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“Essa posição do presidente do IPEA demonstra que ele, lamentavelmente, não tem a
mínima noção da importância do segmento industrial para a produtividade e o
desenvolvimento dos demais setores da economia, e como dinamizador da economia
nacional”, disse ao Valor, por meio de nota, o presidente da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, manifestando também o posicionamento do
Fórum Nacional da Indústria, que congrega cerca de 70 associações setoriais.
A CNI destaca que apenas a indústria manufatureira nacional é responsável por 25% da
arrecadação de tributos federais e por 23% da arrecadação previdenciária patronal.
Responde também por 50,6% das exportações brasileiras de bens e serviços e por 65%
dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
“Isso não deu certo. A indústria que é capaz de gerar maior renda e bem-estar para a
população. A Austrália tem apenas 22 milhões de habitantes, o Brasil não pode se dar
ao luxo de concentrar atividades”, diz Cordeiro, mencionando os dados sobre
agregação de valor na indústria. “O Brasil não pode prescindir de uma indústria grande
e de base tecnológica”, acrescentou.
Cordeiro afirma ainda que o problema do Brasil é seu elevado custo para se produzir,
em termos tributários e de outras obrigações. Nesse sentido, explica, não poderia nem
ser considerado alto o volume de mais de R$ 300 bilhões em gastos tributários, que
representam apenas um quinto do chamado “custo Brasil”.
“A gente não está pedindo proteção, e, sim, regras claras. A nossa carga tributária é
muito mais alta do que de serviços e agro, é uma questão mais ampla de reforma
tributária”, disse.
“Os países que tiveram uma participação expressiva da indústria no PIB chegaram
muito mais rápido ao grau de desenvolvimento”, acrescentou, reforçando que a
competitividade de setores como a agricultura foi influenciada pela indústria
Para o consultor Welber Barral, sócio da BMJ Consultores Associados, como teoria
geral, o Brasil tem que aproveitar a suas vantagens comparativas, porém, o país de
mais de 200 milhões de habitantes teria dificuldade para criar renda e emprego
somente com a produção agrícola, que remunera pouco o trabalhador e ainda passa
por um processo de mecanização. Além disso, se isso fosse feito, o setor de serviços
não é desenvolvido o suficiente para absorver os trabalhadores.
“Se diminuir a indústria, a agricultura não tem como absorver a mão de obra”,
destacou. “Na prática, o risco de problemas sociais é muito alto”, acrescentou.
Barral ressaltou que a indústria vem sendo penalizada pelo sistema tributário desde a
Constituição Federal de 1988, enquanto o setor agrícola exportador praticamente não
paga imposto, assim como o da mineração. E que o segmento dos serviços é
beneficiado, por exemplo, com regimes especiais. “Na prática, o Brasil tem muito a dar
em competitividade para a indústria brasileira, principalmente, e se fizer a reforma
tributária”, ressaltou.
Para o professor da UnB, José Oreiro, o presidente do Ipea fala como se a indústria
fosse “algo que está acima da capacidade cognitiva dos brasileiros”. “Ele diz que
devemos nos contentar com nossas vantagens comparativas na produção de soja e
minério de ferro. Esse é um argumento ridículo e totalmente contrário à evidência
empírica disponível. Entre 1930 e 1980, o Brasil cresceu a uma taxa média de 8% a.a.
puxado pelo crescimento do setor manufatureiro”, disse.
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por taboola
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