GEOGRAFIA GERAL

Aspectos Físicos – Geomorfologia III

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ASPECTOS FÍSICOS – GEOMORFOLOGIA III

PLACAS TECTÔNICAS

• As placas se constroem e se destroem (reciclagem);

• O planeta é formado por placas que flutuam na astenosfera, elas formam montanhas,
fossas oceânicas, cordilheiras meso-oceânicas, tsunamis, atividades vulcânicas.

As placas tectônicas podem ser:

• Convergentes: destruição das placas;
• Divergentes: renovação das placas;
• Transformante: área permanece constante.

Placas tectônicas são grandes porções de terras que originam relevo. Elas têm origem
a partir da fragmentação da Pangeia, em função das altas temperaturas e também das altas
pressões, de acordo com a Teoria da Deriva Continental proposta por Alfredo Wegener.
As placas tectônicas podem ser divididas em três tipos:
• as placas convergentes, também chamadas de placas destrutivas;
• as placas divergentes, chamadas de placas construtivas; e
• as placas transformantes, chamadas de conservantes ou verticais, que são placas que
não constroem ou destroem, apenas fazem um movimento vertical.
As placas tectônicas se movimentam em função das correntes de convecção, que seriam
rios de lava que promovem movimentos convergentes, divergentes ou movimentos verticais.

Movimento das placas: convergentes

Destruição das placas (afundamento do material). Ex.: Montanha (orogênese), dorsais

meso-atlânticas.
A convergência entre duas oceânicas podem formar ilhas vulcânicas, como no Japão. A
convergência entre placas continentais e oceânicas forma cordilheiras.
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As placas convergentes são chamadas destrutivas, uma vez que acontece a entrada para
o manto em determinada parte da crosta terrestre e essa acaba sendo reabsorvida pelo manto.
Existem três situações:
• Na primeira, duas placas continentais são responsáveis pela formação de cordilhei-
ras e esse movimento é chamado de subducção. Esse movimento também pode dar
origem a montanhas, cujo movimento se denomina orogênese, “oro” significa montanha
e “gênese” significa início.
O Brasil não tem montanhas, porque está localizado no centro de uma placa tectônica.
Dessa forma, o país possui um relevo irregular a partir do enrugamento de sua placa tectô-
nica. As irregularidades das placas tectônicas originam o relevo planáltico, a formação do Pico
da Neblina e do Pico 31 de Março (ambos na Serra de Imeri) e a formação do Pico da Ban-
deira entre os estados de Minas Gerais e o Espírito Santo.
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A segunda é quando há duas placas oceânicas, que promovem o levantamento de deter-

minado relevo originando as ilhas vulcânicas, conforme acontece no Japão. O Japão é uma
região de grande instabilidade tectônica em função de estar no encontro de placas.
Já a terceira é quando existe uma placa continental e uma placa oceânica. Nesse caso,
também há a possibilidade de formação das cordilheiras, essas que possuem uma forte rela-
ção com os oceanos, conforme acontece na Cordilheira dos Andes.

Esse movimento é chamado de subducção, é quando acontece a entrada de parte da

placa da crosta terrestre no material magmático. O magma tem elevadas temperaturas e o
derretimento de parte da crosta terrestre é reabsorvido pelo magma.

Movimento das placas: divergentes

Renovação das placas (expansão do material), formando vulcões pela ação das cor-
rentes de convecção. O movimento de placas divergentes promove expansão do assoalho
meso-oceânico.
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As placas divergentes também são chamadas de placas construtivas, principalmente em

função da expansão do assoalho meso-oceânico. São placas associadas à renovação do
relevo e a expansão do material pode formar vulcões, através da ação das correntes de con-
vecção, bem como promover a expansão do assoalho meso-oceânico.
Na expansão do assoalho meso-oceânico, há duas placas divergentes no fundo do oceano
que começam a se afastar, normalmente elas são formadas de material basáltico pelo fundo
do oceano. A lava que estava logo abaixo dela começa a extravasar, ou seja, o extravasa-
mento do magma. Todavia, esse magma chega à temperatura de 5.000ºC e encontra uma
superfície extremamente fria. Sendo assim, começa haver um processo de choque térmico e
uma solidificação do magma.
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As placas divergentes são responsáveis também pelo vulcanismo, principalmente, no con-
tinente. Nessa situação, o afastamento dessas placas no continente vai promover o extrava-
samento do magma. O magma começa a sair, porém não irá se solidificar tão rápido, porque
não é tão frio quanto o fundo do mar. Ou seja, a solidificação acontece a tal ponto que acaba
formando um vulcão.

