOllScll1c'. como já. fizeram em oatros municipios. exigindo cio pro-,.
Poder Executivo de hoje, já estu.va antecipadamente defendido ms sidonte a destituiç5:o dos membros do mUllicipio, golpe arhk
motivos da. sentençJ, proíel'ida, passando a cita.r diversos conside- trario do um decreto, ao clue S. Ex. felizmente entendeu de recusal'~"
rarld" do aecórdu.m, pelos quaes se verifica que o Governo podia Advertido pelo S1'. Prasil1(·nto que de\'ia nos termos do Regi....
agir da fól'ma por que o foz. mento mandar ú Mesa o seu requerimento para. que a Camara. do-
De fõrmaque o Poder Judiciario já confirmou de modo inequi- cida se póde ou nãotrat:\r de negocio urgente, o ol'ador pondér~:
TOCO a constitucionalidade da lei. quejt1. ohaviaforffiulado, e, qUI3 si se des\'i,u'a, de sea pl'oposito'
O or,\tIor que votou contraestalei,boje, só tem que se curvar de SOl' c(1n~iso foipam attenàel' aos apartes de seu cüHe;a de 1'e-
ao 'llel'cdictum do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Go- pl'l~sentação, do SI'. Ramos Caiado.
Terno que a sanccionou. Para.i ustificaL' o seu pedido de urgenci:t.. pa's:1. ao ler á. Ca.mar:!.
O Poder EXécutivo não exhorbitou do suas attribuiçües, porque o telegramrua que recebeu de C~Ltaliio. 110 qll~LI S(l infore ao anOl'ma..,
a lei de que se trata, estabelece nos sens art.s. 10 e 2°,que o Go- lida.do ea fllolta de ol'dem daquelle ID\lnicipio: .
verno tem a faculdade. de expulsa.r Os estrangeiros, que se torna-
rem prejudiciacs li. ordempulllica, e noal't. 4° o poder de ved,Lr- Situaç:lo Cat,Llão gravissima. ElyzOll. Ayres quel'on1
lhe a entl'ada no territoI'io nacional, pelos mesmos motivos, pelas dl3pôt' .intendente, exel'cl3ndo pI'essõ.o coJl~;.Jlho. Deleg-ado,.
mesmas clausulas, pelas quaes pôde de'::l'etar a sua expulsão. accôrdo pleno regimen violencias,. despauterios. Yictinus,
Commentando largamonte oprojecto e a. emenda sub5titutiva pedeu,l auxitio. Vou relluerer llttbeas,coi1J w: . Sa.udaçõcs. ~J
sobre o caso em debate, o oradorcheg30 á conclusão de que a lei de 310ysesSant .-inrla. .
facto conferiu ao Governo ama arma perigos!L; 05:0 se podendo, Vem á. Me.:t\. e é lido o seguinte
entretanto, negar que elIe não encontre base nOs seus dispositivos.
. . Assim. pois, os poderes publicos lançando mã.o do rcCUl'sO quo REQUEnnIE~1'O
lhe foi conferido, tivera.m em vis.ta reprimir as po"siveis e prova-
veis pe.l·turbações de ol'dem, com a repetição tie factos qM estão Requeiro urgeneia para SOL' di~clttido e vobdo immediat(\~
no domlnio da. ca.ma~u." de apedl'ejamento de instituto31'oligio50s, mente o sc,gninte reql1erimento:
. , O Governopre.erlu pre"enil' ater de remeJ.iar, eVitando Peço illJ'o1'1l1t\QCíes ao) PodeI' ExeclttiYo soura se tem scimcia
qt1lç6, consequeUClas gl'a,ves. São medidas lie previdencia que se dos Il\ctos que se estão passando. na cidade de Catalão, Estado de i
tomam em todo o mun'io civilizado,.e não ha. muito, eUas foram Goyaz, onde as a.utoridades policiaes apoiauag no contingente de pó~j
postas em execuç'ão, quando se aonuncioua vinda do sr. D. Luiz Hcia, procuram arranca.t' pela. força e pela violencia aos. membro;:l~
ae Orleans. do potlel' municipal a renuncia do manda.to .que estãoeXeI'CelIdo.~
. Julga o orador ter demonstrado a legalidade dó acto do Sr. Dl'. E sLo Presidente do . E~tado requisitou ou não força federal)
Esmeraldino Bandeira, cujos predicados lhe dão júsaos maiores paI'a garantia. dos direitos politico, e individuacs alipericlitaute3.
encomios, sendo' S.Ex. incapaz de . concorrer com uma medida
para desvirtuar o principio liberal da Constitnição da Republica, a. senão postel'gados. 1
; cuja sombra todas as religiões, todos os culto" todos os credos, todas Sl\lada.s sessões, 9 de novembro de 1910.- EdtltU'Clo SOCI'ate,~1
aaliherdadaa são permittidt\s. (lIl,,:to bem; '»I1'ilo bMl, o orado,. ê . .... . ... .\
l~ijci'ado, ) .. . . O l!!!h-. PrelJidente~ o sr. Deputa.do Eduardo Socrates. J
requel' urgencia para apresentar, a; Cama,l'a. discutir e votar, um',j
- O 8r,Pre81clellte-Est4 1ind& , hora dostw.da ao requerim. . enio sobretactos occorrido.s. em Ca.talão, Estado de GoyartJ
.li!PB!ie!lte. . . . . .' ... . Os 81'11. qtle concedem a u1'lencia queiraIG levllontar, (Pa\I$t.l.)~
.-..w.1'!.;p".~a.r ao~d~P.l 4~ di~~. (P'!Ula,) .~ .J.~~o foi c o n c e d i d . a _ · . . : .
l~----'-------------------------------------------------•
/' o l~lJ.'.Eduardo Socrates- Peço a palavra pela. Feita a chamada, verifica-se terem-se ausentado os srs. Mon-
ordem. teiro de souai, Julio de Mello, FNncisco Drummond, Ubaldino de
Assis, Mi1ngabeira, José Maria, Bernardo Jambeiro, Pedro Vianna,
O S1·. Presidente- Tom a palavra pela. ordem o no- Alfredo RI1Y, José Ignaelo, Costa Pinto, Plmío Custa, Autoni()
bre Deputado. Dantas, Palma, Pedro Ma,l'iani, Aristides Spinola. LeãoYelíoso,
Irineu Machado, Bitheoeourt da. Silva Filno, Monteiro Lopes,
O S1', Eduardo Socl·a.tes (pela ordem) - Requeh'o Barbosa Lima, Honorio Gur:;el, Bulhões Metrcia.l, Araujo Pinheiro.
t'cl'lficaçüo da. votação. . ,Toão Baptista, Annibal de Carvalho, Paulino de Souza, FranCISco
Vei~a. Domingos Penna, Duarte de Abreu. Josino de Araujo, Ga-
O 81'. Pl'eeidcnte - Vac se proceder á v01'ificaçãoda leão Oarvalhal, cardoso de Almeida. FerreiraBl'aga,Cll.ndido
votaeão. Motta, EloyChaves, Alberto S srmento, Adolpho Gordo. ValoiS
Queiram se levantar. conservando-se de pé para se proceder á de Castro. Rodrigues Alves Flllio, Francisco Rornero, M3.1'eCJl()
contagem, os 81'S. que votaram a fa.vor da urgencía requerida. Silva. Elual'do socrates, Luiz Adolpho. Paula Ramos, AntltnCS
(Pausa.) Maciel. Germauo Hasslocher e Pedro Moacyr,
. :!-j ,i direita e cinco ;1. esquerda.
Queiram se sentar, levantando-se, os que votaram contra. O Sl.-. Pl,-esidente - Responderam a, chamada 105 S1's.'
(Pal/sll.) Deputados, .'
esquerdo. 0,33 á direita.
;)R li
Nãoha numero para seproseguír nas votacões •.
Votaram a favor da. urgencia32, contra 96, total 128. Foi 1'0.
jeib.<la. Passa-as ás materías em discussão.
O S1' ..Raymundo de Miranda -Peço a palavra O 81.-0 'V'alole de Oastl-o - PilÇO a. palavra parl1
para negocio urgente. uma el>pHcação pe;~oal.

O S1.", P1-e,",idente -Tem a palavra para. negocio ur- O Sl.'. Prel!lidente - Tema palavra para umaespli-
gente o S~. Deputado Rayrnundo de Mirand.a. cação pessoal o nobre. Deputado. '
(,) 81'. Ra~-ml.1.ndo de :Mit-all.da (jla1'a 'Icgocio 1'i'- o Sr. ''''aloi,", ele Caetro (em e:r:l,Zicaç17o pO$soal)-
[1~nl~,J - SI'. Presidéüte, n, lUl'IUadoRegimento, euvío á ~Idsa um comeci dizendo porque é caso de explicação pessoal. Responde ao
requerimento do, urgenc:a sob.o as eleiçjesdo l° Dlsnlcto ua Balli<L, Sr. Alfunso Costa, que procurou (letrendt>r o acto do Governo nan-
a resoc.to das quaes a camarc vai dccídlr, dando impedir o desembarque de religiosos estrangeiros. Argu-
Vern (L Mesa. eé lido o seguinte meu ta _nessa, resp1st~ com os a.nteceden tos da· lei que, regula. a
expulsão de estrángelros do t ~rrltorlO naoronat, coucluíndo dahi
RI::Qt"ERlME:\'TO que o art. lo sobre o qual o Illustre Deputado á quem responde,
. ., . ' . firmara a sua argumentação, não podia ter a amplitude com que o
Rnquc'ro urgcncm, na fõrma do al't.91 e seguintes, que tra.- interpretara
tam da especie contida neste requerlmento, par, L alteração da " o ' _ . ..' ,

ordem do -Iia, no sentido de não ser procedida :l. votacã«, iLindn. não ' Refere-se depoís a decisão (lo Podai' JlldiClal'io no caso do
Iníciadu sobre o pn.rr'c.er ... em SeOLI'ado,. (I Sr. Lamounier Godotre :0, 111?b~as-co"lHl,s. O Supremo TI'. ibunal nã» t,O~Oll conbe.cimento. do~_
da C.Jlnmis=':) de Pet'(,ões e Podnres, I'cbti vo á eleição do JOdi$_ pedl~o de ha!J~asocorllu~ em favor ,dos rellgt 'SJS; In. porq te, de:
tricto d~t Bahia. afim de que volte este parecer d Cornm.ssãi campo-l con.lo}'mld_Me co~n o art. _46 da Iei de 11 de outubrode 1890. a-
tente pnra que eSL1\. dentr~ do prazo ~e.!imental. rectlfícando ~ . petlcao. n.~2 oontínha _razoes provadas, ~Illlcla'la~ no constrangi-
contacern dos votes attrtbnidos aos c:aU!\lda..l.Os. e as r.dZUCi! das dl-I fl!ocnto. ~ v~rque, nao seconhaeía netoalgum de qualquer auto-
1"Cl'i!.·llt.:ia, entre a apuração da 8ecrebria,da maiol'ia. ela Commíssão rídade prohlbíndo a entl'ada do. padres.
(',V -.1-'-s divergentes. taça dCSI\PP irecer ai inaxactidões e CJllt.::n.-\. Em meio do [ulgumento, varies mínístros entre os quaes os'
IllC<: ôl'.S domcnstradas til.m~em entre ? texto.. e nos duas C.O:lCl\loOeS . intogerr.imos e Ulu.str.adosjulgadores Olive. Ir..LRib~iro,.p.}dro Lessa~.'.
do sob em S(~'p;Ll'ado alllldldo. como alDda antl'e uma e outra (~a.s Canuto Saraiva, Espindo!a, André Cavalcanti, Cardoso de C..LstrJ a
i!uas ,conclusoe· dos votos a que se reporta o Sr. Ln.moulllor o pl'oprio re'ator do pal'ecer, o vene,·a.ndo con~aluelro R,beirodc
(jodofredo, _ A'meida, salientaram a.ne;l~ssidn.\ie de assegllNl'-30a libel'da.dc de
, :';:11:1. das seswtls, 9 do novembro de 1910.- Raynncnào de loco:noção, de entra. la e sahida. do Bra,zil,confurmeo art. 72 da.
~!I;·all(/ll. Co.lstitllição ua Republica..
O SI'. P1"e,.1<:lente-Vou submetter a votos o r.:-queri- Refel'indo-se:í. impressão .' dolol'osa da conscienciachristãou
rnentodeurgencia. do.:-r Haymundo de Miranda. antes, da ronsciencia nacional como acto do Governo. eonciue lêndo
um telegraUlma do arcebispo de S. Paulo nos seguintes termos:
O 81-. Honorio 6o\1.1-ge1- PCÇ() a pilavra. pMa «o arcebispo e bispos paulistls Micitam e apoiam a attitude
ordem. Idos amigos da ordem eda Con~tituição ante ,~insolitaprohibiçã(l
do desembarque de religiosos equipara.dos pelo Chefe da N.!Qà,u á.
O S1.·o ·P1.'esident.e-Tem a pala.vra. pela. ordem c Sr. ca(len$, gatunos e ana.rchistas. Esplclra.m a acção energica. doI' ver.
Deputado Honorio Glu'gel. dadeiros patriotas perante o Congresso Na.cional.
O Sr. I-Iono1.·lo Gurgel(pela ol'dem)'- Requeiro a. Oscatholicos brazileiros'estão sendo inl'tilmente provoca.dos
,t. Ex., Sr. Presidente, que consulte á. Casa sobre si conseute que a para uma luta. que nós bispos patrioticamente desejamos evitar.
yotaçlo da. urgenciaseja feita pela methodo nominal. Porterá. accrescentar que todo episcopado mineiro está de aCcôrdo
com estes sentímentos.-D. DUal'te, aroebi~po de S. Pa.ulo... '
Consultado., a. ca.ma.ra. regeita. o requerimento de votú.ção'no.
minn.1 do 81'. Ronorio Gurgel. Tel'minao seu aisc:lrso contrapondo ao.grito dos 'escl'avos que
no amphithelltro saudavam ao Cesa.res romanos:cAt'e, Celal', tno.
O S1-. Hono1-io GU1'gel - Peço a pala.vra pela "iluri te lalutanb, o brado glorioso dos 1llhosde uma grande pa-
Clrdem. tria, reivindicando seus direitos, Sa.lve, liberdade, tuha do céo
tUba do Christo, liberdade. que engrandece, dignifica, nobilita oi
O S1·. P1'esideute - Tem a. palavl'a pela ordem o individuos e os povos; pll.lavra. sacrosanta. insculpida. na b:Lndeira
Sr. Deput:ldo Uonul'io Liul'gel. á.,cuja. son:~ra. queremosyiver,..tr,Lba.lhando pela. pr.!l~'Perhlade ti
pelas glorlll.S desta. terra ·lUumtnada. pela. constellaçao da. Cl'uz.i
O 131'. I-Ionorl0 Gurgel Ólola ol'dom) - Requeiro Salve, l i b e r t a s ! ' -
verifica.çã.o da. votação. (Palmal '10 t'eclnfoe nal galel·ial. O ol'ado!' d a1mrçalfo pelol
Procedendo·se á... verillcaçltoreconhece-se terem votado 11 (a VOI' Iculcollegal pi·csenles.) ,
do requerimento de votação nominal 5 Sr8, Deputados e. contra
~6; totallOl, . O 81-. P1·esldent.e-p&ssa.-se ás matérias em djscu~são.

O f!!b.-. Prel!Jldente ~ Nãoha numero.


