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Bioquímica Experimental
Medicina Veterinária
Roteiros de Práticas e Fundamentos Teóricos
2018-2
INTRODUÇÃO
A disciplina de Bioquímica (IC660) compreende um programa de aulas práticas
para Medicina Veterinária. Na parte de aulas práticas serão focalizados os tópicos
apresentados no cronograma abaixo.
A avaliação do desempenho nas aulas práticas será realizada através da média
de duas provas (a primeira de Teoria da Prática e a segunda de Prática) adicionada a
média dos relatórios apresentados e a nota de frequência. Todo o comportamento em
sala de aula será avaliado.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
- Nelson, D.L.; Cox, M.M. (2011). Princípios de Bioquímica de Lehninger. Ed. Artmed.
5ª ed.
- Berg, J.M.; Tymoczko, J.L.; Stryer, L. (2014). Bioquímica. Ed. Guanabara Koogan. 7ª
ed.
- Voet, D.; Voet, J.G. (2013). Bioquímica. Ed. Artmed. 4ª ed.
• Sempre que necessário, utilizar máscara, luvas, óculos e/ou qualquer outro
artigo de proteção indicado;
Observações
• De acordo com a legislação vigente há um limite de faltas de 25% para essa disciplina.
Acima desse limite, o aluno está reprovado por faltas.
• Em caso de acidentes (oral, contato com a pele, com os olhos, etc.) devem -se tomar
as devidas precauções de acordo com a lista de primeiros-socorros.
• Só deixar a aula quando terminado o trabalho ou, em qualquer caso, com a autorização
do professor, caso contrário o aluno receberá falta.
1. Objetivo:
Fornecer conhecimento do uso dos principais frascos e equipamentos utilizados no
laboratório de Bioquímica
2. Procedimento:
A) Uso de frascos
• Medir os seguintes volumes água destilada nos diferentes frascos :
➢ 25 mL em uma proveta
➢ 50 mL em um balão volumétrico
• Pipetar os seguintes volumes em tubos de ensaio:
➢ 2,0 mL
➢ 1,25 mL
➢ 7,5 mL
B) Diluição
• Numerar 4 tubos de 2 a 5 (no tubo 1 manter o corante sem diluição).
• Diluir o corante de acordo com o esquema abaixo (utilizar água destilada para a
diluição).
SOLUÇÕES E VOLUMETRIA
INTRODUÇÃO
Soluções
As soluções são definidas como misturas homogêneas de duas ou mais
substâncias puras. Em geral, o componente de uma solução presente em maior
quantidade é chamado de solvente e o que está em menor quantidade, de soluto.
Entretanto, esses termos podem ser trocados quando for necessário. Este é o caso das
soluções de sólidos em líquidos, em eu o líquido é tomado comumente como solvente
e o sólido como soluto independente das proporções relativas. Assim podemos ter
soluções de sacarose me água a 10% e 60% e em ambos os casos a água é solvente
e a sacarose é soluto.
Métodos de expressar as concentrações das soluções
A concentração de uma solução pode ser expressa em função da quantidade de
soluto em um volume de solução ou a quantidade de soluto em massa definida de
solução ou de solvente. Entretanto para a melhor compreensão desse métodos é
necessário recordar alguns conceitos:
1) Mol ou molécula-grama é o peso molecular expresso em gramas. O peso
molecular de um composto é a soma de todos os pesos atômicos dos átomos
da molécula. Por exemplo: o peso molecular da sacarose (C 12H22O11) é igual
a 342 g (12x12+22x1+16x11). O milimol (mmol) é igual a 0,001 mol e micromol
(mmol) é igual a 0,001 mmol (1x10-6 mols)
2) O número de mols de uma determinada massa de uma substância é igual a
razão entre massa e o seu mol:
No de mols = massa (g)/mol
b) Porcentagem em peso
C0 x V0 = Cf x Vf
Exemplo:
Quantos mL de uma solução de NaCl a 10% p/v são necessários para preparar 100 mL
de NaCl a 0,9% p/v?
C0 x V0 = Cf x Vf
10% x X = 0,9% x 100 mL
X = 0,9% x 100 mL = 9 mL
10%
Volumetria
A volumetria consiste em determinar o volume de uma solução padrão
(concentração conhecida) necessário para reagir com um volume dado de solução de
uma substância em análise. A quantidade de substância que se determina é calculada
conhecendo-se o volume de solução empregada e aplicando a lei de equivalência
química.
A solução padrão é adicionada gradativamente com o auxilio de uma bureta. A
operação de adicionar a solução padrão até o ponto final é denominada titulação. O
ponto final da titulação é, e geral, reconhecido visualmente por alguma mudança
característica e nítida que não deixa dúvida, ou mais frequentemente com o auxílio de
um reativo denominado indicador.
1. Objetivo:
Determinar a concentração de ácido acético do vinagre
2. Procedimento:
• Em um erlenmeyer de 125 mL, adicionar 20 mL de vinagre, 25 mL de água
destilada e duas gotas de fenolftaleína a 1%;
• Encher uma bureta de 25 mL com uma solução de NaOH 0,1M;
• Titular com NaOH, agitando sempre até o aparecimento de uma coloração rósea
que persiste no mínimo por 20 seg. Anotar o volume gasto de NaOH.
• Determinar a concentração de ácido acético (% p/v) na solução de vinagre.
INTRODUÇÃO:
A concentração de íons H + e OH- nos fluidos biológicos tem grande influência
sobre as biomoléculas presentes nas células. A presença desses íons pode modificar a
estrutura tridimensional dessas moléculas através do rompimento das interações,
alterando as suas propriedades biológicas.
As células podem perceber variações de pH de até 0,2 unidades. Sendo assim a
regulação e a manutenção do pH dos fluidos e tecidos dos organismos vivos são de
extrema importância. Esse controle do pH nos organismos vivos é obtido com o auxílio
de soluções compostas por uma mistura de um ácido fraco (HA) e sua base conjugada
(A-) chamada de solução-tampão.