Movimento das placas: transformante

Não ocorre criação e nem destruição das placas (movimentos paralelos contrários). Ex.:
Falha de San Andreas – Califórnia.
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Em relação às placas transformantes, não ocorre a construção nem a destruição de

pacas, existem apenas movimentos contraditórios. O exemplo seria a falha de San Andreas,
na região da Califórnia. Esta área que está submetida a intensos atritos é o local onde ocor-
rem os abalos sísmicos. Vale ressaltar que existe uma diferença entre: terremoto, tremor e
epicentro de um terremoto.
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O Terremoto é um movimento horizontal de placas. Já o local no qual o terremoto vai
se originar é denominado de Hipocentro. Como o terremoto tem ondas sísmicas, essas vão
se manifestar na superfície e o local onde se manifesta é chamado de Epicentro. O Brasil tem
terremoto, pois as ondas sísmicas se manifestam, mas não tem terremoto como hipocentro e
epicentro, já que está no centro de uma placa tectônica. Muitas vezes, esses terremotos são
sentidos apenas por instrumentos com grande nível de sensibilidade.
Tremor é o movimento vertical de acomodação do relevo. O Brasil tem muito tremor,
porque 64% do relevo do país são formados de bacias sedimentares, enquanto 36% é escudo
cristalino. Em razão disso, o Brasil tem uma grande variabilidade de minerais, como Vale das
Trombetas, a Serra dos Carajás, a Serra do Navio, a região de Cassiterita no Rio Guaporé, o
quadrilátero ferrífero em Minas Gerais.
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O movimento transformante promove falhamento geológico. Ex: falha de San Andreas.

• Hotspots: é o aquecimento no interior da Terra que gera um soerguimento do relevo
sem ruptura da crosta. Ex.: Havaí.
• Rift: fraturas tectônicas existentes nos fundos oceânicos, ocupando geralmente uma
posição central.

No que diz respeito ao bioma, hotspot é um bioma em que três quartos foram devastados
e há o risco de extinção de espécies endêmicas. Alguns exemplos no Brasil são a Mata de
Araucária, a Mata Atlântica e o Cerrado. A devastação deles foi por motivos diversos:
• a Mata de Araucária foi pelas as indústrias de móveis e de celulose;
• a Mata Atlântica pela especulação imobiliária, uma vez que o turismo brasileiro é muito
voltado para o litoral; e
• o Cerrado teve uma devastação para a introdução de uma monocultura de soja.
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O local de atrito das placas transformantes é o grande responsável pela configuração
do relevo, pode ser uma falha, uma fratura ou um hotspot. A falha é o movimento vertical de
placas, onde haverá um desnível do relevo. Vale frisar que hotspot serve para o estudo de
bioma e também de relevo.
Em relação a relevo, hotspot é um processo de levantamento do relevo sem a sua ruptura.
Nesse caso, há duas placas tectônicas, o magma pode ter movimento vertical e irá pressionar
essas placas tectônicas, fazendo com que ocorra o levantamento delas. O Havaí é um exem-
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plo de hotspot. O vulcanismo, juntamente tectonismo e com abalos sísmicos são os agentes
endógenos, também conhecidos como agentes formadores do relevo. Não se pode confundir
a ideia de hotspot com rift. Rift é uma fratura ou quebra sem extravasamento e, normalmente,
tem uma posição central no fundo dos oceanos.
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AGENTES INTERNOS OU ENDÓGENOS

Os agentes endógenos seriam o vulcanismo, abalos sísmicos e tectonismo. Já os agen-

tes externos são os erosivos, o intemperismo químico, físico e biológico, a lixiviação, ou seja,
lavagem dos solos pelas águas da chuva, os fiordes, o abrasão com a formação das falésias.
Dessa forma, os agentes externos e internos são os responsáveis por originar o relevo.
O Japão é uma região de grande instabilidade tectônica do planeta. Os terremotos tem
uma relação íntima com a movimentação das placas tectônicas em uma área de grande ins-
tabilidade geológica do planeta, chamada de Círculo de Fogo do Pacífico.

Terremotos

É o movimento horizontal das placas tectônicas causado pelo rompimento de estru-

tura rochosas.
• Foco ou hipocentro: é o local de origem.
• Epicentro: é o local acima do hipocentro onde a intensidade do tremor é maior.
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Tectonismo

Orogênese:
• Movimento lento e horizontal das placas tectônicas.
• Origina as grandes cadeias de montanhas.
• Está associado a placas convergentes.

Epirogênese:
• Movimento lento e vertical (soergimento ou rebaixamento) de extensas placas tectônicas.
– Ex.: rebaixamento da Holanda, soergimento do sul da Itália e Escandinávia.
• Está associado a placas transformantes.
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Falhamentos
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• Movimento provocado por pressões verticais e horizontais exercendo grande força

sobre as rochas.
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• Formam-se rupturas nas rochas com subidas (Horst) e descida (Graben) criando vales
e escarpas.

O falhamento está associado às placas transformantes.

• Horst está associado à subida de relevo central.
• Graben é o contrário, é o rebaixamento do relevo central e a subida dos demais em
suas laterais.

Vulcanismo

• É o local de derramamento de magma entre as placas.

• Quando ocorre no centro de uma placa é denominado de hotspots.
– Ex.: Arquipélago do Hawai, Yellowstone, Islândia.

O vulcanismo pode estar associado às placas transformantes, às divergentes e às con-

vergentes.
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
ANOTAÇÕES

preparada e ministrada pelo professor Júlio Cezar dos Santos.

A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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