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PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

Dupla Escola, 10/02/2021


Jorge Henrique Marques Mariano
PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS


PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS

PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:

A partida do motor é o espaço de tempo compreendido entre o instante em


que o motor este sendo energizado até o instante em que o motor atinge plena
velocidade ou rotação nominal.

A partida direta põe o motor elétrico em funcionamento de imediato ou no


menor tempo possível. É o tipo de partida por meio da qual energizamos um
motor elétrico trifásico diretamente pela tensão nominal da rede elétrica.
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PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:


Esse sistema é indicado para equipamentos que partem sob carga, pois, nesse
caso, o motor desenvolve o torque nominal. No entanto, a corrente de partida
é elevada e pode atingir valores de até 10 vezes a corrente nominal do motor.
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PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:

A Norma Brasileira Regulamentadora 5410 (NBR 5410) recomenda que para


partida de motores alimentados pela rede publica de baixa tensão com
potencia acima de 5 CV, devemos consultar a concessionaria local de
fornecimento de energia.

Para potencias superiores, dependendo da orientação da fornecedora de


energia, é importante e obrigatória a utilização de um sistema alternativo para
reduzir a corrente do motor na partida.
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PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:

O sistema de partida direta é muito utilizado nas industrias, nas máquinas


equipadas com motores de pequenas potencias.

Um dado importante, disponível na placa de identificação do motor, é o Ip/In


que indica quantas vezes a corrente de partida (Ip) é maior que a corrente
nominal (In) do motor.

No gráfico a seguir, comparamos essas correntes e o conjugado em relação à


velocidade nominal.
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PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:


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PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:

Vamos entender agora como efetivamente funciona a partida direta do MIT.


Primeiramente precisamos saber que existem dois circuitos, o CIRCUITO DE
POTÊNCIA, que efetivamente liga/desliga o motor elétrico, e o CIRCUITO DE
COMANDO, o qual tem o controle sobre o funcionamento do circuito de
potência, ou circuito de força, como também é chamado.
PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:

Circuito de Circuito de
Potência Comando
PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:

Circuito de
Potência
PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:

Circuito de
Comando
PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:

Componentes:
1–
2–
3–
4–
5–
6–
7–
8–
9–
10 –
11 –
12 –
PARTIDA DIRETA DE MOTORES TRIFÁSICOS:

Componentes:
1 – fusíveis
2 – contator
3 – relé de sobrecarga ou
relé térmico (RT)
4 – motor elétrico
5 – disjuntor
6 – contato NF do RT
7 – botão desliga
8 – botão liga
9 – bobina do contator
10 e 11 – contato auxiliar do
contator
12 – sinaleiro (motor ligado)
PARTIDA DIRETA: sequência de funcionamento
PARTIDA DIRETA: sequência de funcionamento
PARTIDA DIRETA: sequência de funcionamento
PARTIDA DIRETA: sequência de funcionamento
PARTIDA DIRETA: sequência de funcionamento

A função do componente
nº 10 (contatos 13 e 14 do
contator K1) é servir como
contato de selo para que
K1 permaneça acionado
mesmo depois que é
retirado o dedo do botão.
PARTIDA DIRETA: sequência de funcionamento

O relé de sobrecarga, aqui


denominado por F7 fica
instalado no circuito de
potência, mas caso ele atue,
seus contatos 95/96 – NF, irão
interromper a alimentação
elétrica do circuito de
comando, desenergizando a
bobina de K1, desligando o
motor.
PARTIDA DIRETA: sequência de funcionamento
PARTIDA DIRETA: sequência de funcionamento
PARTIDA DIRETA: sequência de funcionamento
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS: Aplicado a motores elétricos.


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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS: Aplicado a motores elétricos.

Como já é de nosso conhecimento, os fusíveis são dispositivos destinados à


proteção elétrica, e servem para interromper o circuito, protegendo a
instalação elétrica na ocorrência de um curto-circuito.
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS: No dimensionamento dos fusíveis, deve-se levar


em consideração os seguintes aspectos:

1. Tempo de fusão: Os fusíveis devem suportar, sem fundir, o pico de corrente


de partida (Ip) durante o tempo de partida do motor (Tp).

