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UNIFACISA

CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PSICANÁLISE 1
PROFESSORA: JULIANA GAMA
ALUNO(A):__Helena de Aquino Capitulino e Pedro Lucas de Araújo
Martins________________________________

ATIVIDADE – P1

1. Monte uma linha do tempo da história psicanálise destacando com os


principais acontecimentos históricos apontados nos texto base dessa
primeira unidade.

• Século XV - Marco histórico conhecido como era medieval, No qual o poder


estava na igreja e todos estavam submetidos a ela, sem possibilidade de ir atrás de
outros saberes.

• Século XVI- Marco importante, uma queda da era medieval. Conhecido


como o século de incertezas e de confusão. Desse modo, no texto Garcia-
Roza ( 2005, p.25 ) menciona que ocorrem transformações políticas e
religiosas, Entregando o ser humano a perplexidade e a dúvida.

-> Montaigne um grande filósofo e político, surge respondendo a questão “


O que restou da destruição do Mundo e de Deus? O Eu.” Ele começa a
buscar garantia nesse “Eu”, porém ele não encontra nem o verdadeiro e
nem o falso, percebendo que a uma relativamente nesse “Eu”.

-> Descarte um grande pensador e não cético, surge para exercer essa dívida
como método científico, racionalizando essa dúvida. Pois, para ele o que
resta dessa queda é a racionalidade.

• Século XVII - Dando continuidade a essa era da racionalidade. Todos os


acontecimentos precisam passar pela a razão e sendo assim
comprovadas. Tendo um apelo muito grande a razão.

-> Renascimento, no qual a loucura nasce. Quem a produziu foi a razão, se


existe a razão tudo aquilo que não é comprovado como razão é
obviamente irracional. Sendo assim, existe o “Louco” e o “Normal”. Por
conta do Pensamento de Sócrates sobre a razão e que nos diferencia dos
animais por conta desse fator, Descarte trás a tona esse pensamento, no
qual coloca os loucos como animais, consequentemente ocorrem práticas
de dominação da loucura. De modo violento, encarcerado...

• Século XVIII - segundo Foucault, esse século é marcado pelo o lema “ A


série médica e a série asilar da loucura.”

-> O auge do encarceramento da loucura

-> Práticas de instutialização

-> Produção de saberes da loucura; divisão entre os médicos e os asilos, com


o objetivos procurar e determinar as manifestações da loucura para
apontar os indivíduos loucos e os que não são. Sendo assim, não tinha
intenção de tratar e sim de classificar. Concluído um diagnóstico
absoluto. Com o método de interrogatório.

• Século XIX - O incômodo desse século era possibilidade dos pacientes


estarem simulando os sintomas.

-> Tours, surge declarando o seguinte, o fato de não lidarmos com a loucura
é que não a conhecemos. Desse modo, a única forma de conhecê-la
integralmente é se colocar como louco, então ele começou a fazer um
experimento usando Haxixe para sentir a loucura na própria pele. Uma
das Conclusões foi que a loucura está dentro de nós, que a mesma no
qual tinha acesso pelo o haxixe, teria sem utilizar se manifestando pelo o
sono no sonho.

-> Mesmer é médico, surge criando o mesmerismo, no qual acreditava que


nosso fluidos corporais funcionava como a energia magnética, então ele
praticava várias condutas terapêutica e conclui-se que não precisava
utilizar ímãs para curar seus pacientes, apenas o gesto de impor as mãos
já restaurava os fluidos corporais e restaurando os fluidos psíquicos.
Utilizou-se dos métodos de condutor pelo o recipiente com água com um
grupo de indivíduos. Por conta dessa prática foi condenado por
charlatanismo.

-> James Braid, surge com a hipnose e utiliza ela não de modo para curar.

-> Começou a se ultimar os metidos da hipnose pelos os médicos, pois


descobriu que era capaz de suspender os sintomas de algumas doenças.
porém tem o problema na hipnose que o paciente fica totalmente
sugestivo ao médico.
-> Charcot, surge utilizando o método da hipnose nos pacientes que não
apresentava motivos biológicos com a intenção de controlar ou eliminar
esses sintomas. Principalmente em casos de histerias, de modo que ele
tira do campo da loucura demonstrando que a histeria não é um surto,
mas sim aquele sintoma é um fragmento de história convertido para o
corpo. Sempre vinculando a neurologia. Porém, Ocorria que os pacientes
no meio dos seminários começaram a dar mais do que ele pedia,
trazendo conteúdos sexuais e ele não dava muito atenção para esses
fatores, inclusive não se agradavam-se . Destacou-se que os médicos
começou a dançar a dança das cadeiras, pois era o paciente que
determinava o que ele tinha. Ele elaborou a teoria do trauma, que o
sistema nervoso tinha uma predisposição hereditária, então caso tivesse
um trauma o corpo psíquico começava a desencadear os sintomas. No
entanto, não convenceu seu público.

