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A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou que assinou um contrato de US$ 355 milhões com a Sierra Nevada Corp.,
parceira da brasileira Embraer, para o fornecimento de 20 aviões turbohélice A-29 Super Tucano à Força Aérea do
Afeganistão, para treinamento e ataque ao solo. A outra opção para a Força Aérea norte-americana era o AT-6, produzido
pela Hawker Beechcraft, que é um derivado de uma aeronave de treinamento atualmente usada pelos EUA.
Depois de a Força Aérea norte-americana anunciar que o AT-6 estava fora da disputa, a Hawker Beechcraft entrou com
uma reclamação junto ao Escritório de Prestação de Contas do Governo dos EUA (GAO), mas esse órgão descartou a
demanda. Em seguida, a Hawker entrou com um processo num tribunal federal, na tentativa de anular a decisão em favor
do consórcio Sierra Nevada/Embraer. Em comunicado divulgado ontem, a Hawker Beechcraft disse que vai continuar a
contestar a decisão.
"Isso é mais um exemplo da falta de transparência da Força Aérea ao longo dessa concorrência. Com esse acontecimento,
agora parece ainda mais claro que a Força Aérea pretendia dar o contrato à Embraer desde o começo desse processo", diz o
comunicado, assinado pelo CEO da Hawker, Bill Boisture.
Um porta-voz da Força Aérea dos EUA, tenente-coronel Wesley Miller, reagiu afirmando que a concorrência "foi
conduzida de acordo com todas as leis e regulamentações aplicáveis" e que a avaliação dos aviões que disputavam a
licitação "foi justa, aberta e transparente". Segundo comunicado da Embraer e da Sierra Nevada, os aviões serão
produzidos na fábrica da Embraer em Jacksonville (Flórida), "por trabalhadores americanos, com peças de companhias
americanas". As informações são da Agência Dow Jones.
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