, .Em seruida. ê annuDciada a contiDuaol.o da 2· discussão do
PI'o'Jocto D. 185, de'I91O, fixando a foroa nava', para (l elerciclQ
se
Va.e procederá. cha.ma.da. i1e 1 9 1 1 . · "
(O Sr. Sabino Bcu'I'osoJunio,', P'1·tJ,idetlte,dei3:61 /I cadei"(J da
i'J'esidenC'ia que d occupada pelo Sr. ~imetro Leal, 20 ,8ecretat'io.), Entra emdiscus.!o o art. 1-doprojecto.
O Sr. Euzeblo de ÂD.~racl.(8o$ecr,tario. ,et'~tldó que O §r. Prelllclell.te-Aoha-.esobre
Vle serlida, . . . 1Io. Mesa uDia einendA..
. , ,.. ,; ""
4e 10) procede -4 chamada doaSrs, Deputados. . .... ..:.~ ~ ~,~:,~
.. .....
,
deJ(JJ1~il'O,.9 qual . não ma.is serã de 19.200 toneladas,m:l
· Em seguida, é lida. a.poiadA, p~a. ser env,iada. , comDúuão, a. Rj.o
Ilelulnte ' . ' . de 32.000. . ,I
Alterando a tonelagem desse navio, S.Ex. teve também de:
EMENDA· AO· PROJECTO N. 185, DE 191~ modificar os elementos que constituamo seu valor militar. o seu.
(2" discussão) poder o1fensivo, o mandou por isso augmentar-Iheo numero da'
canhões. .. '
:'. Accrescente-se: .., A rallada homogeneidade, pois. não existe mais. Este facto'
· Art. O quadro de pharmaeeuãeos do Corpo de Saudo da estádesde muito no conhecimento publloo, udmtrando-me eu que
.Al'mada fica assim constltuido: o íllustre eompauheir'o de commlssão o desconhecesse, e viesse em.
1 Capitão de Mar e I'uorra.: seu, alíãs bem elaborado parecer" declarar que o programmaAlc-:
I Capitão elo Fragata, xandríno obedecia mais ao principio da homog eneídade do quec
2 C~ pítães do Corveta.•. programma Julio do Noronhn.. ,
4 Capitães-tenentes. O estado da nossaesquadra. em 1903, quando assumiu o Go';
6 Pri metros-tenentes,' verno da Republlca o eminente Sr. Rodrigues Alves, era o mais Lle~
8 Segundos -teuentes. piora.v,11 possivelo . . .
.''..rt. 20. Ficam dispensados da condição de embarque, para. ~s Pcssuíamos, a esse tempo" uns verdadeiros calhambeques, ín-
e1feltos de promoção, os pburrnaceutícos capitães de corveta, capi- Ca.1XtZO., absolutamente de, em dado momento; produalr siCJ.uer.
tú,o de fragata o capitão de mar e guerra. uma Iigeira defesa do nosso extenso líttora],
Art. 30 • As primeiras promoções e graduações que se e[octu~. Oemiaonto Sr. Julio do Nurollh<l, ern boa hora escolhido pela
remem virtude desta reorganízação não ficam sujeitas ao.requi- SI'. Rodrigues AIves para. gel'ir a. pasta da M,~rinha., concebeu,
sito do.tempo de embarque, . , _ . desle loco. nreoruanizaçãode nossa esquadra
(Vide parecern. 43 A, de 1910. da commíssão de 1'Iartnha e Dotido de profundos couheclmoutoe proãsslonaos, possuidor de
Guêrra,) .: largo crltério, o illustre almtrauto organizou um programma que
.Sala das sessões; 9 de novembrode 1910.- Jose Carlosde Ca,-. foi subrnettído á approvação do Congresso Nacíonul,
"all.o. . Arcor,zJ.nizaciià uaval foi, Sr. Presídento, determínadupon
Iei de 30 de dezembro de 1905. Esse prozramrna do Sr •. almirante
o Sr. Presidente -Tem a. palavra' o S'r. Eduardo Julio do NOI'Onlll't,consta.va de 25 unidades, sendo as princlpaes,
Socrutes., como já disse, tres couraçados e tres cruzadores couraçados,
O Sr. Eduardo Socrates- Sr. Presidente, mem..
As despezas com aconstruecão das novas unidades seriam'
custearias por verba Incluída anuualmea to na lei orça rnentarla •
bro que sou da. commíssão de ~larinha e Guerra. desta Cast,t, sub- SI'. Presidente, um dos pontos que eu pretendo rebater, dás
. screvi, sem restrtcções, o parecer. elaborado pelo nosso íllustre afflrrnaçõés constantes do trecho do parecer do Illustre Deputado
comn..1.uhetro de Commís.ão, Deputado pelo Amazonas, Sr. Aotomo Sr .. Ant::.nio Nogueira que li, é aqueIle em .que S. Ex. atllrm'lo
:No"ueira. dizno membro da. armada úacíoual, No momento em que o programrna naval do Sr. Alo~andrino de AI.cncar. é .mals
que s. r:~. leu á. comrntssão o seu pa!,ecer, algumas de suas pro- ecouomícodo que o programma anterior, do SI'. Julto de ~orun!la;
posições não lhe mereceram o assentimento. ,_ . antes porém, demonstrarei á. camara; que emquanto a tonelagem
.
Deante disso, S. Ex; prometteu que, na revisao 'que deveria zlobal das unidades eocstítuttvas deste era de 7').350, a do se.~l!nda
fazer do seu trabalho, supprlrnirta os topícos . quo tinham desper- era de C5.530, o que d<l,portanto, ao programma naval do Sr. Julln
tado da parte de alguns membros da ccmmíssão, a franca. ímpu- de Noronha uma vantagemde tonelagem sobre :« programmt, do.
gnaç'ão a quealludí , SI'. Alexandrino de Alencar.
Creio que o meu illJ1~tre companheíro de commíssão esq.tI.cceu Vê, pois, a camara que o programma na'\"nl de 1904. tem esta
·o eompromísscque havta assumido, a, por ISSO manteve quasíínte- primeira íncontestavel superioridade em reíacão ao que Jbalmentll
graImente o seu primiti'\"o parecer, 1bi adoptado e está. sendo executado pelo GO"; erno,
Trat.aI1co. "Pc,r exemplo, do plano de reorganização da nossa O SR. . .TOSE C.\lU.os- Executado mal e porcamente,
esquadra, oiUti~re Deputado diz o seguinte em seu importante OSR..EDuAR.DO SOCRA'l'ES-Affirma. o meu lllustre ecompc:enta
parecer: colleza Sr. José Carlosde Carvalho que esta. execução tem sldo
«Organizado o programma. que parecia. bem servil' ás dirigida mal c porcamento. De facto, S. Ex., si ouviu as primeiras.
necessidades nacionaes, vie:'am posteriormente as lições de palavras quepronucciei ao assomar á. tribuna, deverá. ter nota.da
uma guerramemoravel demonstrar que melhor seria. modi. que euaccusoi o Sr. almirante:\lexandrino de haver eliminado ::r.
11ca.l-o convenientemente, e O Congresso, no inicio do quatri· vantagem que encerr3.Ya o seu programma, quanto ao principio da.'
.. eanio Affonso Pena., autorizou Essa modificaçã.o, quo o Go- homogeneidll.de. augmentando a tonelagem do um dos tres naviog~
vorno soube e1fectuar sem augmento de despezas, antes com por S. Ex. pittorescamente denominados mastodontes. '
economia respeitavel. ao mesmotempo gue dotava o pro. O SR. Jost CARLo~-Navio que hoje não tem dique, nem lh:~
gramma de grupos mais homogeneos e de maiorefficiencia, nem fluctuante.
que os anteriormente planeados. • O SR. EDUARDO SOCR... . TFs-Tratal·et depois, Sr.Presidellte, da
E'claro, Sr. Presidente, que o iIlustre relator refere-se neste questão deClisto, em libras esterlinas, das unidades constitutivas do
trecbo do seu trabalho ao plano de reorg~nizaçio naval traçado pr0gramma de 1906 e do das que tino.aern vista. o progr'amma de
pelo eminente almirante Sr. Julio Noronha. 1904.
"Proponho-me, Sr. Presidente, a. provar o seguinte: a propo- Agora, vou me referir ao podor ofi'ensivo das. duas esquadras.;,
siçltoavançadapelomeu iIlustre companheIro de Commissão não O da esquadra de 1904, proje~hlla pelo eminente almira.nta
ê, pelo menos inteiramente, verdadeira'. . Julio deN'oronlla, era representado por a,~i8 unidades, sendo tres
, O programma .nava.l de 1906. isto é, o programma. na.val do couraçados de 13.200 a 13.700 toneladas, deslocamento que S. Ex~;'
sr. Alexandrino de Alencar nem é mais efllciante nem ma.il eco- postoriormente aIevou a 14.750, com 60 ca,nhõesde 254 milIimetros~
"nomico do que o progra.mmanaval de 1904, do Sr. almirante Julio ou dez pollega.das. . . ,
de Noronha. Oprogramma naval de 1906, que foi em sua origem O programma del{J06 comprehende tres unidades, principaeg...
Um programmaem que se attendiaá homogeneidade dosgrupos O! dl'eúdnougth! S. Paula, MillasGel'aes e Rio de Janeiro, cOIll,
na.vaes. j4nãotemhoje essa homogeneida.de,ao passo que o pro- 36 canhões de 305 millimetro~. . . . , ."
gramma do Sr. almirante Julio de Noronha teria essa. homoge- Lamento, Sr. Presidente, não se achar a meu lado, neste ma":
neidade. .... ' . mento, oillustre (1 compete:1to profissional da Ma.rinlla o Sr.Jos~
O Sr. almirante Alexandrino de Alencar, em. seu programma. Carlos de Carvalho, para alloiar com a sua alta competeucia. M
,de 1906, adoptou pa.ra na.vios.de combate o typo drenànougt1&, e proposições que vou avançar. . . . ..
\eneommendou tres desses naVlOS de 19.200 toneIlada.se tres cru·.· Sendo caso normal em combate os tiros de banda.,.asunida."
zadores velozes, escla:ecedores ou 3COUt!. .. I· deseonstitutivasdo programmade 1904 forneceriam uma. descll.L'ga
, Em seu programma, ao contrario, o almirante JuUo de No- de 42 cantões de 254 millimetros p,or banda., e as unidade3 consti••
ronba, planejara. construir trescouraça.dos de .13.200 ao 13.~OO tutivas do programma Alexandrin;" fOI'necerão uma descarga ape.
I
toneUadas,etres cruzadores de menor tonelagem. g(tardando nas de 30 canhõesde 3(15 millimetros. lIa, portanto, no valor mili·
'cntretanto, respectivamente, cada um dos grupos perfeita homo· . tal' desses dous programmll.S. no poder oll'ensivo, avantageUl d~
:geneidadoquanto á. tonelagem. ao poder o1fensivo e ao raio de I 12 canhões para o de 1904.· . . '. . ..
acção. . . .. I' Em relação Il massa lIe metaI atirada. na unidade de tempa,
i'
j
Não vejo. portanto. em que se baseia o illustre companheiro de qual soria a mass:!. expedida pelas unidades constitutivas do pro--
COmmissão para atllrmar que o programma. do 1906 attende me- gro.mma de 1904 equala lailç::.da pelos do programma de .1905" .
lpor a.o pl'inc~p!o da homogeneidade d~ que. o progra~ma.de 190:i.. As unidades do :p.rogramma de 1904, atir:l.m 28.602 kilogram"
i . A proposlçao do Ulus:tJ:'a·collega. aao é Justa nem l~t8lramente Jllas de meta.l pormluuto, eas de 190617.3.10 kilogrammas, sendo
,ve ..rd!1.~.Oira.p.:).rque... é S:l.bld.O da...ca.mara. e. de t.0 4o o palz, o sr.. aI. ~o p.rim.eiro caso a.s rotierid.as.. unid.ado.s. se.rVidaos por 42 canhões e, "
,)n]rant9 Alexandrmo d(! ~Iencar alterou posterIormente o'@'upo DO segundo apenas por 30. . , . . ,,'
~1~..:~.~3r~~d~~..u.othrmodlf1candoo contraoto da. cODStruc9a.~ a9 .. · EStouXDe refe~Ddo~ tiros d~ ba~iI~,t' , . , . ' ,.',
- E' sabido, Sr. Presidente. -que o peso do '[lro.iectil dos grossos
;f3.0~'"

