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REFLEXOS DO NOVO CPC SOBRE O


DIREITO CIVIL
PROFESSORA RAQUEL BUENO

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 AÇÕES DE FAMÍLIA

 Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio,
separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação.
 Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou de
adolescente observarão o procedimento previsto em legislação específica, aplicando-se, no que
couber, as disposições deste Capítulo .
 Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual
da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de
conhecimento para a mediação e conciliação .
 Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo
enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.
 Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e
conciliação, observado o disposto no art. 694.
 § 1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar
desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu
conteúdo a qualquer tempo.
 § 2 o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a
audiência.
 § 3 o A citação será feita na pessoa do réu.
 § 4 o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores
públicos.

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 Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões
quantas sejam necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de
providências jurisdicionais para evitar o perecimento do direito.
 Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do
procedimento comum, observado o art. 335.
 Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver
interesse de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.
 Art. 699. Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a
alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar
acompanhado por especialista.

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EMENDA CONSTITUCIONAL 66/10

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 CF/88 - Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do
Estado.

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação
dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)

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SEPARAÇÃO X DIVÓRCIO?

EXTINÇÃO DA SEPARAÇÃO MANUTENÇÃO DA SEPARAÇÃO – Princípio da Proteção da


Família

ÁLVARO Villaça Azevedo, Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Regina Beatriz Tavares da Silva (alteração da Resolução
Pamplona Filho, Paulo Lôbo, Rodrigo da Cunha Pereira, 35/2007, em 2010, pelo CNJ – referente à Lei
Flávio Tartuce 11.441/2007 – Resolução 120 – via extrajudicial), Paulo
Nader, Yussef Said Cahali, Arnoldo Wald, Priscila da
Fonseca, Rosa Maria de Andrade Nery.

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 CC/02 - Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação
judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do
casamento e torne insuportável a vida em comum. – SEPARAÇÃO SANÇÃO
 § 1 o A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura
da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição.
SEPARAÇÃO FALÊNCIA
 § 2 o O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver
acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne
impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois
anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável. SEPARAÇÃO
REMÉDIO
 § 3 o No caso do parágrafo 2 o , reverterão ao cônjuge enfermo, que não houver pedido
a separação judicial, os remanescentes dos bens que levou para o casamento, e se o
regime dos bens adotado o permitir, a meação dos adquiridos na constância da
sociedade conjugal. SEPARAÇÃO REMÉDIO

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 CC-02 Art. 1.575. A sentença de separação judicial importa a separação de corpos e
a partilha de bens.
 Parágrafo único. A partilha de bens poderá ser feita mediante proposta dos cônjuges
e homologada pelo juiz ou por este decidida.
 Art. 1.577. Seja qual for a causa da separação judicial e o modo como esta se faça, é
lícito aos cônjuges restabelecer, a todo tempo, a sociedade conjugal, por ato regular
em juízo.
 Parágrafo único. A reconciliação em nada prejudicará o direito de terceiros, adquirido
antes e durante o estado de separado, seja qual for o regime de bens.

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 NOVO CPC
 Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra :
 III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à
partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade
estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional .
 Art. 53. É competente o foro:
 I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou
dissolução de união estável:
 a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
 b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
 c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
 II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem
alimentos;

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 Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os
processos:
 II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união
estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes ;
 § 2 o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do
dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou
separação.
 Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam -se aos processos contenciosos de divórcio,
separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação .
 Art. 731. A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os
requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da
qual constarão: (...)
 Art. 732. As disposições relativas ao processo de homologação judicial de divórcio ou de
separação consensuais aplicam -se, no que couber, ao processo de homologação da
extinção consensual de união estável.
 Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de
união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos
legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de
que trata o art. 731.

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JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL DO MÉRITO
 CPC/15 - Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos
pedidos formulados ou parcela deles:
 I - mostrar-se incontroverso;
 II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.