O mecanismo de atuação de uma solução-tampão é simples: quando adicionamos
íons H+ e, uma solução-tampão, a base conjugada da mistura (A-) captura esses íons
impedindo a sua interação com as biomoléculas da solução. Da mesma forma quando
adicionamos uma base forte à solução, os prótons H + da mistura-padrão capturam os
íons OH- da base formando H2O.
No plasma, o tampão mais importante é o sistema ácido carbônico-bicarbonato
(H2CO3 H+ + HCO3-). Outro sistema tampão importante é a hemoglobina que carrega
moléculas de O2 para os tecidos trazendo H+ para o pulmão.
Intracelularmente, o ácido fosfórico (H3PO4 H+ + H2PO4-) atua como importante
sistema-tampão, sendo também largamente utilizado em laboratórios pois permite o
preparo de soluções de pH conhecido servido para controlar o pH dos meios de cultura
e ensaios enzimáticos.
O controle do pH e a equação de Henderson-Hasselbach
Segundo o conceito elaborado por Brönsted, ácidos são substâncias que doam
prótons e bases, as que recebem ou aceitam prótons.
Dessa forma, um ácido genérico HA em solução dissocia-se em um próton H+ e
uma base conjugada A-, de acordo com a equação seguinte:
HA H+ + A-
Ou seja um ácido, ao doar próton, produz uma base correspondente, ao passo
que uma base, ao aceitar o próton produz um ácido. Os ácidos podem ser
classificados como fortes ou fracos de acordo com a facilidade de doar prótons em
soluções aquosas.
Ácidos fortes são aqueles que estão quase completamente dissociados em
solução aquosa como o HCl. Ácidos fracos são aqueles que encontram parcialmente
dissociados em solução.
A “força” de um ácido pode ser medida pela constante de equilíbrio ou constante
de dissociação do ácido chamada Ka. Esta por sua vez pode ser calculada pela
seguinte equação:
Ka = [H ] . [A ]
+ -
[HA]
1. Objetivo:
Comparar a evolução do pH em uma solução tamponada com outra não tamponada
quando da adição de um ácido ou uma base forte
2. Procedimento:
• Em um becker adicionar 10 gotas de indicador universal
• Cada grupo deverá utilizar uma solução diferente:
➢ Grupo 1: 20 mL de água destilada
➢ Grupo 2: 2 mL de tampão fosfato 0,1 M pH 7,0 + 18 mL de água destilada
➢ Grupo 3: 20 mL de água destilada
➢ Grupo 4: 2 mL de tampão fosfato 0,1 M pH 7,0 + 18 mL de água destilada
• Observar a cor de cada solução e anotar no quadro 1
• Adicionar 2 gotas de NaOH nos beckeres dos grupos 1 e 2. Observar se ocorrerá
mudança de coloração.
• Por meio de uma pipeta soprar o ar expirado dentro da solução do becker do
grupo 1 durante 15 segundos. Observar se ocorrerá mudança de coloração.
• Por meio de uma pipeta soprar o ar expirado dentro da solução do becker do
grupo 2 durante 1 minuto. Observar se ocorrerá mudança de coloração.
• Adicionar nos beckeres dos grupos 3 e 4, 5 gotas de HCl 0,1 N. Observar se
ocorrerá mudança de coloração.
• No becker do grupo 4 continuar adicionando HCl, gota a gota. Determinar
quantas gotas devem ser adicionadas até que se obtenha a mesma coloração
do grupo 3.
• Anotar os resultados no quadro 1 (TODOS OS GRUPOS DEVERÃO ANOTAR
TODOS OS RESULTADOS):
Grupo 1 (água destilada) Grupo 2 (tampão)
pH inicial: pH inicial:
+ 2 gotas de NaOH + 2 gotas de NaOH
pH: pH:
+ ar expirado por 15 seg. + ar expirado por 1 min.
pH: pH:
Grupo 3 (água destilada) Grupo 4 (tampão)
pH inicial: pH inicial
+ 5 gotas de HCl + 5 gotas de HCl
pH: pH:
Foram necessárias _______ gotas de HCl 0,1 N no Becker do grupo 4 para se obter a
mesma coloração da solução do grupo 3.
Relatório da Prática 2: pH
Componentes do Grupo:
1) Resultado da Prática:
Foram necessárias _______ gotas de HCl 0,1 N no Becker do grupo 4 para se obter a
mesma coloração da solução do grupo 3.
ESPECTROFOTOMETRIA
INTRODUÇÃO:
A Colorimetria e a Espectrofotometria podem ser conceituadas como um
procedimento analítico através do qual se determina a concentração de espécies
químicas mediante a absorção de energia radiante (luz).
Fotometria é uma técnica de análise quantitativa que envolve a medida de
intensidade de absorção de luz monocromática de um composto químico em solução.
Serve para identificar o comprimento de onda característico para cada composto e para
quantificação do composto através de: 1) absorção direta e 2) através de método
colorimétrico.
Quando uma radiação eletromagnética, por exemplo a luz visível, incide em uma
solução, se os fótons da radiação têm energia adequada, a energia associada a essa
radiação pode sofrer três diferentes tipos de variações:
1) Ser refletida nas interfaces entre o ar e a parede do frasco contendo a
solução;
2) Ser dispersa por partículas presentes na solução;
3) Ser absorvida pela solução
Figura 1: Io é intensidade de luz incidente; It é intensidade de luz transmitida após percorrer o caminho óptico (l) pela
solução da amostra.
Em espectrofotometria, utiliza-se absorvância (A) como a intensidade de radiação
absorvida pela solução, seguindo a Lei de Lambert-Beer e definida pela relação:
Absorvância (A) = - log Transmitância (T)
Então, a intensidade de absorção depende:
• do comprimento de onda escolhido (normalmente usa o λ máx – onde o composto
absorve mais luz);
• do percurso que o feixe de luz percorrerá na solução;
• da concentração do composto nessa solução.
