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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA

CURSO DE ECOTURISMO E GESTÃO DE FAUNA BRAVIA

Bambo Baltazar Pereira; Esmail Omar Sabudine; Inês Simão; Leopoldino Mário; Stélio Silvestre; Marcos
Augusto; Noe Machava; Pedro Manuel; Suzana Changadeia; Zefanias Jone Magodo

Aplicação da entomologia na determinação do período pôs morte IPM: caso de animais


vítima por pancada.
Contextualização
A utilização dos insectos em estimativas do IPM baseia-se principalmente no facto de
tais organismos serem os primeiros a encontrarem um cadáver, a partir da descoberta, o
corpo passa a ser uma fonte proteica, um sítio de cópula e um local para oviposição. Outra
característica que pode ser observada é que haverá uma colonização do ambiente por tantas
espécies quanto os recursos fornecidos pela carcaça permitir, portanto cada fase de
decomposição oferecerá condições ideais para o desenvolvimento de determinado grupo de
insectos (MISE, 2006).

Segundo Oliveira- Costa (2003) os conhecimentos da entomologia podem revelar as


quatro primeiras perguntas e auxiliar e deduzir a última, porém uma das maiores
contribuições da entomologia forense é para determinar o tempo de morte através do IPM
(intervalo pós-morte). Deste modo o presente relatório visa apresentar aplicação da
entomologia na determinação do período pôs morte IPM, caso de vítima por pancada e
apresentar as fases de fase de decadência inicial, fase putrefação, fase butírica e fase
esquelitização.

Mateias e Métodos
Rattus Norvegicus No Intervalo Pós-Morte
Morte por Asfixia (ou sufocação) acontece nas situações em o oxigénio é impedido de
chegar aos alvéolos. A asfixia é a síndrome causada pela insuficiência de oxigenação do
organismo, a qual se prolongada, conduz à morte.
Para o experimento de entomologia pôs morte usou se o rato rattus norvegicus, e para a
observação das fases usou se a mosca da família Calliphoridae, e para a sua realização
capturou se o rato através de armadilha tradicional, e o animal estava ainda vivo, em
seguida matou se o rato por asfixia, após a sua morte colocou se no local onde podem ser
possível observar as fases entomológicas mencionadas a baixo.
 Fase de decadência inicial
 Fase putrefação
 Fase butírica e
 Fase esquelitizacao
A primeira fase e de decadência inicial

Onde ocorre todos mecanismos da morte do animal onde podemos observar o sinal de
decomposição, mas internamente poderão estar a acontecer mudanças e esta fase começa
no momento da morte, e os primeiros insetos que chegam ao corpo são as (calliphoridae).

O início em geral, é de 18 a 24 horas após o óbito, com uma duração aproximadamente


de sete a doze dias, dependendo das condições climáticas. Inicia-se pelo aparecimento de
mancha esverdeada na pele da fossa ilíaca direita (mancha verde abdominal), cuja cor é
devida à presença de sulfometahemolobina.

Segunda fase butírica


Ocorre a alteração da cor e do cadáver começa a exaltar um mau cheiro que nem ao
observar fica difícil aproximar o cheiro e muito tóxico e neste período o corpo começa a
inchar e expelir gases devido a actividade de bactérias anaeróbicas, aumentam o número de
varejeiras e alguns podem ser atraídos por causa dos ovos e larvas de insectos presentes na
carcaça, onde pode se perceber o tempo que o animal se encontra na aquele local a mas de
48 horas, a sua temperatura também, ajuda quando e mais de 28 graus Celcius, percebemos
a saída de um liquido no animal a sua cor fica esverdeada.

Terceira fase que é a putrefação


Começa dos 6 dias até 30 ou mais, como podem ver o corpo esta começar a secar ou seja
se preservar aqui o cadáver começa a diminuir o cheiro, e nesta fase a pele do cadáver
começa a separar, desta forma os gases começam a escapar e o corpo desinfla ocorrendo
uma putrefação contínua passando a um estado de putrefação avançado. Tudo o que resta
no corpo é pele, cartilagem e ossos com alguma sobra de carne, inclusive intestinos.
O maior indicador desta fase é um aumento na presença de besouros (Coleóptera) e uma
redução das moscas (Díptera).
Fase de Esquelitização
Só começa normalmente após 30 dias e pode durar até 2 anos e a fase mais longa
dependendo da localização do corpo duas semanas onde o clima e muito quente e ou dois
em clima frio constitui-se da última fase de decomposição, restando apenas cabelos e ossos.
Alguns Coleópteros podem ser encontrados nesta fase.
Durante os estágios de decomposição de Rattus norvegicus, verificaram somente a
presença de Dípteros na fase fresca e na fase inchada. Já na fase de decomposição o número
de Dípteros foi diminuindo.

Conclusão
O estudo da fauna cadavérica é importante para investigação da data ou do momento da
morte, levando em conta o esfriamento, a putrefação do cadáver e de outros elementos; não
só o estudo de experimento de entomologia após a morte de um animal ajuda-nos a
entender as fases de decomposição animal.

Referências
Andrade, H.T.A.; Varela-Freire, A.A.; Batista, M.J.A.; Medeiros, J.F. (2005. P.01-02).
Calliphoridae (Diptera) Coletados Em Cadáveres Humanos No Rio Grande Do Norte.

Barros, R.M.; Mello-Patiu, C.A.;Pujol-Luz,J.R. (2008).Sarcophagidae (Insecta,Diptera)


Associados À Decomposição De Carcaças De Sus Scrofa Linnaeus (Suidae) Em Área De
Cerrado Do Distrito Federal, Brasil. Revista Brasileira De Entomologia.
Basílio, D.S.;Alves,A.C.F.;Santos,W.E.;Bicho,C.L.( 2009). Sucessão Da Fauna De
Coleoptera (Insecta) Em Carcaça De Rattus Norvegicus, Em Mesorregião Do Agreste
Paraibano. São Lourenço.

BENECKE, M. (2001. p2-14). A brief history of forensic entomology. Forensic Science


International.

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