Ofl raios de accão das unidades do programma. de ~904Sã.o.:-I


.. ;
canhões das unidades do progl'amma de 1904 é de 227 kilogram- os cruzadores .couraeados, 9 mil milhas; os couraçados•. com a.,
mas, senaode 385 o peso do pl'ojectil das unídades doprogeamma mesma marcha horaria, toem um raio de accão de 10 milmilha.s.·
de 19013. . A capacidade das carvoeiras dos couraçados é 'Para 2.000 toneladas,
. O s 42 Cll.llhõ3sque Iançarn projectis com peso de 227 kilogram- e a dos cruzadores couraçados seria para 1.500 toneladas. .
; mas-programma de 1904-fazem por minuto tres tiros. ao passo O raio de aecãodcs unidades do prograrnma de 1906 não leva,
que os canhões das unidades do programma, de 1906 fazem apenas absolutamente vantagem ás do programma de 1904,
tiro c meio por minuto. ou trestiros em dous mínutos. O.~ couraçados do de 1906 teem um raio de acção de 10 mil
Em conclusão : os. crnhões de que estão armadas a.s unidades milhas. quantidade esta perfeitamente igual á anterIor. sendo de
que compõem o programma nav,~l de 1904avantajam-sB aos das 2.000 toneladas a capacidade das carvoeiras.
unidades que constituem o programma de 1900. lançando mais P01't.1LDtO. neste particular, que é, aliás, importante. -raio de
11.202 kllograrnmas de metal por minuto. acc;:ão- ha perfeita identidade entre as unidades dos dous pl'O~
Abandonemos agora, Sr. Presidente. o ponto principal que gr-urnmas,
determinou a minha vinda ãtríbuna, Aceresce, Sr. Presidente. que.o programma navalda 1904, do
Eu J2oderia., no momento em que o meu iUustre eollega de almirante Noronha.. incluía um transporte carvoeiro de 9.000 to-
cornmíssão apl'oseniou oseu substancíosopareeer, afim de q no eu neladas, com capacidade para. 6.030 de carvão,
lançasse a minha assignatura, f,\zel-o com a nota de ..... comrestrí- Sr. Presidente. as recentes viagens da nossa esquadra aos di.
cções j 'POrém julguei maís conveniente expôr de publico essas versos portos. quer da Amenca e . quer do Norte, toem provado ti.
restríccões e é o que estou fazendo neste momento. evidencia. a imperiosa necessídade do possuir eUa. pelo menos. UOl
Estudemos. portanto, a. questão de preço dos dous program- transporte earvoeíro,
mal'. . Si fOra. est<~ a situação da nossa eS'juadra. pGr oeeaslão da. vía-
O preço dos seis navios prínelpaes da esquadra que o Sr. almi- gem do Deodoro aos mares do Sul. o seu commandante não' teria
rante Noronha. architectou, mas que infelizmente não foram coa- passado os cnncosmcmentos que atravessou, vendo exhaustas as
,struidos,6 o seguínteçíncluídaa munição: carvoeiras do navio de seuconimando.
O Sr. almirante Noronha propoz apenas um transporte car-
Tonelndns e voeiro de gra.ndo tonelagem, pelas eírcumstancías de que este
3 couraçados ele••• ";". 14.750 4.213.200 navio, com maior facilida.de, poderís abastecerem alto mar, e em
3cruzadorcs de •••••••: 9.700 2.846.400 marcha. os navios que carecessem de abasteolment« de carvão.
S. El(. providenciou mesmo. no coutracto que fez com acre.
Total. _..... _•• 7.059. 600 ditada firma. ingleza. para queeste transporte fosse provido dos
- O preço das unidades principl.es do programma de 1906. é o Indíspensaveís apparelhos de Tell1perley. afim de que este sl1ppri.
seguinte: mente de carvão se fizesse em alto mar. mesmo em marcha.
O programma naval do Sr. almirante Alencar não íneluíu
Toneladas c transporte carvoeiro.
3 dl·eadnought$de....... 19.200 6.110.100 E' sempre desagradável, Sr. Presidente, que o navio tenha de
3 $cotds.•..•••••.•.. , l I , 1.032.000 alterai- a sua rota pela necessidade de prover a t'a.lta de carvão em
dado momento.
Total '; 7.142.100 Creio que com o couraçado Minas GtJ1'aes este facto se deu; ao
Sua rota. foi modificada pela eoattngencia em que se viu o seu com-
Verifica-so, portanto, em faVOl' do programma trulío de No- mandante de providenciar para que as corvoeiras fossem devida-
ronha uma dilfercnça a menos de ~ 82.5CO. o que O, torna mais mente providas, sem o que ellenão poderia ir em feliz. viagem at~
economíco, ao contrario do que atllrmou o il1ustre rl31ator, o ponto que era seu objectivo~
Vou dar agora á. Camata o preço por tonelada das unidades Vantagens outras eu poderia addusír no sentido de provar a.
que constituem 03 dous programmas, Indecllnavel necessidade dos trdon,pOl'tes carvoeiros nas esquadras
Peloprogramrna de 1904. cada tonelada custaria t: 96-24-00 ; modernas. Aliás, quaaí que todas as esquadras dos paizes adiau-
pelo programma de )006. custa i: 108-5-00. tados possuem esse t~,po de navio.
DilfereilCa. em favor do primeiro prograll1ma-~12-71-00. E' mais uma. superioridade aeeentuada do progra.mma. de 19J4
Sr. Presidente. a pressa com que tive de cclligirestesdados sobre o de 190(3. .
que estou transmítündo á C:l.mara, foi de talorJem, de hontem Por emquanto estou me mantendo em considel'ações de ordem
. para hoje, que não me foi dado conseguir. os elementos que me ha- puramente teohnica ; não abordei ainda as consíderações de ordem
. ullitasaern a provara superioridade destas ou daquellns unidades polítlca, que, amplamente. justificam a superíorídade do pro..
dos dous programmasem relação ao seu poder defensivo. gramma de 1904 lobrc o de 1906.
A Camara viu que tratei apenas de mostrar a. sllperiol'ldade Como o programmade 1904, o de 1906 incluiu também tl'es
do podoroãensívo das unidades do pl'ozramma de 1901 sobre o submarinos ou submersiveis, que são navios o1fensivos ou deíen-
das do de 1906. . . sívos.
Alií~, estes dados constam do ímportantlssímo e vibr;mte dís- Em geral, os submarinos. possuindo mator raio de aceão, cons-
curso aqui pronunciado na sessão de julho de 1906 pe:o talentoso tituem as unidades deste generoque se denominam submersíveía..
Deputado do S. Paulo Sr. Jesuino Cardoso, que, nessa oceasíâo, Estes navios submersíveis são providos de um apparelho deno-'
produziu a. mais completa ve perfeita defesa do programma naval minado perlscopío, pelo qual as manobras se facilitam, sendo. por·
do almirante Julio de Noronha, (Apoiados.) tanto, o golpe que visam dar muito seguro.
O ·SR. ALBERTO SARMENTO-E' realmente um discurso notabi· O programmade 1906 incluiu 15 navios desse typo com 550
Iissímo. toneladas. providos cada um de dous tubos lanoa-tol'pedos, pos-
suindo uma marcha bOl'doria. de 27 milhas.
. O SR. EDUARDO SOCRATES- Parece até de umproflssional. cumpre accrescentar, Sr. Presidente. que estes tubos lança.tor•
Os couraçados e cru.7.adOl'eS~COUraç(l,dOS que constituiriam o. pedos, não são acompanhados de um torpedo de reserva. o que·
mallogrado pl'ogramma de lfJ04 eram dotados de tubos lança- aconteceriá nos navios de typo correspondente ao doprogl'amma'
torpedos, ao passo que os couraçados doprogl'amma do Sr •. aI· de 1904. .
lniranto Alexandrino estão desprovidos desse elemento de def~a. . . Este programma.; SI', Presidente. continha. seis dcstl'OYCI'$ de .
Póde pal'ecer que um couracadonão tllrã. necessidade de ex- 400 toneladas com dous tubos. sendo que c ~da um possue um tor-
podit' torpedos. Sabido que os combates. navae3 se ferem. na pedo .de resel'va. come é commull1.aUás, em toclas a.s· esquadl'as,e
maioria dos casos,. a. uma distancia sempl'esuperior a. 4.000 uma mal'cha horaria. de 31 milhu.
metros, e o torpedo marítimo jIL attinge a distancia sup~rlor a S~is torpedeiras de 130.toneladas comdous tubo3. isto.porém.
essa, é bem do ver que, desde que duas '. esquadras se approximem sem tOI'pedos de reserva, com uma marcha. boraria do 26 mi..
dentl'o do limite de 4.000 metros. os torpedos podel'io ser empre- lhas.
gados com grande vantl\gem, e assim os couraçados podem e Eites tor-peàeiros eram ma.is deatinados .l\defesadenossa.
devem ser providos de tubos lança-torpedos, eos~a ; não eram navios destinados a. combate em alto mar.
O programml1 de 1904 tinha.. portanto, esta superio~idade in- Outra l'estricoã.o que tenho de OppÔl' a.o parecer escl'ipto pelo
cO'ntesta.vel sobre o programma. de 1906, . . meu illustre compa.nheiro de Commissão. o SI'. Antonio Nogueira.
. Em relação ao raio de acção, elemento. que não se pódedes- é ao segulnte: S.Ex. atllrma que f\li na administraoã.o AlexilondrinQ
prezai' na constituição de uma esquadra, vou fQrnecer áCamara que se eonstruÍlt o moni.toL' Plwnambuco, h.oje.iocorporadoA ftotilha· .
. OlS seguintes informaoões. que.são interessantes eouriosas. de Matto Grosso. . .
Cvmo V. Ex. sabe, o l'aio de accão se aprecia. pela marcha que Esta unida.de. construida. em estaleiro. nacional, teve a lU' ;
,nmaunidadepóde fCl.zer, com mal'oba. moderada, sem se a.bastecer primeira cavilha. batilla no aooo .de 1889 ou ISgO, pelo illu8tre e
de Cal'vão, eminente ::hefe do Governo Pl'ovisorio, o eaudoso MiIol'8cha.1 Deodol'll
Um na.vio, por exemplo. que. tem seu ralo de 0.001.0 muito da Foueca. Depois .deste aoto, a.p~as lItlguns a.ntepllol'oaforlloTll::
,limitado nàopoderá. tazergraode trave$sl .... porque. Catlllmente oollOOllodos e oonseguintemeote p'L'lÜy~';.. a.aob1'tlo8 "-e ÇQJl~~~lloÇi,!L
;t~~â suas cal'.voeiraa eágotadai·oftearil.· do meroê d.u onda... .' ~o ~ll~tq~ !~t:t\.lIlll~HÇ',· .... . '"
'~ous

. Só em 1903. ou começo de 1904, o Sr. almirante Julio do Noro· « O tempo de serviço dos marinheiros procedentes das escolas
llba.ordenou que se 'retomasse a coustrucçã:o desse navio, providen· será. de 15 annos, contados da data de sua matricula." . •
cia. que foi immediatamente adoptada, . 'E' verdade que o tempo em que o alumno faz ao aprendi-f
Lembro-me bem. Sr. Presidente, que o então Deputado por zagem na. escola é computado nesse tempo. .
Pernambuco, o illastre e fogoso republicano, o Sr. 131'icio Filho, O projecto pede 6.000 praças do corpo do marinheiros nacto-
a.presentou á Camara. dos srs, Deputados um projecto, mais tarde naos, Inclusive 118 para ao fnspecçãoânvfal de Matto Grosso.
convertido em lei. consignando um credito de 500:000$ para a Não sou proâsslonal e apenas, por informações, poderia metJ
eonstrncção.dos dous monitores. o Pe1'nam~uco e o Maranhaa. ter-me em seara alheia. Informam-mo que cada. um dos dl'earl-'
Esta quantia, Sr. Presidente; mal deu para. que as obras do nOH[Jhts exige, no mínímo, uma. euarníção de 1.10:) homensv Tsto
eonstruccãodo monitor Pe"nam1J'Uco se adeantassem, em relação ao S. Paulo e 1\0 Minas Geraes, navios de 19.200tone-
Quando o Sr. Julio do Norouha deixou a admínlstracãoda Ma- ladns. Agora, o Rio de Janeil'o, que vai ter sua tonelagem elevada
rínhao monitor Pernambuco já tinha sido lançado ao mal" estava a 32.00:), naturalmenteexigirã numero de marinheiros superior ao
recolhido ao dique, prompto para receber o seu couraçamento e que exigem os outros navios seus congeneres,
demais aceossoríos, Não sei bem si o Sr. Ministro da Marinha pofc com .6.000
,Tá. vê, portanto, a Camara que o meu illnstro companheiro de homens guarnecei' devidamente os naviosconstant'3s de seu pro-
commissão foi um tanto injusto para. com a administração Julio de gramma naval.
Noronha, attríbuíndo .á. administração Alexandrino grande parte O SR. JOSE'CARLos -D3 forma alguma.
da cónstrueçâo, smão toda, do monitor Pernambt!co. O SR. Eou.HtDO SO·,R.-\.TES':- Por esse crozramma teremos tres
sr, Presidente, affirma tambem o parecer - e neste ponto eu couracados, tres scouts, 15torpedelras, tres submnrlnos, temos o
divirjo deUe-que a movimentaçã.o de nossa esquadra data da cruzador Barroso, temos o Benjamin Co.istant; o~Jl1fb!ic'T, o 1° de
administração Aleundrino, data. da. celebro phrase do S. Ex. - .I1Icwço, o Flúl·talto,oDeodOl·o, uma ínântdadc denuviosque não estão
«Rumo ao mar», desarmados, que estão em acttvidalc e que exigem uma guarniçii.o
Ainda desta vez S. Ex. foi ímpíaíosamente injusto para coma compatível com as Sl1:J.S necessídudes. . Parece-me que com 6.0()()
administração l'Ior..nha, porque devemos nos recordar que foi du- homens o Sr. almtrante Alexandrino de Alen(13.1' não poderá. guar-
rante a sua gestão que os navios da nossa Armada começaram a necer 03 navios constantes da. esquadra quaclle proprío orga.·
mover-se. . nizou ou idealizou. .
Até. Sr. Presidente, o cele\>reTa111andar~,que até então vívía Com relação aos Ioznlstas, Sr.' Presídento, o § 4° do art. ,1'
amarradoã baía, com uma cónstrucção que jamais terminava, pede 1.2)0 e o Si. Deputado J03é O:I1'lus n.pre';1nt011 uma emenda
conseguiu mover-se. elevando esse numero :\ 1.50::!. lneontestavclmente ha necessidade
Varias viagens fizeram navios da nossa esquadra, e posso até de se Iornecar o pessoal iJl(l:spensavclpar:l. que os. nossos navios
lembrar áCamarllo que só o cruzador Bel~jamin Conslallt fez qua- possam livremente ter a mcvímeutacão que devem ter. V. Ex, •
tro, percsrrendo portos estrangeiros. saba'perrcítameute a viagem penosa que Jez o couraçado S. Paul()
poderia citar tambem o cruzador Be!.rl·oso, que. foi ao Chile, pela insuülcíencln rle túgui,t-Is.
comboiando o Chal'lston em cujo bordo ia o íllustre' estadista ame- O S1~. HO:-;ORIO GCRGEL - A viugom do BIIMc! tambem foi
ricano Sr. Elihu Root, penosíssima.pelá mesma fa:~:I de foguistas.
Portanto, a mos imentação da nossa esquadra não é um facto O SR. EDCARno SOCRATES- A tarefa queincumbe aosíoguls-
que se dcva esclusrvamenta é admínístraçào Alexandrino (..111oia- tas é de tal. ordem, :.l, situação em que cites trabalham é de t:L[.in-
dos). Desde a administração Julio de Noronha qne os navios da c1emeneia que o.numero desses laboriosos trabalhndores deve ser
nossa esquadra, embora reduzida e quasí incapaz de se mover, de molde a permlttír um desce Il~O necessário :1 rcparacãc das
apezar dessas díâíeuldades iprocuravam portos estrangeiros e da constantes íadigas a quo são forçados em uma elevadís-íma tem-
nossa costa. peratUI''.:-
Lembro-me até que quando o Sr. almirante Alexandrfno teve E'''Ucrn dE! C1'eI' que elles não poderão supportar esse trabalho
de occupar uma. cadeira na representação do sou Estado, no Senado )'1nr multes horas consecutivas, seudo preciso que uma no-
Federal, S. Ex. se achava nas costas de S:LntaCatharina, com- V;1 turma.. dev'damente rest'iurada de· for,;:.s pelo descanso,
mandando uma dívíeão em exercício. venha retomar o serviço da prímeu-, rendendo-a. V. Ex. Vê, portan-
O SR. Jost CARLOS - E foi eommandando uma. divisií.o ao toque ~ indbpen:'ltYol que o nUIl.ero l:C' rogulsh~ c::>rrespondaás ne-
Acre, em commis:ião nomeada. pelo almirante Julio de NONnha, ce.3siu;l,d(ls dos novos navios para sua l'C'.gulul' mqvimeut:tl;'ão.
embora só chegasse a.té ao Amazonas. O § 6° do mesmon.rt. pede 9::lO pré.ç:\" par:l o bn.t:Llhão naval ..
O SR.EDUAP..DO SOCR....TES - Um outro reparo, Sr. Presidente, Li no relatorio Jo SI', 111llistro da Mal·jnba. que o e1fectivo Ó
terei de fazer. não ~.,o parecer doillnstre relator da Commissão, de 607 p1'a~as, . \
mas ao proprio projecto de fixação da força. naval. O SR. JOSÉ CARTos-Em minha emenda eu a.ugmento a 1.000
Refere-se o meu reparo ao artigoqu8 trata do tempo de o numCl'O de pr,l,ças.
serviço na Armada, isto é, ao art. 4°, em qu.e se diz; cO tempo O SR. EDUARDO ~OeRA'I'ES- O illustre Deputado pelo Rio
de serviço dos voluntarios será de 10 annos:.. Grande do SllIinforma que, em virtude de uma emenda que a'Orer
O SR.. JOSE' CARLOS - E' uma barb:l.ridatle. sentou, eleva cs,e numero PLl'U, mil. •
O SR. EOUARDO SOCRATES -- Imagine-se que o individuo que se O SR. JO~É Cr RLO,- Porque os drcahtctf!Jltts exigem tambcn1
apresenta ao serviço tenha 30 aonos. guarnições do batn Ihão nn.va.l.
Esse individuo dez annos depois esta.rá. com 40 anno~.Ecomo O SR. EDUARDO SOCRATES-· Pondcr:1.S. Ex. ,em aparto, qUJ
o projecto, no art. 5°, permUte o engajamento e o reengajamento, os novos nn.vi03 exigpm força de batalhão nava.l a bordo.
segue-seque esse individuo, depois de presbr osdaz annos, poLlendo SI', Pl'esid entr, C01l1 esta. minh:1at "itllde, analysa.ndo os nro-
engajar·se por tres anUes e depois reeng;mjar-se por mais tres e grammas navaes de 1904 e 190:3, plra demonstral', de mo;lo inco:1-
depois por mais cinco, estará. com 51 annos. testa.ve!. a vantagem do primeiro. sobre o se~·nnllo, nüo tiv13 abso-
Ora, pergunto: um individuo nessa.s condições poderá. prestar lut.lmcnte o intuito de diminuir0S serviços'relevautes que o SI'.
ainda serviços efi'icazes e pesados· como s5.o os de marinheiro' almirn.nte Alexan,lrino de Alencar PI';lstou ao paiz na a.dmini;)~
O Estado lucrará. e:rn ter uma marinhagem veterana, envelhecida. tração da marinha.
deste modo 1 Quiz, porL'm, accentllar que o criterio a. flue S. Ix. obedeceu
O projecto, porta.nto. nesta. parte é a.bsurdo, exigindo um telll~ quando, assumindo a. p lsta dn. mn.rinlla, tratou de modil1c,u' o pl·O·..
po de serviço. exaggeradissimo. gra.mma. de seu antecessor, não fui.o criterio mais ponderai1o e
No Exercito otempo de serviço militar est:t reduzido a. rlous razoaval.
annos. Termina.do os dous annos, a praça tem a. sua. baixa e pass:t Desde que o BI'azil cuidou rIo reorganimr seu podel' naval,
a fazer pal·te da reser va da. 1" linha.. . . q110 e~ta.vt\ iuteiramente annullado, sendo que lhe cumpria gnar-·
Isso éo que dispõe alei. !:leCel' a slla.exteus:\ costa, a Republica. Argentina pensou em pal'aI-
E' fa.cto, Sr. Presidente,-e eu trago esta .denuncia. á Camal'a. e lolamente augmontar a esquadra que tinha..
aopaiz - que ultimameute provideilClias teem sido dadas para qne Nesse occl1llião, inconte!ltavelment1:l, pelo numero do unidades
as praças do Exercito, logo que cOllcluam o sem tempo, possa.m
ser engajadas e, completo o tempo tleengajameuto, sel'reeu·
qllC possuia, tinha aquelle paiz superioridade naval quanto aa
bl'a,zil. A execução do. prC'gré\mma de 1904 viria perturbar essa.
gaJadas. sllperiQriilade, que passaria pttra nós, ficando· o nosso r aiz com
Este"acto ê m:l.nifesta.mente contra.rio ll. 'lei que determina. tonelagem global maior que 1l, da Argentina.
que, findo o tempo de serviço, ao praça é excluída. das fileiras para. Um ol'gão de indisplltavel importancia politica. na RepublJea.
incluir-se na. reserva. de primeira. linha. visinha, La Nacion,. devidamente informado, nocitiou que o go-
E' verdade, Sr. Presidente, que na marinhaingleza umbem o verno argentino. a esso tempo cogitara. de. encommentar dous
tempo de servioo é muito eX1\gger.a.do•..Mas não .ba ra.zão parl\ couraçados de 14.000 toneladas, .além de outras unidade 8e01111-
erme adoptemos processos inglezes,porqullonto é bem sabido que a dàrias,para. reforço da. ~quadra. . '
Inglaterra ê muito. presa. 4s suas·· t.radioõea e muito dUftcilmente A Argentina, portanto, conhecendo o plano de.reorganlzaç~c)· .'
de1Jasse=. ' . ' na.val formula.do pelo almirante Julio de Noronha, entendia que'1
, Bal· aos mlol'inbelroa provindas das escolas de apren- a.dquirindo mais .OOUS coul'ac:adosde U.OOJ ionelllodas. não teria
dizes JDarlDbelros~ exigHe, eonforlQe dlspõe·oan.·a-, ,o lI8plDW: &bsoluta1MDte ·dlsputada. pelo BrazU 't\suamperiorida1e na,va.l.l·"
f'~ .• - ,-.