A lei de Lambert-Beer relaciona esses três fatores e estabelece que:
A = ε.l.c
Onde:
A = absorvância;
-1
ε = absortividade molar (característico de cada substância), em L.(mol.cm) ;
l = caminho óptico (percurso da luz monocromática na solução), em cm;
c = concentração da substância em mol/L.
1. Objetivo:
Determinar o comprimento de onda ótimo (pico de absorção máximo) para um
corante indicado.
2. Procedimento:
• Branco: pipetar 3 mL do solvente (água) utilizado para solubilizar o corante na
cubeta de vidro;
• Realizar a leitura no espectrofotômetro (zerar a leitura - branco);
• Pipetar 3 mL da solução contendo o corante designado na cubeta de vidro;
• Realizar as leituras e anotar as absorvâncias nos comprimentos de onda
relacionados abaixo:
CORANTE: __________________________________________________________
λ
400 420 440 470 500 530 570 600 630 660 690
(nm)
ABS
1. Objetivo:
Construir uma curva padrão e determinar a concentração de uma amostra de
corante desconhecida.
2. Procedimento:
• Em tubos de ensaio adicionar os reagentes conforme a tabela abaixo;
TUBO B 1 2 3 4 5 D
Corante 1 mg% (mL) 0 1 2 3 4 5 0
Amostra (mL) 0 0 0 0 0 0 5
Água destilada (mL) 5 4 3 2 1 0 0
ABS
Concentração (mg%)
AN
A3
A2
C1 = A1
C2
C2 = A2
Onde:
C3 = A3
A = absorvância;
...
C = concentração conhecida do padrão
CN = AN
A = . C + b (b = 0) ou = A/ C
Componentes do Grupo:
Experimento 1:
λ
400 420 440 470 500 530 570 600 630 660 690
(nm)
ABS
Experimento 2
TUBO B 1 2 3 4 5 D
ABS
Concentração (mg%)
Coeficiente angular da
reta ()
TITULAÇÃO DE AMINOÁCIDOS
INTRODUÇÃO
Os aminoácidos são as unidades estruturais (monômeros) das proteínas.
Estruturalmente são definidos como biomoléculas formadas por um carbono central a
(alfa) ligado a um grupamento carboxílico, um grupamento amino, um hidrogênio e um
radical R que diferencia cada um dos aminoácidos.
Fig. 1 Estrutura geral de um aminoácido
pH = pKIn + [In ]
-
[HIn]
Sendo que o indicador exibe a sua cor intermediária quando a razão [In -]/[HIn] = 1
e pH = pKIn. O intervalo mais eficiente de um indicador é aproximadamente pK In±1.
Na tabela abaixo estão relacionados alguns indicadores com suas características:
Indicador pKIn Cor e zona de pH
Azul de timol (ácido) 1,7 Vermelho (1,2) Amarelo (2,8)
Amarelo de metila 3,3 Vermelho (1,2) Amarelo (4,0)
Laranja de metila 3,5 Vermelho (3,1) Amarelo (4,4)
Azul de bromofenol 4,0 Amarelo (3,1) Azul (4,7)
Verde de bromocresol 4,7 Amarelo (3,8) Azul (5,4)
Vermelho de metila 5,0 Vermelho (4,2) Amarelo (6,3)
Vermelho de clorofenol 6,0 Amarelo (5,1) Vermelho (6,7)
Púrpura de bromocresol 6,2 Amarelo (5,4) Vermelho (6,7)
Azul de bromotimol 7,1 Amarelo (6,1) Azul (7,7)
Vermelho de fenol 7,8 Amarelo (7,0) Vermelho (8,6)
Vermelho de cresol 8,3 Amarelo (7,4) Vermelho (9,0)
Azul de timol (alcalino) 8,9 Amarelo (8,0) Azul (9,6)
Fenolftaleína 9,4 Incolor (8,3) Vermelha (10,0)
Indicador universal (laranja de metila, Vermelho (3,0 ou menos), alaranjado
vermelho de metila, azul de bromotimol e (4,0), laranja (5,0), amarelo (6,0), verde
fenolftaleína) amarelado (7,0), verde azulado (8,0), azul
(9,0), violeta (10,0) e púrpura (11 ou mais)
Papel de tornasol Vermelho (4,5) Azul (8,3)
Papel indicador do congo Azul (3,0) Vermelho (4,5)
Papel indicador universal
1. Objetivo:
Construir a curva de titulação de dois aminoácidos neutros e determinar os pKas e
pI da glicina e da alanina
2. Procedimento:
• Adicionar a um becker, 20 mL de solução de aminoácido (alanina ou leucina 0,02
M)
• Posicionar o becker sobre o agitador magnético
• Adicionar a barra magnética
• Adicionar 1 mL de HCl 1 M
• Para a determinação colorimétrica, adicionar 5 gotas de indicador universal à
solução de aminoácidos (grupo 1)
• Para a determinação potenciométrica, posicionar o eletrodo dentro da solução
(grupo 2)
• Preparar a bureta com NaOH 0,1 M
• Anotar o pH inicial das soluções de aminoácidos
• Adicionar 1,0 mL de NaOH e anotar o valor de pH
• Repetir o item anterior até que o valor de pH chegue a 12.
