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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
2596 - LABORATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO
LIGANTES ASFÁLTICOS
Maringá, 2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
1.1 OBJETIVOS ................................................................................................................ 3
1.1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 3
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 3
2 REVISÃO TEÓRICA ......................................................................................................... 4
2.1 PENETRAÇÃO ........................................................................................................... 4
2.2 PONTO DE AMOLECIMENTO ................................................................................ 4
2.3 VISCOSIDADE SAYBOLT-FUROL ......................................................................... 4
2.4 PONTO DE FULGOR ................................................................................................. 5
3 MÉTODOS E RESULTADOS ........................................................................................... 6
3.1 PENETRAÇÃO ........................................................................................................... 6
3.2 PONTO DE AMOLECIMENTO ................................................................................ 7
3.3 VISCOSIDADE SAYBOLT-FUROL ......................................................................... 7
3.4 PONTO DE FULGOR ................................................................................................. 9
4 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 10
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1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 OBJETIVO GERAL
Fazer a caracterização do ligante asfáltico.
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2 REVISÃO TEÓRICA
2.1 PENETRAÇÃO
A penetração é a profundidade, em décimos de milímetro, que uma agulha de massa
padronizada (100g) penetra numa amostra de volume padronizado de cimento asfáltico, por 5
segundos, à temperatura de 25ºC. Em cada ensaio, três medidas individuais de penetração são
realizadas. A média dos três valores é anotada e aceita, se a diferença entre as três medidas não
exceder um limite especificado em norma. A consistência do CAP é tanto maior quanto menor
for a penetração da agulha. A norma brasileira para este ensaio é a ABNT NBR 6576/98.
(BERNUCCI et al., 2008)
A penetração classifica o material, normalmente quando se compra o asfalto, compra-se
baseado neste ensaio e classificação.
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uso em campo, porém não está presente em nenhuma especificação americana ou europeia.
(BERNUCCI et al., 2008)
O aparelho consta, basicamente, de um tubo com formato e dimensões padronizadas, no
fundo do qual fica um orifício de diâmetro 3,15 ± 0,02mm. O tubo, cheio de material a ensaiar,
é colocado num recipiente com óleo (banho) com o orifício fechado. Quando o material
estabiliza na temperatura exigida (25 a 170ºC dependendo do material e 135ºC para os cimentos
asfálticos), abre-se o orifício e inicia-se a contagem do tempo. Desliga-se o cronômetro quando
o líquido alcança, no frasco inferior, a marca de 60ml. O valor da viscosidade é reportado em
segundos Saybolt-Furol, a uma dada temperatura de ensaio. (BERNUCCI et al., 2008)
Além do uso na especificação, a medida da viscosidade do ligante asfáltico tem grande
importância na determinação da consistência adequada que ele deve apresentar quando da
mistura com os agregados para proporcionar uma perfeita cobertura dos mesmos e quando de
sua aplicação no campo. Para isso é necessário se obter, para cada ligante asfáltico, uma curva
de viscosidade com a temperatura que permita escolher a faixa de temperatura adequada para
as diversas utilizações. (BERNUCCI et al., 2008)
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3 MÉTODOS E RESULTADOS
3.1 PENETRAÇÃO
Seguindo os procedimentos descritos na norma DNIT-ME 155/2010, foi realizado o
ensaio de penetração. Com o auxílio do penetrômetro, mediu-se três vezes a penetração da
agulha no corpo de prova a 25ºC, após 5 segundos de aplicação de uma carga total de 100 g
(ver Figura 1). Os resultados se encontram na Tabela 1.
1 54
2 58 58 50-70
3 61
Fonte: Autores (2019).
Por meio do resultado do ensaio realizado, infere-se que o ligante utilizado se aproxima
muito da faixa de penetração que o classifica como CAP 50-70.
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3.2 PONTO DE AMOLECIMENTO
O ensaio para determinação do ponto de amolecimento do ligante foi feito de acordo
com os procedimentos descritos pela norma DNIT-ME 131/2010. Os resultados se encontram
na Tabela 2.
1 51,8
51,9 Mínimo de 46
2 52,0
Fonte: Autores (2019).
O ensaio necessitou de um sistema composto por anel e bolas metálicas, onde as bolas
são colocadas no centro de uma amostra de asfalto com o auxílio de guias. Após montado o
sistema, o conjunto foi colocado em banho maria no interior de um béquer e aquecido a uma
taxa de 5ºC/min. Para correto controle da temperatura foi posicionado um termômetro dentro
do béquer, mas sem entrar em contato para a amostra, evitando que a mesma fosse danificada.
O sistema para realização do ensaio de ponto de amolecimento se encontra na Figura 2.
(a) (b)
Fonte: Autores (2019).
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Tabela 3 – Resultados do ensaio de viscosidade Saybolt-Furol
T (°C) Visc. (sSF) log Visc.
128 207 2,32
135 198 2,30
142 128 2,11
149 97 1,99
156 77 1,89
163 57 1,76
170 46 1,66
177 36 1,56
187 27 1,43
197 20 1,30
207 14 1,15
2017 10 1,00
227 7 0,85
Fonte: Autores (2019).
y = -0,015x + 4,2382
2,00
R² = 0,996
1,50
1,00
0,50
0,00
120 140 160 180 200 220
A aparelhagem necessária para a realização deste ensaio foi o vaso aberto Cleveland,
que consiste em cuba de ensaio, placa de aquecimento, dispositivo para aplicação da chama-
piloto e fonte de aquecimento.
O ponto de fulgor consiste em um ponto antes da combustão. Nesse patamar o ligante
começa a querer pegar fogo, mas ainda não tem a capacidade de segurar a chama. Para se
encontrar a temperatura exata de fulgor, foi necessário passar constantemente a chama piloto
por cima do ligante enquanto o mesmo era aquecido pela placa de aquecimento. No momento
que se formaram chamas instantâneas, anotou-se a temperatura do termômetro inserido ligante.
A exemplificação do ensaio está na Figura 4.
Como mostrado na Tabela 5, o valor mínimo para o ponto de fulgor para o CAP 50-70
é 235ºC. Como o resultado encontrado foi 308ºC o ligante se apresenta adequado para
utilização.
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4 CONCLUSÃO
Através dos resultados e parâmetros analisados pode-se concluir que o ligante utilizado nas
misturas asfálticas apresentou resultados que satisfazem todas as normas de desempenho para
os ensaios realizados. A penetração de 58 (0,1mm), classifica o ligante como 50-70, o ponto de
amolecimento de 51,9ºC é superior ao mínimo de 46ºC, a viscosidade Saybolt-Furol esteve
acima dos valores mínimos descritos por norma para todas as temperaturas e o ponto de fulgor
se deu em 308 ºC, estando bem acima do mínimo de 235 ºC, o que indica o comportamento
ideal para o uso em pavimentação.
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REFERÊNCIAS
LIMA, M. V. P. Análise da influência da britagem dos seixos rolados para o uso como
agregados graúdo em concreto asfáltico. 2017. TCC (Engenharia Civil) – Universidade
Estadual de Maringá, Maringá, 2017.
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