DoteO
~ ~.... . •
QUOI' dizer, o plauo de 1904 de modo algum a.larmou nossos vi- . O almirante Aleundrino, impressionado com &" Initnra dt,
siJlhos, do Prata. ou, melhor, do continente sul-americano, alguns publlcístas que tirJ:vam umas tantas conclusões das obser-,
Esse progrumma, por'bnto, obedecia unícameute ao criteria. de vacões feitas a.proposito da. guerra rus80-japoneza., sustentou QU6
reparaernos a nossa esquadra, que então estava eonsíderada como os c::,uza'Iores-couraçados deviam ser abandonados. para que, em"
ímprestavel, .íucapaz de defender a dilatada. costa dopaiz;. os substítuíção, fosse adaptado o typo dos cruzadores velozes, dos.
nossos vlslnhos não se assustaram com a. providencia. que o go- scouts, aos quaes se dá, em combate, o panel que correspondeem
verno brazlleíro adoptava. terra á cavallarla. Esse, esclarecedores devem marchar na frente
Que resultou, porém, doprogramma de 1906? da esquadra afim de se.certí ficarem da posição do inlrnígo, de sua.
lII'Ll annunciado, o governo argentino se alarma, manda es- formatura., para. velozmente recuarem e assím transIllittü'em ao
tudar o seu novo plano naval, recursos foram dados pelo poder commandante em chefe da. esquadra o resultado da. cornmíssão de
competente, sendo encommenuados dous couraçados de tonelagem que forem incumbidos. Ora os cruzadores-couraçados podem tam- :
superior li dos-nossos. '.gitoa·sono paiz, a.proposlto do desarma- bem ser dotados de grande velocidade, podem desempenhar o papel
meuto do couraçado RiuchllC!O, a idéa de adquirir um outro, por que se a~tribue aos scouis, com a-vantagem de que si, forem sur- .
suhsceípção pomlar, do mesmo typo uns contemplados .no pro- prehendídos por um ataque, estão em. condições de repelli-o,ao
grnrnma-c-Alexandrlno, e que herdaria. o mesmo nome ;immediata- pas,s) .que osscouts, por mn.is_ velozes que sej rm, não poderão
mente a Arg~ntina. appéllnndo para o patrtonís.no de seustilhos, resistrr a uma emboscada e tsrão de ser fa.talmente sacrificados,
cogitou também de mandar construir, contando com esses recursos isto é, mettidosa pique. Não é verdade que das esquadras modere
P01JUhu'es, um novo couraçado que incorpor-aria á suv esquadra, nas teem sido banidos os cruzadores-coúraçados, nem tambemã
ora, Sr. Presidente, desde que a Argentina. adquira douscou- verdade que os scoats bel avantajem a elles.A"sLm o progeamma,
raçados de tonelagern suparlor á dos noss.s, que vão juntar-se aos de 1904 não pode com Iustlça.ser tido como inferior ao.de 1906; a.1]
seus cruzudores-couraçados, que são de 9.500 toneledas, a sua contrario, deve ser considerado como superior-,
tonelagem naval ficar.t. superi Ir á. acuial tonelagem do pro- SI', Presidente, V. Ex. me permitirã, que eu aproveite ao cir~
grltmma.-Alexandr'ino. isto é, a Republica Argeatina. continuara a cumstmcía de estar na tribuna, e devido ao fa.cto de, quando ehe-
~UZ;lr Ih supremacia naval n \ Ameríea do Sul e a c.msequencla, guei á Camara hoje. ter encontraío o livro de lnscripçães inteira.
portanto, destasituaçã..) creada pelo pl'o;;ramma. de HJ06 será. que mente tomado por collegas que mo precederam, para me referir,
vlvere.uos de ora a\'ant'~ a porfhr com a Argentrna. Toda vez que talvez em defesa do Sr. Nil;) Peçanha, ao seu acto prohibindo qus'
o Brasil c mstruir um conraculo ou juntar' uma. unidade á. sua os frades expulsos de Portugal aportassem ás plagas urazilei~,
IUI'ça WLVLl.I, ella fará o mesmo e toda vez que ella assumir o ras,
papel q'LC attribue ao Bruxit, nos veremos igualmente na centin- O .Sr. Nilo Peçanha foi tido por inimigo. do catliolíclsmo, p'Ol!
gcnei Lde augmentar do mais um.i unidade a nossa esquadra, haver impedido que no Paíz desembarcassem alguns representaútes
~Ü.) sei onde iremosparai' nesta poütíca de despíque, do seu clero.
Tenho assim provado cue tambem debaixo do ponto de vista Ora, Sr. Presidente, acredito que truta-se de uma grandn
)"l-,litlco o prozramm» de 190·1 consultava melhor os interesses da injustiça., pois assim considero o se attriJJUir ao SI'_ Vice-Presidente
Itcpublica do Ipe o do 1906. da Republíca ídéas antagonícas ãs que sustentam vos íllustrcsre-,
QU.Lndo fazla a comparação, Sr. Presidente, do poder oãen- presentantes do clero .cutholíco. E, á. proposíto. voulêr ú. camara
si ':0, do valor militar da~ dua~ esquadra..; dos programl1las Nol'o- úmdocumentoque prova queo SI' Yrée-Prestdente da Republíea
niJU e Alexa.ndr'ino. esqueci uma circumst'1ocia interessante,qu301 nã.o é,. como dizem, contrario a essas idMs, (l que, bem ao contrario,
<L que se refcr'c á carga de alto explosivo das diver..as unidades é até um fervoroso a.depto da religiii.o catholica. S. El!:. tambem,
tlvs l'ofuridos pNgrammas. em discur,o recBntemente proferido em CJ.rnpos, reportando-se aos
VOIl, porta.nto, sllpprir esta deficiencia do mcu (li:lcurso e co- beilos tempos em que na sua meniniceapanh:l.\'a flechas de fogue.
meç:al'oi pel<1 cal'ga de alto explosivo dos c'l.nhães das unidades da tes por occasião das festas catholiciloS, recordou os seus sentimentos
os 111o/lra doS,'. :1lmiranteAlexandrino de Alencar. catholicos, . . .
, C:tlh~ gr'ann.da de canhã.o de 303 mim cJntém Ui:"la carga de alto Quer dizer: S,. Ex. apezar de menino, freQuentava a~
cX',1:JsivlJ corl'e~pondtlllte a 0,5 % do pe-o dtL mesma granada. E festas r'lligiosas .0 :le distrahia, após aterminaçii.o dos actos reli.
C'llllll este peso éde 385 kilogrn.llmas. segue-seque a quantidade giosos, em apanhar as flechas dos foguetes. (Riso.)
de alto explo.>ivo será. de S6•.ô kilugramm:J.s. Essa cl'ença, que lhe vem dos pr.meiros o.n.nos, não semodi.
D:t.nuú cada canhão. 1.5tirll por minuto. é claro que essa ficou ainda, Sr. Presidente. O S1'. Vice-Presidente da Republica é
qnn.atida.de se elevar.t a 5-1 lúlogra.mmas (30,648,3-54,9 kilogram- ainl1., um bom catholico,o eu a.credito.
ID:J.'). que, si S. Ex. assumiu perante o Paiz a responsabilidade do im';
üpr:Jducto de 54,9l~ilog-rammas por 30, que é o numero deca· p2dir que estrangeiros desembarcassem em terras brazileiras, não
11IlÕ(J; de ;.,05 1"/111 pur bandtL dos cOUl'a<~ados de 1906
represant:t a o fez por sua propria 'Vonhde, sin~o para condescender' Clom a opi.
qU~lltidôldc de altu e~plosivo pur eUes lançada em um minuto, que nião do illustre titular da pasb tlo Interior. O facto do illustre
Ú üe l,fi,17 kilogrammas. Deputado por Pel'nambuco, o Sr. A[mso Costa, tCI' hoje occupado
Cada. glwlD.ua de canhão de 25,1 ru/m cO:ltém nma carga. de alto a tribuna para defender oacto do Governo, nos induz a acreditar
(lxpl0sivo corl'eSpO::lJ.cnte <lo 21,5kilogl'Jommas (227X9,5~2l,5 kilo- que a inlcia.tiva. úa. prollibiçã,odo desembn.rclue dos frll,des estran-
gl'amm<l.»h . geiros é toda do Sr. ministro do Interior. Quero crêr. quo S. Ex.
E c.)mo. c:Lda canhiio dCL trestiros por minuto, é obvio que a tenha feito ao Sr. Vice-Presidente da Republica a. maior das vio-
a qllantldade de alto explosi vo laoçadana unidade do tempo ser.t lencias conseguindo seu pZCtcet p!loL'a o lLctoqlle premedita.ra, de
de G~.;" kilogramma-;. impedir que esses frades vie:lsem se junta,r a.os que aqui no Paiz
~':sta quantidtlde, multiplicada. por 42, que é o numel'O dos ca· gozam dam:1Ís ampla. liberdade, no eJ'orcicio da suo.funcçã,o re·
nl1Õj. pur banda, do progl'amma. de 19::>4, dá o peso de alto expIo- ligiosa.. . .. . .
si I'U 1n.1,çacioem um minuto, que ê i);ual a 2.709 kilogrammas. :Mas, vou lêr á. Camara., Sr. Presidente, o documento illlpor...
Comparação. tantis ;imo a que me raferi, a que eorrobÚL'n, as opiniões q ne vonllo.·
omittindo no sentido de det'enrler as convioções roligiosn,s do
P1'Ogranll11<l. de IOO'1-Quantidade de alto explosivo S~'. Nilo Peoa.nha.S. Ex. não é tlm inimigo da ggreju. Catholl"r1. e,
lançada por minuto. " ., .••...• , ....•. '" ..... 2.709 ldiog. si o fosse, não teria. proferido em dis~llrso, pronunciadoha din,s, em
Pro",ralUnlU. de lP06-Ql1antidada de alto cxplosi vo Paty, as seguintes palavras, em resposta ao Pl'e~idente da C~Lmara.
l:l1w<tua pOl' nlinuto ....•.•.•••• ,............. 1.0,17 » de Vassouras, que vou ler textualmente:
Pl'ogranlma de lOJ4-~Jais....................... 1.062 1>
«O Sl'. Presidente da Repllblica raspondeUl'atentenndo <lo
Defondendo o pl'ogr'a.mma. naval do almirante Alexandrino do sua gratidão <1.0 grandioso n,uxilio (IUerecebeu dos Drs. Fran-
t\lcncar, em julho de HlOJ, o illustre relar.or da Commissão de Ma· cisco Se\. e Pc\uto de Frontin. Tel'minan>lo, S. Ex. JUROU rol!.
rinlu e Guerra. Sr. Antonio NO;jlleira. declarou que um dos de· DEUS ~ PEL,\ REPUDLIC,,- que fi1l'ií1 todos os saCl~'ificios pelo
1'Otr.os do programma (lo Sl~. almirante Noronha era ode incluir progresso c pela felicidade de sua Patria. .•
tre» cr'l1zu.,lOre~ cotlrac;udo~. Iníorroou S. Ex. que. segundo os
Ctl~in~1mentus da guerra japoneza, esse typo de navio estava crlO- Pois o Sr. NUlo Peçanha., que terminou o seu discLlrsoem
demnJ.do, devia. SOl' banido da esquadra. moderna, ao que objectou Paty fa.zendo um jnramento solemne Em nome· de Deus c ela :Ré.
de~do logo o Sr. Je:luino Cardos" mostran,lo o erro em que la.bo- publica, pOde ser tido como inimigo dos frades, da Religi~o Ca..
l'avu. S.Ex.esustentando que, limito ao contl'ario, esses cruzadores tllotíca.1
cOUl'açrluos nã.., tinham sido aba.ndonados-por essas na.cões bellige- A conclusão que posso tirar é ellta: que o Sr. Pl'esidonte da
Natos e a prova é que continuavam a. ser incluídos em todos os Republica jlLmas cogitou de impedir a entrada desses religiosos.:
Ill'ogramma., navaes das mais adaantal1a.s nações.d~ mundo.. . FASe acto deve corrae sob ao exclusiva. respunsabilida.dedo Sl'. Mi...
Não ba muito tempo li um telegramma notrciarldoque ha.via. nistro do Interior, S. Ex. o Sr. Ministro do Ia.erior foio autol
sido lançado reClentemente 0.0 mar um grande cruzador couraça.do dessa providencia, com a qual o Sr. Presidente da Republica. nad",
mand~do construir peloguve.rno inglez. mais fez do que condescender.
EssJ defeito, portanto..que o no S:,l illustre coUegao enxerga.va. no . Sr.· Presidente, v.ou concluir aa0baenações.que veDho :C&Zencl~,
programmade 1904, bem ao oontrario, constitue urna. dalvanta· a.,proposita,da.projec,to em deba.te. V•.Ex. viu que eu D;le pro;lU
tlgons desse progmmma., demonstrar & superioridade doprogra.mma naval de 1901 sofíre .'
'·~óéJ;J\,
'mp" N - ~ •• _,., ..... -·::---·;;;t'r"·~· ,.....~ ._".-.,.- ~ ,-~ .. 5 "'_0 '* ..._.-:@iI'"
dê 1906 e que o fiz, não direi cabalmente, mas, appelIa,ndo pa.ra a nha, na guerra do Paraguay, como voluntarlos da Pa.tria.Ao.Exer;l,
Tel'da.da dos algarismo~ que apresentei. á camar«, p~so aIDrmar, cito ou na Armada, li. concessão do lu't. l° da. lei n, 1.867, de 13de '
qúe'o fiz completamente. (A1Joiados.) , ., agosto de 1907; com parecer das CommissÕ6sde C'mstituição e '
Decl::'l'ei também.' que nao me moviam int!11tos de uma. Justiça, de Msrinha e Gllerra o de Finanças (vide proiectos ns.1 11
,opposição de ultima hora ao. illustre Sr. almirante Alexan- c 65 e pareceres ns, 11, de 1908, e 169, de 1909; aviso n.94, de 1910)
Ilrino de Alencal'; CIl disse mesmo que o meu intuito não era (discussão uníea); , '
diminuil' os serviços que S. Ex. prestoua~Pa.i~. Não 'luero que , Vôt:tção do projecto n, 30, de 1910, autorizando o Presic!cDta
Bqlle no espirito de quem quer que se,la a impressao de que da Republica a abrir ao Ministerioda Justiça oscredítos de 1:226$,
"estou apeerejandoo sol no oecaso, Reconheço mesmo que o Sr. supplementar li. verba 18a, ede 4:927$500, supplementar. á. verba.
almil'&nte Aiexandrino de .Alencar foi muito bem intencionado. 31" do art. 20 da lei n, 2.221, de 30 dedezembie de 1909, afim de
' S . Ex. inspirou-se efl'ectiva.mente· em publicishs notaveis e attender no pagamento dos sal.aríos dos oper,LI'ios des ofllcioilosdo
assim organizou o seu plano naval, que. muito embora não corres- Archivo Publico e Bíblíotheea Nacional (S" discussão);
pondesse ás nossas elfectivas necessidades, todavia tem merecido Votação do projecto D. 371, de 1909, restabelecendo os venci-
applausos até no estrangeiro. mentes do pagador da Delegacia Fiscal do Rio Grande do S 11, na
Termino, pois, as minhas observações, pedindo ao meu illustrc quaDtiade 5:000$, sondo dous terços de ordenado e um terço rde
colleg& de Commissão,relator do pl~ojecto,o Sr. Antonio Nogueira, gratificação, e autorizando a abertura do necessarío credito; com
nue não leve a mal as dtvergencías em que nos encontramos, por- pal'ccer da commíssãc de Finanças (vide pl'ojecto D. 410, de 1908)
'~ue não tive absolutamente o intuito deatrahir a atteDção da Ca- (2" discussão) ;
mara. a pontos do leu traba.lho que me pareceram destoantes dos
seAtimentosde justiça. com que S. Ex. costuma julgar os homens. Votação do projecto n. 31, de !lHO, autorizando o Presidente
. -Ttmhoconcluido, (Muito bem; muito bem: ) da Republica a abrir ao Mi nísteríorda \'ia,ç-â')c Obras p ublicas o
(<<Il~
meio (lo discul'so do S/'. Eduardo Soerates, o S/', Sime60 creditoextraordinario de 25:000$, para. pagamento :i. Companhia.
/jUIS e occupada
Leal 2° Secretal'io, deixa a cadei,'ada Pl'llItidcncia, Ltthographíca Hartmann & Reícueàbach, de S. Paulo(S" dis-
~élo S/'. Euscbiode And/'ade, aoSecret,wio.) eussão) ;
O Sr. Preeldeu;te-continua a díseussão do art; l0 do Votação do projeeton. 2:5, de 19l0,auLoI'izando o Presídenta
projecto. da Republíca a abrir ao Ministerio da Fazendao cr,edito e:drl!'0r-
dinariode 775$640, para occorrer ao pagamento devido a Fra.nCISco
O Eb·. Bethencourt d.q. Sllva. Filho-Peço a pu- AIves RolJo, em virtude de sentença Judiciaria (S" díscussãc) ;
lavra. Votação do projecton. 26, de 1910. autorizando o Presidente
081·. P1·e@ldente-Tem a palavra. o nobre Depu- da Republica a abrí» ao Minilltcl'io da Justiça e Nego(;ios Inter-rores
_ado. o eredlco extraordínarto de7:1OQ$, par.... pagamentode vencimentos
O ........ Dethencou1·1; da. 811vaFllbo fazdiver- do procuraüor' erlmínal na seccão do Dtstrteto Federal, de 25 do
sas considerações
&::rA
rela.tivas á. organizaçãod'IS nossas torça.s navaes, fevereiro a SI de dezembro de 1910 (3"dis~UIBiio) ;
e, aproveitando a largueza. do debate,seguDdo a praxe, trata. de Votação do projecto n.56, de 1910, autorízando o Presidente
'·va.rios assUD?-ptos de politica nacíonal, eírctímscrlpta no in~eliz. bie.n- da Republica a abrir ao Ministerio da Justiça e Nego~ioil Interiorall.
níodo Sr, Nilo Peçanha á mesqutnhe» de um proJecto de Interven- o credito. supplementar á. verba 23"do art. 2° da. lei n, 2.221, de
ção monstruoso e deshonesto, 30 de dezembro de 1909., na. importancia de 7:000$, paraoceorrer
, E tanto mais si considera com a liberdade de se afl''l.star do ao pagamento de augrnento de venclmentos do juiz, .procurador e
assumpto do projecto,quantoé verdade, e o oradorsalienta,que SU~pl'Jcuradot·do Juizo dos Feitos da Saude.Publlca (3& discussão;
,.não estãopresentes ao debate nem o teade» da maioria, nem o pre- Yota~.ão do projeeto n, 370, de 1909, do Senado. elevaudoa
'sidente e o relator da cornmíssão, nem qualquer membro della, 18:000$annuaes 03 vencímentos dos directol'csdo Thesoul'oNacio
Dem outro membl'o da m ~io~'ja, a não ser o Sr. José C'I.1'loB, que nal, sendo dous terços de ordenado e um tCL'ÇO dCgl'a.~iíicM:ãoi
rijpre,ellta no l'afel'idogovel'JlO ao funcção da assistencia parlamen- comparecer da Commis~ã.o de Fiuanças S"Ll'cl as emendas olIul'C-
tàr. ' cidas na 2" discussão (vitioprojecto n. 138, de i~lO) (:z.& discu~;:,ão),
, Essa ause,naia denota que a maioria não.quer saber dos meios d' ti 19 - t" d P .d t
de g9vcrno para0 a.nno vindouro. (Muito bem, muito b~m). Votação o pro,Jecto n, 6~, e. lO, au or'lZa.o o o resl en (f
. Ninguem mais pedin.do a palavra, é encerrada, em 2& discus- da Republica a abrir ao MiDistcrio da Viaçãc e Obras Publicas o
são o art. l° e, saIU debate, succas~ivamente, os arts. 20 e 9' do credito de 470:000$, supplementar fi. verba. ~~. I!O. al't. 17 (la l.oi
projecto n. 185, de 1910, ficando adiada a votação até que a. respec- n. 2,27
1, de 80 de dezembl'C de 1909 para dlVC1'SOS ftns(2"dls-
tiva Commissão dê parecel' sobre as emendas otferecidas. 3ussáo), ... . .
. Votaçao do proJecton. 381, de 190), autorlzal1l1oo Gaverno:J.
O Sr. P1'e8ideJl,1;e - Esta.ndo adeantada a. hora, vou ' rever o pro~esso da aposentadoria e:.lncedida~)l· de(::,ct; dc 10 de
levanta.l' a. sessão, designa.ndo pa.ra amanhã a seguinte agosto de 1894 30 eDgenheiro civil Pa.ulo Enlllio Loureiro de An-
.drade t com voto em separado do Sr. Galdino Loret.(), pat'ecer e
ORDEM DO DIA. emenda da Commissão do Finanças (vide .pI'ojccto n .331; de 1904)
(2a discnssão) ;
Continuacão da. votação dos 'Votos em separado ao p:l.recer Votação do projecto n. 243 A, de 1909; autoriz:lollo o Presi-
Jl. 21, de 1910, dos S1'S. Lamounier GodofL'edo, .rel.'onheceDdoo dente da Republicaaconcedcr ap::lsentadoria, com todososven-
candidatoJos~ A\lgusto de Freit!!'s, e H~oo~i~ Gurgel o R,?drig~ cimenlos, e mais v:mt,Lgcns llue lhes competirem, 3.. S lentes das
Alves Filho, l'ecoulJ.ecendo o call<hdato Vlrglho de Lemos (dlscussao escolas de ensino suuel'ior da Republicaquc eOlltJ.r~m roa{.;. 25
,unica) ; aDnos de magisterio e-asSim o requererem ; com pareceres e sub.
Votação do parecer n, 27, de 1910, reconhecendo Deputado pelo stitutivos dil Com missã.o de Instruc~1i.' Publica eila. de Finanças
}O districto do Estado do Ceará o tenente-coronel Thomaz CavaI- com emendas) (2& dis~ussão);
canti de Albuquerque t Votação do pro~ecto D. 67, de 1910, aut0ri?ando o President~
'. ' . .
I
Votação d.o p.ro..;e.cto n. 152, de 1910, llxando.a.~ fOI'Q!LS de ater~.a d.a ROPUbl. iC.a. a abr.ir a.o Minlsterio daJlls.tiçac.Nego.oaios "I.n. teriol'cs
para. o exel'ClCIO de 1911 e. da.ndo outras prondeaclaS(2 dIS- acredito de 13:908$700, supplementar á.vf'rba 2," do art, 20 d(\ lei
~ussãoU n. 2.221, de 30 de dezembl'o de 1909 (3a disoussão);
Vota.çã.o dopl'ojecto D.lOi A, de l~lO, do SeDa~~, abrindo ao I
V.otação do projecto D. 136, de 1910, autol'jzandoo Pl'àsident~
,Ninisterio. ~a. JUs. tiça.. e. Negocias InterIoreS os .cre4Itos: sup.ple- da Republica. a. abrir ao Ministerioda. Gu.errao cr.edito de I :4d4$51.6
mentar, na Imp'ortanCla de 94:108$064, e e!'-traordlna.rlo, de 187:0:J0$, supplemenhr á. vorba 5" do art. 2° da lei n.2.221, do 30 de de-
e
para. a.t.,teDder. as de.BP.ezas com a.. secr.etarI.&. do. sena. d.o (c.om. emen zem.bro de 19. 9, para..pagamento dos. vencimcnto~ do contra-m ... eltl'e
C11lS) (VIde proJect:> n. 107 B, de 1910) (2· dlscusslto) i Dario José MoreIra. (2à discussão)i "
l
O.