• Anotar os resultados na tabela abaixo:
Aminoácidos: ___________________________________________________________
1) Determinação colorimétrica:
Volume pH Volume Cor pH
Cor
de NaOH aproximado de NaOH aproximado
(mL) (mL)
0 13
1 14
2 15
3 16
4 17
5 18
6 19
7 20
8 21
9 22
10 23
11 24
12 25
2) Determinação potenciométrica:
Volume de NaOH pH Volume de NaOH pH
(mL) aproximado (mL) aproximado
0 13
1 14
2 15
3 16
4 17
5 18
6 19
7 20
8 21
9 22
10 23
11 24
12 25
Componentes do Grupo:
Aminoácidos: ___________________________________________________________
1) Determinação colorimétrica:
Volume pH Volume Cor pH
Cor
de NaOH aproximado de NaOH aproximado
(mL) (mL)
0 13
1 14
2 15
3 16
4 17
5 18
6 19
7 20
8 21
9 22
10 23
11 24
12 25
2) Determinação potenciométrica:
Volume de NaOH pH Volume de NaOH pH
(mL) aproximado (mL) aproximado
0 13
1 14
2 15
3 16
4 17
5 18
6 19
7 20
8 21
9 22
10 23
11 24
12 25
5) Calcule o pI do aminoácido
ANÁLISE QUALITATIVA DE AMINOÁCIDOS
I. REÇÃO DA NINHIDRINA
1. Objetivo:
Identificação de aminoácidos.
2. Princípio do método:
O grupo amino dos
aminoácidos é muito resistente à
hidrólise, porém pode ser
removido facilmente por oxidação.
A ninhidrina (hidrato de
tricetohidrindeno) é um poderoso
agente oxidante causando a
desaminação oxidativa de -
aminoácidos produzindo CO2,
NH3 e um aldeído com um
carbono a menos que o
aminoácido inicial. Então, a ninhidrina reduzida (hidridantina) reage com NH 3 liberado e
outra molécula de ninhidrina, formando um complexo arroxeado que apresenta
absorção máxima a 570 nm. A intensidade de cor, sob condições padrão, é a base para
um teste quantitativo extremamente útil. Outras aminas, além dos -aminoácidos,
também reagem com a ninhidrina dando uma coloração azul, mas sem a liberação de
CO2.
Cabe ressaltar que o produto da reação de iminoácidos, como a prolina e
hidroxiprolina, com ninhidrina apresenta coloração amarela ao invés de roxa, cujo
máximo de absorção ocorre em = 440 nm. Neste caso não há liberação de NH 3, porém
há produção de teores quantitativos de CO2.
3. Procedimento:
• Separar uma tira de papel de filtro para cada reação a ser testada;
• Dividir a tira de papel de modo a aplicar com o auxílio de um conta gotas ou capilar
água (brando de reação), o(s) aminoácidos que dê(em) reação positiva, um aminoácido
que não dê reação positiva e uma proteína. Secar a frio. Cuidado para não tocar as tirar
de papel com os dedos. Manusear somente pelas extremidades.
• Aplicar as amostras na seguinte ordem: Água – Prolina – Alanina – Caseína.
3. Procedimento:
• Separar uma tira de papel de filtro para cada reação a ser testada;
• Dividir a tira de papel de modo a aplicar com o auxílio de um conta gotas ou capilar
água (brando de reação), o(s) aminoácidos que dê(em) reação positiva, um aminoácido
que não dê reação positiva e uma proteína. Secar a frio. Cuidado para não tocar as tirar
de papel com os dedos. Manusear somente pelas extremidades.
• Aplicar as amostras na seguinte ordem: Água – Arginina – Alanina – Caseína.
III.REAÇÃO XANTOPROTÉICA
1. Objetivo:
Detecção de aminoácidos contendo anel aromático (triptofano, fenilalanina e
tirosina).
2. Princípio do método:
A reação é específica para aminoácidos cíclicos como fenilalanina, triptofano, tirosina e
histidina. Aminoácidos aromáticos reagem com o ácido nítrico (HNO 3), levando a
formação de um nitrocomposto amarelo (1), que muda de cor para o laranja em meio
alcalino, levando a formação de um sal
(2).
(1)
dinitrotirosina
Nitrocomposto amarelo
(2)
3. Procedimento:
• Separar uma tira de papel de filtro para cada reação a ser testada;
• Dividir a tira de papel de modo a aplicar com o auxílio de um conta gotas ou capilar
água (brando de reação), o(s) aminoácidos que dê(em) reação positiva, um aminoácido
que não dê reação positiva e uma proteína. Secar a frio. Cuidado para não tocar as tirar
de papel com os dedos. Manusear somente pelas extremidades.
• Aplicar as amostras na seguinte ordem: Água – Tirosina – Fenilalanina - Triptofano -
Alanina – Caseína.
IV.REAÇÃO DE PAULY
1. Objetivo:
Detecção de histidina.
2. Princípio do método:
O tratamento da histidina com uma solução de ácido sulfanílico diazotado e. após adição
de carbonato de sódio produz uma coloração vermelha. O mesmo resultado se obtém
com tirosina e fenóis similares, logo, a reação não é específica para histidina.
3. Procedimento:
• Separar uma tira de papel de filtro para cada reação a ser testada;
• Dividir a tira de papel de modo a aplicar com o auxílio de um conta gotas ou capilar
água (brando de reação), o(s) aminoácidos que dê(em) reação positiva, um aminoácido
que não dê reação positiva e uma proteína. Secar a frio. Cuidado para não tocar as tirar
de papel com os dedos. Manusear somente pelas extremidades.
• Aplicar as amostras na seguinte ordem: Água – Histidina - Alanina – Caseína.
V.REAÇÃO DE EHRLICH
1. Objetivo:
Detecção de triptofano.
2. Princípio do método:
O método baseia-se na formação de um produto de coloração violeta de reações do
núcleo indol com p-dimetilamino benzaldeído em HCL concentrado. A reação do p-
dimetilamino benzaldeído ocorre no grupo pirrol, integrante do núcleo indol do triptofano.