• 1885 - Freud, surge em Paris e assiste ao curso de Charcot. Daí preenche as


insatisfações que ele tinha pelas doenças nervosas. Acontece que ele sente
uma admiração enorme por Chatcot, no qual aprende muitos fatores
com ele umas delas é que a histeria não era uma simulação, mais sim
uma doença no corpo psíquico, se manifesta muitas vezes com um
conjunto de sintomas específicos. Pode se apresentar tanto em mulheres
como em Homens. Aprende com ele um princípio importante para a
psicanálise de freud que é respeitar a clínica e a observação como
soberanas com relação a teoria e posteriormente Freud menciona nos
seus estudos que “ A teoria é importante, mas não impede que (o
fenômeno) exista” ( Freud, um estudo autobiográfico, 1925). Freud, não
se convenceu muito sobre a teoria do trauma de Charcot mesmo tendo
ficado encantado com ele. Pois para ele quem deixa sugestivo é o trauma.

-> Freud retorna para Viena e lá se encontra com Breuer, expõe para ele
que tá atendo Anna O. Sendo assim, ficou encantado com a história,
volta para Paris e conta para Charcot que não demonstra nenhum
interesse sobre. Então, Começa sendo um ponto no qual a um
afastamento entre eles.

-> Voltando para Viena, ele conhece dois médicos, no qual apresenta a
hipnose mais vinculado a hipótese do que a neurologia.

-> Chegando lá, ele começa a trabalhar vinculado ainda a Teoria do trauma,
recomendando dois tipos de tratamento para neurose histérica; -
Afastamento do paciente dos seus vínculos familiares, relacionando eles
como causador das crises.

- Sua internação no campo hospitalar, com a finalidade de isolar o paciente


da família, para criar condições ideais de observação e de controle.
-após um ou dois meses de repouso, o paciente deveria ser submetido a
hidroterapia e á ginástica

- O emprego de massagem e de Eletroterapia não poderia ser desprezado

-> O segundo tipo de tratamento que Freud começa a se dedicar mais a


psicanálise quando Breuer surge, pois ele passa a ter outra visão, porque
os pacientes demonstrava está em um lugar e esse lugar ele não tinha
acesso.

Julgando de modo que isso que ele tinha acesso era consciente o que não
tinha se classifica como inconsciente, no qual o indivíduo não dar conta.
Então, a grande maioria das vezes nas sessões quem induzia a hipnose
era Breuer, junto com ele agia de modo que enquanto o paciente estava
sob hipnose permanecia sugestionando o sujeito até o sintoma ser
eliminado. No entanto, só eliminava a causa do sintoma. Conhecido como
método catártico quem criou foi Breuer.

• 1893 surge comunicação preliminar e em 1895 os estudos sobre a histeria

-> O caso clínico que deu origem à comunicação preliminar foi o de Anna O.
(Bretha Pappenheim), paciente de Breuer.

-> Freud começa acrescentar elementos na técnica empregada por Brauer,


que é trabalhar a noção de defesa, no qual, só conseguiu acesso a esse
fenômeno quando abandonou as técnicas de hipnose. Portanto, ele não
sabia que a hipnose era o obstáculo maior ao fenômeno que será
transformado num dos pilares da teoria psicanalítica: A defesa e ele
chamará mais tarde de recalcamento.