TUTELAS PROVISÓRIAS – 294-311 CPC/15

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ALTERAÇÃO DE REGIME DE BENS
 CPC/15 Art. 734. A alteração do regime de bens do casamento, observados os
requisitos legais, poderá ser requerida, motivadamente, em petição assinada por
ambos os cônjuges, na qual serão expostas as razões que justificam a alteração,
ressalvados os direitos de terceiros.
 § 1 o Ao receber a petição inicial, o juiz determinará a intimação do Ministério Público
e a publicação de edital que divulgue a pretendida alteração de bens, somente
podendo decidir depois de decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da publicação do
edital.
 § 2 o Os cônjuges, na petição inicial ou em petição avulsa, podem propor ao juiz meio
alternativo de divulgação da alteração do regime de bens, a fim de resguardar
direitos de terceiros.
 § 3 o Após o trânsito em julgado da sentença, serão expedidos mandados de
averbação aos cartórios de registro civil e de imóveis e, caso qualquer dos cônjuges
seja empresário, ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.

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O QUE DIZ O CÓDIGO CIVIL SOBRE O ASSUNTO?
 Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto
aos seus bens, o que lhes aprouver.
 § 1 o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do
casamento.
 § 2 o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em
pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas
e ressalvados os direitos de terceiros.

Enunciados da JDC
260 – Arts. 1.639, § 2º, e 2.039: A alteração do regime de bens prevista no § 2o do art.
1.639 do Código Civil também é permitida nos casamentos realizados na vigência da
legislação anterior.

262 – Arts. 1.641 e 1.639: A obrigatoriedade da separação de bens, nas hipóteses


previstas nos incs. I e III do art. 1.641 do Código Civil, não impede a alteração do
regime, desde que superada a causa que o impôs.

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 Ação de jurisdição voluntária
 Vara de Família
 Natureza constitutiva da sentença – efeitos ex nunc