3. Procedimento:
• Separar uma tira de papel de filtro para cada reação a ser testada;
• Dividir a tira de papel de modo a aplicar com o auxílio de um conta gotas ou capilar
água (brando de reação), o(s) aminoácidos que dê(em) reação positiva, um aminoácido
que não dê reação positiva e uma proteína. Secar a frio. Cuidado para não tocar as tirar
de papel com os dedos. Manusear somente pelas extremidades.
• Aplicar as amostras na seguinte ordem: Água – Triptofano – Tirosina - Alanina –
caseína.
água Trp Tyr Ala Cas
VI.REAÇÃO DO NITROPRUSSIATO
1.Objetivo:
Detecção de aminoácidos contendo grupamento sulfidrila.
2. Princípio do método:
Quando um composto com grupamento sulfidrila é colocado em solução alcalina de
nitroprussiato de sódio, aparece uma coloração avermelhada.
Procedimento:
• Separar uma tira de papel de filtro para cada reação a ser testada;
• Dividir a tira de papel de modo a aplicar com o auxílio de um conta gotas ou capilar
água (brando de reação), o(s) aminoácidos que dê(em) reação positiva, um aminoácido
que não dê reação positiva e uma proteína. Secar a frio. Cuidado para não tocar as tirar
de papel com os dedos. Manusear somente pelas extremidades.
• Aplicar as amostras na seguinte ordem: Água – Cisteína - Alanina – Caseína.
Componentes do Grupo:
INTRODUÇÃO
Métodos de determinação da concentração de proteínas
A determinação da concentração de proteínas em materiais biológicos é necessária
em diversas situações, como na purificação de uma determinada proteína a partir de um
extrato de material biológico para o estudo de suas propriedades e funções, ou na
avaliação dos níveis de certas proteínas que têm suas quantidades alteradas em
determinadas situações patológicas.
Existem diversos métodos para a determinação do conteúdo total de proteínas em
uma amostra. Suspensões puras de proteínas apresentam absorção de luz de
comprimento de onda abaixo de 230 nm com absorção máxima a 220 nm, correspondente
principalmente às ligações peptídicas. Entretanto, já que outros compostos como ácidos
carboxílicos, íons de tampão, alcoóis, bicarbonato e substâncias aromáticas também
absorvem nesta região, os resultados obtidos devem ser interpretados com cuidado. As
proteínas também absorvem luz ultravioleta em comprimentos de onda próximos a 280
nm que correspondem a presença de tirosina (275 nm), triptofano (280 nm) e fenilalanina
(260 nm) nas moléculas. Como o teor destes aminoácidos varia entre diferentes proteínas,
a absorção a 280 nm será particular de cada grupo de proteínas. A quantificação de
proteínas através da absorção a 280 nm é uma técnica rápida e eficiente, entretanto ela
está sujeita a interferências, particularmente de ácidos nucléicos que exibem absorção
máxima a 260 nm. Outros métodos bastante comuns baseiam-se no conteúdo de
nitrogênio de proteínas (todas as proteínas possuem um conteúdo médio de nitrogênio de
16%), como o “método de Kjeldahl”, ou na reação de sulfato de cobre em meio alcalino
com proteínas, que fornece um produto de coloração púrpura, como no “método do
Biureto”. Também bastante utilizado, o “método de Folin-Lowry” apresenta modificações
ao método do Biureto. Neste método, após a realização do método do Biureto é
adicionado à reação o reagente de Ciocalteau (ácido fosfotúngstico fosfomobilídico) que
é reduzido pela tirosina presente nas moléculas de proteínas. Nesta reação a coloração
desenvolvida é mais muito mais intensa, tornando o método 100 vezes mais sensível do
que o método do Biureto, sendo este bastante útil para amostras muito diluídas.
Todos os métodos possuem vantagens e limitações, portanto a escolha deve ser
cautelosa e levar em consideração os diversos fatores relativos aquela analise, como,
por exemplo, as características da amostra e a disponibilidade de recursos como
equipamentos e reagentes.
Nesta prática será realizado o método do Biureto, que será descrito em maiores
detalhes a seguir.
2. Princípio do método:
Este método é baseado na reação do sulfato de cobre em meio alcalino (reativo de
Biureto) com proteínas e peptídeos (no mínimo tripeptídeos). Maiores detalhes podem
ser encontrados no roteiro da aula “Análise Qualitativa de Biomoléculas”.
3. Procedimento:
A) Construção da curva padrão (ou curva de calibração) e Determinação
da concentração de proteínas em uma amostra biológica de concentração
desconhecida
Componentes do Grupo:
CINÉTICA ENZIMÁTICA
1. Objetivo:
A construção da curva padrão de açúcar redutor (glicose) servirá para determinar
a concentração de glicose produzida pela reação da invertase.
2. Princípio do experimento:
As reações químicas conduzidas pelos organismos vivos são, na sua grande
maioria, catalisadas enzimaticamente, tornando a velocidade das mesmas compatíveis
com as exigências metabólicas.
A enzima escolhida para este estudo é justamente a invertase da levedura
que catalisa a hidrólise da sacarose para produzir glicose e frutose:
Hidrólise da sacarose catalisada pela invertase. Tanto a glicose quanto a frutose são açúcares
redutores.
No presente experimento a invertase será obtida de levedura de panificação
(fermento Fleischmann) e adicionada à sacarose (açúcar não redutor), cuja hidrólise
resulta na formação de açúcares redutores (glicose e frutose) que serão estimados pela
reação de Somogyi-Nelson.
Para tal se colocará a enzima frente à diferentes concentrações de substrato
(sacarose), resultando em diferentes velocidades de reação enzimática, permitindo,
mediante um tratamento matemático adequado, determinar graficamente os valores de
Km e Vm para a reação enzimática da levedura.
