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LOURENÇO, R. W.1
COSTA, S.B.2
DONALÍSIO, M.R.3
CORDEIRO, R.4
1
Professor Assistente Doutor da UNESP Campus Sorocaba
robertow@sorocaba.unesp.br
2
Graduando em Engenharia Ambiental da UNESP Campus Sorocaba
samuelbarsanelli@msn.com
3
Professora Livre Docente da FCM – UNICAMP
donalisi@fcm.unicamp.br
4
Professor Livre Docente da FCM – UNICAMP
cordeiro@fcm.unicamp.br
LOURENÇO, R. W.1
COSTA, S.B.2
DONALÍSIO, M.R.3
CORDEIRO, R.4
1
Professor Assistente Doutor da UNESP Campus Sorocaba
robertow@sorocaba.unesp.br
2
Graduando em Engenharia Ambiental da UNESP Campus Sorocaba
samuelbarsanelli@msn.com
3
Professora Livre Docente da FCM – UNICAMP
donalisi@fcm.unicamp.br
4
Professor Livre Docente da FCM – UNICAMP
cordeiro@fcm.unicamp.br
Introdução
Na medida em que o conceito de território ou de espaço transcende a sua condição física ou
natural e recupera o seu caráter histórico e social, o estudo das condições de vida segundo a
inserção espacial dos grupos humanos no território tende a ser uma alternativa teórico-
metodológica para a análise das necessidades e das desigualdades sociais da saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 10% da população mundial são
portadores de algum tipo deficiência física, motora, mental ou sensorial (OMS, 1976). No
caso do Brasil, o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2000) revela que há cerca de 24,5 milhões de pessoas (14,5%) com pelo menos
alguma alteração auditiva, física, mental ou visual.
Especificamente a deficiência física motora (DFM), tem os acidentes e as violências como as
maiores causas de ocorrências, responsáveis por modernas epidemias configurando-se como
um potente agravo à saúde das pessoas (ARAUJO, 1992).
O desenvolvimento de políticas públicas de bem estar para populações especificas requer um
conhecimento aprofundado do espaço, como por exemplo, o local de moradia, vias de
deslocamento, e ainda os modos de relacionamento dos indivíduos dessas populações com o
ambiente econômico, social e natural (WHO, 1993).
Índices compostos são instrumentos que possibilitam demonstrar diferentes fenômenos em
áreas geográficas específicas, classificando-as em termos de variáveis que reflitam as
circunstâncias materiais ou sociais da área em questão (AKERMAN et. al., 1996 citado em
CHIESA et. al., 2002). Já o geoprocessamento relaciona-se aos Sistemas de Informações
III SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA DA SAÚDE
I FÓRUM INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA DA SAÚDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Metodologia
O presente estudo foi realizado na área urbana do município de Botucatu, São Paulo, a 240
quilômetros da capital paulista (Figura 1).
BRASIL
o o
53 w 45 w
o o
20 s 20 s
ESTADO DE
SÃO PAULO
o o
25 s 25 s
o o
53 w 45 w
BOTUCATU
Fora de escala:
O banco de dados proveniente do Censo Demográfico 2000 (IBGE, 2000), com base nos
setores censitários, foi utilizado para a geração dos mapas da distribuição espacial da
população residente e da qualidade sócio-ambiental.
Os registros dos endereços de DFM utilizados foram obtidos por meio de um inquérito
domiciliar amostral durante o ano de 2004 na cidade de Botucatu, São Paulo, onde foi
estimada uma prevalência em 3,65% de indivíduos com deficiência física motora no
município. Foi responsável pela organização e planejamento do trabalho o Departamento de
Saúde Pública da Faculdade de Medicina UNESP/Botucatu.
III SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA DA SAÚDE
I FÓRUM INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA DA SAÚDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Resultados e Discussões
179
183 177
178
167
180
169
7470000 168
152
170
171
181
7470000
172
153
124 154
148 155 95
123
127 128
122 125
151 126
156
149 92 93
150
121 91
147 118 94
119 120
FILHO
90 130
I TILIO
146 89 62 97 129
117
ALFREDO PADOVAN
FARALDO
64 96
88
PEDRETT
116 63 131
114 98
115
RUA ANTONIO
86 99
87 42 RUA
133143000
133143000
133143000
133143000
133143000
133143000
133143000
133143001
133143001
RAUL 40
7468000
68 13314301292
7468000
132 143 146 3050
60
13314300046
JOSE
61 41 65 13314300119
13314300129
13314300139
13314300149
13314300159
13314300169 70
80
90
10RAIMO
00
13314300056
RUA13314300179
13314300189
13314300199
13314300209
13314300219
13314300229
HORIF
142 147 JORGE
60 66 100 R.PROF.A
141 148RMANDO ONIGBEN
133 157
RUA
67 E
RUA
101 RUA CARLOS
85 59 140 149 BAUER FILHO
134 R. ADEODAT
39 40 69 O FACONTI
43 70
158
102
1R 58 44
57 38 45 71
19 20
18
21
37 104
72
22
06 46
17 103
07
36
23
48 47 73
05
16 74
84
NT
01 24
35 08 49
7R
04
15 03 50
02
25
09
14 13 12
7466000 7466000
34 11 26
10
6R 2R 32
33 30 27
31
29
28
4R 56
184
51
5R 54
83 52
53
55 75
79
76
81
78
80 77
105
3R 82 110 108
107 106
113 135
7464000 112
111
109
136
7464000
144 138
159
137
160
162 173
161
176 175
139
174
142
140
145
163
141
143
166
165
7460000 185
7460000
7470000 7470000
7468000 7468000
7466000 7466000
7464000 7464000
7462000 7462000
7460000 7460000
0 2000 metros
Baixa Média Alta
Considerações Finais
A construção de mapas temáticos evidenciando a espacialização da DFM na cidade de
Botucatu-SP possibilitou verificar o padrão dos casos, ou seja, como eles estavam dispostos
pela área urbana da cidade. As técnicas de análise espacial utilizadas na análise mostraram-se
de grande eficácia permitindo uma visão ampla do processo estudado. A análise conjunta do
mapa da incidência de DFM e dos indicadores de qualidade sócio-ambiental possibilitou
visualizar espacialmente os diferentes níveis de assistência, ao portadores no município.
Assim, o trabalho mostrou que os estudos relacionados à Geografia e Epidemiologia a partir
das ferramentas propostas permitem orientar os setores de Administração e Saúde municipais
na implementação de políticas de controle e acompanhamento.
Agradecimentos
À FAPESP (Proc: 03/03281-9), pelo apoio financeiro e à Mônica Kron do Departamento de
Saúde Pública da Faculdade de Medicina de Botucatu, São Paulo pela compilação dos dados
tabulares utilizados na elaboração do artigo.
III SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA DA SAÚDE
I FÓRUM INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA DA SAÚDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Referências Bibliográficas
AKERMAN, M.; CAMPANÁRIO, P.; MAIA, P.B. Saúde e meio ambiente: análise de
diferenciais intra-urbanos, Município de São Paulo, Brasil. Rev. Saúde Pública, São Paulo,
30:373-82, 1996.
BAILEY, T.; GATTREL, A.C. Interactive Spatial Data Analysis. London: Longman, 1995.
CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A.M.; D'ALGE, J.C. Introdução à Ciência da
Geoinformação, 2a. edição, revista e ampliada. São José dos Campos: INPE, 2001.
IBGE. Base estatcart de informações municipais (Digital). Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, 2000.
SILVA, N.N. et. al. Amostra mestra e geoprocessamento: tecnologias para inquéritos
domiciliares. Rev. Saúde Pública, São Paulo, 37(4):494-502, 2003.