• Primeira teoria desenvolvida é a do Recalque, no qual diz que é a pedra


angular se repousa toda a estrutura da psicanálise. Percebeu-se que
existia uma resistência aos conteúdos na hipnose, então quando ele
dispensa a hipnose notou que quando não se falava era porque aquilo era
insuportável para indivíduo. ( Freud, ESB, v. XIV, p.26)

( professora, não sei até onde era para ir na linha do tempo. Pois é tem
muita coisa. Fiz até o momento que freud começa a criar seus
pensamentos...)
2. Leia o recorte de caso abaixo e, em seguida:
a) Explique, com suas palavras e necessariamente com base nos textos
indicados, os conceitos solicitados: resistência, repressão,
transferência.
Resistência: Está relacionada à tudo aquilo que no discurso do paciente
dificulta o acesso ao inconsciente ou a uma lembrança recalcada.
Repressão: É uma força que tenta tornar um impulso instintual em
inoperante. Transferência: Processo em que na relação com analista
o paciência acaba reproduzindo como as pessoas o tratam ou como
ele trata as pessoas, exemplificando um pouco mais a transferência
seria desejos inconscientes que se atualizam em determinados objetos
no sentido psicanalítico, e em determinadas relações.
b) Indique, na resposta da letra “a”, as partes do texto em que cada um
desses conceitos estão representados.
Resistência, Cinco lições de psicanálise1 pg 13. Repressão,
FREUD,Sigmund. Obras completas vol11 pg 185/186. Transferência,
Cinco lições de psicanálise1 pg 36.
c) O psicanalista, neste recorte de caso, utiliza que método clínico? Que
parte do texto mostra isso? Explique esse método.
Utiliza-se do método catártico. “Várias vezes eu nomeei sentimentos para
situações em que ela se mostrava extremamente congelada
afetivamente: “Que raiva uma situação assim provoca!” ou “Não te
deu vontade de abraçá-lo?” ou “Quanta confusão mental isso gera.
Você não acha?”, incitando-a a imaginar reações e possivelmente
evocá-las, paralelamente à análise do silenciamento de manifestações
afetivas”. Esse método é um procedimento terapêutico pelo qual um
indivíduo consegue liberar, trazendo a nível consciente, os
sentimentos e emoções reprimidos que até então estavam em seu
inconsciente. Por meio da fala, o paciente tem oportunidade de se
conectar com ideias recalcadas que produzem sintomas atuais;
podendo se libertar das consequências ou problemas que esses
sentimentos lhe causavam.

CASO CLÍNICO

Marcela tem aproximadamente 40 anos, é uma mulher bonita, embora pouco


reconheça isso, e diplomada com nível universitário. Chegou para seu tratamento
apresentando uma doçura passiva que denunciava sua insegurança e representava uma
resistência à sua agressividade. Ela procurou a análise após o falecimento de um tio.
Chegou muito entristecida e transtornada com essa perda, pois ele era considerado um
pai.
Logo na chegada percebi sua hesitação em comprometer-se e envolver-se com a
análise, apresentando-se pouco disponível para o trabalho analítico. Nas sessões,
indiquei que falasse livremente o lhe vinha à mente, mas havia muitas hesitações.
Percebi, após algum tempo de trabalho analítico, que alguma eventual rigidez de minha
parte, ou uma atitude geral mais objetiva, acabava por provocar aumento das
resistências e possibilitava o aparecimento de uma reedição bastante literal dos
acontecimentos traumáticos da história infantil, como se Marcela me identificasse
inconscientemente com figuras negativas da infância e ativasse reações características e
sintomáticas relativas aos traumas infantis.
Marcela parecia pertencer a esse grupo de casos onde as marcas infantis
excessivas foram determinantes no adoecimento. As experiências danosas precoces
parecem ter dominado o universo psíquico. No início do trabalho, as cenas infantis
parecessem congeladas em seu íntimo, e, por isso, impossibilitadas de metabolização.
Havia apenas traços mnêmicos desautorizados a aparecer nas fantasias ou na fala.
Foi preciso estimular um pouco para que ela produzisse representações verbais e
falas sobre os difíceis eventos infantis que experimentou. Várias vezes eu nomeei
sentimentos para situações em que ela se mostrava extremamente congelada
afetivamente: “Que raiva uma situação assim provoca!” ou “Não te deu vontade de
abraçá-lo?” ou “Quanta confusão mental isso gera. Você não acha?”, incitando-a a
imaginar reações e possivelmente evocá-las, paralelamente à análise do silenciamento
de manifestações afetivas.
Dessa maneira, o trabalho analítico com Marcela, aos poucos, se tornou mais
povoado de afetos e conflitos externalizados, lembranças acessíveis, e prosseguiu
segundo suas elaborações a respeito de sua história e de nossa transferência, gerando
progressivamente a recuperação de suas possibilidades de sentir e agir e de desfrutar de
sua existência. Pareceu-me que, dessa maneira, pudemos acessar conteúdos clivados em
seu psiquismo.

Caso retirado de um estudo de caso da autoria de Paula Regina Peron.

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