3. Procedimento:
• Identificar 6 tubos de ensaio, colocar em uma estante e adicionar os reagentes
conforme a tabela abaixo:
Tubos H2 O Glicose Reativo Reativo H2 O Glicose ABS
(mL) 0,2 de Agitar bem e de (mL) (mg) (530
mg/mL Somoggy levar ao Nelson nm)
B 1,0 0 1,0 banho-maria 1,0 7,0
(mL) (mL) (mL)
1 0,8 0,2 1,0 fervente 1,0 7,0
2 0,6 0,4 1,0 (100C) por 1,0 7,0
10 min
3 0,4 0,6 1,0 1,0 7,0
4 0,2 0,8 1,0 1,0 7,0
5 0 1,0 1,0 1,0 7,0
1. Objetivo:
Determinação dos parâmetros cinéticos Km (constante de Michaelis) e Vmáx
(velocidade máxima) através da construção dos gráficos de Michaelis-Menten e de
Lineweaver-Burk.
2. Procedimento:
• Adicionar os reagentes em tubos de ensaio conforme a tabela a seguir:
Componentes do Grupo:
Volume de Concentração
sacarose de sacarose
0,4 M (M)
(mL)
1 0,2
2 0,4
3 0,8
4 1,6
5 2,0
1
2
3
4
5
1. Objetivo Geral:
Caracterizar grupos de glicídios a partir de suas propriedades químicas.
2. Princípio do experimento:
Propriedades Químicas dos carboidratos
Diferentemente dos aminoácidos que apresentam reações específicas baseadas
principalmente na natureza química de seu radical, os carboidratos apresentam
estruturas muito parecidas entre si o que os torna quase impossíveis de identificá-los.
Neste caso o que se faz é caracterizar grupos de carboidratos utilizando suas
propriedades químicas comuns.
As reações mais utilizadas na prática estão baseadas em 2 dessas propriedades:/
1) Desidratação de carboidratos por ácidos fortes
Hexoses e pentoses colocadas nestas condições são desidratadas,
respectivamente a hidroximetilfurfural e furfural; estes compostos são capazes de se
condensar com substâncias fenólicas, com aminas aromáticas, tiocompostos, uréia. Os
complexos formados são, algumas vezes, coloridos e utilizados para a caracterização
de certos grupos glicídicos. Neste caso, situam-se:
A) Reação de antrona
Teste geral de glicídios
O reagente de antrona contém antranol em meio de H 2SO4 concentrado. O calor
liberado pela diluição do H2SO4 é suficiente para que a reação ocorra. No caso de oligo
e polissacarídeos, o ácido atua como catalisador de hidrólise convertendo-se a
monossacarídeos (hexoses e pentoses) e também como agente desidratante levando a
formação de hidroximetilfurfural e furfural que, em presença de antranol, dão produtos
de condensação coloridos.
H O OH
H C C H H
O +
OH H H C C OH
O
OH OH
hidroximetilfurfural antranol
H H
Complexo H C C OH
verde azulado OH
O
OH
OH
HOH2C O H HOH2C O
H OH H CH2OH COH
+
H2O
OH
H OH H H
hidroximetilfurfural resorcinol
cetohexose
Produto de coloração
vermelha
C) Reação de Bial
Teste para a identificação de pentoses e certos ácidos urônicos (galacturônico,
glicurônico e outros) que se decompõem durante o aquecimento em presença de H+,
formando pentoses.
O reagente consiste de orcinol em meio de HCl concentrado e em presença de
íons Fe+3. O furfural proveniente da desidratação de pentoses quando aquecido em
presença do reagente de Bial fornece uma cor verde. O hidroximetilfurfural (hexoses)
reage formando um produto diferente que oscila entre amarelo e marrom.
H H H O CH3
OH C C OH
COH
H C H H C COH +
OH OH 2H2O HO OH
H H
pentose furfural orcinol
Produto de coloração
O teste de Bial foi modificado a permitir quantificarverde
pentoses, trioses e o ácido 5-
cetoaldônico. As cetoheptoses fornecem produtos de coloração púrpura, as
cetohexoses e metilpentoses formam inicialmente um produto de cor laranja que em
repouso, posteriormente, precipita apresentando uma cor verde.
2) Poder redutor
Os açucares contêm grupos aldeídos e cetonas capazes de reduzir sais de metais
pesados; desses os sais mais usados são dos de Cu+2.
O princípio fundamental de todos os procedimentos analíticos que utilizam Cu +2 é
sua dissolução em meio alcalino em presença de ácidos orgânicos (como ácido cítrico
e o ácido tartárico) capazes de formarem complexos. Também podem ser empregados
outros ácidos orgânicos como EDTA, ácido láctico, ácido trihidroxiglutárico ou ácido
sacárico.
A reação de formação do complexo ocorre em geral em meio fortemente alcalino
e isto promove profundas modificações na estrutura do açúcar. Os açucares apresentam
um poder redutor diferente sobre o íon Cu+2. Isso significa que dois tipos de hexoses em
uma mesma concentração fornecem quantidades diferentes de óxido cuproso (produto
final da reação). A quantidade de íons cobre reduzida pelos diferentes glicídios é função
do pH, da temperatura, da concentração e dos tipos de glicídios e íons orgânicos
complexantes.
Há diversos métodos para a determinação de teor de Cu2O, os mais utilizados para
a determinação em material biológico, são os colorimétricos que utilizam o Cu 2O
dissolvido em excesso de reagentes como fosfomolibdato, fosfotungstato ou arsênio-
molibdato, formando um complexo azul. Dentre os testes baseados em poder redutor
de glicídio destacam-se:
A) Teste de Benedict
Teste geral de glicídio redutores.
O reagente consiste de uma única solução onde estão presentes íons Cu+2, citrato
e carbonato de sódio. A reação é complexa e influenciada por uma série de fatores
podendo ser esquematizada por:
Complexo
de cor azul
I. TESTE DE BENEDICT:
1. Objetivo:
Identificar se amostra apresenta açúcar redutor (monossacarídeos e
dissacarídeos) em sua composição.