Votl!-ção do project~ n. 383,de l~lO, re~ev.ando Q,presc:ipção Votação do pI'ojecto n. 28~, de ÜIÓ9; autorizando o Presidente'
em que tocorreu o direlto ao montepio instltuldo p~r f\Jlto1!,10 Au- da Republica a mandar contar, par.... melhol'itl. da montepio dei~i;do,
gusto ,Ta8lar~ de Padua, ex-amanuens~ ~a AdmInIstraçao dps o tempo em que o capitão de mal' e gUCl'ra Antonio Ferreir.1. tio
CorreIOS de Mmas Geraes, paga•. as contrlbulçõe3 atl'Q,zllodas (2& dIS- Carva.lho, já falJecido, serviucomoopel'ario do Al',senal de Mariuha.
i,ÇU8lão );. . , desta Capital (2a discussão); ' . ',
" Votação doprojecto n, .334 A, de 1909, do Senado, ~oDcedendo I votaçio do})rojeeto n. 180, de 1895., cGnco'lendoa. D- AugUstd
a D. 'Maria A~eratde da SI~Va. relevameJlto de prescrlp~ .pa.ra f de MiraDda. Mineiro, mãe dOI fallecidosalferes da BrigadaPoUcial
eber PeDsa ...o.. de_moD~.PIOi. com pareoer da..,com. ml.aO de.I.. pedro.J.osê de Miranda Mineiro e Anfon:oMlneil'o,. 11111:1.[110S.5.0
;~inanoas (3· dlscu.sao) t ·
it
. J'OO

.
" men..l de 60$, sem prejuizo do meio soldo que já -pellCebe (2" dig.,
. Votaçiio da emenda do Sen,do ao proJeeto n, 169, de 1909, da. j C118sã.O); . ~'..' • . . ' . '" •
..Ç&maradosDeputa.d08,que deolara eltensiYa. a08 ~edIOQse'pb~ 1 ' Votàoão' do>~to .Jl~" 33,' de "f9iO;'"1lIltol'ÍzÍl.nlo oPJdol'.
·il'r~~tjcos QqiJ llel'l"iram 110' h08Rltae~, e enfermal'!a. 'de' c~mpae" Execüth'o t\ co'ilC8lfev&ô e.itM'~t.~ d61a~'Cla,~e da Repartioão Geràl':

dos Telegraph08, Carlos Augusto Pereira da Cunha. um anno de Votação ;10 prujec.:to n, 65, de 1910. autorízandç o Presídenta
licença, com ordenado, para trahmento de SUa saude (díseussão 'da. Republíca a. abrir ao Ministerio da Agricultura, Indústria
uníca); .
e
commereíoo credito espec'al de 1.500:000.$, OllI'<J, para. represen-
Votação do projecto n, 423, de 1906, facuítaodo ás assoaiações tação do Brazil na Exposição Internaeíonal.u« Turim e Rorni, em
Que se íuudarem para os fins provistos nas convenções de Genebra, 1911 (com emenda) (vide avulso n. 65 A, de 1910) (2" discussão) i
de 22 de agosto de 1864 o 6 de [unho de 1906, acquísíçâo , Votaçã.o do projecto n, 66. de 1910, autorizaudoo Pre~idllllGé
de indivklualídade jurídica, o dando outras providencias (3& dis- da Republlca a abril' ao Mlnlsterlo da Fazenda, o credito e,p(~t.:ial
cussão); de 1.585:919$927,pal'a pagamento de juros dos deposites du Caixa
Votaçiiodo proj cato n , 6 A, de ll?OO, determinando que as Economica e do Monte de SOCCOl'l'O desta C.LpItu.l (com emenda)
transacções commoreiaes, feitas a prazo de mais (1'3 30 dias e de (vide avulso li. 68 A. de 1910) (2" discussão) ;
quanüa superior a 100$, obrigam as partes contractantes a firma- Votação. do pro.ecto n. 68, de 19[0, autorizando o Preaí.lcnte
rem titulo com se110 proporcional, e dundo . outras providencia; ; da Republíce, ,1 abrír ao Ministerio da Guerra .o credlto supple-
c,'lP.d:'lbstitutivo da commissão de Orçamento, precedendo a vota- mental' de 102:512:;;, para pagumento dos empregados do :\I"OlliÚ
(,~~o dlJ requerlmen to do Se. Leovlglldo Fflgueiras, oíferecldo na de ~uerra (com emenda) (vide avulso n. 6::; A, de lUlO) (~a. (/:s-
sos '5.0 de ;.?9 de .i ulho de 190·1 (2" discussão) ; CUS5lW) ;