Com os valores de Ip e Tp entramos na curva para dimensionar o fusível.


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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE FUSÍVEIS: No dimensionamento dos fusíveis, deve-se levar


em consideração os seguintes aspectos:

2. Ifusivel >= 1,2 * Inominal.

Deve-se dimensionar para uma corrente no mínimo 20% superior a corrente


nominal (In) do motor.
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EXEMPLO
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES: Aplicado a motores elétricos.


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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES: Assim como os fusíveis, os disjuntores


também são dispositivos destinados à proteção dos circuitos e cargas elétricas.

Com já é de nosso conhecimento, desde as unidades curriculares anteriores, os


disjuntores atuam por dois princípios de funcionamento distintos, a ação térmica
e a magnética.
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES:

A ação térmica atua mais lentamente, protegendo contra sobrecargas, e


a ação magnética atua de forma rápida, protegendo contra curto
circuitos.
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES:

As principais características de um disjuntor que devemos levar em


consideração no momento de um projeto elétrico são as seguintes:

1 – Número de pólos;
2 – Máxima tensão de trabalho;
3 – Corrente nominal;
4 – Capacidade de interrupção de corrente;
5 – Curva de atuação.
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO: Disjuntores monopolar, bipolar e tripolar.
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DISJUNTOR MOTOR:
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DISJUNTOR MOTOR: é um dispositivo de proteção elétrica específico para


trabalhar com motores elétricos, capaz de ligar e desligar o equipamento, e agir
de modo automático na proteção do mesmo, em casos de sobrecarga e curto
circuito.
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DISJUNTOR MOTOR:
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DISJUNTOR MOTOR:
Curva de Atuação do Disjuntor:
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES: a corrente nominal do disjuntor deverá se


adequar aos seguintes critérios.
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DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES: análise das correntes.

Ip <= In <= Iz I2 <= 1,45 Iz


Dimensionamento do Disjuntor: Compreendendo o I2:

I2 = In * 

Onde  é o valor limite que o


dispositivo de atuar contra
sobrecarga.

I2 = 1,45 * In
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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
Dimensionar o disjuntor adequado para proteger um Motor de
Indução Trifásico:

Potência: 5 cv
Tensão: 220 V
F.P.: 0,92
Rendimento: 0,88 ( 88%)
Fator de Serviço: 1,15
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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

Potência: 5 cv => Potência mecânica em Watts: 5 cv x 736 = 3680 W

Rendimento: 0,88 ( 88%) => Potência Elétrica (Ativa) = 4.182 W

Potência Aparente = P(ativa) / FP = 4546 VA

Tensão: 220 V F.P.: 0,92

=> Corrente Elétrica = 12 A


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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

Corrente Elétrica do motor= 12 A

Cabo escolhido: 2,5 mm2 => Capacidade de corrente do cabo: 21 A

 Ip = 12 A
 Iz = 21 A
 12 A <= In <= 21 A
 In = 16 A

Para o MIT de 5 cv foi escolhido um disjuntor de 16 A.


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CONTATORES
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CONTATORES: são chaves eletromagnéticas


destinadas a ligar ou desligar cargas elétricas (tipo
lâmpadas, motores, válvulas, entre outras cargas).

Ou seja, os contatores são destinados a fechar e


abrir circuitos elétricos, energizando ou desligando
cargas industriais. Uma grande vantagem desse
dispositivo é permitir o acionamento a distancia,
por comando remoto.
CONTATORES: a seguir são listadas as partes principais de um contator.

1 CONTATOS PRINCIPAIS OU DE POTENCIA


2 CONTATOS AUXILIARES; 1
3 BOBINA ELETROMAGNÉTICA;
4 CÂMARA DE EXTINÇÃO DE ARCO; A1
5 BASE ou CORPO; 2
Terminais
da Bobina

2 A2
1
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Os contatores possuem contatos de potência e contatos auxiliares, além da
bobina (A1 – A2).
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Os contatores possuem contatos de potência e contatos auxiliares, além da
bobina (A1 – A2).
PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS
Os contatores possuem contatos de potência e contatos auxiliares, além da
bobina (A1 – A2).
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CONTATORES: Dimensionamento - Para especificar o componente, dois
parâmetros deves ser conhecidos.