2. Procedimento:
Tubos H2 O Amostras Reagente de Resultados
(mL) (mL) Benedict
(mL)
B 0,2 ----- 1,0
glicose 0,1 M ----- 0,2 1,0
celulose 0,1 M ----- 0,2 1,0
Legenda: B (Branco – ÁGUA);
2. Procedimento:
Tubos H2 O Amostras Reagente de Resultados
(mL) (mL) Selliwanoff
(mL)
B 0,2 ----- 1,0
2. Procedimento:
Tubos H2 O Amostras Reagente Reagente
Aquecer
(mL) (mL) de Barfoed Fosfomobdílico Resultados
os tubos
(mL) (mL)
em banho
B 0,2 ----- 1,0 0,5
fervente
dextrose 0,1 M ----- 0,2 1,0 0,5
(100oC)
lactose 0,1 M ----- 0,2 1,0 0,5
arabinose 0,1 M ------ 0,2 1,0 por 30 0,5
segundos
Legenda: B (Branco – ÁGUA);
Componentes do Grupo:
1) Preencha a tabela com os resultados obtidos na aula prática
4) Por que o lugol só cora um dos carboidratos do seu teste? Quais as diferenças
estruturais entre as duas amostras?
CARACTERIZAÇÃO DE TRIACILGLICERÓIS
1. Objetivos
Caracterizar as propriedades físico-químicas de triacilgliceróis (ésteres de ácidos
graxos); as reações de hidrólise ácida e alcalina (saponificação); o poder dos
detergentes de sabões solúveis.
2. Procedimento
2) Emulsão
Principio do Experimento:
Emulsões são dispersões coloidais formadas por uma fase dividida designada
de interna, dispersa ou descontínua e por uma fase que rodeia as gotículas designada
de eterna, dispersante ou contínua. Além desses dois componentes, existe um terceiro
designado agente emulsivo, o qual contribui para tornar a emulsão mais estável, pois
se interpõe entre as fases, dispersa e dispersante, retardando assim a sua separação.
Desta forma, emulsões são sistemas termodinamicamente instáveis sendo necessário
um considerável aporte de energia para obtê-las, geralmente energia mecânica
De acordo com a hidrofilia ou lipofilia da fase dispersante, estes sistemas
classificam-se em óleo em água (o/A) ou água em óleo (A/O). A figura a seguir mostra
diferentes tipos de emulsão.
• Numere dois tubos de ensaio e adicione os reagentes conforme a tabela a
seguir:
Reativos Tubo 1 Tubo 2
Óleo de soja 5 gotas 5 gotas
Água 5 mL -
Na2CO3 - 5 mL
Principio do Experimento:
Este teste identifica a presença de ácido graxo insaturado. Ocorre uma reação de
halogenação, em que o iodo reage com as duplas ligações do ácido graxo insaturado.
Componentes do Grupo:
Óleo + Na2CO3
FERMENTAÇÃO
1. Objetivo Geral:
Observar a respiração de células de leveduras Sacharomyces cerevisae
incubadas em diferentes condições.
2. Princípio de Experimento
Fermentação é um processo de obtenção de energia a partir da oxidação de
compostos orgânicos utilizando um aceptor de elétrons endógeno. Desta forma, na
fermentação ocorre oxidação parcial dos compostos orgânicos, que podem ser
açúcares, proteínas, ácidos, entre outros. Como o processo é parcial, há apenas uma
pequena fração de energia liberada. Nas fermentações, o ATP é gerado a partir da
fosforilação em nível de substrato.
Praticamente todas as células conhecidas metabolizam glicose e várias hexoses
através da via glicolítica. Esta via metabólica é composta de uma sequência de 10
reações catalisadas por diferentes enzimas e resumidamente, é a via de conversão de
glicose em piruvato. Seus produtos finais, além do piruvato, são duas molécula de ATP
e duas moléculas de NAD reduzido.
Via glicolítica
O ATP produzido na via glicolítica será rapidamente utilizado nos processos
celulares que demandam energia, sendo convertidos em ADP + Pi, substratos
necessários para a via glicolítica. O NAD reduzido deve ser re-oxidado a NAD+ para que
a via glicolítica possa continuar operando. Depois de produzido, o piruvato pode ter os
seguintes destinos
Glicose
2 ATP
2 piruvato
34 ATP 2 ATP
Fermentação láctica
A quebra do piruvato leva a formação de ácido láctico.
Ocorre em músculos de animais quando há necessidade de geração de energia
rápida. Em repouso a célula muscular produz um excesso de ATP, que transmite sua
energia para outro composto, a creatina fosfato, que é mais estável permanecendo por
mais tempo armazenada na célula. Em uma contração, este composto cede energia
para produção de ATP.
3. Procedimento
Experimento1 (E1):
Grupo 1: carbodrato: glicose
• Preparar os erlenmeyer como a tabela abaixo.
Tubo DEX GLIC Sc (g) H2 O
20% 20% (mL)
(mL) (mL)
1 --- 5 2,5 20
2 5 --- 2,5 20
Experimento 2 (E2):
• Após o experimento anterior (E1), retirar os balões dos erlenmeyers com
cuidado, fechando a boca dos balões para impedir a saída de gás do seu interior;
• Prender os balões a erlenmeyrs contendo 10 mL de água e agitar de forma que
a água entre no balão;
• acrescentar 5 gotas de fenolftaleína;
• Titular contra NaOH 0,1N.
• Anotar o volume gasto na bureta após viragem de incolor para rosa;
Relatório da Prática : Fermentação
Componentes do Grupo:
Reagentes
REAGENTES E SOLUÇÕES
1. Espectrofotometria
• Azul de metileno, alaranjado de metila, violeta cristal e vermelho de metila,
soluções 1 mg% (0,001%):
Dissolver 0,001 g do corante em 100 mL de água destilada (usar um balão
volumétrico).
