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GESTÃO DE PESSOAS

Liderança II
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LIDERANÇA II

RELEMBRANDO
Teoria do Grid Gerencial

Uma das teorias mais cobradas em prova. Partiu dos estudos de Michigan e fala da
orientação do líder para tarefa e para pessoas. Defende que há 81 estilos de liderança,
frutos da combinação de dois comportamentos do líder em uma escala de 1 a 9.
Estudos de Michigan e Ohio – Diferença

• Estudos de Michigan
–– ORIENTAÇÃO PARA O FUNCIONÁRIO: foco no relacionamento e preocupação com
as pessoas.
–– ORIENTAÇÃO PARA A PRODUÇÃO: foco nos aspectos técnicos e práticos do traba-
lho. Execução de tarefas.
• Estudos de Ohio
–– ESTRUTURA DE INICIAÇÃO: refere-se à extensão em que um líder é capaz de defi-
nir e estruturar o seu próprio papel e dos funcionários na busca do alcance dos obje-
tivos.
–– CONSIDERAÇÃO: descreve a extensão em que uma pessoa é capaz de manter rela-
cionamentos de trabalho caracterizados por confiança mútua, respeito às ideias dos
funcionários e cuidado com os sentimentos deles.

Teorias Situacionais ou Contingenciais

Pesquisas começam a surgir e defender que, por exemplo, o líder 9,9 da Teoria do Grid
Gerencial não é o melhor líder ou o líder ideal para todas as situações. Essas pesquisas
pregam que há diversas variáveis e que o líder tem de se adaptar a essas alterações. A pala-
vra-chave para as Teorias Contingenciais é a adaptabilidade do líder, a flexibilidade do líder
em se ajustar às diferentes contingências.
A liderança eficaz é aquela que considera as contingências da situação e o estilo dos lide-
rados. Principais teorias situacionais:
ANOTAÇÕES

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a) Modelo de Fiedler;
b) Recurso cognitivo – Fiedler;
c) Hersey e Blanchard;
d) Teoria da troca entre líderes e liderados;
e) Teoria da meta e do caminho.

Modelo Contingencial de Fiedler

Primeiramente, é preciso lembrar que o Modelo de Fiedler está dentro da abordagem situ-
acional, ou seja, há variabilidade, flexibilidade do líder.
Esse modelo propõe que a eficácia do desempenho do grupo depende da adequação
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entre o estilo do líder e o grau de controle que a situação lhe proporciona.
Fatores envolvidos:
• Relação entre líderes e liderados: grau de confiança.
• Estrutura da tarefa: grau de procedimentos estabelecidos.
• Poder de posição: grau de influência.

Para ser um bom líder, há de se considerar esses três fatores em altos níveis.

Recurso Cognitivo de Fiedler

É uma evolução do Modelo Contingencial, uma espécie de reconceitualização. Concentra-


-se no papel do estresse como forma de desvantagem situacional e como a inteligência e a
experiência do líder influenciam a sua reação ao estresse.
A pesquisa concluiu que:
• em situação de alta tensão, indivíduos brilhantes têm desempenho de liderança pior
que os menos inteligentes.
• em situação de baixa tensão, indivíduos mais experientes têm desempenho pior que os
menos experientes.

Logo, é importantíssimo controlar o estresse para lidar com as contingências das situa-
ções e adaptar o comportamento de liderança. Nessa teoria, o que se destaca é a relação
entre estresse, inteligência e experiência do líder nas situações.
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Modelo Situacional de Hersey e Blanchard

Hersey e Blanchard são dois consultores norte-americanos que também desenvolveram


pesquisas, porém, mais voltadas para vendas e consultorias, com um viés situacional.
A premissa principal: para ser um bom líder, tem de ser um líder para cada pessoa. É
necessário adaptar o estilo de liderança às características do liderado.
Defende que o líder deve adaptar seu estilo de liderança ao grau de maturidade dos liderados.
Maturidade dos liderados: capacidade técnica + motivação (ou prontidão).
• M1: baixa capacidade e baixa motivação.
• M2: baixa capacidade e alta motivação.
• M3: alta capacidade e baixa motivação.
• M4: alta capacidade e alta motivação.

Estilo do líder:
15m • E1: muito orientado para tarefa e pouco para relacionamento (9,1).
• E2: muito orientado para tarefa e relacionamento (9,9).
• E3: pouco orientado para tarefa e muito para relacionamento (1,9).
• E4: pouco orientado para tarefa e relacionamento (liberal).

Se há um funcionário com baixa maturidade, precisa-se de um líder mais focado em tare-


fas. Agora, se o funcionário tem alta maturidade, o líder pode ser mais liberal, dar mais auto-
nomia ao funcionário.