votação do pro.ccto n. 28B, de 1909, autorlzando o Presidente Vota<;ão do parecer n. 20,de19l0,cDnceclendo ao Sr. Deputado
da Ropublica a mandar contar, para todos os efleitos, o temp i em José de Medeiros e Albuquerque, quatro mezes de Iicença pa[',l so
qne Raul Tolcntluo de Souza, guarda-mor da Alfandega de Floria- ausentar do paiz (discussão unica) ;
nopolis, serviu C:J)110 praça do Exel'Gito(2' discussão) ; Votação do.proiecton. 70, de 1910, autorlzando o Prcslde.ite
da República a abrir ao Mlnisterlo da. Mar'iuh, o credito suppls-
Votação do projccto n, 18, de 1910, concedendo um anuo de mental' de 820:520$iS8, sendo 470:520.,700 lL verba de 12" e 250: liOO$
licença. com orden ~do,:l.o DI'. Leonel Justiniano da Rocha, ínspe- (L verba 27a do art. 8° da lei n. 2. 2~ I, de 3D de dezo In brode 1909,
ctor sanitario da Dircctoría Geral do Saudc Publica, para trata- c o credito extraordinarlo de S::5.00:l, para pagamento ao; Srs,
medto desande (discussão unlca) ; . Turner BL'Íghtman & Comp, (2" discussão) ; .
Votação do projecto D. 121, de 1010. dispondo que a admissão Vot:Lçã.o do. prolecto n.·· 135, de 1910, autorízando o pre$i-
ao primeiro posto, no quadrado vetei-ínaríos do Exercito, seja feita dente da Rcpubltcá a abril' ao MinistL!rio ela Fazenda o cretlito
mediante concurso entre candidatos menores de 35 annos, o dando dr! 936:24l$004, supplementar ás ....erbas 12/L, 13', 17", 18" e to-
outras providencias (com emendas) (2"discus:ilo); do art. 3i, da lei n, 2.221, de 30 de dezembro (113 1909 (2' dis-
Votação do projecto n. 12ô, de 1910. autorizando o Presidente cussão) :
da. Ropuhlica a conceder ao 3° os :l'ipturario da Delozacía Fiscal Votação do proiecto n. 133, de 1010, autorlzando o Presidente
na Bahia, Antonio CJ.rdoso de AffiJl'illl, um anno do licença, com da Reuuulica a abril' ao Ministet'it) do Iotlll'ior o credito de
ordenado, para tratar de sua saudo .(discussão uníca): 8!):179~?28. supplcmentar á verba,,,Ob!'a.~~>, [litro. pagamento de
despezus com as reformas e concertos que neeossitarem os tubos
Votação do projecio n,91. de .1910, concedendo ao 3 escrlptu- da. rêde de distribuição de agua ao Hospício Nac.onaí de Alienados
0

rarío dar:strada de Ferro Central do Brazlt, JoséLuiz de Freitas, (2" díscussão):


um anno de licença, com csvencimeutos devidos, e em prol'ogação
(discussão uuíca) ; Votação do projecto n. 280, .de 1909, relevando a presm-lpção
em que incorreu o anspoçada reformado do 29° batallião de 1'0-
VO'G:tÇ:LO do projecto n, 131, de 1910, concedendo a D. Maria luntarios da Patria, José Carlos da Silva, relativamente aos soldos
Carminda da Motta Tavares relevaç io da prescelpção par,], per- que deixou de receber durante os annos de IS9l e 1904. e autori-
cepcão do montepio que lhe compele por mOl'te do seu filho, du- zando ao Governo a abertura do nocessa1'Ío credito (3" discussã'J);
rante o pC'riodo de 2 de fevoreil'O de 1901 a 1 de março de 1904
inclus:ye (com emenda (2" discus;ão) ; Votação do projecto n. 13D, de 1910, autol'izn.ndo o Pl' '<,lente
da Repablic<L a abrir ao Milliséerio da. ti.terra. o credito cli' 4, 1;:;)00,
Vot.ação do pl'ojecto u. 354, da 1909, reorganizando ao .iustiça. supplementar ti. verbu. 5' do art. 14 d,; lei n. 2.221, de 30da de-
milítar ; com parecere3 das Gommissões do Constituição o Justiça., zembl'o de 1909, afim de occorl'e[' ao p4l,gameatodevido a To!':j,lmto
Marilllm c Gllerra ede Finanç'as (videprojecto n.475, de 1907) da RoclnPcJroso (2' discus~iIo) ;
(1& discussio) ;
Votaça'> do projccto n. 140, de 1910, autorizando o PL'cs'dcnte
Vota.ção do projecto n. S.t A, de 1910, do Senado, concedendo da Republica .l~ abrir ao Ministcrio da Guerra o credito oxtl'nor-
seis mozes da licença, com. todos os .... encimento~, ao DI'. Manoel dinario (le 175:')')0$. pu,ra. pagamento das despezas ..com conclJ!·tos
JOSl~ Murtinho, ministro do Supremo Tl'ibuna1 Federal; com pare· eIfoctuados na c,~brJn. 1lfa,"eclial do Fen'o (2" discussão) ;
eercsdas Commissões de Petiçõe, o Poueres e de Fillltnças (dis- Vota~ão do pl'ojecto 11. 2A, de 1910 abrIndo ao Ministerjo. da.
cu ;:5.~) unica) ; Viação e Obras Publicas um credito extraordinario de 300:000$.
para proseguimento dos traballlos de construcção do circuito tele-
Votação do proJecto n. 76' A, de 1910, autorizando o Presidente grapnico de Goyaz a Boa-Visb de Tocantins; com sub,titutivo da.
da Repllblica a abrir ao Ministorio do Interiol' o credita de Commissü.o de F lllanças (111 discui>sií.o) ; .
1: 853$~SO, para. oecorrer ao pagamento. no corrente exercicio, de
venci ll1ento~' e 'domais \'antagons a quo tem direito o continuo da Votaçiio do projecto n. 314. de 1909, red,tcção para 3" discussão
Secretaria. claCamarados Doputadvs, JOÜJ Leite Monteiro do La- do pl'ojocto n. 184, de. 1905, considerando como tendo sido refOl'-
cerd~L. dispensado do serviço; com parecer da Commissão de FI- mado na. data do seu fullecimcnto. de accôrdo com a le;is1açiio
nanças (2& discussão) ; vigente, o coronel Fra.ncisco Felix de Araujo (3& discussão) ;
Votação do projecto D. 13, (le .1910, aut 'rizando oPresítlente
Votação do proje~to n. 36 A, de 1910,auéorizando o Presidente da Republicaa conceder a Carlos do Figueil'eclo Ramos, engenheil'o
da Re?ublic~ a abrir ao Ministel'io da Fazenda. o crcdito supple- de 2" classe da 6" divisão da Estrada de Ferro Central do Bra.zil,
mental' de 2.275:16')$1)70, pal"~ l'eforço da verba. do § 18 do art. 37 um anno de licença, COIU ordenado, para.. tratamento de saudaJ
d~L l13i, n. 2'.221, de 30 de dezembro de 1909, para. cumprimento dos (discussão unica);
arts. 41,'46, 48.e 52 da mesma. lei; com substitutivo da Commissão
de Finanças (l l1discus:;ão) ; , . Votação do projecto n. 151, de 1910, autorizlndo. o Pl'e;idente
da Republica a conceler ao medico legista. da. Policia do Districto
Votação do projocto n. 92, de 1910,relevando ao ex-Deputado Federal Dl'.. Hem'ipue Rodrigues Ca.Ó, seismezes de licença, com
feder.~l Fra.ncisao Figuoirodo (condo de Figueiredo) a prescripção : ordenado; com parecer da. Commissã.o de Finanças (diseussií.()
em que incorr'eu do direito ao SUb3idio. no periodo dec::lrrido de , unica) ; .
16 de outubro a 3 de novembro de. lS91, e autorizando ao Poder
Executivo a abertura. do neaessario credito (com emenda) (2" dis- Votaçã.odo pl'ojeato D. 12S, de 1910, reorganizando a. Delegacia.
cussão) i" : do Thesouro Nacional em Londres e aposentando o actua1 direator
J dessa repartição (vide projecto n. 122 C, de 1909) (com emendas)
Vota.ção do projecto n. 93, de.1910, relevando ao ex-Deputàélo : (3& discussão) ;
fo.leral Dl'. 8y1vio R')mel'o, a. prasal'ipção,em que incorreu á pel'-
cepGão de a,iud:1 de. custo, cOl'respondente á sessíto legis1ativ;a. de ; .Votação do projecto D. 132. de 1910, regu1a.ndo a aposentadoria..
19W, e autorizll.ndo ao Presidente da Ropublicaa a.bertura. do ne- , dos agentes c1ip10maticos e dando outras providencias (vide pr~
cessario credito (2.' dicussão) ; jecto n. 353, de 1909) (com emendas) (3& discussão) i . '
Votaçü') do pl'ojecto u.4.A. de. 1910, concedendo, l'epartida- Votação do projeClto n. 22 A, de 1910, do Senado, concedendo'
mente aO. Evehoa Nabuco, viuva de· JO:1quim Nabuco, e a seus ;um anno de licença, com ordenado, ao 2' oscl'iptÚl'at'io da Aliíl,n-
filhos. 'uma pensão de 1:000$ e autor~aJ!do a. aJ:lertul'J. d0I!e- dega do Rio Grande do 8t11, Autl) da. Sil-va.Fontes. pa.ra. tl'at'lmento
ee~saJ:io credito; COD;l:. parecer da ComlUlssao de FInanças (I" dIS- . de:sa.ude ; com: parecer da Comm'issã.o de Pet,iç13es. & Poderes (dis-
cussão}: . ...., _. . . ; c!.\ssãQ, wliea)·;:. ,..'. . ' "0 ~
~ .
~
Vota~ão do pro,;ecto n, 82 B, de 1009, autortzundo o presidente Rel~ções Exteriol'es, Herculano Mendonça da Cunha, aposenta-·
da.Republic~a conceder, sem monopo1io, os favores que julgar doría, com um terço do ordenado que Ihe compete;
convenientes a empross ouemprezas que se ol'gani2:lu'em para, Discussão uníca do parecer n~2ô, de .1910, propondo que os
junto das minas 0\1 dos port'ls de mar, explorar' a índustrla síde- íunceíonaríos da Secretaria da Camara dos Deputados. que conta.
rurgica, nos termos que determina; com substitutivo da. com- rem mais de lO, 15. 20e 25 anno r de servlçovpuhlíco, quer na
missão de Obras Publicas o voto em separado do Sr. Antunes mesma secretrría, quer em outra repartição publica federal,
Maciel (com emendas) (víde projeetos m. 82 C e 82 D, de 1909) tenham direito, respectivamente, a uma gratificação addícíonat de
(3" discussão) j 15, 20,25 e 80% em seus vencimentos; com parecer da commíssão
de Financ30s ;
Votaeão do proiecto n. 141, de 1010, dispondo que o COI'pO de
patrões-mores, . classe anncxa da Armada Nacional, se componha Discussão unlea do parecer da Commissão de Plnanças sobre as
de umcapítão de corveta, tres eapitães-tenentes, seis 1·· tenentes emendas oflereoidas na. x.. discussão do Fojecto n. 54 Bv.de l!J10,
c 12 20 D tenentes, e dando outras providencias (2· discussão) j do SeuaIo, modificando as tabellas de vencírnent .s dos offlciues rio
Exercito e da Armada e regulando a, rorma de pagnmcnto ; com pa-
Votacão do parecer n. 14, de 1010. indeferindo o rsquerímento recer da commísãc de Mariuha e Guerru (vídoprojectos ns, 384,
em que o capitão-tenente da Armada, ManoelPacheco de Carvalho de 19)9, 54, 54B e 54 C, de 1910).
Junior, pede ao Coage'esso Nacional para lho ser contado como
tempo de serviço oücctívo militar, para todosos em~itos, menos os Levanta-se a sessão ás õhorus e55 minutos datarde.
pecuníarios, o tempo de cómrnando dos navios de Ilnbas subven-
cionadaspela União (discussão uníca) ; Reproduz-se por ter sido publicada com íncorrecções a se-
Votaçã.o do parecern. 15, de 1010, mandandoarehlvar ameno guínte emenda apre.;enta'Jana sessão de.s do corrente:
sagemdo Govel'no, que solicita a abertura. pelo Mirnster-lo da Fa-
zenda, de um credito extrsordínarío da quantia de 13:4705.;. para Emenda ao projecto )1. 185, de 1.010
pagamento a D. Luíza de Abreu Fíguelrédovem vÍl'tude' de seno (2· discussão]
tença judícíaria (discussão uníca) ;
Votação do parecer n. 22, de 1910, indeferindo orejuertmcnto Ao art. l°, acerescente-se :
§ 4. 0 Em vez de 1.200 í'oguista~: contraetados, diga-se: 1,500.
em que o 1° sargentu am.muense, arelrívlsta do '~o batalhão de arti- § 6.° Em vezda 900pI'aças do B rtalhão Nava], diga-se: 1.000
lharia, ,losé Olymplo x.n.vler dos Reis. solicita sua refol'IDa. no pcstó praças.
de 2° tenente elo Exercito (discussão uníea) j Ao ILrt. 4,0 Em vez de lüannos, diga-se: será !lo seis ,.1100S •
. Votação do proieeton , 21, de 1910,.autoriz!tndoo Poder Exe- Sala das sessões, 8 de novembrode 1910. - Jose Oal':os de O:lí'-
cutivo a conceder ao escrivão do Juizo Seceíonal do Esta-lo do Per- ealho ,
nambuco, João Baptista da Silva Manguinllos, um 11.0110 de licença,
com ordenado (discussão uníea) ; .
orSCURS) PRO~t:'N'CIADO NASESSÃO D~4 DE NOVEMBRO DE 1010
Votação do projecto n, 34, de 1910, autorízando o Poder Exe-
cutivo aconceder aCa.1'los Ard.ntes Ranos, couíerente de 3" classe O fii!h CaJl1.il1o P1-t-.tes - Sr. Pre;idente, em dias do
9
,

