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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO

NOME: BRUNA ALMEIDA RIBEIRO


RA: 8109567

DISCIPLINA: Filosofia e Sociologia Aplicada à Saúde

TURMA: DGEFB2001VITA4S

TUTOR: Edson Renato Nardi

PORTFÓLIO CICLO 3

VITÓRIA
2020
Tratando-se do modelo biomédico, entende-se como uma vertente da medicina que
enxerga o paciente como uma maquina, de maneira a centralizar todos os seus
recursos e esforços na doença. O modelo biomédico de medicina vem sendo, desde
em torno dos meados do século XIX, como o modelo em maior predominância em
uso por médicos no diagnóstico de doenças.

De acordo com o modelo biomédico, a saúde tem a liberdade de doença, dor, ou


efeito, o que faz a condição humana normal "saudável”. A ênfase do modelo
biomédico em relação a os processos físicos, tais como a bioquímica, a fisiologia e
as patologias de uma doença, não considera o papel dos fatos sociais ou
subjetividade individual. Além disso, o modelo ignora o fato de que o diagnóstico é
um resultado de negociação entre paciente e médico.

Então, é muito limitante. Ao não levar em conta a sociedade em geral, é omitido a


prevenção da doença. Diversas doenças que atingem os países de primeiro mundo
na atualidade, doenças como diabetes tipo dois e doenças cardíacas são muito
dependentes de ações de uma pessoa ou crenças. Falando-se do fenômeno da
medicalização, entende-se que trata- se de um impulsionamento da busca por
medicamentos, transformando a medicina em um negócio, sobretudo por causa das
indústrias farmacêuticas. O modelo biomédico de prestação de cuidados , seja qual
for à natureza da organização em que são aplicados, não estando esgotado, fica
particularmente propício às restrições orçamentais, isso desde os anos setenta no
século passado, em virtude da variação dos autos custos serem sistematicamente
maiores do que às variações do PIB. Esse é um fator para a crise do modelo
biomédico. Entretanto, o que explica melhor as limitações da eficácia do modelo
biomédico são as alterações que se contatam no padrão epidemiológico da doença
a partir da metade do século XX.

O mundo é entendido como uma máquina e, à semelhança desta, constituído por


uma variação de peças. Sendo assim, para entender, é somente utilizar a mesma
metodologia que se utiliza para entender uma máquina, isto é, desmonta-se e
apartam-se as peças. Essa concepção do mundo físico foi globalizada aos seres
vivos. Deste modo, tal como se faz com as máquinas, examinam-se os seres vivos
desmontando as suas partes constituintes. E cada parte é compreendida de forma
individual. O conjunto, que representa o organismo, é descrito pela soma das
propriedades ou das partes. Nesta perspectiva, compara-se também o corpo
humano como uma máquina, comparando um homem doente a um relógio avariado
e um homem saudável a um relógio com bom funcionamento. A ideia de um mundo
apresentado á maneira de um modelo mecânico, e a utilização da metáfora do
relógio para caracterizar, formam a mesma teoria a partir da qual as Ciências da
natureza se fundamentam. A natureza é observada como se fosse exterior ao
homem e com uma objetiva existência e independente dele; forma da por peças que
se movimentam segundo leis fixas. Ressalta-se que esta ótica mecanicista do
mundo, vem sendo acompanhada pelos médicos e fisiologistas mais célebres da
época, fez com que, de fato, o corpo humano comparado com um grande engenho,
no qual as peças encaixam-se e de forma ordenada e segundo um processo
racional.

Sendo ainda mais claro, o modelo biomédico é o mais usado em diagnósticos de


doenças. Esse modelo entende que a saúde constitui liberdade de doença ou dor e
essa condição que denominaria uma pessoa "saudável". Já no fenômeno da
medicalização podemos entender que os mesmo é a mudança da doença em um
negócio, que faz pessoas saudáveis acharem que estão doentes e pessoas doentes
acharem que estão bastante doentes. Medicalização é o processo pelo qual o modo
de vida do ser humano é moldado pela medicina e que interfere na construção de
conceitos, regras de higiene, costumes prescritos e normas de moral. Este processo
está intimamente ligado á ideia de que não se pode apartar o saber produzido
cientificamente em uma estrutura social de suas propostas de intervenção na
sociedade, de suas preposições politicas implícitas.

É possível superar este modelo considerando o paciente como um sujeito de


direitos, componente de uma cultura específica, um ser humano. Não enxerga-lo
como uma máquina em que posso montar e desmontar a fim de desvendar algo.
Existe sentimento, dor e famílias envolvidas. Esse processo só será possível se o
profissional tiver sensibilidade.

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