1 – O tipo de carga para determinar a categoria do contator. No caso, AC3.

2 – A corrente nominal do motor (In).

Para determinar a corrente mínima do contator, aplica-se a seguinte formula:

Inc = 1,15 x In

Onde:
• Inc é a corrente mínima do contator;
• In é a corrente nominal do motor.
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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
Dimensionar o contator adequado para acionar o seguinte Motor de
Indução Trifásico:

Potência: 5 cv
Tensão: 220 V
F.P.: 0,92
Rendimento: 0,88 ( 88%)
Fator de Serviço: 1,15
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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

Potência: 5 cv => Potência mecânica em Watts: 5 cv x 736 = 3680 W

Rendimento: 0,88 ( 88%) => Potência Elétrica (Ativa) = 4.182 W

Tensão: 220 V F.P.: 0,92

=> Corrente Elétrica = 12 A


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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO

Corrente Elétrica do motor = 12 A

Inc = 1,15 x In

Inc = 1,15 x 12 = 13,8 A

 Corrente Nominal do Contator = 18 A.


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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO: RELÉ DE SOBRECARGA


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RELÉ DE SOBRECARGA: são também conhecidos como relé térmico.


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RELÉ DE SOBRECARGA: são também conhecidos como relé térmico.


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RELÉ DE SOBRECARGA: local de utilização


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RELÉ DE SOBRECARGA: simbologia
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RELÉ DE SOBRECARGA: atuação

Nos casos de sobrecorrente ou sobrecarga o elemento


térmico aciona um mecanismo, sinalizando que o
térmico está atuando.

Enquanto o térmico estiver desarmado, se o usuário


pressionar o botão LIGA, o circuito não ira funcionar. Isso
ocorre para impedir que o usuário ligue o motor
enquanto existir algum problema no sistema.
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RELÉ DE SOBRECARGA: atuação

Quando um profissional eliminar a causa do problema,


ele rearma o térmico pressionando o botão de rearme
ou reset, localizado na face do dispositivo e a partir
disso o circuito poderá voltar a funcionar.

OBS.: Os contatos principais do relé térmico estão no


circuito de acionamento do motor, já os contatos
auxiliares do relé de sobrecarga estão no circuito de
comando do motor.
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RELÉ DE SOBRECARGA: dimensionamento

Para dimensionar o relé térmico é necessário conhecer a corrente nominal do


motor (In) e o fator de serviço (FS).
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EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
Dimensionar o Relé Térmico adequado para proteger o seguinte
Motor de Indução Trifásico:

Potência: 5 cv
Tensão: 220 V
F.P.: 0,92
Rendimento: 0,88 ( 88%)
Fator de Serviço: 1,15
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RELÉ DE SOBRECARGA: dimensionamento

- Corrente Nominal do Motor = 12 A


- FS = 1,15
- IFRT = 1,25 * 12  IFRT = 15 A

Os relés de sobrecarga são escolhidos por faixa de corrente de atuação, deve-se


escolher um que atenda o valor desejado, por exemplo o modelo RW17-2D3-U017 da
WEG que contempla a faixa de 11 a 17 A.
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PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO
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PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO: Circuito de Força ou de Potência

Quando K10 está energizado temos o seguinte:


L1  U1
L2  V1
L3  W1

Quando K20 está energizado temos o seguinte:


L1  W1
L2  V1
L3  U1
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PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO: Circuito de Comando

Quando pressionamos S1 estaremos


energizando K10.

Quando pressionamos S2 estaremos


energizando K20.
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PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO: intertravamentos

Observamos que existem intertravamentos para evitar que os contatores K10 e


K20 fechem ao mesmo tempo, pois isso ocasionaria um curto circuito franco
entre duas fases.

Outro intertravamento que poderia ser feito é a instalação de um tipo especial


de contator com intertravamento mecânico.

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