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STJ – RECURSO ESPECIAL 1 .119.462/MG
D I RE I TO DE FA MÍ L I A . C A S A M E NTO CE L E B R A DO NA V I G Ê N CI A DO CÓ D I G O CI V I L DE 1 9 1 6 . R E G I ME D E B E N S .
A LT E RA Ç Ã O . P O S S I B I L I D A DE . E X I G Ê N CI A S P R E V I S TA S NO A RT. 1 . 6 3 9 , § 3 º , DO CÓ DI G O CI V I L . J U S TI FI C ATI VA
D O P E DI DO . DI V E RG Ê NCI A Q U A N TO À CO NS TI T UI ÇÃ O D E S O CI E D A D E E M P RE S Á RI A P O R UM DO S CÔ NJ UG E S .
R E C E I O D E CO M P RO M E TI M E N TO DO PAT RI MÔ NI O D A E S P O S A . MO TI V O , E M P RI N CÍ P I O , H Á B I L A A UTO R I Z A R A
M O D I FI C A Ç Ã O D O R E G I M E . R E S S A LVA D E D I R E I TO S D E T E R C E I R O S .
1 . O c a s a me n to h á d e s e r vi s t o c o mo u ma ma n i f e s t a ç ã o vi c e j a n t e d a l i b e r d a de d o s c o n so r t e s n a e s c o l h a d o mo d o
pe l o q u a l s e r á c onduz i da a vi d a e m c o m u m, l i b e r d a d e e s s a qu e s e har mon i z a c om o f at o d e q u e a i nt i m i dade e a vi da
p r i va d a s ã o i n vi o l á ve i s e e xe r c i d a s , n a g e n e r a l i d a d e d a s ve z e s , e m u m r ec ô n d i t o e s p a ç o p r i va d o t a mb é m e r g u i d o p e l o
o r d e n a m e n t o j u r í d i c o à c o n d i ç ã o d e " a s i l o i n vi o l á ve l " .
2 . A s s i m, a m e l h o r i n t e r p r e ta ç ã o q u e s e d e ve c o n f e r i r a o a r t .
1 . 6 3 9 , § 2 º , d o C C/ 0 2 é a q u e n ã o e xi g e d o s c ô n j u g e s j u s t i f i c a t i va s e xa g e r a d a s o u p r o va s c o n c r e t a s d o p r e j u í z o n a
ma n u t e n ç ã o d o r e g i me d e b e ns o r i g i n á r i o , s o b p e n a d e s e e s q u a d r i n h a r i n d e vi d a me n t e a pr ó p r i a i n t i mi d a d e e a vi d a
p r i va d a d o c o n s o r t e s .
3 . N o c a s o e m e xame, f oi pl e i t e a da a a l t e r a ç ã o do r e gi me de bens d o casa ment o dos o r a r eco r r ent es,
m a ni f e s t a ndo e l e s c o m o j u s t i f i c a t i va a c o ns t i t ui ç ã o de s oc i e da de de r e s p ons a bi l i da de l i m i t a d a e nt r e o c ônj uge
v a r ã o e t e r c e i r o, pr o vi dê nc i a q ue é a c a ut e l a d or a de e ve nt ua l c o m pr om e t i m e nt o d o pa t r i m ôni o d a e s pos a c o m a
e m pr e i t a da d o m a r i d o . A d i ve r gê nc i a c onj uga l qua nt o à c o nduç ã o d a vi da f i na nc e i r a da f a m í l i a é j us t i f i c a t i va ,
e m t e s e , pl a us í v e l à a l t e r a ç ã o do r e gi m e de be ns , di ve r gê nc i a e s s a q ue , e m nã o r a r a s ve z e s , s e m a ni f e s t a ou s e
i nt e ns i f i c a qua n do um do s c ônj u ge s a m bi c i ona e ve r e da r - s e por u m a no va c a r r e i r a e m pr e s a r i a l , f und a ndo, c o m o
n o c a s o e m a pr e ç o, s oc i e da de c om t e r c e i r os na q ua l a l gum a p or t e pa t r i m oni a l ha ve r á de s e r f e i t o, e do q ua l
p o d e r e s ul t a r i m p a ct o a o p a t r i m ô ni o c o m u m d o c a s a l .
4 . P o r t a n t o , n ec e s s á r i a s e f a z a a f e r i ç ã o d a s i t u a ç ã o f i n a n c e i r a a t u a l d o s c ô n j u g e s , c o m a i n ve s t i g a ç ã o a c e r c a d e
e ve n t u a i s d í vi d a s e i n t e r e s s e s d e t e r c e i r o s p o t e n c i a l me n t e a t i n g i d o s , d e t u d o s e d a n d o p u b l i c i d a d e ( E n u n c i a d o n . 11 3
d a I J o r n a d a d e D i r e i t o C i vi l C J F / S TJ ) .
5 . R e c u r so e s p e c i a l p a r c i a l m e n t e p r o vi d o .
( R E s p 111 9 4 6 2 / M G , R e l . M i n i s t r o L U I S F E L I P E S A L O MÃ O , Q U A RTA T U R M A , j u l g a d o e m 2 6 / 0 2 / 2 0 1 3 , D J e 1 2 / 0 3 / 2 0 1 3 )

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RECURSO ESPECIAL 776.455/RS
CIVIL. FAMÍLIA . MATRIMÔNIO. ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS DO CASAMENTO (CC/2002,
ART. 1.639, § 2º). EXPRESSA RESSALVA LEGAL DOS DIREITOS DE TERCEIROS . PUBLICAÇÃO
DE EDITAL PARA CONHECIMENTO DE EVENTUAIS INTERESSADOS, NO ÓRGÃO OFICIAL E NA
IMPRENSA LOCAL. PROVIMENTO Nº 24/03 DA CORREGEDORIA DO TRIBUNAL ESTADUAL.
FORMALIDADE DISPENSÁVEL, AUSENTE BASE LEGAL. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E
PROVIDO.
1. Nos termos do art. 1.639, § 2º, do Código Civil de 2002, a alteração do regime jurídico de bens
do casamento é admitida, quando procedentes as razões invocadas no pedido de ambos os
cônjuges, mediante autorização judicial, sempre com ressalva dos direitos de terceiros.
2. Mostra-se, assim, dispensável a formalidade emanada de Provimento do Tribunal de Justiça de
publicação de editais acerca da alteração do regime de bens, mormente pelo fato de se tratar de
providência da qual não cogita a legislação aplicável.
3. O princípio da publicidade, em tal hipótese, é atendido pela publicação da sentença que defere o
pedido e pelas anotações e alterações procedidas nos registros próprios, com averbação no registro
civil de pessoas naturais e, sendo o caso, no registro de imóveis.
4. Recurso especial provido para dispensar a publicação de editais determinada pelas instâncias
ordinárias.
(REsp 776.455/RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 17/04/2012, DJe
26/04/2012)