da Estrada de Ferro Central do Brazi], tres mezes de licença. com mez passado. fui distinguido CO:11 gentiliRsimo convite. pOl' parte
ordenado, para tratamento de saude (discussão unica) ; do eminente Dr , Oswaldo Cruz, plra assístlr a. uma conferencia a
Votação do pl'ojecto a. 244, de 19J9, relevando a prescripção reallz .r-se n:t Academia Nacional ele Meuiclna. a. prenosíto da
em que incorreu Joaquim José de Souza, ex-eüore do deposito da. descoberta feita pelo Dr. Cn.rlosChagas. de umauuolcstia, que
Estra.da. de Ferro Central do Braaíl, para o 11m de podercontinuar grassa, intensa e eztensamente. no territorlo de Minas. Acudi
a eontrlbuír para o montepio dos ümecíonaríos publieos, pagd.sas como era natural. pressuroso, a esse convite e assisti á conferencia
quotlsatrazadas(2" discussão) j feita pelo 'illustre sclent'sta brazlleíro, tendo sabido, dulli, como
todos, creio eu, qnl)· a. assisstram.reom o espirito oppresso e posi ~.i­
Votação do proiecto n, ?"5, de. 1902, concedeodo um anno de varnente dominado })or uma profunda emoção, porque loi·nos
Ileença, COIU. ordenado, a Alfredo Dias.da. . Cruz, ao qual o Sr. Pre- denunciada a existencia de uma eoídemía, em todas as suas maní-
sidente da Republica negou sancção; corn voto em separa.do do fest··..c;ões. segnrament~ paiOl' do qlle aquellas quo, até hoje. toem
Sr. Lamouniel' Godofl'edl) (vide parecern. 109, d'31909, rejeitando assolado o territorio patrio.
,0 veto) (discussão unica) j De facto, si compara.rmos a molostia produzida pela. inocu1acão
, Votaçãodopl'Vjecto n. 159, de 1910. autorizando o Presidente do parasita estudado pe~o Dl'. C!lagas em sens eíl'eitos, coma.
da Republica. a conceder aposentadoria a Lu!zGonzaga Martins, riola febl'c .amarella, com o cholera, com a p~ste bubonica, coma va-
tra.balhador das capatazias da Alfandega de Florianopolis, nOE> tel'emos e com todas as outl'as epedimias que toem allSoladoeste paiz,
termos e condições para o funccionalismo publico (discussão uniea) i ser descob!lrto a convIcção, desde logo, de que.es3e mal, que acaba. de
po!' a~uel1e illustre medic'o é de uma extonsão e de
2" discussão do projecto n, 188, de 1910, fixando a. despeza. do uma gravidade hl e tão ditlicil de sel'debellado, que o torna. o
Ministerio da Marinha para o exel'cicio de 1911'j . mais1ormidavel. de todos os flageHos que ate hoje tem posto em
risco a saude publica, neste p.tiz.Basta lembl'ar que <Ischizotry-
2- discussão doprojecto n. 195, de 1910, Bxando as despezas do panose, como a denomina o Dr.· Carlos Chagas, é uma. molestia, que,
Ministerio das Relações Extel'iores pa.ra o exercicio de 1911j quando não mata, inutiliJla o individuo para. as funcçõ~s m:l.is no-
.Continuação da discussão unica do parecel' da Commissltode bres e elevadas, da actividade humana .
Finanças sobre as emendas apresentadas na 2" dfs~ussão do projecto O terrivel parasita inocIllado no homem, ataca-lhe o systhema.
n. 19 A. de 1910, do Senaolo. reconhecendo le.;ltlma a Assembléllo ncr\'oso, tornando-o ora. hemiplegico, ora. deplegico, dysbasic'l,
Legisll1ti ViL do Estado do Rio de Janeiro cujas se,sões preparatorias aphasico, cre,ino, idiota, omtlm imprestaval para a vid:} social,
101'tl.1O presididas pelo Dl'. Joaquim MarJano Alves Cosca, o dando pl'ejudicanda desta, arte gl'an"lo população dos Estados de :\,jinas,
OUtI'doS providencias j com votos emsepa.1'a.do dos 81's. Francisco Goyaz, Matto Grosso e, provltYelmento, a de outl'OS Estados do
Veiga, Ga.leão Cal·valha.l e Paula Ramos ; .. Brazil.
As molestias produzidas pela. inoculação do Bchizotrypanosão,
la discussão. do projecto n. 119 A, de 1910, eonfel'indo adota- pois, de tal nat'lron que l'eduzem o doente ãtl'iste condição de
çàode 200:000$ ao Dl'. O~waldo Cruz, como l'cr.onhecimento aos simples consumidor, pesado e nrejudicil\l á sociedade.
~relevanteg serviços presta.do3, e com vantagens para o Brazil e E' este um caso que reclama providencias do Poder Publico,pois,
autoriza.ndo o Presidente da Republica 110 (dozer as necessal'Jas ope- é neceSlario e urgente não só melhorara sorte dos atacados de
ra..;ões de credito: com pareoer da Commissão .deFinanoa~, favo- tAoterrive1mal, como tambem impedira contaminação dosqlle
ravel a.opro,iecto e ao emenda. additiva. do Sr. Alciado Guanabara i ainda. não foram attingidos pela fatal enfermidade.
Discussão unica do substitutivo do Senado ao projecto n. 197 A Aceresce a.inda que o lial'bei)'o nomevu1g&l' do insecto mo-
de 1908, da. Camara dos Deputados, que autoriza0 Pr.esidente d~ culador.do parasita, ataca. de preferencia á.screanoas e assim enve-
~llWpub!ica a pagar aD, Adelina Amelia Lopes Vieira, viuva do ex- nena a. vida em 8.'U . ])Criodo inicial. Tudo quando tenho affir.
;. tbesouroirod:l CaiKa de Amortização, Antonio Arnaldo Vieira da. madodigo não ê opinião minha, mas do eminente Dr. Carlos
basta0, a. pensão de montepio por eUe instituida,a contar da. data. Chagas, que, .om sua notavel conferencia, quando tratou do. e.studo
ao seu faUecimentoj. com parecer daCommlssiode Finanças (vide olinico damolestia, disse: (lendo) cE desta arte, meua senhores, a
projecto n. 167, d6 1910) ; . morte aotl1a aqui .como elemento benellco: commuta &.fata.lidade
de exbtencias monstrnosa.s na. perda inioial da vida». .: .. : .
Discussio.do projecton. 144, de 1910, cQncêdendoao 3° escri~ O proprio Dl', Carlos Chagas, como 88 vê, considel'a. & morte,
ptural'lo do Tribunal de CoDtas, Antonio Viçoso de MoraeaJa.rdim, nestes C1Io80S; pretel'lvel do vida que OI infecoionados teria.m, dahl
um anno de licença, com ordeuado, para tratamento de laa lAude ; em deante, " . .. . . " ... . ,. '. . .
. Discussào·unicado.projectoD. 173,'4e 1910. autorizando oPre. S3nhores; a molestla., em Mila!!!, l$$ende-alJ, ao que .1&'a.OO até
.ldente'da Republioa. a conoeder a.o 30 omolai' da Seoretarla da. .,ora,pelos mUDiolpios de Ourve1lo.Moltes Olaros.Arauuabt,.,
!:. "
Sete Lagoas, Parucatú, Rio Pal'Jo,Gt'ã~ Mogol, eontamlnando um" certo, porém milito mais. ímportvnterdo quo os marquexss, do
t:l'ande zona o sacrlfloando uma. p ipulaeão quo tanto poderla con- cuja. cre.tç7i.o troníca fica. a responsabllídade a. S. EJ'.; tl'atamos
correr para. o progresso o grandeza da n J:!sa patrla. do barbci:o ,
Sr. Presídente. grande rot a dc icobert» do Dr, Carlos chagas, OS:t ..rOS1~ CART,OS - Tem l'azão.
c tanto assim qu s o presidente da. Aca.demia Nacional de Medicina. O SR., CAMILL'J PltATEs - O iJIll.~tro Dr. Carlos Chaga!;:, que
'disso, ao roc0101·0. naql1el1aas;o~iaçã'J sclentlâca, que ellealli pe~ estudou esta molostia. 11 que a Ac..demia deu o seu nome, já.
netrava como ainda nenhum antro o üzera, pois era portador de agora. [ustamentagloríoso, mosnon-sa unutto appreheasívo com
lima descoberta que, não Só honrava o enalzecía o homem de sei- as ccnsequenctas da mesna e terminou. a. sua coaterencía fazendo
cncía, como significava. um Inestlmaveí e íucaleulavol beneficio um. appello aos estadistas da Rqpublic1, Não é commum aos
feito á humanídade, homens que estudam, stmplesmante P JrCllriosidarle scíentrâca;
Devemos, portanto, estar certos de que a descoberta do emí- t~r tambsm em vista o l,!:'lo saciar. das questões ; porém, eIle ficou
nente braxileiro acha-se consagrada palasciencia.. Nã.~ taeteamos : tão eoavencído da e:de!1'l~1 e gravidadedo JULl, que, ao termina.r
mais, ao sabor de hypotheses. Ternos de ante de nos um. facb pesi- a sua conferencia de natureza tod;L scientlãc L, appallou eomtudo
tivo: sabemos quo uma grande parte do ternltorlo brasileiro é as" para os plrferes públicos, pe.ündo-Ihas que viessem em soccorro da
solado por molestia cuja gruvídade foi ptenrmente demoastrada sclancía afim de remeiiiU' a um mal soaíal. (T'·Jcam·se '?nttitol
pejo dístíncto compatrlcío, apCll'les.)
O DI'. C..rlos Cuagas, não ha duvida, tornou-se credor da gra- Relevem-ma 03 illl18tres collegas nl0 meo~cupl'r agJN da.
tidão nacional; não.toi por mora curlosídade scíentlâca que estu- que ;tã.,0con,t!tucional, (ap:lI'leJ) para. o que n'io; falta.rá oceasíãa,
dou, c, quando ftlz sua conferencia, quiz donuucíar aos poderes pu- Nao de rvíemos a lLttençã.') da Camara.delt~ assumpto queê
blicos a exístencía de uma, calamidade que cumpre ser debellada, grave e relevante. (Apoi.ados.)
Será cedo ainda. para. que os poderes publíeos do palz tomem Nã.o sei si os tllu;tra,; Deputados lera.m a conferencia. do
conhecimento de que existe esso· grande ::laI1 Sará. a. minha. pre- Dl'. Carlos Chagas. '(Apal'tes )
scnça nesta tribuna uma simples espeetaeulosldede 1 Sereleu um Parece-me que n lo será vedado 4. eamarao aos poderes pu-
fabricador de reclames, não só para. aquelIe scientist:J. como para. blicos nacíonaes promoverem desde já os meios de debeIlar o ter-
mim proprío, (tlao apoiados) oecupandó a. attençio da C.J.mara. a. rlvel morbus. ( Apartes)
respeito de assnmptode tamanha magnitude? A Constituição nunca se oppoz ás providencias que extingui-
Creio que não. (Apoiado:: f/e;·aes.) ram a fehr3 amarella nesta Capital. Qual a disposição constttu-
O mal. é extenso c protundo, e é mister que os poderes publicos : cional . que se oppoz a. que o DL'. Oswaldo Cruz, fizesse a oura.
comecem desde já a. pensar nolle, vendo quaes os meios quo devem merítoríaque fez? (Apai'tei )
ser empregados pJ.racombatel-o. Ab,ollltamcntenão foi precisa a. reforma da.ConstHuição.
11 d ( T,'ocam-se 1mme;'osos aoartee, ) . .
O barbeiro faz ob.a ju;ta.mente oppostall.que ;t que' evemos Os nobres Deputadospermtjtarn-ma lp,mbr.tragorJ, UQlCa.so
ter em ViSG:L realizar. Um dos n03Sí)S príncípaes escopos é povoar interessante oque se applíca perfeitamente ll. hypothese.
o territorío nacional. de maneira a aU~lIlenbr a populaçãe valida Certo pedagogo, passan 10 deante de um . poço onde nadavam
e J'cLzer com que do Braz:I, as SlHLS condições eCOnOmlC:loS tornem-se " . d li '
cada vez melhores. Ora, o bai'b::i,'o, como disse, opera em sentid.o var1'1SCrlanças, VIU qUe um:J. eas ~e aloga,·ae.longe de pro-
- d d . curar immediatamento s:l.lval·a,co:uo lila cu npria, OCCUtlOCl-Se
c·w.cbmen'.e oppost): tr.~nsrorm~ ,~p:>pll!açao vJ.Li a o paiz em em pregar preceitos de nataçã.o, emquauto a int'eliz creançâ mor-
uma mllltidão sombl'ia de misel"aveis.Homens que poderiam ser ria afogada.
pl'Oyeítos:J5, f~e~ore; economicos de valor, de um momento para E' o que querel1 fa?;~r os nobres Dep1hd03.
outro se con\"('r~em em inrlíviduos não 56 improductivos como pe- . Emquanto a epidemia assola o pa.IZ, ficamos nós occtroaclos
~ados â sociedade aqucperteneem. om discutir principios cons.titltcionaes·; Já não pJdemos, dent'ro da.
Aecl'l'sec, repito, qne o terrivel insecto afl'ect:J. a vida. em sua : ConstitlLÍção, SOCCOI.'L'Or opaiz 1,
origem, por(llte em goraI sã.o as criJat1ça.s que mais frequentemente VOZE,- PJdeJnos edevem'.Js.
~~ encontram at:l.::adas pelo hemiptero quedes~reveu o Dl'. Carlos O SR." CAmLL!> PRATES; _ P"dern. iS e tlevemos, ·é bem certo,
Chagas,
Eis por" [!C. tendo slhi(lo darltBlla. conferencia __ n.ssim como, ancarando acima. de tudo a obrigaçã·] do SOCC01'rer a cO:1cÍ<la.dãos
ol nossos. que se acham sob ao ac~ã.o filn:Jsta tIo um!!. enfermilla.de
crilio, to'lus terão slhi(lo-~omo espirito acabrunhado dea.nte destn. que trransforma o homem em um anima.t desprezivel e inutil.
nova ct~lamidade qUel nos t1pontolt o illlls~r~ meiico, formei desde ·'u t t d
logo o P~'oposjto d~, a.qui na Camara, onrlo me confiaram uma co.· D~ mals, o 1 US re Depu a o que me ap:1t'te:a, com certeza. leu
dcira p:lra. a dereza rIos imel'e5S0S do pOVJ, vir pedir pt'ovidencias, a conferencia do eminente Dl'. Carlos Chagas e terll. visto que não
afim de que o rol.l. sl'.iade!Jellado e· não se fique indi1Ierente.cm é só um Est.J.do que seach[l, invadido pelo terrivel ma!; sio tres
. d d Estados, o que quer dizel' que é elle um mal nacional.
l~l.ce destadl!sgraça. que est(~ pes!1udo sobre nossos c:Jnci 1 iLos. O SR. NABUCO DEGouyF;,\.- No Rio Gra.nJ.e do Sul, na. regiã.o
O Sr.. Josf: CARLOS - Eut'lO, tive razão qUJ.ndo mo oi.Jpuz á serrana, existe essa llloiestia.. . '
cCl'~ação da. e5 co1a em Pil\tPOl\' ; é que eu já. encontrJ.ra o bm·bei,'o. O Sn. C.\..\lI!.LO PIUTES _ Por isso disse en que essa moles tia.
naquella região. (lia o!!I"O$ ClJ.Ja;'les). tinha uma exten~ão muito ma.iordo que suppunta o Dl'. Carlos
O SR. C.\mt.L? jJa.\TES- O nobra Deputado queirame.de3cul- Chagas.
par. Nilo teriu. r<l.ZiLo; pois, justa.mente porque a região está sendo O SR." DUARTE DE ADREU - Em qU:l.Si todo o norte do Bl"n.zil:
aJledadapelo m:~l, a que precisamos desde logo leva.r pa.ra lá O SR. CA~I!LWPRATES -Sr" Presidente, não é CedOplJ.l'a, se
meios de combatel-o. (Apoiados,) . tratn.rde,sJ assllmpto. Agora. mesmon.ca.ba <Ir) ser, pelos llobres
O SR. .J03B CA.R.Los-E a. Marinha. que vá esperando. para. ter repres~nüntes do Rio Grande. do Su.l e de:MlI1as Gera.es, de:lun-
guam:.;;ões destinauasa.o:l dl·earl»ottgll.1s, que estão a.podrecenuo no eiada:t exístenoiu. des,e ma! em regiões oudo não se suppunha.
porto l .. . o:dstir. . i'"
O SR.. CA~IlLLOPRA'l'ES - E'evidentc que' não quero dizer qlle E' portant::>•.como disse. um m3.1 que já. aife~h:lo n,:l.Çã;o. qUMi·:
3. Escola de Aprendizes Marinheiros seja um meio directo de debel- inteira e a gr.:LvidadedeHeestá. perfei:tamoute detel'minada: pe.los\\,
lar o ma.l; em todo o c!tSo, o facto é que até agor;]" em regra, recentes estudos do jll. notavel scientistu. Dl'. Ca.l'1os Ch[1,gasqu.e, ~'
aqaeHas regiões só eramlembl'adas para se lhes pedirem impostos par de ser uma gra.nde glol'ia da sc:iencia. e da intellectua.Hdade.
c votos; o. presentemente, jú. temos um eshbelecimentode instru- brJ.zileira, nos ensoberbece, plrticularmente ,t n6smiueiros,por';
eçfio publica. f :nrlado em Pirapora.,jáC?s podere; pu~Iicos c~e.J:ram quo é filho do grande Estado que aqui reprasentamo3. (ApoiCtdos
até lá. sem ser súmentepara. reclamar trIbutos evotaçao. (JpoladoS';)' ge"aes ,)
O SR. Josf: CARLOS -, Vamos ver que m:trinheiros sa.em de lá. OSR" NA.nUCoDEGOTJV~A__E;tou de accôl'(lo com V, Ele.: ·a.cho
Os nobri!s D3putados teem muita responsabilida.de quanto ao que que a Camara. deve volt,~r a attenção para est3 a.ssumpb;· mas'
cst(~ sllccedendonu. Marinha.; discutiremos isto a. .proposito do acho ta.mbem que neste pJnto de vista a. Constltu.içã!> é falha.;
orçamonto. urg'eria. Ulua mo:l.iflcação nesse sentido, conferindo m:l.is lat03 po-
O SR, CAMILLO PaATEs-Sr.Presidente, não é meu proposito deres a União. . . . .
occ:upn.r"me actualmente da. creação da Escola de Aprondizes Mari- O SR. GAMILLO PRA.TES - Quer o nobre Deputado, pa.rece, que,
nheiros. Não. quero agora, saber :li o illllstre representante do para irmos elll SOClCOl'ro de gra.n:le numeN de br.LzIleirosa. braços,
i