2. Titulação de aminoácidos
• Indicador universal;
Laranja de metila .......................... 0,05 g
Vermelho de metila ...................... 0,15 g
Azul de bromotimol ..................... 0,30 g
Fenolftaleína ................................. 0,35 g
Álcool etilíco ................................. 1 L
3. Aminoácidos
• Ninhidrina 0,25%
Pesar 0,25 g de ninhidrina e dissolver em acetona até completar o volume de 100 mL.
• Alanina 0,1 M
Pesar 0,890 g de L-alanina dissolver em água destilada. Completar com água q.s.p 100
mL.
• α- naftol 0,4%
Pesar 0,4 g de α-naftol, dissolver em etanol e completar o volume até 100 mL.
Hidróxido de Sódio 2 M
Pesar 80 g de hidróxido de sódio (NaOH) em um bécher de plástico e dissolver em água
destilada com o uso do banho de gelo até avolumar para balão de 1000 mL.
• Hipoclorito de sódio 0,5%
Pesar 0,5 g de hipoclorito de sódio (NaClO), dissolver em etanol e completar o volume
até 100 mL.
• HNO3 concentrado
• Solução A: NaNO2
• Solução B: ácido sulfanílico em HCl
• Solução 1: Solução A + solução B (esta solução deve ser mantida gelada)
• Solução 2: Solução de Na2CO3
• P-dimetilamino benzaldeído em HCl (OBS: Preparar na hora).
• Nitroprussiato de sódio em meio amoniacal:
Dissolver 15 g de nitroprussiato de sódio (Na 2[Fe(CN)5NO]. H2O) em 50 ml de H2SO4
2N, adicionar 950 ml de metanol e 100 ml de amônia 20%. Filtrar, se necessário.
4. Proteínas
• Reagente de Biureto:
Dissolver 1,5 g de CuSO4.5H2O e 6 g de tartarato duplo de sódio e potássio
(C4H4O6.Na.K.4H2O) em 500 mL de água;
Adicionar 300 mL de NaOH 10%;
Adicionar água destilada suficiente para completar o volume final para 1 litro de solução.
Conservar a temperatura ambiente protegido da luz.
• Solução padrão de caseína 1% (10 mg/mL):
Pesar 1g de caseína, dissolver com aproximadamente 70mL de água destilada e depois
adicionar hidróxido de sódio 1M até a solução tornar-se límpida e completar o volume
para 100mL. Aliquotar em frações de 10 mL e conservar a –20oC.
5. Enzimas
• Reativo de Somoggy
Dissolver 28 g de fosfato dissódico anidro (Na 2HPO4) e 40 g de tartarato duplo
de sódio e potássio (C4H4O6NaK) em 500 mL de água destilada; adicionar 100 mL
de hidróxido de sódio (NaOH) 1 M, dissolver 8 g de sulfato de cobre cristalizado em
80 mL de água destilada e adicionar lentamente com agitação. Após, acrescentar
180 g de sulfato de sódio anidro (Na2SO4), homogeneizar e completar o volume para
1000 mL em um balão volumétrico. Deixar em repouso por 2 dias e filtrar se
necessário. Manter em frasco âmbar.
• Reativo de Nelson
Dissolver 50 g de molibdato de amônio [(NH 4) MoO4] em 800 mL de água
destilada; adicionar 52 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado lentamente com
agitação. Após, dissolver 3 g de arseniato de sódio (Na 2HAsO4.7H2O) em 50 mL de
água destilada, adicionar à solução acima e homogeneizar. Completar o volume para
1000 mL em um balão volumétrico. Deixar em repouso por 2 dias, manter em frasco
âmbar.
• Glicose 0,02% (0,2 mg/mL)
Pesar 0,02 g de glicose, dissolver em água destilada e completar o volume para
100 mL em um balão volumétrico.
6. Carboidratos
• Reativo Benedict
Pesar 17,3 g de sulfato de cobre (CuSO4 . 5H2O), 173 g de citrato de sódio (Na3C6H5O7), 100
g de carbonato de sódio anidro (Na2CO3), dissolver em água destilada e completar o volume para
1000 mL em um balão volumétrico.
• Reativo Seliwanoff
Dissolver 0,5 g de resorcinol (C6H6O2) em 1000 mL de ácido clorídrico (HCl) 6M.
• Ácido clorídrico 6 M (utilizar banho de gelo)
Adicionar aproximadamente 350 mL de água destilada em um balão volumétrico de
1000 mL e em banho de gelo adicionar 510 mL de ácido clorídrico (HCl) P.A
cuidadosamente e depois avolumar.
• Lugol (KI -I2)
Pesar 5 g de iodo (I2) e 10 g de iodeto de potássio (KI), dissolver em água destilada e
completar o volume para 1000 mL em um balão volumétrico.
• Reativo Barfoed Modificado:
Dissolver 48 g de acetato cúprico em 900 mL de água destilada quente, adicionar
lentamente 50 mL de ácido lático (C 3H6O3) 8,5%. Resfriar e completar o volume para 1000 mL
em um balão volumétrico. Filtrar se necessário.
• Reagente Fosfomolídico:
Dissolver 150 g de ácido molíbdico (H 2MoO4) e 75 g de carbonato de sódio anidro (Na2CO3) em
500 mL de água destilada quente com agitação. Aquecer até ebulição. Filtrar.
Adicionar 300 mL de ácido fosfórico (H 3PO4) 85%. Completar o volume para 1000 mL em um
balão volumétrico.
7. Lipídios
Potassa alcoólica 40%
o Pesar 40g de hidróxido de potássio (KOH), dissolver em aproximadamente 50
mL de etanol e avolumar para uma proveta de 100mL com água.
8. Fermentação
• Carboidratos 20% (0,2 mg/mL)
Pesar 20 g do carboidrato (glicose, amido, sacarose, frutose ou dextrose),
dissolver em água destilada e completar o volume para 100 mL em um balão
volumétrico.