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• O líder E1 é chamado de “determinar” e é ideal para o liderado M1. Esse líder tem foco
nas tarefas.
• O estilo E2 representa o líder “persuadir” – foca a motivação e as tarefas e convence
os liderados. Esse líder é o mais indicado para o liderado M2, a quem falta motivação.
• O líder “compartilhar”, E3, é ideal para o liderado M3, pois motiva por meio do compartilha-
mento.
• O líder E4, denominado “delegar”, é indicado ao liderado que sabe fazer e está moti-
vado, do tipo M4.

Conclusão: quando há um liderado com maturidade baixa, é necessário um líder que


determine mais e estruture as tarefas. Já se o liderado tem maturidade alta, o líder pode optar
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apenas por delegar mais, sem a necessidade de controle.

Troca entre Líderes e Liderados

Essa teoria diz que o líder estabelece uma divisão da equipe entre o grupo de dentro (ou
os liderados preferidos) e o grupo de fora (ou os liderados de que o líder não gosta).
O líder avalia quem fará parte do grupo de dentro e do grupo de fora. O líder adota postu-
ras distintas, de acordo com o grupo, para minimizar o surgimento de conflitos e melhorar os
relacionamentos.

Teoria da Meta e do Caminho – R. House

• É derivada dos estudos de Ohio (que falam sobre estrutura de iniciação e considera-
ção).
• Convicção de que o líder eficaz abre caminho para ajudar seus liderados a atingirem
objetivos.
• Compara o estilo de liderança com as variáveis contingências.
• Adaptabilidade do líder ao contexto.

O líder deve observar diversos fatores para, então, definir qual estilo de liderança vai
adotar.
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Estilos de Liderança – Teoria da Meta e Caminho

1) Diretivo: fornece informações precisas sobre como as tarefas devem ser realizadas.
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Levam a maior satisfação quando as tarefas são ambíguas ou estressantes.
2) Apoiador: amigável e demonstra sensibilidade às necessidades de seus subordinados.
Melhor desempenho com tarefas estruturadas.
3) Participativo: consulta os liderados e utiliza suas sugestões antes de tomar uma deci-
são. Ideal para funcionários com centro de controle interno (pessoas que assumem a própria
responsabilidade).
4) Orientado para conquista ou realização: fornece metas desafiadoras e cobra o melhor
desempenho. Ideal para motivar.

Direto do concurso
1. (FGV) A teoria da liderança situacional, proposta por Hersey e Blanchard, enfatiza as ca-
racterísticas dos liderados para determinar o comportamento de liderança mais adequado
– ou seja, a teoria sustenta que o estilo de liderança mais eficaz é contingente às caracte-
rísticas dos liderados.
Mais especificamente, a teoria propõe que o estilo de liderança mais eficaz depende do
nível de prontidão dos subordinados, que se refere ao:
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a. nível das competências individuais e ao grau de satisfação com o trabalho;


b. nível de engajamento e ao tipo de comprometimento organizacional;
c. grau de capacidade e ao interesse em desempenhar uma determinada tarefa;
d. nível de satisfação com a chefia e ao grau de proatividade do subordinado;
e. grau de atração das recompensas e à percepção da relação esforço-desempenho.

COMENTÁRIO
Prontidão é sinônimo de maturidade, que significa capacidade e motivação.

2. (CESPE) Julgue o item abaixo:


A teoria da liderança situacional procura definir qual estilo de liderança se ajusta melhor
30m a cada situação organizacional. Para atingir-se esse propósito, deve-se, preliminarmente,
diagnosticar a situação existente. CERTO

COMENTÁRIO
Exatamente. Para saber qual estilo adotar, deve-se avaliar a cultura do ambiente e a situação
geral existente.

3. (FCC) Paul Hersey e Kenneth Blanchard desenvolveram um modelo de liderança contin-


gencial baseado no ciclo de vida, cuja proposta de estilo eficaz é baseada na maturidade
dos subordinados de trabalho.
O conceito de maturidade inclui duas dimensões: a de trabalho (capacidade) e a psico-
lógica (disposição). Os estilos de liderança têm relação com o grau de maturidade dos
subordinados. Cada estilo é caracterizado por palavras-chave. Para maturidade baixa dos
subordinados a palavra-chave é:
a. Persuadir.
b. Compartilhar.
c. Delegar.
d. Interagir.
e. Determinar.
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COMENTÁRIO
Delegar é para maturidade alta. Compartilhar é para M3. Persuadir é para M2. Determinar é
o melhor estilo para os liderados com baixa maturidade.

GABARITO
1. c
2. C
3. e

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Kátia Lima.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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