Rio Grande do SI11tem razão. em c.lQdemnu~ acreaç'io .da. escola com o tremendo· tiagello, primeiro euidenlOs derefol'mar 410. Consti- :
em. Pirap01'a.; os· technicos e Os interessa.dos teem dito que elIa é tlução 1 . ' 1\ •
um bem e !Wim o. repu.to. ' . ' I Nã.o possoestal' de aecôrdo eom S.Es. (TI·ocam se mltito$ "'.
O SR. Jos:é CARLa..: - Que technieo!l fora.m 'lá ~ e- marquez de '1"'oZongados apal·tes entre OI S,.s, .Nabuco de GOltl)$a, DU,Il'te ~~ .,.
Piro.pora1 OproCe8IJor de. ClLUSa.S dUflcei3 d,a,'E3QolaNlJival1 H~·v~ . Abl'eu, HaslZoche,' 6 olth'os S,'s Deplttados.): . .
mos de a.jl1stl\r CODtlJiS~ . Sr. P,'esi1iente, acreiito quer seriam necessarios grandessacl'i:,,!,
O SR." CAMILLO PRATES - O illu3tl'e Oeputada:·ter4i outraoocca- llcios,peeuniarios para. eombàiter'· a, molestia. de Ca.rlos Chagas. O
sião pa.r1lo~ajusta.l!QQI1• • QQa&q:ualle:aq:uem8. E:r. cb&ma, mar- TheaoJlrotertlJi.de,sa ver fortemente, onerado j. mas. todos os lIicri· _
;lquez de Pirapora, titulo natura.lmente.. ilado por. S:..Ex., porque lleioa seria1DlelfllllUmente Q')mpensados~ niQ só por coosidel·ações:.··
\llOjeiâ não se conCeram.titulosu,obiliarclUQOI., . .' deJsoIldal'ledadehumano.. comJ pelas de-.Oldem eooDomioa"ajl~:~":
, .Neste momento tratamos de cousa muit() mais modesta., é ceira.<~·· ,'-, .'
".. ,~. ,,o;:': .; <~'~'/::;
,;'RQU _,

• L· ' .

o SR.. CARNEIRO DE REZENDE -E social. , No dia em que o sertanejo ttver con'luistado a. sua. indepen-
O SR. CAMIi..r.o PR.ÁTE$ - Nósniio poderemos absolutamente denela economíea e' sé achar em condições' de ter conforto, prova-
conta.i' com o 'povo brazüeíro, 'si esse tla.gelIo continuar a Sua de- velmentc a 8chizotrypanoseterá desapparecido,' .., ..'
vastaçli.o desoladora, Nós vivemos em época de funesta megalornanía, (lIluitosapJia.
, O SR.. NABuco DE GoUV~A. dãum apat'te, dos .) Olhamos somente para a capital do paíz e cidades á beira-
O Sa. CA.MILLO PI~ATES .-Não ha duvida. E' por isto que elui- mar (muito bem) ; o tnterlor tem estado completamente abando-
pa.ro o nome do Dl', oswaldo Cruz ao dos maiores scientistas do nado. (Muito bem,)
mund\lint.eiro; é por isto que o proclamo, com satisfação e orgulho, Quando os poderes publíeos dospendomdezonasde milhares de
um (los maiore. bemfeitores deste patz , contos para flLZCl' avenidas e levantar edificios sumptuosos na.
O Dl'. Oswaldo Cruz. á semelhança de D. J Jã.~ VI, abriu os calli tal, eííectuando assim despezas q ue os orçamentos mal compor-
portos <lo Brazil á civilização estrangeira, com a dirferença,porém, tam, silencio profundo se fdz om tomo de tudo iSBO .. "
de que o monarcha portuguez os abrío quando fechados a penas O sn. BARDOS A LmA-Não apoiádo; eu pelo menos combati
pejas tolices intt'rnu.cionaes. de pura convenção, ao . passo que o em tempo,
DI'. üswaldo destruiu a tremenda barreira. da, febre amarella, que O SR, CAMILLOPRATa:S-V. EI. fl~z excepção no meio do cõro
os trancava ao accesso dos países cultos. geral.
" ' Não penso que seja esta uma questão /} mstHucion:tl a se resol-' . QU,ando, por~,IU, os po'lcras publicos ,estendem suas vistas para
ver, mas sim de simples deliberação da legislatura. ol'dil1aria. o InteL'IOt' da palr., lel·antam·,so Os crltiC jS de oDra feita para.
, OSr:., NABUCO DE Gouvf:A.-Segundo a orgal1izaçãoactual, é dizerem que o uoverno não tem razão e esttt delapidando os corres
inteil'iLUlente impossivel ; nada poder-se-na fazer, da NaçTio1'azendo melhoramentos para o sertão do Brazil, onde,
O SH.• CMIlLLO PaA.TES-A constituição que obrigasse os po- entretanto, ex stem, pelo menos, 18.uOO,ODO de brazileil'os. (Milito
deres pnblicos a. cruzar os braços ante um mal dessa ordem seria bem; apoiados,)
uma constituição nefasta, . . Eis ahí, Sr. Presídento, porque eu penso que nunca sarã.~de
O sn. NAm;C·l DE Gouvf:A. - No nosso re rimen hn separação mais os saeriâcios feitos pelo Thesouro, quando se trate de uma.
da hvgiene terrestre da. hygiene marttíma ; a marítima êf~deral calamidade como esta que o ür , Cu.rlosC:lagas denunciou aos po.
e a terrG;~re compete e.x clusívarnente ao.s Estados; nãoc~mp.re-l deres publicos da União. Eis porque, Sr Presidente, nunca. !lega.rei

de cousas, .
I
hendo. POIS, como se pOSi5<1 cuídar plenamente da prophyla.xla. das o meu voto para. que se Ievante o ntvet econonnco do palz, pro.
molestlas pesttlenclaes emquanto não f0rmodificado este estado fundamente abatido,
l,as porque. Sr. Presldente. nunca negarei o meu assentlmonto,
O su; CA!lHLLO PRATES-Deyo declarar' á Camara que, quando obscuro, (llÚO apoiados) mas coiivencído, par.~ que se construam ego
me dispuz a tra.tar deste assumpto perante esta ilIustre Assemblea'l tradis de ferro, p,~r,~ que se abramportos, para-que se navozuem
não me Icmbreí de ler a Constituição, pOI'-1UO julguei desnecessarlo . rios, p.rra que, ennm, se fornoç., iL este povo meios de viver: por.
íazel-o, que elle está opprimido pela miscriu economíea que o ínteltcíta C
'O SR., N,'.llUCO DE Gouvf:,\.- E' a gNmde barreira anteposta pelo abandono dos poderes publtcos. (.4poiados ;'i,tlilo bem.)
aos ju~tos llesejos de V. Ex., que ~ão,ta m bem o; mel.ls. E. SI', P l'.e~ident~. não é ,de h~je qut: ob$IlI'VO este phenomeno,
'OSr:.,CA)llLLo PP..A.TES - NilO Julgo, SI', Presidente, que a. porque ,L minha VIda. publica nao é t1, curta como tu.lvez pa.-
Con~titL1ição se oppouha a. que QS poderes publicos cuidem de uma. reça , Hu muito tempo vejo eutrlstectdo quo os nossos esforços
de snus tunceões esseuciaes. qual a. de zelal' pela saude publica, sonvergcm to los pala as grandes cid.id-s, flcando em esquecimento
tlrincipalmente quando é ella eomprometüda POI' urna vasta opi· I ") vasto territorio do Brazil, (Apoiad,)s,)
demh~, de irio damllosos resultados, como é a se' izotrypanose. Não estamos em temp,')s de assim proceder, Sr'. Pt'csidentc.
(Tt'ocam-se ?lJ"titos apC/l'tes. ) . Somos um poyo que começa a se installa.r, estamos al'l'ÜoOChilndo
, O SR. GERMA.NO lIASSLOCHER - Talvezat.é so.i:~ CJ'1.50 de cala· agora ;.a.gllra,é qunesr,:l.mos tomando cuuta doste grande paiz:
mida.de publica, de quetriLtao.art.. 6° da Constituiçii.o, . Até estes tempos o BNZil é quasium desconlleaidopal'a. os
tados da culer'alidade: os de Goyaz, Matto Gl'O,'SO, Minas e Rio I
O Sr:., CA~IlI,LO Pr:.ATEs-Conllecemos já quatro E,tados affec- brazileil'os que o t -em governado.
Vou relerir um facto ,que l~poia, o que acabo de dizer. E,tes
Grande (lo Sul, so),tundo acabado denunciar o Hlnstl'e Deputado factos illllstl'am as dis-:n"õJS e as torna.m proveitosas.
Sr. Na.buco de GOllvêa. . .' . '. Em uma certa OCCJsião acham·me em uma. cst'l~ã.oda Estra.da
O., Sr:., .NABUCO DE GOUVÊA -No nDl'te do Estado, tenho encon-. I do Fel'ro Central e V.i dcs.emba,I'CiLl' um engel.llleiro fl'a.UCCZ. PJtlCi)
traào o bal"bei:'o que láé conhecido pelo nome de Chupio. I depois este tl',~Val'a cJuvel'sação.c"m Ulll outl'O, .tambelll ft'aucez. e
O SR. CAlIl;LLO Pr:.ATES - Par,~ se ver quanto ê inaeceitavel a. ,fal1av.tm minudelltementc, detalhaJamellte, liobl'e uma vasta.
doutrina constituciona.l do nobt'e Deput:tdo, basta lembrar a hypo~ regiU? de Min(Ls: que os lllil.\Ciros ain la. nã:) havi:lm explol'ado e
thcse, que não é gratllita, de uma epidemia que occl1passe todo o cllcs,lá a r.onheClam em todas as sua.'l pa.rticulal'Í<[ades.. ' , '
territorio na.cional. . . E' um platcau com a denominac'lO de 50I'1'a, do Cabral, nas
A ser legitima tal doutrina, seria suftlciente que o Presiden te margens do l'Ío das Velhas, com umd.exteusii.o .' immensa. dcterl'as
de U!ll Estado se oppuzesse á ar.ção do Governo l<'ederal para de. 1evolut,as, sõ conhecidas na.quelle tempo dos caçadores c tlr'a.tlot'es
• bellar a opldemia em seu territorio, para que es~e ficasse consti. de borraeha.
íuindo um foco de infecção a infelicital' o pa.iz inteiro, annullaudo Entr~tant~, os .francezes o conllCciam p:l.lmo a palmo, em todas
os esLorços da União nos demais Estados_ . . as suas rhrecçues, com todos ossous rins e aal1identeil.
A intei'PI'etação constitucional, segundo a opinifto do nobre ,O SR. PI~,ESIDEXTE- Observo a. V,Ex, que e,;t;l.termina.da a.
Dcputa.do do Rio Grande do Sul, é pois uma interpretação' bar... hora. do expedIente.
bara. . '. . . O SR, CA}! LLO PRATES- E' possÍ\'cl qne a minha voz echol) ,I
,o Sn.. CARNE:lRO Dl;: REZENDE- Não se tem legislado contra Os nesta Ca.mal'i1 como a de um 'Pessimista. (NtTO apoiados.). '
crreitos da SBcca? . ' . E' possi\"el que reputemo meu eSlil'ito cheio de sombras e
O SR, NADUCO DE Gouvf:A-Entretanto, pa,ra que o Dl'. Oswaldo mir;lgen~ j mas, quem l'cside no interbl' do Brazil, quem percorre
Cruz podcsie fazer obra m\jritoria de pl'ilphylaxia aqui na C.t'P'ital centenas de }eguas a cavallo, quem observa. de perto a vida do
foi preciso que o Congl'osso decretasse lei e,;pecial elUrelação <t povo no sertao, não, pode tor outro seutime.1to sinão este de r~..
Capital Feder.tl confeI'indopoderes ('speeiaes á Repul'tição de Hr~ volta contra as avulta,dissimas despozols que diariamenteso fazem
gieno Federal, que pa.ssou a si a prophrlu.xia da. febre amal'eUa' e com as grandeseapitaes, em detl'imento do interiol' do B1'azil.
peste, " . . (Apoiadosi· muito bem.)
Eroquanto no Rio de Janeiro houvcr separação de bygiene ter. Vou apresentar a. minha indicação,cllamando assim a attençiio
restr~ e mal'itima nada. se pOde fa.zer. '.' dos podorespublicos pal'aessa calamidade de3criptn. pelo Dl'. Cal'..
O SR. DUARTE DE ADREU - O caso Dão é identico. O Sr. Ca. los Cha~a~, p3r esse grande brazileiro, que dev ~mos secunda.r, Cllm-
millo Prates, n~ minha 0PJnl':O, está interpreta.ndo as nece,;sidades, prindo o DOS';O devel',comoelle Dobrcmentocumpriu o seu. (MIlito
não de Miuas, mais do Brazil inteiro, Tl'a,h-se de uma questão bem; muito bem. O o;'mIol' d eompl-imentado pelos seus collegas.) ,
Gocja~, razão p~la,qualo. Sr. Dr. Carlos Chagas appellou pa.ra. 08 INDICAÇÃO
~stadlstas brazl!elros. . .' . .' '
,. O SR, CAlIIILLO PRATEs-Parece'á. primeira ,-ista que, qua.ndo Indico que aC)mmissãode Sa.ucle Publica. da. Catna.ra. dos
o Governo da Uniáoqulzel' fa.zer a prophylaxia da molestia.,tel'.se. Deputados, tendo em vista. a. extensão e gravidade do mal que.
ha preliminarmente de votal'gr~nJes verbas para dar combata ao nas populações do interior de Minas Gera.!3s e provavelmente de
ba"uei,'o n" logal' onde exist'l, e, pOl'tJ.nto, destruir todas as ca.sas de outros Estados da União, produz a mole.,tia de Carlos Chaga.s .sU17-
ba!"r~c cobel~tul~/l. de capim ou palba para sub;tituil-asporoutras gIra aos poderes publicos os meios de debellaress& molestia 'quo" ê
contol-tll.vei,8, o)lde n~o se pos~a occultare domicilia.r o bal'ld"o, etn BegUra.m~n~e uma das maiores calàmidades publicas que até hoje
todo ,o terl'ltorlo nacl~na1, oodese encontre o' venenoso hamiptero. teem, aflllgtdo uma grande parte. do P;)VO brazileiro e ameaça
Este modo de proa 'der, bernvê a. ca.mara, seria irrealiza,y~l. excluir,. em absoluto, da. nobre luta, pela. vida. ceotenu.demilbaí'es
. 'Julgo. porta.nto, que se deveria. lanQal' mio dos :meIoa,indire- de ooooldaditos n0380S. " . ' , . '" , '. . ,"
atos,como, por exemplo~combateropauperismo,queé uma outra' Sala dll8 sessões, 4 de novembro de 1910.- Camillo P,'(del.
tórma deepide,mia; quea8801la.' o pa.iz,impouibllltlindo ca:da. braz!. ' "
loiro de cuidai' de' seu:bem es~r.,' , Rio, de Janeiro '- ImprenaaNaliional

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