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RECURSO ESPECIAL 1 .300.036/ MT
 RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA.
 DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO. ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS. TERMO INICIAL DOS SEUS
EFEITOS. EX NUNC. ALIMENTOS . RAZOABILIDADE . BINÔMIO NECESSIDADE E
POSSIBILIDADE . CONCLUSÕES ALCANÇADAS PELA CORTE DE ORIGEM. IMPOSSIBILIDADE
DE REVISÃO NA VIA ELEITA. SÚMULA 7/STJ.
 1 - Separação judicial de casal que, após período de união estável, casou-se, em 1997, pelo
regime da separação de bens, procedendo a sua alteração para o regime da comunhão parcial em
2007 e separando-se definitivamente em 2008.
 2 - Controvérsia em torno do termo inicial dos efeitos da alteração do regime de bens do
casamento ("ex nunc" ou "ex tunc") e do valor dos alimentos .
 3 - Reconhecimento da eficácia "ex nunc" da alteração do regime de bens, tendo por termo inicial
a data do trânsito em julgado da decisão judicial que o modificou. Interpretação do art. 1639, § 2º,
do CC/2002.
 4 - Razoabilidade do valor fixado a título de alimentos, atendendo aos critérios legais
(necessidade da alimentanda e possibilidade do alimentante) . Impossibilidade de revisão em sede
de recurso especial. Vedação da Súmula 07/STJ.
 5 - Precedentes jurisprudenciais do STJ.
 6 - RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO.
 (REsp 1300036/MT, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado
em 13/05/2014, DJe 20/05/2014)

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P E SSOAS CA SA DAS SOB A É G I DE DO C C / 16 P ODE M TA M BÉM A LT E RAR O RE G I M E
PAT RIMONIAL DE BE N S?

 Artigos 2035 e 2039 do CC/02


 Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da
entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas
no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos
preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada
forma de execução. ESCADA PONTEANA
 Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem
pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social
da propriedade e dos contratos .
 Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos celebrados na vigência do Código Civil
anterior, Lei n o 3.071, de 1 o de janeiro de 1916, é o por ele estabelecido . (NORMAS
GERAIS E NORMAS ESPECÍFICAS)

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RECURSO ESPECIAL 1 .112.123/ DF
 CIVIL - CASAMENTO - REGIME DE BENS - ALTERAÇÃO JUDICIAL - CASAMENTO
CELEBRADO SOB A ÉGIDE DO CC/1916 (LEI Nº 3.071) - POSSIBILIDADE - ART.
2.039 DO CC/2002 (LEI Nº 10.406) - PRECEDENTES - ART. 1.639, § 2º, CC/2002.
 I. Precedentes recentes de ambas as Turmas da 2ª Seção desta Corte uniformizaram
o entendimento no sentido da possibilidade de alteração de regime de bens de
casamento celebrado sob a égide do Código Civil de 1916, por força do § 2º do artigo
1.639 do Código Civil atual.
 II. Recurso Especial provido, determinando-se o retorno dos autos às instâncias
ordinárias, para que, observada a possibilidade, em tese, de alteração do regime de
bens, sejam examinados, no caso, os requisitos constantes do § 2º do artigo 1.639 do
Código Civil atual.
 (REsp 1112123/DF, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em
16/06/2009, DJe 13/08/2009)

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CITAÇÃO X INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO

CÓDIGO CIVIL CPC/15

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por
poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o
ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de
na forma da lei processual; janeiro de 2002 (Código Civil).
§ 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho
que ordena a citação, ainda que proferido por juízo
incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.

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